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12/05/2009 - 21h29

Dramaturgo e diretor francês Roger Planchon morre aos 77 anos


O dramaturgo e diretor francês Roger Planchon morreu nesta terça-feira, de
ataque cardíaco, aos 77 anos, informou sua família.
Nascido em 12 de setembro de 1931, Planchon assumiu, em 1952, o Theatre
de la Comedie, em Lyon, antes de dirigir o Theatre de la Cité, que se tornou o
Teatro Nacional Popular, em Villeurbane, periferia de Lyon, a partir de 1957.
Roger Planchon montou obras dos clássicos Molière, Marivaux e Racine, e de
modernos como Pinter e Ionesco.
Planchon dirigiu Jean Carmet, Michel Serrault, Annie Girardot e Robin Renucci,
entre outros grandes atores.
Roger Planchon en récré avec "Amédée"
Il aime beaucoup Eugène Ionesco dont il avait monté Voyage chez les
morts avec Jean Carmet. Il nous propose, en compagnie de Colette
Dompiétrini et Patrick Séguillon, une version "comédie musicale" de
Amédée ou Comment s'en débarrasser...Une manière très joyeuse de
célébrer le centenaire de la naissance du grand écrivain.
Un appartement rose et blanc, des chaises rayées de noir, le décor imaginé par
Roger Planchon pour inscrire sa mise en scène de Amédée ou Comment s'en
débarrasser dit immédiatement qu'il ne faut pas attendre ici le moindre esprit
de sérieux. Ce qui ne veut pas dire que la gravité qui soulève sans cesse cette
pièce en trois actes créée en avril 1954, il y a donc cinquante-cinq ans, ne soit
pas sensible. Bien au contraire.
Mais Roger Planchon a décidé de s'amuser. Il célèbre le centenaire de la
naissance d'Eugène Ionesco, il célèbre, en jouant avec sa femme, les terribles
fantaisies à l'oeuvre au sein de tout couple, il transforme cette sombre
comédie, féroce, drôle, avec irruption du surnaturel, en une comédie musicale
assez désinvolte : play back et personnage imaginé. C'est très astucieux. Les
époux Buccionioni, Amédée et Madeleine, 45 ans, écoutent la radio. Planchon
fait sortir les mélodies "du poste" en quelque sorte. Elles sont incarnées par
l'unique Patrick Séguillon tour à tour chanteur de charme genre Jean Sablon et
chanteuse réaliste assez Patricia Carli (ce qui serait un terrible
anachronisme !!!!). Lui aussi, qui joue donc Amédée, chante et danse, de
même Madeleine.
L'histoire ? Eugène Ionesco avait écrit une brève nouvelle, Oriflamme. Puis,
lors d'un séjour à Cerisy-la-Salle, en août 53, il lui donna sa forme dramatique
en trois actes. Normalement, il y a de nombreux protagonistes. Les époux
Buccionioni, le facteur, des sergents de ville, des soldats américains, un patron
de bar, une certaine Mado, etc...Un cadavre grandit dans une pièce et
l'appartement craque. Il n'est pas là d'hier. Seize ans. Et puis voilà que des
champignons poussent un peu partout. Même pas mangeables. Le cadavre,
c'est celui de l'amant de Madeleine. Amédée, poussé par sa femme, va se
décider à aller nuitamment le jeter dans la Seine. Pas facile. Mais le salut vient
du ciel : la barbe du cadavre qui a bien poussé, plaquée sur le visage de notre
héros, va faire une sorte de parachute qui, gonflé par l'air chaud de la ville-
lumière, va conduire Amédée du côté de la voie lactée. De là haut, il veillera
sur le monde, bien tranquille, enfin...Résumé rapide. Roger Planchon a
beaucoup coupé pour aller plus vite vers l'envol. On ne voit pas le cadavre
s'enrouler autour du pauvre Amédée...
Planchon a conservé la scène de ménage qui sert de base apparente et va
droit à la comédie fantastique. Il déploie une étonnante énergie, de même que
Colette Dompiétrini. Patrick Séguillon se régale. Mais, ce qui est très
intéressant c'est que, par-delà ce traitement spécial, tout le pessimisme
d'Eugène Ionesco se déploie. A travers les difficultés d'un couple, c'est bien
l'angoisse existentielle qui s'exprime. Chez Ionesco, la cocasserie farcesque dit
le tragique.
Avec cette mise en scène, Roger Planchon se réinvente une jeunesse. Il est
incroyable. Malicieux et lecteur aigu d'Eugène Ionesco.
http://blog.lefigaro.fr/theatre/2009/03/roger-planchon-en-recre-avec-a.html

Boal e Planchon: o teatro chora dois mestres


Nem bem fiz meu luto pela morte de Augusto Boal (78), o que contava fazer
escrevendo a coluna de hoje, quando recebo por e-mail a notícia do
"encantamento" de Roger Planchon (77), que deixou meia classe artística órfã,
na França, ao partir para o andar de cima na última terça-feira.
Não conheci nem um nem outro. Nutria por Boal uma admiração, e tinha por
Planchon uma quase devoção. Na verdade, o que me unia a Boal era um misto
de admiração e respeito. Um enorme respeito pela coerência/insistência desse
mestre em defender o teatro como forma de intervenção política e social.
Coerência essa que ele exibiu até o último momento, declarando em recente
entrevista a Carta Capital seu descrédito em relação à Lei Rouanet ao afirmar
que ela "assassinou a criatividade do teatro. Ao transferir do governo, que
representa o povo, para as empresas a decisão de onde investir, a lei substitui
o pensamento criativo pelo publicitário. Essa lei tem que acabar". Essa
afirmação demonstra que ele estava mais perto dos ideais de Planchon, Vilar e
companhia do que supunha a minha vã ignorância.
O choro por Planchon é diferente e machuca mais porque passa pela
comunhão de idéias que me liga ao mestre francês: sua luta pelo movimento
da descentralização teatral na França, sua trajetória de guardião da "divisa"
Teatro Nacional popular, a ética acima de tudo, o teatro público e sua ligação
com Ariane Mnouchkine. Ele foi o Presidente de Honra da ATEP - Associação
Teatral dos Estudantes de Paris - criada em outubro de 1959 e célula mater do
Théâtre du Soleil e no final dos anos 70, foi dirigido por Ariane, no inesquecível
filme Molière no qual interpretava Jean-Baptiste Colbert o todo-poderoso
ministro das finanças de Luís XIV.
O que não me impede de chorar a partida de Boal e, acima de tudo, lamentar
os artigos publicados na presse nacional, pois nessa maldita era do
politicamente correto poucos foram o que ousaram afirmar uma verdade
incontestável: Boal não é apenas o mais conhecido/reconhecido homem de
teatro do Brasil no exterior, é o único.
POR BOAL, ABAIXO O MERCANTILISMO E A PRIVATIZAÇÃO DA CULTURA
Augusto Boal foi, durante alguns anos, para mim personagem de uma música
do Chico Buarque com o Francis Hime, "Meu caro amigo", datada de 1976, ano
que marca o início da minha trajetória no teatro.
Entrar para o teatro, começar a faculdade de jornalismo e a faculdade de
teatro foram momentos decisivos para quem aos 17 anos trocava a vidinha
pequeno-burguesa da casa dos pais para estudar no Rio de Janeiro. Descobri o
movimento estudantil, a juventude do Partido Comunista, as passeatas e as
reuniões sob os pilotis da PUC do Rio de Janeiro pela Anistia ampla geral e
irrestrita ao mesmo tempo em que nas aulas da Fefierj descobria a existência
de Augusto Boal.
Natural que fosse assistir "Murro em ponta de faca", dirigida pelo Paulo José
para a companhia de Othon Bastos, texto de Boal no qual ele aborda a vida dos
exilados políticos. Bela decepção. O dramaturgo não me agradara. Talvez a
falha fosse minha. Talvez buscasse a lenda criada em torno dos musicais do
tipo Arena conta...
Em 1979, sem nunca ter tido vontade de ser atriz, descubro que Boal vem ao
Brasil para dar um curso - se a memória não estiver atacada pelos dois
alemães, Alz e Heimer, foi no Teatro Dulcina - e decido fazê-lo, compreendi que
Boal havia sido alçado a categoria de ícone e para melhor compreender o mito
e a lenda precisava vê-lo de perto.
A decepção deve ter sido grande, pois não tenho a mais vaga lembrança desse
curso, a não ser o fato de ter descoberto em seguida um livro, 200 exercícios
para o ator e o não ator com vontade de dizer algo através do teatro, que
meus colegas viam como uma bíblia. Entretanto, só descobri sua importância
décadas depois quando estive na Dinamarca e, ao conversar com uma
professora do Departamento de Teatro da Universidade de Aarhus, tive acesso
ao livro traduzido para o dinamarquês.
Durante anos alimentei a vontade de ver um espetáculo assinado por Boal.
Como se o diretor pudesse despertar em mim uma paixão que o dramaturgo e
o teórico não conseguiram. Esperei até 1986, mas o dia chegou e lá fui eu em
companhia de Ângela Ro Ro e Beyla Genauer rumo ao Teatro de Arena do Rio,
lá no velho Centro Comercial da Siqueira Campos. A peça era "Fedra", de
Racine, com Fernanda Montenegro, Fernando Torres, Cássia Kiss... outra
desilusão, o espetáculo era velho e faz parte da lista dos espetáculos que me
decepcionaram amargamente. Levei quase 20 anos para fazer as pazes com
Racine e sua Fedra, o que devo a Dominique Blanc e Patrice Chéreau.
Boal era um mito, mas meus encontros com ele terminaram em grandes
desencontros. Até o dia que li em 1999, numa entrevista ao jornal Extra Classe
do Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul, Boal alertar para os perigos
do mercantilismo e da privatização da cultura. Não sei como esse jornal veio
parar em minhas mãos. Procurando material para escrever a coluna de hoje
descubro a versão on line da entrevista que mudou minha maneira de ver
Augusto Boal e dez anos essa entrevista soa como música aos meus ouvidos,
tudo o que ele diz ali vem ao encontro do que defendo, do que digo e repito
nas salas de aula e nas conferências que por vezes faço vida afora. Estávamos
bem mais próximos do que eu imaginava...
Transcrevo aqui dois parágrafos dessa entrevista e sugiro a leitura
(http://www.sinpro-rs.org.br/extra/ago99/entrevista.htm) num deles
Boal aponta o perigo da censura econômica, ao lembrar os dois tipos de
censura existentes, "uma delas é a policial, característica do regime autoritário
que o Brasil viveu a partir de 1964 até a Constituição de 1986. Bem, esta
censura praticamente já não existe e quando surge é esporádica, um fato aqui
ou ali. A outra forma existente, e esta é tão ruim quanto à outra, é aquela que
se dá na forma da sedução. (...) Ou seja, "se você fizer o que eu quero, ganha
o dinheiro para fazer a produção. Se não fizer, não tem". Este, infelizmente, é o
padrão de censura dominante no Brasil. É a coerção pelo poder econômico.
São as empresas que determinam o que pode ser feito e o artista não está
livre para fazer suas experiências, ele perdeu este direito. O governo chama
desta forma, mas esta parceria não existe de fato. É mentira".
No outro, ao ser indagado sobre se a cultura deveria ou não dar lucros, Boal
respondeu: "este pressuposto é dos neoliberais. A cultura, assim como os
bombeiros e os hospitais, tem de ser subsidiada. Senão, a gente vai acabar
como aquelas freiras em Viena, na Áustria, que matavam os pacientes
terminais em um hospital por julgarem que eles seriam deficitários do ponto de
vista econômico. Existem atividades que são deficitárias por natureza e
precisam de subvenção. O teatro que dá lucro é aquele que é ancorado por
uma estrela ou vedete de televisão, e que geralmente está dentro de uma
norma de sucesso em que tudo gira em torno da estrela. Este teatro
geralmente dá muito dinheiro. Mas é preciso que se garanta condições para
que certas experiências, fora destes padrões, possam ser desenvolvidas sem
esta preocupação".
A morte do Boal dói porque é mais um dos nossos que se vai. Mais uma vez
nosso lado perde, e dessa vez perde feio porque quem partiu integrava a
turma dos verdadeiros combatentes. Alguém precisa acender as lamparinas da
cabeça da turma do andar de cima e passar para eles uma lista da turma dos
nossos políticos, por exemplo, para que as baixas atinjam também o outro
lado...
Deixo aqui meu beijo carinhoso a Cecília e as crianças, não mais tão crianças
assim, pois que conheci Julián no Théâtre du Soleil, namorando Joana, filha da
Juliana Carneiro da Cunha, estudando na Paris III e dando continuidade ao
trabalho do pai. Desejo a Julián toda a força do mundo para levar adiante o
nome e a obra de Boal e se puder ajudar em algo conte comigo e com esse
espaço.
PLANCHON, UMA VIDA QUE SE CONFUNDE COM O MELHOR TEATRO
Com as mortes de Jean Vilar, em 1971, e de Jean-Louis Barrault, em 1994,
Roger Planchon tornou-se o último dos moicanos ou a última testemunha viva
do teatro francês do pós-guerra e do Teatro nacional Popular dos anos de ouro
(1950-1960). Ele foi durante mais de meio século uma personalidade
emblemática do teatro francês. O mestre de toda uma geração. A referência.
Com sua morte, uma das mais importantes etapas da história do teatro
contemporâneo chega ao fim.
E pensar que, ainda outro dia, o "encenador-cowboy", como ele se apresentava
lembrando suas origens rurais - da região de Ardêche, estava em cena. Na
verdade entre 4 de março e 19 de abril ele esteve no palco do teatro Silvia-
Monfort em Paris, com a peça "Amédée ou comment s'en débarrasser", ao lado
da mulher, a atriz Colette Dompietrini, festejando a sua maneira os 100 anos
de nascimento de Ionesco, que ele bem conhecera no começo de sua aventura
na Lyon dos anos 50. Encenador, diretor de teatro, ator, autor e cineasta,
Planchon morreu em casa, "trabalhando" como disse seu filho Stéphane aos
jornais, pois que estava lendo uma peça de teatro, quando se sentindo
cansado, deitou-se e o coração o traiu.
Planchon antes mesmo de completar 20 anos de idade construiu em uma cave
de 90 lugares o seu primeiro teatro, em Lyon, onde ao lado de Jean Bouise,
Isabelle Sadoyan e Jacques Rosner, montou Ionesco, Brecht, Vitrac, Adamov e
Michel Vinaver. Três anos mais tarde queria mais e troca Lyon por
Villeurbanne, onde o prefeito Etienne Gagnaire, coloca à sua disposição o
Teatro da Cidade Operária de Villeurbanne, mais tarde simplesmente Teatro da
Cidade, que, em 1972, passar a ser o Teatro nacional Popular. O TNP sigla
prestigiosa que pertencia a Jean Vilar e que o Ministério da Cultura transferiu a
Roger Planchon por considerá-lo o único digno de receber esta herança.
Dono de um senso político sem igual foi de forma bem natural que o "patrão"
do TNP transformou-se num dos líderes do movimento de Maio de 1968. Não
por acaso a Declaração que discute o futuro dos profissionais de teatro na
França é assinada em Villeurbanne.
Em 1971, ele inova mais uma vez trazendo Patrice Chéreau para co-dirigir o
teatro de Villeurbanne em sua companhia. Uma parceria que durou dez anos e
que Planchon renovaria entre 1986 e 1996, dessa vez ao lado de Georges
Lavaudant. Filhos que ele escolheu e hoje, choram sua morte.
Chéreau no Le Monde datado de 13 de maio diz assim: "um dia, este senhor
decidiu - algo que foi copiado mais tarde - que íamos dirigir um teatro juntos,
ele e eu, o seu teatro. Que num teatro, havia a necessidade de anexar ao
diretor uma criança insuportável que tornaria sua vida difícil. Foi a grande
aventura do TNP em Villeurbanne, com Robert Gilbert. Dirigir um teatro, em
igualdade de condições, eu que começava e trabalhava então na Itália, e ele,
instalado nesta cidade há quase vinte anos. Ele me deu as chaves de sua casa
para compartilhá-la e sacudi-la. Foi o que eu fiz. Pensávamos que ele era
incansável, nos enganamos. Obrigado a você, Roger, que sempre acreditou
nos poderes maravilhosos do teatro e nos fez compartilhá-los".
O TNP foi a sua vida. Ele o deixou recentemente, prestando muita atenção a
sua sucessão. Como Jean Vilar, Roger Planchon defendia um teatro "serviço
público", um teatro de alta exigência literária, poética e tinha o mais profundo
respeito para com o público.
Fez do teatro de Villeurbanne, dos primórdios até hoje, com Christian Schiaretti
como seu sucessor e com o edifício em obras, um dos locais mais importantes
da criação teatral na Europa. Lá Planchon encenou e acolheu os maiores dos
maiores: Pina Bausch, Bob Wilson, Kantor, Matthias Langhoff. O renome
internacional do TNP fez com que os grandes encenadores o incluíssem como
parada obrigatória em suas turnês.
Entenderam o porquê da minha paixão por Planchon? Pois é, mas ela vai, além
disso. Tem a ver com minha paixão pela França, pelos seus ideais
revolucionários, pela divisa de Liberdade, Igualdade, Fraternidade; pelo
temperamento brigão do francês médio que, o sempre cordeiro, povo brasileiro
confunde com mau humor, e que me fazia rir nas filas do supermercado vendo
o bate boca porque o caixa do supermercado não tinha um centavo de euro
para dar de troco ao cliente, que se sentia lesado e não podia admitir isso,
coisa que aqui acontece diversas vezes ao dia, e quando penso nas nossas
diferenças penso sempre numa frase, infelizmente desconheço o autor, que diz
assim: "um povo que não luta pelos seus direitos verdadeiramente não merece
tê-los". Na França eles não vacilaram e cortaram a cabeça do Rei, quando
cortaremos ao menos a cabeça dos nossos vereadores, deputados estaduais e
federais, senadores???
Talvez, isso explique, porque o Brasil chega ao século XXI sem ter sido capaz
de fazer a sua revolução. A não ser que levem a sério a piada que chama o
Golpe Militar de 64 de Revolução. E eu, ingênua, ainda sonho em ver em
prática uma verdadeira política cultural que livre nosso teatro desses ares de
eterno e moribundo mendigo... tolinha que sou!
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3766486-EI11348,00-
Boal+e+Planchon+o+teatro+chora+dois+mestres.html

During the early 1980s, Roger Planchon was foremost among a new breed in
France of director-playwrights. Yvette Daoust ably demonstrates why this was
so in her 1981 study of his dual role in the theatre. Setting Planchon’s work in
its historical and theatrical context, Dr Daoust summarises his career up until
publication of this volume. In the first part of her book, Dr Daoust concentrates
on Planchon as director of the dramatists Vinaver, Adamov and Brecht; of
classic English plays - Shakespeare and Marlowe - and of the French classics.
Turning in the second part to Planchon the playwright, Daoust examines the
development of the social, political and aesthetic beliefs which determined the
contents and emphasis of his plays. She estimates the influence of Brecht and
the May 1968 événements on Planchon and describes his experiments with
different forms of dramatic entertainment in his efforts to capture a regular
working-class audience and keep the government subsidies flowing.
French director, actor, and playwright who spearheaded post-World War II
French theatre, finding new meanings in classical texts for more than 50 years
with his groundbreaking theatre company. Inspired by German dramatist
Bertolt Brecht and a belief that classical texts should be challenged, Planchon
staged daring productions, notably Shakespeare’s Henry IV (1957) and
Moliere’s George Dandin (1960) and Tartuffe (1962), that drew both great
criticism and praise. Planchon’s strong directing choices of light, movement,
staging, and costume elicited interpretations outside, and often unrelated to,
the playwright’s original message.

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