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Entendendo a Belém(PA),

26/AGO/2008

Contabilidade nas
Cooperativas de Crédito

Alex Furtado Gonçalves


Contador, Profº da FACICON/UFPA
1ª Parte:

Conceitos e Definições iniciais

sobre o Cooperativismo e
as Cooperativas de Crédito
O Cooperativismo

COOPERATIVISMO é um segmento
representado por organizações de
pessoas que se unem, voluntariamente, para
satisfazer aspirações e necessidades econômicas,
sociais e culturais comuns, por meio de uma
empresa de propriedade coletiva e
democraticamente gerida, denominada
Cooperativa.
Valores Universais do Cooperativismo
=> Democracia

=> Igualdade

=> Equidade

=> Solidariedade

=> Honestidade

=> Transparência

=> Responsabilidade Social


Princípios do Cooperativismo (Lei 5.764/71)

Neutralidade

Interesse pela
Reunião,
Inter- Comuni Controle,
-
cooperação dade Operações

Adesão Gestão Parti-AutonomiaEducação,


e
VoluntáriaDemocrá- cipação Indepen-Formação
e Livre tica Econômica dênciae Informção
Ramos do Cooperativismo no Brasil

1- Agropecuário 8- Mineração

Foco de
2- Consumo nossa 9- Produção
palestra.

3- Crédito 10- Saúde

4- Educacional 11- Trabalho

5- Especial 12- Turismo e lazer

6- Habitacional 13- Transporte

7- Infra-estrutura
O que é uma Cooperativa de Crédito (CC)?

É uma sociedade sem fins lucrativos,


constituída por grupos de pessoas de determinada
comunidade, como funcionários de empresas, servidores
públicos, profissionais liberais, microempresários,
produtores rurais, etc. com a finalidade de prestar
serviços financeiros, de natureza social,
econômica e educativa aos seus
cooperados.

As CC atendem diretamente aos associados como agente financeiro,


ou seja, oferecem-lhes produtos e serviços similares aos bancos
(ex.: empréstimos, aplicações, recebimanto de contas, etc.).
Tipos e Modalidades de Coop. de Crédito

Servidores Públicos

Tipos Empregados
Básicos

Modalidades
Profissionais Liberais

Trab. Ativ. Agrícolas,


Cooperativa Pecuárias ou
Cooperativa
de Economia Extrativas
de Crédito
e Crédito Pequenos e Micro
Rural
Mútuo Empresários

Empresários

Livre Admissão
Características das Cooperativas de Crédito

Tipo Societário É uma sociedade de pessoas. Integra o Sistema


Financeiro Nacional (SFN);
Objetivo Prestação de serviços financeiros aos cooperados
principal (associados);
Capital É dividido em quotas-partes;

Resultado Denomina-se Sobras ou Perdas;

Retorno do Sobras Líquidas retornam aos associados,


Resultado proporcionalmente às suas operações na CC;
Controle Nas Assembléias, o quorum é baseado no nº de
Democrático cooperados (1 homem = 1 voto);
As Cooperativas de Crédito...

 Tem natureza jurídica própria, subordinação as


normas do Banco Central, e não pode ser comparada com
nenhum outro tipo de instituição.

 São sustentadas por 3 pilares básicos e distintos:


1) O Associativismo;
2) O Mutualismo; e
3) O Empreendedorismo.
Principais Normativos das CC

Normativos Regras
Lei 4.595/1964 Criou o Banco Central do Brasil
(BACEN) e definiu o atual Sistema
Financeiro Nacional (SNF);
Lei 5.764/1971 - Lei do Regulamentou a constituição e o
Cooperativismo funcionamento das Cooperativas
Resolução BACEN nº Regulamenta a constituição e o
3.442/2007 funcionamento das CC
Outras Normas do BACEN Regulamentam as Operações,
e de Outros Órgãos Procedimentos, Aspectos Contábeis,
Federais Fiscais, Trabalhistas, etc. das CC
Estatuto Social e Normas internas às CC, que não
Regimento Interno podem contrariar as Leis.
Organograma Básico de uma CC
=> Órgão Social e
Deliberativo

=> Órgão Fiscalizador


=> Órgão de Gestão
Estratégica
=> Órgãos de Controle

=> Órgão de Gestão


Tática

=> Órgãos de Apoio

=> Órgãos Operacionais


Representação Gráfica de uma CC

No Sicoob: No Sicoob:
- Coop. Central - Coop. Central
- Bancoob - Sicoob Brasil
2ª Parte:

O Papel da Contabilidade

em Cooperativas de Crédito
Termos Contábeis Usados nas Cooperativas
Termos Significado
Ingressos Receitas, Rendas, Rendimentos
Dispêndios Despesas, Custos
Sobras Lucros
Perdas Prejuízos
Atos Cooperativos Relação entre as Coop. e seus associados, que não
geram lucro e, portanto, não são tributadas.
Atos Não Cooperativos Relação entre as Coop. e seus associados, que geram
lucro e, portanto, são tributadas.
Demonstração de Sobras ou Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
Perdas (DSP)
Fundo Assistencial, Técnico, Fundo destinado ao desenvolvimento da cooperativa e
Educacional e Social (FATES) seus associados, oriundo das sobras apuradas no final
do exercício social
Distribuição das Sobras Divisão entre os cooperados do resultado positivo da
Cooperativa
Rateio das Perdas Divisão entre os cooperados do resultado negativo da
Cooperativa
O Papel da Contabilidade nas CC

 Contabiliza e acompanha os fatos administrativos,


econômico-financeiros e patrimoniais das CC,
obedecendo aos Princípios Fundamentais de
Contabilidade, à legislação vigente e às normas
emanadas pelo BACEN.

 A Contabilidade coleta, mensura monetariamente e


registra todos os dados financeiros e econômicos das CC,
sumarizando-os em forma de relatórios, demonstrativos
ou de comunicados e interpretando-os para a geração de
informações aos diversos usuários (Dirigentes, Cons.
Fiscal, Governo, etc.).
A Contabilidade das Coop. de Crédito (CC)

 É um grande instrumento que auxilia os gestores


(dirigentes/gerentes) das CC no processo decisório.

Principais Normativos para a Contabilidade das CC:


 Lei nº 5.764/1971 (Constituição e Funcionamento);
 Res. 3.442 de FEV/2007 e outras Normas expedidas pelo
CMN/BACEN;
 NBC T 10.8 (Norma técnica expedida pelo CFC que estabelece
critérios e procedimentos específicos de avaliação, registro das
variações patrimoniais e de estrutura das Demonstrações
Contábeis das Cooperativas);
 Estatuto Social (Norma Interna – respeita a Lei);
 RIS – Regimento Interno (Regulamenta as Normas
Estatutárias)
Demonstrações Contábeis das CC

Balancete
 BalanceteMensal
Mensal(COS
(COS4010)
4010)

BP:
 BP:Balanço
BalançoPatrimonial
Patrimonial(COS
(COS4016)
4016)--Semestral
Semestral/ /Anual
Anual

Demonstrações
Demonstrações DRS/E:
 DRS/E:Demonstração
Demonstraçãodo
doResultado
Resultadodo
doSemestre/Exercício;
Semestre/Exercício;
Contábeis
Contábeis
Obrigatórias DMPL:
 DMPL:Demonstração
Demonstraçãodas
dasMutações
Mutaçõesdo
doPatrimônio
PatrimônioLíquido
Líquido
Obrigatórias

DFC*:
 DFC*:Demonstração
Demonstraçãodo
doFluxo
Fluxode
deCaixa;
Caixa;

NE:
 NE:Notas
NotasExplicativas.
Explicativas.

* A DFC substituiu a DOAR (Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos),


com a publicação da Lei nº 11.638, de 28/12/2007;
Livros Obrigatórios nas Coop. de Crédito (CC)
Livro
LivroDiário
Diário
Livros
Livros
Contábeis
Contábeis Livro
LivroRazão
Razão

LALUR:
LALUR:Livro
Livrode
deApuração
Apuraçãodo
doLucro
LucroReal
Real
Livros
Livros LACS:
LACS:Livro
Livrode
deApuração
Apuraçãoda
daContribuição
ContribuiçãoSocial
Social
Fiscais
Fiscais
Livro
Livrode
deRegistro
Registrode
deEmpregados
EmpregadoseeLivro
Livrode
deInspeção
Inspeçãodo
doTrabalho
Trabalho

Livro
Livrode
deMatrícula
Matrículados
dosAssociados
Associados
Livro
Livrode
deAtas
Atasdas
dasReuniões
Reuniõesda
daDiretoria/
Diretoria/Cons.
Cons.Administração
Administração
Livros
Livros Livro
Livrode
deAtas
Atasdas
dasReuniões
Reuniõesdo
doConselho
ConselhoFiscal
Fiscal
Sociais
Sociais
Livro
Livrode
deAtas
Atasdas
dasAssembléias
AssembléiasGerais
Gerais

Livro
Livrode
dePresença
Presençados
dosCooperados
Cooperadosnas
nasAssembléias
AssembléiasGerais
Gerais
Declarações Fiscais das Coop. de Crédito (CC)

DCTF:
 DCTF:Declaração
Declaraçãode
deDébitos
DébitoseeCréditos
Créditosde
deTributos
TributosFederais
Federais

DACON:
 DACON:Declaração
Declaraçãode
deAjuste
Ajuste;;

Declarações DIPJ:
 DIPJ:Declaração
Declaraçãodo
doImposto
Impostode
deRenda
Rendada
daPessoa
PessoaJurídica
Jurídica
Declarações
Fiscais
Fiscais
Obrigatórias DIRF:
 DIRF:Declaração
Declaraçãodo
doImposto
ImpostoRetido
Retidona
naFonte;
Fonte;
Obrigatórias

RAIS:
 RAIS:Relatório
RelatórioAnual
Anualde
deInformações
InformaçõesSociais;
Sociais;

CAGED:
 CAGED:Cadastro
CadastroGeral
Geraldos
dosEmpregados
EmpregadoseeDesempregados.
Desempregados.
COSIF: O Plano de Contas Padrão das CC

 O COSIF foi criado através da Circular do CMN/BACEN nº


1.273/1987, para unificar os diversos planos contábeis
existentes à época e uniformizar os procedimentos de
registro e elaboração de demonstrações financeiras

 Isso facilitou o acompanhamento, análise, avaliação do


desempenho e controle das instituições integrantes do
SFN.

 O COSIF é dividido em 4 partes básicas:


• Capítulo 1 - Normas básicas
• Capítulo 2 - Elenco de contas
• Capítulo 3 - Documentos
• Capítulo 4 - Função das Contas
COSIF: O Plano de Contas Padrão das CC
COSIF: O Plano de Contas Padrão das CC
O Balanço Patrimonial de uma CC

Recursos de >
Liquidez:
+47%

Recursos
Imobilizados:
-46%
+43%
O Balanço Patrimonial de uma CC

Recursos de
Terceiros:
+49%

Recursos
Próprios:
+24%
+43%
A DRE de uma CC

+12%
-44%
+23%

+12%
+47%
-26%

-58%
Campos de Atuação do Contador nas CC

Área Contábil;

Área Fiscal;

Área Financeira

Área de Recursos Humanos;

Área de Controles Internos; e

Área de Auditoria (Interna e Externa).


Atividades da Área Contábil nas CC
 Escrituração contábil diária (debitar
e creditar);

 Conciliação dos saldos das contas


contábeis com os controles extra-
contábeis;

 Controle das mutações ocorridas no ativo permanente;

 Prestação de Contas mensal aos Dirigentes e anual aos


associados, na Assembléia Geral Ordinária;

 Fechamento mensal do Balancete (4010) e semestral do


Balanço (4016) envio dos mesmos ao BACEN;
Atividades da Área Contábil nas CC
 Elaboração das Demonstrações Contábeis (Balanços,
DRS/E, DFC, DMPL e Notas Explicativas);

 Extração e análise de Índices de Desempenho e


informação periódica aos dirigentes das CC (liquidez,
endividamento, Grau de Imobilização, etc.);

 Emissão, atualização e guarda dos Livros Contábeis


(Diário Geral e Razão);

 Suporte direto às atividades da


Auditoria Interna e Externa;

 Outras rotinas da área contábil.


Atividades da Área Fiscal nas CC

 Confecção, envio e guarda das Decla-


rações Fiscais (DCTF, DACON e DIPJ);

 Cálculo e confecção das guias para re-


colhimento de tributos (IRRF, CPMF,
PIS, COFINS, CSLL, ISSQN, etc.);

 Emissão, atualização e guarda dos Livros Fiscais


obrigatórios (LALUR e LACS);

 Colaboração com a elaboração de normas e


procedimentos inerentes à área, participando de Comitês
e Comissões nas CC;

 Outras rotinas da área fiscal.


Atividades da Área Financeira nas CC

 Controle da tesouraria – contas a pagar e receber;

 Análise de crédito – capacidade e da própria cooperativa;

 Acompanhamento do fluxo financeiro de aplicações e


resgates;

 Outras rotinas da área Financeira.


Atividades da Área de R. Humanos em CC
 Orientação sobre políticas, critérios e
procedimentos para a Gestão de Recur-
sos Humanos;

 Processamento das admissões, transfe-


rências, pedidos de férias e demissões
dos colaboradores;

 Execução dos procedimentos formais referentes à


confecção de Contratos de Trabalho e a manutenção dos
registros funcionais dos colaboradores;

 Confecção da Folha de Pagamento mensal e das guias de


recolhimento dos encargos sociais (FGTS, INSS, PIS
sobre Fopag) e dos descontos legais (IRRF, etc.)
Atividades da Área de R. Humanos em CC
 Acompanhamento e assessoramento à Diretoria da CC
em assuntos inerentes às relações trabalhistas;

 Registro, atualização e guarda dos Livros Fiscais da área


trabalhista (Livro de Registro de Empregados e Livro de
Inspeção do Trabalho);

 Confecção, envio e guarda das Declarações Fiscais da


área trabalhista (CAGED, DIRF, RAIS);

 Outras rotinas da área de Recursos


Humanos.
Atividades da Área de Controles Internos em CC
 Prática de um conjunto de instrumentos/procedimentos
necessários que garanta, com razoável certeza:
=> O alcance dos objetivos da CC;
=> A eficiência e a efetividade operacional da CC;
=> A confiança dos registros contábeis da CC;
=> A credibilidade dos registros financeiros da CC;
=> A conformidade com as leis e normativos
aplicáveis.

 Monitoramento e identificação de Riscos:


=> Risco de Crédito;
=> Risco de Liquidez;
=> Risco Operacional;
=> Risco de Mercado.

 Principal Normativo: Res. Bacen nº 2.554/1998.


Atividades da Área de Auditoria em CC
 Auditoria Operacional: Inspeções in loco, visando
atestar os procedimentos contábeis e operacionais
das CC;

 Confecção e entrega dos Relatórios de


Auditoria Interna;

 Acompanhamento da regularização das


ocorrências detectadas nas inspetorias;

 Emissão de Pareceres da Auditoria


Externa;

 Outras rotinas da área de Auditoria.


Para as Coop. de Crédito, a Contabilidade..

 É o principal mecanismo de controle das suas operações;

 Permite o cumprimento das exigências do Bacen;

 Auxilia os gestores nas tomadas de decisões, sendo


fundamental para a administração das CC;

 Ajuda no processo de transparência da gestão dos


dirigentes perante o Conselho Fiscal e demais
cooperados;

 Também auxilia na transparência das operações das CC


perante o SFN e a sociedade em geral.
Para os Profissionais da Contabilidade, as CC...

 São mais um espaço de atuação profissional, que por


suas particularidades requer conhecimentos específicos;

 Servem como um ótimo “laboratório” para a formação


prática de estudantes de C. Contábeis, que podem
desempenhar diversas atividades nas CC, inclusive
através de estágios;

 Ainda é um ramo de atuação profissional pouco


conhecido e explorado por nossos profissionais, e
também pouco estudados em nossas Instituições de
Ensino Superior (IES).
Perfil do Contador que atua nas CC
 Espírito de iniciativa (pró-atividade);

 Organização;

 Grande senso de responsabilidade;

 Capacidade de discernimento para julgar e optar diante


de alternativas;

 Pensamento crítico;

 Capacidade de tomar decisões importantes;

 Gerência participativa;
Perfil do Contador que atua nas CC
 Conduta ética associada à responsabilidade profissional
e social;

 Visão de conjunto da área de conhecimento abrangido


pela profissão;

 Domínio mais apropriado de algum campo específico da


área profissional;

 Preocupação em manter-se atualizado em áreas sujeita


à alterações mais freqüentes;

 Capacidade de administrar adequadamente o


cumprimento de cronogramas de prioridades, de prazos
estabelecidos e outros.
Muito Obrigado por sua atenção!!!

Alex Furtado Gonçalves


Bacharel em Contabilidade e em Administração, ambos pela UFPA;

Ex-Contador da Central das Cooperativas de Crédito do Pará (Sicoob Central Amazônia);

Especialista em “Gestão de Cooperativas de Crédito na Amazônia” pelo NAEA/UFPA;

Colaborador da Área de Controladoria Corporativa da NORSERGEL S/A

Professor da Faculdade de Ciências Contábeis – FACICON/UFPA

Contatos: 91 8141-7462 / 4005-3304 / 3237-6384


contadoralex@gmail.com
MSN: alex-contador@hotmail.com

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