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Bosc - Le Peuple Souverain Et La Démocratie - Politique de Robespierre
Bosc - Le Peuple Souverain Et La Démocratie - Politique de Robespierre
Introduction.................................................................................................................... 1
Chapitre I – Le Peuple Français. Liberté, égalité, fraternité...........................................2
« Les liens indissolubles de la fraternité »..........................................................................2
La fraternité ou le contrat social..........................................................................................2
Les usages des principes de la Déclaration.......................................................................3
Chapitre II – Dans une république, les représentants du peuple souverain sont ses
commis.......................................................................................................................... 3
Robespierre républicain ?...................................................................................................3
Robespierre, le roi et le pouvoir exécutif............................................................................4
L’éxecutif et le législatif dans la république........................................................................4
Les commis du peuple souverain.......................................................................................4
La république est dans la mise en œuvre de la Déclaration [vazio]............................................................5
Introduction
Em 1799, no « lendemain » do golpe de Estado, Cabanis, um dos formuladores da
constituição durante o Consulat, define o verdadeiró sistema representativo como “le
peuple est souverain, mais tous les pouvoir dont sa souveraineté se compose sont
délégues"1. – 9
Robespierre, em outro sentido, nega esse caráter substitutivo. Já em 1790, ele afirma
que o representante é apenas aquele que possui “la charge sublime d’exécuter la
volonté générale; j’ai dit qu’on ne represente la Nation que quand on est spécialement
chargé par elle d’exprimer sa volonté."2 Apesar disso, ele é acusado, por exemplo por
Soboul, de ter aderido a uma ideia de democracia direta apenas por razões
estratégias, frente à pressão o movimento popular, o que estaria expresso na sua
defesa do termo mandatário ao invés de representantes em 1793. – 12- (...) – “Si le
vocabulaire n’est pas fixé, les príncipes le sont. Dans tous les cas, les représentants
tels qu’il les conçoit ne correspondent pas aux représentants tels que nous les
connaissons aujourd’hui, c’est-à-dire des représentants qui ne sont pas des
mandataires." – 14 – Entretanto, tampouco a proposta da sans-culotterie [ou de
Robespierre] era uma democracia direta no sentido que falamos hoje. Essa
diferenciação entre democracia direta, democracia representativa e, muito mesmo,
democracia participativa, não existe durante a Revolução. O que tínhamos, sobretudo,
era o exercício da cidadania como controle sobre o poder delegado. – 15
“Robespierre n’a pas rédigé de traité dans lequel il aurait systématisé une théorie de la
démocratie et de la souveraineté populaire. Pendant la Révolution, ses discours
comme ses écrits sont des interventions politiques, liées à des situations spécifiques,
qui ont pour fonction de créer des rapports de force. Robespierre est un législateur.
Son objectif n’est pas d’alimenter un débat d’idées, mais de – 19 – traduire en lois
l’aspiration à plus de justice et de les faire appliquer." - 20
3
OMR, t. 6, p. 88
4
OMR, t. 6, p. 87
5
OMR, t. 6, p. 88
6
OMR, t. 6, p. 94
7
OMR, t. 5, p. 15
invés de rei. – 70 – (...) - “(…) proclamer la souveraineté du peuple ou de la nation
implique que le roi devient le commis du peuple souverain. Selon cette logique, la
Déclaration des droits républicanise la monarchie en affirmant la souveraineté de la
nation.” – 72
La république est dans la mise en œuvre de la Déclaration [vazio]
(…)
Déclarer, constituer
Neste sentido, o dispositivo censitário da Constituição de 1791, a distinção entre
cidadãos ativos e passivos, é considerado “anticonstitutionnelles, antisociales”, ao
contradizer os princípios declarados. “Pour Robespierre - 118 –, la Déclaration est la
Constitution (...) la Déclaration fonde la société: c’est autor d’elle que l’on fait
communauté". Para o outro campo, a Declaração seria acessória à Constituição, daí a
legitimidade da distinção. – 119 – Diferente deste, para Robespierre a Declaração tem
sim uma função normativa – é lei. – 120
(...)
“Le processus constituant tel qu’il a existé pendant la Révolution française – il est la
Révolution française elle-même – engendre la constitution d’un peuple au sens où il le
constitue peuple. (…) le peuple qui a conscience de former un peuple politique – une
nation – c’est-à-dire qui a consciente d’être souverain. C’est ce peuple qui selon ses
termes est ‘naturellement vertueux’. Il est identifié par le côté gauche comme le peuple
qui conquiert sa liberté les armes à la main.” – 124
Contourner le peuple souverain [vazio]
(…)
26
OMR, t. 9, p. 495
Em seu relatório sobre a lei de 4 de dezembro de 1793 (4 frimaire na II), Billaud-
Varenne explica a organização do governo revolucionário. O conselho executivo, que
é eleito pela Assembleia, - 138 – fica responsável pela fiscalização das leis ordinárias
e presta contas ao Comitê de Saúde Pública. As leis revolucionárias ficam sob a
responsabilidade dos distritos, que ficam logo abaixo das comunas na hierarquia
administrativa. O poder executivo é descentralizado, enquanto o legislativo é
centralizado no Assembleia. Não podemos confundir os representantes em missão,
que são membros do Legislativo, com os “ancêtres des préfets” de Bonaparte – 139 -,
que representavam o Executivo como uma espécie de intendente do Antigo Regime.
Toda tentativa de transforma o Comitê de Saúde Pública em em “comitê de governo”
foi reiteradamente rejeitada pela Assembleia. Billaud-Varenne reitera que o entro do
governo é a Convenção frente à essa proposta formulada por Merlin de Thionville em
29.nov.1793 (9 frimaire an II). - 140
La république et l’économie
Os fisiocratas inventam a "ciência” econômica como ciência total capaz de determinar
a melhor constituição política e moralizar os homens. Para Say, em sua ficção Olbie,
"un bon traité d’économie politique doit être pour un peuple le premier livre de morale."
A economia substitui a política ao ser aquilo que gera o interesse enquanto regulador
das relações entre os indivíduos. Turgot e Condorcet seguem os fisiocratas na sua
ideia de um mercado sem tensões ou dominação. O mercado teria uma função
distributiva e equalizadora. – 154 – Um republicanismo de mercado oposto ao
republicanismo fundado no direito natural que defende Robespierre. A lei natural de
Condorcet não é uma moral política, mas “une physique du social dans laquelle
l’intérêt joue le même rôle que la gravitation dans la physique du monde matériel”. –
155
27
OMR, t. 9, p. 507. [nota 145: o texto de OMR omite o "politique" da expressão. Bosc buscou a citação
completa nas Œuvres choisies, t. 2, p. 155]
28
Sur le respect dû aux lois et aux autorités constituées, OMR, t. 4, p. 145 (Le Défenseur de la
Constitution, n. 5, juin 1792)
29
Discours sur l’économie politique (1755)
La fonction de la république consiste à garantir le droit naturel à
l’existence
Ao invés de liberdade como ausência de entraves, liberdade como não dominação e
reciprocidade – favorecendo a livre circulação ao invés da especulação. – 166
30
OMR, t. 6, p. 223 (Motion de M. de Robespierre sur la restitution des biens communaux envahis par les
seigneurs, lors de la séance du 9 décembre 1789)
31
OMR, t. 6, p. 553
Épilogue – L’anarchie du peuple souverain [vazio]
(…)