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118 C 119 A 120 E 121 D 122 A 123 B 124 A 125 C 126 C 127 B 128 D 129 D 130 E
131 B 132 E 133 A 134 A 135 B 136 A 137 B 138 E 139 D 140 C 141 C 142 B 143 B
144 D 145 C 146 C 147 E 148 E 149 B 150 E 151 D 152 D 153 D 154 C 155 A 156 D
157 B 158 C 159 A 160 C 161 D 162 B 163 C 164 D 165 D 166 B 167 E 168 C 169 B
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183 B 184 A 185 D 186 C 187 A 188 B 189 C 190 C 191 B 192 D 193 C 194 C 195 B
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443 D 444 B 445 C 446 B 447 A 448 D 449 A 450 A 451 D 452 A
Legenda:
! Questão Anulada
* Questão Dissertativa
Comentários da equipe acadêmica
Confira os comentários da nossa equipe acadêmica
1 - 2021 USP - SP
»Clássica questão de prova! Temos um mesmo teste sendo realizado em duas populações
diferentes… A primeira tem uma probabilidade pré-teste (ou prevalência) de 10% e a
segunda tem uma probabilidade pré-teste de 20%. O que acontecerá com as
probabilidades pós-teste (valores preditivos) e a especificidade?
Valor preditivo positivo:
Corresponde a chance de um teste positivo estar certo. Logo, se a prevalência aumenta, o
VPP também aumentará.
Valor preditivo negativo: Corresponde a chance de um teste
negativo estar certo. Logo, se a prevalência aumenta, o VPN diminui.
Especificidade: A
especificidade, bem como a sensibilidade, é uma característica inerente ao teste e não se
altera com a prevalência. Lembrando que a definição da especificidade é a chance de um
teste ser negativo dentre os não-doentes.
Resposta: letra D.
Video comentário: 270205
2 - 2021 USP - SP
»Questão difícil aqui! Mas note que o enunciado fala, inúmeras vezes, em “resposta
comunitária” no enunciado. E fala-se também da implementação de um programa e,
depois, ainda é falado que alguns locais sofreram uma “intervenção”.
Logo, trata-se de um
ensaio de comunidade (ou ensaio comunitário).
Mas qual é a definição exata de um
ensaio de comunidade?
Nos ensaios comunitários os grupos de tratamento são
comunidades ao invés de indivíduos. Este delinamento é particularmente apropriado para
doenças (ou condições) que tenham suas origens nas condições sociais (como a própria
violência doméstica) e que possam ser facilmente influenciadas por intervenções dirigidas
ao comportamento do grupo ou do indivíduo. No entanto, existem algumas limitações
para este estudo… Como eu vou fazer uma intervenção em uma comunidade, a
randomização é bem mais difícil, além disso outro desafio é isolar as comunidades onde a
intervenção está sendo conduzida devido as mudanças sociais e migrações em curso.
Em
contrapartida, nos ensaios clínicos as intervenções são individuais e não na comunidade.
Desse modo, há um trecho no enunciado que “matava” a questão: “Quando os resultados
dos locais que implantaram o programa foram comparados com os resultados dos locais
que não implantaram”.
Resposta: letra C.
Video comentário: 270206
3 - 2021 USP - SP
»Questão sobre análise de valor unitário de medida de associação em comparação com seu
respectivo intervalo de confiança!
Note que a pergunta é sobre os “fatores
significativamente associados à incidência de dengue sintomática confirmada
laboratorialmente”. Ou seja, pode ser um fator de risco ou de proteção, mas
obrigatoriamente com significância estatística.
Letra A: Sim! Perceba que o RR de “morar
em apartamento” teve um valor abaixo de 1,0 (0,3) e com significância estatística, porque
todo o IC está incluído abaixo de 1,0 (0,1 - 0,93). CORRETA
Letra B: Não. Foi um fator de
proteção, pois o RR teve um valor abaixo de 1,0 (0,73) e com significância estatística,
porque todo o IC está incluído abaixo de 1,0. INCORRETA
Letra C: A sorologia prévia
reagente não teve associação com o desfecho, pois o valor unitário do RR foi de 1,0.
INCORRETA
Letra D: Frequentar escola não teve associação com o desfecho, pois o valor
unitário do RR foi de 1,0. INCORRETA
Resposta: letra A.
Video comentário: 270208
4 - 2021 USP - SP
»Agora, antes de revisarmos ambos os viéses, muita atenção ao que foi pedido… O efeito
esperado dos viéses nos valores do OR EM ESTUDOS DE CASO-CONTROLE SOBRE
MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS!
Agora, relembremos da tabela clássica de estudos de
caso-controle e do cálculo do odds ratio:
OR = AxD/BxC
→ Viés de memória: Clássico dos
estudos de caso-controle, diz respeito ao fato dos controles tenderem a lembrar menos de
possíveis exposições no passado em comparação com os casos. Mães de bebês sem
malformações tendem a esquecer possíveis fatores de risco retrospectivos. Já mães de
bebês com malformações tendem a lembrar mais. Desse modo, como sabemos que o OR
mede a razão entre a chance de doença entre indivíduos expostos, pela chance de doença
entre não-expostos, e os doentes vão se lembrar melhor da exposição, o numerador dessa
divisão será superestimado, superestimando também o resultado!
Não entendeu?
Olhe
para a tabela… e veja que o viés de memória vai aumentar o valor de A e reduzir o valor B.
Na divisão, qual será a consequência natural?
Uma superestimação do valor do quociente,
que, no caso, é o OR!
→ Viés de seleção: Este viés diz respeito a uma seleção errada dos
indivíduos que irão participar do estudo. Como o próprio enunciado diz, em estudos sobre
malformações congênitas não há um consenso sobre a seleção correta dos controles que
irão participar. Logo, selecionando equivocadamente há a possibilidade de se subestimar a
associação real. Isso por que, se indivíduos com uma malformação qualquer forem
selecionados como controles há a possibilidade de minimizar o viés de memória entre os
controles, subestimando a associação. Ou seja, os controles vão passar a lembrar mais da
exposição. Olhando para a tabela, o B vai aumentar e o D vai reduzir. Desse modo, o
quociente vai reduzir…
Resposta: letra A
6 - 2021 USP - SP
»Essa questão aborda o princípio bioético da autonomia do paciente! Vamos lembrar que os
outros princípios são: a beneficência, a não maleficência e a justiça.
Segundo este
princípio, ao paciente deve ser dado o poder de tomar as decisões relacionadas ao seu
tratamento - e isso inclui a decisão sobre realizar ou não determinados exames
complementares, desde que o mesmo esteja ciente, a partir das informações transmitidas
pelo médico ou outro profissional de saúde, dos riscos e benefícios de sua realização.
Desse modo, nesta situação em que uma série de exames deve ser solicitado é imperativo
que o paciente deva ser informado o que é e para que serve cada um dos exames
solicitados, devendo consentir fazê-los ou não.
Resposta: letra B.
Letra A: INCORRETA. O
consentimento é mandatório.
Letra C: INCORRETA. Necessitam sim de consentimento.
Letra D: INCORRETA. É sim necessário.
Video comentário: 270213
7 - 2021 UNIFESP
8 - 2021 UNIFESP
10 - 2021 HIAE
12 - 2021 HIAE
»Questão muito difícil aqui… Note que foi pedido como reduzir o viés de seleção em um
ensaio clínico. Ou seja, como reduzir possíveis erros na seleção dos participantes de um
ensaio clínico!
Qual a primeira coisa que vem na nossa cabeça?
RANDOMIZAÇÃO, sem
dúvida… embora existam outras formas de reduzirmos a possibilidade do viés de seleção.
Afinal, quando olhamos as opções, não há randomização.
Letra A: CORRETA. Repare que
aqui o foco já foi na análise. Mas vamos entender se isso reduz ou não o viés de seleção.
Em primeiro lugar, o que é essa tal análise por intenção de tratamento?
Vamos entender
com uma exemplo: Quando eu inicio o meu estudo para analisar o efeito da droga A na
doença X eu separei 200 indivíduos no grupo experimento e 200 no placebo. Os grupos
são estáveis, comparáveis e foram separados de maneira randomizada.
Mas, como
sabemos, nada é estável e tudo é dinâmico. Assim, o estudo foi “rolando” e, ao final de 5
anos só tinham 130 indivíduos remanescentes no grupo do experimento e 140 no grupo
placebo.
Mas o que houve?
Ué, os indivíduos podem ter morrido, podem ter saído do
estudo… muitas coisas podem ter acontecido e, se eu simplesmente desconsiderar esses
130 indivíduos que não concluíram a análise eu posso acabar tendo um viés de seleção
que eu tanto quis evitar ao início do estudo!
O que eu faço então?
Incluo todos os que
saíram também na minha análise. Se o indivíduo emigrou do país, mas até a data da
emigração ele não estava curado, eu calculo! O indivíduo morreu por uma causa externa,
mas até a data do óbito ele havia se curado da doença, eu calculo também…. Ou seja, eu
calculo todo mundo que começou o meu estudo, para que o final do estudo respeite a
separação do início e, assim evite o viés de seleção.
Letra B: INCORRETA. Se eu início o
meu estudo com dois grupos de 100 pessoas e estipulo que, ao final, eu tenho que ter
pelo menos 60 pessoas (número mínimo) nas duas amostras eu quero reduzir o viés de
aferição.
Letra C: INCORRETA. Essa gerou todo o problema… Mas está mesmo errada.
Quando eu realizo a sequência alternada de entrada de indivíduos na alocação dos grupos
eu torno a alocação aleatória? Exatamente o contrário… seu eu fizer isso, eu já saberei
exatamente onde cada indivíduo vai ficar. Separação aleatória é quando todos tem a
chance idêntica (50%) de cair em cada um dos grupos.
Letra D: INCORRETA. Cegamento é
essencial para reduzir outros vieses, como viés de aferição.
Resposta: letra A.
Video comentário: 270228
14 - 2021 UNIFESP
»Note que o estudo foi feito da seguinte maneira: Os pesquisadores iam ligando para as
pessoas para saber sobre a existência de sintomas de COVID-19, sua relação com os
serviços de saúde e os impactos da pandemia no mercado de trabalho.
Ou seja, foi um
estudo:
INDIVIDUADO → cada participante foi avaliado de maneira individual;
TRANSVERSAL → desfecho e fatores associados vistos em um só momentos;
OBSERVACIONAL → não houve qualquer intervenção.
Resposta: Estudo transversal ou
seccional ou de prevalência ou corte transversal ou inquérito.
E este estudo avalia qual
medida de morbidade?
A prevalência.
Resposta: letra A.
Video comentário: 263636
15 - 2021 HIAE
17 - 2021 UNIFESP
»Revisando os testes:
Letra A: INCORRETA. Teste de Pearson → Compara duas variáveis
qualitativas (categóricas) em amostras de grupos diferentes, para se saber o quão
provável é que diferença encontrada decorra do acaso. Exemplo: Avaliar se houve cura (ou
não) com o tratamento proposto para hepatite C no município de Feira de Santana e no
município de Campina Grande e o quanto deste resultado se deveu ao acaso.
Letra B:
CORRETA. Teste T de student pareado → Compara duas variáveis (categórica e
quantitativa) usando-se o mesmo grupo em momentos distintos. Exemplo: Exatamente
como vimos na questão… em que a capacidade física (algo avaliado de maneira
quantitativa - exemplo: tempo menor de corrida nos 800 metros) foi comparada antes e
depois da hiperventilação (variável qualitativa).
Letra C: INCORRETA. Teste T de student
para amostras independentes → A mesma idéia e exemplo acima, mas aqui os grupos não
tem relação entre si. São diferentes.
Letra D: INCORRETA. Teste de Kolmogorov-Smirnoff ->
Não compara duas variáveis, mas sim avalia a distribuição dos dados de uma amostra
apenas. Exemplo: Pega 1000 indivíduos de Porto Alegre e meço a PA deles, buscando
avaliar se a distribuição da PA é de acordo com a curva de Gauss.
Resposta: letra B.
Video comentário: 263638
18 - 2021 UNICAMP
19 - 2021 UNICAMP
»No estudo apresentado foi feita uma coorte retrospectiva (ou histórica ou não-
concorrente) em que mulheres amamentadas pela mãe (expostas) foram comparadas com
não-amamentadas (não-expostas) em relação ao desfecho: incidência de câncer de mama.
A medida de associação foi de 0,69 com significância estatística, pois todo o intervalo de
confiança incluiu valores abaixo de 1,0.
Mas qual foi a conclusão exata?
Que a exposição
reduziu o risco do desfecho em 31% (100-69 = 31).
Resposta: letra D.
Video comentário: 263643
21 - 2021 UNESP
23 - 2021 HSJC - SP
»Essa questão foi corretamente anulada pela banca avaliadora simplesmente por um erro
de digitação no enunciado, que impossibilitou ao aluno chegar ao gabarito correto. Pelo
gabarito liberado pela banca, letra c, provavelmente o enunciado correto deveria ser: “Em
relação aos erros em teste de hipóteses, o erro tipo I (ou α) habitualmente se estabelece
um risco aceitável de:”. Vamos aproveitar para relembrar...
Quando a hipótese nula é
verdadeira e você a rejeita, comete um erro do tipo I. A probabilidade de cometer um erro
do tipo I é α, que é o nível de significância que você definiu para seu teste de hipóteses.
Um α de 0,05 indica que você quer aceitar uma chance de 5% de que está errado ao
rejeitar a hipótese nula. Para reduzir este risco, você deve usar um valor inferior para α.
Entretanto, usar um valor inferior para alfa significa que você terá menos probabilidade de
detectar uma diferença verdadeira, se existir uma realmente.
Video comentário: 279217
24 - 2021 UNICAMP
»A pesquisa clínica é usualmente classificada em 4 fases: I, II, III e IV. Devemos, antes,
lembrar que, para se estudar clinicamente um medicamento, ele já deverá ter sido
aprovado em testes pré-clínicos, ou seja, aspectos de segurança são avaliados em animais
de experimentação antes da aplicação dessa droga em seres humanos. Quando essa
medicação está pronta para ser testada no ser humano, as fases de investigação clínica
iniciam-se e seguem uma após a outra, até que o maior volume possível de informações
sobre o medicamento seja obtido.
Considerando os aspectos mais importantes e seus
principais objetivos, cada fase de uma pesquisa clínica está resumida abaixo:
Fase I: refere-
se ao uso do medicamento pela primeira vez em um ser humano, geralmente um
indivíduo saudável e que não tem a doença para a qual o medicamento está sendo
estudado. Nesta fase serão avaliadas diferentes vias de administração e diferentes doses,
realizando-se testes iniciais de segurança e de interação com outras drogas ou álcool.
Cerca de 20 a 100 indivíduos participam dessa fase.
Fase II: cerca de 100 a 300 indivíduos
que têm a doença ou condição para a qual o procedimento está sendo estudado
participam desta fase, que tem como objetivo estabelecer a segurança do produto a curto
prazo e a dose-resposta para avaliar sua eficácia. Geralmente diferentes dosagens assim
como diferentes indicações do novo medicamento também são avaliadas nesta fase.
Fase
III: depois de concluído o estudo piloto, grandes estudos multicêntricos acompanham
milhares de pacientes, 5 a 10 mil, em geral, dependendo da doença em questão, por um
período maior de tempo, geralmente sendo comparados a outros tratamentos existentes
e recomendados para o mesmo problema. Durante esta fase se espera obter maiores
informações sobre segurança, eficácia e interação de drogas. Ao participar de uma
pesquisa em fase III, o voluntário poderá receber ou o novo tratamento ou o tratamento
habitual (ou placebo). Recebendo o tratamento habitual, o paciente será tratado com a
qual os especialistas avaliam como o melhor tratamento da atualidade. Se o paciente
receber o novo tratamento, será tratado com uma alternativa de tratamento que os
especialistas esperam obter vantagens significativas sobre o habitual. O objetivo desta
fase de estudo é comparar ambos os tratamentos e estabelecer a superioridade de um
sobre o outro. Os testes de fase III devem fornecer todas as informações necessárias para
a elaboração do rótulo e da bula do medicamento. A análise dos dados obtidos na fase III
pode levar ao registro e aprovação para uso comercial do novo medicamento ou
procedimento, pelas autoridades sanitárias.
Fase IV: após um medicamento ou
procedimento diagnóstico ou terapêutico ser aprovado e levado ao mercado, testes de
acompanhamento de seu uso são elaborados e implementados em milhares de pessoas,
possibilitando o conhecimento de detalhes adicionais sobre a segurança e a eficácia do
produto. Um dos objetivos importantes dos estudos fase IV é detectar e definir efeitos
colaterais previamente desconhecidos ou incompletamente qualificados, assim como os
fatores de risco relacionados. Esta fase é conhecida como Farmacovigilância.
Letra A:
INCORRETA. Na verdade, é na fase II que se avaliam a segurança e as doses mais eficazes
da vacina.
Letra B: CORRETA.
Letra C: INCORRETA. Ensaios clínicos de fase III necessitam
aleatorização de pacientes para avaliar a eficácia final da vacina.
Letra D: INCORRETA. A
fase III é a que permite a liberação da vacina para comercialização e uso para a população.
25 - 2021 HSJC - SP
Resposta: letra B.
»O intervalo de confiança representa o intervalo dos valores da medida de associação
Video comentário: 282184
naquela porcentagem das vezes que o estudo foi replicado. Por exemplo: Um estudo tem
RR de 1,5 e (IC 95%; 1,2 - 1,9). Isso significa dizer que em 95% das vezes que o estudo é
replicado os valores do RR vão de 1,2 a 1,9. Ou seja, indica o grau de concordância que há
entre o resultado da medição (a estimativa do intervalo da medida de associação) e o dito
valor verdadeiro (aquele que é aceito como o valor estático da medida de associação), e
isto representa a idéia de ACURÁCIA.
Resposta: letra D.
Video comentário: 279218
26 - 2021 HSJC - SP
27 - 2021 HSJC - SP
29 - 2021 HSJC - SP
»Lembrando: variável discreta - aquela que só permite números inteiros, não permite
número fracionado. Exemplo: número de filhos, número de irmãos…; variável contínua:
aquela que admite número fracionado. Exemplo: peso, idade, altura…
Voltando a questão:
Número de filhos: discreta; peso: contínua; idade: contínua.
Portanto, resposta letra D.
Video comentário: 265767
31 - 2021 UNICAMP
»Conclusão objetiva do estudo: pessoas com maior escolaridade e/ou maior poder
aquisitivo tendem a ter menos fatores de risco e um estilo de vida mais saudável.
Agora,
vamos ver a opção que ratifica isso.
Letra A: INCORRETA. Não podemos afirmar isso. Até
por que a campanha serviu exatamente para informar e persuadir as pessoas a terem
uma vida mais saudável. Logo, se os grupos foram informados por igual, não faltou
informação.
Letra B: INCORRETA. Não há qualquer problema nessa divulgação.
Letra C:
CORRETA. O que é iniquidade? Guarde: é exatamente o contrário da equidade. Ou seja,
pessoas privilegiadas ficam ainda mais privilegiadas devido a política públicas voltadas
para elas. E como se combate isso? Com equidade… com políticas públicas que atendam
de maneira desigual casos desiguais.
Letra D: INCORRETA. Quanto MAIOR a desigualdade
econômica, piores as condições de saúde da população.
Resposta: letra C.
Video comentário: 282194
32 - 2021 IAMSPE
33 - 2021 IAMSPE
»Pelas alternativas:
Letra A: incorreta, pois são necessários para doenças graves, na qual
você deve confiar no resultado negativo, afastando a possibilidade da doença;
Letra B:
incorreta, pois testes sensíveis dão poucos resultados falsos negativos;
Letra C: incorreta,
pois testes específicos dão muitos resultados verdadeiros positivos;
Letra D: correta;
Letra
E: incorreta, pois o valor preditivo negativo é útil para o resultado negativo, assim como o
valor preditivo positivo é útil para o resultado positivo;
Portanto, resposta letra D.
Video comentário: 265776
34 - 2021 IAMSPE
35 - 2021 UNESP
»Questão que nos pergunta sobre a randomização, que se trata apenas da alocação
aleatória dos indivíduos participantes de um estudo entre o grupo intervenção
(tratamento) e o grupo controle. Isso é feito para reduzir o viés de seleção, assegurando
que os grupos de estudo sejam comparáveis nas suas características iniciais.
Letra A:
INCORRETA. Quem ajuda a assegurar a representatividade da população nos grupos
tratamento e placebo é o tipo de amostragem.
Letra B: INCORRETA. Não é esse o objetivo
da randomização.
Letra C: CORRETA.
Letra D: INCORRETA. Na verdade, reduzir o viés de
seleção tanto na alocação do tratamento, quanto na alocação do placebo.
Resposta: letra
C.
Video comentário: 276832
36 - 2021 UNESP
»Este viés (FALÁCIA ECOLÓGICA) é bem mais clássico em estudos ecológicos e ocorre
quando se individualiza uma observação feita de forma coletiva (ou agregada).
No
entanto, o exemplo fornecido no enunciado também está certo… Aqui ele citou um tipo de
amostragem chamada de amostragem probabilística por conglomerados. Ela é realizada
quando os grupos que compõe uma população são muito similares. Assim, podemos fazer
o que chamamos de amostragem por conglomerados (ou aglomerados). A principal
vantagem desta técnica é a parte operacional, porque selecionar um conglomerado
costuma ser mais fácil e mais barato do que fazer uma amostra aleatória ou sistemática.
Desse modo, dividimos a população, fisicamente, em conglomerados (como se fossem
bairros em uma cidade) e escolhemos os participantes do estudo de cada um desses
conglomerados. A escolha pode ser SIMPLES ou em etapas (ou estágios).
Resposta: letra D.
Video comentário: 276833
37 - 2021 UNESP
»Boa e difícil questão aqui… Repare que ela perguntou sobre os critérios de causalidade de
Hill. Vamos, antes de tudo, relembrá-los: 1- Sequência cronológica (ou temporalidade): O
fato causal tem que obrigatoriamente surgir antes da doença. 2- Força de associação: A
incidência da doença deve ser maior nos indivíduos expostos ao fator em relação aos não
expostos. Perceba que é o risco relativo (ou ODDS RATIO). 3- Relação dose-resposta (ou
gradiente biológico): Quanto maior o nível de exposição ao fator, maior a ocorrência da
doença. 4- Consistência de associação: Outros estudos semelhantes ao meu, feitos por
diferentes pesquisadores, utilizando diferentes métodos e diferentes populações,
mostraram resultado iguais ao meu estudo. 5- Plausibilidade biológica: A história natural e
o mecanismo fisiopatológico da doença estão coerentes com a exposição ao fator de risco.
6- Analogia com outras situações: A literatura sobre o tema em estudo mostra dados que
permitem estabelecer associação causal, ou seja, analogia com situações conhecidas.
Exemplo: um vírus pode causar câncer? A literatura confirma que sim. 7- Especificidade:
Um fator de risco específico vai causar um agravo específico, e se esse fator for retirado,
vai implicar na não ocorrência desse agravo. 8- Coerência: É satisfeito quando a associação
encontrada não entra em conflito com o que é conhecido sobre a história natural e a
biologia da doença. 9- Evidência experimental: Poder de experimentação, ou seja, realizar
experimentos em animais e/ou humanos na avaliação da causalidade. Voltando a
questão… Se o estudo foi de coorte, fica lógico que o fator de risco ocorreu antes do
desfecho. TEMPORALIDADE foi o primeiro critério. A maldade foi o segundo critério… ao
invés de usar o “nome mais famoso” que seria RELAÇÃO DOSE-RESPOSTA, a banca usou o
nome menos conhecido: GRADIENTE BIOLÓGICO. Resposta: letra A.
Video comentário: 276834
38 - 2021 SCMSP
»Note o que foi feito aqui: “um trabalho para verificar a frequência do novo vírus em
pacientes com e sem pneumonia no hospital municipal de Wuhan”.
Ou seja, foi um estudo
individuado, transversal e observacional. Logo, um estudo seccional (ou inquérito ou
transversal ou corte transversal ou de prevalência).
Letra A: INCORRETA. A medida de
associação desse estudo é a razão de prevalências.
Letra B: INCORRETA. Para obter a
medida de frequência desse estudo teríamos que fazer um estudo diferente? Repare como
a frase não faz sentido… Para obter a medida de frequência desse estudo teríamos que
calcular a razão de prevalência que é exatamente ao que o estudo se propõe… Repare que
em nenhum momento o estudo se propôs a avaliar incidência.
Letra C: INCORRETA. Se a
intenção é saber a frequência do novo vírus em pacientes com e sem pneumonia no
hospital municipal de Wuhan o estudo é perfeito para isso.
Letra D: INCORRETA. Trata-se
de um estudo que demanda um curto período de observação.
Letra E: CORRETA.
Lembrando dos critérios de causalidade de Hill, o critério de sequência cronológica (mais
importante dos critérios) não pode ser garantido aqui. Inclusive, a isso damos um nome:
CAUSALIDADE REVERSA.
Resposta: letra E.
Video comentário: 269014
39 - 2021 HSL - SP
41 - 2021 HSL - SP
42 - 2021 HSL - SP
»Vamos relembrar!
Risco atribuível → É a parcela da incidência da doença decorrente
unicamente da exposição a um determinado fator de risco em análise. No caso em tela,
vemos que 80% dos casos de câncer de pulmão tem relação unicamente com o tabagismo.
Resposta: letra D.
Mas existe apenas 1 risco atribuível?
Não… além do citado acima, que
seria o risco atribuível ao fator, e é calculado pela subtração entre a incidência nos
expostos pela incidência nos não expostos, existe o risco atribuível na população! Este
representa a redução a nível populacional da ocorrência de uma doença se fosse possível
eliminar totalmente a exposição em análise.
Video comentário: 271777
44 - 2021 SCMSP
»Devemos, antes de iniciar as 4 fases de um Ensaio Clínico, lembrar que, para se estudar
clinicamente um medicamento, ele já deverá ter sido aprovado em testes pré-clínicos, ou
seja, aspectos de segurança são avaliados em animais de experimentação antes da
aplicação dessa droga em seres humanos. Após “passarem” nessa fase as intervenções são
testadas nas 4 fases do Ensaio.
Fase I: refere-se ao uso do medicamento pela primeira vez
em um ser humano, geralmente um indivíduo saudável e que não tem a doença para a
qual o medicamento está sendo estudado. Nesta fase serão avaliadas diferentes vias de
administração e diferentes doses, realizando-se testes iniciais de segurança e de interação
com outras drogas ou álcool. Cerca de 20 a 100 indivíduos participam dessa fase.
Fase II:
cerca de 100 a 300 indivíduos que têm a doença ou condição para a qual o procedimento
está sendo estudado participam desta fase, que tem como objetivo obter mais dados de
segurança (segurança de curto prazo) e começar a avaliar a eficácia do novo medicamento
ou procedimento. Os testes de fase II, geralmente diferentes dosagens assim como
diferentes indicações do novo medicamento também são avaliadas nesta fase.
Fase III:
depois de concluído o estudo piloto, grandes estudos multicêntricos acompanham
milhares de pacientes, 5 a 10 mil, em geral, dependendo da patologia em questão com a
doença em questão, por um período maior de tempo, geralmente sendo comparados a
outros tratamentos existentes e recomendados para o mesmo problema. Durante esta
fase se espera obter maiores informações sobre segurança, eficácia e interação de drogas.
Ao participar de uma pesquisa em fase III, o voluntário poderá receber ou o novo
tratamento ou o tratamento habitual (ou placebo).
Fase IV: após um medicamento ou
procedimento diagnóstico ou terapêutico ser aprovado e levado ao mercado, testes de
acompanhamento de seu uso são elaborados e implementados em milhares de pessoas,
possibilitando o conhecimento de detalhes adicionais sobre a segurança e a eficácia do
produto. Um dos objetivos importantes dos estudos fase IV é detectar e definir efeitos
colaterais previamente desconhecidos ou incompletamente qualificados, assim como os
fatores de risco relacionados. Esta fase é conhecida como Farmacovigilância e avalia a
eficiência.
Letra A: INCORRETA. Começou bem… Realmente, após aprovação em estudos
clínicos de fase III, a vacina é liberada para que seja utilizada pela população em geral. No
entanto, é muito comum o descobrimento de riscos e efeitos adversos apenas na fase IV
(pós-comercialização).
Letra B: INCORRETA. Na fase II ainda estudamos muitos aspectos
da segurança de curto prazo da vacina. Embora também seja feita a avaliação da sua
eficácia e imunogenicidade.
Mas então a opção está correta?
Não, pois a
imunogenicidade não é DEFINIDA aqui, mas sim na fase III. Nesta fase temos a avaliação
inicial da imunogenicidade.
Letra C: INCORRETA. Isso é feito, de forma obrigatória, apenas
na fase III.
Letra D: CORRETA. O NNT costuma ser obtido na fase IIB (avalia a dose
terapêutica ideal) e III. Já o NNH já pode ser visto na fase inicial de segurança. Ou seja, na
fase I.
Letra E: INCORRETA. A fase I tradicionalmente usa apenas voluntários saudáveis.
Resposta: letra D.
Video comentário: 269018
45 - 2021 HSL - SP
»Essa questão teve seu gabarito alterado, da letra E para a letra D após recurso feito pela
equipe Medgrupo. Vamos entender:
o modelo de camadas de Dahlgren e Whitehead inclui
os determinantes sociais de saúde (DSS) dispostos em diferentes camadas, desde uma
camada mais próxima dos determinantes individuais até uma camada distal, onde se
situam os macrodeterminantes.Na base do modelo (primeira camada) estão as
características individuais de idade, sexo e fatores genéticos que, evidentemente, exercem
influência sobre seu potencial e suas condições de saúde. Na camada imediatamente
externa (segunda camada) aparecem o comportamento e os estilos de vida individuais.
A
camada seguinte (TERCEIRA CAMADA) destaca a influência das redes comunitárias e de
apoio, cuja maior ou menor riqueza expressa o nível de coesão social que, como vimos, é
de fundamental importância para a saúde da sociedade como um todo.Perceba que o
enunciado fala em “que buscam estabelecer redes de apoio e fortalecer a organização e a
participação das pessoas e das comunidades”, ou seja, trata-se da terceira camada ou
terceiro nível do modelo de Dahlgren e Whitehead.A banca prontamente acatou o recurso
e mudou para a letra D, correta!
Video comentário: 271778
46 - 2021 HSL - SP
47 - 2021 HSL - SP
»Pelas alternativas:
Letra A: força da associação diz respeito ao risco relativo ou ao odds
radio, quanto maior for o risco relativo, maior será a força de associação. Incorreta, pois
não temos esses dados na questão;
Letra B: Um fator de risco específico vai causar um
agravo específico, e se esse fator for retirado, vai implicar na não ocorrência desse agravo.
É a especificidade entre fator (exposição) e doença. E isso acontece na úlcera duodenal, já
que praticamente 100% dessas úlceras são H. Pylori positivas. Correta;
Letra C: não existe
esse critério de associação. Incorreta;
Letra D: esse critério diz que quanto maior o nível
de exposição, maior a ocorrência da doença. O enunciado não falou de nível de exposição.
Incorreta;
Letra E: esse critério indica que o fator causal deve estar presente antes do
surgimento da doença. O enunciado não falou sobre isso. Incorreta.
Portanto, resposta
letra B.
Video comentário: 271780
48 - 2021 SCMSP
49 - 2021 HSL - SP
»Temos 2 testes disponíveis para o mesmo fim. Mas antes de analisá-los, entenda o que a
questão quer. A doença é não letal e não transmissível e o tratamento é caro! Logo,
pensando como gestor, não devemos ter falso positivo para não gerar gasto
desnecessário. Logo, eu tenho que ter ALTA ESPECIFICIDADE, para poder confiar no teste
positivo.
Teste A:
Custo → 10 reais;
S → 90%;
E → 70%;
VPP → 75% e
VPN → 12,5%.
Teste
B:
Custo → 10 reais;
S → 70%;
E → 90%;
VPP → 87,5% e
VPN → 25%.
O quadro grave custa
25 mil e ocorre em 10% dos sintomáticos. Já o tratamento custa 1.000 e o NNT para evitar
1 quadro grave é de 10. Ou seja, a cada 10 tratados (10 mil reais gastos), 9 iriam evoluir
para quadros graves. Mas, destes, apenas 1 evolui - 10%- (gasto de 25.000).
Em resumo, se
fizermos o tratamento de sintomáticos gastaríamos 35.000 reais. Além disso, 0,5 casos em
10 tratados, vão ter anafilaxia, o que leva a um gasto de 5.000. Logo, o gasto total será de
40.000 se tratarmos todos os sintomáticos.
Caso não tratemos nenhum dos sintomáticos,
o gasto seria de 25.000, pois só 1 a cada 10 evolui para a forma grave.
Conclusão: é
melhor tratar apenas os casos graves!
Letra A: INCORRETA. O gasto total será maior pois
eu terei mais falsos positivos usando o teste A, pois este tem a sensibilidade maior e a
especificidade menor.
Letra B: CORRETA. E segue o que dissemos… o ideal é tratar só
casos graves.
Letra C: CORRETA. Novamente, o ideal é tratar só casos graves.
Letra D:
INCORRETA. Há sim diferença.
Letra E: INCORRETA. É sim possível.
Questão anulada por
possui 2 opções certas.
Outro ponto que justifica a anulação… Se usarmos o valor
preditivo positivo para o cálculo da prevalência no teste A chegamos a uma prevalência de
150.000, mas se usarmos o VPN, chegamos a prevalência de 294.000.
Video comentário: 269022
51 - 2021 SCMSP
52 - 2021 HSL - SP
»Em estudos de eficácia de vacinas, esse valor é calculado pela redução do risco relativo
(RRR), ou seja, 1-RR.
O risco relativo (RR) é nada mais que a divisão da incidência nos
expostos (20/20.000 = 0,001) pela incidência nos não-expostos (80/10.000 = 0,008). O
resultado é 0,001/0,008 = 0,125.
Portanto, RRR = 1 - RR = 1 - 0,125 = 0,875 = 87,5%
Resposta letra C
Video comentário: 269024
54 - 2021 HSL - SP
55 - 2021 SCMSP
»A questão pediu a “sensibilidade e especificidade do teste rápido fração IgM e IgG são,
respectivamente”, mas não forneceu os dados da fração IgG. Só IgM. Por isso, foi
acertadamente ANULADA.
Mas vamos montar a tabela, pelo menos, com o que achamos
que questão queria. Ou seja, que o candidato preenchesse a tabela:
IgM:
Sensibilidade =
VP/Total de doentes = 850/1500 = 56,6%
Especificidade = VN/Total de sadios = 1250/1500 =
83,3%
IgG:
Sensibilidade = VP/Total de doentes = 500/1500 = 33,3%
Especificidade =
VN/Total de sadios = 1400/1500 = 93,3%
»Questão bem interessante aqui. Mas antes de avaliarmos as opções, note com calma o
que foi falado no enunciado… Com a pandemia da COVID-19 testes com sensibilidade 60-
70% e especificidade de 99% começaram a ser usados para “rastreios populacionais”.
Mas
espera aí… qual o grande problema disso?
Simples… testes com especificidade muito alta
são aqueles em que se confia muito no resultado positivo (muitos verdadeiros positivos e
poucos falsos positivos). Logo, são usados para confirmação de diagnóstico e não para
afastar um diagnóstico. Olhando do ponto de vista da sensibilidade, a mesma idéia… mas
em relação ao fato de não podermos confiar muito no teste negativo (porque a
sensibilidade é baixa). Assim, acabam tendo muitos resultados falsos negativos. Ou seja,
não se confia no resultado negativo.
Letra A: INCORRETA. Com alta especificidade temos
poucos falsos positivos.
Letra B: INCORRETA. A conduta não será efetiva, pois para um
rastreamento o ideal é uma ALTA SENSIBILIDADE, para que se confie no resultado
negativo.
Letra C: CORRETA.
Letra D: INCORRETA. Explicação que não faz sentido do ponto
de vista de validação de testes.
Resposta: letra C.
Video comentário: 284936
58 - 2021 HSL - SP
60 - 2021 HNMD
»Questão absurda! Mas que foi retirada de um trecho muito polêmico do livro
Epidemiologia e Saúde – Fundamentos, Métodos e Aplicações. 1ª ed, que é a ÚNICA
BIBLIOGRAFIA DA PROVA!.
Neste trecho, o autor diz o seguinte: “Estudos epidemiológicos
procuram descrever padrões de doenças na população ou testar hipóteses relacionadas
com o processo saúde-doença. Para tais finalidades, o desenho mais comum disponível é
o estudo transversal.”
Este considera que o estudo transversal é um estudo descritivo e
que, portanto, gera e teste hipóteses.
Em relação a disponibilidade bibliográfica,
realmente o estudo transversal é o de maior disponibilidade.
Mas tinha algum jeito de
acertar sem conhecer essa descrição confusa do autor?
Até tinha… por eliminação, uma
vez que os estudos de caso-controle e coorte são longitudinais. Logo, as opções A, B e E se
anulavam. A letra D também estava errada pois a metanálise não serve para descrever
padrões de doenças na população. Desse modo, por eliminação até conseguíamos
chegar…
Vale lembrar que existe uma gama de autores mais modernos que consideram
estudos transversais e ecológicos, como descritivos e que, portanto, teriam a capacidade
de gerar hipótese e de testá-las.
Resposta: letra C.
Video comentário: 259147
61 - 2021 UNIRIO
62 - 2021 UNIRIO
63 - 2021 HNMD
»Letra A: incorreta, pois o erro aleatório é o acaso. É o erro presente em todos os estudos e
observações;
Letra B: incorreta, pois o erro sistemático é o erro obtido na coleta, na
análise, na interpretação ou na revisão dos dados, gerando conclusões não verdadeiras.
Ele tem uma causa que pode ser eliminada;
Letra C: correta, conceitual;
Letra D: incorreta,
pois quanto maior for a amostra, menor o erro aleatório, pois dessa forma estamos
aproximando a amostra da população real;
Letra E: incorreta, pois erro causado por um
instrumento de medição é o erro sistemático, um erro que pode ser evitado e eliminado.
Portanto, resposta letra C.
Video comentário: 259151
64 - 2021 UNIRIO
»Aproveitando essa questão para fazermos uma revisão sobre 3 termos que parecem
sinônimos, mas que, em epidemiologia, possuem diferenças: eficácia, efeitividade e
eficiência.
- Eficácia: Diz respeito ao efeito de determinada intervenção em condições
ideais. Ou seja, em condições extremamente rigorosas. Exemplo: O efeito de uma
medicação em laboratório na fase II de um ensaio clínico.
Mas como calcular a eficácia?
Através da redução do risco relativo (RRR).
Efetividade: Diz respeito ao efeito de
determinada intervenção em condições reais. Exemplo: Avaliar o efeito de uma medicação
na fase III de um ensaio clínico. Em grandes estudos multicêntricos.
Mas como calcular a
efetividade?
Através da redução absoluta do risco. (RAR).
- Eficiência: Analisa o efeito de
determinada intervenção sob a ótica do custo. Ou seja, compara custo-benefício (ou custo-
efetividade). Exemplo: Avaliar o efeito de alguma intervenção pós comercialização na fase
IV de um ensaio clínico.
Mas como calcular a eficiência?
Através do número necessário
para se tratar (NNT).
Resposta: letra D.
Video comentário: 275688
65 - 2021 UNIRIO
67 - 2021 UFF
»Questão difícil aqui. Note que foi feito um ensaio clínico multicêntrico, randomizado,
aberto com pacientes hospitalizados com quadro leve a moderado de COVID-19.
Bem, se
o estudo foi randomizado, certamente minimizou o viés de seleção e também o viés de
confusão pois em todos os indivíduos acabou tendo o mesmo efeito.
Entretanto, o estudo
foi aberto! Ou seja, não houve cegamento algum. Desse modo, a possibilidade de uma
aferição tendenciosa aumenta muito. Logo, pode ter ocorrido esse viés e isso pode intervir
no fator de que não houve diferença significante entre as opções de tratamento. Ao
analisar, rapidamente, os intervalos de confiança, ficou claro que todos incluíram o valor
unitário.
Resposta: letra B.
Video comentário: 284136
68 - 2021 UFF
»Pelas alternativas:
Letra A: incorreta, pois são de baixo custo;
Letra B: incorreta, pois
como partem das doenças e olham para trás para avaliação dos fatores de risco, eles têm
a vantagem de buscar as doença na população, e não esperar acontecer, e isso é ótimo
para doença raras;
Letra C: correta, pois uma doença tem vários fatores e isso é buscado
no passado com esses estudos;
Letra D: incorreta, pois são estudos rápidos, já partindo
dos doentes. A perda de seguimento é limitada;
Letra E: incorreta, pois os estudos que
avaliam a incidência são os longitudinais prospectivos, aqueles que esperam a doença
surgir.
Portanto, resposta letra C.
Video comentário: 259172
70 - 2021 SES - RJ
»Vamos relembrar:
O viés de seleção ocorre quando a amostra da população escolhida não
é representativa da população exposta ao risco e pode acabar influenciando o desfecho do
estudo. São tipos de vieses de seleção: viés de autosseleção, viés do trabalhador saudável,
viés de Berkson, perda seletiva de seguimento, viés de sobrevida seletiva, viés de
detecção, viés de temporalidade.
Para resolver o viés de seleção comumente se realiza a
RANDOMIZAÇÃO que é a alocação dos pacientes AO ACASO nos grupos de estudo.
Dito
isso, vamos analisar as assertivas:
A) Correta. Como citado anteriormente, no viés de
seleção as amostras que são comparadas durante o estudo possuem características
diferentes que podem influenciar no desfecho.
B) Incorreta. Definição aleatória que está
longe de ser a correta para viés de seleção.
C) Incorreta. Também sem correlação com a
correta definição do viés de seleção.
D) Incorreta. Apesar de inicialmente aparentar estar
correta, essa assertiva encontra-se errada pelo fato de que por definição o viés de seleção
ocorre quando a AMOSTRA é desigualmente distribuída nos grupos e não as variáveis.
Extremamente maldosa essa assertiva, porém incorreta.
Portanto, o nosso gabarito é a
letra A.
Video comentário: 287711
72 - 2021 FJG
»Vamos a classificação:
Nível I: evidências obtidas de, pelo menos, um estudo controlado e
apropriadamente aleatorizado ou metanalise bem conduzida desses mesmos tipos de
estudo;
Nível II - 1: evidências obtidas de estudos controlados e bem elaborados sem
aleatorização;
Nível II - 2: evidências obtidas de estudos de coorte ou de caso-controle
bem planejados, de preferência de mais de um centro ou grupo de pesquisa;
Nível II - 3:
evidências obtidas de múltiplas séries de estudos com ou sem intervenção. Resultados
inesperados em experiências sem controle (como resultado da introdução do tratamento
com penicilina da década de 1940) também podem ser encarados como esse tipo de
evidência;
Nível III: opiniões de autores no assunto, respeitadas e com base em
experiência clínica, estudos descritivos e relatos de caso ou relatos de especialistas.
Portanto, resposta letra C.
Video comentário: 287712
73 - 2021 UERJ
»Temos uma paciente jovem e “sem fatores de risco para doença cardíaca isquêmica” que
chega por demanda espontânea apresentando dor precordial aos esforços que melhora
em repouso.
Primeira “coisa”: Qual a probabilidade pré-teste dessa moça ter alguma
doença coronariana? Ou seja, se pegarmos 100 mulheres iguais a ela, qual seria a
prevalência de doença coronariana nesta amostra?
Muito pequena, certo?
Mas e se o
teste ergométrico for positivo?
Bem, diante de uma baixa probabilidade pré-teste, um
resultado positivo tem grande possibilidade de se tratar de um falso-positivo, não levando
a confirmação do diagnóstico. Ou seja, o teste tem baixo valor preditivo positivo.
Já se o
teste for negativo, a probabilidade de se tratar de um verdadeiro negativo é alta,
afastando-se o diagnóstico. Logo, tem alto valor preditivo negativo.
Resposta: letra A.
Video comentário: 263186
74 - 2021 SES - RJ
77 - 2021 UFRJ
78 - 2021 UFRJ
»A melhor forma de acertar esse tipo que questão é montando a tabela de validação dos
testes de diagnóstico, a famosa tabela 2 x 2. Vamos colocar uma população hipotética de
1.000 pessoas testadas. Vamos a tabela (vide figura): VPP = VP / (VP+FP) = 80 / 440 = 0,18 =
18%; VPN = VN / (VN+FN) = 540 / 560 = 0,96 = 96%. Resposta letra C.
80 - 2021 UFRJ
81 - 2021 UFRJ
»A idéia do estudo é muito simples: “Tirar uma foto” de uma amostra representativa da
população, avaliando-se a prevalência de Sars-CoV-2. Logo, trata-se de um estudo
individuado, observacional e transversal. Um estudo seccional (ou transversal ou inquérito
ou corte transversal ou de prevalências).
Resposta: letra B.
Letra A: INCORRETA, pois a
medida de frequência é a prevalência.
Letra C: INCORRETA. Em nenhum momento foi
falado em randomização aqui.
Letra D: INCORRETA. O risco atribuível ao fator (diferença
de incidências ou diferença de riscos) é uma medida de associação ou de efeito
caracterizada pela diferença entre as incidências de um determinado evento em um grupo
de expostos e um grupo de não expostos. É a parcela do risco a que está exposto um
grupo da população, atribuível, exclusivamente, ao fator estudado, e não a outros fatores.
Mas aqui foi vista a prevalência e não incidência.
Video comentário: 266306
83 - 2021 SES - PE
»Excelente questão, que caiu dentro da prova de Clínica, embora se encaixasse melhor na
prova de Preventina... A fase clínica dos estudos científicos corresponde à fase de testes
em seres humanos. É composta por quatro fases sucessivas e somente depois de
concluídas todas elas o medicamento poderá ser liberado para comercialização e
disponibilizado para uso da população. As sucessivas fases são:
Fase I
Um estudo de fase I
testa o medicamento pela primeira vez. O objetivo principal é avaliar a segurança do
produto investigado. Nesta fase a medicação é testada em pequenos grupos, geralmente,
de voluntários sadios. Podemos ter exceções se estivermos avaliando medicamentos para
câncer ou portadores de HIV-aids. Assertiva D incorreta.
Se tudo ocorrer de acordo com o
esperado, ou seja, se o produto se mostrar seguro, podemos passar para a Fase II.
Fase II
O número de pacientes que participam desta fase é maior. Aqui, o objetivo é avaliar a
eficácia da medicação ou vacina, isto é, se ela funciona para tratar ou prevenir
determinada doença, a curva dose-resposta e também obter informações mais detalhadas
sobre a segurança (toxicidade). Somente se os resultados forem bons é que o
medicamento será estudado sob forma de um estudo clínico fase III. Logo, a opção C está
correta.
Fase III
Nesta fase, o novo tratamento é comparado com o tratamento padrão
existente (no caso de teste de vacina contra doença nova ou na ausência de outro
tratamento, a comparação é com placebo). O número de pacientes aumenta. Geralmente,
os estudos desta fase são randomizados, isto é, os pacientes são divididos em dois grupos:
o grupo controle (recebe o tratamento padrão ou placebo) e o grupo investigacional
(recebe a nova medicação). Preferencialmente são multicêntricos e duplo-cegos. A partir
da aprovação em estudos de fase III é que geralmente os fármacos são liberados pelos
órgãos regulatórios competentes (ANVISA, FDA, etc). Opções A e E corretas.
Fase IV
Estes
estudos são realizados para se confirmar que os resultados obtidos na fase anterior (fase
III) são aplicáveis em uma grande parte da população doente e observação de efeitos
adversos raros, que possam não ter ocorrido nas fases anteriores. Nesta fase, o
medicamento já foi aprovado para ser comercializado. A vantagem dos estudos fase IV é
que eles permitem acompanhar os efeitos dos medicamentos a longo prazo. Opção B
correta.
A opção claramente incorreta é a letra D.
Video comentário: 277873
84 - 2021 UFMA
85 - 2021 UFMA
86 - 2021 UFMT
»A questão quer saber qual característica do teste nos permite dizer que um resultado
positivo está, de fato, correto. Esta corresponde ao VALOR PREDITIVO POSITIVO.
Resposta:
letra A.
Letra B: INCORRETA. A sensibilidade diz respeito a probabilidade de um teste ser
positivo dentre os doentes.
Letra C: INCORRETA. A especificidade diz respeito a
probabilidade de um teste ser negativo dentre os não-doentes.
Letra D: INCORRETA. O
valor preditivo negativo diz respeito a probabilidade de um teste negativo estar correto.
Video comentário: 266391
88 - 2021 UFES
»O risco relativo (ou razão de riscos ou razão de riscos absolutos) é a medida de associação
mais utilizada em estudos do tipo coorte. É nosso dever lembrar do cálculo correto.
Ao
fim do acompanhamento em um estudo de coorte, é possível calcular o risco (incidência
do desfecho) no grupo exposto, no grupo não-exposto, e a partir desses valores calcular o
RR.
RR = Incidência nos expostos / Incidência nos não expostos
RR = 10/100/5/200
RR =
10/100 x 200/5
RR = 10 x 2/5
RR = 20/5 = 4,0
Resposta : letra C.
Video comentário: 266392
89 - 2021 UFES
90 - 2021 HCG
»Questão clássica em que temos que avaliar o valor pontual da medida de associação (no
caso, o risco relativo) e comparar com o intervalo de confiança.
Bem, o RR apresenta um
valor de 0,53 (abaixo de 1,0). Desse modo, trata-se de um fator de proteção! O intervalo
de confiança inclui apenas valores abaixo de 1,0. Logo, há significância estatística. Por fim,
o valor de “p” (valor matemático do acaso) está abaixo de 0,05. Logo, o acaso não tendeu a
explicar o efeito protetor.
Resposta: letra C.
Video comentário: 258197
91 - 2021 HCG
92 - 2021 HCG
»Vamos analisar os dados fornecidos pelo enunciado:2400 crianças: 800 não fazem uso de
água encanada e 1600 fazem uso de água encanada.150 com giárdia: 60 não fazem uso de
água encanada e 90 fazem uso de água encanada.A medida de associação que calcula o
risco de se adquirir giardíase quando se usa água não encanada é o risco relativo,
calculado da seguinte fórmula:Risco relativo: incidência dos expostos/incidência dos não
expostos: (60/800)/(90/1600) = 1,33.O risco atribuído (ao uso da água não encanada) é
calculado por: incidência dos expostos - incidência dos não expostos: 60/800 - 90/1600 =
0,075 - 0,056 = 0,019.Portanto, o nosso gabarito é a letra A.
Video comentário: 258204
94 - 2021 HC - UFPR
»Questão que mostra um ensaio clínico randomizado feito para se avaliar a eficácia de duas
vacinas.
Letra A: INCORRETA. Esses sorotipos não foram testados e não podemos fazer
essa afirmação.
Letra B: INCORRETA. Não… Só se conseguiria calcular o NNT se houvesse
um grupo controle que não tivesse recebido vacina. Pois só assim seria possível o cálculo
da redução absoluta do risco.
Letra C: INCORRETA. A fórmula de cálculo da eficácia é
exatamente essa. A redução do risco relativo (RRR). Vamos ao cálculo:
RR = incidência
expostos a nonavalente/incidência expostos a quadrivalente
RR = 0,1/1000/1,6/1000
RR =
0,1/1,6 = 0,0675
RRR = 1 - RR = 0,9375 = 93,75%
Desse modo, o certo seria dizer que para
os sorotipos 31, 33, 45, 52 ou 58, a eficácia da vacina nonavalente é de 93,75% quando
comparada à vacina quadrivalente.
Letra D: CORRETA
Letra E: INCORRETA, conforme
mostrado acima.
Resposta: letra D.
Video comentário: 269592
95 - 2021 SCMBH
96 - 2021 SUS - BA
»Qual é o melhor modelo de estudo para se testar a eficácia de uma droga nova no
tratamento de uma doença, imediatamente após ultrapassada a fase de segurança? Ou
seja, a fase pré-clínica do estudo, que é aquela em que a droga é testada em animais.
Certamente o ENSAIO CLÍNICO.
É assim, inclusive, que são testados medicamentos,
vacinas, exames… etc.
Resposta: letra A.
Video comentário: 284625
97 - 2021 SUS - BA
»Desfechos (também denominados eventos) são variáveis que são monitorizadas durante
um estudo para documentar o impacto que uma dada intervenção ou exposição tem na
saúde de uma determinada população. Exemplos típicos de desfechos são cura, piora
clínica e mortalidade. O desfecho primário é a variável que é a mais relevante para
responder a questão da pesquisa.
Resposta: letra A.
Mas por que não a letra B?
Por um
motivo simples… nem sempre o desfecho primário será publicado! Isso, inclusive, leva a
um famoso viés. O viés de publicação, que é quando o estudo não é publicado, pois o
desfecho primário não foi aquele que os autores esperavam.
Video comentário: 284626
98 - 2021 PSU - MG
99 - 2021 SURCE
»Questão que nos apresenta uma série de valores relativos a validação de testes
diagnósticos e que nos faz a seguinte pergunta: “Se o PSO for positivo, qual a chance de o
paciente ter a doença?”
Vamos, então, lembrar que a chance de um indivíduo ter a doença
dado que seu teste foi positivo corresponde ao valor preditivo positivo. E, este valor, já foi
dado no enunciado.
Resposta: letra A.
Video comentário: 259755
100 - 2021 SCMBH
»Temos aqui uma tabela com vários dados referentes a razão de prevalências com seu
respectivo intervalo de confiança. Vamos, então, avaliar cada uma das opções.
A)
INCORRETA - O valor da razão de prevalências para não realização de tomografia foi de 1,1,
o que sugere que essa conduta é fator de risco para o desfecho. Contudo, podemos
observar que o intervalo de confiança desse resultado (0,66-1,85) ultrapassa o valor
unitário, e portanto não tem significância estatística.
B) INCORRETA - Pelo contrário, ter
idade menor do que 60 anos representa o grupo não exposto (RP = 1), enquanto o grupo
de maiores de 60 anos teve maior chance de óbito (RP = 1,42, com significância estatística).
C) CORRETA - O risco de óbito em homens foi maior, com RP = 1,84 para o desfecho de
óbito. O intervalo de confiança (1,46 - 2,32) corrobora o resultado, evidenciando
significância estatística (todos os valores do intervalo são maiores do que o valor unitário).
D) INCORRETA - Não somente o NÃO-uso da azitromicina foi relacionado ao desfecho com
significância estatística, como também uma intervenção medicamentosa como esta é
melhor estudada em um estudo de intervenção, como um ensaio clínico controlado e
randomizado, e não em um estudo transversal.
Resposta: letra C.
Video comentário: 259757
»Nesse tipo de questão que pede média, mediana ou moda, em primeiro lugar devemos
colocar em ordem crescente de valores:57,6 - 62,9 - 62,9 - 64,1 - 66,1 - 67,1 e 73,6.Como a
quantidade dos valores numéricos é impar, a mediana será o valor central do conjunto
numérico. Ou seja, 64,1.Portanto, o nosso gabarito é a letra B.
Video comentário: 260301
103 - 2021 SCMBH
»Essa questão foi motivo de discussão e acreditamos que ela possui 2 gabaritos corretos (B
e D) ou, no máximo, a letra B como correta, mas não a letra D. Vamos analisar as assertivas
e entender o motivo:
A) Incorreta. A capacidade do teste detectar falso positivo é de
85,63%. Calculado por meio de 1-Especificidade. B) Correta. No momento em que
diminuímos o ponto de corte de um exame, aumentados a quantidade de resultados
positivos (falsos positivos e verdadeiros positivos). Aumentando a quantidade de
verdadeiros positivos, aumentamos a sensibilidade. C) Incorreta. A probabilidade de uma
pessoa com teste negativo não ter câncer é o valor preditivo negativo. No caso d/c+d =
14,37/8,7 +14,37 = 62,2%. D) Correta. A razão de probabilidade para o teste positivo é a
razão de verossimilhança positiva. É calculada por: S/1-E = 91,3/1-14,37 = 1,06. Perceba que
1,06, aproximando é 1,1. Portanto, poderia ser considerada correta essa assertiva. Dessa
forma, acreditamos que a questão deveria ter sido anulada pelo fato de termos 2 (dois)
gabaritos corretos ou ter seu gabarito trocado de letra D para letra B caso não fosse
considerada aproximação decimal.
Video comentário: 263077
105 - 2021 SCMBH
»Essa questão teve, corretamente, seu gabarito trocado após recurso feito pela Equipe
MEDGRUPO.
Vamos entender:
I) Correta. Um estudo de coorte é do tipo individuado,
observacional e longitudinal prospectivo, exatamente como descrito no exemplo dado
pela assertiva.
II) Incorreta. Um estudo ecológico é do tipo agregado, observacional e
transversal e a assertiva II traz um estudo com características de individuado (o que seria
um estudo do tipo TRANSVERSAL), o que torna INCORRETA essa assertiva. Além disso,
ainda fala em "acompanhamento" o que caracteriza um estudo longitudinal.III) Correta. A
assertiva III nos traz um estudo do tipo individuado, observacional e transversal,
exatamente como descrito no exemplo citado, onde há uma análise das de prevalência das
gestantes com ZICA e dos bebes com microcefalia.
IV) Incorreta. Por fim, um clássico
estudo do tipo caso-controle usa um grupo de casos e outro de controles, o que não ficou
claro no enunciado.
Ou seja, as assertivas corretas são a I e a III e o gabarito é a letra C. A
banca inicialmente liberou letra B porém após recurso voltou atrás e alterou para letra C.
Video comentário: 260303
»Questão clássica de prova! O melhor estudo para analisar associações possíveis com
DOENÇAS RARAS é o estudo de caso-controle. Lembre-se que este estudo já se inicia com
os casos previamente separados. Ou seja, mesmo que seja uma condição muito rara, a
seleção já precede o estudo.
Resposta: letra D.
O pior estudo para doenças raras é o de
coorte! Esse é ótimo para fatores de risco raros.
Video comentário: 267353
»Repare que o estudo separou pacientes com diferentes fatores de risco (pressão arterial,
história de diabetes, tabagismo e doença coronária) em grupos de expostos e não
expostos. Após, acompanhou esses indivíduos em busca da incidência do desfecho
(comprometimento isquêmico).
Trata-se, portanto, de um estudo longitudinal,
individuado, prospectivo e observacional. Uma COORTE.
Letra A: INCORRETA. O risco
relativo ajustado não possui o objetivo de controlar o viés de seleção. A análise
multivariada serve para minimizar o viés de confusão.
Letra B: INCORRETA. A associação
positiva mais forte foi a hipertensão arterial resistente.
Letra C: CORRETA. Estudo de
coorte, e a hipertensão arterial resistente foi a mais forte (maior RR), e estatisticamente
significante (RR em intervalo acima de 1 e com valor p <0,05).
Letra D: INCORRETA. Foi uma
coorte prospectiva e não retrospectiva.
Letra E: INCORRETA. Foi um estudo do tipo COORTE
e não transversal.
Resposta: letra C.
Video comentário: 269607
108 - 2021 UFMT
»Questão sobre testes diagnósticos. Com base nos dados da tabela, vamos calcular:
A
sensibilidade é a proporção de resultados positivos do teste entre aqueles que têm a
doença. Sendo assim: S = 76/83 = 91,56%
A especificidade é a proporção de resultados
negativos do teste entre aqueles sem a doença. Sendo assim: E = 63/67 = 94%
O valor
preditivo positivo (VPP) é a probabilidade de o indivíduo ter a doença dado que o teste foi
positivo. Ou seja, é calculado por: VPP = 76/80 = 95%
O valor preditivo negativo (VPN) é a
probabilidade de o indivíduo não ter a doença dado que o teste foi negativo. Ou seja, é
calculado por: VPN = 63/70 = 90%
Resposta: letra B.
Video comentário: 267354
109 - 2021 UFSC
»A equação da curva normal de Gauss (ou curva Gaussiana), que é uma curva matemática
teórica, baseia-se em dois parâmetros: a média e o desvio-padrão que são os elementos
que definem uma determinada população em relação a uma característica qualquer,
estudada e medida em integrantes dessa população. Na verdade, porém, em Estatística,
quando se usa o termo população, esta se refere mais ao conjunto de valores numéricos
que serviram para estudar essa característica, do que propriamente ao conjunto de
indivíduos nos quais ela foi investigada e medida. Como na maior parte das vezes é
impossível estudar toda a população, essa avaliação se faz a partir de um número
reduzido de elementos a ela pertencentes, e é a esses pequenos subconjuntos do universo
populacional que se dá o nome de amostras.
Letra A: Incorreta. A confecção de uma curva
de distribuição normal se baseia exatamente em estatística.
Letra B: Incorreta. A ideia não
é predizer o resultado de intervenções clínicas, mas sim os resultados de alguma variável
numérica na população, como variáveis antropométricas, demográficas e clínicas,
incluindo parâmetros sorológiocos.
Letra C: CORRETA
Letra D: Incorreta. Não… Os
pacientes em situações extremas encontram-se à esquerda e à direita de –1 e +1 desvio-
padrão da média, respectivamente.
Letra E: Incorreta. Como se comportam não. A idéia é
avaliar os valores de alguma determinada característica com distribuição normal na
população.
Resposta: letra C.
»A banca divulga uma tabela que representa um estudo de caso-controle. Lembre-se que o
cálculo do odds ratio (razão de produtos cruzados ou razão de chances) é calculada da
forma que foi descrita no enunciado: OR = A x D/B x C, por isso a resposta está na letra A.
Resposta: letra A.
Video comentário: 257880
111 - 2021 UFSC
»Os estudos que mais estão suscetíveis ao viés de memória são os estudos retrospectivos
(caso-controle e coorte retrospectiva ou histórica ou não-concorrente) em que os
participantes precisam lembrar de possíveis exposições ou desfechos no passado. Como
sabemos o maior problema disso é o paciente não se lembrar de determinado
acontecimento… Daí o nome: VIÉS DE MEMÓRIA.
Lembre-se que este viés é ainda maior
em grupos de não-doentes (controles nos estudos de caso-controle ou que não
desenvolveram a doença nos estudos de coorte retrospectiva).
Resposta: letra D.
Video comentário: 257881
113 - 2021 HCPA
»Questão sobre conceitos de epidemiologia usados na prática clínica. Vamos analisar cada
alternativa:
A – Correta: essa é justamente a proposta de um teste diagnóstico
B –Correta:
segundo a maior parte das referências bibliográficas sobre o assunto, sensibilidade e
especificidade são características inerentes ao método, e independem da prevalência na
população testada.
C – Correta: Valor preditivo de fato avalia a probabilidade pós-teste de
um exame, seja ele positivo (proporção de verdadeiros positivos entre os testes com
resultado positivo) ou negativo (proporção de verdadeiros negativos entre todos os testes
com resultado negativo).
D – Incorreta: conforme o exposto na alternativa B,
especificidade e sensibilidade para uma determinada doença são características inerentes
ao método e não variam de acordo com a probabilidade prevalência da doença, diferente
dos valores preditivos.
Contudo, mesmo após solicitação de recurso, a banca manteve
como gabarito a alternativa B, baseando-se em um trecho do Harrison 20ª edição, Capítulo
3 (Decision-Making in Clinical Medicine): “Finally, many texts assert that sensitivity and
specificity are prevalence-independent parameters of test accuracy. This statistically useful
assumption, however, is clinically simplistic. A treadmill exercise test, for example, has a
sensitivity of ~30% in a population of patients with 1-vessel CAD, whereas its sensitivity in
patients with severe 3-vessel CAD approaches 80%. Thus, the best estimate of sensitivity to
use in a particular decision may vary, depending on the severity of disease in the local
population. A hospitalized, symptomatic, or referral population typically has a higher
prevalence of disease and, in particular, a higher prevalence of more advanced disease
than does an outpatient population. Consequently, test sensitivity will likely be higher in
hospitalized patients, and test specificity higher in outpatients.”
Trata-se de uma referência
bibliográfica que vai contra a noção predominante na literatura. A questão mereceria ter
sido anulada.
Video comentário: 257882
114 - 2021 UFSC
»Devemos, antes de iniciar as 4 fases de um Ensaio Clínico, lembrar que, para se estudar
clinicamente um medicamento, ele já deverá ter sido aprovado em testes pré-clínicos, ou
seja, aspectos de segurança são avaliados em animais de experimentação antes da
aplicação dessa droga em seres humanos. Após “passarem” nessa fase as intervenções são
testadas nas 4 fases do Ensaio.
Fase I: refere-se ao uso do medicamento pela primeira vez
em um ser humano, geralmente um indivíduo saudável e que não tem a doença para a
qual o medicamento está sendo estudado. Nesta fase serão avaliadas diferentes vias de
administração e diferentes doses, realizando-se testes iniciais de segurança e de interação
com outras drogas ou álcool. Cerca de 20 a 100 indivíduos participam dessa fase. (letra A -
INCORRETA)
Fase II: cerca de 100 a 300 indivíduos que têm a doença ou condição para a
qual o procedimento está sendo estudado participam desta fase, que tem como objetivo
obter mais dados de segurança (segurança de curto prazo) e começar a avaliar a eficácia
do novo medicamento ou procedimento. Os testes de fase II, geralmente diferentes
dosagens assim como diferentes indicações do novo medicamento também são avaliadas
nesta fase. (letra B - INCORRETA)
Fase III: depois de concluído o estudo piloto, grandes
estudos multicêntricos acompanham milhares de pacientes, 5 a 10 mil, em geral,
dependendo da patologia em questão com a doença em questão, por um período maior
de tempo, geralmente sendo comparados a outros tratamentos existentes e
recomendados para o mesmo problema. Durante esta fase se espera obter maiores
informações sobre segurança, eficácia e interação de drogas. Ao participar de uma
pesquisa em fase III, o voluntário poderá receber ou o novo tratamento ou o tratamento
habitual (ou placebo). (letra C - CORRETA)
Fase IV: após um medicamento ou procedimento
diagnóstico ou terapêutico ser aprovado e levado ao mercado, testes de acompanhamento
de seu uso são elaborados e implementados em milhares de pessoas, possibilitando o
conhecimento de detalhes adicionais sobre a segurança e a eficácia do produto. Um dos
objetivos importantes dos estudos fase IV é detectar e definir efeitos colaterais
previamente desconhecidos ou incompletamente qualificados, assim como os fatores de
risco relacionados. Esta fase é conhecida como Farmacovigilância e avalia a eficiência.
(letra D - INCORRETA)
Voltando a questão, vemos que estamos em fase III já que temos
6.564 pacientes submetidos a revascularização periférica cirúrgica ou endovascular que
receberam ou a nova droga ou um placebo.
Resposta: letra C.
Video comentário: 257884
117 - 2021 UFSC
»Essa questão é sobre testes estatísticos. Em estudos epidemiológicos, o objetivo final será,
na maior parte das vezes, o de identificar a presença (ou não) de associações entre as
variáveis de interesse (de exposição e desfecho). Para verificar essas associações em
Estatística, existem diversos testes, cuja aplicação irá depender do tipo de variável que se
está avaliando.
Com base nas informações do enunciado, o teste mais comumente usado
em estudos deste tipo (ensaios clínicos randomizados, com dois grupos independentes), é
o teste t.
O teste t de Student baseia-se na distribuição t de Student e é usado quando se
quer verificar a associação entre uma variável numérica (quantitativa) e outra categórica,
esta última frequentemente dicotômica (ou binária). Por exemplo, quando se quer
comparar a média de PA (variável numérica) em indivíduos diabéticos e não-diabéticos
(variável categórica dicotômica).
A letra B não poderia ser a resposta porque o teste de
Wilcoxon é um tipo de teste de hipóteses utilizado quando as amostras são pareadas (ou
dependentes) e o enunciado diz que são dois grupos de pacientes (ou amostras)
independentes.
Letra C: INCORRETA. Utiliza dois grupos independentes (não pareados)
para associar uma variável qualitativa com uma quantitativa! Mas aqui há um problema…
Este teste não é tão “poderoso” quanto o teste T, pois só é usado quando o teste T não
pode ser feito. Isso acontece em grupos pequenos e/ou em que a variável quantitativa
apresenta valores muito discrepantes. Ou seja, não tem variação normal.
Letra D:
INCORRETA. O “p” valor representa uma estimativa do erro decorrente do acaso e não tem
nada a ver aqui.
Resposta: letra A.
Video comentário: 259506
»Perceba que a questão já fornece a incidência do desfecho (no caso, a morte) nos dois
grupos: expostos (rastreados) e não expostos (não rastreados).
Dito isso, vamos analisar as
opções:
1. O cálculo do risco relativo é realizado dividindo o risco em expostos (0,4%) pelo
risco em não-expostos (0,5%) à intervenção. 0,4/0,5 = 0,8 ou 80%.
Ou seja, o rastreamento
é um fator de proteção. Mas qual foi o RRR? Basta calcularmos 1 - RR = 100% - 80% = 20%.
CORRETA
2. A Redução Absoluta do Risco é calculada subtraindo o risco dos não-expostos
(controle) do risco em expostos (grupo da intervenção). 0,5%-0,4% = 0,1%. CORRETA
3. O
NNT, ou, no caso, o NNR é um valor derivado do cálculo do RAR. Lembre-se que o cálculo é
NNT = 1/RAR = 1/0,001 = 1.000. Assim, é necessário rastrear 1.000 para evitar um desfecho
negativo.
Resposta: letra E.
Video comentário: 258408
121 - 2021 SES - PE
»O autor da questão deseja saber sobre conceitos de validação dos testes diagnósticos em
medicina preventiva. Esse enunciado diz sobre ponto de corte, relacionando sensibilidade
e especificidade. Sendo com 03 semanas ou mais de tosse igual a tuberculose, abaixo
disso não tuberculose. Se reduzir para 02 semanas, muitas pessoas sem tuberculose vão
ser enquadradas como doentes positivos. O ponto de corte fica tão baixo, que quando cair
no negativo, tem-se a certeza de ser negativo mesmo, isso aumenta a confiabilidade
negativa do teste. Logo, aumento sensibilidade do teste. Porém, com essa estratégia,
aumenta os casos de positivos e consequentemente falsos positivos, portanto, reduzo a
especificidade. I: incorreto. II: incorreto. III: correto. IV: correto.
Letra A: incorreta. Letra B:
incorreta. Letra C: incorreta. Letra D: correta. Letra E: incorreta.
Resposta: Letra E.
Video comentário: 277964
»Neste tipo de questão sempre pense assim: se o ponto de corte está mudando para que
possamos confiar mais no teste positivo, ou seja, querendo “pegar” mais os doentes e
diagnosticar melhor o agravo, estou elevando a ESPECIFICIDADE!
Em contrapartida, se o
ponto de corte está mudando para que possamos confiar mais no teste negativo, ou seja,
querendo “pegar” mais os não-doentes, afastando-se o diagnóstico melhor, estou
elevando a SENSIBILIDADE.
Voltando a questão… quando se coloca o ponto de corte tão
alto (130) se tem a certeza que os testes positivos certamente serão verdadeiros positivos.
Logo, confia-se mais no resultado positivo e eleva-se a ESPECIFICIDADE.
De modo
contrário, quando eu abaixo o ponto de corte (para 90) se tem certeza que os testes
negativos estão corretos. Logo, confia-se mais no resultado negativo e eleva-se a
SENSIBILIDADE.
Resposta: letra A.
Video comentário: 258413
125 - 2021 SES - PE
»Vamos analisar cada uma das opções sobre as fases do Ensaio Clínico.
Fase I – é a fase de
avaliar a segurança, tolerabilidade e farmacocinética da droga em teste e não a eficácia.
Inclui um pequeno número de pacientes sem a doença e sem grupo-controle. (Item II -
CORRETO)
Fase II – é a fase inicial da investigação clínica do efeito do tratamento. O
objetivo é estabelecer tanto a segurança a curto prazo quanto a dose-resposta e a eficácia
do produto. (Item III - CORRETO)
Fase III – avaliação em larga escala do tratamento após a
droga ter sido demonstrada como razoavelmente segura e eficaz. Nessa fase o estudo é
randomizado e o objetivo principal é determinar a relação risco/benefício (eficiência) a
curto e longo prazo e o valor terapêutico do produto. (Item IV - CORRETO)
Fase IV – é a
fase de vigilância pós-comercialização. Mesmo após um medicamento ter sido aprovado
para comercialização, ainda se mantém a vigilância para efeitos adversos e estudos
adicionais, a respeito da morbidade e mortalidade. (Item V - CORRETO)
Resposta: letra C.
Item I: A fase mencionada é a fase pré-clínica que se inicia antes do ensaio clínico.
Video comentário: 277967
»Temos aqui um forest-plot, que corresponde ao gráfico de uma metanálise. Note que o
gráfico é dividido em pacientes com ventilação mecânica invasiva, que utilizam somente
oxigênio, que não recebem oxigênio e em todos os grupos.
Dito isso, note que o
enunciado nos pede a redução do risco relativo.
Letra A: INCORRETA. Risco relativo de
quem não recebeu oxigênio: 1,19. Logo, não houve redução e sim incremento de risco.
Letra B: INCORRETA. Risco relativo de quem só recebeu oxigênio: 0,82. RRR = 1 - RR = 0,18 =
18%.
Letra C: CORRETA. Risco relativo de quem teve ventilação mecânica invasiva: 0,64.
RRR = 1 - RR = 0,36 = 36%.
Letra D: INCORRETA. Risco relativo de todos os grupos: 0,83.
RRR = 1 - RR = 0,17 = 17%.
Resposta: letra C.
Video comentário: 270396
»Para analisar fatores de risco que geram doenças após um tempo, é ideal que o estudo
seja observacional e longitudinal (letras C, D e E incorretas). Para os fatores de risco raros é
preferível que o estudo parta da presença ou ausência deles (letra B correta). A análise
partindo do desfecho não é indicada porque será mais difícil encontrar entre os
participantes aqueles que sofreram a exposição do fator de risco raro (letra A incorreta).
Resposta: letra B.
Portanto, não esqueça:
Melhor estudo para doenças raras → Caso-
controle.
Melhor estudo para fatores de risco raros → Coorte.
Video comentário: 277968
128 - 2021 HUOL
»Temos uma pessoa, durante a pandemia de COVID-19, que chega à UBS com história de
coriza, dor na garganta, febrícula, mialgia e cansaço. Ou seja, altíssima probabilidade pré-
teste de COVID-19. Em outras palavras, se pegarmos 1.000 pessoas exatamente com esses
sintomas, a prevalência de COVID-19 certamente será alta, correto?
Então agora você
entendeu por que probabilidade pré-teste e prevalência apresentam a mesma idéia.
Ok,
dito isso, vamos avaliar as opções.
Letra A: INCORRETA
Letra B: INCORRETA. A prevalência
de COVID-19 na população daquela área é igual a probabilidade pré-teste da doença na
população daquela área que, neste caso, certamente está bem mais baixa do que no
“nosso” paciente que tem sintomas! Então o certo era dizer que a probabilidade pré-teste
deste paciente ter COVID-19 é maior que a probabilidade pré-teste (ou prevalência) de se
encontrar a doença na população geral daquela área da Saúde da Família.
Resposta: letra
D.
Video comentário: 258416
130 - 2021 SES - PE
»Lembre-se que todo o estudo epidemiológico pode ter dois diferentes erros:
1º Erro
sistemático: Erro decorrente de problemas na elaboração do estudo.
2º Erro aleatório:
Erro decorrente do acaso e que vai sempre ocorrer independente das mudanças
realizadas no estudo. E exatamente para calcular o valor matemático do acaso surgiu o
valor de “p” que pode atingir, no máximo, 0,05 para que haja significância estatística.
O
erro aleatório pode ser caracterizado pela variação na medida de efeito, devido ao erro de
amostragem. O erro aleatório reflete a precisão do estudo. Por outro lado, o erro
sistemático expressa a diferença entre a medida real de efeito e aquela obtida no estudo.
Pode ser devido а existência de vieses e de fatores de confusão. Os dois grandes tipos de
vieses incluem o viés de seleção e o viés de informação. O erro aleatório nunca pode ser
completamente eliminado porque quase sempre o estudo é conduzido em uma pequena
amostra da população. O erro de amostragem decorre, geralmente, da falta de
representatividade da amostra, que não contempla toda a variabilidade da população. A
melhor forma de reduzir o erro de amostragem é aumentar o tamanho amostral. A
variação individual sempre ocorre e nenhuma medida é perfeitamente precisa.
Desse
modo, melhor opção: letra E.
Video comentário: 258418
»Cuidado com este conceito! O estudo de coorte sempre parte do fator de risco para o
desfecho, mas nem sempre é prospectivo, ou seja nem sempre parte do presente para o
futuro. Existe também a coorte histórica, ou RETROSPECTIVA ou não concorrente, que
embora possua o mesmo desenho (divide os grupos pela exposição e segue até o
desfecho) é realizada com dados ja coletados no passado (exposição e desfechos que ja
aconteceram), acompanhando os indivíduos até o presente.
Já o estudo caso-controle, por
definição, sempre utiliza dados de exposição passados, por isso é sempre retrospectivo.
Resposta: letra B.
Video comentário: 261311
»Para que um estudo seja VÁLIDO, é necessário que suas medidas tenham boa acurácia, e
portanto que sua conclusão represente a VERDADE para aquela população. Para isso, deve
haver poucos erros sistemáticos, ou viéses, nas medidas realizadas.
Para que um estudo
seja CONFIÁVEL, é importante que a precisão das medidas seja constante, e portanto que
haja pouca incidência de erro aleatório. Com esse intuito, devemos atentar para o
tamanho da amostra utilizada, e para a existência de significância estatística. Uma das
formas de garantir significância estatística é pelo cálculo do valor P < 0,05, que representa
o valor matemático do acaso.
Resposta: letra A.
Video comentário: 261312
137 - 2021 SES - DF
»Vamos aproveitar essa questão para relembrar dos 4 princípios bioéticos fundamentais:
AUTONOMIA, BENEFICÊNCIA, NÃO-MALEFICÊNCIA e JUSTIÇA.
Falando especificamente da
beneficência, este refere-se à obrigação ética de maximizar o benefício e minimizar o
prejuízo. O profissional deve ter a maior convicção e informação técnica possíveis que
assegurem ser o ato médico benéfico ao paciente (ação que faz o bem).
Como o princípio
da beneficência proíbe infligir dano deliberado, esse fato é destacado pelo princípio da
não-maleficência. Esse, estabelece que a ação do médico sempre deve causar o menor
prejuízo ou agravos à saúde do paciente (ação que não faz o mal). É universalmente
consagrado através do aforismo hipocrático primum non nocere (primeiro não prejudicar),
cuja finalidade é reduzir os efeitos adversos ou indesejáveis das ações diagnósticas e
terapêuticas no ser humano.
Voltando a questão, é notável que os dois princípios devem
nortear qualquer atendimento.
Resposta: letra B.
Video comentário: 261323
»Vamos construir uma tabela 2x2 para a melhor compreensão desta questão.
O padrão-
ouro que está sendo considerado é o teste RT-PCR e o teste que está sendo avaliado é o
teste rápido.
O enunciado diz que, pelo teste padrão-ouro, houve 100 casos positivos
(“doentes”) e 400 casos negativos (“sadios”). Ele também diz que, entre os 100 positivos
pelo PCR, 80 foram positivos para o teste rápido. E que, entre os 400 casos negativos pelo
PCR, 300 foram negativos pelo teste rápido (vide tabela).
Assim, podemos perceber que a
sensibilidade, que é a proporção de resultados positivos para o teste entre os doentes é 80
/ 100 = 80%.
Ao analisarmos a tabela, vemos que os falsos positivos são aqueles que
foram positivos para o teste rápido, mas negativos para o padrão-ouro, ou seja, 100.
Resposta certa: letra C.
»Essa questão é complicada... O enunciado descreve um estudo tipo ensaio clínico em que
não houve randomização. Nenhuma alternativa está totalmente certa. Vamos analisar com
cuidado:
Letra A – errada. O problema nesta afirmativa está em dizer “não há risco de
confusão”. Como nesse estudo não houve randomização, muito provavelmente esse
estudo possui vários vieses de seleção, pois a randomização é um procedimento de
alocação aleatória dos indivíduos nos dois grupos (grupo que recebe o medicamento que
está sendo testado e grupo controle), que visa aumentar a comparabilidade desses
grupos, reduzindo a interveniência de outros fatores que possam confundir ou enviesar os
resultados.
Letra B – parcialmente certa. O fato de não ter havido a randomização nesse
estudo, não significa dizer que não se pode inferir a causalidade. O critério mais
importante de causalidade de Bradford Hill é a sequência temporal, portanto, estudos
longitudinais, em geral, possibilitam a avaliação da causalidade. Este estudo é um ensaio
clínico com dois grupos comparativos, portanto, é um desenho adequado para inferir
causalidade. O que é importante considerar nesse caso, pela ausência de randomização, é
que esse estudo está muito sujeito a vieses (erros sistemáticos).
Letra C – errada. A
justificativa para o desenho estar adequado não é baseada somente na existência e no
preenchimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Letra D – também
incorreta. São desenhos adequados e necessários para esta finalidade.
Letra E – não
necessariamente são necessárias revisões sistemáticas; os ensaios clínicos bem
conduzidos já cumprem esta tarefa.
Gabarito fornecido pela banca: resposta certa, letra
B.
Video comentário: 268838
»Este enunciado tem duas perguntas que devem ser respondidas separadamente. Vamos
relembrar os conceitos, para então realizar os cálculos:
Em primeiro lugar, relembrando a
definição de coeficiente de mortalidade infantil: trata-se do total de óbitos em menores de
1 ano (5), dividido pelo total de nascidos vivos (300). Lembrando que nesse caso contamos
apenas o grupo com menor renda familiar. 5/300 = 0,0166 ou 1,66% ou 16,6 por mil.
Agora, partimos para a definição de risco atribuível. Trata-se apenas da diferença de risco
entre os dois grupos (a diferença que pode ser atribuída apenas à diferença de renda).
Basta calcular o risco do grupo de baixa renda (5/300) e o risco do grupo de mais alta
renda (1/300). Depois, basta subtrair 5/300 - 1/300 = 4/300 = 0,0133 ou 1,33% ou 13,3 por
mil.
Resposta correta letra D
Video comentário: 271798
145 - 2021 SCMRP
»Vamos relembrar:
Um exame de rastreamento deve ter ótima sensibilidade e
especificidade, para que resulte em pequenas taxas de falso-positivo e para que dê
segurança de que a pessoa realmente não tem a doença quando o resultado for negativo.
A sensibilidade e a especificidade são propriedades inerentes a cada um dos testes
diagnósticos. Estes possuem uma sensibilidade (capacidade de detectar indivíduos com
aquela doença) e uma especificidade (capacidade de excluir o diagnóstico nos casos dos
não doentes) que nunca são simultaneamente 100%.
Ao selecionarmos um exame de
rastreamento, a característica mais importante é a sensibilidade, que deve ser muito alta,
a fim de termos uma baixa taxa de falso-negativos, já que a confirmação da doença e a
exclusão dos falso-positivos virão por meio do exame confirmatório, segundo passo na
cadeia de um programa de rastreamento que, necessariamente, precisa ser de alta
especificidade.
Portanto, o nosso gabarito é a letra D.
Video comentário: 265964
»Vamos relembrar:
O risco é a probabilidade de ocorrência de certo desfecho. O risco
relativo (RR) é uma medida estatística que expressa a proporção de incidência do agravo
(doença, causa de morte etc) entre os que apresentam o fator (ou fatores) de risco em
determinada população. É calculado por: incidência dos expostos/incidências dos não
expostos. A redução relativa do risco, também conhecida como eficácia, é calculada pela
seguinte fórmula: 1- RR.
Agora, vamos utilizar os dados do enunciado:
Risco relativo:
incidência dos expostos: (8/500)/(32/500) = 1/4 = 0,25 = 25%.
A redução relativa do risco é:
1-0,25 = 0,75 = 75%.
Portanto, o nosso gabarito é a letra D.
Video comentário: 265965
»Vamos relembrar:
Um exame de rastreamento deve ter ótima sensibilidade e
especificidade, para que resulte em pequenas taxas de falso-positivo e para que dê
segurança de que a pessoa realmente não tem a doença quando o resultado for negativo.
A sensibilidade e a especificidade são propriedades inerentes a cada um dos testes
diagnósticos. Estes possuem uma sensibilidade (capacidade de detectar indivíduos com
aquela doença) e uma especificidade (capacidade de excluir o diagnóstico nos casos dos
não doentes) que nunca são simultaneamente 100%.
Ao selecionarmos um exame de
rastreamento, a característica mais importante é a sensibilidade, que deve ser muito alta,
a fim de termos uma baixa taxa de falso-negativos, já que a confirmação da doença e a
exclusão dos falso-positivos virão por meio do exame confirmatório, segundo passo na
cadeia de um programa de rastreamento que, necessariamente, precisa ser de alta
especificidade.
Portanto, o nosso gabarito é a letra A.
Video comentário: 280991
»Se um pesquisador possui pouco tempo e pouca verba para realizar uma pesquisa a
característica fundamental do desenho do estudo é ser TRANSVERSAL (ou seja, analisar
fator de risco e desfecho no mesmo momento). Estudos longitudinais (coorte; caso-
controle e ensaio clínico) necessitam acompanhar os pacientes ao longo do tempo, o que
demanda tempo e também dinehrio.
Portanto, o estudo TRANSVERSAL (individuado,
transversal e observacional) é o melhor delineamento nesse caso e o nosso gabarito é a
letra A.
Video comentário: 280995
»Para resolver essa questão precisamos relembrar dois conceitos importantíssimos que são
cobrados todo ano nas provas de residência médica:
1) A sensibilidade e a especificidade
são características intrínsecas dos testes diagnósticos e não variam de acordo com a
prevalência da doença.
2) Os valores preditivos variam de acordo com a prevalência da
doença: quanto maior a prevalência da doença, maior é o valor preditivo positivo e menor
é o valor preditivo negativo. Ao contrário, quanto menor a prevalência da doença, menor é
o valor preditivo positivo e maior é o valor preditivo negativo.
Se temos duas amostras,
uma com valor preditivo positivo de 54% e outra de 86%, a diferença se encontra no fato
da prevalência da doença ser maior na segunda amostra (86%).
Portanto, o nosso gabarito
é a letra C.
Lembre-se: o valor preditivo positivo é a proporção de verdadeiros positivos
dentre todos os pacientes que tiveram o teste positivo. Ou seja, é lógico que em uma
amostra com mais doentes, teremos mais pacientes testando positivo.
Video comentário: 265971
»Vamos relembrar:
O Número necessário para tratar (NNT) representa o número de
pacientes que se precisa tratar para se prevenir um evento indesejado (ex: morte, recaída).
O NNT é calculado como o inverso da RAR. Se temos um NNT= 10, significa dizer que
previne-se um caso em cada dez pacientes tratados. Em outras palavras, é necessário
tratar 10 pessoas com o novo medicamento para que ocorra 1 cura adicional às que já
ocorriam com o tratamento antigo (dado que o efeito foi comparado ao tratamento
antigo).
Portanto, o nosso gabarito é a letra D.
Video comentário: 280996
162 - 2021 PMF
»Excelente questão e muito comum nos consultórios médicos nos dias de hoje: estamos
diante de uma jovem hígida, sem comorbidades ou fatores de risco (nega tabagismo e
IMC normal) com queixa de dor torácica em aperto associada à aumento da frequência
respiratória e sensação de mal-estar geral. Ou seja, provavelmente uma crise do
pânico/transtorno de ansiedade.
A paciente deseja realizar teste ergométrico por pensar
que pode estar infartando. Qual a conduta do médico ?
NÃO SOLICITAR O TESTE
ERGOMÉTRICO! E por quê?
A probabilidade pré teste (prevalência) de uma paciente com
essas características realmente estar infartando é muito baixa. Com isso, caso o teste
venha positivo, provavelmente será um falso positivo e caso o teste venha negativo,
provavalmente realmente a paciente não está infartando.
Lembre-se que quanto menor
for a probabilidade pré teste (prevalência), menor é o valor preditivo positivo e maior é o
valor preditivo negativo.
Portanto, não há necessidade, devido ao baixo valor preditivo
positivo do exame para essa paciente.
Gabarito letra D.
Por fim, vamos relembrar dois
conceitos:
Valor preditivo positivo: é a proporção de testes verdadeiros positivos dentre
todos os testes que deram positivos.
Os valores preditivos variam de acordo com a
prevalência da doença. A sensibilidade e a especificidade não!
Video comentário: 259955
»Temos aqui uma tabela que compara a média de escores de qualidade de vida por idade
em 4 domínios: físico, psicológico, social e ambiental.
Letra A: Incorreta, pois a a diferença
se expressa também no escore QV global. Além disso, não há diferença significante nos
escores de qualidade de vida entre as idades para o domínio social, pois o “p” deste
domínio é maior que 0,05… Logo, não há significância estatística devido ao elevado erro
aleatório.
Letra B: Incorreta, pois não há diferença significante nos escores de qualidade
de vida entre as idades para o domínio social.
Letra C: INCORRETA
Letra D: CORRETA
Resposta: letra D.
Video comentário: 268614
166 - 2021 PMF
»Perceba que o estudo feito analisou a história clínica de 240 pacientes com diagnóstico de
meningite bacteriana aguda. Vamos relembrar: um relato de caso é uma descrição
detalhada de um ou alguns casos clínicos, geralmente de um evento clínico raro ou uma
nova intervenção. A série de casos é um estudo com maior número de participantes (mais
de 10) e pode ser retrospectivo ou prospectivo.
E foi exatamente esse o delineamento do
estudo do enunciado: revisão de um número grande de casos ou seja, uma série de casos.
Portanto, o nosso gabarito é a letra B. Vamos aproveitar para analisar o delineamento dos
outros estudos:
A) Incorreta. Individuado, longitudinal prospectivo e intervencionista.
C)
Incorreta. Individuado, longitudinal RETROSPECTIVO e observacional. Parte do desfecho
para analisar fator de risco no passado.
D) Incorreta. Individuado, longitudinal prospectivo
e observacional. Parte do fator de risco para analisar o desfecho.
Video comentário: 282715
»Questão que descreve no enunciado o conceito exato do NNT. Vamos rever o cálculo dessa
variável tão importante.Primeiramente, devemos calcular a diferença do risco de desfecho
entre o grupo exposto e o grupo não-exposto ao tratamento estudado. Esse valor é
também conhecido como Redução Absoluta do Risco (RAR) ou Risco Atribuível.O RAR nos
diz qual porcentagem do risco pode ser atribuído ao fator estudado. O resultado do
inverso desse valor (1/RAR), corresponde ao NNT, que responde a pergunta: "quantos
pacientes devem ser tratados para que, estatísticamente, evitemos o desfecho em um
paciente?"
Por exemplo, se o RAR = 5%, ou 5/100, o NNT é o inverso desse número (100/5 =
20). Um RAR de 5% significa que 20 pacientes devem receber a intervenção para que um
desfecho seja evitado.
Resposta: letra C
Video comentário: 261781
169 - 2021 HBP - RP
»Vamos analisar os conceitos citados nas alternativas e ver em qual deles se situa o
ocorrido com o estudo TIP:
A) Incorreta. O erro tipo I, ou erro alfa, consiste em uma
conclusão FALSO-POSITIVA. Exemplo: dizer que um novo tratamento é mais eficaz, quando
na verdade não o é.
B) Correta. O erro tipo II, ou erro beta, é o inverso do erro tipo I,
consistindo em uma conclusão FALSO-NEGATIVA. Exemplo: dizer que um novo
medicamento não resolveu, quando na verdade ele resolveu. Exatamente o que ocorreu
com o estudo TIP.
C) Incorreta. O viés de seleção ocorre quando a amostra da população
escolhida não é representativa da população exposta ao risco. São tipos de vieses de
seleção: viés de autosseleção, viés do trabalhador saudável, viés de Berkson, perda
seletiva de seguimento, viés de sobrevida seletiva, viés de detecção, viés de
temporalidade;
D) Incorreta. Um fator de confusão distorce uma associação real entre uma
exposição e um desfecho. Em outras palavras, o efeito real de uma exposição sobre um
desfecho pode estar aumentado ou diminuído devido à ação de outras variáveis (as
chamadas confundidoras). Por exemplo, um estudo transversal mostrou que a presença
de forno de micro-ondas no domicílio estava associada com maiores prevalências de
obesidade infantil. Porém, famílias com alta renda têm maior probabilidade de possuir
forno de micro-ondas, além de possuírem maior frequência de crianças obesas. De forma
que a alta renda familiar não fazia parte da cadeia causal que ligaria forno de micro-ondas
à obesidade. Portanto, a alta renda familiar pode confundir a associação entre forno de
micro-ondas e obesidade infantil.
Portanto, o nosso gabarito é a letra B.
Video comentário: 265975
»Vamos avaliar cada alternativa separadamente:A) O ano de 2003 foi o do início do estudo.
Nesse momento, segundo o enunciado, havia de 56 casos de epilepsia em um grupo de
3110 crianças. 56/3110 = 1,8% (INCORRETA)B) No início do estudo, havia 32 casos de
epilepsia no grupo de 1875 crianças com maior escolaridade. 32/1875 = 1,7%
(INCORRETA)C) A incidência é calculada pelo número de novos casos na população
exposta. Entre as crianças com mães de menor escolaridade, ja haviam 56 casos prévios de
epilepsia, ou seja, apenas 3054 (3110 - 56) eram expostos (suscetíveis a desenvolver
epilepsia). Portanto, a incidência foi de 22/3054. (INCORRETA)D) Utilizando apenas os
dados de casos novos, podemos ver que, entre os suscetíveis do grupo de menor
escolaridade, houve 22 novos casos. O risco de epilepsia corresponde à incidência de
epilepsia nesse grupo, ou seja, 22/3054 = 0,7%. Já entre os suscetíveis do grupo de maior
escolaridade (1875-32 = 1843), houve 13 novos casos. A incidência é portanto 13/1843 =
0,7%. Sendo assim, o risco relativo (risco nos expostos/risco nos não-expostos) é igual a
0,7%/0,7% = 1. (CORRETA)Resposta letra D
Video comentário: 261782
»Vamos relembrar:
A Média, Moda e a Mediana são medidas de tendências centrais em um
conjunto de dados numéricos utilizadas na estatística.
A média de um conjunto de dados
(elementos) é a razão entre a soma de todos os elementos deste conjunto e o total de
elementos. É uma medida muito influenciada pelos extremos, já que é uma média
aritmética de todos os valores encontrados e portanto, não é indicada para representar a
tendência central.
A Moda é o valor que aparece com mais frequência em um conjunto de
dados, ou seja, o valor que aparece um maior número de vezes. Também não é a mais
indicada por apenas ser o número que aparece mais frequentemente.
A Mediana é o valor
de centro de um conjunto de dados. É a medida que está no centro da amostra, dividindo
os valores 50% maiores dos 50% menores, sendo menos sensível a ação dos valores
extremos do que a média e portanto, a mais indicada para representar a tendência central.
Dito isso, vamos calcular as 3:
Moda: 4,3.
Média: (3,8 + 4,1 + 4,3 + 4,3 + 4,3 + 4,5 + 4,5 + 4,8
+ 5,0)/9 = 4,4.
Mediana: 4,3.
Ou seja, a moda e a mediana são iguais e o nosso gabarito é a
letra B.
Video comentário: 283817
173 - 2021 HIS
»Vamos relembrar a clássica definição do Número Necessário para Tratar, ou "NNT":O NNT
(número necessário para tratar) reflete quantos pacientes devem ser expostos ao fator
para que 1 paciente seja beneficiado. Ou seja, quanto maior for o NNT, menor é o
benefício, dado que muitos deverão se expor para que apenas 1 receba o benefício.
Em
relação ao exposto ao enunciado, a interpretação é que precisamos rastrear 219 pessoas
com tomografias computadorizadas de tórax para que 1 pessoa seja realmente
beneficiada.Portanto, o nosso gabarito é a letra E.
Video comentário: 259958
»Excelente questão sobre os critérios de Hill, que foram propostos com intuito de
caracterizar uma associação entre uma exposição e uma doença como CAUSAL. Vamos
rever os 9 critérios:
1. Força da associação: quanto mais forte uma associação, mais
provável que seja causal. A força da associação é medida, por exemplo, pelo risco relativo
ou pelo odds ratio.2. Consistência: a relação deve ser condizente com os achados de
outros estudos3. Especificidade: quanto mais específica a exposição, masior a chance de
causar a doença4. Temporalidade: a causa deve ser anterior à doença5. Gradiente
biológico (efeito dose-resposta): após uma variação de intensidade da exposição há
variação proporcional na doença?6. Plausibilidade biológica: A associação deve ter uma
explicação plausível, concordante com o nível atual de conhecimento do processo
patológico7. Coerência: os achados devem seguir o paradigma da ciência atual8.
Evidências experimentais: Mudanças na exposição mudam o padrão da doença9. Analogia:
a associação pode ser comparada com outra doença ou com outra exposição.Voltando ao
enunciado, podemos ver que, primeiramente, temos a informação de que existem estudos
epidemiológicos em várias partes do mundo que confirmaram a hipótese (critério de
CONSISTÊNCIA). Em segundo lugar, existe um odds ratio de um estudo específico, com
significância estatística, associando a infecção por H pylori e a úlcera gástrica (critério de
FORÇA DE ASSOCIAÇÃO). Em seguida, existe a informação de que fisiológicamente, há
uma explicação para a associação, relacionada ao efeito da bactéria na secreção ácida do
estômago (critério da PLAUSIBILIDADE BIOLÓGICA). A alternativa que reúne os 3 critérios
corretos é a letra B.
Resposta letra B
Video comentário: 261783
175 - 2021 PMF
»Vamos responder essa questão sem montar a nossa clássica tabela 2x2, somente
utilizando os dados do enunciado:
Total de pessoas com teste aplicado: 100 (a+b+c+d).
Sensibilidade: capacidade de detectar os verdadeiros positivos dentre todos os doentes =
0,9% = a/a+c.
Especificidade: capacidade de detectar os verdadeiros negativos dentre
todos os sadios. Se a especificidade é de 100%, não temos nenhum paciente falso positivo.
Ou seja, B = 0.
Atente ao fato de que a probabilidade de doença na verdade é a
prevalência, que são as pessoas que realmente estão doentes, ou seja, a+c.
Se temos 27
pessoas com o teste positivo, temos que a+b = 27, onde b = 0 e a = 27.
Agora ficou fácil:
a/a+c = 0,9 = 27/27+c = 0,9. Logo, c = 3.
Portanto, a prevalência é A+C = 27+3 = 30 pessoas =
30% e o nosso gabarito é a letra E.
Video comentário: 283818
177 - 2021 REVALIDA - USP SP
»Vamos analisar as assertivas de acordo com a classificação de Oxford Center for Evidence-
Based Medicine:
A) Correta. Revisão sistemática de ensaios clínicos controlados e
randomizados é grau de recomendação A, nível de evidência 1-A para tratamento,
prevenção ou etiologia.
B) Incorreta. Revisão sistemática de estudos de coorte é grau de
recomendação A, nível de evidência 1-A para prognóstico, diagnóstico
diferenciado/prevalência de sintomas e grau de recomendação B, nível de evidência 2-A
para tratamento, prevenção e etiologia.
C) Incorreta. Revisão sistemática de estudos de
caso-controle é grau de recomendação B, nível de evidência 3-A para tratamento,
prevenção e etiologia.
D) Incorreta. Relatos de casos é grau de recomendação C, nível de
evidência 4.
Portanto, o nosso gabarito é a letra A.
Video comentário: 268623
182 - 2021 PUC - SP
»Vamos relembrar:
O risco relativo é uma medida estatística que expressa a proporção de
incidência do agravo (doença, causa de morte etc) entre os que apresentam o fator (ou
fatores) de risco em determinada população. Constitui, portanto, uma medida da força da
associação entre o fator de risco e a ocorrência do agravo. É calculado por: incidência nos
expostos/incidência nos não expostos. utilizando os dados do enunciado temos que o
risco relativo é = (1/2000)/(4/2000) = 0,25.Portanto, o nosso gabarito é a letra B.
Video comentário: 268626
»Questão clássica que cai ano sim ano também. E, acreditem, a banca se equivocou, liberou
como gabarito a letra B e somente após recurso feito pela equipe MEDGRUPO alterou para
a letra A, gabarito correto. Vamos relembrar:
a probabilidade de obtermos uma média tão
ou mais extrema do que a média da amostra observada, dado que a hipótese nula é
verdadeira, é chamada de p-valor do teste, ou simplesmente, p. O p-valor É COMPARADO
AO NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA alfa PREDETERMINADO PARA DECIDIR SE A HIPÓTESE NULA
DEVE SER REJEITADA. SE P FOR MENOR OU IGUAL A alfa, REJEITAMOS A HIPÓTESE
NULA.Portanto, o resultado que apresenta significância estatística (ou estatisticamente
significativo) é aquele em que o valor de p é MENOR que alfa e o nosso gabarito é a letra
A.
»Analisando cada uma das letras segundo níveis de evidência temos que: revisão
sistemática > ensaio clínico > coorte prospectivo > guidelines (opinião de especialistas).
Resposta: letra B.
Video comentário: 285621
»Vamos relembrar os conceitos citados no enunciado e descobrir qual parâmetro deve ser
avaliado na população:
A) Incorreta. A eficácia é o grau no qual uma intervenção,
procedimento, regime ou serviço produz um efeito benéfico sob condições ideais. A
eficácia, em linhas gerais, é determinada pelos resultados de um estudo randomizado
controlado. A eficácia é expressa em porcentagem (%). A eficácia da vacina antissarampo é
de 95%, ou seja, 95% das crianças vacinadas têm proteção contra o sarampo, produzida
pela vacina.
B e D) Incorretas. A eficiência é o efeito ou resultado do esforço realizado,
expresso sob a forma de recursos e tempo. Refere-se mais como medida de economia,
obtenção de maiores resultados com menos dispêndios de recursos.
C) Correta. A
efetividade é o grau no qual uma intervenção, procedimento, regime ou serviço específico
executa o que foi previsto sob condições reais. A efetividade se expressa com relação à
eficácia. No caso da vacina contra o sarampo, a efetividade seria 95% de proteção
específica nas crianças realmente vacinadas conforme a técnica e as disposições técnicas.
Ou seja, o parâmetro que deve ser avaliado na população em relação a vacinação para
COVID é a EFETIVIDADE e portanto, o nosso gabarito é a letra C.
Video comentário: 287088
»Vamos relembrar:
Um exame de rastreamento deve ter ótima sensibilidade e
especificidade, para que resulte em pequenas taxas de falso-positivo e para que dê
segurança de que a pessoa realmente não tem a doença quando o resultado for negativo.
A sensibilidade e a especificidade são propriedades inerentes a cada um dos testes
diagnósticos. Estes possuem uma sensibilidade (capacidade de detectar indivíduos com
aquela doença) e uma especificidade (capacidade de excluir o diagnóstico nos casos dos
não doentes) que nunca são simultaneamente 100%.
Ao selecionarmos um exame de
rastreamento, a característica mais importante é a sensibilidade, que deve ser muito alta,
a fim de termos uma baixa taxa de falso-negativos, já que a confirmação da doença e a
exclusão dos falso-positivos virão por meio do exame confirmatório, segundo passo na
cadeia de um programa de rastreamento que, necessariamente, precisa ser de alta
especificidade.
Portanto, o nosso gabarito é a letra D.
Video comentário: 272896
»Excelente questão...
Se temos um grupo de mil pessoas e a prevalência da doença é de
0,5%, temos que ao final do rastreamento teremos 5 portadores da doença.
Agora a
questão deseja saber o número falsos positivos, ou seja, pessoas que não possuem a
doença mas o teste vem positivo.
E como calcular ? Perceba que o enunciado deu a
sensibilidade (100%) e a especificidade (80%). Vamos montar nossa clássica tabela 2x2:
Perceba que não sabemos o B (falso positivo) e o D (verdadeiro negativo) mas sabemos
que a especificidade é D/B+D e que B+D = 995. Portanto, D/995 = 0,8, ou seja, D = 796. Ora,
se B+D = 995 e D = 796, logo, B = 199
Portanto, temos 5 portadores da doença e 199 falsos
positivos e a nossa resposta é a letra B.
»Questão muito clássica aqui! A escolha e divisão aleatória dos sujeitos participantes de um
estudo entre grupos de intervenção, minimizando o viés de seleção é conseguida com a
RANDOMIZAÇÃO!
Resposta: letra C.
Video comentário: 280379
199 - 2021 CVV - FJ
»Lembre-se que os critérios de Bradford Hill servem para avaliar se há uma associação
causal ou não! Para isso, 9 critérios são citados:
Sequência Cronológica;
Força de
associação;
Relação dose-resposta;
Consistência de associação;
Plausibilidade da
associação;
analogia com outras situações;
especificidade da associação;
coerência e
evidência experimental.
Resposta: letra D.
Cuidado apenas com a letra C, pois lembre-se
que uma associação pode ser não causal.
Video comentário: 285623
»Clássica questão aqui! O gráfico que representa uma metanálise é o gráfico em floresta
(ou forest plot).
Resposta: letra B.
»Excelente questão que cobra um conceito clássico que cai ano sim ano também nos
concursos de residência médica. Vamos relembrar:
Os valores preditivos variam de acordo
com a prevalência da doença: quanto maior for a prevalência de uma doença maior será o
valor preditivo positivo e menor o valor preditivo negativo, pois se temos mais doentes,
maior é a probabilidade de um resultado positivo ser realmente verdadeiro.
Ou seja, no
caso de Carlos, se a prevalência de isquemia miocárdica é alta, o valor preditivo positivo
para os exames também é alto.
Portanto, o nosso gabarito é a letra A.
Vale lembrar que a
sensibilidade e a especificidade são características intrínsecas dos testes diagnósticos e
portanto não variam de acordo com a prevalência da doença.
Video comentário: 272900
209 - 2021 HMASP
»O Valor Preditivo Negativo (VPN) é a probabilidade de um indivíduo ser sadio ou NÃO TER
A DOENÇA dado que um teste deu NEGATIVO.
Sendo assim, a partir dos dados fornecidos
no enunciado (e descritos na tabela), o VPN será igual a:
VPN = 20 / 70 = 0,286
(arredondando e multiplicando por 100) = 29%.
Resposta certa: letra B.
»Estamos diante de uma paciente jovem sem comorbidades, não fumante e nem história
familiar de doença coronariana.
Considerando que a prevalência de isquemia coronariana
para essa faixa etária e perfil é extremamente baixa, não devemos solicitar o teste de
esteira pois se vier positivo, a probabilidade de ser um falso positivo é grande e um teste
de esforço positivo levará a paciente à realização de um outro exame mais invasivo como o
cateterismo com chance de 1% de ir à óbito.
Assim, não solicitar o teste, dado seu baixo
valor preditivo positivo, é uma medida de prevenção quaternária importante pois evita
iatrogenias.
Exatamente como descrito na letra D, nosso gabarito.
Video comentário: 272901
211 - 2021 HMASP
»Questão conceitual:
A Redução Absoluta de Risco (RAR) representa a redução, em termos
absolutos, do risco no grupo que sofreu a intervenção de interesse, em relação ao grupo
controle (placebo). É calculada pela seguinte fórmula: RAR = [R(c) – R(t)] x 100, onde R(c) é o
grupo controle e R(t) é o grupo tratado.
Utilizando os dados do enunciado temos que a
RAR é: 33%-9%=24%.
Portanto, o nosso gabarito é a letra C.
Video comentário: 272902
»Vamos relembrar:
O Número necessário para tratar (NNT) representa o número de
pacientes que se precisa tratar para se prevenir um evento indesejado (ex: morte, recaída).
O NNT é calculado como o inverso da RAR. Se temos um NNT= 4, significa dizer que
previne-se um caso em cada quatro pacientes tratados. Em outras palavras, usando os
dados do enunciado, a clorpromazina tem o poder real de evitar sintomas psicóticos em 1
de cada 4 pacientes tratados.
Portanto, o nosso gabarito é a letra B.
Video comentário: 272903
215 - 2021 UAM
»Vamos pensar com calma aqui… Lembre-se que, quando vamos realizar um estudo
epidemiológico qualquer, no qual queremos avaliar se há uma relação de causa-efeito;
devemos sempre partir do pressuposto que NÃO HÁ RELAÇÃO ALGUMA e que o nosso
objetivo final é afastar isso e provar que há relação! O nome que damos a essa “ausência
de relação de causa-efeito” é HIPÓTESE NULA.
Assim, quando realizamos o estudo
podemos ter 2 erros:
Erro tipo 1 (alfa): Aqui afastamos a hipótese nula e demonstramos
que há uma relação de causa-efeito. Entretanto, erramos nisso… Pois na verdade não há
essa relação. Ou, usando outro exemplo, em um estudo de duas intervenções diferentes
eu encontro uma diferença final, mas na realidade não há diferença alguma. Logo, é uma
conclusão falso-positiva.
Erro tipo 2 (beta): Aqui confirmamos a hipótese nula e
demonstramos que não há uma relação de causa-efeito. Entretanto, erramos nisso… Pois
na verdade há essa relação e a hipótese nula deveria ter sido afastada e não foi. Logo, é
uma conclusão falso-negativa.
Voltando a questão… perceba que a conclusão foi: não há
diferença entre duas intervenções! Mas na verdade não há diferença mesmo… Logo, não
há erro!
O enunciado correto deveria ser: “Um estudo randomizado que compara a
eficácia de duas intervenções cirúrgicas mostrou uma diferença entre as duas. Na
realidade, as duas intervenções não são diferentes.”
Como a banca não liberou gabarito
pós-recurso não sabemos se o mesmo foi aceito.
De todo o modo… gabarito inicial: letra
B.
Gabarito medgrupo: questão sem resposta.
Video comentário: 287099
»Vamos relembrar:
Para estudarmos doenças com baixa prevalência, ou seja, doenças
raras, é melhor "termos a doença na mão". Ou seja, devemos escolher um estudo que
parte da doença para analisar os fatores de risco no passado (antes do surgimento da
doença). Esse é o clássico estudo do tipo CASO-CONTROLE, um estudo do tipo individuado,
observacional e longitudinal RETROSPECTIVO. Parte da doença para analisar os fatores de
risco no passado.
Lembre-se que o estudo do tipo coorte parte dos fatores de risco e
acompanham os pacientes ao longo do tempo para "ver" o aparecimento da doença. Se a
doença for rara (baixa prevalência) pode ser que sigamos os pacientes ao longo da vida
toda e a doença nunca se desenvolva nesses pacientes.
O estudo ecológico é um estudo
do tipo agregado, observacional e transversal e não permite dizer a nível individual o
resultado do estudo dado que é ele analisa um agregado de indivíduos.
Portanto, o nosso
gabarito é a letra B.
Video comentário: 265343
223 - 2021 HMASP
»Vamos relembrar:
Segundo a Lei 8.080 que rege o Sistema Único de Saúde (SUS), temos 3
princípios éticos/doutrinários:
Universalidade (acesso a todo e qualquer cidadão),
equidade e o conceito de INTEGRALIDADE DE ASSISTÊNCIA, entendida como conjunto
articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos,
exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema. Ou seja, o direito
dos pacientes deve ser garantido em TODOS OS NÍVEIS DE ATENDIMENTO, inclusive nos
paliativos.
Portanto, a única assertiva correta é a letra C.
Video comentário: 272909
225 - 2021 ABC
»Vamos tirar de uma vez por todas as dúvidas sobre esses dois conceitos importantíssimos
para as provas de residência médica!
A sensibilidade e especificidade são características de
um determinado teste, que independem da população testada. Esses valores são
determinados estatisticamente na criação do teste, e mudanças só ocorrem se houver
também mudança na técnica do teste em si.
Por definição, a sensibilidade é a capacidade
do teste de identificar corretamente os indivíduos doentes, ou seja, de atribuir aos
doentes um resultado positivo. (A INCORRETA). Sendo assim, quando a sensibilidade é alta,
existe razoável certeza de que os doentes estão entre os positivos, e portanto os
resultados negativos realmente devem ser verdadeiros negativos. Por isso, um exame
sensível é útil para excluir a presença de uma doença, principalmente na forma de um
exame de triagem. (E CORRETA)
Já a especificidade representa a capacidade do teste de
identificar corretamente os indivíduos saudáveis, ou seja, de atribuir aos não-doentes um
resultado negativo. Dessa forma, com alta especificidade existe maior certeza de que os
não doentes estarão entre os negativos, aumentando o valor dos resultados positivos. Isso
significa que exames específicos são exames confirmatórios. (B INCORRETA, C e D
CORRETAS)
Ora, podemos perceber que há várias respostas corretas! Mesmo assim,
apesar dos pedidos de recurso realizados pela equipe MEDGRUPO, a banca incrivelmente
optou por manter o gabarito oficial.
Resposta letra C
Video comentário: 262056
227 - 2021 SCMV
»As avaliações de impacto das ações de saúde são usualmente classificadas em três
categorias: eficácia, efetividade e eficiência. Vamos relembrar os conceitos:
Eficácia: quando uma intervenção específica funciona em condições ideias.
Efetividade: quando uma intervenção específica funciona em condições habituais.
Eficiência: quando uma intervenção específica funciona em condições habituais, mesmo
levando em consideração os custos e os riscos.
Ou seja, exatamente como descrito na letra
C, nosso gabarito.
Video comentário: 262058
229 - 2021 SCMV
»O enunciado fornece uma tabela com os resultados mensais de perda de peso, com
cálculos de média, mediana e desvio-padrão para dois pacientes: João e Gustavo.
O
paciente que teve a MAIOR REGULARIDADE na perda de peso deveria ser contemplado
com a cirurgia bariátrica.
Maior regularidade diz respeito à MENOR VARIABILIDADE nos
resultados alcançados. Ou seja, nas opções de medidas estatísticas fornecidas, devemos
buscar aquela cuja interpretação está relacionada ao conceito de variabilidade ou
dispersão.
Sabemos que média aritmética e mediana não fornecem informações sobre a
regularidade. São medidas de tendência central. A média é um somatório dos valores,
dividido pelo número de observações e a mediana é aquele valor que divide a amostra em
duas partes iguais.
Para avaliarmos a regularidade, temos que olhar para uma medida de
DISPERSÃO dos valores; neste caso, o DESVIO-PADRÃO. Ele, sim, mede o grau de
variabilidade na perda de peso.
Portanto, vamos analisar as alternativas:
Letra A –
errada. Não faz sentido: mediana não mede variação e quem teve MENOR VARIAÇÃO foi
João, e não Gustavo (pois seu desvio-padrão foi MENOR).
Letra B – errada. Essa
alternativa poderia induzir ao erro, mas o fato de a média e a mediana serem iguais não é
o melhor indicador da regularidade da perda de peso. O indicador estatístico mais
adequado para medir essa regularidade, a dispersão dos dados, é o desvio-padrão.
Letra
C – incorreta. João teve maior regularidade ao longo de todo o período de avaliação.
Letra
D – correta. João foi o que apresentou maior regularidade e isso foi demonstrado pelo seu
menor valor de desvio-
Resposta certa: letra D.
Video comentário: 283503
»Vamos recordar:
Variável é a característica de interesse que é medida em cada elemento
da amostra ou população. Como o nome diz, seus valores variam de elemento para
elemento. As variáveis podem ter valores numéricos ou não numéricos.
Variáveis podem
ser classificadas da seguinte forma:
1) Variáveis Quantitativas: Variáveis discretas
e Variáveis contínuas.
2) Variáveis Qualitativas (ou categóricas): Variáveis nominais
e Variáveis ordinais.
Ou seja, as variáveis qualitativas podem ser nominais ou ordinais e o
nosso gabarito é a letra D.
Video comentário: 283504
231 - 2021 FMJ
»Vamos relembrar:
Variável é a característica de interesse que é medida em cada elemento
da amostra ou população. Como o nome diz, seus valores variam de elemento para
elemento. As variáveis podem ter valores numéricos ou não numéricos.
As variáveis são
classificadas em:
1) Variáveis Quantitativas: são as características que podem ser medidas
em uma escala quantitativa, ou seja, apresentam valores numéricos que fazem sentido.
Podem ser contínuas ou discretas.
1a) Variáveis discretas: características mensuráveis que
podem assumir apenas um número finito ou infinito contável de valores e, assim, somente
fazem sentido valores inteiros. Geralmente são o resultado de contagens. Exemplos:
número de filhos, número de bactérias por litro de leite, número de cigarros fumados por
dia.
1b) Variáveis contínuas, características mensuráveis que assumem valores em uma
escala contínua (na reta real), para as quais valores fracionais fazem sentido. Usualmente
devem ser medidas através de algum instrumento. Exemplos: peso (balança), altura
(régua), tempo (relógio), pressão arterial, idade.
2) Variáveis Qualitativas (ou categóricas):
são as características que não possuem valores quantitativos, mas, ao contrário, são
definidas por várias categorias, ou seja, representam uma classificação dos indivíduos.
Podem ser nominais ou ordinais.
2a) Variáveis nominais: não existe ordenação dentre as
categorias. Exemplos: sexo, cor dos olhos, fumante/não fumante, doente/sadio.
2b)
Variáveis ordinais: existe uma ordenação entre as categorias. Exemplos: escolaridade (1o,
2o, 3o graus), estágio da doença (inicial, intermediário, terminal), mês de observação
(janeiro, fevereiro,..., dezembro).
Portanto, concluímos que peso, idade e altura são
variáveis CONTÍNUAS e o nosso gabarito é a letra C.
Video comentário: 262062
232 - 2021 FMJ
»Questão muito mal feita e preguiçosa retirada diretamente do livro texto "Epidemiologia e
Saúde", de Zélia Rouquayrol, que cobrou a definição da autora para "Epidemiologia Social".
Sem tentar decifrar o texto complexo, vamos definir de forma simplificada:A epidemiologia
social é proposta pela autora como uma nova epidemiologia, cuja visão se posiciona
contra a fatalidade do “natural” e do “tropical”, ou seja, contra o determinismo,
acreditando na sociedade como causa dos problemas (C e D INCORRETAS). Nessa nova
epidemiologia existe uma crítica permanente ao capitalismo por considerá-lo um
mecanismo de desigualdade e doença. Segundo a autora, a idéia da epidemiologia social é
composta por conceitos BÁSICOS de sociologia, economia, ciência política e antropologia
médica (B CORRETA, E INCORRETA). É considerada por isso um instrumento de
transformaçåo SOCIAL, e não individual (A INCORRETA)Resposta letra B
Video comentário: 262064
235 - 2021 FMJ
»Vamos relembrar:
A pesquisa científica deve ser imparcial. A falta de cuidado desse item
pode gerar a afirmações incorretas. O cegamento é um ponto, dentre outros necessários,
que se caracteriza por evitar erros de aferição de dados e consequentemente tendecias
indesejaveis. Pode-se classificar o cegamento nos estudos em mono-cego, duplo-cego e
triplo-cego. O mono-cego ocorre quando o observado OU observador não conhece a
intervenção nos grupos. No duplo-cego, o observado E o observador não conhecem a
intervenção nos grupos.
Nono triplo-cego o observado, o observador e o estatístico
(analista de dados) não conhecem a intervenção nos grupos.
Como o enunciado deseja
saber sobre o "duplo-cego", o nosso gabarito é a letra D.
Video comentário: 262069
»Vamos relembrar:
Acurácia é a probabilidade do teste fornecer resultados corretos, ou
seja, ser positivo nos doentes e negativo nos não doentes.
Dito isso, vamos analisar a
questão com base nos enunciados e montando nossa tabela 2x2:Total de testes:
200.Doentes: 100.Não doentes: 100.Resultados positivos: a+b = 75.Resultados negativos:
c+d = 125.Falso positivos: 25 (b).Verdadeiros positivos: 50 (a).Falso negativos: 50
(c).Verdadeiros negativos: 75 (d).A Acurácia é pode ser calculada pela seguinte fórmula:
a+d/a+b+c+d = 50+75/200 = 125/200 = 62,5%.Portanto, o nosso gabarito é a letra B.
Video comentário: 262070
»Questão conceitual:
O enunciado nos descreve de maneira holísticas os ESTUDOS
OBSERVACIONAIS em que não há intervenção.Os estudos de coorte e caso controle
também são observacionais. Contudo, não se limitam a descrever a ocorrência de uma
doença na população. (A e D Incorretas).
Os estudos experimentais randomizados são
estudos intervencionistas. (C incorreta)Portanto, o nosso gabarito é a letra B.
Video comentário: 283515
241 - 2021 FMJ
»A maneira mais fácil para resolver uma questão como essa é montar a nossa clássica
tabela 2x2:
Imagina uma população de 100 habitantes, onde a prevalência é de 40%. Ou
seja, existem 40 doentes. A+C = 40. Logo, 60 habitantes são saudáveis, ou seja: B+D = 60.A
sensibilidade é de 75%. Ou seja: A/A+C = 0,75.A/40 = 0,75. Logo, A= 30. E C = 10.A
especificidade é de 67%. Ou seja, D/B+D = 60.D/60 = 0,67. Logo, D = 40,2 e B = 19,8.O valor
preditivo positivo = a/a+b = 30/30+19,8 = 60%.O valor preditivo negativo = d/c+d =
40,2/10+40,2 = 40,2/50,2 = 80%.Portanto, o nosso gabarito é a letra A.
Video comentário: 262073
243 - 2021 CHN
»A bioética clínica surge com Andre Hellegers, relacionada às decisões éticas na prática
médica, e a partir da concepção principialista da bioética vem se expandindo em virtude
de outras alternativas de análise moral.
Letra A: CORRETA. Apesar dessa abrangência,
percebe-se que os conceitos ética clínica e bioética clínica se entrelaçam. No entanto, a
bioética clínica se diferencia porque diz respeito a todas as situações que exigem uma
tomada de decisão, quer na prática médica, no cotidiano das demais profissões da saúde
ou em situações particulares em comitês de ética. Essas características indicam que se por
um lado a bioética abrange todos os campos de atuação, por outro, demonstra que a
história clínica também é objeto da ética.
Letra B: CORRETA.
Letra C: INCORRETA. A ética
clínica não pode ser entendida como mera aplicação dos princípios estabelecidos pela
bioética fundamental.
Letra D: CORRETA. Os problemas éticos consistem sempre em
conflitos de valores, que têm como suporte os fatos. Por essa razão, entende que os
procedimentos de análise devem sempre partir de estudo minucioso dos fatos clínicos.
Letra E: CORRETA.
Resposta: letra C.
Video comentário: 262627
249 - 2021 UNIMED - RJ
»Veja que não existe alternativa correta para essa questão. Vamos analisar as alternativas:
Letra A – incorreta. A sensibilidade avalia a capacidade de o teste ser POSITIVO NA
PRESENÇA DE DOENÇA.
Letra B – incorreta. O problema nesta alternativa é que ela não
diz a qual o valor preditivo do teste se refere. Em situações de prevalência BAIXA, o valor
preditivo POSITIVO (VPP) do teste DIMINUI e o valor preditivo NEGATIVO (VPN) do teste
AUMENTA. Quando a prevalência da doença é muito baixa, o VPP tende a ser baixo
também, mesmo se a sensibilidade e a especificidade do teste sejam altas.
Letra C –
incorreta. Quando maior a especificidade de um teste (capacidade de ele ser negativo na
ausência de doença), MAIOR o seu VPP. Um resultado positivo de um teste altamente
específico tem grande utilidade, pois o seu VPP é alto. Por isso, são testes utilizados para
confirmação diagnóstica.
Letra D – incorreta. Por outro lado, testes altamente sensíveis
possuem alto VPN. Os resultados negativos de testes sensíveis são mais úteis pois têm
elevado VPN.
Questão sem gabarito (anulada pela banca após recurso).
Video comentário: 278046
250 - 2021 UNIMED - RJ
»Vamos avaliar cada alternativa, a respeito da ética em pesquisa clínica, para selecionar a
alternativa INCORRETA:
A) Sim! O termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) deve
ser assinado por todos os participantes de pesquisas clínicas. Esse documento deve conter
todas as informações necessárias, em linguagem clara e objetiva, de fácil entendimento,
para o mais completo esclarecimento sobre a pesquisa a qual se propõe participar.
(CORRETA)
B) Alternativa que pode parecer estranha à primeira vista, mas que é
verdadeira. Nos procedimentos metodológicos, deve-se explicar omodo como se calcula o
número de participantes (n) da pesquisa a ser realizada, pois antes de se iniciar o trabalho
de coleta, o pesquisador responsável faz a análise estatística de quantos participantes
serão necessários para se ter atingido o objetivo final da pesquisa. Essa análise do (n) é
importante para que o Comitê de Ética avalie a quantidade de pessoas que serão
submetidas aos riscos do estudo, pois em alguns casos há uma superestimação de uma
amostra, ou seja, pessoas que não precisariam estar expostas a tal risco podem estar
devido à falta de cuidado do pesquisador. (CORRETA)
C) Segundo a legislação vigente, tão
logo constatada a superioridade de um método em estudo sobre outro, o projeto deverá
ser suspenso, oferecendo-se a todos os sujeitos os benefícios do melhor regime.
(INCORRETA)
D) O comitê de monitoramento de ensaio é um comitê independente
estabelecido pelo patrocinador para verificar, em intervalos regulares, o andamento
científico e a integridade ética de um estudo, o que é feito através da revisão e da
avaliação de dados e de relatórios. Ele fornece recomendações não obrigatórias ao
patrocinador no que diz respeito à modificação, suspensão ou encerramento do estudo.
(CORRETA)
Resposta letra C
Video comentário: 278047
251 - 2021 FMC
»Questão que pode ser respondida utilizando apenas o bom senso. A medicina baseada em
evidências pode ser definida como “o uso consciente, explícito e judicioso da melhor
evidência clínica disponível ao tomar decisões sobre o tratamento de um paciente”.
Utilizar
a medicina baseada em evidências não significa que o médico deve tornar-se um
pesquisador e fabricar as próprias evidencias. Se fosse esse o caso, talvez sim, seria mais
importante o domínio da informática e de programas estatísticos (A e C INCORRETAS).
O
uso correto das evidências significa justamente ter a capacidade de utilizar a análise crítica
para distinguir QUAIS são as de maior qualidade, e quais são aplicáveis para determinadas
situações clínicas, pois nem sempre as evidências mais recentes são as de melhor
qualidade (B CORRETA, E INCORRETA). Dessa forma, afastamos a prática médica da
repetição de rotinas possivelmente antiquadas, e da passagem de conhecimento pela
“experiência” sem a reavaliação constante do conhecimento (D INCORRETA)
Resposta letra
B
Video comentário: 265055
»Essa questão deveria ter sido anulada pela banca. Vamos analisar.
O enunciado pergunta
qual o tipo de estudo epidemiológico (desenho) mais adequado para estimar a presença
de sintomas crônicos posteriores à infecção por COVID-19.
O delineamento mais
apropriado neste caso deveria ser um estudo LONGITUDINAL e PROSPECTIVO, como o
estudo de COORTE PROSPECTIVA ou somente estudo de COORTE.
Isso porque, para saber
se o indivíduo teve SINTOMAS CRÔNICOS APÓS a COVID-19, é necessário ACOMPANHAR
os indivíduos que tiveram a covid-19 por um período o suficiente para que se possa
detectar a presença desses sintomas crônicos. A cronicidade de uma doença ou condição
por si só já se caracteriza pela sua duração mais prolongada no tempo, então, É
NECESSÁRIO ACOMPANHAR os indivíduos, logo, estamos falando de um estudo
longitudinal (e não transversal, conforme o gabarito concedido pela banca).
Até poderia
ser feito um outro tipo de delineamento, como caso-controle, mas, nesse caso, o
enunciado precisaria ter dado mais informações para que essa alternativa fosse a
resposta. Com os dados fornecidos, a resposta certa deveria ser a letra C (Coorte).
Gabarito Medgrupo: letra C.
Video comentário: 278493
255 - 2021 IDOR
»Para responder a essa questão, vamos fazer a diferenciação de duas características dos
estudos epidemiológicos: serem observacionais ou experimentais.
Estudos
observacionais são aqueles em que o pesquisador não realiza nenhuma intervenção nos
participantes do estudo, mas apenas observa, estuda os fenômenos de interesse (ex:
fatores de exposição e/ou a ocorrência de uma determinada doença). São exemplos de
estudos observacionais: coorte, caso-controle, transversais (seccionais), ecológicos.
Já os
estudos de intervenção ou estudos experimentais, como os ensaios clínicos, envolvem a
realização de algum experimento, como a introdução de uma vacina ou medicamento em
um grupo testado, em comparação a um grupo controle. É exatamente a descrição do
enunciado.
Portanto, entre as opções, a resposta certa é a letra A.
Video comentário: 274576
»Essa questão foi anulada pela banca após pedido de recurso. Vamos ver por que.
O
enunciado descreve um tipo de estudo em que HÁ INTERVENÇÃO nos sujeitos da pesquisa.
São analisados pelo pesquisador dois grupos: pacientes que receberam um fármaco para
tratamento da COVID-19 e pacientes que receberam placebo. Esse é um estudo
EXPERIMENTAL, um tipo de ensaio clínico.
Sendo assim, o gabarito divulgado pela banca
(caso-controle), como se trata de um estudo observacional, não poderia ser a resposta. E,
como em nenhuma das alternativas disponíveis foi mencionado ensaio clínico, estudo
experimental ou estudo de intervenção, a questão FOI ANULADA.
Essa questão foi anulada
pela banca após pedido de recurso. Vamos ver por que.
O enunciado descreve um tipo de
estudo em que HÁ INTERVENÇÃO nos sujeitos da pesquisa. São analisados pelo
pesquisador dois grupos: pacientes que receberam um fármaco para tratamento da
COVID-19 e pacientes que receberam placebo. Esse é um estudo EXPERIMENTAL, um tipo
de ensaio clínico.
Sendo assim, o gabarito divulgado pela banca (caso-controle), como se
trata de um estudo observacional, não poderia ser a resposta. E, como em nenhuma das
alternativas disponíveis foi mencionado ensaio clínico, estudo experimental ou estudo de
intervenção, a questão FOI ANULADA.
Video comentário: 281227
257 - 2021 PRONTOBABY
»Essa é uma questão bem prática em relação aos pré-requisitos para que uma pesquisa
envolvendo seres humanos possa ser desenvolvida.
Todas as pesquisas envolvendo seres
humanos (exceto aquelas envolvendo bases de dados secundárias, em que não é possível
identificar a origem daqueles dados, associando-a a um indivíduo, como em estudos
ecológicos) devem ser submetidas e aprovadas por um Comitê de Ética em Pesquisa.
Esses
comitês são “centralizados” por uma plataforma nacional, chamada de Plataforma Brasil.
Os projetos de pesquisa, com os termos necessários (TCLEs e demais autorizações) são
anexados e enviados através dessa plataforma, que direciona o projeto para ser avaliado
pelo seu CEP correspondente.
Sendo assim, vamos analisar as opções:
Letra A – incorreta.
Não inclui a etapa de submissão do projeto à plataforma Brasil.
Letra B – correta. A
pesquisa somente pode iniciar após a aprovação do projeto pelo CEP.
Letra C – incorreta. A
coleta de dados somente é permitida APÓS A APROVAÇÃO PELO CEP.
Letra D – incorreta.
Também não mencionou a etapa de submissão do projeto à plataforma Brasil.
Resposta
certa: letra B.
Video comentário: 281228
»Questão que fala especificamente sobre estudos descritivos… Ou seja, aqueles que apenas
descrevem hipóteses sem, no entanto, testá-las. Servem apenas para descrever a
distribuição de doenças ou condições relacionadas à saúde, segundo o tempo, o lugar
e/ou as características dos indivíduos. Exemplo: estudo seccional ou estudo ecológico.
Letra A: INCORRETA. Não é possível determinar relação de causa-efeito em estudos
descritivos.
Letra C: INCORRETA. Para se determinar as consequências de doenças
segundo família, genética e características dos indivíduos também é necessário um
acompanhamento e uma análise e teste de hipóteses.
Letra D: INCORRETA. Esse passou
mais longe… Os estudos descritivos não tem por objetivo determinar a saúde dos
indígenas.
Resposta: letra B.
Video comentário: 281699
260 - 2021 HAS
»Temos no enunciado um estudo que concluiu que determinada droga era eficaz para
reduzir a evolução para formas graves de COVID-19 e logo depois outros estudos
chegaram a uma conclusão diferente, de que a droga não era eficaz para reduzir a
evolução para formas graves de COVID-19.
Ou seja, o primeiro estudo chegou a uma
conclusão falsa positiva. Vamos recordar:
A) Incorreta. O viés de aferição (ou avaliação) se
dá quando os métodos de medida diferem entre os grupos.
B) Incorreta. O efeito
Hawthorne é o fenômeno causado pelo fato do sujeito de pesquisa identificar qual o
interesse do estudo e melhorar sua atuação sem que isso tenha a ver com alguma variável
do experimento.
C) Correta. O erro tipo I, ou erro alfa, consiste em uma conclusão FALSO-
POSITIVA. Exemplo: dizer que um novo tratamento é mais eficaz, quando na verdade não o
é.
D) Incorreta. Viés de publicação é a tendência em publicações científicas de evidências
positivas terem maior probabilidade de serem publicadas do que evidências negativas,
tornando tendencioso os resultados disponíveis para análise.
E) Incorreta. O erro tipo II,
ou erro beta, é o inverso do erro tipo I, consistindo em uma conclusão FALSO-NEGATIVA.
Exemplo: dizer que um novo medicamento não resolveu, quando na verdade ele resolveu.
Exatamente o que ocorreu com o estudo TIP.
Portanto, o nosso gabarito é a letra C.
Video comentário: 262118
264 - 2021 HAS
»Pergunta difícil! Vamos revisar cada tipo de viés, para então responder:
A) O estudo caso-
controle é bastante sensível ao viés de seleção, principalmente na seleção do grupo
controle. É necessário que o grupo controle seja uma amostra representativa da mesma
população da qual saíram os casos. A escolha de controles hospitalares, algo comum
nesse tipo de estudo pode ser um grande fator causador de viés de seleção. Ao selecionar
indivíduos internados por outros motivos, estamos utilizando uma amostra de uma
população mais doente, ou com exposições diferentes da população dos casos, e não da
população real que produziu os casos. (CORRETA)
B) O estudo do tipo caso-controle
também pode ser afetado pelo viés de memória, um tipo de viés de informação. Nem
sempre indivíduos são capazes de recordar com clareza os acontecimentos prévios,
quando vão preencher um inquérito, por exemplo. Esse viés, embora presente no estudo
caso-controle, é mais clássico nos estudos transversais. (INCORRETA)
C) O pareamento não
é um viés em si, e sim uma forma de evitar viés, principalmente no estudo caso-controle. A
ideia é aumentar o grau de semelhança entre os casos e os controles, pareando um caso
com um controle de mesma idade, sexo, etc (ou outras características que não tem a ver
com a exposição sendo estudada. (INCORRETA)
D) Viés de resultado é a tendência para
julgar uma decisão em função do seu resultado final, em vez de julgá-la a partir do
contexto do momento em que a decisão foi tomada. Isso é principalmente importante em
ensaio clínicos randomizados, e é o motivo pelo qual calculamos os resultados desses
estudos pela “intenção de tratar”. (INCORRETA)
E) O viés de comparação consiste no
engano causado em achar que uma intervenção foi responsável por melhorar o risco de
um grupo, quando na verdade, o risco do grupo controle é que era maior por outro
motivo, causando falsa sensação de melhora no grupo intervenção. É um viés mais típico
de estudos prospectivos, como a coorte ou o ensaio clínico. (INCORRETA)
Resposta letra A
Video comentário: 281702
»O enunciado traz a seguinte frase, que é a chave para a resposta dessa questão: “Talvez o
procedimento laparoscópico seja oferecido a pacientes que estejam em melhor estado ou
que pareçam ter maior resistência tecidual devido à idade ou estado geral de saúde".
O
que se quer avaliar, no estudo, são os benefícios (menos dor pós-operatória e retorno
mais rápido ao trabalho) para os pacientes com hérnia inguinal que realizaram o
procedimento laparoscópico em comparação à cirurgia aberta tradicional.
Ao lermos a
última frase do enunciado, a pergunta que se segue é: “os benefícios observados foram
devidos SOMENTE ao procedimento laparoscopia ou podem ter sido decorrentes da
MANEIRA COMO OS PACIENTES FORAM SELECIONADOS PARA ESTE PROCEDIMENTO?”
Esta
pergunta refere-se ao tipo de viés epidemiológico VIÉS DE SELEÇÃO, que indica que a
forma como os indivíduos são selecionados para o estudo afeta os resultados.
De
qualquer forma, o enunciado ficou um pouco confuso e induz o candidato ao erro,
primeiro, ao descrever o tipo de estudo que foi realizado (a redação ficou confusa) e, em
seguida, quando menciona “Os resultados da cirurgia laparoscópica são realmente
melhores ou eles podem parecer melhores COMO RESULTADO DE VIESES NA FORMA
COMO AS INFORMAÇÕES FORAM COLETADAS”. Esse trecho do enunciado descreve o VIÉS
DE INFORMAÇÃO ou VIÉS DE AFERIÇÃO.
No entanto, a resposta certa ficou a letra D.
Video comentário: 283691
»Vamos começar entendo o tipo de estudo… Note que os pesquisadores pegaram 2 grupos
de crianças internadas por motivos diferentes. Após, avaliou a existência ou não de fatores
de risco no passado. Logo, trata-se de um estudo individuado, retrospectivo, observacional
e longitudinal. Um estudo de caso-controle, embora seja o mais clássico.
Item I: CORRETA.
Lembre-se que a falácia de Berkson (ou o paradoxo de Berkson ou o viés de Berkson)
corresponde a um tipo de viés de seleção que afeta geralmente estudos de caso-controle
nos quais a amostragem é feita a partir de pacientes hospitalizados. Esse tipo de erro
pode levar a associação distorcida entre variáveis, o que pode viabilizar uma generalização
incongruente para a população geral a partir dos resultados obtidos na amostra.
Item II:
CORRETA. Outro viés clássicos dos estudos de caso-controle é o viés de memória, pois as
pessoas podem simplesmente não lembrar do que ocorreu no passado, pois não
esperavam que aquilo fosse ser um fator de risco para algo no futuro.
Item III:
INCORRETA. Os estudos de caso-controle são ótimos para desfechos raros e péssimos para
fatores de risco raros. Já os estudos de coorte são ótimos para fatores de risco raros e
péssimos para desfechos raros.
Resposta: letra B.
Video comentário: 262687
»De acordo com a Resolução nº 196, de 10 de Outubro de 1996, “toda pesquisa envolvendo
seres humanos deverá ser submetida à apreciação de um Comitê de Ética em Pesquisa” e
cabe à instituição onde se realizam pesquisas a constituição do CEP. Portanto, seja
envolvendo intervenções como placebo ou procedimentos, seja realizando pesquisas via
internet, correio, telefone ou pessoalmente, a pesquisa deve ser analisada pelo
CEP.CONTUDO, como toda regra, há exceções! Pesquisas realizadas pelo Poder Público,
para que melhor se conheçam as características de uma população específica, visando a
melhoria das ações em benefício dessa população, não necessitam análise pelo CEP.
Exemplo disso são as pesquisas censitárias, realizadas pelo IBGE. Da mesma forma,
pesquisas envolvendo apenas dados de domínio público que não identifiquem os
participantes da pesquisa, ou apenas revisão bibliográfica, sem envolvimento de seres
humanos, também não necessitam aprovação por parte do CEP.
Sendo assim, apenas a
afirmativa III está correta
Resposta letra B
Video comentário: 262692
»O Risco Relativo (RR) é uma medida de associação, também conhecida por razão de riscos,
e corresponde à razão entre os riscos ou incidências cumulativas dos indivíduos expostos
e a dos não expostos. Responde a questão "QUANTAS VEZES MAIS PROVÁVEL SÃO OS
INDIVÍDUOS EXPOSTOS VIREM A DESENVOLVER A DOENÇA EM RELAÇÃO AOS INDIVÍDUOS
NÃO EXPOSTOS?".
Portanto, o nosso gabarito é a letra D.
Vamos aproveitar para analisar
as demais assertivas:
A) Incorreta. O risco relativo é calculado pela divisão e não pela
diferença entre grupos.
B) Incorreta. Não se relaciona com a letalidade.
C) Correta. O risco
relativo relaciona a ocorrência do agravo entre os expostos e não expostos ao fator de
risco por meio de uma divisão entre eles.
D) Incorreta. O risco atribuível é uma medida que
corresponde à diferença de riscos, ou Incidências Cumulativas (IC), entre os indivíduos
expostos e os não expostos ao fator em estudo. Responde a questão "QUAL É O RISCO
(INCIDÊNCIA CUMULATIVA) ADICIONAL DE VIR A DESENVOLVER A DOENÇA DEVIDO À
EXPOSIÇÃO AO FATOR EM CAUSA?". Ou seja, essa assertiva traz mais o conceito de risco
atribuível do que de risco relativo.
Ou seja, acreditamos que a letra C responde melhor ao
gabarito do que a letra D.
Video comentário: 287013
»Perceba que a primeira parte do enunciado nos serve para fornecer a sensibilidade e a
especificidade do teste que são características intrínsecas e não variam de acordo com a
prevalência do mesmo e por isso, serão utilizadas no cálculo da segunda população.
Vamos calcular:
População A: total de 1.000 pessoas.
Doentes: 100 (a+c).
Não doentes: 900
(b+d).
Resultados verdadeiros positivos: 80 (a).
Resultados verdadeiros positivos: 630 (d).
Com isso calculamos a sensibilidade do teste (a/a+c) = 80/100 = 80%. E a especificidade
(d/b+d) = 630/700 = 70%.
Agora, vamos usar esses dados para calcular o que o enunciado
pede "probabilidade do resultado positivo estar correto", ou seja, o valor preditivo positivo.
População B: total de 800 pessoas.
Doentes: 200 (a+c).
Não doentes: 600 (b+d).
Se a
sensibilidade (a/a+c) = 0,8, temos que a/200 = 0,8. Ou seja, a = 160. E c = 40.
Se a
especificidade (d/b+d) = 0,7, temos que d/600 = 0,7. Ou seja, d = 420. E b = 180.
O valor
preditivo positivo é dado por: a/a+b = 160/160+180 = 160/340 = 0,47.
Portanto, o nosso
gabarito é a letra C.
»Essa é uma questão sobre tipos de vieses epidemiológicos. Para respondê-la, vamos
analisar as opções:
Letra A (Viés de detecção): O viés de detecção ou viés de diagnóstico
ocorre quando existe diferença na forma como a exposição ou o desfecho são coletados
entre os grupos. É um tipo de viés de mensuração ou informação.
Letra B (Perda seletiva
de seguimento): Esse é um tipo de viés que costuma ocorrer em estudos de coorte ou de
intervenção, em que os indivíduos que deixam de ser acompanhados podem diferir
daqueles que são efetivamente estudados O viés ocorre quando essa perda está
relacionada tanto com a exposição como com o desfecho.
Letra C (Viés de informação): é
o tipo de viés que ocorre na etapa de coleta, mensuração e análise dos dados.
Letra D
(Viés de seleção): é o tipo de viés que ocorre na etapa de seleção dos indivíduos para
participarem do estudo.
Letra E (Viés de Berckson): esse tipo de viés, também
denominado de viés da hospitalização, ocorre quando pacientes com uma determinada
característica podem ser hospitalizados mais frequentemente do que pacientes sem esta
característica.
Voltando à questão, o enunciado fala em perda de acompanhamento.
Portanto, ele descreve o tipo de viés epidemiológico “perda seletiva de seguimento”.
Resposta certa: letra B.
Video comentário: 262697
»Vamos lembrar que o intervalo de confiança nada mais é que a estimativa dos valores da
medida de associação em caso de repetição do estudo nas mesmas condições! Ou seja,
serve para estabelecer a precisão de uma medida estimada no contexto de uma amostra.
Como assim?
Vamos supor que em uma amostra qualquer deseja-se estimar o risco da
incidência de um desfecho com base no fator de risco exposto. Para isso é feito uma
coorte com valor de RR de 1,6 e IC95% (1,1 - 2,4). O que isso significa? Que em 95% das
vezes que o estudo fosse repetido, o valor do RR iria de 1,1 até 2,4. Ou seja, todos os
valores acima 1,0! Logo, há significância estatística.
Resposta: letra B.
Video comentário: 280756
299 - 2021 SESAP
»Essa é uma questão sobre desenho de estudos epidemiológicos. Vamos rever um trecho
do enunciado: “A equipe programou SEGUIMENTO POR TRÊS ANOS A FIM DE ESTABELECER
CORRELAÇÕES DE CAUSALIDADE E RISCO de sequelas clínicas ou novos quadros mórbidos
com a gravidade do quadro da COVID -19 apresentado, comorbidades, idade e
sintomatologia”.
O enunciado descreve um tipo de delineamento, composto por
indivíduos que tiveram Covid-19 (sujeitos da pesquisa), a fim de identificar sequelas
clínicas ou outros quadros mórbidos associados. Ou seja, HÁ ACOMPANHAMENTO DOS
PACIENTES AO LONGO DO TEMPO (“a equipe programou seguimento por três anos”), a fim
de identificar relações de exposição e desfecho, a partir das variáveis mencionadas (como
idade, comorbidades, etc).
Ou seja, o delineamento do estudo é LONGITUDINAL,
PROSPECTIVO e OBSERVACIONAL. Portanto, trata-se de um estudo de COORTE.
Dito isso,
vamos analisar as alternativas:
Letra A – incorreta. O delineamento é adequado para o
objetivo do estudo, que é estabelecer relações de causalidade e risco.
Letra B – incorreta.
Delimitando a população do estudo entre aqueles que tiveram COVID é muito mais
eficiente do que analisar a cada internação se o paciente teve ou não COVID. Isso sim seria
menos eficiente e mais custoso. Uma estratégia é já selecionar indivíduos que já tiveram
COVID.
Letra C – incorreta. O delineamento é um estudo de coorte.
Letra D – correta. Esse
é o delineamento do presente estudo.
Letra E – incorreta. É uma coorte prospectiva, e não
retrospectiva.
Resposta certa: letra D.
Video comentário: 276657
»A Mediana é o valor que separa a metade maior e a metade menor de uma amostra. A
informação que queremos, portanto, é um valor de tendência central de um grande
grupo: o de portadores de HIV.
Só podemos incluir no grupo “portador de HIV” pacientes
soropositivos, ou seja, já com diagnóstico sorológico. (B, C e E INCORRETAS)
Uma vez que
queremos um valor médio da sobrevida, devem ser incluídos todos os perfis de pacientes,
e não apenas os mais graves (esses vão apresentar uma tendência a menor sobrevida). (D
INCORRETA)
Resposta letra A
Video comentário: 281463
303 - 2021 HSD - MA
»Bioética é o estudo sistemático das dimensões morais – incluindo visão moral, decisões,
condutas e políticas – das ciências da vida e atenção à saúde, utilizando uma variedade de
metodologias éticas em um cenário interdisciplinar. As condutas humanas, são
dependentes das normas morais que existem na consciência de cada um. Como
consequência, diferentes pontos de vista determinam as diversas respostas das pessoas
frente aos semelhantes. O nascimento da Bioética tem suas raízes ideológicas nas ruínas
da 2ª Guerra Mundial quando se estimulou a consciência dos homens a uma profunda
reflexão, com o intuito de se estabelecer uma fronteira entre a ética e o comportamento.
Dito isso, vamos analisar as assertivas:
A e B) Incorretas. No domínio da bioética, o
princípio da justiça se baseia na justiça distributiva e na equidade.Ele defende que a
distribuição dos serviços de saúde deve ser feita de forma justa e que deve haver
igualdade de tratamento para todos os indivíduos. Lembre-se que a equidade não é um
princípio bioético (não maleficência, beneficência, autonomia e justiça).
C) Incorreta. O
princípio da não maleficência se baseia na ideia de que nenhum mal deve ser feito ao
outro. Assim, não é permitida nenhuma ação que consista em malefício intencional a
cobaias ou a pacientes.
D) Correta. A ideia central desse princípio é de que todos têm
capacidade e liberdade de tomar suas próprias decisões.Assim, qualquer tipo de
procedimento a ser realizado no corpo de um indivíduo e/ou que tenha relação com a sua
vida, deve ser autorizado por ele. Perceba que o trecho citado permite interpretar que é
por meio dessas informações às quais o paciente deve ter acesso é que o mesmo toma as
suas próprias decisões.
Portanto, o princípio bioético que mais chega perto do exemplo do
enunciado é o da AUTONOMIA e o nosso gabarito é a letra D.
Video comentário: 273128
305 - 2021 SESAP
»Vamos relembrar:
O delineamento de um estudo do tipo caso-controle é: individuado,
observacional e longitudinal RETROSPECTIVO. Parte do desfecho para analisar os fatores
de risco no passado, selecionando dois grupos, um de caso e outro controle.
A sua medida
clássica de associação é o Odds Ratio que é uma estimativa do risco relativo e nos diz a
razão de chances do desfecho no grupo exposto em relação ao grupo não exposto.
Perceba que as letras A e D falam sobre incidência e risco relativo, que são clássicos dos
estudos do tipo COORTE (individuado, observacional e longitudinal prospectivo, partindo
dos fatores de risco para avaliar o desfecho no futuro) enquanto a letra C fala de
prevalência que é característica dos estudos transversais.
Portanto, a única correta é a
letra B, nosso gabarito.
Video comentário: 262914
»O enunciado nos diz em relação ao PCR-RT para Covid-19 que "A sensibilidade desse teste
é maior se realizado no 7º dia de sintomas, quando se compara ao 2º ou 14º dia" e nos
pede para analisar as assertivas. Antes disso, vamos relembrar:
A sensibilidade é a
capacidade de um teste diagnóstico identificar os verdadeiros positivos dentre os doentes.
A especificidade é a capacidade de um teste diagnóstico identificar os verdadeiros
negativos dentre os sadios.
O valor preditivo positivo é a probabilidade do paciente estar
doente dado que seu teste é positivo.
O valor preditivo negativo é a probabilidade do
paciente estar saudável dado que seu teste é negativo.
A sensibilidade e a especificidade
são características intrínsecas dos testes diagnósticos e não variam de acordo com a
prevalência da doença.
A prevalência (probabilidade pré teste) influencia nos valores
preditivos: quanto maior a prevalência maior o valor preditivo positivo.
Dito isso, perceba
que as assertivas I, II e III encontram-se incorretas pois não sabemos se a especificidade
se altera ou não ao realizarmos os teste no dia 7 em comparação aos dias 2 e 14 do início
dos sintomas.
Resumindo: faltou informação sobre a variação da especificidade para
sabermos o que acontece com as probabilidades citadas nas assertivas e portanto os 3
itens encontram-se incorretos e o nosso gabarito é a letra D.
Video comentário: 280763
»Questão conceitual:
A eficácia vacinal em um estudo de ensaio clínico randomizado duplo-
cego é calculada através da redução do risco relativo (RRR ou 1 - RR), onde o risco relativo
(rr) é a razão entre o risco no grupo tratado e o risco no grupo controle (RR = Rt/Rc). A
Redução Relativa do Risco (RRR) expressa a redução percentual de eventos no grupo
tratado em relação aos controles.Ou seja, exatamente como descrito na letra C, nosso
gabarito.
Video comentário: 259972
»O Odds Ratio (OR) é a medida de associação que nos permite interpretar se um fator
analisado exerceu risco ou proteção sobre o desfecho. Quando maior que 1 (como no
enunciado para ambas as análises), é fator de risco. Já quando menor que 1, é fator de
proteção. Para avaliarmos a significância estatística, devemos observar o intervalo de
confiança, que não deve conter o valor unitário. Dizemos, portanto, que o resultado é
estatisticamente significativo. Por isso, a letra A está correta e a letra B incorreta.
Em uma
interação entre dois fatores, os OR se aproximam, o que não ocorre com os dados no
enunciado (Letra C incorreta).
O viés de confundimento ocorre quando uma terceira
variável interfere na relação entre as outras duas, ou seja, a há relação causal entre as
duas variáveis além da que existe entre elas e o desfecho. Não há como saber, pelos dados
do enunciado, se houve ou não esse viés.
Resposta, então, letra A
Video comentário: 259973
»Vamos avaliar as assertivas em relação à um estudo randomizado, duplo- cego para avaliar
a eficácia de uma vacina contra o papilomavírus humano (HPV):I) Correta. A eficácia da
vacina se dá pela redução do risco relativo, que é 1-RR. O risco relativo é a razão da
incidência nos expostos e nos não-expostos. Ou seja, a eficácia é de : 1 - (0,1/16) = 93,7%;II)
Incorreta. O enunciado nos diz que a vacina nonavalente possui o mesmo efeito que a
quadrivalente. Contudo, não podemos dizer que a nonavalente não é eficaz. Para saber a
eficácia da nonavalente para os subtipos 6, 11, 16 e 18, seria necessário ter a incidência
desses subtipos na população não vacinada.III) Incorreta. A taxa de doença 14 por 1.000
pessoas é a incidência da doença. O Número Necessário para Tratar é calculado por
1/Redução absoluta do risco (RAR). O RAR é calculado pela diferença entre a incidência de
eventos no grupo controle e a incidência no grupo testado. Não é possível calcular o RAR
pois não temos a informação de qual é a incidência de HPV na população em geral, sem a
vacina.IV) Incorreta. Em relação aos subtipos 31, 33, 45, 52 ou 58, a redução relativa do
risco foi 93,7%, como citado na letra A.Portanto, apenas a afirmativa I está CORRETA e o
nosso gabarito é a letra C.
Video comentário: 280767
317 - 2021 PUC - PR
»Questão excelente que nos pede o NNT! Vamos, então, ao trecho mais importante do
enunciado para chegarmos a resposta: “No grupo de dexametasona, a incidência de morte
foi menor do que no grupo de tratamento usual entre os pacientes que receberam
ventilação mecânica invasiva (29,3% vs. 41,4%; taxa de razão, 0,64; IC de 95%, 0,51 a
0,81)”.
Agora sim…
NNT = 1/RAR
RAR = Incidência do desfecho negativo no grupo controle
- incidência do desfecho negativo no experimento = 41,4% - 29,3% = 12,1% = 0,121
NNT =
1/0,121 = 8,26
Resposta: letra A.
Video comentário: 261929
»Os níveis de evidência científica dos estudos se divide da seguinte forma, segundo a
classificação de Oxford:
Grau de recomendação A - Engloba os níveis 1A (revisão
sistemática de ensaios clínicos controlados e randomizados, 1B (ensaio clínico controlado e
randomizado com intervalo de confiança estreito) e 1C (resultados terapêuticos do tipo
“tudo ou nada”)
Grau de recomendação B - São os níveis 2A (revisão sistemática de
estudos de coorte), 2B (Estudos de coorte), 2C (estudos ecológicos e observação de
resultados terapêuticos), 3A (revisão sistemática de estudos caso-controle) e 3B (estudos
de caso controle).
Grau de recomendação C - Nível 4 (relato de casos)
Grau de
recomendação D - Nível 5 (opinião de especialista)
Portanto, única alternativa que traz
conceitos corretos é a letra A, resposta e gabarito da questão
Video comentário: 261580
»Vamos analisar o delineamento desse estudo: Agregado ("ao final do estudo verificaram as
capitais" ou seja, analisaram o agregado apesar da informação ser colhida à nível
individual), observacional (não houve inervenção) e transversal (fator de risco e desfecho
analisados em um mesmo momento). Ou seja, trata-se de um clássico estudo do tipo
ECOLÓGICO. Trata-se um estudo analítico para avaliar a frequencia entre a exposição e o
desfecho. Por ser um estudo ecológico, existe o risco do viés ecológico onde não podemos
afirmar que está ocorrendo a nível individual o que foi encontrado como resultado do
estudo. Portanto, o nosso gabarito é a letra A.
Vamos aproveitar para analisar as demais
assertivas:
B) Incorreta. Trata-se de um estudo analítico e não descritivo.
C) Incorreta.
Apesar de realmente ser obervacional e analítico não é individualizado.
D) Incorreta. Por
definição, os estudos ecológicos são TRANSVERSAIS e não longitudinais.
E) Incorreta. O
estudo é transversal e não prospectivo.
Video comentário: 276668
320 - 2021 UDI
»Perceba que primeiro foi utilizado um tipo de estudo transversal que analisou individuo
por individuo. Mas o estudo que a banca se refere e deseja como resposta é aquele feito
por Pinto e Giovanella que "evidenciaram a redução em 45% das taxas padronizadas de
ICSAB por 10.000 hab, que passaram de 120 para 66, no período de 2001 a 2016." Ou seja,
trata-se de um estudo ecológico pois trouxe dados da população como um todo
(agregado) e não podemos tirar conclusões individuais desse estudo.Portanto, o nosso
gabarito é a letra A.
Vamos aproveitar para relembrar os outros desenhos:
B) Incorreta.
Individuado, observacional e longitudinal retrospectivo.
C) Incorreta. Individuado,
observacional e transversal.
D) Incorreta. Individuado, observacional e longitudinal
prospectivo.Não confundir a característica do estudo transversal (exposição e desfecho
analisados em um único momento) com o nome do estudo chamado TRANSVERSAL.
Video comentário: 262921
»Se queremos estabelecer uma associação causal entre um fator de risco e o aparecimento
de um desfecho utilizando o critério da temporalidade, ou seja, o fator de risco vem antes
do desfecho, precisamos de um estudo do tipo LONGITUDINAL PROSPECTIVO. Dentre
todos os citados, apenas os estudos do tipo COORTE são longitudinais prospectivos e
portanto, o nosso gabarito é a letra D.
Perceba que os estudos de prevalência, série de
casos e ecológico transversal são estudos transversais e o estudo do tipo caso-controle é
longitudinal porém RETROSPECTIVO. Parte do desfecho para avaliar o fator de risco no
passado, o que não permite levar em consideração o critério da temporalidade que é
justamente o risco vir antes do desfecho.
Video comentário: 276669
323 - 2021 UDI
»Essa questão foi anulada após recurso da Equipe Medgrupo. Vamos entender o motivo:
Duzentos e cinquenta crianças com defeito de palato foram comparadas com 250 crianças
normais ao nascimento, quanto à exposição pré-natal ao novo coronavírus. Das crianças
com malformação, 50% foram expostas no período pré-natal ao SARS COV2, e, entre
crianças normais 30% foram expostas. Assinale a alternativa correta sobre a razão de
chances (OR - odds ratio) de uma criança ter defeito no palato após exposição gestacional
ao SARS COV2.
Temos 250 crianças com defeito de palato e 250 crianças sem defeito de
palato.
Das 250 crianças com defeito de palato, 50%, ou seja, 125, foram expostas no
período pré-natal ao SARS COV2. E as outras 125 não foram expostas.Entre crianças
sem defeito de palato, 30%, ou seja, 75, foram expostas no período pré-natal ao SARS
COV2. E 70%, ou seja, 175 não foram expostas. Dito isso, ao montar a clássica tabela 2x2,
temos que o cálculo é do Odds Ratio é dado por: axd/bxc = 125x175/125x75 = 175/75 = 2,3.
Como não há essa opção, a questão foi devidamente anulada pela banca avaliadora.
»Se queremos um estudo bom para analisar doenças raras, temos que pensar em um
estudo que parte da doença para analisar os fatores de risco no passado. Mas por qual
motivo? Se a doença é rara, ou seja, possui baixa incidência e prevalência, se partimos de
grupos expostos e não expostos à algum fator de risco de estudo para avaliar o
aparecimento da doença, pode ser que a doença nunca se manifeste ou que demore anos
e anos, o que torna o estudo dispendioso e longo.
Nesse casos, optamos por um estudo
que parte da doença para analisar os fatores de risco no passado. Ou seja, um estudo
individuado, observacional e longitudinal RETROSPECTIVO, conhecido classicamente como
estudo do tipo CASO-CONTROLE.
Portanto, o nosso gabarito é a letra A. Vamos aproveitar
para analisar os demais estudos:
B) Incorreta. Estudo do tipo individuado, longitudinal
PROSPECTIVO e intervencionista.
C) Incorreta. Estudo agregado, observacional e
transversal.
D) Incorreta. Estudo do tipo individuado, observacional e longitudinal
PROSPECTIVO.
Video comentário: 280770
»Notem que o estudo foi realizado com objetivo de associar um fator de risco e o
desenvolvimento (INCIDÊNCIA) de um desfecho. Logo, foi longitudinal, prospectivo,
individuado e observacional.
Seu nome: COORTE.
E qual a medida de associação clássica
deste estudo?
Risco relativo.
Resposta: letra B.
Video comentário: 281819
328 - 2021 SCMGO
»Em primeiro lugar sabemos que existem dois tipos de erro: I e II. Isso já nos facilita ao
eliminarmos as letras C e D da questão. Agora vamos relembrar os conceitos:
Erro tipo I:
consiste em uma conclusão FALSO-POSITIVA. Em outras palavras, consiste em, num testes
de hipóteses, REJEITAR A HIPÓTESE NULA (HO) QUANDO ELA É VERDADEIRA. Comete-se
um erro do tipo I quando se diz que um novo tratamento é mais eficaz, quando na
verdade não o é. Erro tipo II: é o inverso do erro tipo I, aqui consiste de uma conclusão
FALSO-NEGATIVA. Em outras palavras, é o erro que ocorre quando a análise estatística dos
dados não consegue rejeitar uma hipótese, no caso desta hipótese ser falsa. Comete-se
um erro tipo II quando se dizer que um novo medicamento não resolveu, quando na
verdade ele resolveu. Portanto, rejeitar a HO quando ela é verdadeira é um erro do TIPO I
e o nosso gabarito é a letra A.
Video comentário: 281821
331 - 2021 REVALIDA UFMT
»A questão nos traz a clássica tabela 2x2 já montada e solicita que seja marcado como
correto o conceito de probabilidade pré-teste.
Ora, a probabilidade pré-teste nada mais é
do que a prevalência da doença, em outras palavras, o total de paciente doentes dentro da
população.
E isso é dado pela seguinte fórmula: A+C/N, onde A+C é o número de doentes
e N é o número total da população.
Portanto, o nosso gabarito é a letra D.
Video comentário: 281827
334 - 2021 SMS - PATOS
»Questão que cai ano sim ano também. Vamos relembrar: ao selecionarmos um exame de
rastreamento, a característica mais importante é a sensibilidade, que deve ser muito alta,
a fim de termos uma baixa taxa de falso-negativos, já que a confirmação da doença e a
exclusão dos falso-positivos virão por meio do exame confirmatório, segundo passo na
cadeia de um programa de rastreamento que, necessariamente, precisa ser de alta
especificidade.
Ou seja, a principal característica para um teste de rastreamento é a ALTA
SENSIBILIDADE e portanto, o nosso gabarito é a letra E.
Video comentário: 284481
»Vamos relembrar:
Efetividade: quando uma intervenção específica funciona em condições
habituais.
Eficácia: quando uma intervenção específica funciona em condições ideais.
Eficiência: quando uma intervenção específica funciona em condições habituais, mesmo
levando em consideração os custos e os riscos.
Portanto, quando falamos de uma
intervenção (tratamento) em condições experimentais rigorosas e em ensaios clínicos
randomizados, estamos falando em condições IDEAIS e o nosso gabarito é EFICÁCIA, letra
B.
Video comentário: 286115
336 - 2021 HSM - MT
»A questão nos pergunta sobre o desenho do estudo que está sendo realizado sobre o uso
de medicamentos para a COVID-19.
Vamos às características que devemos sempre nos
atentar:
Individuado ou agregado? No estudo indiividuado cada participante terá seus
dados anotados individualmente e esses dados serão analisados em estatística. Num
estudo agregado, são considerados dados de uma população geral. No estudo recovery é
deixado claro que cada indivíduo será submetido ou não a uma intervenção. Portanto, é
um estudo INDIVIDUADO.
Longitudinal ou Tranversal? Essa característica diz respeito ao
fato de o estudo ser realizado ao longo de um tempo, com observação dos resultado ou se
as características e dados serão avaliados apenas naquele momento. Como o enunciado
nos deixa claro, os participantes receberão os medicamentos em um grupo ou outro e o
desfecho será avaliado em até 28 dias (ou seja, haverá um acompanhamento). Por isso, ele
é LONGITUDINAL
Observacional ou de Intervenção? Nos estudos observacionais apenas
estudamos a relação que existe entre fatores de risco e desfecho. Já nos estudos de
intervenção, será oferecido ao participante um medicamento, uma vacina, uma nova
modalidade de tratamento e etc. Este é exatamente o caso do estudo recovery, em que um
grupo receberá um novo possível tratamento para o coronavírus e o outro receberá os
tratamentos convencionais. Assim, é um estudo de INTERVENÇÃO
Para completar, qual o
estudo que contém todas essas características? É o ensaio clínico!! (letras A e C incorretas)
Não há como garantir que o estudo recovery foi duplo-cego porque não temos a
informação no enunciado se os participantes e examinadores sabiam ou não quem estava
em qual grupo (letra B incorreta)
Resposta: letra D!
Video comentário: 283972
»Questão que pode ser respondida com uso do bom senso. Vamos avaliar cada assertiva:
I -
CORRETA - Logicamente, a MBE é um poderoso guia para nortear as condutas médicas.
Mas os dados estatísticos não podem ser utilizados cegamente para a tomada de decisão
a respeito de um indivíduo específico, que poder apresentar nuances, desejos e
características que o tornam único em relação à população de qualquer estudo clínico. A
individualidade de cada paciente deve ser respeitada acima do conhecimento médico.
II -
INCORRETA - Ora, um estudo que possua todas as características que conferem
credibilidade ao método baseado em evidencias, justamente um ensaio clínico
randomizado bem feito, represetaria apenas moderado grau de qualidade? Certamente
não, um estudo como esse seria considerado de alta qualidade. Só seria possível obter
nível mais elevado que o descrito, se reuníssemos diversos desses estudos sobre o mesmo
tema, como em uma metanálise.
III - CORRETA - Diretrizes devem ser interpretadas com
muita cautela. Não apenas uma intervenção altamente eficaz em teoria pode ser pouco
eficiênte, reduzindo sua replicabilidade, como pode não haver fundamento real para a
recomendação. Cabe ao médico avaliar as referências criticamente
IV - CORRETA - Aqui
temos os conceitos explicados perfeitamente. Validade interna é o que determina que o
resultado do estudo diz a verdade sobre a população estudada. A validade externa permite
que o mesmo resultado seja obervado em populações distintas, embora semelhantes à do
estudo.
Estão corretas as afirmativas I, III, e IV
Resposta letra B
Video comentário: 259414
»Vamos utilizar os dados no enunciado para montar nossa clássica tabela 2x2:
População
total (a+b+c+d) = 1.000
Doentes (a+c) = 100.
Não doentes (b+d) = 900.
"Das 100 pessoas
com a doença, 80 foram positivas (a) e 20 foram negativas (c)".
Somente com esses dados,
já conseguimos responder a questão pois ela pede a sensibilidade do teste, ou seja, a
capacidade do teste detectar os verdadeiros positivos (80) dentre todos os doentes (100).
O cálculo é a/a+c = 80/100 = 80%.
Portanto, o nosso gabarito é a letra B.
Para completar a
tabela vamos continuar:
"Das 900 pessoas sem doença, 800 foram negativa (d) e 100
foram positivas (b)".
»Vamos analisar os dados fornecidos pelo enunciado para montarmos a nossa clássica
tabela 2x2: Total de pacientes (a+b+c+d): 1.100.
Doentes (a+c): 100.
Não doentes ou sadios
(b+d) = 1.000.
Agora, em relação ao novo teste: "30 dos pacientes com COVID-19 eram
positivos". Ou seja, a = 30 e c = 70.
"o teste foi positivo em 10 pacientes sadios". Ou seja, b
= 10 e d = 990.
Logo, a sensibilidade (a/a+c) foi de 30% e a especificidade (d/b+d) é de:
990/1000 = 99%. Portanto, o nosso gabarito é a letra D.
»Questão que gerou muitas dúvidas sobre o Nomograma de Fagan. Como usamos esse
nomograma ?Devemos traçar uma linha que se inicia na probabilidade pré-teste, passando
pela Razão de Verossimilhança (Likelihood ratio) e terminar na probabilidade pós-teste.
Dito isso, vamos analisar as assertivas:A) Incorreta. Ao traçarmos uma linha da
probabilidade de RISCO BAIXO (3,6% na primeira "coluna" - probabilidade pré teste),
passando pela razão de verossimilhança positiva (19,6), temos uma probabilidade de ter o
diagnóstico INFERIOR à 50% (cerca de 35%).B) Incorreta. Ao traçarmos uma linha da
probabilidade de RISCO MODERADO (20,5% na primeira "coluna" - probabilidade pré
teste), passando pela razão de verossimilhança negativa (0,18), temos uma probabilidade
de ter o diagnóstico INFERIOR à 20% (cerca de 5%).C) Correta. Ao traçarmos uma linha da
probabilidade de RISCO BAIXO (3,6% na primeira "coluna" - probabilidade pré teste),
passando pela razão de verossimilhança negativa (0,18), temos uma probabilidade de ter o
diagnóstico é de cerca de 1%.D) Incorreta. Ao traçarmos uma linha de probabilidade de
RISCO ALTO (66,7% na primeira "coluna" - probabilidade pré teste), passando pela razão de
verossimilhança negativa (0,18), temos uma probabilidade de ter o diagnóstico é
INFERIROR À 50% ( cerca de 35%).Portanto, a única correta é a letra C, nosso gabarito.
Video comentário: 259418
»Questão clássica de validação de testes diagnósticos aqui em que já nos foi fornecida a
tabela que compara doentes e não doentes com o resultado do teste. Só um cuidado…
Notem que a tabela está invertida do “clássico”, em que acima ficam os doentes e não
doentes e ao lado esquerdo o resultado do teste!
Letra A: Incorreta. Sensibilidade
corresponde a chance de um teste ser positivo dentre os doentes. Logo: S = a/a + b.
Letra
B: Incorreta. Na verdade VPP corresponde a probabilidade de o paciente estar doente
quando o resultado do teste é positivo.
Letra C: Correta. Exatamente isso… A
especificidade corresponde a chance de um teste ser negativo dentre os não doente. Logo:
E = d/c + d.
Letra D: Incorreta. A acurácia corresponde a chance de um teste estar certo
dentre o total de testes. Logo, A = a + d/a + b + c + d.
Resposta: letra C.
Video comentário: 257379
351 - 2021 SES - GO
»Questão muito difícil aqui. Note que o pesquisador selecionou vários CASOS de certa
doença e decidiu avaliar o passado destes casos. Descobriu, desse modo, que havia um
fator de risco possivelmente associado. O fato das mães terem apresentado rubéola no
ano anterior. Note, portanto, que o estudo foi observacional, retrospectivo, individuado e
longitudinal! Caso-controle? Seria, caso o pesquisador tivesse selecionado “controles” para
serem comparados aos “casos”. O que não aconteceu! Coorte retrospectiva? Também não,
pois não houve a avaliação dos fatores de risco previamente ao desfecho. Ecológico?
Também não, pois o estudo foi longitudinal. Aqui temos o raro ESTUDO DE CASOS. A
melhor forma de fazer era mesmo por eliminação. Resposta: letra B.
Video comentário: 257739
»Temos duas perguntas aqui. Mas um cuidado inicial que tínhamos que ter é perceber que
a tabela está invertida com os doentes e não doentes na esquerda e com o resultados do
teste acima!
Nenhum problema… Vamos lá.
1- “A probabilidade de um paciente, atendido
nessa clínica e que não tenha câncer no pulmão, ter um resultado positivo no teste”. Ou
seja, ele está me pedindo a chance de um resultado ser positivo dentre o total de não-
doentes.
Logo → Falsos positivos/Total de não doentes = 78/4236 = 0,01841.
2- “O valor
da predição negativa”. Ou seja o valor preditivo negativo…
VPN = Total de verdadeiros
negativos/Total de testes negativos = 4158/4192 = 0,992.
Resposta: letra D.
Video comentário: 257740
354 - 2021 CEPT
»Estudo clássico aqui… perceba que foram selecionados um grande grupo de pacientes em
VM em busca do surgimento, ou não, de pneumonia (desfecho). Assim, a ideia era avaliar
se diversos fatores de risco estavam associados à incidência da condição.
Foi um estudo
LONGITUDINAL, PROSPECTIVO, INDIVIDUADO e OBSERVACIONAL. O nome deste estudo é
COORTE.
Resposta: letra C.
Video comentário: 273352
»Excelente e atual questão! Se o estudo se propõe a realizar uma nova intervenção, trata-se,
portanto, de um estudo intervencionista como um ensaio clínico, por exemplo!
Resposta:
letra C.
Note que todas as outras opções incluem estudos observacionais.
Video comentário: 257381
»Questão muito clássica aqui! Para que os grupos de tratamento e controle sejam
comparáveis é essencial que seja feita a RANDOMIZAÇÃO! Ou seja, a alocação aleatória
dos pacientes participantes no experimento aos grupos de controle e de tratamento.
Resposta: letra C.
Letra A: Errado. O mascaramento é ideal para minimizar o viés de
aferição de não de seleção.
Letra B: Errado. O tamanho da amostra melhora a
significância estatística do estudo, mas atua pouco sobre o viés de seleção.
Letra D:
Errado. O item está certo, mas não explica o que foi perguntado.
Video comentário: 257741
»Essa questão foi bem específica, pois trata de um conceito em estatística chamado de
COEFICIENTE DE VARIAÇÃO.
O coeficiente de variação (CV) é o desvio-padrão que é
expresso como uma porcentagem média. Ele é calculado da seguinte maneira:
CV = (DP /
média) x 100, onde: DP = desvio-padrão
Agora, vamos voltar ao enunciado. A partir dos
dados fornecidos, precisamos calcular o CV dos analgésicos A e B.
CV (analgésico A) =
(10/100) x 100 = 10%
CV (analgésico B) = (5/50) x 100 = 10%
Vamos às alternativas:
Letra A –
errada. Os coeficientes de variação são iguais entre os medicamentos.
Letras B e C –
incorretas. Tanto o analgésico A como o analgésico B possuem o mesmo grau de
regularidade, pois possuem o mesmo CV.
Letra D – correta. Como o coeficiente de variação
é uma medida de dispersão, ou seja, pode-se traduzir nesse caso como a distribuição do
tempo de eficácia.
Resposta certa: letra D.
361 - 2021 UNIRG
»Vamos analisar o delineamento citado pelo enunciado: Individuado (analisa indivíduo por
indivíduo), observacional (não há intervenção) e longitudinal prospectivo (acompanha
durante um determinado período de tempo). Ou seja, trata-se do clássico estudo do tipo
COORTE, que é excelente para verificar a incidência da doença. Esse é o desenho correto
do estudo, partindo-se de dois grupos (expostos e não expostos) para avaliar o desfecho
no futuro. Portanto, o nosso gabarito é a letra A. Vamos aproveitar para relembrar os
demais desenhos: B) Incorreta. Individuado, observacional e longitudinal retrospectivo.
Parte do desfecho (casos) para analisar os fatores de risco no passado. C) Incorreta.
Individuado, longitudinal prospectivo e INTERVENCIONISTA. D) Incorreta. A revisão
sistemática da literatura é um estudo secundário, que tem por objetivo reunir estudos
semelhantes, publicados ou não, avaliando-os criticamente em sua metodologia e
reunindo-os numa análise estatística, a metanálise, quando isto é possível.
Video comentário: 280556
»Para responder a essa difícil questão. vamos relembrar cada tipo de teste e sua melhor
aplicação:
A) O teste de qui-quadrado é melhor utilizado para dados categóricos (não
numéricos), com objetivo de avaliar a probabilidade de que qualquer diferença observada
aconteça ao acaso. Ora é exatamente o que o enunciado pediu. (CORRETA)
B) O teste T de
student é um teste de hipótese para rejeitar ou não uma hipótese nula quando os
conjuntos avaliados seguem distribuição normal. Em resumo, serve para comparar as
médias de dois conjuntos numéricos. (INCORRETA)
C) Em estatística, a palavra correlação
significa qualquer relação estatística (causal ou não causal) entre duas variáveis. Isso inclui
variáveis categóricas ou numéricas (INCORRETA)
D) A regressão estatística é uma técnica
que permite quantificar e inferir a relação de uma variável dependente (desfecho) com
variáveis independentes (fatores de risco). Também são utilizadas variáveis numéricas.
(INCORRETA)
Resposta letra A
Video comentário: 280557
»Percebam que o estudo acima se inicia pela divisão de dois grupos. Um grupo que morreu,
e outro que não morreu. Ora, a morte é sempre um desfecho (não há como dizer que é
um fator de risco!). Portanto, já de cara podemos afirmar que o estudo se inicia do
desfecho, e retrospectivamente observa os fatores que podem ter contribuído para o
óbito. O tipo de estudo longitudinal retrospectivo que parte do desfecho para investigar
uma ou mais exposições é o CASO-CONTROLE (A e E CORRETAS).
Esse tipo de estudo não
tem o poder de observar a incidência do desfecho, pois já se inicia após a ocorriencia do
desfecho. Por isso, não podemos utilizar cálculos de risco. A medida de associação
utilizada é portanto a razão de CHANCES, uma estimativa do risco. (D CORRETA)
Sua
característica retrospectiva, embora permita um estudo mais rápido, também causa um
problema. É necessário depender da memória dos pacientes que preenchem os
questionários, ou nos registros em prontuário de atendimentos passados, para coletar as
informações. Por isso, existe a possibilidade de erro derivado das falhas de recordaçnao
pelos pacientes e anotações mal feitas pela equipe no passado. (B CORRETA)
Só nos resta
então uma alternativa que está totalmente incompatível com o enunciado:
Resposta letra
C
Video comentário: 276012
365 - 2021 HSM - DF
»Vamos relembrar: uma curvca ROC representa graficamente a sensibilidade (ou taxa de
verdadeiro-positivos) no eixo Y e 1 - especificidade (ou taxa de falso-positivos) no eixo X (C
CORRETA). Cada ponto da curva representa um ponto de corte de sensibilidade e 1-
especificidade, e esses pontos de corte são utilizados para selecionar o valor limiar para
um exame diagnóstico que produza a melhor medida entre exames verdadeiro-positivos e
falso-positivos (B CORRETA).
A área sob a curva pode ser usada como medida quantitativa
do conteúdo informativo de um exame. Os valores variam de 0,5 (uma linha de 45 graus),
representando ausência de informação diagnóstica, a 1,0 para um exame ideal. Na
literatura médica, as curvas ROC são frequentemente utilizadas para comparar exames
diagnósticos alternativos, porém a interpretação de um exame específico e da curva ROC
não é tão simples na prática clínica.
Uma crítica feita à curva ROC é o fato de que ela avalia
apenas um parâmetro do exame, com exclusão de outros dados clínicos potencialmente
relevantes. Além disso, é preciso considerar a população subjacente em que a curva ROC
foi validade e a magnitude da generalização para a população inteira com a doença (A
CORRETA).
Portanto, a única INCORRETA é a letra D pois a curva ROC ideal possui um valor
de 1 e assim é o nosso gabarito.
Video comentário: 273357
367 - 2021 UNCISAL
»Essa questão nos solicita o Odds Ratio, ou razão de chances, de uma criança míope fazer
uso excessivo de aparelhos eletrônicos. Vamos montar a nossa clássica tabela 2x2:a = 70
usam óculos e fazem uso excessivo.b = 40 não usam óculos e fazem uso excessivo.c = 5
usam óculos e não fazem uso excessivo.d = 20 não usam óculos e não fazem uso
excessivo.
O Odds Ratio é calculado pela seguinte fórmula: axd/bxc = 70x20/40x5 = 7.
Portanto, o nosso gabarito é a letra E.
»Essa questão foi corretamente anulada pela banca avaliadora após recurso feito para
equipe MEDGRUPO. Vamos entender:
nesse tipo de questão, devemos primeiramente
ordenar a sequência em ordem crescente: 1-1-1-2-2-3-3-3-3-3-4-4-5-6-6-6-7-8. Dito isso,
vamos analisar as assertivas:
A) Incorreta. A mediana é a medida que está no centro da
amostra, dividindo os valores 50% maiores dos 50% menores. No caso, temos que a
mediana é: (3+3)/2 = 3.
B) Correta. A moda é o valor que mais aparece na amostra; no caso
em questão é valor 3.
C e D) Incorretas. A média é a média aritmética dos valores
encontrados. Soma todos os valores da amostra e divide pela quantidade da amostra. No
caso, a média é (1+1+1+2+2+3+3+3+3+3+4+4+5+6+6+6+7+8)/18 3,7.
E) Correta. O valor da
moda e da mediana são iguais, 3.
A banca inicialmente liberou como gabarito a letra C
mas depois do recurso optou por anular a questão.
Video comentário: 283417
371 - 2021 SES - GO
»Vamos relembrar:Um teste para o diagnóstico inicial de uma doença deve ter alta
sensibilidade para que nenhum paciente doente seja dado como não doente.Já um teste
confirmatório deve ter ALTA ESPECIFICIDADE. Dessa forma, com um teste negativo eu
consigo excluir a doença e com um teste positivo, confirmar a doença.
Ou seja, se temos
um teste confirmatório e que não deve ser utilizado para diagnóstico inicial da doença,
estamos diante de um teste com ALTA ESPECIFICIDADE.Portanto, o nosso gabarito é a
letra D.
Vale lembrar que os valores preditivos variam de acordo com a prevalência da
população enquanto que a sensibilidade e a especificidade são características intínsecas
dos testes e não variam de acordo com a prevalência.
Video comentário: 274149
373 - 2021 UNCISAL
»Essa questão foi anulada pela banca avaliadora após recurso feito pela equipe Medgrupo.
Vamos entender o motivo:Utilizando os dados citados no enunciado em relação ao uso
excessivo de aparelhos eletrônicos e miopia, temos os seguintes números:a = 70 usam
óculos e fazem uso excessivo.
b = 40 não usam óculos e fazem uso excessivo.c = 5 usam
óculos e não fazem uso excessivo.d = 20 não usam óculos e não fazem uso
excessivo.Quando vamos analisar a pergunta da banca avaliadora, ela nos deixa margem a
interpretação, sem estar claro o que a banca deseja. Teoricamente, pelo que a banca
solicita, temos que a probabilidade de selecionar um indivíduo que não faz uso excessivo
de aparelhos eletrônicos que não utiliza óculos (20) não fazer uso excessivo de aparelhos
eletrônicos (25) é de 20/25, ou 80%.
Contudo, como não ficou claro no enunciado o que a
banca desejava, a banca aceitou o pleito e anulou a questão.
Video comentário: 276015
374 - 2021 PUC - RS
»Para responder à essa questão precisamos montar a clássica tabela 2x2 onde teremos
a miopia e uso excessivo de aparelhos eletrônicas como principais elementos:
Não míopes
(b+d) = 60.
Verdadeiro negativo (d) = 20. Logo, b = 40.
Míopes e usuários excessivos de
aparelhos eletrônicos (a): 70
Míopes (a+c) = 135 - 60 = 75. Onde a = 70 e c = 5.Dessa forma, temos que:a = 70b = 40c =
5d = 20Utilizando esses dados, temos que a sensibilidade (a/a+c) é de = 70/75 = 93%.
E a
especificidade (d/b+d) é de: 20/60 = 33,3%.
Ao retornarmos para o gráfico, percebemos
que apenas o ponto A possui sensibilidade de 93% e especificidade de 33,3% e portanto, é
o nosso gabarito.
»Perceba que as 3 curvas são simétricas! E, como bem sabemos, em curvas simétricas a
moda, mediana e a média são coincidentes no ponto central que, inclusive, é igual nas 3
curvas!
Desse modo, as Médias, as medianas e as modas são iguais para A, B e C.
Resposta: letra B.
Video comentário: 258949
»Essa é uma questão sobre as fases ou etapas da pesquisa clínica até que um medicamento
seja aprovado e possa ser comercializado na população geral. Vamos relembrar:
Fase I – é
aquela que avalia diferentes vias de administração e diferentes doses, realizando-se testes
iniciais de segurança e de interação com outras drogas. Cerca de 20 a 100 indivíduos
participam dessa fase.
Fase II - cerca de 100 a 300 indivíduos que têm a doença ou
condição para a qual o tratamento está sendo estudado participam desta fase, que tem
como objetivo obter mais dados de segurança e começar a avaliar a eficácia do novo
medicamento ou procedimento. Os testes de fase II, geralmente diferentes dosagens
assim como diferentes indicações do novo medicamento também são avaliadas nesta
fase.
Fase III – esta é a fase dos grandes estudos multicêntricos, que acompanham um
número bem mais expressivo de pacientes, 5 a 10 mil, em geral, por um período maior de
tempo, geralmente sendo comparados a outros tratamentos existentes e recomendados
para o mesmo problema. Durante essa fase, ainda podem ser avaliados dados de
segurança ou sobre a interação de drogas, mas sobretudo, o objetivo desta fase é avaliar a
EFICÁCIA do medicamento. Ao participar de uma pesquisa de fase III, o voluntário poderá
receber ou o novo tratamento ou o tratamento habitual (ou placebo), pois são estudos
comparativos, em que se objetiva avaliar a eficácia do tratamento sob estudo em
comparação ao tratamento convencional ou ao placebo.
Sendo assim, vamos analisar as
opções:
Letra A – correta. A Fase III de um estudo clínico visa avaliar a eficácia da droga
sob estudo, de forma comparativa ao tratamento convencional ou ao placebo.
Letra B –
incorreta. O problema aqui é que o objetivo principal da Fase III não é verificar a ausência
de efeitos colaterais, mas sim avaliar a EFICÁCIA.
Letra C – incorreta. Não são pequenos
grupos, mas são grandes estudos multicêntricos.
Letra D – incorreta. Eficiência é testar o
efeito real na população, são os estudos de fase IV, de pós-comercialização.
Resposta
certa: letra A.
Video comentário: 283759
381 - 2021 UEM
»Vamos aproveitar para relembrar alguns conceitos utilizando os trechos do enunciado: "
condições ideais": Eficácia: grau no qual uma intervenção, procedimento, regime ou
serviço produz um efeito benéfico sob condições ideais. " circunstâncias reais": Efetividade:
grau no qual uma intervenção, procedimento, regime ou serviço específico executa o que
foi previsto sob condições reais. "com boa relação custo benefício": Eficiência: é o efeito ou
resultado do esforço realizado, expresso sob a forma de recursos e tempo. Refere-se mais
como medida de economia, obtenção de maiores resultados com menos dispêndios de
recursos. Ou seja, o enunciado fala de um ensaio eficaz, efetivo e eficiente,
respectivamente e o nosso gabarito é a letra E.
Video comentário: 265468
»Excelente questão pois trata de um tema bastante em voga que é a eficácia das vacinas
contra COVID-19. Quando falamos em eficácia de uma vacina, em outras palavras,
estamos falando na redução do risco relativo. Ou seja, a eficácia é calculada por 1 - Risco
Relativo (que nos diz quantas vezes é maior o risco do desfecho nos expostos em relação
aos não expostos). Dito isso, vamos voltar ao enunciado que nos pede para calcular o risco
relativo:
Risco relativo: (incidência nos expostos)/(incidência nos não expostos)
Incidência
de covid-19 em quem tomou a vacina: 10/1000 = 0,01.
Incidência de covid-19 em quem não
tomou a vacina: 50/1000 = 0,05.
Ao dividirmos os valores, temos que o risco relativo é de:
0,01/0,05 = 0,2.
Portanto, o risco relativo (clássica medida de associação) é de 0,2 e o nosso
gabarito é a letra E.
Se a banca solicitasse a eficácia da vacina, ela é de 1-0,2 = 0,8 ou 80%.
Video comentário: 282822
»Questão clássica sobre nossa tabela 2x2 que inclusive a banca avaliadora já nos deu no
enunciado. Vamos lá:
A sensibilidade é a capacidade de um teste diagnóstico detectar os
verdeiros positivos dentre todos os doentes. É dada pela seguinte fórmula: a/a+c.
Utilizando os dados da tabela temos que a sensibilidade é: 56/104.
Já a especificidade é a
capacidade de um teste diagnóstico detectar os verdadeiros negativos em quem é sadio. É
dada pela seguinte fórmula: d/c+d. Utilizando os dados da tabela temos que a
especificidade é: 302/307.
Portanto, o nosso gabarito é a letra A.
Video comentário: 282823
387 - 2021 HEVV
»Essa questão deveria ter sido anulada pela banca pela ausência de alternativa correta.
Segundo a tabela de Oxford, para os níveis de hierarquia de evidência científica, os níveis
são números seguidos de letras (ex: 1-A, 1-B, 1-C, 2-A, 2-B, etc).
Portanto, para o caso do
estudo descrito no enunciado, que consiste numa REVISÃO SISTEMÁTICA de ESTUDOS DE
COORTE, o nível de evidência correspondente, pela classificação de Oxford, é o 2-A.
Os
níveis de evidência anteriores seriam o 1-A (revisão sistemática de ensaios clínicos
controlados e randomizados), 1-B (ensaios clínicos controlados e randomizados com
intervalo de confiança estreito) e 1-C (série de casos do tipo “tudo ou nada”).
No entanto, a
banca não mudou o gabarito e a resposta final ficou mesmo a letra C.
Video comentário: 258954
»As avaliações de impacto das ações de saúde são usualmente classificadas em três
categorias: eficácia, efetividade e eficiência. Vamos relembrar os conceitos:Eficiência:
quando uma intervenção específica funciona em condições habituais, mesmo levando em
consideração os custos e os riscos.Eficácia: quando uma intervenção específica funciona
em condições ideias.Efetividade: quando uma intervenção específica funciona em
condições habituais.Portanto, a sequencia correta é: 3-1-2-1 e o nosso gabarito é a letra E.
Video comentário: 282828
391 - 2021 UEL
»Vamos usar os dados fornecidos no enunciado para montar nossa clássica tabela 2x2:
50
gestantes tinham urucultura positiva, ou seja, possuiam a "doença". A+C = 50Logo, 950
gestantes não possuem "a doença". B+D = 950.O nitrito (teste realizado) foi detectado em
115 gestantes e 95 eram "falsos positivos". OU seja, 20 eram verdadeiros positivos. A = 20
e C = 30.885 gestantes eram nitrito negativa, sendo que 30 eram falso negativos. Ou seja,
855 são verdadeiras negativas (D).Se B+D = 950, temos que B = 950-855 = 95.Dito isso,
vamos analisar as assertivas:
A) Incorreta. A acurácia é dada por a+d/a+b+d+c =
20+855/20+855+95+30 = 875/1000 = 87,5%
B) Incorreta. A especificidade é dada por: d/b+d
= 855/855+95 = 90%.
C) Correta. O valor preditivo positivo é dado por: a/a+b = 20/20+95 =
17%.
D) Incorreta. A sensibilidade é dada por: a/a+c = 20/20+30 = 40%.
Portanto, o nosso
gabarito é a letra C.
»Excelente questão sobre uma das técnicas para se reduzir a possibilidade de viés em
estudos de intervenção. Trata-se do CEGAMENTO.
Pode-se classificar o cegamento nos
estudos em mono-cego (ou simples-cego), duplo-cego e triplo-cego. O mono-cego ocorre
quando o examinado ou examinador (classicamente o examinado) não conhece a
intervenção nos grupos. No duplo-cego, o examinado e o examinador não conhecem a
intervenção nos grupos. Entretanto no triplo-cego o examinado, o examinador e o
estatístico (analista de dados) não conhecem a intervenção nos grupos. Neste terceiro
caso apenas o pesquisador principal sabe a qual grupo os participantes pertencem.
Resposta: letra A.
394 - 2021 IPSEMG
»Note a maldade desta questão… A tabela apresentada está invertida do que estamos
acostumados com a prevalência à esquerda e o resultado do teste acima! Problema
alguma… Vamos lá. Mas, primeiro, que tal colocarmos a tabela da forma mais fácil!
Letra A: INCORRETA. Sensibilidade = verdadeiros positivos/total de doentes = 5600/7000 =
80%
Letra B: INCORRETA. Especificidade = verdadeiros negativos/total de não-doentes =
2.220/3000 = 74%
Letra C: INCORRETA. Valor preditivo positivo = verdadeiros
positivos/total de testes positivos = 5600/6380 = 87%
Letra D: CORRETA. Valor preditivo
negativo = verdadeiros negativos/total de testes negativos = 2220/3600 = 61%
Resposta:
letra D. ‘’’’’
»Perceba que o enunciado solicita que o aluno detenha o conhecimento da divisão entre
a "proporção de testes negativos em pessoas comprovadamente doentes" e a "proporção
de verdadeiros negativos". Usando a nossa clássica tabela 2x2 fica mais fácil de entender o
conceito:"Proporção de testes negativos em pessoas comprovadamente doentes" =
c/a+c."Proporção de verdadeiros negativos" = d/d+b.Quando dividimos um pelo outro
temos: (C/A+C)/(D/D+B). Ou seja, trata-se da razão de verossimilhança negativa que em
outras palavras é a probabilidade de um resultado negativo em pacientes com a doença
dividida pela probabilidade de um resultado negativo em pacientes sem a doença.
Portanto, o nosso gabarito é a letra B.
Vamos aproveita para relembrar:
A sensibilidade é a
capacidade de um teste diagnóstico detectar os verdadeiros positivos dentre os pacientes
doentes enquanto que o valor preditivo positivo indica qual a probabilidade de uma
pessoa com teste negativo realmente não tenha a condição.
Video comentário: 260598
401 - 2021 UEL
»Questão clássica de prova aqui! A dica é uma só: analisar o valor da medida de associação
e comparar este valor com o seu respectivo intervalo de confiança.
Letra A: INCORRETA.
Menor escolaridade → RR ajustado = 1,99 (1,32 - 3,00). Trata-se, portanto, de um fator de
risco.
Letra B: INCORRETA. Não… Na verdade o risco de dependência funcional é 1,99
vezes maior em indivíduos com baixa escolaridade em relação aos indivíduos com alta
escolaridade.
Letra C: INCORRETA. É maior nos idosos com significância estatística, pois o
RR tem valor de 1,87 e o IC vai de 1,25 até 2,80.
Letra D: INCORRETA. Na verdade o risco
foi 1,49 vezes maior ou 49% maior.
Letra E: CORRETA. O risco de dependência foi de 0,73
vezes em homens em comparação com as mulheres ou 27% menor.
Resposta: letra E.
Video comentário: 264060
»Na verdade a banca já nos forneceu todos os dados para montarmos nossa clássica tabela
2x2. Vamos lá:
Verdadeiro-positivos (VP) = a = 6.
Falso-positivos (FP) = b =199.
Falso-
negativos (FN) = c = 0.
Verdadeiros negativos =d = 795.
Dito isso, vamos analisar as
assertivas:
A) Correta. O valor preditivo negativo é dado por d/c+d = 795/795= 1 = 100%.
B)
Incorreta. A sensibilidade é dada por: a/a+c = 6/6 = 1 = 100%.
C) Incorreta. A especificidade
é dada por: d/b+d = 795/795+199 = 80%.
D) Incorreta. O valor preditivo positivo é dado
por: a/a+b = 6/6+199 = 3%.
E) Incorreta. Ambos estão calculados nas assertivas anteriores.
Portanto, o nosso gabarito é a letra A.
»Muito legal essa questão… Note que o enunciado compara a probabilidade de um teste
positivo estar certo, em uma população com baixa prevalência (probabilidade pré-teste),
em relação a outra com alta prevalência de doença. Como bem sabemos, quanto menor a
prevalência, menor será esta probabilidade.
Mas que conceito é esse?
Probabilidade de
um teste positivo estar certo…Ou seja, probabilidade de um indivíduo ser doente dado que
seu teste foi positivo! Esse é o conceito de VALOR PREDITIVO POSITIVO.
Resposta: letra C.
Video comentário: 274419
»Questão interessante, em que era importante conhecer tanto o conceito quanto o cálculo
da especificidade e da sensibilidade. Devemos lembrar então que:
-a sensibilidade é a
capacidade do teste de identificar corretamente os indivíduos doentes como positivos.
Quanto maior a sensibilidade, menor é o número de falsos-negativos
-a especificidade é a
capacidade do teste de identificar corretamente os indivíduos não-doentes como
negativos. Quanto maior a especificidade, menor e o número de falsos-positivos
Já que a
especificidade está relacionada inversamente aos falsos-positivos, podemos utilizá-la no
cálculo: JA prevalência da doença é de 5%, logo sabemos que dos 200.000 pacientes
testados, apenas 10.000 tem a doença. Os 190.000 restantes são indivíduos não-doentes.
Caso a especificidade fosse 100%, todos os 190.000 não-doentes teriam resultado
negativo, porém a especificidade é apenas 90%, ou seja, apenas 171.000 terão resultado
verdadeiramente negativo. Os 19.000 não-doentes restantes terão resultado positivo,
mesmo sem ter a doença, ou seja, serão falsos-positivos.
Afirmativa CORRETA
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417 - 2021 ENARE
»Boa questão para relembrarmos da curva de distribuição normal (ou curva de Gauss).
Lembre-se que:
A porcentagem de dados que está a 1 DP da média (para mais ou para
menos) é 68,26%;
A porcentagem de dados que está a 2 DP da média (para mais ou para
menos) é 95,44%;
A porcentagem de dados que está a 3 DP da média (para mais ou para
menos) é 99,73%;
A porcentagem de dados que está a 4 DP da média (para mais ou para
menos) é 99,994%.
Resposta: letra C.
»A questão já começa nos dizendo que trata-se de um estudo observacional. Após, explica
que neste estudos os indivíduos expostos (que estão submetidos à exposição passiva da
fumaça de cigarro) foram separados dos não-expostos em busca da INCIDÊNCIA do
desfecho (câncer de pulmão). Ou seja, a questão está falando sobre um estudo
LONGITUDINAL e PROSPECTIVO (só assim para se obter a incidência), INDIVIDUADO E
OBSERVACIONAL.
Trata-se portanto de um estudo de coorte.
Resposta: letra C.
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421 - 2021 HOB - DF
»Esta questão é muito mais de epidemiologia do que de asma! Vamos, então, relembrar o
que são estes tais determinantes. O assunto, portanto, é a CAUSALIDADE EM SAÚDE.
A
determinação da causalidade passa por níveis hierárquicos distintos, sendo que alguns
desses fatores causais estão mais próximos do que outros em relação ao desenvolvimento
da doença. Por exemplo, fatores biológicos, hereditários e socioeconômicos podem ser os
determinantes distais da asma infantil, ou seja, são fatores a distância que, através de sua
atuação em outros fatores, podem contribuir para o aparecimento da doença.
Por outro
lado, alguns fatores chamados determinantes intermediários podem sofrer tanto a
influência dos determinantes distais como agir em fatores próximos à doença, como seria
o caso dos fatores gestacionais, ambientais, alérgicos e nutricionais na determinação da
asma.
Os fatores que estão próximos à doença – os determinantes proximais –, por sua
vez, também podem sofrer a influência daqueles fatores que estão em nível hierárquico
superior (determinantes distais e intermediários) ou agirem diretamente na determinação
da doença. No exemplo da asma, o determinante proximal mais clássico é um evento
infeccioso prévio.
Resposta: letra D.
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»Vamos prestar atenção nas palavras chave. Um estudo que ACOMPANHOU pacientes é um
estudo LONGITUDINAL, e PROSPECTIVO (A INCORRETA, estudos caso-controle são
retrospectivos). Não houve intervenção, apenas observação por parte dos examinadores,
portanto não estamos falando de um ensaio clínico (B INCORRETA). O desfecho avaliado
foi o óbito, e potenciais fatores de risco foram avaliados individualmente em sua relação
com o desfecho, em um estudo com delineamento de COORTE. Logicamente, ter menos
de um ano e mães com baixa escolaridade não são CAUSAS de morte em si, portanto não
são fatores etiológicos, e sim PROGNÓSTICOS (C CORRETA, D INCORRETA)
Resposta letra C
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428 - 2021 HPP
»O risco atribuível que indica o que se pode esperar que aconteça com a ocorrência geral
do agravo na comunidade, caso o fator de risco seja eliminado. É calculado pela seguinte
fórmula: Incidência nos expostos - incidência nos não expostos). Dito isso, vamos utilizar
os dados da questão:
Incidência nos obesos : 29,7/1000
Incidência nos não obesos:
7,4/1000
Logo, temos que o risco atribuível para cada 1.000 indivíduos é de: 29,7/1.000 -
7,4/1.000 = 22,3/1.000
Portanto, o nosso gabarito é a letra C.
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431 - 2021 IHOA
»Vamos primeiro relembrar o significado de cada tipo de variável, para então responder o
enunciado:
Variáveis qualitativas ou categóricas:
-Nominal: não existe ordenação dentre
as categorias. Exemplos: cor dos olhos, ocupação
-Ordinal: existe uma ordenação entre as
categorias (ex: meses do ano, estágio da doença (inicial, intermediário, terminal), etc
-
Binária ou dicotômica: Onde há apenas duas alternativas (masculino/feminino,
portador/não portador, etc.)
Variáveis quantitativas ou numéricas
-Contínua: Formada
por números inteiros e decimais, possibilitando um número infinito de valores. Ex: peso,
altura, tempo, etc.
-Discreta: Formada por números inteiros, sem subdivisões. Ex: número
de filhos, cigarros fumados em um dia, etc.
Variáveis numéricas podem ser
transformadas em qualitativas, ao dividir os números em grupos, e foi o que aconteceu
acima. Dessa forma, temos a variável faixa etária (ordinal), sexo (binária ou dicotômica),
peso ao nascer (originalmente contínuo, mas a separação em alto/baixo o transforma em
binário ou dicotômico) e cor da pele (nominal)
Caso não existisse a observação "alto ou
baixo", a alternativa D seria perfeitamente correta. Contudo, da forma que foi escrito, o
enunciado transmite a ideia de que a variável está sendo interpretada como uma divisão
entre dois grandes grupos, tornando-a qualitativa, e não quantitativa.
Infelizmente, apesar
dos pedidos de recurso, a banca optou por manter o gabarito oficial
Resposta letra D
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»O enunciado quer saber qual é a clássica medida de associação que é a mais útil para
avaliar o impacto do tabagismo como fator de risco para uma determinada população.
Ora, se queremos avaliar o impacto do tabagismo, o ideal seria utilizar uma medida que
calculasse o que ocorreria caso não tivéssemos tabagismo nessa população. E qual é essa
medida ?
É o risco atribuível que indica o que se pode esperar que aconteça com a
ocorrência geral do agravo na comunidade, caso o fator de risco seja eliminado. O risco
atribuível combina três idéias: a freqüência da ocorrência indesejável, quando o fator de
risco está presente; a freqüência da ocorrência quando o fator está ausente e a freqüência
da presença do fator de risco na comunidade.
Portanto, o nosso gabarito é a letra C.
Vamos aproveitar para rever outros conceitos:
A) Incorreta. o Olds-Ratio (OR) é um
indicador que estima o risco relativo a determinado fator (mede seu efeito no
desenvolvimento clínico da doença ou problema) a partir de valores encontrados em
estudos de “Caso Controle”, isto é, “representa a razão entre as chances em favor da
exposição nos casos (doentes) e as chances em favor da exposição nos não casos
(indivíduos sadios).
B) Incorreta. A prevalência é um valor bruto e não consegue nos dar a
ideia do que ocorre se retirarmos o fator de risco da população.
D) Incorreta. RISCO
RELATIVO (RR): ou razão de incidências é uma medida estatística que expressa a proporção
de incidência do agravo (doença, causa de morte etc) entre os que apresentam o fator (ou
fatores) de risco em determinada população. Constitui, portanto, uma medida da força da
associação entre o fator de risco e a ocorrência do agravo.
Video comentário: 262846
»Vamos relembrar:
A sensibilidade é a capacidade de um teste detectar os verdadeiros
positivos dentre todos aqueles que são doentes.
Perceba que o Teste RT-PCR é o padrão
ouro e que temos 65 pacientes com Teste RT-PCR positivo, ou seja: a+c = 65.
E que 27
tiveram o resultado positivo pelo teste rápido (teste que está em análise). Ou seja, a = 27.
A
sensibilidade é calculada por a/a+c = 27/65 = 41,5%.
Portanto, o nosso gabarito é a letra A.
Video comentário: 262847
»Vamos relembrar:
A acurácia é a proporção de resultados verdadeiros (verdadeiros
positivos + verdadeiros negativos) dentro de toda a amostra.
É calculado por: VP + VN /
VP+VN+FP+FN ou: a+d/a+b+c+d.
Dito isso, vamos usar os dados do enunciado:
a+c = 65. a
= 27 e c = 38.
b+d = 85. b = 45 e d = 40.
Ao colocarmos os dados na fórmula, temos que a
acurácia = 27+40/150 = 0,4467 = 44,7%.
Portanto, o nosso gabarito é a letra B.
Video comentário: 262848
»Vamos relembrar:
A Média, Moda e a Mediana são medidas de tendências centrais em um
conjunto de dados numéricos utilizadas na estatística.
A média de um conjunto de dados
(elementos) é a razão entre a soma de todos os elementos deste conjunto e o total de
elementos. É uma medida muito influenciada pelos extremos, já que é uma média
aritmética de todos os valores encontrados e portanto, não é indicada para representar a
tendência central.
A Moda é o valor que aparece com mais frequência em um conjunto de
dados, ou seja, o valor que aparece um maior número de vezes. Também não é a mais
indicada por apenas ser o número que aparece mais frequentemente.
A Mediana é o valor
de centro de um conjunto de dados. É a medida que está no centro da amostra, dividindo
os valores 50% maiores dos 50% menores, sendo menos sensível a ação dos valores
extremos do que a média e portanto, a mais indicada para representar a tendência central.
Portanto, a medida mais indicada para ser utilizada para representar a tendência central é
a MEDIANA e o nosso gabarito é a letra A.
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442 - 2021 EMCM
»Essa questão versa sobre os três princípios básicos da medicina baseada em evidências.
Vamos relembrar:
A) Correta. "Quando possível, o profissional de saúde deve utilizar
informações provenientes de estudos sistemáticos, reprodutíveis e sem tendenciosidade,
de forma a aumentar a confiança no prognóstico, na eficácia da terapia e na utilidade dos
testes diagnósticos."
B) Incorreta. A compreensão da fisiopatologia é necessária, mas
insuficiente para a prática clínica.
C) Correta. "A compreensão de determinadas regras de
evidência é necessária para avaliar e aplicar de forma efetiva a literatura médica."
D)
Correta. Apenas as letras A e C estão corretas e portanto a letra D é o nosso gabarito.
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444 - 2021 HPP
»Vamos relembrar…
Risco relativo → É a medida de associação que mede a relação entre
incidência do desfecho entre expostos (risco absoluto entre expostos) e não-expostos a
certo fator de risco.
Avalia, portanto, o risco de desenvolver a doença nos expostos em
comparação com os não-expostos ao fator. É muito utilizada em estudos tipo COORTE,
embora também possa ser útil nos ensaios clínicos.
Com o seu valor conseguimos
entender a força de associação entre a exposição e a doença.
Peraí… força de associação?
Esse nome soa familiar, certo?
Exatamente! Esse é um dos critérios de Hill.
Resposta: letra
C.
Letra A: INCORRETA. Não é diferença e sim fração. RR = Incidência expostos / Incidência
não-expostos.
Letra B: INCORRETA. Esse é o conceito de risco atribuível.
Letra D:
INCORRETA. Quem permite avaliar o impacto de intervenção em situações ideais (eficácia)
é a redução do risco relativo. Já em situações reais (efetividade) é a redução absoluta do
risco.
Video comentário: 274685
»Boa questão que começou relembrando dos erros sistemáticos e perguntou qual está
presente quando “diferentes grupos de indivíduos estudados são submetidos a critérios
diagnósticos diferentes entre si e que, portanto, apresentam qualidade diagnóstica
variável”.
Bem, nestes casos, a aferição dos grupos será diferente, o que pode levar a um
viés homônimo.
Resposta: letra B.
Video comentário: 277489
447 - 2021 SUS - RR
»Na Medicina Baseada em Evidências (MBE) existe uma ordem crescente de força de
evidência dos estudos epidemiológicos. Vamos relembrar:Ordem crescente de
importância:(1) Relato de caso.(2) Estudo Observacional Transversal.(3) Estudo
Observacional de Caso Controle.(4) Estudo Observacional de Coorte.(5) Ensaio Clínico
Randomizado.Ou seja, a ordem correta é: 2-5-1-3-4 e o nosso gabarito é a letra D.
Video comentário: 262851
»Vamos analisar as assertivas e descobrir qual delas traz o conceito citado no enunciado:
A)
Incorreta. Chance é possibilidade, probabilidade. Não possui correlação com a definição
do enunciado.
B e C) Incorretas. O erro sistemático, ou viés (bias, do inglês) é definido
como qualquer processo, em qualquer estágio da inferência, que tende a produzir
resultados e conclusões, que diferem sistematicamente da verdade. É um termo genérico
e inclui diversos tipos como: viés de seleção, viés de aferição e viés de confundimento.
D)
Correta. O confundimento (ou confusão) ocorre quando uma terceira variável (variável
confundidora) está associada com a exposição e, independentemente da exposição, é um
fator de risco para a doença. Ou seja, exatamente como descrito no enunciado.
Portanto,
o nosso gabarito é a letra D.
Video comentário: 273219
452 - 2021 HPP
»Essa questão foi devidamente anulada pela banca avaliadora que inicialmente liberou
como gabarito correto a letra A (I e II verdadeiras). Vamos analisar as assertivas:I) Correta.
O risco relativo e o Odds Ratio realmente apontam para a mesma direção e o valor
numérico em si é bastante similar.II) Incorreta. Odds Ratio pode ser traduzido como razão
de chances. Indica quantas vezes mais chances os individuos expostos tem de vir a
desenvolver a doença em relação aos indivíduos não expostos.III) Incorreta. Quanto mais
forte for a associação, maior será o risco relativo e o Odds Ratio.Quando a banca coloca
que "OR é definido como as chances de um caso exposto dividido pelas chances de um
controle ser exposto" ela já considera que existe um caso e um controle, ou seja, um
indivíduo previamente doente e outro não e isso deixa margem a interpretação dúbia
sobre a definição clássica de Odds Ratio supracitada.Com essa justificativa a questão foi
devidamente anulada pela banca avaliadora.
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