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O PRÉ-CAMBRIANO

1. Aproximadamente 90% do tempo


geológico;
2. De 4.6 Ga até ca. 540 Ma.
HADEANO – 4.6 a 3.9 Ga
 

Praticamente sem registro litológico (único registro = gnaisse Acasta 3.96 Ga)

1. Origem da Terra e do Sistema Solar - Teoria da Nebula Solar

2. Intenso Bombardeamento por Meteoritos

3. Diferenciação da Terra em Crosta Manto e Núcleo


o Modelo de acresção fria – aquecimento proveniente dos impactos e desitegração radioativa
fazendo a terra fundir e levando à diferenciação gravitacional
o Modelo de acresção quente – material acrecionado sequencialmente começando com o núcleo de Ni e Fe 3.

4. Origem da Atmosfera
Degaseificação por vulcanismo (“degassing”)
H2O, H2, HCl, CO, CO2, N2, gases com S
Muito pouco oxigênio livre.

5. Condensação de Vapor d’Água


Chuva – formando lagos, rios e eventualmente oceanos, originalmente
de água doce.

6. Origem de segmentos de crosta continental


Crosta primitiva era dominantemente máfica/ultramáfica (basaltos/komatiitos) – sub-marina
Algumas pequenas “ilhas” de crosta continental já existiam (rochas félsicas mais antigas – ca. 4.0 Ga)
Do Hadeano também é o
material terrestre mais antigo
já encontrado – cristais de zircão
detríticos extraídos de quartzitos
de 3.5 Ga do Grupo Warrawoona,
NW da Austrália.

4.4 Ga !
O HADEANO
Evidências de uma Atmosfera Primitiva Redutora

Uraninita e pirita são encontrados preservadas (não


oxidadas) em
alguns sedimentos detríticos Pré-Cambrianos
(conglomerados tipo Witwatersrand). São paleoplacers
ricos em Au detrítico.

Os “Goldfields” de Witwatersrand,
África do Sul.
Não existem Red-Beds no Arqueano.

Tornam-se comuns a partir do


Paleoproterozóico, após a formação das
espessas camadas de BIF – oxigênio livre
passa a integrar a atmosfera.
Paleossolos antigos = oxigênio na atmosfera era ca. de 2%
Do P.A.L

Os constituintes químicos básicos da vida não devem


ter se formado na presença abundante de oxigênio.

Os organismos mais simples têm metabolismo anaeróbico,


incluindo todas as Archaea.

As formações ferríferas arqueanas são pouco espessas,


predominantemente com magnetita (Fe+2), silicato de Fe,
carbonato de Fe e sulfeto de Fe.
A Terra no fim do Hadeano/Arqueano Inferior?
O ARQUEANO - 3.9 a 2.5 Ga

Intensa atividade
vulcânica

Oceanos

Estromatólitos
Fontes hidrotermais
e mud pools
Áreas de ocorrência de rochas arqueanas no mundo:

Portanto, fração significativa da história da Terra está preservada


em áreas relativamente restritas.
Os blocos arqueanos são circundados por faixas móveis
Proterozóicas e estas por faixas Fanerozóicas – crescimento
dos continentes
Exemplo : Escudo Canadense
Os “Greenstone Belts” Arqueanos
-seqüências de rochas vulcânicas e sedimentares. Com as mais
antigas evidências de vida.
Áreas clássicas: Isua, Barberton
e Warrawoona/Pilbara (Groenlândia,
África do Sul e Austrália)
Warrawoona greenstones – Pilbara Block
Noroeste da Austrália

greenstones Granitos
e gnaisses
Isua – Akilia
Nas rochas de Akilia e Isua:
Greenstone belt de Barberton – África do Sul
Barberton greenstone belt : seqüência de rochas vulcânicas e
sedimentares com ca. 3.7-3.2 Ga

Região do rio Komati


Em rochas sedimentares
de Barberton ?

Arqueobactérias fósseis – 3.6 Ga, Barberton


Greenstone belt, África do Sul. Provavelmente
bactérias que viviam em hot springs,
associadas a rochas basálticas
ESTROMATÓLITO DO
SUPERGRUPO FIG TREE, SUL
DA ÁFRICA (~ 3.5 Ga)
Uma caracterísitica específica dos greenstone belts:
-presença dos komatiitos – rochas vulcânicas ultramáficas, com
elevados teores de MgO (>18%), de alta temperatura, e que contêm
textura spinifex com lâminas grandes. São típicas do
Arqueano – não se formam mais na superfície da Terra (??)

Textura spinifex – de rápido


resfriamento.
Algumas características:
- rochas vulcânicas são dominantemente
basaltos e komatiitos, com evidências de extrusão submarina.

Basaltos com pillows – g-belt de


Identidade, sul do Pará

Mud pools típicos de regiões


vulcânicas

Bolívia - atual

Barberton – 3.5 Ga
Os mais antigos estromatólitos:
em um greenstone belt do Bloco
Pilbara no oeste da Austrália

ESTROMATÓLITOS DA
LOCALIDADE TRENDALL – 3.46 Ga
Micro-organismos:

Apex Chert ( ~3.5 Ga)


W Australia (Pilbara Block)

Fig Tree Supergroup – Swaziland.


Microfósseis com 3.5 Ga, comparados
com bactérias modernas
Outras áreas clássicas com terrenos granito-greenstone:

Província Superior

Província Slave
A estrutura de Kapuskasing –
a crosta inferior da Província
Superior
Geocronologia U-Pb tem mostrado que g-belts e terrenos granito-
gnáissicos associados têm histórias evolutivas complexas e
policíclicas (são colagens de blocos menores?)
Modelo de evolução simplificada do greenstone
belt do Abitibi, Província Superior
Além da curiosidade acadêmica, seqüências do tipo
“greenstone belt” arqueanas são reconhecidamente importantes
repositórios de depósitos minerais de Au, Ni, Cu,
Zn e, portanto, são feições geológicas muito estudadas.
Normalmente entre as faixas de “greenstone belts” – terrenos de
rochas graníticas, gnáissicas e granulíticas = terrenos granito-
gnaisse, terrenos de alto grau, terrenos TTG.

Afossilíferos, obviamente

Exemplo clássico – Amitsoq gneiss, Groenlândia

Região de Godthab, W
Groenlândia
Gnaisse Amitsoq
Diques Ameralik
transpostos e boudinados
“... the superficial simplicity resulted
from repeated episodes of intense, late
Archean, ductile deformation by which
layers of rock initially at high angles to
each other were rotated, attenuated and
transposed into parallelism.”
RESUMO – Arqueano
1. Greenstone-Granite Belts (terrenos granito-greenstone) –
Cap.19
2. Terrenos Granulíticos/Gnáissicos – Cap. 20

GREENSTONE BELTS

1. Forma, Distribuição e Tipos


• Maioria = 10-25km de largura por 100-300 km de comprimento
• São normalmente fatias embricadas tectonicamente incluindo
rochas vulcânicas, gnaisses e granitos (alguns são comparados
ofiolitos modernos) – grande variedade de formas e modos
de ocorrência
Exemplo: G-belt de Barberton

Forma atual – grande sinclinal

Reconstrução – antes do
grande dobramento em um
sinclinal = era portanto uma
pilha de “thrust sheets”
2. Idade

Os típicos g-belts mais antigos = 3.5 Ga (Pilbara Block e Kaapvaal


Craton).

Época de intenso vulcanismo = 2.6 – 3.0 Ga (Prov. Superior,


greenstone belts brasileiros)

2.5-2.6 Ga = Dharwar Belt – Índia

3. Estratigrafia

Normalmente = um grupo vulcânico inferior, dominantemente


vulcânico (komatiitos, basaltos +/- andesitos, dacitos) com
sedimentos de fundo oceânico (cherts, BIF’s, folhelhos, filitos
grafitosos) e um grupo superior dominantemente sedimentar
clástico.
Estratigrafia idealizada.
Mas é muito variável

Tipos de derrames de
Greenstone belts de Goiás – faixas alongadas em meio
a terrenos graníticos-gnáissicos.
0,5136
0,5134
0,5132
0,5130 Crixás Komatiites
0,5128
0,5126

Nd
0,5124

144
0,5122

Nd/
0,5120

143
0,5118
0,5116
0,5114
Age = 2998 ± 100 Ma
Initial 143 Nd/ 144 Nd =0,50886 ± 0.00055
0,5112 MSWD = 5,2
0,5110
0,12 0,14 0,16 0,18 0,20 0,22

data-point error ellipses are 68.3% conf  147 144


0,66 Sm/ Nd

GOV4
0,62 3100

0,58
2900

206 238
Pb/ U 0,54
2700

0,50

2500
0,46
TTG – Goiás Velho
2300
0,42
8 10 12 14 16 18 20 22
207 235
Pb/ U
4. Metamorfismo

Mais comumente em fácies xisto verde (daí o nome greenstone).

Rochas ultramáficas = talco xistos, tremolita-actinolita xistos

Rochas básicas = paragêneses com actinolita, albita, clorita,


epidoto.

Metassedimentos = xistos com actinolita, clorita, quartzo,


Sericita, biotita
4. Mineralizações
Importantes repositórios de Au, Ag, Ni, Cu e Zn.

Depósitos vulcanogênicos, muitos semelhantes àqueles associados


a arcos de ilha modernos.

Ni, Cr, magnesita, talco = assoc. aos derrames ultramáficos.


Au, Ag, Cu e Zn = rochas máficas a félsicas
Fe, Mn e barita = metassedimentos
Li, Ta, Be, Sn, Mo e Bi = aos granitos adjacentes.
Áreas – tipo:
1. Província Superior – 2.75 a 2.68 Ga

Faixas alongadas sub-paralelas.

Interpretação:
2. Sul da África = África do Sul, Zimbabwe,
Swaziland

Parte do Grupo
Onwerwacht, basal,
é hoje interpretado
como um ofiolito.
Greenstone belt de Belingwe – Zimbabwe

2 interpretações:
Bloco Pilbara – NW Australia
Algum equivalente atual de komatiitos?

Lavas ultramáficas com textura spinifex, do Cretáceo.

Ilha de Gorgona, Colômbia


100 Ma 90 Ma

70 Ma 59 Ma
49 Ma

21 Ma
Dois modelos mais aceitos hoje para ambiente tectônico
de formação de komatiitos arqueanos:

1 – Formados em plumas – em platôs oceânicos

2 – Crosta oceânica que serviu de substrato para o


desenvolvimento de arcos de ilha (e.g. Abitibi)
FAIXAS GRANULÍTICAS-GNÁISSICAS
(TERRENOS DE ALTO GRAU)

2 tipos:

6. Dominados por rochas meta-ígneas com pouco metassedi-


mento. TTG (granitoides tipo I) + seq. vulcano-sedimen
tares Ex: Groenlândia + NW Escócia)

10. Dominados por rochas metasedimentares detríticas e


carbonáticas, plataformais, com grande quantidade de
intrusões graníticas do tipo-S (e.g. Limpopo Belt – sul
da África)

Talvez sejam só membros-finais de um espectro de faixas


de alto grau
Parênteses: o que são granitos tipo I e tipo S?

Tipo I – re-fusão de rochas ígneas, de natureza calci-alcalina,


meta-aluminosos a biotita e/ou hornblenda, com enclaves de
rochas máficas/intermediárias, com baixas razões 87Sr/86Sr e
ε Nd(T) positivo (geralmente);

Tipo S – refusão de rochas metasedimentares – natureza


peraluminosa, com minerais do tipo cordierita, silimanita e
granada, enclaves de rochas metassedimentares, e altas
razões 87Sr/86Sr e ε Nd(T) negativo (geralmente)
Granitos Tipo-I - Arenópolis, Goiás
Granitos Tipo-S

Área-tipo: Cooma Complex, cinturão Lachlan (Paleozóico),


SE Austrália.
O PROCESSO

metassedimento

Metamorfismo e
deformação mais
intensos
O granito de
Cooma
O Craton Arqueano
do Atlântico Norte

Gnaisse Amitsoq
Na Escócia – gnaisses Lewisian/Scourian

Mt. Suilven (Sedim.


Torridonianos)

Lewisian
Lewisian

Calcário paleozóico
Portanto as rochas mais
comuns = gnaisses forte-
mente deformados e meta-
morfizados e granulitos.
Em locais de menos defor-
mação – texturas ígneas
plutônicas preservadas
Rochas supracrustais:
Anfibolitos – metabasaltos (alguns com pillows) – e.g. Isua
Belt , localmente com natureza komatiítica, provavel-
mente de ambiente oceânico.
Outros – e.g. no Limpopo = têm assinatura geoquímica
de arco.

Micaxistos – c/ granada, cordierita, silimanita

Mármores – normalmente associados com quartzitos e anfi-


bolitos.

Quartzitos

Formações Ferríferas – fácies quartzo-magnetita, de espessura


reduzida (provavelmente são hidrotermalitos), associados com
Quartzitos, mármores e anfibolitos (proto- tipo Superior?)
Complexos Acamadados

- ultramáficas-gabros-leucogabros-anortositos
- texturas cumuláticas
- normalmente circundados por rochas supracrustais
e TTG’s
-extremamente deformados
e metamorfizados

-Exemplo
Fiskenaesset – 2.86 Ga
Outros exemplos clássicos de terrenos de alto grau
arqueanos:

Kaspukasing Uplift

Exposição da crosta inferior,


sob os terrenos granito-greenstone
da Província Superior
O Cinturão Limpopo – sul da África (África do Sul e Zimbabwe)
Belingwe Greenstone Belt

Provavelmente repre-
senta as “raízes” de um
cinturão colisional do
Arqueano. Colisão entre
os cratons do Zimbabwe
e do Kaapvaal
Metamorfismo

-fácies anfibolito a granulito


- granulitos arqueanos – formados em um largo intervalo de
pressões (6 – 12 kbar) e temperaturas (750 - 980o C)
-alguns formados em ambientes colisionais (ITD – isothermal
decompression) e extensionais pós-colisão (IBC –
isobaric cooling).

Mineralizações

-BIF’s – pouco espessos


-Cr em anortositos – e.g. Fiskenaesset
-Ni e Cu (Pb, Ag, Sb, Cd) em anfibolitos – Limpopo (Selebi)
e em Isua.
-Au – associado aos terrenos de alto grau do bloco de
Yilgarn – contínuos com os depósitos dos g-belts.
Qual o ambiente tectônico de origem dos TTG?
Análogo moderno = Andes? Cordilheira do W Américas?
Em direção ao Arqueano mais tardio (<3.0 Ga) = primeiras
evidências da existência de massas continentais maiores,
mais estáveis podendo receber espessas e extensas seqüências
plataformais depositadas em crosta continental estável.

Exemplo: Supergrupo Pongola – Craton do Kaapvaal–


África do Sul

Grupo Mozaan – 5 km – arenitos e folhelhos


fluviais e de planície de maré
Grupo Nsuze – 8 km – basaltos e
riolitos (2.94 Ga)
Rift com 130 km
de comprimento –
para alguns seria um rift
pós-colisional que se seguiu
às orogenias arquenas
Outro exemplo: Bacia de Witwatersrand
Mais carbonatos
no topo

2.7 Ga – SHRIMP
(idade semelhante ao
pico do metamorfismo
no Limpopo)
Bacia de foreland?
O domo de Vredefort
afetando rochas do
Supergrupo
Witwatersrand
(cratera de impacto
mais antiga)
No Brasil: alguma bacia com características semelhantes?

Supergrupo Itacaiúnas– Serra dos Carajás? = ca. 2.76 Ga

Geologia muito diferente dos típicos greenstone belts


arqueanos
Não parecem vulcânicas oceânicas
Outra evidência de crosta continental estável e rúptil:
grandes complexos máfico-ultramáficos estratiformes
começam a aparecer abundantemente no registro geológico,
juntamente com grandes enxames de diques

2.70 Ga

Stillwater
Complex
O Grande Dique
do Zimbabwe – ca. 2.5 Ga

480 km de comprimento
-camadas inferiores = cromititos
-camadas superiores = gabro-
noritos
Mineralizações:

3. Au e U – conglomerados dos grupos Witwatersrand e


Ventersdorp. Pirita, Au e uraninita detríticos.
Deposição em ambiente fluvial a deltáico. Modelo “placer”.

7. Cromo – camadas de cromitito no Grande Dique e


em Stillwater.

10. EGP – grande potencial = Stillwater, G.Dique

12. ?? Cu-Au-REE – Carajás.


O PALEOPROTEROZÓICO (2.5 – 1.6 Ga)

2.6 – 2.4 Ga = período de pequena atividade orogenética


Supercontinente no fim do Arqueano (?)

2.4 - 2.1 Ga = abundantes enxames de diques máficos – fragmenta-


ção do supercontinente? E instalação de margens
continentais passivas

2.0 – 1.9 = orogenia em escala mundial

Associados a rifts abortados


(perpendiculares à margem continental
Enxames de diques
Paralelos à margem passiva
Outros exemplos: Jatulian (Esc. Báltico) = 2.2 –2.0 Ga
e Sumian-Sariolian (2.4-2.3 Ga)
Matatchewan Dyke Swarm (2.4 Ga)
Intrusões Acamadadas

Muitos dos diques máficos e intrusões acamadadas do fim do


Arqueano e do Paleoproterozóico têm composição norítica de
Alto-Mg

Exemplos:
Stillwater – 2.7 Ga
Grande dique do Zimbabwe = 2.46 Ga
Jimberlana e Binneringie = SW Austrália = 2.4 Ga
Scourie dykes = Escócia = 2.4 Ga
Bushweld Complex = África do Sul – 2.05 Ga.
Os orógenos Paleoproterozóicos – época de grande crescimento
continental. Contém muitas similaridades com as cadeias
modernas – tectônica de placas similar a atual.

Exemplos:

Thelon
Wopmay

Transhudson
O Cinturão Wopmay
Modelos de evolução
Orógeno Thelon

O modelo:
Orógenos acrescionários – poucos sedimentos e muita vulcâ-
nica oceânica e de arco, com intenso plutonismo calci-alcalino
associado
No Brasil – faixa muito semelhante
ao Birrimiano da África

Cinturão Maroni Itacaiunas


na região do Amapá e Guianas.
O Projeto RENCA
CPRM
Região da Serra do Navio - Amapá
No Brasil: o orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá – dominante-
mente em alto grau = raízes de uma cadeia de montanhas
0,5132

0,5128
SUF
Nd/144Nd

0,5124
143

Age = 2142 ± 47 Ma
0,5120 (1 σ)
ε = +1.2
MSWD = 1,9

0,5116
0,12 0,14 0,16 0,18 0,20 0,22 0,24
147 144
Sm/ Nd
Alguns pontos importantes do Paleoproterozóico:

Os primeiros ofiolitos completos e semelhantes aos


ofiolitos Fanerozóicos

JORMUA – Finlândia, no cinturão


Svecofennian (1.96 Ga)
PURTUNIQ – Canadá – Cape Smith
Belt (1.99 Ga)
PAYSON – Arizona – Mazatzal Block
(1.75 Ga)
Outro: Purtuniq, no cinturão Cape Smith
O reconhecimento de um ofiolito (de qualquer idade), especialmente se ele contém uma
seqüência completa com cherts, “sheeted dykes”, gabros e peridotitos do manto,
constitui evidência clara da operação dos mecanismos da expansão do assoalho
oceânico e da tectônica de placas.
Formações Ferríferas Bandadas
Representam ca. de 15% do total de espessura de sedimentos Paleo-
proterozóicos.

92% de todos os BIF’s foram depositados durante o Paleoproterozóico

São todos do tipo Superior (fracamente metamorfisados, finamente


laminados, especialmente de fácies óxido) e depositados nas plataformas
continentais dos continentes ou em bacias de foreland

Associados com quartzitos, cherts, dolomitos, folhelhos e algumas


rochas vulcânicas

Formam camadas espessas que podem ter centenas de quilômetros de


extensão.
Exemplos:
O Quadrilátero Ferrífero
Glaciação Paleoproterozóica
Formação Gowganda (2.4 Ga) – primeiros sedimentos glaciais

Outros exemplos (todos de 2.4 Ga) – Série Griquatown (África do Sul),


tilitos na Finlândia = suspeita-se que todos foram formados em uma mesma
cobertura de gelo, dentro de um supercontinente, no limite Paleoproterozóico
- Arqueano

SITUAÇÃO SEMELHANTE À “SNOW BALL EARTH” DO


NEOPROTEROZÓICO?
Os primeiros depósitos glaciais bem preservados.
Formação Gowganda

200 m de espessura cobrindo uma área de ca. 20.000 km2


Atmosfera – Vida no Paleoproterozóico

Micro-organismos são muito comuns em rochas do Paleoprot.

Gunflint Iron Formation (Supergrupo Huronian – 2.25-2.4 Ga)

Primeiros eucariotes

Pequenas camadas de carvão – 5 cm de espessura – Grupo Mugford


(2.0 Ga) no Labrador

O petróleo mais antigo = 2.2-1.9 Ga, em sedimentos da região dos


Grandes Lagos (pequenas gotas de pirobetume sólido em cherts
escuros e argilitos.

Óleo = 1.7-1.4 Ga – MacArthur Basin (Austrália)


Evidências de uma Atmosfera Primitiva Redutora

Uraninita e pirita são encontrados preservadas (não


oxidadas) em
alguns sedimentos detríticos Pré-Cambrianos
(conglomerados tipo Witwatersrand). São paleoplacers
ricos em Au detrítico.

Os “Goldfields” de Witwatersrand,
África do Sul.
Paleossolos antigos = oxigênio na atmosfera era ca. de 2%
Do P.A.L (paleossolo na discordância entre o Grupo
Dominion e o embasamento arqueano na África do Sul)

Os constituintes químicos básicos da vida não devem


ter se formado na presença abundante de oxigênio.

Os organismos mais simples têm metabolismo anaeróbico,


incluindo todas as Archaea.

As formações ferríferas arqueanas são pouco espessas,


predominantemente com magnetita (Fe+2), silicato de Fe,
carbonato de Fe e sulfeto de Fe.
O registro geológico:
BIF’s (banded iron formation se depositaram
abundantemente entre 2.5 e 2.0 Ga).

Hamersley Basin - Austrália


Não existem Red-Beds no Arqueano.

Tornam-se comuns a partir do


Paleoproterozóico, após a formação das
espessas camadas de BIF – oxigênio livre
passa a integrar a atmosfera.
Durante o Proterozóico:

Acentuado decréscimo nas concen-


trações de vapor d’água e CO2 na
atmosfera

Aumento do Oxigênio na atmosfera

Climas dominantemente quentes

Nível do mar elevado = mares epi-


continentais de água rasa, quente
Com o aumento de O2 na atmosfera = mudanças
que permitiram células procariotes sobreviver ao
oxigênio livre, originando células aeróbicas

Coincidência = aparecimento dos eucariotes com


desenvolvimento de atmosfera oxidante há ca. 2.0
Ga. Aparentemente, a presença de oxigênio livre
nos oceanos foi um pré-requisito para o
aparecimento dos eucariotes.
Belcher Group – Canadá (2.0 Ga)

Gunflint Chert (2.0 Ga)


Os cinturões orogenéticos Paleoproterozóicos são muito
importantes e estão presentes em todos os continentes.

Época de aglutinação continental? Ca. 1.9-2.0 Ga?


Na América do Norte e Amazônia = eventos orogenéticos
Se prolongaram até 1.75 – 1.65 (províncias Rio Negro-
Juruena, na Amazônia e Mazatzal, na América do Norte)

O Supercontinente Atlântida – em existência após esses


eventos – marca a transição Paleo-Mesoproterozóico
Fig. 15.1

Formação e “rifteamento” de um supercontinente


Mesoproterozóico.
fIG. 15.2
No Brasil:

Região de
Alta Floresta
PROJETO ALTA
FLORESTA
Gnaisses – pequenas
fatias em meio às
rochas graníticas

1.99 a 1.79 Ga
data-point error ellipses are 68.3% conf .

0,39 2100
Sample CCR--02
Metatonalite - Rio Negro Juruena
0,37
Belt
2000

0,35
1900
not included in
U
238

age calculation
0,33
1800
Pb/
206

0,31
1700

0,29 Intercepts at
-73 ± 180 & 1992.4 ± 7.1 [±9.2] Ma
MSWD = 0.75
0,27

0,25
4,0 4,4 4,8 5,2 5,6 6,0 6,4 6,8 7,2

207 235
Pb/ U
Granitos pouco
deformados (pós-
tectônicos?)

1.78 a 1.74 Ga
data-point error ellipses are 68.3% conf  data-point error ellipses are 68.3% conf 
0,37 0,40
PS-R-42
9.2
CC-R-158B
0,35
0,36
Concordia Age = 1785.8 ± 7.2 Ma
Probability of equivalence = 0.35 Granito São Pedro 1900
Prob. of concordance = 0.736 [MSWD = 1.1] 1850
0,33
0,32
1800
206
10.2
Pb/ 1700
206
Pb/ 1750 238
0,31
238
U
12.2
U 1600 Mean 207Pb/ 206Pb age= 1883 ± 18 Ma
0,28 Wtd by data-pt errs only, 0 of 4 rej.

1650 1500 [ MSWD = 0.027, probability = 0.994[

0,29
Mean 207Pb/ 206Pb age = 1784 ± 17 Ma
Model 1 Solution 13 points: 0,24 Wtd by data-pt errs only, 0 of 6 rej.
12.1 Lower intercept: 10 ± 600 Ma [MSWD = 0.97, probability = 0.44]
Upper intercept: 1785 ± 8 Ma
0,27 MSWD = 0.38, Probability of fit = 0.97

0,20
0,25 3,0 3,4 3,8 4,2 4,6 5,0 5,4 5,8
3,6 4,0 4,4 4,8 5,2 5,6
207 235
207
Pb/ 235U Pb/ U
O MESOPROTEROZÓICO (1.6-1.0 Ga)

A transição Paleo – Mesoproterozóico = provavelmente


um supercontinente que começa a se fragmentar.

1.5 – 1.3 = “calmaria tectônica” – são raros os eventos


orogenéticos nesse intervalo de tempo (70% das rochas
anorogênicas Proterozóicas estão nesse intervalo). Uma
Associação típica = granito Rapakivi + Anortosito

A formação de um novo supercontinente (Rodinia) e a


Orogenia Grenville
Rodinia
Provavelmente 2 tipos de magmatismo continental:
2. Pós-tectônico em relação ao Svecofeniano
3. Precursor do oceano Grenville.
1.35-1.27 Ga = enxame de diques e basaltos de platô
A FAIXA GRENVILLE
(4.000 Km de extensão)
Parte de um sistema
maior (13.000 km)
Metam. = 0.97-1.0 Ga

1.11 – 1.09 Ga
Parênteses:

LITHOPROBE (GSC + Universidades)


Vibroseis
O NEOPROTEROZÓICO (1.0 – 0.54 Ga)

O Mesoproterozóico termina com a formação do superconti-


nente de Rodinia, há ca. 1.0 Ga.

Durante o Neoproterozóico Rodinia vai se fragmentar (a partir


de ca. 750 Ma).

No fim no Neoproterozóico – um novo supercontinente =


PANNOTIA (Laurentia-Gondwana).
Rodinia e sua fragmentação
570 Ma – um novo supercontinente – PANNOTIA
(ou Laurentia-Gondwana, ou ainda, Gondwana)

Formação das faixas


orogenéticas Pan-
Africanas e Brasilianas
Um exemplo
clássico:
Instituto de Geociências
Universidade de Brasília

Faixa Brasília
Tectonic Elements
Sao Luis
Cratonic areas
Sao Francisco
Andean
Deformation Amazon
Front

Rio de La Plata
Exotic terranes &
active margin assemblages
accreted in the Phanerozoic
Cráton
Amazônico
Cráton do S.
Francisco
A parte final do Neoproterozóico é comumente
chamada de Criogênico: porque?
Aprentemente, alguns desses eventos glaciais alcançaram
latitudes tropicais, ou mesmo equatoriais – evento único na
história da Terra = SNOW BALL EARTH.

Outro aspecto importante =


o paradoxo
ICEHOUSE x GREENHOUSE

Sturtiano da Namíbia
Instituto de Geociências
Universidade de Brasília
Explicando a Snow Ball Earth
Snow Ball Earth

Há ca. 780 Ma – fragmentação de um supercontinente


As massas continentais menores formadas concentram-se
em baixas latitudes – elevado intemperismo, sequestrando
CO2 da atmosfera

Seqüência de eventos
PORQUE O INTEMPERISMO SEQUESTRA
CO2 DA ATMOSFERA?
Aumento no ALBEDO da Terra

Capa de gelo nos oceanos


pode ter tido 1 km de
espessura. Grandes extinções
- a vida teria sobrevivido em
vents hidrotermais –
adaptações rápidas.
A PRESENÇA DE CARBONATOS LOGO ACIMA DE
SEDIMENTOS GLACIAIS – MUDANÇA ABRUPTA NO
CLIMA DA TERRA

REDUÇÃO DO INTEMPERISMO
EXTINÇÕES OCORRIDAS DURANTE A GLACIAÇÃO

LEVAM NOVAMENTE AO RÁPIDO ACÚMULO DE


CO2 NA ATMOSFERA

Para libertar a Terra do gelo


teria se acumulado grandes
quantidades de CO2, o que
acarretou um forte efeito
estufa logo a seguir da época
glacial (greenhouse).
No fim do Precambriano –
massas continentais voltam
a se aproximar e formar um
novo supercontinente.
PANNOTIA

Em 600 Ma – mais uma glaciação


em nivel global

Varanger
O supercontinente Pannotia vai começar a se fragmentar ao mesmo tempo
que o planeta re-aquece – explosão Vendiana e explosão Cambriana
SEM DÚVIDA, OS PRIMEIROS REGISTROS DE
METAZOÁRIOS – A FAUNA DE EDIACARA.
Pound Quartzite, Ediacara,
S Australia

cyclomedusa

Fauna característica do período entre 580-


540 Ma – animais multicelulares, de “corpo
mole” que deixaram apenas marcas nos
sedimentos do fim do Proterozóico.
Antecedeu a “explosão cambriana” e
apareceu em seguida da grande era glacial
do Neoproterozóico – “snow ball Earth”.
Comprovadamente os primeiros animais.
Dickinsonia - Anelídeo ?
Eoporpita - anêmona Nemiana

Charnia – sea pen kimberella

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