Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Novos Modos de Constituicao de Subjetivi
Novos Modos de Constituicao de Subjetivi
RESUMÉ
Cet article présente une étude sur la constitution de la subjectivité des adolescents de
leurs relations dans les réseaux sociaux virtuels, avec Facebook comme plate-forme de
recherche. Il construit un dialogue entre les recherche nationaux et internationaux,
theórique de la psychologie et des sciences sociales qui sont intéressés par les questions
liées à la jeunesse et l'adolescence et le thème des réseaux sociaux virtuels. Cette étude
visait à étudier l'Internet comme il l'a été la médiation des liens virtuels établis par
l'adolescent et comment elles interfèrent dans leur subjectivité. Elle a été prise comme
prémisse que les réseaux sociaux virtuels ont fait partie de la vie quotidienne des
adolescents comme une nouvelle forme de socialisation et de communication, en
supposant un rôle important dans la constitution de leur subjectivité. Le réseau social a
été conçu comme un espace d'interaction organisée autour d'une affinité commune, qui
favorise la dépossession et l'expansion de la communication, qui va de l'Internet, un
environnement virtuel qui est matérialisé et mises à jour puissamment sur les écrans
d'ordinateurs, les tablettes et les appareils mobiles de plus en plus utilisé par les
adolescents, les concepts qui correspondent à Manuel Castells, Pierre Levy et Deleuze
et Guattari. Adoptant la méthodologie Netnographie, créé un groupe dans Facebook
secret où des discussions ont été menées avec 25 adolescents âgés de 13 à 18 ans de la
ville de Pedro Leopoldo, dans la région métropolitaine de Belo Horizonte (MG). Parmi
les sujets abordés sont façons d'accéder à des réseaux sociaux, l'importance de
l'utilisation des réseaux sociaux dans la vie quotidienne des adolescents, le contenu
posté, de la sécurité et de la médiation. Dans cet article, je vais me concentrer sur les
aspects liés à la médiation par les parents et les éducateurs sur l'utilisation des réseaux
sociaux par les adolescents, en cherchant à comprendre comment ces gars-là sont de ce
nouveau mode de relation, les différentes façons de voir, de sentir et d'être dans le
monde virtuel permettant à la nouvelle production de subjectivité. Réseaux sociaux
virtuels ont apporté ce défi à la compréhension de la façon dont cet accès engendre de
nouveaux modes de subjectivité et est pertinent de comprendre la mesure dans laquelle
les adolescents sont dans le processus de médiation par les sens et signification qu'elles
attachent à leur monde, à partir de la relation établie avec l'environnement - virtuel et le
réel - et se comprendre aussi comment cet adolescent est déclaré comme un être
historique, doté de singularités et se constitue et se compose en mouvement par des
relations sociales et culturelles ont connu au cours de cette époque et dans ce processus.
RESUMO
Introdução
Por se tratar de uma pesquisa qualitativa tendo por locus o meio virtual, que
buscou dialogar com sujeitos via redes sociais on-line e off-line, a pesquisa relatada
nesse artigo compreendeu um conjunto de diferentes técnicas que visou descrever e
analisar os significados dos fenômenos sociais, reduzindo a distância entre teoria e
dados pesquisados.
Neste caso dialoguei com uma nova metodologia – a Netnografia - proposta por
Kozinets (2014) para pesquisas na internet, buscando produzir uma análise mais
completa para conhecer os processos de subjetivação dos adolescentes através de suas
relações nas redes sociais.
A netnografia resulta do trabalho de campo que estuda as culturas e
comunidades on-line emergentes, mediadas por computador, ou comunicações baseadas
na Internet, que requerem métodos de pesquisa on-line adaptados e pertinentes a esta
realidade. As análises netnográficas “podem variar ao longo de um espectro que vai
desde ser intensamente participativa até ser completamente não-obstrutiva e
observacional” (KOZINETS, 2014 p. 15). O incremento de pesquisas de cunho
antropológico no ambiente virtual é um sinal de que a Internet não é mais apenas
considerada um artefato cultural, passando a ser considerada, também, como um espaço
por onde se configuram territórios e subjetividades.
Para participar dessa pesquisa, convidei adolescentes de 14 a 18 anos, estudantes
de duas escolas de educação básica (uma pública estadual e outra particular), que se
localizam em Pedro Leopoldo, cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte
(MG). É uma cidade de médio porte, com uma população aproximada de 60 mil
habitantes. Dessa população, 9% estão na faixa etária de 14 a 19 anos, dos quais 64%
são estudantes de escolas públicas estaduais ou municipais. Os adolescentes que
participaram dessa etapa da pesquisa deveriam ser usuários de redes sociais e esses
responderam a um primeiro questionário que chamei de “Sondagem”. Nesse
questionário busquei dados como: a participação em comunidades virtuais, os diversos
tipos de tema postados nessas comunidades, e o tipo de relacionamento estabelecido
com os „amigos‟ nas comunidades virtuais. Também indaguei sobre a forma como
acessam a internet e a disponibilidade desses adolescentes para participar do segundo
momento da pesquisa descrita nessa tese. Foram respondidos 165 questionários e os
dados coletados foram submetidos a tratamento percentual, traçando um perfil geral dos
adolescentes que fazem uso das redes sociais. A partir dessa sondagem, constituí um
grupo menor de adolescentes para identificar em que medida o acesso às redes sociais
modifica, enriquece ou altera comportamentos sociais, modos de aprendizagem, hábitos
de consumo e hábitos culturais dos adolescentes, interferindo em seu processo de
subjetivação. Esse grupo, constituído por 25 adolescentes que participaram efetivamente
das discussões, especificamente criado no Facebook, foi configurado como um “grupo
secreto” de forma que apenas seus membros tivessem acesso às informações nele
compartilhadas e a entrada fosse controlada por um moderador, nesse caso, eu. As
regras para a criação e funcionamento do grupo foram compartilhadas com os
adolescentes em um encontro presencial. Foi combinado que o grupo permaneceria no
ar ao longo de treze semanas período em que foram lançados semanalmente temas
pertinentes aos objetivos da pesquisa. Um ano e meio depois de finalizada essa parte da
pesquisa de campo, surgiu a necessidade de realizar novos encontros com os
adolescentes, dessa vez de forma presencial, no formato de Grupos de Discussão off-
line. Desses encontros participaram dez adolescentes que foram convidados entre
aqueles que fizeram parte do grupo de discussão on-line, que objetivaram complementar
informações que pudessem aprofundar questões relacionadas à segurança on-line, à
mediação pelos pais e às novas formas de uso da internet e das redes sociais através dos
dispositivos móveis.
Essa afirmação de Dimenstein nos leva de volta a Guattari (2000, p. 19), para
quem a subjetividade pode ser descrita como “o conjunto das condições que torna
possível que instâncias individuais e/ou coletivas estejam em posição de emergir como
território existencial auto-referencial, em adjacência ou em relação de delimitação com
uma alteridade ela mesma subjetiva”. Assim, ela pode se expressar tanto em modos
individuados, de uma pessoa, que se inscreve num mundo de particularidades ligadas ao
campo social, e em função desse campo, estar apta a fazer escolhas, a conduzir sua vida,
pensar e decidir por si mesma. Mais ainda, os modos de subjetivação podem se
expressar num plano coletivo, que ultrapassa o indivíduo, conectando-o ao processo
grupal.
Entendendo a subjetividade como um fluxo contínuo de modos de existir
fabricado no entrecruzamento de instâncias sociais, técnicas, institucionais e
individuais, a partir do que propõe Guattari (1998) é possível considerar que todos os
sujeitos e coletivos humanos, todas as tecnologias, instituições e produtos culturais
produzem subjetividades, que nunca são “dadas” ou “acabadas”, mas estão sempre em
processo.
Nesse sentido, os diversos espaços por onde circulamos e os grupos com quem
convivemos, nos “produzem” a todo o momento, como um determinado tipo de sujeito.
Em diversos espaços sociais e culturais, os sistemas produtores de subjetividade
fabricam sujeitos que atendem a determinadas demandas, levando-os a desenvolverem
um conjunto de habilidades técnicas, repertórios culturais e demais ferramentas que
serão utilizados em outros espaços sociais, culturais e profissionais. Dentro de uma série
de dispositivos que produzem novos modos de ser na contemporaneidade, destaca-se a
importância que a internet vem tomando neste contexto. Além dos dispositivos
“clássicos” de produção de subjetividade – escola, trabalho, empresa, família, etc – nos
confrontamos hoje com outros dispositivos que, a todo o momento, fabricam novos
modos de ser: as redes sociais virtuais.
Reflexões finais
Referências
boyd, d. (2014). It’s complicated – the social lives of networkeds tens. USA: Yale
Universit Press. Recuperado em 5 de setembro de 2014 de: www.danahboyd.org/.
Castells, M. (2011). A sociedade em rede. 14a . ed. São Paulo: Paz e Terra. Vol. 1.
Deleuze, G. (1996). O atual e o virtual. In: ALLIEZ, Eric. Deleuze filosofia virtual. Rio
de Janeiro: Editora 34. p. 47- 56.
Livingstone, S. and Haddon, L.(2009). EU Kids Online: final report 2009. EU Kids
Online, Deliverable D6. 5. EU Kids On-line Network, London, UK. Recuperado em
23 de novembro de 2914 de http://www.lse.ac.uk/media@lse/research/EUKidsOn-
line/EU%20Kids%20I%20%282006-9%29/EU%20Kids%20On-
line%20I%20Reports/EUKidsOn-lineFinalReport.pdf.
Livingstone, S., Haddon, L., Görzig, A., and Ólafsson, K. (2011). Risks and safety on
the internet: The perspective of European children. Full Findings. LSE, London: EU
Kids Online. Recuperado em 09 de fevereiro de 2015 de:
http://eprints.lse.ac.uk/33731 .
TIC Kids Online Brasil 2012 [livro eletrônico] (2013). Pesquisa sobre o uso da Internet
por crianças e adolescentes coordenação executiva e editorial Alexandre F. Barbosa.
São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil.
TIC Kids Online Brasil 2013 [livro eletrônico] (2014). Pesquisa sobre o uso da Internet
por crianças e adolescentes no Brasil. Coordenação executiva e editorial Alexandre
F. Barbosa. 1. Ed. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil.