Vous êtes sur la page 1sur 8

Índice das Palavras em Grego

O Dicionário Teológico do Novo Testamento considera todas as palavras de importância te-


ológica do Novo Testamento Grego. No corpo da obra, essas palavras são agrupadas segundo
suas famílias. Nesta relação, cada palavra considerada está na ordem alfabética conforme sua
transliteração, acompanhada da página, nos volumes I e II, em que é apresentada na caixa.
$DUR•cQI:1 DLVFKURnVI:33 DnPR•PRVI:686 DnQHVLVI:67
$EDGGR•cQI:1 DLVFKURnWH•VI:33 DnPSHORVI:61 DQH[HUHXnQH•WRVI:65
DEEDnI:2 DLVFK\nQH•I:33 DQDEDÉnQR•I:98 DQH[LFKQÉnDVWRVI:65
$cEHO–.DnLQI:2 DLVFK\nQR•I:33 DQDGHÉnNQ\PLI:155 DQH[ÉnNDNRVI:433
$EUDDnPI:2 DLVWKDnQRPDLI:33 DQDnGHL[LVI:155 DQJHOÉnDI:11
DnE\VVRVI:3 DÉnVWKH•VLVI:33 DQDJHQQDnR•I:125 DQJHnOOR•I:11
DFKDnULVWRVII:705 DLVWKH•WH•cULRQI:33 DQDJLQR•cVNR•I:61 DnQJHORVI:14
DFKHLURSRÉnH•WRVII:717 DÉnWH•PDI:34 DQDnJQR•VLVI:61 DQÉnH•PLI:67
$GDnPI:24 DLWHnRI:34 DQDNDLQÉn]R•I:429 DnQLSWRVI:704
DGHOSKH•cI:25 DNDLUHnR•I:430 DQDNDLQRnR•I:429 DQÉnVWH•PLI:67
DGHOSKRnVI:25 DnNDLURVI:430 DQDNDÉnQR•VLVI:429 DnQR•I:69
DGHOSKRnWH•VI:25 DnNDNRVI:433 DQDNDO\nSWR•I:449 DQRFKH•cI:65
DGLDnNULWRVI:519 DnNDUSRVI:461 DQDnNHLPDLI:471 DQRnH•WRVI:705
DGLDnSKRURQII:653 DNDWDnJQR•VWRVI:130 DQDNHSKDODLRnRPDL DnQRLDI:705
DGÉnNH•PDI:26 DNDWDnNULWRVI:519 I:475 DQRPÉnDI:716
DGLNHnR•I:26 DNDWDnO\WRVI:601 DQDNUDn]R•I:515 DnQRPRVI:716
DGLNÉnDI:26 DNDWDVWDVÉnDI:428 DQDNUÉnQR•I:519 DQRnVLRVII:81
DnGLNRVI:26 DNDWDnVWDWRVI:428 DQDnNULVLVI:519 DQR•cWHURQI:69
DnGR•I:28 DNDWKDUVÉnDI:422 DQDODPEDnQR•I:549 DnQR•WKHQI:69
DGRnNLPRVI:200 DNDnWKDUWRVI:422 DQDnOH•PSVLVI:549 DQWDJR•QÉn]RPDLI:23
DG\QDWHnR•I:205 DNHnUDLRVI:37 DQDORJÉnDI:62 DQWDnOODJPDI:45
DG\nQDWRVI:205 DNRH•cI:38 DQDO\nR•I:601 DQWDQDSOH•URnR•II:227
DH•cUI:28 DNRORXWKHnR•I:37 DQDnO\VLVI:601 DQWDSRGÉnGR•PLI:183
DJDOOLDnRPDLI:5 DnNR•QI:243 DQDPDnUWH•WRVI:57 DQWDSRnGRPDI:183
DJDOOLnDVLVI:5 DNRXnR•I:38 DQDnPQH•VLVI:63 DQWDSRnGRVLVI:183
DJDSDnR•I:5 DNUDVÉnDI:216 DQDQHRnR•I:696 DQWDSRNUÉnQRPDLI:519
DJDnSH•I:5 DNUDWH•cVI:216 DQDQJHnOOR•I:11 DQWHnFKRPDLI:316
DJDSH•WRnVI:5 DNURE\VWÉnDI:40 DQDQNDÉnRVI:62 DQWKRPRORJHnRPDLII:29
DJDWKRHUJHnR•I:3 DNURJR•QLDÉnRVI:150 DQDQNDn]R•I:62 DQWKUR•SDnUHVNRVI:85
DJDWKRSRLHnR•I:3 DN\URnR•I:547 DQDnQNH•I:62 DQWKUR•cSLQRVI:66
DJDWKRSRLÉnDI:3 DODODn]R•I:41 DQDSDXnR•I:63 DnQWKUR•SRVI:66
DJDWKRSRLRnVI:3 DOD]R•cQI:40 DQDnSDXVLVI:63 DQWÉnI:68
DJDWKRnVI:3 DOD]RQHÉnDI:40 DQDSKHnUR•II:653 DQWÉnFKULVWRVII:731
DJDWKR•V\nQH•I:3 DOHÉnSKR•I:41 DQDSOH•URnR•II:227 DQWÉnGLNRVI:69
DJHQHDORnJH•WRVI:125 DOH•cWKHLDI:42 DQDSV\nFKR•II:753 DQWLNDOHnR•I:437
DJQRnH•PDI:20 DOH•WKH•cVI:42 DQDnSV\[LVII:753 DQWÉnNHLPDLI:471
DJQRHnR•I:20 DOH•WKHXnR•I:42 DQDnVWDVLVI:67 DQWLODPEDnQRPDLI:69
DnJQRLDI:20 DOH•WKLQRnVI:42 DQDVWDXURnR•II:452 DQWÉnOH•PSVLVI:69
DJQR•VÉnDI:20 DOODnVVR•I:45 DQDVWUHnSKR•II:477 DQWLORLGRUHnR•I:596
DnJQR•VWRVI:20 DOOH•JRUHnR•I:47 DQDVWURSKH•cII:477 DQWÉnO\WURQI:601
DJR•JH•cI:22 DOOH•ORXLDnI:48 DQDWDnVVR•II:548 DQWLPLVWKÉnDI:664
DJR•cQI:23 DOORJHQH•cVI:48 DQDWHnOOR•I:63 DQWÉnW\SRVII:587
DJR•QÉnDI:23 DOORnSK\ORVI:48 DQDnWKHPDI:64 DQ\SRnNULWRVII:635
DJR•QÉn]RPDLI:23 DnOORVI:48 DQDnWKH•PDI:64 DQ\SRnWDNWRVII:548
DJRUDn]R•I:22 DOORWULHSÉnVNRSRVI:269 DQDWKHPDWÉn]R•I:64 $2ªI:1
DJU\SQHnR•I:214 DOORnWULRVI:48 DQDWÉnWKH•PLI:64 DRnUDWRVII:51
DLFKPDOR•VÉnDI:35 DnORJRVI:560 DQDWROH•cI:63 DSDÉnGHXWRVII:102
DLFKPDOR•WHXnR•I:35 DnO\SRVI:599 DQDn[LRVI:70 DSDLWHnR•I:34
DLFKPDOR•WÉn]R•I:35 DnPDFKRVI:635 DQD]DnR•I:320 DSDOODnVVR•I:45
DLFKPDnOR•WRVI:35 DnPHPSWRVI:643 DQGUÉn]RPDLI:65 DSDOORWULRnR•I:48
DÉnGLRVI:29 DPH•cQI:59 DQHnFKR•I:65 DSDQJHnOOR•I:11
DLGR•cVI:29 DPHnULPQRVI:647 DQH•cNHLI:65 DSDnQWH•VLVI:71
DLQHnR•I:30 DPHWDPHnOH•WRVI:653 DQHNWRnVI:65 DSDUDnEDWRVII:122
DÉnQLJPDI:31 DPHWDQRnH•WRVI:705 DQHOHH•cPR•QI:245 DSDUFKH•cI:89
DÉnQRVI:30 DnPHWURVI:654 DQHnOHRVI:245 DSDVSDn]RPDLI:93
DLR•cQI:35 DPÉnDQWRVI:657 DQHnQNOH•WRVI:64 DSDWDnR•I:72
DLR•cQLRVI:35 DPQRnVI:60 DQHSÉnOH•PSWRVI:549 DSDnWH•I:72
DÉnUR•I:32 DPR•cPH•WRVI:686 DQH•cUI:65 DSDnWR•UII:159
Índice das Palavras em Português
No início de cada verbete principal, as palavras em português (apenas significados essen-
ciais) foram colocadas entre colchetes nas caixas com os verbetes, para serem vistas de imediato.
Essas palavras também são listadas abaixo, com a numeração das páginas em que são encon-
tradas, nos volumes I e II, como auxílio adicional na localização das discussões do Dicionário.
Abadom, I:1 acusação, I:437, I:467 ajuda, I:119
abaixo, I:468 acusador, I:467 ajudador, I:119, II:134, II:503
abaixo de, I:468 acusar, I:165, I:437, I:467 ajudar, I:69, I:119, II:503
colocar abaixo, I:421 adaga, portador de, II:402 ajustar, II:500
pôr abaixo, I:601 Adão, I:24 alcançar, I:549, II:586
abalar, II:369 adequado, I:89 alegorizar, I:47
abanar, II:368 adiante, passar, I:22 alegrar-se, II:705
abandonado, I:282 adivinhação, espírito de, II:345 alegrar-se com, II:705
abandonar, I:96 administração, II:15 alegre, I:401
abater, II:512 administrador, II:15 estar alegre, I:307
Abel – Caim, I:2 admirável, I:196 alegria, I:5, I:307, I:401, II:705
abençoado, I:303 admoestação, I:705 aleluia, I:48
abençoar, I:303, II:705 admoestar, II:136 além
abertamente, falar, II:147 adoção, II:603 além da medida, II:628
abismo, I:3 adoração, objeto de, II:385 ir além, II:628
ablução, I:101 adorador, II:317 muito além da medida, II:184
abominação, I:113 adorar, II:317, II:385 alerta, I:214
abominar, I:113 adormecer, II:632 Alfa e Ômega, I:1
abominável, I:113 adulador de homens, I:85 algo a ser agarrado, I:88
abordar, II:586 adúltera, I:671 alguém
Abraão, I:2 adultério, I:671 alguém que deseja, I:375
abreviar, II:455 cometer adultério, I:671 governar com alguém, I:106
abundância, II:184 adúltero, I:671 morrer com alguém, I:345
abundantemente, crescer, II:628 advertir, I:705 aliança, I:172
abundar, II:223 adivinhação, espírito de, II:345 alienar, I:48
abusar, I:596 advogado, I:716, II:134 alimento, I:121
abuso, I:596 afastado, manter, I:316 alistar no serviço militar, II:475
acampamento, II:475 afeto por, ter profundo, II:25 alívio, II:753
ação, I:277, II:258, II:293 afirmar, I:626 alma, II:753
ação de graças, II:705 aflição, I:370, II:14, II:181, II:459, almejar, I:328
ação de manter unido, II:504 II:504 alta posição, elevar à mais, II:642
aceitação, I:160, I:549 afligir, I:370, II:181 altar, I:378
aceitar, I:160 agarrado altura, II:642
aceitável, I:85, I:160 agarrado a, I:316 aluno, I:612
acerca de, II:183 algo a ser agarrado, I:88 tornar-se um aluno, I:612
disputa acerca de palavras, I:560 agarrar, I:517, I:549 alvo, II:426
disputar acerca de palavras, agarrar-se a, I:316 amado, I:5
I:560 agir, I:277, II:258 amaldiçoado, I:64, I:83
acesso, I:22, II:6 agir desordenadamente, II:548 amaldiçoar, I:64, I:83
achar, I:306 agir impiamente, II:385 amar, I:5, II:665
achegar-se a, I:213 agir varonilmente, I:65 amargar, II:196
acidez, II:45 agitado, I:428 amargo, II:196
acima, I:69 agitar, II:368 amargura, II:196
acima de, II:626 agora, I:730 amarrar, I:163, II:46
de cima, I:69 agouro, II:562 Amém, I:59
açoitar, I:633 agradar, I:85 amiga, II:665
açoite, I:633 desejo de agradar, I:85 amigo, I:292, II:665
acompanhar, I:37 agradável, I:85 amigo do bem, I:3
acontecer, II:586 ser agradável, I:85 amigo dos prazeres, I:335
acordado, II:632 agradecer, II:29 “amistosa”, fala, II:729
estar acordado, I:214 agradecido, II:705 amizade, II:665
acordar, II:632 água, II:599 amontoar, II:540
acordo, II:693 aguardar por, II:310 amor, I:5, II:665
estar de acordo com, II:470 aguentar, I:644 amor fraternal, I:25
acredita, contrário ao que se, I:196 aguilhada, I:473 amoreira, II:484
acreditar, I:196 aguilhão, I:473 amoroso, ser, II:729
acrescentar a, II:569 aio, II:102 amortecimento, I:695
acumular, II:540 ajoelhar, I:139 amparar, I:549
cativo 35 DLFKPDnOR—WRV

DLFKPDnOR—WRV [cativo], DLFKPDOR—WËn]R— [levar cativo], DLFKPDOR—WHXnR— [capturar],


DLFKPDOR—VËnD [cativeiro], V\QDLFKPDnOR—WRV [companheiro de prisão]

1. Uso adequado. O “prisioneiro de guerra” é um miserável que precisa de ajuda


divina (cf. Lc 21.24). O exílio deu ao termo uma conotação religiosa (cf. Sl 126.1). O
mensageiro de Is 61.1 declara a libertação dos cativos e Jesus a aceita como tarefa mes-
siânica (Lc 4.18). Visitar prisioneiros é um dever benfazejo (Mt 25.36ss.) e trabalhar e
orar pela libertação é obrigação (cf. Fm 22). O próprio Deus garante a libertação em
At 5.19.
2. Uso figurativo. O encarceramento pode ser usado para denotar repressão ao erro
(2Tm 3.6) ou ao pecado (Rm 7.23), mas também a Cristo (Ef 4.8; 2Co 10.5). Paulo cha-
ma seus ajudantes de “companheiros do cárcere”, provavelmente não em sentido literal,
mas no sentido de estar, de forma semelhante, sujeito a Cristo (cf. “companheiro de
cárcere”, Cl 1.7; 4.7). [G. Kittel, I, 195-97]

DLR—cQ [era, éon], DLR—cQLRV [eterno]

DLR—cQ

A. Uso fora da Bíblia. Sentidos: a. “força vital”; b. “vida”; c. “idade” ou “geração”;


d. “tempo”; e. “eternidade”.
O termo era usado em discussões filosóficas da época, normalmente para designar
um intervalo de tempo em lugar do tempo propriamente dito (FKURnQRV), embora para
Platão trata-se da eternidade, em contraste com FKURnQRV como a imagem móvel da
eternidade no tempo terreno (cf. Filo). No mundo helenístico, o termo $LR—cQ torna-se o
nome do deus da eternidade.

B. DLR—cQ no sentido de tempo prolongado ou eternidade.


1. As expressões “desde a eternidade” e “para a eternidade”.
a. Os conceitos de tempo e eternidade se fundem ao serem usados com preposições
que sugerem tempo indefinido (Lc 1.70; At 3.21; Jo 9.32; Jd 13). Algumas vezes o sen-
tido é “de um tempo remoto” (Lc 1.70; Jo 9.32 – “nunca”), mas, às vezes, é um forte
sinal de eternidade (Lc 1.55; Jo 6.51). Isso é especialmente verdadeiro no plural (Mt
6.13; Lc 1.33; Rm 1.25; Hb 13.8; Jd 25; cf. também com referência ao passado 1Co 2.7;
Cl 1.26; Ef 3.11). A expressão dupla “pelos séculos dos séculos” (“para todo o sempre”)
(Hb 1.8), especialmente no plural (em Paulo e em Apocalipse; cf. também Hb 13.21;
1Pe 4.11), é formulada para ressaltar o conceito de eternidade, em construções como as
de Ef 3.21 (“por todas as gerações, para todo o sempre”).
b. O uso é correspondente na LXX (cf. Am 9.11; Is 45.17; Sl 45.6), sendo que a única
diferença, em relação ao NT, é a intensidade.
2. A eternidade de Deus.
a. DLR—cQ significa eternidade em sentido pleno quando relacionado com Deus (Rm
16.26; 1Tm 1.17; cf. Jr 10.10).
b. No AT, significa primeiro que Deus sempre foi (Gn 21.23) e sempre será (Dt
DLR—cQ 36 era

5.23), diferentemente dos mortais. À época de Is 40.28, o termo chegou a significar


que Deus é eterno, o “primeiro e o último”, cujo ser é “da eternidade para a eternidade”
(Sl 90.2). Eternidade é tempo sem fim, mas no judaísmo tardio é algumas vezes usado
como antítese de tempo. O NT tomou essa construção judaica, mas estendeu a eterni-
dade a Cristo (Hb 1.10ss.; Ap 1.17-18; 2.8). Mais uma vez a eternidade poderia ser vista
como oposta ao tempo cósmico, com os atos e o ser de Deus colocados em termos de
antes e depois, pré e pós (1Co 2.7; Cl 1.26; Ef 3.9; Jo 17.24; 1Pe 1.20).

C. DLR—cQ no sentido do tempo do mundo.


1. DLR—cQ como o tempo do mundo; o fim do DLR—cQ No plural, o sentido de DLR—Q é de um
período. Em particular, o termo é usado para exprimir a duração do mundo. Assim, o
mesmo termo pode significar tanto a eternidade de Deus quanto a duração do mundo
(cf. a palavra pársi ]UYDQ). A doutrina da criação – um começo absoluto – sustenta a
distinção no uso. DLR—cQ para tempo do mundo ocorre no NT na expressão “consumação
do século” (Mt 13.39, etc.). O plural em Hb 9.26 e 1Co 10.11 (tempos, séculos) não
representa uma mudança essencial; simplesmente indica que o tempo é composto de
tempos menores, embora o termo até então não fosse usado para designar um período
particular.
2. DLR—cQ como mundo. De “tempo do mundo” DLR—cQ logo passou a designar o próprio
“mundo” (cf. Mt 13.22; 1Co 7.33) tornando o cosmo igual ao tempo (1Co 1.20; 2.6;
3.19). O plural pode significar “mundos” nas mesmas linhas (Hb 1.2; 11.3).
3. O presente e o futuro DLR—cQ
a. Se DLR—cQ significa “duração do mundo”, e o plural ocorre, a ideia é a de que a eter-
nidade abrange a sucessão de tempos recorrentes (cf. Ec 1.9-10 – embora nesse caso o
conceito de criação, e, por conseguinte, de singularidade desse tempo, rejeite a ideia de
uma série sem fim).
b. Em vez da recorrência, a antítese de tempo e eternidade combinada com o pen-
samento de tempos para produzir a crença em um tempo novo e futuro (ou cosmo, ou
reino), o qual sucederá o presente e será completamente distinto dele. Para os tempos
presente e futuro no NT, cf. Mc 10.30; Lc 16.8; Rm 12.2; 1Co 1.20; Gl 1.4; 1Tm 6.17; Ef
1.21; Hb 6.5 (e com NDLURnV em vez de DLR—cQ, Jo 8.23, etc.).
c. O NT rejeita o conceito apocalíptico judaico, p. ex., o Enoque etíope. Ideias se-
melhantes ocorrem nos escritos rabínicos, e existe a esperança de uma era futura em
Virgílio. No NT, contudo, os novos tempos não são apenas o futuro. Os crentes já estão
redimidos desses tempos (Gl 1.4) e provam a potência dos tempos futuros (Hb 6.5),
iniciados por Cristo por meio da ressurreição dele.

D. A personificação de $LR—cQ Importante no sincretismo helenístico, a personifica-


ção de $LR—cQ está ausente no NT (exceto por uma sugestão em Ef 2.2).

DLR—cQLRV Adjetivo que significa “eterno”. É encontrado na LXX no Sl 24; 77.5; Gn


21.33, DLR—cQLRV no NT é usado: 1. para Deus (Rm 16.26); 2. para as possessões e dons
divinos (2Co 4.18; Hb 9.14; 1Pe 5.10; 1Tm 6.16; 2Ts 2.16); e 3. para o eterno reino (2Pe
1.11), herança (Hb 9.15), corpo (2Co 5.1) e mesmo julgamento (Hb 6.2, entretanto, cf.
Mt 18.8; 2Ts 1.9, onde talvez o sentido seja “incessante”). Para um uso mais temporal,
ver Rm 16.25; Fm 15. [H. Sasse, I, 197-209]
puro, inocente 37 DNHnUDLRV

DNDWKDUVËnDDNDnWKDUWRVoNDWKDURnVDNDËnURVoNDLURnVDnNDNRVoNDNRnVDnNDUSRV
o NDUSRnV DNDnWDJQR—VWRV o JLQR—VNR— DNDWDnNULWRV o NUËnQR— DNDWDnO\WRV o O\nR—
DNDWDVWDVËnDDNDWDnVWDWRVoNDWKËnVWH—PL

DNHnUDLRV [puro, inocente]

Os sentidos originais de DNHnUDLRV são: a. “Intacto”, “ileso” para uma cidade, mura-
lhas, campo; b. “Intacto”, “inocente”. c. “Puro”, p. ex., para o vinho, para o ouro.
O sentido é sempre figurativo no NT. Os cristãos devem ser sinceros (inocentes) (Fp
2.15); para manter a integridade diante do mal (Rm 16.19). [G. Kittel, I, 209-10]

DNRORXWKHnR— [seguir], H[DNRORXWKHnR— [seguir], HSDNRORXWKHnR— [seguir], SDUDNRORXWKHnR—


[acompanhar], V\QDNRORXWKHnR— [acompanhar]

DNRORXWKHnR—

A. O uso grego de DNRORXWKHËnQ e KHnSHVWKDL. Em grego, do sentido normal de se-


guir resulta seguir intelectualmente, moralmente e religiosamente, embora seguir Deus,
KHnSHVWKDL, não usado no NT, seja mais comum.

B. Discipulado no AT e no judaísmo.
1. Deus é seguido pelos justos. A frase mais comum aqui é “foram-se após outros
deuses” (Jz 2.12; Dt 4.3; Jr 11.10, etc.), e está relacionada com o adultério em Oseias
(1.2; 2.7, 13). Seguir o Senhor ocorre em Deuteronômio (1.36, etc.), mas não recebe ên-
fase (exceto em 1Rs 18.21), por causa da associação do termo com a idolatria. Mesmo
quando Jr 2.2 fala de andar após o Senhor no deserto (Êx 13.21-22), tem em mente o
matrimônio. “Andar no caminho de Deus” é a expressão predileta (Dt 5.30, etc.). Para
os rabinos, é difícil conceber a ideia de seguir a Deus, somente as suas qualidades po-
dem ser seguidas (conforme no presente isso é possível). Filo adota o uso grego, e Jose-
fo relaciona o termo DNRORXWKËnD à lei, no sentido de cumpri-la.
2. Os discípulos são seguidos. Seguir é o sentido literal no AT (cf. Jz 9.4; Jr 2.2). Isso
se aplica quando Eliseu passa a seguir Elias, em 1Rs 19.20-21. O mesmo vale para os ra-
binos e seus discípulos; os rabinos vão na frente e os discípulos os seguem; mas não há
nisso nenhum sentido figurado.

C. DNRORXWKHËnQ no NT. Devido à herança do AT e à mudança proporcionada pela


presença de Cristo, o NT não faz referência a “seguir Deus”. O termo é reservado para
a ação de ser um discípulo de Cristo (exceto quando o sentido for muito geral) e está
restrito aos quatro evangelhos, mas aparece em Ap 14.4. Ainda aparece nesse sentido
em outros livros (cf. Mt 8.19; Mc 10.28), mas com um compromisso total e uma re-
lação exclusiva para alguém que não é reconhecido apenas como um professor, mas
como o Messias. O discipulado participa na salvação (Mc 10.17; Lc 9.61-62; Jo 8.12;
Ap 14.4), mas também no sofrimento (Mt 8.19-20; Mc 8.34; Jo 12.25-26). A força do
DNRORXWKHnR— 38 seguir

sentido figurado pode ser vista na presença de ditados como Mt 10.38, a possibilidade
de o discipulado não acompanhar Jesus literalmente, e na ênfase no ativo, que rejeita o
uso de um substantivo para expressar o conceito. Uma vez que é o Jesus histórico quem
é seguido, é natural que outros termos devam ser encontrados em outros escritos do
NT para descrever a relação com o excelso Senhor e seu Espírito. Ap 14.4 simplesmente
aplica Mt 10.38 em um grupo particular.

H[DNRORXWKHnR— Só apresenta sentido figurado em 2Pedro: “seguindo fábulas”, em


1.16, “práticas libertinas” em 2.2, “pelo caminho de Balaão” em 2.15.

HSDNRORXWKHnR— Esse termo também tem sentido figurado: a. “seguir”. p. ex., os sinais
que se seguiam em Mc 16.20, o pecado em 1Tm 5.24, os passos de Cristo em 1Pe 2.21;
b. perseguir uma boa obra em 1Tm 5.10.

SDUDNRORXWKHnR— a. “Seguir ao lado de”, “acompanhar”, p. ex., os sinais (Mc 16.17);


b. “investigar” (Lc 1.3); c. “não deixar escapar”, “seguir a boa doutrina” (1Tm 4.6).

V\QDNRORXWKHnR— “Acompanhar” Jesus, embora não eternamente em Mc 5.37; 14.51, e


talvez em Lc 23.49. Estranhamente, o termo não assume o sentido abundante da forma
simples DNRORXWKHnR—, como deveríamos esperar em vista de seus sentidos figurados, “en-
tender”, “obedecer”, no grego laico (Platão Leis 1.629). [G. Kittel, I, 210-16]

DNRXnR— [ouvir, escutar], DNRH—c [audição], HLVDNRXnR— [obedecer], HSDNRXnR— [atender],


SDUDNRXnR— [não dar ouvidos], SDUDNRH—c [desobediência], K\SDNRXnR— [atender, obede-
cer], K\SDNRH—c [obediência], K\SH—cNRRV [obediente]

DNRXnR— (oEOHnSR KRUDnR—).

A. A audição humana. O uso desse grupo no NT reflete o valor da palavra de


Deus; ouvir corresponde a uma forma de assimilar a revelação.
1. A audição de revelação fora do NT.
a. Nos mistérios gregos e no gnosticismo, a ênfase é maior em compreender Deus
por meio do olhar. Ouvir pode levar ao engano; ver, não (Filo Da fuga 208). Se algu-
ma revelação se dá por meio do ouvido, o verdadeiro mistério se conhece por meio do
olhar. Na liturgia a Mitra, o deus aparece (olhar). Monumentos que retratam atos reli-
giosos mostram que o clímax geralmente vem acompanhado de visões (olhar).
b. O AT e o judaísmo ressaltam coisas diferentes. Mesmo quando se afirma que
Deus é visto, o verbo não tem sentido estrito. A verdadeira visão é perigosa (Gn 19.26;
Êx 3.6) e incomum (Êx 33.11, 20). Ver Deus é um ato escatológico (Is 60.1ss.). Mesmo
quando Moisés e Deus estiveram face a face, eles falaram (Êx 33.11). Ver Deus é um
cenário para a sua palavra (Is 6.1ss.). O chamamento decisivo se dá pelo ouvir (Is 1.2,
10; Am 7.16). A ação de ouvir está vinculada a obediência, tendo o sentido de uma ver-
dadeira procura (Jr 29.13; Mq 6.8).
ouvir, escutar 39 DNRXnR—

c. Símbolos são importantes na literatura apocalíptica, mas normalmente em relação


a palavras (Dn 7.17ss.; 8.16ss.). Para os rabinos, a ação de escutar dá-se por meio da
leitura em voz alta dos livros sagrados. A recitação do “Ouve, Israel” (Shemá) expressa
a importância do escutar, pois as passagens usadas (Dt 6.4ss.; 11.13ss.; Nm 15.37ss.)
mostram que conhecemos Deus ao estudar e observar a sua lei. A voz celestial, em vez
da visão, torna-se a forma de compreender-se, direta e fisicamente, a Deus.
2. A audição de revelação no NT.
a. A revelação do NT é, também, uma palavra ou mensagem. Nós recebemos, por
meio do ouvido, o que Jesus fez e disse (cf. Mc 4.24; Mt 11.4; Lc 2.20; At 2.33; 1Jo 1.1).
A aparência de Jesus não tem importância. O olhar está direcionado aos atos dele e não
à visão que temos dele. Palavras como a do semeador são parábolas para os ouvidos.
Coisas vistas adquirem sentido quando se falam delas (cf. Mc 9.7; 2Co 12.3; At 18.9).
DNRXnHLQ no absoluto pode expressar o ato de se escutar de fato (Mc 4.9). O conteúdo
daquilo que se ouve corresponde ao do que é ouvido. É o recebimento da graça e o
chamado ao arrependimento em resposta à salvação e sua demanda ética. Por isso, fé e
obediência são as marcas do verdadeiro ouvir (cf. Rm 1.5; 16.26): a “obediência por fé”.
b. Esse aspecto é forte em João, mas também está presente nos outros evangelistas.
Notem-se a mensagem a João Batista em Mt 11.4, a bênção em Mt 13.16 e a condena-
ção em Mc 4.12. Mas, uma vez que Jesus está presente em obra e em palavra, a visão
escatológica também é um fator (Mt 11.20ss.).

B. A audição divina. DNRXnHLQ também se refere ao ato de Deus ouvir as preces, em-
bora HLVDNRXnR— seja mais comum nessa acepção. Evita-se o uso de HSDNRXnR— e HSH—cNRRV,
que eram comuns no helenismo, significando ouvir uma divindade. Para exemplos de
Deus ou Jesus ouvindo, cf. Jo 11.41-42; At 7.34; 2Co 6.2; Hb 5.7; 1Jo 5.14-15.

DNRH—c Esse termo comum tem sentido ativo 1. “sentido da audição” e passivo de
2. “relato”. No NT, pode significar “pregação” com ênfase no ouvir (cf. 1Ts 2.13; Rm
10.16ss.; Hb 4.2). Em Gl 3.2, o ponto não é “audição com fé” mas “pregação da fé”, ou
seja, fé como conteúdo e objetivo. No mundo pagão, DNRDËn era usado, também, para de-
signar os ouvidos colocados nas paredes do santuário para simbolizar que a divindade
era ouvida. O singular DNRH—c podia também ser o lugar em que se ouvia vozes misterio-
sas nos templos.

HLVDNRXnR— Com os sentidos básicos de “ouvir” e “consentir”, o termo pode significar:


a. “obedecer” no grego secular e na LXX; b. “ouvir”, “responder”, sempre passivo no
NT. Lc 1.13; Mt 6.7; At 10.31; Hb 5.7 (Cristo).

HSDNRXnR— É o termo técnico usado para designar a ação de se ouvir a divindade,


sendo HSH—cNRRV usado como epíteto popular para deuses pagãos. O único exemplo en-
contrado no NT está em 2Co 6.2 (cf. Is 49.8 LXX). Quando se evita usar o termo, talvez
se esteja querendo diferenciar Deus das divindades pagãs.

SDUDNRXnR—SDUDNRH—c (oDSHLWKHnR—). Há três significados: a. “ouvir por acaso”; b. “ou-


vir incorretamente”; c. “negligenciar”. O sentido a. parece o de Mc 5.35-36; o sentido c.,
o de Mt 18.17. SDUDNRH—c no NT carrega o sentido c. (cf. At 7.57; Rm 5.19; 2Co 10.6; Hb
2.2.
K\SDNRXnR— 40 atender, obedecer

K\SDNRXnR— (oSHLWKDUFKHnR—).
1. “Ouvir à porta”, ou seja, “abrir” (At 12.13).
2. “Obedecer”. O termo é usado nesse sentido em referência às esposas, filhos e ser-
vos (Ef 6.1, 5; Cl 3.20, 22), a demônios e à natureza (Mc 1.27; 4.41), à humanidade em
geral, relativamente às forças morais boas ou más (At 6.7; Rm 6.12, 16-17; 2Ts 1.8), e à
comunidade (Fp 2.12; cf. At 5.32). O uso do termo na LXX mostra o quanto era forte o
papel da audição na obediência (cf. Gn 22.18; Jr 13.10).

K\SDNRH—cK\SH—cNRRV Exceto em Fm 21, essa palavra sempre implica decisão religiosa


(p. ex., Rm 6.16 – diferindo de KDPDUWËnD em Rm 6.16 e de SDUDNRH—c in Rm 5.19). Aquilo
a que se obedece pode ser a verdade (1Pe 1.22) ou Cristo (2Co 10.5), o qual é o sujeito
em Rm 5.19. A denotação não é a atitude ética, mas o ato religioso do qual ela deriva
(1Pe 1.14). A obediência por fé (Rm 1.5; 16.26) implica que a mensagem de fé resulta
em obediência. K\SH—cNRRV significa “obediente” – a Deus (At 7.39), aos apóstolos (2Co
2.9). O próprio Cristo é K\SH—cNRRV ao cumprir sua missão divina (Fp 2.8).
[G. Kittel, I, 216-25]

DNURE\VWËnD [prepúcio]

1. Etimologia da palavra. Esse termo, que se traduz por “prepúcio”, é formado de


DnNURV (“que corre até um ponto”) e E\nR— (“bloquear”), mas pode ser formada do termo
médico DNURSRVWKËnD (“prepúcio” ou “órgão viril”).
2. Ocorrência da palavra. Encontrada apenas no grego bíblico e eclesiástico, tanto
em sentido figurado como literal, e como oposto de SHULWRPH—c Há 20 exemplos no NT,
apenas em Paulo, além de At 11.3 (cf. Rm 2.25, 26, 27; 3.30; 4.9, 10, 11, 12; 1Co 7.18,
19; Gl 2.7; 5.6; 6.15; Ef 2.11; Cl 2.13; 3.11). Barnabé usa o termo (citando o AT, 9.5 e
13.7) entre os escritores cristãos primitivos; também o fazem Justino e Inácio.
oSHULWRPH—c [K. L. Schmidt, I, 225-26]

DNURJR—QLDËnRVoJR—QËnDDN\URnR—oN\URnR—DnNR—QoKHNR—cQ

DOD]R—cQ [arrogante], DOD]RQHËnD [arrogância]

O DOD]R—cQ é “aquele que faz de si mais do que é”, ou que “promete o que não pode
cumprir”; o termo se refere muitas vezes a oradores, filósofos, médicos, cozinheiros e
autoridades. Encontramos algumas vezes uma relação entre esse termo e orgulho; por
conseguinte, em Hc 2.5 o DOD]R—cQ é aquele que não acredita em Deus. O termo ocorre
nas listas de epítetos de Rm 1.30 e de 2Tm 3.2, em seu sentido habitual, mas com uma
nuança religiosa. Essa nuança é mais forte no caso de DOD]RQHËnD em 1Jo 2.16 (“acreditar
que se pode moldar a própria vida sem necessidade de Deus”) e Tg 4.16 (“acreditar que
se pode controlar o futuro”). [G. Delling, I, 226-27]

Vous aimerez peut-être aussi