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ENERGIA NUCLEAR

 Radioatividade

 A radioatividade foi descoberta, em 1896, pelo químico francês Henri Antoine

 Becquerel observou que materiais compostos de urânio (sulfato de urânio)


emitiam energias que impressionavam chapas fotográficas, mesmo quando
envoltas em papel preto. Essa energia foi chamada de emissões radioativas
ou radioatividade (Mme. Curie, em 1898).
 Marie e Pierre Curie extraindo e purificando o urânio, do minério pechblenda,
U3O8, isolaram, em 1898, o polônio, 400 vezes mais radioativo do que o urânio
e, posteriormente, o rádio, 900 vezes mais radioativo do que o urânio.
 Nas rochas, encontramos elementos radioativos, como o urânio-238, urânio-
235, tório-232, rádio-226 e rádio-228.
Partícula α (núcleo do átomo de hélio, 2 prótons e 2 neutrons): menos
penetrantes e produzem mais ionização.
Raios gama (onda eletromagnética, fóton): produzem menos ionização e
são mais penetrantes

Partícula β (elétron) : Intermediário.


 Composição do núcleo
 O núcleo é composto de prótons e nêutrons, conhecidos por núcleons, que
ocupam um volume que varia de 1x 10-15 m a 9x10-15 m.
 Z (número atômico) representa o número de prótons (igual ao número de
elétrons orbitais). mp = 1,672623X10-27 kg

 N representa o número de nêutrons. mn= 1,674929X10-27 kg

 A = A+N, é o número total de núcleons número de massa).


 Isótopos, nuclídeos com mesmo Z. 16
O 15
O

 Energia de ligação de um núcleo

 Ln = Zmpc2+ Nmnc2 - Mnc2 = Δmc2 Mn é a massa do núcleo.


 Exemplo: energia de ligação do 50 Fe é 294 MeV

Energia nuclear
A energia que o núcleo do átomo possui, mantendo prótons e nêutrons
juntos, denomina-se energia nuclear. Ela pode ser liberada por uma
reação nuclear de fissão ou fusão, ou ainda por decaimento radioativo.

 Reações de fissão
 A fissão do átomo de Urânio235 ocorre quando um nêutron lento é capturado no seu
núcleo, Os nêutrons liberados podem ser capturados por outros átomos de Urânio
prosseguindo em uma série de reações chamadas reações em cadeia. Os dois
núcleos menores formados em cada fissão são altamente radioativos e formam o
chamado lixo nuclear. O césio-137, estroncio-90, iodo-131 são exemplos dos
chamados produtos de fissão.

 Além do U-235, que ocorre na natureza, são físseis também o plutonio-239 e o


uranio-233, obtidos em reatores nucleares por captura de neutrons pelo uranio-238 e
tório-232.


 Reações nucleares na fissão
 Por núcleo:

 235
U + n → 236 U* → 92Kr +142 Ba +2n +179,4 MeV (descoberta em
1938)
 Em reação de combustão, 4 eV são liberados por molécula de oxigênio
consumido.
 A energia liberada por unidade de massa é 4,95X 1026 MeV/kg

 Energia produzida pela fissão de 1 g de 235


U é de 22.800 kWh/g.
 Esta é a energia consumida por uma residência típica americana
durante 15 meses.
 No Brasil seria durante 100 meses.
 Em 2004 foram responsáveis por 7% (físicos) ou 17% (AIEA) da
produção mundial de energia elétrica mundial.
 Os Estados unidos foram responsáveis por 30% desta produção
mundial.
A liberação de nêutrons pode produzir mais fissões dando origem à
reação de cadeia. A energia crítica necessária para que o núcleo de
236
U sofra fissão é de 6,2 MeV. Este valor é menor do que a energia de
excitação do 236 U que é 6,5 MeV.

A energia crítica do 239 U é de 5,9 MeV.

A reação n+ 238U → 239 U produz energia de excitação de 5,2 MeV.


Logo o 239 U excitado não tem energia para que a fissão ocorra.
Quando 235 U captura nêutron térmico, existe uma probabilibade de 85%
do núcleo sofrer processo de fissão.
Núcleos que podem se fissionar ao capturarem nêutrons lentos são os
núcleos físseis.
 Reatores de fissão nuclear

 1942 Fermi produziu a primeira reação nuclear na Universidade de


Chicago
 Fator de reprodução de um reator k é o número médio de nêutrons
resultantes de fissões que produzem novas fissões.
 Para U é de máximo 2,4 (na verdade é quase 1,32).
235

 Para k= 1 a reação é auto sustentada, reator está crítico.

 Para k<1 a reação não prossegue, reator está subcrítico.

 Para k>1 reação explosiva (bombas nucleares), reator está


supercrítico.
 A seção de choque para a captura de nêutrons é grande para baixas
energias dos nêutrons. Como nêutrons emitidos na fissão têm energias
da ordem de 1 MeV (ou maiores), logo a reação em cadeia só se
mantém se os nêutrons perderem energia.
Os nêutrons de alta energia perdem energia através de :
1- colisões inelásticas com 238U ; é o isótopo mais abundante do urânio
natural (contém 99,28% de 238 U e 0,72 % de 235 U).
2- Depois espalhamento elástico com um núcleo em repouso. Processo

eficiente quando as massas dos 2 corpos são da mesma ordem.


Coloca-se no núcleo do reator MODERADORES, que são materiais de
baixa massa atômica: água ou grafite, para reduzir a energia dos nêutrons,
aumentando a probabilidade da fissão antes que os nêutrons escapem do
reator.
Como k para reator alimentado com urânio natural é 1,32 e como a seção
de choque do H para a captura de nêutrons é alta não é fácil atingir a
criticalidade usando água comum como moderador e urânio natural.
Uma das soluções é enriquecer o combustível em 235 U, aumentando sua
concentração de 0,7% para 3%.
Para produção de 1 kg de 235
U enriquecido entre 3 e 3,5% deve-se
consumir 2300 kWh (r$1012,00).
K aumenta de 1,32 para 1,82, o suficiente para tornar viável o
funcionamento do reator.
Atualmente há nos estados Unidos 102 reatores para a geração de
energia elétrica que utilizam urânio enriquecido como combustível e água
leve como moderador.
 Outra solução: usar urânio natural e água pesada (D20) como
moderador.(seção de choque para captura de nêutrons é muito menor
do que para H).
É o caso da maioria dos reatores do Canadá. O custo elevado para
produzir água pesada é compensado pela não necessidade de
instalações para enriquecimento do urânio e menor quantidade de
rejeitos radioativos.

Reatores Angra I e II funcionam com água leve e urânio enriquecido

OUTRO MATERIAL FÍSSEL

239
U possue energia de excitação de 6,53 Mev e energia crítica para
fissão de 6 MeV
 O Reator de Água pressurizada (PWR) é usado nos Estados Unidos
para produzir energia elétrica.
 As fissões que ocorrem no núcleo do reator aquecem a água do
circuito primário, que também é usada como moderador.
 Esta água é mantida a alta pressão para não se transformar em vapor.

 Esta água quente passa por um trocador de calor onde aquece a água
do circuito secundário, transformando-a em vapor.
 Este vapor move as turbinas que produzem eletricidade.

 A água do circuito secundário não passa pelo núcleo do reator.


 Para que o reator funcione em segurança k deve ser mantido próximo
a 1.
 Controles:

 1- natural: quando k aumenta, número de fissões aumenta e a


temperatura do reator aumenta muito. Isto reduz a densidade da água,
tornando-a um moderador ineficaz, reduzindo o número de fissões.
 2- ativo: Barras feitas de cádmio que possuem elevada seção de
choque para captura de nêutrons.
 QuaNdo k ultrapassa 1 as barras são inseridas no núcleo.

 Isto só é possÍvel porque nêutrons emitidos no processo de fissão são


retardados e porque o tempo necessário para atingir a energia térmica
é da ordem de 1 ms
Segurança dos reatores de fissão

 1- Se todos os nêutrons emitidos na fissão fossem nêutrons prontos, o controle


mecânico não seria possível.
 0,65% dos nêutrons são emitidos com retardo médio de 14 s.
 Tempo de retardo= 0,9935x0,001s+0,0065x14s= 0,092s
 Para 700gerações: 700x0,092= 64,4s.

 ACIDENTES SÉRIOS: Windscale(Inglaterra) em 1957; Chernobyl, Ucrânia em


1986; Three Mile Island, Estados Unidos em1979; Tokaimura, Japão 1999.,

 .
 Receios: a- Reator possa explodir como uma bomba. É muito
improvável pois o urânio enriquecido dos reatores de água leve contém
apenas 1% a 4% de 235U, enquanto nas bombas são necessários 90%.
 b- Ocorra a fusão do reator, provocada pelo seu super
aquecimento. Ocorreu em Three Mile Island (40% do núcleo derreteu)
e no Enrico Fermi, Detriot 1966. Não houve vazamento de radiação.
 Os reatores possuem um vaso de contenção com paredes
de concreto e aço de mais que 1 m de espessura.
 c- Rejeitos nucleares, é problema muito sério
 d- reprocessamento do combustível, é problema muito
sério devido ao 239Pu (uso em armamentos) e a liberação de
radioisótopos gasosos nas usinas de reprocessamento
 Segurança dos reatores depende muito da política do país
Caso Chernobyl

 1- Era reator para gera eletricidade e produzir plutônio para armas


nucleares.
 2- Usava grafita como moderador,
 3- Estava funcionando com baixa potência pois o sistema de
resfriamento estava desligado.
 4- O calor produzido pela fissão fez a grafita entrar em combustão e o
calor produzido pela grafita fez o urânio entrar em combustão.
 5- Erro de projeto.
 6- Operadores não estavam sóbrios.
 7- Não possuia vasos de contenção.
 Reatores como este só existem na Rússia e na Ucrânia.
 Acidente similar seria impossível em reator que usa a água como
moderador.
A fissão do átomo de Urânio235 ocorre quando um nêutron lento é capturado
no seu núcleo, Os nêutrons liberados podem ser capturados por outros
átomos de Urânio prosseguindo em uma série de reações chamadas reações
em cadeia. Os dois núcleos menores formados em cada fissão são altamente
radioativos e formam o chamado lixo nuclear.

Por núcleo 235


U + n → 236
U* → Kr +142 Ba +2n +179,4 MeV
92

Em reação de combustão, 4 eV são liberados por molécula de oxigênio


consumido.
A energia liberada por unidade de massa é 4,95X 1026 MeV/kg
Energia produzida pela fissão de 1 g de 235
U é de 22.800 kWh/g.
Esta é a energia consumida por uma residência típica americana durante 15
meses.
No Brasil seria durante 100 meses.

1MeV=1,7x106 kWh elétrons e prótons com energia de


1MeV requerem estar em região com 106 Volts.
A liberação de nêutrons
pode produzir mais fissões dando origem à reação de cadeia. A energia crítica neces
236 U sofra fissão é de 6,2 MeV. Este valor é menor do que a energia de excitação do 236U que é 6,5 MeV.

A energia crítica do 239 U é de 5,9 MeV.

A reação n+ 238U 239U produz energia de excitação de 5,2 MeV. Logo o 239

U excitado não tem energia para que a fissão ocorra.


Os nêutrons de alta energia perdem energia, principalmente, através do
espalhamento elástico com um núcleo em repouso. Processo eficiente quando as
massas dos 2 corpos são da mesma ordem.

Coloca-se no núcleo do reator MODERADORES, que são materiais de baixa


massa atômica: água ou grafite, para reduzir a energia dos nêutrons, aumentando
a probabilidade da fissão antes que os nêutrons escapem do reator.
Como k para reator alimentado com urânio natural é 1,32 e como a seção de
choque do H para a captura de nêutrons é alta não é fácil atingir a criticalidade
usando água comum como moderador e urânio natural.
Uma das soluções é enriquecer o combustível em 235 U, aumentando sua
concentração de 0,7% para 3%.
K aumenta de 1,32 para 1,82, o suficiente para tornar viável o funcionamento do
reator.
Atualmente há nos estados Unidos 102 reatores para a geração de energia elétrica
que utilizam urânio enriquecido como combustível e água leve como moderador.

Outra solução: usar urânio natural e água pesada (D20) como moderador.(seção de
choque para captura de nêutrons é muito menor do que para H).
É o caso da maioria dos reatores do Canadá. O custo elevado para produzir água
pesada é compensado pela não necessidade de instalações para enriquecimento do
urânio e menor quantidade de rejeitos radioativos.

Reatores Angra I e II funcionam com água leve e urânio enriquecido


Fator de reprodução de um reator k é o número médio de nêutrons
resultantes de fissões que produzem novas fissões.
Para k= 1 a reação é auto sustentada, reator está crítico.
Para k<1 a reação não prossegue, reator está subcrítico.
Para k>1 reação explosiva (bombas nucleares), reator está supercrítico.
A seção de choque para a captura de nêutrons é grande para baixas
energias dos nêutrons. Como nêutrons emitidos na fissão têm energias da
ordem de 1 MeV (ou maiores), logo a reação em cadeia só se mantém se
os nêutrons perderem energia.

Se todos os nêutrons emitidos na fissão fossem nêutrons prontos, o


controle mecânico não seria possível
Para que o reator funcione em segurança k deve ser mantido próximo a
1.
Controles:
1- natural: quando k aumenta, número de fissões aumenta e a
temperatura do reator aumenta muito. Isto reduz a densidade da água,
tornando-a um moderador ineficaz, reduzindo o número de fissões.
2- ativo: Barras feitas de cádmio que possuem elevada seção de choque
para captura de nêutrons.
Quando k ultrapassa 1 as barras são inseridas no núcleo.
Isto só é possÍvel porque nêutrons emitidos no processo de fissão são
retardados.

0,65% dos nêutrons são emitidos com retardo médio de 14 s.


Tempo de retardo= 0,9935x0,001s+0,0065x14s= 0,092s
Para 700gerações: 700x0,092= 64,4s
Reatores Regeneradores

 Devido à pequena concentração de 235


U no urânio natural e à capacidade
limitada das usinas de enriquecimento, estes reatores não podem atender
às necessidades de energia da humanidade a longo prazo.
 Reator regenerador, capaz de produzir mais combustível do que consome

 238
U +n → 239U* → 239U → 239Np → 239Pu +β+ν
 K do Pu é 2,7. Existe alta probabilidade de 1 nêutron emitido pelo Pu seja
absorvido pelo 238U.
 A seção de choque para fissão com nêutrons rápidos é elevada.

 Reator rápido regenerador não precisa de moderador.

 Dobra suprimento de combustível em 7 a 10 anos.

 .
 Problemas

 Quase não há o efeito retardo para os nêutrons. Logo não há


segurança mecânica.
 Temperatura alta (usa-se sódio fundido para transferir calor).
Entretanto, como se fosse uma reação ao contrário,esta substância
absorve mais nêutrons com aumento da temperatura.
 Perda do líquido refrigerante.

 Não é usado nos Estados Unidos. Há vários desses reatores na


França, na Inglaterra e na Rússia
 Reator regenerador que funciona com nêutrons térmicos
 232
Th + n→ 233Th* → 233Th → 233Pa +β+ν → 233U +β+ν
 K do 233
U é 2,5. Assim, sempre haverá um nêutron disponível para
reiniciar a reação.
O 233U é melhor combustível que o 235U e muito melhor que o 239
Pu
para reatores que trabalham com nêutrons térmicos.
Energia nuclear no mundo

33 países usam a energia nuclear para gerar eletricidade (2003)

País % de geração de EN Operando/constr. 2004

Alemanha 28 18/0
Armênia 35 1/0
Brasil 3,7 2/0
Bélgica 55 7/0
Bulgária 38 4/0
Canadá 12,5 17/1
China 2,2 9/2
Coréia do Sul 40 19/1
Eslováquia 57 6/0
Eslovênia 40 1/0
Espanha 24 9/0
EUA 19,9 103/1
Finlândia 27 4/0
França 78 59/0
Irã 0 0/1
Japão 25 53/3
Lituânia 80 2/0
Reino Unido 24 23/0
Rússia 17 30/5
434 usinas funcionando para gerar 7% ou 17% da energia elétrica total no
mundo.
36 unidades estão sendo construídas em 15 países.

Em termos relativos, a região que mais utiliza a nucleoeletricidade é a


Europa Ocidental. 30% da energia elétrica é gerada por centrais
nucleares, sendo esta a principal fonte de energia. A América do Norte
fica com 17% e Extremo Oriente e Europa Oriental com 15%. Três países
respondem por 60% do total mundial de capacidade instalada em usinas
nucleares e em geração de nucleoeletricidade (Japão, França e EUA).
Entre estes, destacam-se a França, com 80% de sua energia gerada por
56 reatores nucleares, e o Japão, com 25%.
Alemanha, Itália, Turquia decidiram não construir mais usinas nucleares.
Angra II

Desde a inauguração oficial de Angra 2,em 2000, a utilização da energia


nuclear no Brasil voltou a ser tema freqüente de discussão. Além da
antiga polêmica em torno do custo de construção da usina (mais de R$
10 bilhões, sendo quase R$ 7 bilhões de juros), cientistas apontam a
necessidade de o país investir em pesquisa e formação especializada
nessa área.

Os mais céticos dizem que há alternativas a serem consideradas além


da energia nuclear. "Apenas 25% do potencial hidrelétrico do Brasil é
aproveitado”.
Em Angra 2, para cada quilowatt gerado, são investidos US$6 mil,
enquanto numa hidrelétrica essa relação é de US$100/kW
Em 9 de julho 2005: ANGRA 1 gerou 615 MW
ANGRA 2 gerou 1356 MW
TOTAL 1971 MW
Isto significa 50% da potência total instalada no estado RJ

Usina hidrelétrica do Funil gerou 200 MW


Santa Cruz 600 MW
A preocupação mundial em buscar fontes alternativas às convencionais
(carvão, petróleo e hidrelétricas) baseia-se no caráter não renovável dos
combustíveis fósseis, na tentativa de diminuição da emissão de CO2 , no
aumento da demanda por energia e, em alguns lugares a falta de recursos
fósseis e hídricos. A opção nuclear é a de maior custo por causa dos
investimentos em segurança dos sistemas de emergência, do
armazenamento de resíduos radioativos e do descomissionamento
(desmontagem definitiva e descontaminação das instalações) de usinas
que atingiram suas vidas úteis. A energia gerada pela recém inaugurada
Angra 2, por exemplo, tem um custo de $ 45,00 por MW/h em
contraposição aos $35,00 por MW/h da energia fornecida por uma

.
hidrelétrica
O longo e custoso processo de implantação das usinas nucleares no Brasil
revela o gerenciamento inadequado desta alternativa, fato que aquece
ainda mais o debate brasileiro. Angra 2, por exemplo, teve seu custo
triplicado devido aos juros pagos e à sua manutenção. O único ponto
favorável talvez seja o fato de que a Siemens, fabricante da maior parte
dos equipamentos da usina, atualizou continuamente a tecnologia a partir
dos avanços técnicos realizados nesta área na Alemanha. Desde 1976, a
empresa forneceu o equivalente a US$1,27 bilhões em equipamentos e
serviços.
Segundo a Eletronuclear, o objetivo desta fonte alternativa não é o de
concorrer, a curto prazo, com as hidrelétricas, e sim o de complementar e
diversificar este sistema. Um dos fatos que atestam a necessidade de
investimentos em fontes alternativas de energia é a baixa capacidade de
expansão da produção hidrelétrica no sudeste, região de maior consumo
do país.
A tese de doutoramento de Marco Aurélio dos Santos em Ciências e
Planejamento Energético (UFRJ-Coppe),2002, foi um estudo importante na
questão ambiental. O trabalho, Inventário de Emissões de Gases de Efeito
Estufa Derivadas de Hidrelétricas demonstra a liberação de dióxido de
carbono e metano (gases causadores de efeito estufa) pela biomassa
depositada no fundo dos reservatórios da hidrelétrica.
A energia nuclear, apesar de não colaborar para a emissão desses gases,
precisa lidar com o incômodo problema dos resíduos radioativos
, que requerem uma solução para o armazenamento a longo prazo e investiment
1 kg de lenha produz cerca de 1 kWh

1 kg de carvão produz cerca de 3 kWh

1 kg de óleo produz cerca de 4 kWh

1 kg de urânio natural produz cerca de 30.000 MWh

1 g de plutônio produz cerca de 6.000.000 kWh


Fusão Nuclear controlada

Em 1990, o consumo de energia primária por habitante e por ano era de


5.1 tep (toneladas de equivalente em petróleo) ou 61.116 kWh nos
países industrializados, e dez vezes menos nos países em vias de
desenvolvimento.
Em 2010, o consumo de energia primária mundial poderá atingir duas a

três vezes o consumo atual.

A fonte de energia capaz de corresponder de forma substancial a


esta procura é a fusão termonuclear controlada.
Ela é otimizada em termos de segurança, de impacto sobre o meio
ambiente e de economia.
A fusão é o processo no qual dois núcleos de átomos leves (tais
como o hidrogênio) se combinam, ou se fundem, constituindo
elementos mais pesados. Para que estes núcleos,carregados
positivamente, se possam aproximar suficientemente um do outro
(ou seja, vencer a força de repulsão eletrostática entre eles), e que
as reações de fusão se possam produzir a uma taxa conveniente,

são necessárias temperaturas da ordem dos 100 milhões de graus.

D + T -> He + n + 17.6 MeV


p + p -> D + e+ + ν + 0,42 MeV

Nesta temperatura, o gás encontra-se ionizado no estado de


plasma, (os ions e os eletrons formam um fluido
macroscopicamente neutro) e não pode evidentemente estar em
contato com as paredes materiais.
Os combustíveis de base (D, Li) não são radioativos, são abundantes e
distribuídos de uma forma bastante uniforme na crosta terrestre,

A combustão não se pode prolongar de uma forma descontrolada, pois se


parar a injeção de combustível fresco, a quantidade de matéria para a
fusão presente no reator só permite o seu funcionamento durante algumas
dezenas de segundos,

Os problemas dos resíduos são limitados: não existem cinzas radioativas,


e o tratamento dos gases não queimados é feito no local.

Não há reações em cadeia e a radiotoxicidade dos detritos é comparável à


radiotoxicidade dos detritos provenientes de uma usina termo-elétrica. Os
detritos não apresentam efeitos acumulativos para gerações futuras. Além
disso, a fusão não produz mudanças climáticas ou emissões poluidoras da
atmosfera.
O deutério é abundante na água do mar (30 g/m3) mas o trítio, sendo
radioativo, não existe na natureza e deve ser produzido.

Num reator de fusão, os neutrons (n), transportam 80% da energia


produzida, são absorvidos numa camada fértil ("blanket") que envolve o
núcleo do reator e que contém Lítio (Li) que se transforma em trítio e
hélio,pela absorção de um nêutron.

O lítio natural é um elemento abundante na crosta terrestre (30 g/m3) e em


concentrações mais fracas nos oceanos.

A camada fértil deverá ser suficientemente espessa (cerca de 1 m) para


retardar os neutrons de fusão (14 MeV). Na sequência da desaceleração
dos neutrons, esta camada é aquecida e um fluido que aí circula, transfere
o calor para fora da zona do reator para produzir vapor e finalmente
eletricidade por processos convencionais.
A concepção do reator de fusão baseado na configuração "Tokamak")
prevê um campo magnético que permite isolar térmicamente o plasma das
paredes materiais.
Raio do movimento circular R= mv/qB
Exemplos de reação

Química: exemplo de reação C + O2 -> CO2


Combustível Típico: Carvão
Temperatura para reação (C) 873

Energia liberada por kg de Combustível (J/kg) 3,3 × 107

Fissão: n + U235 -> Ba143 + Kr91 + 2 n


Combustível Típico: UO2 (3% U235 + 97% U238)
Temperatura para reação (C) 1273
Energia liberada por kg de Combustível (J/kg) 8,1× 1013

Fusão: H2 + H3 -> He4 + n


Combustível Típico: Deutério e Lítio
Temperatura para reação (C) 108

Energia liberada por kg de Combustível (J/kg) 3,4 × 1015

1 Joule vale 2,8x10-7 kWh 1 Joule vale 0,24 cal


Momento Histórico para o Desenvolvimento da Energia de Fusão
Decisão sobre a construção do Reactor ITER na Europa (CADARACHE)
Statement by Commissioner Janez Potocnik, 28th June 2005 Moscow
Today we are making history in terms of international scientific cooperation.
After long and difficult negotiations, the six parties to the international negotiations
on the ITER fusion research project, meeting in Moscow , have decided that ITER

should be located at the site proposed by the EU - Cadarache in southern France.

As a project of unprecedented complexity spanning more than a generation,

ITER marks a major step forward in international science cooperation.

This decision today demonstrates the recognition of the parties concerned that
working together is the best way to find responses to the challenges faced by all
of us. We have shown our commitment to developing fusion as an energy source
ority we accord to the ITER project in this endeavour.
De acordo com B. H. Ripin: " Podemos nos arriscar a não perseguir
vigorosamente a fusão? Uma nova usina nuclear custa entre 1 e 10 bilhões de
dólares hoje em dia; uma nova geração de usinas custaria o total de 10 trilhões de
dólares! O financiamento das pesquisas em fusão nuclear em torno de 1 bilhão de
dólares por ano, mesmo por mais 50 anos, é uma aposta razoável? No meu
entender, sim."

Mas também há muitos críticos sérios ao dispêndio de dinheiro com pesquisas em


fusão. Por exempo,Edwin Lyman, do Nuclear Control Institute, E.U.A., diz o
seguinte: "É realmente um sonho regressivo tentar fazer a energia de fusão
funcionar. Se algo como as dezenas de bilhões gastos na pesquisa e
desenvolvimento de fusão tivesse ido para pesquisas em energias leves e

renováveis, tais como solar e eólica, quem sabe onde estaríamos agora…"
 Carvão

Vantagens
1- Barato
2- Fácil de recuperar (nos E. U. e na Rússia)

Desvantagens
1- Requer controles de alto custo de poluição do ar (por exemplo
mercúrio, dióxido de enxôfre)
2- Contribuinte significativo à chuva ácida e a aquecimento global
3- Requer o sistema extensivo de transporte
 Nuclear
Vantagens

1- O combustível é barato
2- É a fonte a mais concentrada de geração de energia
3- O resíduo é o mais compacto de toda as fontes
4- Base científica extensiva para todo o ciclo
5- Fácil de transportar como novo combustível
6- Nenhum efeito estufa ou chuva ácida

Desvantagens

1- É a fonte de maior custo por causa dos sistemas de emergência, de


contenção, de resíduo radioativo e de armazenamento
2- Requer uma solução a longo prazo para os resíduos armazenados
em alto nível na maioria dos países
3- Proliferação nuclear potencial
 Hidroelétrica

Vantagens
1- Muito barato após a represa ser construída
2- Investimentos dos governos. Ex. o oeste dos EUA investiu
pesadamente na construção de represas. No Brasil o investimento do
governo?.

Desvantagens
1- Fonte muito limitada pois depende da elevação da água
2- Muitas represas disponíveis existem atualmente
3- O colapso da represa conduz geralmente à perda de vidas
4- As represas afetam os peixes
5- Os danos ambientais para as áreas inundadas (acima da represa) e
rio abaixo
 Gás / Óleo

Vantagens
1-Bom sistema de distribuição para os níveis de uso atuais
2- Fácil de obter
3- Melhor fonte de energia para o aquecimento de espaços

Desvantagens
1- Disponibilidade muito limitada,principalmente, durante o inverno nos
países frios.
2- Poderia ser o contribuinte principal do aquecimento global
3- Caro para geração de energia
4- A grande oscilação dos preços conforme a oferta e a demanda
 Vento

Vantagens
1- O vento é grátis, se disponível
2- Boa fonte para suprir a demanda de bombeamento periódico de
água nas fazendas.

Desvantagens
1- Necessita 3x a quantidade de geração instalada para atingir à
demanda
2- Limitado a poucas áreas .
3- O equipamento é caro de se manter
4- Necessita de armazenamento de energia de alto custo (por exemplo
baterias)
5- Altamente dependente do clima
6- Pode afetar pássaros e colocá-los em perigo.
Solar
Vantagens
1- A luz solar é grátis, quando disponível

Desvantagens
1-Limitado às áreas ensolaradas do mundo (muita demanda quando está
pouco disponível, por exemplo no aquecimento solar)
2-Requer materiais especiais para espelhos/painéis que pode afetar o
meio ambiente
3-A tecnologia atual requer quantidades grandes de terra para
quantidades pequenas de geração da energia

Biomassa

Vantagens
1- A indústria está em sua infância
2- Poderia criar empregos pois plantas menores poderiam ser usadas.
Desvantagens
1-Ineficiente se forem usadas plantas pequenas
2- Poderia ser um contribuinte significativo para o aquecimento global pois
o combustível tem baixo índice de contenção de calor
Combustível a partir de resíduos

Vantagens
1- O combustível pode ter baixo custo
2- Poderia criar empregos pois plantas menores poderiam ser usadas
3- Emissões baixas de dióxido de enxôfre

Desvantagens

1- Ineficiente se forem usadas plantas pequenas


2-Poderia ser um contribuinte significativo para o aquecimento global pois
o combustível tem baixo índice de contenção de calor
3- As cinzas podem conter metais como o cádmio e chumbo
4- Libera no ar e nas cinzas substâncias tóxicas como dioxinas e furanas
Fusão

Vantagens
1- O hidrogênio e o trítio poderiam ser usados como fonte de combustível
2- Geração mais elevada de energia por unidade de massa do que na
fissão
3- Níveis mais baixos (ou em alguns casos, nulo) de radiação associados
ao processo do que em reatores baseados em fissão.

Desvantagem
O ponto rentabilidade ainda não foi alcançado após aproximadamente 40
anos de pesquisa de alto custo e as plantas comercialmente viáveis são
esperadas para daqui a 15anos.
•O deutério, usado como combustível nuclear, é extraído da água
sendo praticamente inesgotável e estando disponível em todo o
mundo. O trício precisa ser produzido a partir do lítio introduzido no
reator. O lítio se encontra distribuído na crosta terrestre e as
reservas existentes podem durar por milhares de anos, mesmo
que toda a eletricidade seja gerada por fusão. Além disso, com o
desenvolvimento de reatores avançados de fusão, operando em
temperaturas acima de 109 K, o deutério puro poderia ser usado
como reagente no futuro e o combustível disponível na Terra
duraria por bilhões de anos.

•Reações ou liberação de energia fora de controle não são


possíveis. No caso de uma falha, o plasma atinge as paredes do
reator e esfria imediatamente.
Não há produtos de combustão química numa reação de fusão e portanto
não há poluição do ar ou da água.
Não há produção de resíduos radioativos de longa duração.
Radioatividade é produzida pelos nêutrons liberados nas reações de
fusão quando interagem com a estrutura do reator, mas decai
rapidamente com a escolha apropriada de materiais de baixa ativação
para construção do reator.
Suprimento de eletricidade, diretamente ou através de uma cadeia
baseada na utilização de hidrogênio produzido por eletrólise e células de

combustível.

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