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Joseph-Jean Pâques
Caroline Monette
Renaud Daiole
GUIDE TECHNIQUE
ASP-IMPRIMERIE
S o l i d e m e n t I m p l a n t é a u Q u é b e c d e p u i s 1980,
l'Institut d e r e c h e r c h e R o b e r t - S a u v é e n s a n t é
e t e n s é c u r i t é d u travail ( I R S S T ) e s t u n o r g a n i s m e
de recherche scientifique reconnu
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publié conjointement p a r l'Institut et la CSST.
Abonnement : 1-877-221-7046
Dépôt légal
Bibliothèque nationale du Québec
2005
ISBN : 2-89631-018-5
ISSN : 0820-8395
IRSST - Direction d e s communications
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www.irsst.qc.ca
© Institut d e recherche Robert-Sauvé
en santé et en sécurité du travail,
décembre 2005
Guide de conception
des circuits de sécurité
Introduction aux catégories
delà norme IS0 13849-1:1999
(version corrigée)
GUIDE TECHNIQUE
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Cette é t u d e a été financée par l'IRSST. L e s conclusions et recommandations sont celles d e s auteurs.
Association paritaire pour la santé et la sécurité du travail
Secteur fabrication de produits en métal et de produits électriques
(ASPME)
2271, boulevard Femand-Lafontaine, bureau 301
Longueuil (Québec)
J4G 2R7
Téléphone: (450) 442-7763
Télécopieur: (450) 442-2332
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T A B L E DES M A T I È R E S I
AVIS IV
1. I N T R O D U C T I O N 1
1.1 Remerciements 2
1.2 Avertissements - Limites et usage du guide - Limites de responsabilité 2
2. D É M A R C H E G É N É R A L E D E G E S T I O N DU R I S Q U E 3
2.1 L'appréciation du risque 4
2.1.1 L'analyse du risque 4
2.1.1.1 Détermination des limites de la machine 4
2.1.1.2 L'identification d e s phénomènes dangereux 5
2.1.1.3 L'estimation du risque 5
2.1.2 L'évaluation du risque 8
2.2 La réduction du risque 9
2.2.1 Élimination du phénomène dangereux et réduction du risque 9
2.2.2 Protecteurs et dispositifs de protection 10
2.2.2.1 Protecteurs fixes et mobiles 10
2.2.2.2 Dispositifs de protection 10
2.2.3 Avertissements, méthodes de travail et équipements de protection individuelle .. 11
2.2.3.1 Formation et information 11
3. LA N O R M E ISO 13849-1:1999 13
3.1 L'apport de la partie du circuit de c o m m a n d e relative à la sécurité 13
3.2 Démarche de la n o r m e ISO 13849-1:1999 14
3.3 Les catégories de !a n o n n e I S O 13849-1:1999 16
3,3.1 Composants et système 16
3.4 Résumé des prescriptions 17
3.4.1 Catégorie B 17
3.4.2 Catégorie 1 18
3.4.3 Catégorie 2 19
3.4.4 Catégorie 3 20
3.4.5 Catégorie 4 21
3.5 Le choix d ' u n e catégorie 22
3.6 Validation d e s circuits 24
4. EXEMPLES D'APPLICATION 25
4,1 Justification du contenu 25
r R S S T - G u i d e d e conception d e s circuits d e sécurité - introduction aux catégories d e In n o r m e ISO 13849-1 : t 9 9 9 iii
5. A N N E X E A : L É G E N D E DES C I R C U I T S É L E C T R I Q U E S 61
6. A N N E X E B : D É F I N I T I O N S 63
7. ANNEXE C : BIBLIOGRAPHIE 69
8. A N N E X E D : O U T I L DE R E C H E R C H E D E S F A B R I C A N T S DE DISPOSITIFS DE
PROTECTION 73
r R S S T - G u i d e d e conception des c i r c u i t s de sécurité - i n t r o d u c t i o n a u x c a t é g o r i e s d e In n o r m e I S O 13849-1 : t 9 9 9 iii
AVIS
Des modifications ont été rendues nécessaires à cette réédition du guide R-405 afin de mieux
refléter les pratiques actuelles de l'application d e s prescriptions de la n o r m e I S O 13849-1 : 1999.
Les exemples des schémas de circuits de catégorie 3 et 4 mettent à profit l'utilisation de deux
préactionneurs (contacteurs, distributeurs) servant à l'alimentation des actionneurs (moteurs,
vérins).
r R S S T- G u i d e d e conception des c i r c u i t s d e sécurité - i n t r o d u c t i o n aux c a t é g o r i e s d e In n o r m e I S O 13849-1 : t 9 9 9 iii
1. INTRODUCTION
La description de c h a c u n d e c e s e x e m p l e s c o m p r e n d ;
• U n e p h o t o g é n é r a l e d e la m a c h i n e ;
• U n e description d u f o n c t i o n n e m e n t générai d e la m a c h i n e o u d e l'opération c o n c e r n é e et d e
son a p p l i c a t i o n ;
• Le o u les risques c o n s i d é r é s ;
• Un dessin o u u n e p h o t o du dispositif d e p r o t e c t i o n ;
• Les f a c t e u r s c o n s i d é r é s p o u r la sélection d e la catégorie du circuit;
• Le s c h é m a é l e c t r i q u e d u circuit d e c o m m a n d e p r o p o s é .
• D e s c o m m e n t a i r e s s u r !e m o n t a g e (résistance au c o n t o u r n e m e n t , à l'usure, etc.).
' Norme internationale ISO 12100-1:2003, Sécurité des machines - Notions fondamentales, principes généraux de
conception - Partie I : Terminologie de base, méthodologie. (NO-120663].
:
Norme internationale ISO 13849-1:1999, Sécurité des machines - Parties des systèmes de commande relatives à la
sécurité - Partie 1 : Principes généraux de conception. [NO-121022).
5
Norme européenne : EN 954-1, Sécurité des machines - Parties des systèmes de commande relatives à la sécurité -
Partie ! : Principes généraux de conception. [NO-002262].
r R S S T- G u i d e de conception des circuits d e sécurité - i n t r o d u c t i o n aux c a t é g o r i e s d e In n o r m e I S O 13849-1 : t 9 9 9 iii
l'amélioration de la sécurité des machines utilisées dans d'autres secteurs tels que les commerces,
les mines, les cimenteries et autres alumineries.
1.1 Remerciements
Nous tenons à remercier les personnes suivantes pour leur participation à l'élaboration de ce
guide :
Annie-Claude Lefebvre, Université du Q u é b e c à Trois-Rivières
Guylaine Lacroix, G E Bromont
Sylvain Roy, Beaulieu Canada
Gilles Boivin et Sylvie Villeneuve, Préventex
André Arbour, Difco Tissus de performance
Hélène Beecroft, Lafarge
Dominic Guité, Pratt& Whitney
En aucun cas l'IRSST ne pourra être tenu responsable d e s conséquences de l'application des
exemples proposés dans le présent guide de conception. La responsabilité de la conception de
toute machine ou système de c o m m a n d e de machine incombe au professionnel concepteur
c o m m e le reconnaissent les lois sur les corporations professionnelles au Québec.
Les photos sont tirées d ' e x e m p l e s réels, mais les conditions d'utilisation ainsi que toute la
documentation qui accompagne ces photos, incluant les schémas et la description sont fictives.
r R S S T - Guide de conception des circuits de sécurité - introduction aux catégories de In norme ISO 13849-1 :t999 iii
Analysa Appréciation
du du
risqua rtsqBe 4
Nouveaux
risques ?
PMnomin* dangereux
évtUWs?
R toque
réductible?
Protecteur»
utilisables ?
Averti» ««Tient»,
limitation 7
Reduction
do
risqua <
Méthodes
dr travail?
Équipements de
protection Individuelle 7
Formation,
Information
Figure 1 : Démarche de la gestion du risque selon la norme ISO 12100 (version simplifiée)
rRSST- Guide de conceptiondescircuits de sécurité - introduction aux catégoriesdeInnorme ISO 13849-1:t999iii
2.1.1.1 D é t e r m i n a t i o n d e s l i m i t e s d e la m a c h i n e
' Norme Internationale ISO I4l2l :|W<) Sécurité des machines - Principes pour l'appréciation du risque (NO-
l nOM4|
rRSST - Guide de conception des circuits de sécurité - introduction aux catégories de In norme ISO 13849-1:t999iii
2.1.1.2 L'identification d e s p h é n o m è n e s d a n g e r e u x
Les phénomènes dangereux sont à l'origine de toutes les situations dangereuses. Exposé à un
phénomène dangereux, le travailleur se trouve en situation dangereuse, et la survenance d'un
événement dangereux pourrait mener à un dommage; c'est l'accident.
Il va sans dire que l'identification des phénomènes dangereux est l'une des étapes les plus
importantes dans la démarche. Les phénomènes dangereux de toutes origines doivent être
minutieusement répertoriés. Qu'il s'agisse de pièces en mouvement (mécanique), d'élément
sous tension (électrique), de parties de machine trop chaude ou trop froide (thermique) ou de
bruit ou de rayonnement à des niveaux dangereux, toutes les sources d'énergie qui peuvent
porter atteinte à k santé et à la sécurité des travailleurs exposés doivent être identifiées avec
soins. On associera ensuite ces phénomènes dangereux aux situations dangereuses dans
lesquelles les travailleurs y sont exposés.
L'estimation du risque consiste à établir une relation entre les différentes situations
dangereuses identifiées. Une comparaison relative entre ces situations sera ensuite possible et
servira, par exemple, à établir une priorité d'action.
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Figure 2 : Éléments du risque (selon ISO 14121:1999)
P o u r faciliter cette estimation, un indice d e risque p e u t être défini. U n e fois établi, cet indice
établi, u n e c o m p a r a i s o n g l o b a l e et relative d e c h a q u e situation à risque p o u r r a être e f f e c t u é e
e t d e s actions correctives p o u r r o n t être d é c i d é e s sur u n e base o b j e c t i v e . L e d o c u m e n t
E D 8 0 7 5 d e l ' I N R S , inspiré d e s notions p r é s e n t é e s d a n s la n o r m e I S O 14121, p r o p o s e u n e
p l a g e d e valeurs p o u r les c o m p o s a n t s du risque d e f a ç o n à faciliter leur intégration d a n s un
outil d ' e s t i m a t i o n d e t y p e g r a p h i q u e tel q u e celui illustré à la figure 3 tiré du d o c u m e n t
produit c o n j o i n t e m e n t par l ' I R S S T et la C S S T sur l ' a n a l y s e d u risque''.
F i g u r e 3 : G r a p h e de risque à q u a t r e p a r a m è t r e s
3
Sécurité des machines et des équipements de travail : moyens de protection contre les risques mécaniques. Institut
national de recherche et de sécurité, ED807,2000, [MO-127648],
Sécurité des machines : phénomènes dangereux, situations dangereuses, événements dangereux, dommages.,
Aide-mémoire sur l'analyse du risque, CSST, DC 900-337 [CS-000837],
rRSST- Guidedeconception des circuitsdesécurité - introduction aux catégories deInnorme ISO 13849-1 :t999 iii
Gravité du dommage : G
La gravité du dommage peut être estimée en prenant en compte la gravité des lésions ou de
l'atteinte à la santé. Les choix proposés sont :
G1 : Lésion légère (normalement réversible); exemples : écorchure, lacérations, bleus,
blessure légère qui requiert les premiers soins, etc.
G2 : Lésion grave (normalement irréversible, y compris décès); exemples : membre
brisé, arraché; blessure grave avec points de suture, décès, etc.
7
Voir l'article 8.3 de la norme ISO 14121 :I9W.
rRSST - Guide de conception des circuits de sécurité - introduction aux catégories de In norme ISO 13849-1 :t999 iii
L'n combinant le résultat obtenu pour les quatre paramètres, l'indice de risque est défini en
utilisant le graphe de risque qui permet de définir six indices de risque (variant de 0 à 5), tels
que montrés à la figure 3 (voir page 6).
Les outils d'estimation du risque, tels que celui présenté à la figure 3, sont souvent mis à
contribution lors de cette étape décisionnelle. Par exemple, un indice donné de l'outil servira de
limite afin de déterminer le seuil de tolérance d ' u n e situation.
La norme ISO 14121 donne plus d'indications sur les conditions qui aideront a déterminer si
l'objectif de sécurité est atteint.
r R S S T - Guide de conception descircuitsde sécurité - introduction aux catégories deInnorme ISO 13849-1 :t999 iii
' Loi sur la santé et la sécurité du travail. L.R.Q.. chapitre SO I. éditeur officiel du Québec
Nonne internationale ISO 12100-2:200.1 Sécurité des machines -- Notions fondamentales, principes généraux de
conception -- Partie 2: Principes techniques. (NO-120777).
r R S S T- Guide de conceptiondescircuits de sécurité - introduction aux catégories deInnorme ISO 13849-1 :t999 iii
2.2.2.1 P r o t e c t e u r s f i x e s et m o b i l e s
Hl
Amélioration de la sécurité des machines pur l'utilisation des dispositifs de protection. CSST. DC 100-1313.
[CS-000771 J. accessible aussi à l'adresse UKl. suivante : http://www.irsst qc.ea/htmfr/pdf_Cxt''RF-280.pdf.
rRSST - Guide de conception des circuits de sécurité - introduction aux catégories de In norme ISO 13849-1 :t999 iii
2.2.3.1 F o r m a t i o n et i n f o r m a t i o n
3. LA N O R M E ISO 13849-1:1999
L o r s q u e le choix d e s m o y e n s de réduction d e s risques aura é t é fait et qu'il aura été d é c i d é de
réduire c e r t a i n s r i s q u e s s p é c i f i q u e s à l'aide d ' u n dispositif d e protection, le c o n c e p t e u r d e v r a
s ' a s s u r e r de la p e r f o r m a n c e d e s parties d u circuit relatives a u x f o n c t i o n s de sécurité. Pour l'aider
d a n s cette tâche, la n o r m e I S O 13849-1:1999' 1 p r o p o s e d e s p r e s c r i p t i o n s quant aux p e r f o r m a n c e s
attendues en c a s de d é f a u t s é v e n t u e l s d e c e s circuits, c l a s s é e s en cinq « c a t é g o r i e s ». L ' o b j e c t i f
de la n o r m e est :
« ...de fournir une base claire permettant I évaluation de lu concept ion et des
performances de toute application de parties d'un système de commande relatives
à la sécurité f et de la machine)... »
" Norme internationale ISO 13 84'M : I'«<>. Sécurité des machines - Parties des systèmes de commande relatives à
la sécurité - Partie I : Principes généraux de conception. [NO-I21022).
24 IRSST - Guide de conception des circuits de sc-curitc - Introduction aux catégories de la norme ISO 13849-1:1999
la gravité du dommage) et d ' u n protecteur muni d ' u n dispositif de verrouillage (qui aura un
impact sur l'exposition au phénomène dangereux).
Dans ce cas. le concepteur devra déterminer l'apport qu'aura chacun de ces moyens et plus
spécifiquement de ceux qui dépendent du système de commande de la machine. L'importance de
chacune de ces fonctions sera déterminée par sa contribution à la réduction du risque.
La f i g u r e 4 , inspirée d e la n o r m e I S O 1 3 8 4 9 - 1 : 1 9 9 9 , r é s u m e le c h e m i n e m e n t c o r r e s p o n d a n t à
cette d é m a r c h e .
m
Appréciation du risque sur la machine
(ISO/TR 12100et ISO 14121)
i
Spécifier les prescriptions de sécurité en termes de:
Caractéristiques des fonctions d e sécurité (article 5)
et
Réalisation des fonctions de sécurité (4.2)
et
Sélection de catégorie(s) (article 6)
f
Concevoir les parties du système de commande relatives à la sécurité
Étape 4 Vérifier
(articles 4 et 6)
i
Valider les fonctions et catégories réalisées (article 8)
Étape 5
JJ
F i g u r e 4 : P r o c é d u r e p o u r la conception des parties de systèmes de c o m m a n d e r e l a t i v e à la
sécurité (selon la n o r m e I S O 13849-1:1999)
rRSST- Guide de conception des circuits de sécurité - introduction aux catégories de In norme ISO 13849-1 :t999 iii
a) L e s c a t é g o r i e s 1, 2. 3 et 4 sont toutes m e i l l e u r e s q u e la c a t e g o r i c B;
b) D a n s les c a t é g o r i e s B, l et 2, un défaut u n i q u e peut e n t r a î n e r la perte d e la fonction de
sécurité;
c) Les c a t é g o r i e s 3 et 4 ne seront pas m i s e s en é c h c c pour un défaut u n i q u e (les d é f a u t s de
m o d e c o m m u n sont c o n s i d é r é s c o m m e un d é f a u l unique);
d) La catégorie 4 a le meilleur c o m p o r t e m e n t en c e q u i c o n c e r n e la tolérance aux d é f a u t s
parce q u e l'accumulation d e d é f a u t s est prise en considération.
3.4.1 Catégorie B
Résumé : techniques utilisant l'état de l'art.
Exemples :
• Arrêt par coupure de l'énergie des circuits;
• Interrupteurs de fin de course avec contact à action indépendante (« snap action ») pour
réduire l'usure prématurée;
• Bobines de relais et d'électrovanne reliées ensemble au côté neutre des circuits
électriques;
• Utilisation de relais principal de sécurité;
• De façon générale, les composants sont adaptés à leur utilisation selon les pratiques
fonctionnelles habituelles;
» Interrupteurs de position magnétique (à contacts scelles), faisceaux optiques, tapis
sensibles sans spécification particulière de sécurité.
rRSST- Guide de conception des circuits de sécurité - introduction aux catégories deInnorme ISO 13849-1 :t999 iii
3.4.2 Catégorie 1
Résumé : système unique (technologies éprouvées).
Prescriptions : les exigences de B s'appliquent; de plus, on doit utiliser des composants et des
principes de sécurité éprouvés.
Comportement : comme décrit dans la catégorie B, mais avec une plus grande sécurité relative à
la fiabilité de la fonction de sécurité. La perte de la fonction de sécurité est possible.
Exemples :
• Interrupteurs de position ou de commande à contacts à ouverture forcée installés selon le
principe de l'action mécanique positive;
• Vérification manuelle périodique des fonctions de sécurité; le fournisseur du système
devrait indiquer ia fréquence à laquelle de tels essais doivent être faits;
• Composants à panne orientée, c'est-à-dire des composants dont le mode de défaillance
prédominant est connu à l'avance, et toujours le même;
• Surdimensionnement de certains composants (ex. : relais, contacteurs).
Contacteur du moteur
Ferme si protecteur
100% fermé
3.4.3 Catégorie 2
Résumé : s y s t è m e u n i q u e a v e c vérification a u t o m a t i q u e .
Exemples :
• En plus d e certaines t e c h n i q u e s m e n t i o n n é e s p r é c é d e m m e n t , le s y s t è m e d e sécurité doit
c o m p o r t e r u n e fonction d'autosurveillance;
• C i r c u i t s d e d é t e c t i o n de d é f a i l l a n c e réalisés a v e c d e s c o n t a c t e u r s o u relais à c o n t a c t s
guidés.
Exemple d e c i r c u i t de catégorie 2 : (Référence : Marsot. J.. Klein. R., Pagliero. D.. Dei-Svaldi. D.. Sécurité
des machines ei des équipements de travail. Circuits de commande et de puissance. Principes d'intégration des
exigences de sécurité. ED913. INRS, 2003)
Note : L'ouverture du protecteur est nécessaire afin de procéder à la vérification initiale du circuit.
RL28
-rtf-
RL1C R12C
Contacteur du moteur
I H - e -
3.4.4 Catégorie 3
Résumé : sysîème double sans surveillance continue.
Comportement : lorsqu'un défaut unique se produit, la fonction de sécurité est toujours assurée;
certains défauts seront détectés, mais pas tous; l'accumulation de défauts non détectés peut
conduire à la perte de la fonction de sécurité.
Exemples :
• Redondance ou duplication des composants critiques;
• Une meilleure efficacité de la redondance est obtenue si les éléments ainsi dupliqués font
appel à des technologies différentes;
• En combinant les contacts normalement ouverts et normalement fermés pour
l'interverrouillage de protecteurs;
• En combinant des technologies différentes, électriques et non électriques (par exemple
mécanique, hydraulique, pneumatique).
Exemple de circuit de catégorie 3 : (Référence : Klei/ibreuer, W., Kreutzkampf F., Meffert, K., Reinert, D..
BlA Report 6/97e, Categories for safety-related control systems in accordance with ES954-1, HBVG. BIA. Sankt
Augustin.)
RL18 RL2B
HI
o
RL2C
RL2A RL1A
Contacteur 1 du moteut
•Il
RL2D RL1D
Contacteur 2 du moteur
HI
3.4.5 Catégorie 4
Résumé : système double avec surveillance continue.
Comportement : lorsque les défauts se produisent, la fonction de sécurité est toujours assurée; les
défauts seront détectés à temps pour empêcher une perte de la fonction de sécurité.
Exemple :
• lin utilisant une combinaison des moyens technologiques précédemment décrits, tels que la
redondance des composants critiques, des technologies différentes avec, en plus, une fonction
d'autosurveillance continue ou quasi continue {fréquence de vérification très élevée).
RL4C Rl3D
-Jf IH Relais a contacts guidés
Fermé 5t pfottclçul
100% term*
RL3E R14D
HI Relais à contacts guidés
RLID RL20
H f -X-
RL1E RL2E RL3F
•e- Relais à contacts guidés
Composants Non requis Oui Non requis Non requis Non requis
éprouvés
Catégorie
B 1 2 3 4
® o o o
• t O O '
• m r n o
- » m o
• • • o
La grille repose donc sur l'utilisation des résultats de l'estimation du risque des situations
dangereuses identifiées au début de la démarche de gestion du risque. Pour chacune des
situations dangereuses identifiées, on tente de déterminer quelle sera la contribution du moyen de
réduction du risque à l'amélioration de la sécurité. En utilisant les valeurs des facteurs S, F et P,
et en les intégrant dans la grilie, la norme propose ainsi des choix de solution.
Par exemple, la combinaison des facteurs S2-F2-P1 mènera à privilégier la catégorie 3. Il serait
toutefois possible de n'utiliser que les prescriptions des catégories inférieures (1 ou 2) avec les
24 IRSST - Guide de conception des circuits de sc-curitc - Introduction aux catégories de la norme ISO 13849-1:1999
Catégorie
1 2 3 i
WCttDO
F i g u r e 10 : E x e m p l e d ' u t i l i s a t i o n de la g r i l l e de sélection
L e c o n c e p t e u r d e v r a e f f e c t u e r o u f a i r e e f f e c t u e r u n e d é m a r c h e d e validation p o u r c h a q u e circuit
d e c o m m a n d e qui doit r e n c o n t r e r des e x i g e n c e s d e la c a t é g o r i e choisie. Il p o u r r a se r é f é r e r à la
partie 2 d e la n o r m e I S O 13849-1:1999 1 -. Ce d o c u m e n t p r é s e n t e u n e d é m a r c h e d e validation
c o m p l è t e p o u r les c o n c e p t e u r s d e circuits devant satisfaire les critères d e s catégories. O n y
trouve p a r e x e m p l e u n e liste d e s d é f a u t s à c o n s i d é r e r ainsi q u ' u n e description des é t a p e s p o u r
m e n e r à b i e n le p r o c e s s u s d e validation; production des rapports, t e c h n i q u e s d ' a n a l y s e , essais,
validation d e s catégories. U n r a p p o r t t e c h n i q u e " p r o d u i t par l ' I S O p o u r r a é g a l e m e n t a i d e r le
c o n c e p t e u r à m i e u x c e r n e r certains aspects d e l ' a p p l i c a t i o n d e la n o n n e I S O 13849-1:1999.
j!
Norme internationale ISO 13849-2 :2003, Sécurité des machines — Parties des systèmes de commande relatifs à la
sécurité - Partie 2: Validation. [NO-121021],
11
Rapport technique ISO/TR 13E49-100:2000, Sécurité des machines - Parties des systèmes de commande
relatives à la sécurité - Partie 100 : lignes directrices pour l'utilisation et l'application de l'ISO 13849-1,
[NO 121020],
IRSST - Guide de conception de< circuits dc sécurité - Introduction au» catégorie» de la norme ISO 13449-1:1999 25
4. EXEMPLES D'APPLICATION
Afin d'illustrer des cas d'application de la norme, huit exemples ont été réalisés. L'objectif de
ces exemples esi de tenter de contexuialiser les notions présentées tout au long de cc guide.
Tableau 2 - Liste des exemples
S c h é m a d u circuit électrique
Sectïonneur
L1
12
L3
001
002
003
004
005
006
007
008
009
ISO 13849-1:1999
24 IRSST - Guide de conception des circuits de sc-curitc - Introduction aux catégories de la norme
F o n c t i o n n e m e n t d u circuit électrique
Le fonctionnement du convoyeur repose sur l'utilisation d'un circuit commandé par un automate
programmable industriel (API).
• Le démarrage et l'arrêt normal du convoyeur sont c o m m a n d é s par les boutons de commande
« Marche » et « Arrêt » reliés aux entrées de l'automate programmable.
• Lorsque la barrière est relevée, le contact normalement fermé de zsi s'ouvre, c e qui coupe
l'alimentation du relais maître rmi.
• Le contact RMB s'ouvre et coupe l'alimentation d e s sorties de l'automate programmable entraînant la
coupure de l'alimentation du contacteur mi qui commande le moteur du convoyeur.
• L'automate programmable est informé d e la position de la barrière par le contact normalement ouvert
de zs 1 (à la ligne 7 du schéma).
• La fermeture d e la barrière ne provoque p a s la remise en marche du convoyeur.
• Pour remettre le convoyeur en marche, une action est nécessaire sur le bouton de réarmement.
C a r a c t é r i s t i q u e s d u c i r c u i t d e c o m m a n d e relatif à la s é c u r i t é
Principes de sécurité
Un interrupteur d e position électromécanique est utilisé pour détecter la position de la barrière. Cet
Interrupteur est muni de contacts à ouverture forcée. Le montage mécanique met à profit le principe de
l'actionnement positif par l'intermédiaire d'une c a m e qui, lorsque la barrière est relevée, provoque
l'actionnement de l'interrupteur.
Surveillance ou vérification
Afin de s'assurer du bon fonctionnement du circuit relatif à la sécurité, une vérification manuelle devrait
être m e n é e périodiquement en relevant la barrière. À chacune de c e s manœuvres, l'alimentation du
moteur doit être coupée et le convoyeur doit c e s s e r d e fonctionner.
Comportement du système en cas de défaut
L'apparition d'un défaut peut conduire à la perte de la fonction de sécurité et n'est pas nécessairement
détectée.
C o n c l u s i o n et r e c o m m a n d a t i o n s
Le contact d e l'interrupteur est utilisé e n aval de la sortie de l'automate programmable qui ne devrait
jamais être utilisé pour remplir seul d e s fonctions de sécurité.
Le choix d e s dispositifs d e sécurité et de leur technologie requiert que d e s vérifications périodiques de
leur bon fonctionnement soient effectuées régulièrement, par exemple au début d e chaque quart de
travail.
rRSST - Guide de conception des circuits de sécurité - introduction aux catégories deInnorme ISO 13849-1 :t999 iii
4.5 E x e m p l e : 2 A Catégorie : 2
M É L A N G E U R CHIMIQUE
Protecteur m o b i l e a v e c dispositif de verrouillage (interrupteur à clé)
F o n c t i o n n e m e n t d e la m a c h i n e
Détail d e la s i t u a t i o n d a n g e r e u s e c o n s i d é r é e
M o y e n d e p r o t e c t i o n c o n s i d é r é et f o n c t i o n d e s é c u r i t é d u s y s t è m e d e c o m m a n d e
D é t e r m i n a t i o n d e la c a t é g o r i e d u s y s t è m e d e s é c u r i t é
Catégorie retenue :
La combinaison S2-F1-P1 conduit à r e c o m m a n d e r l'utilisation d'un circuit répondant aux critères d e la
catégorie 1 ou 2 pour le s y s t è m e d e détection d e la position du protecteur.
La catégorie 2 a é t é retenue en considérant q u e l'utilisation d u protecteur constitue le seul moyen d e
réduction du risque installé sur cette machine. De plus, les travailleurs d e cette entreprise n e reçoivent
p a s toute la formation souhaitable sur les risques reliés à son utilisation.
38 IRSST - Guide de conception des circuits de sécurité - Introduction uux categories de la norme ISO 13849-1:1999
E x e m p l e 2A : M é l a n g e u r chimique Catégorie : 2
S c h é m a d u circuit électrique
Sectionneur
L1
Moteur
L2 Moteur) d'entraînement
principal
L3
001
Tamis terme
ZS1A I RL2 ft B c 0
002 NO
Fermé bi tamis Ht- b
fermé complément
003 I
Relais 1 à
1 contacts auidés
ZS1B «u A B C u
004 NU s
Ouvert si tamis ra- e
fermé complètement Palis relative à ia sécurité
RL2B
005 -M-
Arrêt
RI1C
006 -M- Conlacieur moleur
007
F o n c t i o n n e m e n t d u circuit électrique
É v a l u a t i o n et v a l i d a t i o n d u c i r c u i t d e c o m m a n d e relatif à la s é c u r i t é
Principes de sécurité
L'utilisation d'un interrupteur à clé a été retenue. Cet interrupteur est muni de contacts à ouverture forcée.
On s'assurera que l'installation respecte les recommandations définies par le fabricant, par exemple, que
l'Interrupteur ne sert p a s d e butée mécanique.
Les relais RU et RL.2 sont à contacts guidés. C e s relais sont conçus de façon à c e qu'un collage d'un d e s
contacts normalement ouverts empêche la fermeture d e s contacts normalement fermés du même relais
au moment de s a mise s o u s tension. Cette caractéristique permet d'effectuer le cycle de vérification à
l'ouverture du protecteur.
Surveillance ou vérification
Afin d e s'assurer du bon fonctionnement du circuit relatif à la sécurité, la vérification manuelle devra être
menée en ouvrant le protecteur. Le démarrage du moteur par l'action sur le bouton « marche » indiquera
que le circuit est en état de marche.
Comportement du système en cas de défaut
L'apparition d'un défaut peut conduire à la perte de la fonction de sécurité et n'est pas nécessairement
détectée.
C o n c l u s i o n et r e c o m m a n d a t i o n s
Le choix d e s relais à contacts guidés revêt une importance particulière. Dans l'éventualité où un de c e s
relais serait remplacé par un modèle normal, le cycle de vérification ne serait d'aucune utilité. Des
éléments du circuit pourraient devenir défaillants s a n s que cette condition soit détectée. La sécurité de
l'installation pourrait en être affectée. L'installation de l'interrupteur à clé devra être réalisée de façon
méticuleuse afin d e réduire les possibilités de défaillance de cet élément important.
rRSST - Guide de conception des circuits de sécurité - introduction aux catégories deInnorme ISO 13849-1 :t999 iii
4.6 E x e m p l e : 2 B Catégorie : 2
MÉTIER À FILER
Protecteurs équipés d'un dispositif de verrouillage à faisceau optique
F o n c t i o n n e m e n t d e la m a c h i n e
Détail d e la s i t u a t i o n d a n g e r e u s e c o n s i d é r é e
La zone dangereuse de cette machine se situe au niveau d e s entraînements. C'est là que s'y trouvent les
courroies et rouleaux qui entraînent la mèche d e fibres pour la fabrication du fil. Un coincement d'une
main ou d'un doigt d a n s ces parties de la machine provoquerait d e s lésions sérieuses. Les interventions
de vérification ou de nettoyage d a n s cette zone sont rares. Au démarrage, les vitesses de rotation sont
lentes afin d'éviter le bris de la mèche de fibres. Ce démarrage est également précédé d'un
avertissement sonore d'une durée de trois secondes.
M o y e n d e p r o t e c t i o n c o n s i d é r é et f o n c t i o n d e s é c u r i t é d u s y s t è m e d e c o m m a n d e
Les p o r t e s installées s u r le d e v a n t d e la
machine donnent a c c è s aux zones
d ' e n t r a î n e m e n t d e la m a c h i n e , là o ù s e trouvent
l e s rouleaux et courroies.
Détail du f a i s c e a u optique
D é t e r m i n a t i o n d e la c a t é g o r i e d u s y s t è m e d e s é c u r i t é
®oo
F (Fréquence et/ou durée d'exposition) : 1 ( R a r e à
a s s e z f r é q u e n t et/ou c o u r t e d u r é e d'exposition).
Les interventions d a n s c e t t e z o n e d e la m a c h i n e
s o n t p e u f r é q u e n t e s et d e t r è s c o u r t e s d u r é e s .
Catégorie retenue :
E x e m p l e 2 B : M é t i e r à filer Catégorie ; 2
S c h é m a d u circuit électrique
Sectionneur
11
L2
L3
001
002
003
004
005
006
007
008
009
010
011
012
013
F o n c t i o n n e m e n t d u circuit électrique
C a r a c t é r i s t i q u e s d u circuit d e c o m m a n d e relatif à la s é c u r i t é
C o n c l u s i o n et r e c o m m a n d a t i o n s
Un entretien préventif normal de la machine devra être effectué pour garantir un fonctionnement fiable du
système de faisceau optique et du système d'avertissement. En particulier, il faudra veiller à nettoyer la
lentille des cellules régulièrement et à vérifier le bon fonctionnement du klaxon.
En c a s de détection d'un défaut, la réparation devra être effectuée sans tarder pour conserver le niveau
de sécurité requis.
1
1EC 61496-2:1997 Sécurité des machines - Équipement de protection électrosensible - Partie 2 : Prescriptions
particulières à un équipement utilisant des dispositifs protecteurs optoélectroniques actifs (AOPD) [NO-121033].
rRSST - Guide de conception des circuits de sécurité - introduction aux catégories deInnorme ISO 13849-1 :t999 iii
4.7 E x e m p l e : 3 A Catégorie : 3
GARDE À FIBRES COURTES
Protecteur équipé d ' u n dispositif d'interverrouillage avec détection
d'arrêt du mouvement
F o n c t i o n n e m e n t d e la m a c h i n e
Détail d e la s i t u a t i o n d a n g e r e u s e c o n s i d é r é e
Les opérations de nettoyage sont essentielles au bon fonctionnement de la machine. Même si l'opérateur
utilise un outil appelé « nettoyeur rotatif » ou « Rotopick » afin de déloger les résidus, c e s opérations
l'exposent à des risques d'entraînement et de lacération importants (voir même l'amputation) d e s mains.
Ce nettoyage n'étant qu'occasionnel, la fréquence d'exposition à la zone située sur le devant de la
machine qui donne accès au rouleau détacheur est donc considérée comme étant faible et de plus,
l'opération ne dure que quelques instants.
Exemple : 3A Catégorie : 3
L e s b l e s s u r e s suite à un c o n t a c t a v e c l e s r o u l e a u x
p e u v e n t aller j u s q u ' à l'amputation d ' u n e main.
L e s interventions d e n e t t o y a g e d a n s c e t t e z o n e
sont d e courtes d u r é e s et peu fréquentes.
Catégorie retenue :
La c o m b i n a i s o n S 2 - F 1 - P 2 p r é s e n t e d e u x choix d e sélection d e c a t é g o r i e (2 ou 3). La p o s t u r e d a n s
laquelle le travailleur e s t a p p e l é à e f f e c t u e r s e s interventions d e n e t t o y a g e e s t telle, qu'il lui e s t
p r a t i q u e m e n t impossible d e voir l e s rouleaux. C e t t e situation rend l'intervention e n c o r e plus périlleuse.
L'utilisation d ' u n circuit d e c a t é g o r i e 3 pour le s y s t è m e d e détection d e p r é s e n c e d u p r o t e c t e u r e n
position d e protection c o m p l è t e e s t d o n c r e t e n u e .
J6 IRSST - Guide de conception des circuits de sécurité - Introduction a m categories dc la norntc ISO 1384?-! :1950
Exemple : 3A Catégorie : 3
S c h é m a du circuit électrique
Seclionneur
L1
Moteur
L2 d'entramemeni
principal
001
002
003
004
Arrêt
Contacts do sortie
005 -J-D- Contacteur 1 d u
rrtoleur principal
Conlacteur 2 du
006 HI !h Module de
sécurité
moteur principal
Boucle do
M2 vérification dos
conlacieurs
007
008
Signal
d'autorisation
009 d'ouvQriuro
010 4 » L
Prolecteur on
position fermée et
ZSÏB ZS1A bloquée
Les deux contacts sont
fermés si protecteur
IRSST - Guide de conception des circuits de sécurité - Introduction aux catégories de la ISO 13849-1:1990 47
Exemple : 3A Catégorie : 3
F o n c t i o n n e m e n t d u circuit électrique
Le fonctionnement de la carde est schématisé par un circuit simple « marche / arrêt » à automaintien. La
carde démarrera d a n s les conditions suivantes :
• Le protecteur doit être complètement fermé. S a position fermée est détectée par l'insertion de la clé
(fixée au protecteur) d a n s l'interrupteur ZS1. Cet interrupteur fait partie intégrante du dispositif
d'interverrouillage;
• Le solénoïde est déployé et bloque le retrait de la clé empêchant l'ouverture du protecteur;
• Un ordre de démarrage est donné en appuyant sur le bouton marche.
Pour accéder à la zone dangereuse, le travailleur doit donner un ordre d'arrêt normal à la machine. Le
protecteur restera bloqué jusqu'à l'arrêt complet d e s mouvements de rotation d e s rouleaux détectés par
les deux détecteurs de proximité inductifs.
Le module de sécurité, conçu selon les prescriptions de la catégorie 3, est au cœur du circuit et assure le
niveau de performance du système de protection. Il n'autorisera l'ouverture du protecteur que lorsque le
module de détection de rotation lui donnera un signal attestant de l'arrêt des mouvements. À c e moment,
le module de sécurité:
• Alimentera le solénoïde, libérant la clé et permettant l'ouverture du protecteur;
• Détectera l'ouverture du protecteur par le changement d'état d e s contacts ZSIA et ZSIB\
• Coupera l'alimentation d e s contacteurs mi et m empêchant une remise en marche de la machine.
C a r a c t é r i s t i q u e s d u c i r c u i t d e c o m m a n d e relatif à la s é c u r i t é
Principes de sécurité
La redondance est mise à profit dans cet exemple. Tous les éléments importants à l'atteinte d e s objectifs
de performance du circuit sont doublés (contacteurs, contacts de l'interrupteur intégré dans le dispositif
d'interverrouillage, détecteurs de proximité). Les principes usuels sont aussi mis à contribution : ouverture
forcée du contact ZSIA, actionnement positif de cet interrupteur à clé, contacteurs à contacts guidés.
Surveillance ou vérification
Outre l'autodiagnostic intégré au module de sécurité, l'état d e s contacts d e s contacteurs M1 et m est
vérifié par une boucle de vérification reliée au module de sécurité. Cette vérification a pour objectif de
s'assurer que les deux contacteurs à contacts guidés sont toujours opérationnels avant chaque
sollicitation.
Comportement du système en cas de défaut
Tel que le prescrit la norme, tout défaut unique d a n s le circuit doit être détecté lorsque cela est
raisonnablement faisable. C'est la raison principale qui conduit à la redondance d e s éléments afin d'éviter
les défauts de mode commun qui pourraient affecter plus d'un élément simultanément. Toutefois, la perte
de la fonction de sécurité est possible, l'accumulation de défauts n'étant pas considérée.
C o n c l u s i o n et r e c o m m a n d a t i o n s
Dans cet exemple, l'utilisation de modules de sécurité s'avère un avantage comparativement à l'utilisation
de relais à contacts guidés usuels. La détection de rotation est aussi un avantage comparativement à
l'utilisation d'une minuterie : d è s que la rotation des rouleaux cesse, l'ouverture du protecteur est
possible. Comme c'est le c a s ici, le temps d'arrêt de l'équipement est relativement long, rendant moins
sûre l'utilisation d'une minuterie qui devra être ajustée a v e c un facteur de sécurité trop long afin d'assurer
l'atteinte d'une condition sécuritaire.
5i)
Guide de conception des circuits de sécurité - Introduction aux catégories de la norme ISO 13849-lrl9!)9 - IRSST
4.8 E x e m p l e : 3 B Catégorie:?
P R E S S E HYDRAULIQUE
P r o t e c t e u r é q u i p é d ' u n d i s p o s i t i f d e v e r r o u i l l a g e (à d e u x interrupteurs
de position)
F o n c t i o n n e m e n t d e la m a c h i n e
Détail d e la s i t u a t i o n d a n g e r e u s e c o n s i d é r é e
uoijBjado.i
ap sjo| |Bjauj ap juauiBsj} un,p uoijoafojd B| Jed
juiajje ajja.p jajjAa.p aiqissoduii juauianbi.jejd jsa n
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(babjB uoisa - ]) z '• (uoisai e/ ap ay/iejQ) s
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6f 666I : 1-6WEI OS1 f uijou n| ap souoSjjbd tin: uoijonpojiu] - jjunaas ap sjinajia sap noijdaauoa ap oping - J.SSÎII
5i) G u i d e d e c o n c e p t i o n des circuits d e s é c u r i t é - Introduction aux catégories de la n o r m e I S O 1 3 8 4 9 - l r l 9 ! ) 9 - I R S S T
E x e m p l e S B : F"(;;;.;f: hy(ii!i;.li,|u:> C a t é g o r i e : : :3
L1
L2 f pompe hydraulique
L3
Marcha Airs!
Contacte ur du
moteur de la
- © -
pompe hydraulique
Fermé si broiecleur
10Û% fermé
RL3a
1(—1
ZStA
-trhJ-
Fermè si crotecleur
100% fermé
Parlies relatives
a la sécurité
Relais temporisé
à la retombée
RUb RL2b
-Mr—IX-
ZS4 SVl
—-O—Q Montée du coulisseau
Ouvert çi 4
coulfsseau haut
F o n c t i o n n e m e n t d u circuit électrique
C a r a c t é r i s t i q u e s d u c i r c u i t d e c o m m a n d e relatif à la s é c u r i t é
Principes de sécurité
C o n c l u s i o n et r e c o m m a n d a t i o n s
F o n c t i o n n e m e n t d e la m a c h i n e
Détail d e la s i t u a t i o n d a n g e r e u s e c o n s i d é r é e
Les phénomènes dangereux illustrés ici sont essentiellement d'ordre mécanique. Lorsqu'il est déployé,
un des vérins utilisés pour l'opération crée une zone de coincement pouvant blesser sérieusement
l'opérateur. Les forces appliquées et les vitesses utilisées dans cette application sont considérables.
Dans l'éventualité où un travailleur verrait une partie de sa main d a n s la zone dangereuse au moment où
l'ordre de départ est donné, il n'aurait pratiquement aucune chance d'éviter la blessure. L'opération de
cette machine s e fait habituellement sur plusieurs heures pendant la journée de travail. En raison de la
précision exigée et de ia cadence, il a été déterminer que l'utilisation d'un protecteur serait nuisible aux
opérations.
M o y e n d e p r o t e c t i o n c o n s i d é r é et f o n c t i o n d e s é c u r i t é d u s y s t è m e d e commande
La protection e n v i s a g é e d a n s c e c a s a é t é
l'application d u principe d e l'éloignement par
l'utilisation d ' u n e c o m m a n d e bimanuelle.
C e m o y e n d e protection r e p o s e s u r l'utilisation d e
d e u x b o u t o n s d e c o m m a n d e qui doivent ê t r e
a c t i o n n é s d e f a ç o n s i m u l t a n é e pour d o n n e r l'ordre
d e d é p a r t d e la m a c h i n e .
B o u t o n s d e la c o m m a n d e b i m a n u e l l e
D é t e r m i n a t i o n d e la c a t é g o r i e d u s y s t è m e d e s é c u r i t é
• iOOO
Les forces déployées par les vérins sont
suffisantes pour provoquer d e graves blessures
a u x m a i n s , incluant l'amputation d e doigts.
•• $o
ÉPsffFJ
f r é q u e n c e et la d u r é e d'exposition a u p h é n o m è n e
2]ï z -j——
S. dangereux sont élevées.
Il e s t p r a t i q u e m e n t impossible d e retirer s a m a i n
ou s e s d o i g t s s u f f i s a m m e n t r a p i d e m e n t p o u r éviter
u n e b l e s s u r e d a n s c e t t e situation.
Catégorie retenue :
E x e m p l e 4 A : M a c h i n e d e d é c o u p e et f o r m a g e à v é r i n s p n e u m a t i q u e s •Catégorie 4
Seciionneur
L1
4 E D
Vers autres
L2 -OLD- éléments de la
machine
L3 -0Q}
Arrël
d'urgence
Surcharge
001
002
003
004
005 Solénoïde 1 d e
l'électrovanne
Solénoïde 2 de
006
l'électrovanne
007
008
009
V e r s a u t r e s parties d e c o m m a n d e d e la m a c h i n e
Cylindre pneumatique
double effet
Électrovanne de sécurité
à double corps à
SV2 | / j> autocontrôlé Intégré
Partie relative a la s é c u r i t é
(pneumatique) /
rRSST - Guide de conception des circuits de sécurité - introduction aux catégories de In norme ISO 13849-1 :t999 iii
Principes de sécurité
Les prescriptions d e la catégorie 4 selon la norme ISO 13849-1:1999 sont très exigeantes. Pour atteindre
c e s objectifs, c e circuit met à profit l'utilisation d'un module d e sécurité dédié à la fonction d e c o m m a n d e
bimanuelle conforme aux exigences d e la norme. La redondance e s t utilisée (contacts d e s boutons
poussoirs, solénoïdes e t v a n n e s d e sécurité double-corps) ainsi q u e l'autocontrôlé interne au module.
L'électrovanne utilisée d a n s cet exemple est u n e v a n n e double-corps à sécurité intrinsèque. Il est aussi
possible d'utiliser d e s électrovannes à double-corps munies d e détecteurs d e position et d'utiliser un
module externe d e vérification d e v a n n e s double-corps.
Surveillance o u vérification
Conclusion et recommandations
La fonction d e sécurité repose entièrement sur le bon fonctionnement d e c e circuit. Dans l'éventualité où
une défaillance surviendrait, le travailleur serait en situation d a n g e r e u s e . C e module rencontre les
spécifications de la catégorie 4 par s a structure redondante interne. L'utilisation d e c e type d e module est
un a v a n t a g e d a n s certains c a s où la complexité du circuit serait telle, qu'elle rendrait laborieuse la
conception et le développement d'un circuit b a s é sur d e s composants courants tels q u e les relais.
1
ISO 13851:2002 Sécurité des machines - Dispositifs de commande bimanuelle - aspects fonctionnels et principes de
conception. [NO-120829]
rRSST - Guide de conception des circuits de sécurité - introduction aux catégories deInnorme ISO 13849-1 :t999 iii
4.10 E x e m p l e : 4 B Catégorie : 4
POSTE D'ALIMENTATION DE MACHINE D'USINAGE
Barrage immatériel
F o n c t i o n n e m e n t d e la m a c h i n e
Détail d e la s i t u a t i o n d a n g e r e u s e c o n s i d é r é e
Plusieurs phénomènes dangereux sont présents d a n s cet ensemble. La machine elle-même est
encoffrée et l'accès à la zone d'usinage ne peut s e faire que par les deux portes permettant aux pièces
d'entrer dans la zone d'usinage. Ces portes, chacune actionnée par un vérin pneumatique, sont situées
de chaque côté et sont commandées automatiquement par le système d'alimentation. Elles présentent
donc une zone de coincement pour les travailleurs au moment où elles s e referment.
L'installation des pièces sur les gabarits expose ces mêmes travailleurs à un autre phénomène
dangereux. L'analyse du risque montre que le serrage de la pièce par un vérin pneumatique sur ce
gabarit peut créer des lésions graves aux mains et aux bras.
Enfin, la rotation de l'anneau expose les travailleurs à une zone d e coincement entre les gabarits qui
suivent le mouvement l'anneau et le bâti de la machine, qui lui est fixe.
Catégorie retenue :
La combinaison S2-F2-P2 m è n e au choix d e la catégorie 4 . Plusieurs p h é n o m è n e s dangereux sont
présents. Deux d'entre eux, soit la fermeture d e s portes et dispositif d e serrage, effectuent d e s
m o u v e m e n t s rapides et pourraient c a u s e r d e s b l e s s u r e s graves. Suivant les recommandations qu'on
trouve d a n s la n o r m e IEC 61496 1 , le barrage immatériel choisi devra rencontrer les exigences d e
sécurité d'un dispositif d e type 4. Les e x i g e n c e s du type 4 correspondent approximativement à celles d e
la catégorie 4 d e la n o r m e ISO 13849-1:1999.
1
1EC 61496-2:1997 Sécurité des machines - Équipement d e protection électrosensible - Partie 2 : Prescriptions
particulières à un équipement utilisant des dispositifs protecteurs optoélectroniques actifs (AOPD) [NO-121033].
r R S S T- G u i d e d e c o n c e p t i o n d e s circuits d e s é c u r i t é - introduction aux catégories d e In n o r m e I S O 13849-1 : t 9 9 9 iii
S c h é m a d u circuit électrique
Sectionneur
L1 -o^o
Moteur
L2 Moteur) d'entraînemeni
d e l'anneau
L3
Arrêt
d'urgence Réarmement
-e-
API
(Automate
H E D — Programmable
Industriel)
Sorties de sécurité
H I II— -Q-
Signalisation à l'automate
1:01/02J programmable
Signalisation
+
RUB RL2B SV1
11 II- Solénoïde de sécurité 1
RL1C RL2C
Solénoïde de sécurité 2
RL1D RL2D
H I I H Contacteur d u m o t e u r
Solénoïde portes
Solénoïde dispositif de
serrage
Vers autres c o m m a n d e s fonctionnelles
rRSST - Guide de conception des circuits de sécurité - introduction aux catégories deInnorme ISO 13849-1 :t999 iii
F o n c t i o n n e m e n t d u circuit électrique
C a r a c t é r i s t i q u e s d u c i r c u i t d e c o m m a n d e relatif à la s é c u r i t é
Principes de sécurité
Les prescriptions du type 4 de la norme IEC 61496 correspondent à peu de c h o s e s près à celles d e la
catégorie 4 de la norme ISO 13849-1:1999. Les dispositifs conçus selon ces critères sont réputés
présenter un excellent niveau de protection et utilisent, pour y arriver, les principes tels que la
redondance et l'autocontrôlé.
Les sorties d e sécurité ainsi que les solénoïdes de l'électrovanne de sécurité sont doublés. Si le
contacteur ne l'est pas, c'est qu'il a été choisi de façon à assurer une excellente fiabilité d a n s c e s
conditions d'utilisation. Idéalement, il serait lui aussi doublé et s e s contacts auxiliaires (guidés) serviraient
à valider son état de fonctionnement de la même façon que les relais RLI et RL2 le font ici (voir lignes 8 et
9 du circuit).
Surveillance ou vérification
Le module effectue un autocontrôle de l'état du barrage, d e s contacts RLI et RL2.
Comportement d u système en cas de défaut
À l'instar de la catégorie 4, d a n s un dispositif conçu selon les prescriptions du type 4, l'apparition d'un
défaut unique ne pourra mener à la perte de la fonction de sécurité. L'apparition de défauts
supplémentaires est considérée et ne pourra mener â la perte de la fonction de sécurité.
C o n c l u s i o n et r e c o m m a n d a t i o n s
L'installation d e s dispositifs d e sécurité sophistiqués tels que les barrages immatériels de type 4 doit s e
faire a v e c rigueur. Les fabricants mettent à la disposition d e s utilisateurs généralement a s s e z
d'indications afin que la chaîne de commande respecte les principes reconnus. Dans l'éventualité où un
d e s principes ne serait pas respecté, par exemple, en utilisant qu'une seule sortie du module de sécurité,
le niveau d e performance attendu ne serait plus le même, généralement au détriment de la sécurité des
travailleurs.
rRSST- Guide de conception des circuits de sécurité - introduction aux catégories de In norme ISO 13849-1 :t999 iii
5. A N N E X E A : L É G E N D E D E S C I R C U I T S É L E C T R I Q U E S
i Bouton-poussoir n o r m a l e m e n t f e r m é (action
momentanée)
C o n t a c t n o r m a l e m e n t ouvert
— I n t e r r u p t e u r n o r m a l e m e n t f e r m é ( e n position f e r m é e )
— Interrupteur n o r m a l e m e n t f e r m é ( e n position o u v e r t e )
R e l a i s ou c o n t a c t e u r
© S y m b o l e d e l'ouverture f o r c é e
Élément d e surcharge
-CED- Fusible
Mise à la terre
Transformateur
f 120V I
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6. A N N E X E B : DÉFINITIONS
D é f i n i t i o n s tirées d e la n o r m e f S O 1 3 8 4 9 - 1 : 1 9 9 9
Partie d'un système de c o m m a n d e relative à la sécurité
Partie ou sous-partie(s) d'un système- de commande qui répond à des signaux d'entrée et génère des
signaux de sortie relatifs à la sécurité.
Catégorie
Classification des parties d'un système de commande relatives à la sécurité liée à leur résistance aux
défauts et à leur comportement subséquent sous défauts.
Sécurité positive : {ISO/CD 12100-1) (Fail-safe condition) : situation théorique qui serait réalisée si une
fonction restait assurée en cas de défaillance du système d'alimentation en énergie ou de tout composant
contribuant à la réalisation de cette situation. Dans la pratique, plus l'effet de ces défaillances sur la
fonction de sécurité est réduit, plus tin se rapproche de la réalisation de cette situation.
Défaut
État d'une entité inapte à accomplir une fonction requise, non compris l'inaptilude due à la maintenance
préventive ou à d'autres actions programmées ou due à un manque de moyens extérieurs.
Défaillance
Cessation de l'aptitude d'une entité à accomplir une fonction requise.
Note 1 : Après défaillance d'une eniilé. celle entité a un défaut.
Noie 2 : Une défaillance est un passage d'un état à un autre, par opposition à un défaut, qui esl un état.
Note 3 ; La notion de défaillance, telle qu'elle est définie, ne s'applique pas à une eniilé constituée
seulement de logiciel.
Noie 4 . En pratique, les termes "défaut" el "défaillance" sont souvent utilisés comme des synonymes
D e f i n i t i o n s tirées d e la n o r m e I S O 1 2 ) 0 0 - 1 : 2 0 0 3
Fiabilité ( d ' u n e machine)
Aptitude d'une machine ou dc ses composants ou équipements, à accomplir sans défaillance une fonction
requise, dans des conditions données et pendant un laps de temps donné.
Dommage
Blessure physique ou atteinte à la santé.
Phénomène dangereux
Risque
Source potentielle de dommage
Note 1 : L'expression «phénomène dangereux» ei le terme «risque» (au sens de «phénomène dangereux»)
peuvent être qualifiés de manière à faire apparaître l'origine (par exemple, phénomène dangereux
mécanique, phénomène dangereux électrique) ou la nature du dommage potentiel (par exemple, risque de
ehuc électrique, risque de coupure, risque d'intoxication, risque d'incendie)
Note 2 Le phénomène dangereux envisagé dans celte définition
ou bien est présent en permanence pendant l'utilisation normale de la machine (par exemple,
déplacement d'éléments mobiles dangereux, arc électrique pendant une phase de soudage, mauvaise
posture, émission de bruit, température élevée):
ou bien peut apparaître de manière inattendue (par exemple, explosion, risque d'écrasement résultant
d'une mise en marche intempestive / inattendue, projection résultant d'une rupture, chute résultant
d'une accélération ou d'une décélération).
Situation d a n g e r e u s e
Situation dans laquelle une personne est exposée à au moins un phénomène dangereux. L'exposition peut
entraîner un dommage, immédiatement ou à plus long terme.
Zone d a n g e r e u s e
Zone de risque
Tout espace, à l'intérieur et/ou autour d'une machine, dans lequel une personne peut être exposée à un
phénomène dangereux.
Risque
Appréciation d u risque
Analyse d u risque
Combinaison de la détermination des limites dc la machine, de l'identification des phénomènes dangereux
et de l'estimation
Cslimalion du risque.
d u risque
Definition de la gravité probable d'un dommage et de la probabilité de ce dommage
rRSST- Guide de conception des circuits de sécurité - introduction aux catégories deInnorme ISO 13849-1 :t999 iii
Évaluation d u risque
Jugement destiné à établir, à partir de l'analyse du risque, si les objectifs de réduction du risque ont été
atteints.
Protection
Mesures de prévention faisant appel à des moyens de protection pour préserver les personnes des
phénomènes dangereux qui ne peuvent raisonnablement être élimines ou des risques qui ne peuvent être
suffisamment réduits par l'application de mesures de prévention intrinsèque.
Moyen de protection
Protecteur ou dispositif de protection.
Protecteur
Barrière physique conçue comme un élément de la machine et assurant une fonction de protection.
A'oie I : Un protecteur peut exercer son effet :
seul : il n'est alors efficace que lorsqu'il est fermé, s'il s'agit d'un protecteur mobile, ou maintenu en
place de façon sûre, s'il s'agit d'un protecteur fixe;
associé à un dispositif de verrouillage ou d'interverrouillage: dans ce cas. la protection est assurée
quelle que soit la position du protecteur.
Sole 2 . Suivant sa deslinalion. un protecteur peut être appelé carter, blindage, couvercle. écran, porte,
enceinte.
Sole 3 . Voir l'ISO 12100-2 2003. 5.3.2 er l'ISO NI20 pour les différents types de protecteurs et les
exigences qui s'y appliquent.
Protecteur fixe
Protecteur fixé de telle manière (par exemple au moyen de vis ou d'écrous ou par soudage) qu'il ne puisse
être ouvert ou démonté qu'à l'aide d'outils ou par destruction des moyens de fixation.
Protecteur mobile
Dispositif de protection
Moyen de protection autre qu'un protecteur.
Dispositif d e verrouillage
Dispositif mécanique, électrique ou d'une autre technologie, destiné à empêcher certaines fonctions
dangereuses de la machine de s'accomplir dans des conditions définies (généralement tant qu'un
protecteur n'est pas fermé).
Dispositif d e c o m m a n d e bimanuelle
Dispositif qui nécessite au moins l'action simultanée des deux mains pour mettre et maintenir en marche
des fonctions dangereuses d'une machine, assurant ainsi la protection de la seule personne qui l'actionne.
Note : L'ISO 13851 donne des dispositions détaillées.
Fonction d e sécurité
Fonction d'une machine dont la défaillance peut provoquer un accroissement immédiat du (des) risque{s).
Mise en m a r c h e i n a t t e n d u e
Mise en m a r c h e intempestive
Toute mise en marche qui, à cause de son caractère inattendu, engendre un phénomène dangereux. Une
telle mise en marche peut être causée, par exemple, par :
un ordre de mise en marche résultant d'une défaillance à l'intérieur du système de commande ou d'une
influence extérieure sur ce système;
un ordre de mise en marche engendré par une action humaine inopportune sur un organe de service de
mise en marche ou sur un autre élément de la machine, par exemple sur un capteur ou un
préactionneur;
le rétablissement de l'alimentation en énergie après une Interruption.;
des influences externes / internes (par exemple pesanteur, vent, auto-allumage dans les moteurs à
combustion interne) s'exerçant sur des éléments de la machine.
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Note : La mise en marche automatique d'une machine en fonctionnement normal n'est pas intempestive,
mais peut être considérée comme inattendue du point de vue de l'opérateur. Dans ce cas. la prévention
des accidents relève de l'application de mesures de protection (voir l'ISO 12100-2:2003, Article 5).
Défaillance dangereuse
Toute défaillance survenant dans une machine ou dans son système d'alimentation en énergie et ayant
pour effet d'accroître le risque.
Défaillances de cause c o m m u n e
Défaillances qui affectent plusieurs entités à partir d ' u n même événement et qui ne résultent pas les unes
des autres.
Note : Les défaillances de cause commune ne doivent pas être confondues avec les défaillances de mode
commun.
Défaillances de m o d e c o m m u n
Défaillances de plusieurs entités caractérisées par le même mode de panne.
N o t e : II ne faut p a s c o n f o n d r e les d é f a i l l a n c e s d e m o d e c o m m u n et tes d é f a i l l a n c e s de c a u s e
c o m m u n e : en effet, les d é f a i l l a n c e s de m o d e c o m m u n p e u v e n t résulter de d i f f é r e n t e s causes.
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7. A N N E X E C : BIBLIOGRAPHIE
D o c u m e n t s r e l a t i f s à la g e s t i o n d u risque ( a p p r é c i a t i o n et r é d u c t i o n d u risque) :
• I S O 12100-1:2003 Sécurité d e s m a c h i n e s -- N o t i o n s f o n d a m e n t a l e s , p r i n c i p e s g é n é r a u x
d e c o n c e p t i o n — Partie 1 : T e r m i n o l o g i e d e base, m é t h o d o l o g i e [ N O - 1 2 0 6 6 3 ] .
• ISO 1 2 1 0 0 - 2 : 2 0 0 3 S é c u r i t é d e s m a c h i n e s - N o t i o n s f o n d a m e n t a l e s , principes g é n é r a u x
d e c o n c e p t i o n -- Partie 2 : Principes t e c h n i q u e s [ N 0 - I 2 0 7 7 7 | .
• I S O 1 4 1 2 1 : 1 9 9 9 S é c u r i t é d e s m a c h i n e s -- Principes p o u r l'appréciation d u risque [ N O -
120614],
• l . u p i n . H . J. et M a r s o t , J., S é c u r i t é d e s m a c h i n e s et d e s é q u i p e m e n t s d e travail. M o y e n s
d e protection contre les risques m é c a n i q u e s , Institut National de R e c h e r c h e en Sécurité.
E D 807, 1997. [ M O - 1 2 7 6 4 8 ] .
• Dispositifs d e protection sur les m a c h i n e s : recueil. C S S T , D C : 2 0 0 - 1 7 1 0 , [ C S - 0 0 0 1 2 6 ] ,
• British Standard C o d e o f practice for Safety o f m a c h i n e r y , British Standard Institution.
B S 5 3 0 4 : 1988. [NO-OOl 229).
• Protection f r o m the h a z a r d o u s m o t i o n s of m a c h i n e s . Elan S c h a l t e l e m e n t e G m b H ,
W e t t e n b e r g ( A l l e m a g n e ) , 1997
r R S S T - Guide de conception des circuits de sécurité - introduction aux catégories de In norme ISO 13849-1 :t999 iii
La recherche d e dispositifs de protection peut s'avérer un exercice ardu. Pour aider les
concepteurs de machine québécois dans cet exercice, l ' I R S S T a mis sur pied un outil de
recherche. Cet outil d e recherche vise à aider les personnes dont le mandat est d'acheter les
dispositifs à faire un choix éclairé basé sur l'éventail des modèles et sur leur disponibilité. L e
Répertoire devrait aussi offrir un moyen, quoique limité, de mieux connaître les nouveaux
dispositifs.
http://www.irsst.qc.ca/fr/ut_dispo index.htm
On y trouve une description sommaire des deux liens principaux - les onglets « L E S F A B R I C A N T S »
et « L E S DISPOSITIFS » - utilisés pour la recherche de l'information. Il est important de noter que le
choix des dispositifs présentés dans le Répertoire ne reflète en aucune façon une quelconque
approbation de l'IRSST.
complémentaire, bien que sommaire, sur le type de dispositif en cliquant sur le lien « ? » situé à
la fin de la description. Une fenêtre s'ouvre, dans laquelle on trouve une description du dispositif
et dans quelques cas, une photo de celui-ci. A terme, le Répertoire comprendra de l'information
sur l'ensemble des dispositifs énumérés. Cela permettra d'identifier de façon plus sûre le type de
dispositif choisi.
Lorsqu'on clique sur le nom d'un dispositif, la liste des fabricants qui offrent ce type apparaît. La
liste indique l'information usuelle, adresse postale de l'entreprise, numéro de téléphone, etc. et
affiche également, si cette information est disponible, les liens menant vers le site Web du
fabricant et son adresse de courrier électronique. Pour visiter le site Web, il suffit de cliquer sur
le lien. En cliquant sur le n o m du fabricant, l'information de correspondance est affichée ainsi
qu'une liste des produits de sécurité offerts par l'entreprise, regroupés par fonction.
ClspasIUr sensible
Barraga.iffirpatiMpr op-.ln.c) j
DBtectaur s^faclqua 7
mtstdon à fatsteawc pwur presse pileuse
L'utilisation du Répertoire devrait rendre plus facile la recherche des dispositifs de protection et
aider à mieux connaître leur disponibilité sur le marché québécois. La consultation de cet outil de
recherche en développement constant permettra sans doute aux personnes dont l'objectif est
d'améliorer la sécurité des travailleurs de découvrir des solutions de réduction du risque qui
répondent à des situations particulières et dont les solutions restent pour l'instant difficiles à
trouver.
inform
WÊÊm
«Au Q u é b e c , ie m a r c h é des dispositifs servant à
améliorer la s é c u r i t é d e s m a c h i n e s e t d e s procédés
dangereux est en pleine émergence...»
P o u r le r é p e r t o i r e d e s d i s p o s i t i f s d e s é c u r i t é l e s p l u s u t i l i s é s a u Q u é b e c
et p o u r p l u s i e u r s a u t r e s g u i d e s , utilitaires et b o n n e s p r a t i q u e s p r i o r i t a i r e s
e n s a n t é e t s é c u r i t é d u travail, c o n s u l t e z n o t r e s i t e :
www.irsst.ac.ca
03t
Institut de recherche Robert-Sauvé en santé et en sécurité du travail