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Curso de Gestão Empresarial

Matemática Financeira

Taxas de juros
Taxas de Juros
Unidade de Aprendizagem 05

Objetivos da unidade de aprendizagem


Identificar e calcular taxas de juros de uma sequência de
pagamentos.

Competência
Compreender o significado de taxas de juros em operação que envolvem
diferentes tipos de prazos.

Habilidades
Saber operar com taxas de juros proporcionais, equivalentes e
nominais no mercado financeiro. Diferenciar taxa nominal e
efetiva.

Moeda: Reis, cunhada pela Casa da Moeda em Pernambuco em 1700. 2


Fonte: Imagens: Coleção Eduardo Rezende - http://www.moedasdobrasil.com.br
Apresentação:

Já falamos sobre vários tipos de juros: simples, compostos, nominal,


efetivo, “por dentro” e “por fora”.

O tema abordado nesta unidade é delicado e merece, sem dúvida, um


capítulo à parte pois até entre financeiras e tecnólogos de gestão
financeira há divergências que podem dificultar contratos comerciais.

Para começar
Espera-se que o gestor empresarial tenha perfeito domínio sobre taxas de
juros em qualquer transação, empresarial ou pessoal.

Certamente você conhece a popular modalidade de investimento


“Caderneta de Poupança” (quem já não teve uma?). É a aplicação mais
festiva do mercado, ela até “faz aniversário”.

A Caderneta de Poupança é uma aplicação a juros simples de 0,5% ao


mês que perfaz 6% ao ano pois 0,5 X 12 = 6, certo? Não tenho muita
certeza. Podemos conversar sobre a Caderneta de Poupança mais
adiante? Não deixe de ler nossa Antena Parabólica desta unidade de
aprendizagem.

UA5– taxas de juros 3


Taxas de juros

Uma classificação inicial de taxa de juro refere-se ao regime de


capitalização;

➢ simples – linear
➢ composta – exponencial

Reforçando - capitalização é a ação de


adicionar ao capital, converter em capital.

Nos juros simples a taxa refere-se sempre ao capital inicial, ou seja,


os juros acumulados a cada período têm valor constante.

A tabela abaixo elucida o exposto:

período capital inicialn juros juros saldo


(n) acumulados
1 150.000,00 1.500,00 1.500,00 151.500,00
2 151.500,00 1.500,00 3.000,00 153.000,00
3 153.000,00 1.500,00 4.500,00 154.500,00
4 154.500,00 1.500,00 6.000,00 156.000,00

Os cálculos na tabela estão corretos?


1.500
Vejamos, a taxa é de  0,01 ou 1% ao período.
150.000
São 4 períodos, então:

J = 150.000,00 .( 0,01) . 4 = 6.000,00

M = 150.000,00 (1 + 0,01 . 4) = 156.000,00

UA5– taxas de juros 4


Assim, fixamos as fórmulas de juros simples.

No regime de juros compostos, a cada período o juro é incorporado ao


capital.

Comparando com os mesmos valores da tabela acima:

período capital inicialn juros juros saldo


(n) acumulados
1 150.000,00 1.500,00 1.500,00 151.500,00
2 151.500,00 1.515,00 3.015,00 153.015,00
3 153.015,00 1.530,15 4.545,15 154.545,15
4 154.545,15 1.545,45 6.090,60 156.090,60

E pelas fórmulas:

J = 150.000,00 ((1 + 0,01)4 – 1) = 6.090,60

FV = 150.000 (1 + 0,01)4 = 156.090,60

Taxas proporcionais e equivalentes

Quanto à adequação das taxas a períodos que não os especificados há


formas matemáticas diferentes para juros simples e juros compostos.

Taxas proporcionais

O conceito é utilizado apenas em transações a juros simples e o valor dos


juros é linearmente (lembra-se da função linear apresentada no gráfico em
UA3?) proporcional ao tempo.

Assim, a taxa de 1% ao mês é proporcional a 6% ao semestre e a 12% ao


ano.

UA5– taxas de juros 5


Uma taxa de 36% ao ano é proporcional a 3% ao mês.

Basta uma simples operação de multiplicação ou divisão da taxa pelo


número de períodos solicitado.

Taxas equivalentes

Você aprendeu o conceito de equivalência na disciplina de matemática. A


lógica lhe ensinou que duas fórmulas (ou proposições moleculares) são
equivalentes se resultam na mesma tabela verdade.

Com o mesmo conceito lógico, duas taxas em períodos distintos são


equivalentes se produzem o mesmo montante, ao final de certo tempo.

Mas então, quando consideramos juros simples, as taxas em períodos


diferentes também são equivalentes! Isso mesmo, pois produzem o
mesmo montante ao final do tempo considerado.

Mas, exatamente para diferenciar os dois regimes de juros (simples e


compostos) o termo taxa equivalente é usado exclusivamente para juros
compostos.

Assim, a equivalência de taxas em períodos distintos considera uma


operação exponencial.

Atenção: taxas simples – transformação proporcional;


taxas compostas – transformação equivalente

Agora vejamos como calcular taxas equivalentes no regime de juros


compostos (vale reforçar!).

UA5– taxas de juros 6


De taxa Para taxa Operação
mensal (im) anual (ia) (1 + ia) = (1 + im)12
diária (id) mensal (im) (1 + im) = (1 + id)30
diária (id) anual (ia) (1 + ia) = (1 + id)360
mensal (im) trimestral (itr) (1 + itr) = (1 + im)3
anual (ia) mensal (im) (1 + im) = (1 + ia)1/(12)
mensal (im) diária (id) (1 + id) = (1 + im)1/(30)
anual (ia) diária (id) (1 + id) = (1 + ia)1/(360)
trimestral (itr) mensal (im) (1 + im) = (1 + itr)1/3

A equivalência também pode ser apresentada com outra configuração.

Queremos, por exemplo, transformar uma taxa im mensal em anual ia:

1  ia   1  im 12
ia  1  im   1
12

Esta fórmula fornecerá a taxa em número decimal, mas como é usual


apresentar a taxa em porcentagem podemos multiplicar ia por 100.

 
ia %  1  im   1.100 (perceba que aqui ia está em
12

porcentagem).

Exemplo sempre ajuda:

Suponhamos que Damião possa investir o valor de R$ 82.000,00 à taxa


de 15% a.a.. Considerando que precisará do valor disponível daqui a 8
meses, qual será o montante então?

Podemos proceder de duas formas:

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➢ calcular a taxa equivalente mensal a 15% a.a.

(1 + im) = (1 + 0,15)1/(12)
im = 0,0117149

e, calculando o montante:

FV = 82.000,00 (1 + 0,0117149)8
FV = 90.007,58

ou:

➢ estabelecer expoente adequado aos 8 meses

FV = 82.000,00 (1 + 0,15)8/(12)
obtemos o mesmo valor futuro de R$ 90.007,58

É claro que você pode estar pensando: “ora, encontro FV diretamente na


minha HP”. Não, não, não! Nosso objetivo é aprender de fato como obter
taxas equivalentes, não simplesmente treinar que teclas acionar.

Taxa Nominal versus Taxa Efetiva

Chegamos ao ponto mais delicado da matemática financeira, a


diferenciação entre a taxa nominal e a taxa efetiva.

Aqui, a autora, como matemática, concorda com Viera Sobrinho (2000)


que descreve:

UA5– taxas de juros 8


”Na maior parte dos compêndios de matemática financeira, quer de
autores nacionais ou estrangeiros, as taxas são classificadas como
nominal ou efetiva em função da divisão de certo período (normalmente
um ano), em subdivisões de períodos de capitalização (mensal, trimestral,
semestral0, de acordo com uma conceituação extremamente confusa e
cuja dificuldade de entendimento o autor pode comprovar ao longo de sua
experiência como professor e como homem ligado ao mercado financeiro”.

Citando um exemplo do mesmo autor (Vieira Sobrinho, 2000):

“Calcular a taxa efetiva anual de juros correspondentes à taxa nominal de


10% ao ano, capitalizada mensalmente.
A solução pretendida é a seguinte:

taxa nominal anual 0,10


1. Taxa mensal = i =   0 ,008333 , em que n
n 12
representa o n° de períodos de capitalização.
2. Taxa equivalente anual = (1+i)n -1 = (1,008333)12 -1 = 0,10471 ou
10,471%.
Se esse problema fosse “calcular a taxa efetiva anual de juros,
correspondente à taxa nominal de 10% ao ano, capitalizados
trimestralmente”, a solução seria:
0,10
i=  0 ,025
4
taxa equivalente anual = (1,025)4 – 1 = 10,381%”

O exemplo evidencia a distorção que se comete ao mesclar dois regimes


de capitalização diferentes. Cometemos falha ao confundir taxas
proporcionais (conforme definimos) com taxas equivalentes.

Já vimos o efeito da taxa nominal no exemplo de juros simples cobrados


em desconto bancário da UA4, páginas7 e 8, reveja a atividade.

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Finalmente, podemos definir taxa nominal e taxa efetiva.

Taxa nominal é uma taxa aparente, não condizente com o regime de


capitalização adotado, vulgarmente “taxa para inglês ver”. Mas, ainda
assim, é uma prática realizada no mercado financeiro. Portanto,
devemos entendê-la com clareza.

Taxa efetiva é a taxa verdadeira, correta, praticada em transações a


juros compostos.

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Antena Parabólica

Como prometido, abordaremos em nossa Antena Parabólica a modalidade


mais conhecida de investimento, a famosa Caderneta de Poupança.

É talvez a aplicação nacional de menor risco pois, até o momento, há


garantia governamental de sua estabilidade.

Conta a história que a Caderneta de Poupança foi instituída em 1861 por


D. Pedro II e, sob garantia do império, remuneraria o capital à razão de
6%a.a..

Atualmente, a “Caderneta” (com permissão da intimidade) tem dia fixo em


que os juros são adicionados ao capital investido. É o “dia de aniversário
da caderneta”, uma data mensal, em que são adicionados juros de 0,5%
ao capital. E são juros simples, conforme acordado com o banco.

Muito bem. Ontem foi dia 16 de maio, meu aniversário, e eu “abri” uma
caderneta de poupança com os R$ 1.000,00 que ganhei à guisa de
presente de meu marido.

Portanto, terei em 16 de junho 0,5% a mais em meu investimento. Não


poderei solicitar restituição de meu rico dinheirinho com juros antes desta
data, pois os juros só estarão disponíveis exatamente no dia 16, quando
terei aplicados R$ 1.005,00. Este cálculo você já efetua com muita
facilidade, basta multiplicar 1.000 por 1,005, correto?

Ah, mais um mês passará e em16 de julho já terei novamente incorporados


juros à razão de 0,5%, perfazendo assim R$ 1.010,02. E em 16 de agosto
terei R$ 1.015,08. Como cresce minha fortuna!

Em um ano estará acrescida em 6% conforme garantia e fiscalização do


Banco Central. Aí terei R$ 1.060,00 conforme o produto 1.000 X 0,06.

Não! Está errado, minha fortuna deve ser maior!

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Se a capitalização é mensal, a cada “aniversário” os juros estarão
incorporados, portanto terei, após um ano, R$ 1.061,68.

Mas dizem que são juros simples, não é? Não, não é!

Em 1964 ocorreu uma mudança na “Caderneta” de forma que, além de


0,5% de juros mensais, o valor investido seria atualizado pelo índice de
correção monetária do mês corrente. Então, o Banco Central prometia
juros de 6% a.m. mais correção monetária.

Meu bom professor na especialização de matemática financeira, Dr. Claus


Warschauer contava uma história interessante que viu acontecer em 1964.
Certo Banco, de pouca expressão à época, apregoava: “Abra sua
Caderneta de Poupança em nosso Banco pois pagamos mais que 6% ao
ano, oferecemos 6,16778% ao ano”. É claro que o apelo desta propaganda
levou muitos, muitos mesmo, clientes ao quase desconhecido banco.

O banqueiro evidentemente foi chamado às autoridades pois descumpria


a lei estabelecida.

Mas o banqueiro provou que não descumpria a lei que estipulava 0,5%
a.m., apenas conhecia matemática financeira e calculou:

0,5% a.m. significa (1 + 0,005)12 – 1 como taxa anual. Isto mesmo, são
6,16778% ao ano! Hoje este Banco ainda existe e é uma potência como
tomador de vultosas aplicações financeiras.

Conclui-se então que matemática bem aplicada pode levar você a


surpreendentes resultados financeiros e garantir-lhe uma vida tranquila!

E agora, José?

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Mencionamos correção monetária, assunto que exploraremos na próxima
Unidade de Aprendizagem. Abordaremos então mais uma taxa, a
denominada taxa real.

Até lá, capriche na resolução dos exercícios do Momento da Verdade.

BIBLIOGRAFIA DE APOIO

VIEIRA SOBRINHO, JOSÉ DUTRA. Matemática Financeira. 7 ed. São


Paulo: Atlas Editora, 2000.
ALMEIDA, JARBAS THAUNAHY SANTOS DE. Matemática Financeira.
1 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016.
SAMANEZ, CARLOS PATRÍCIO. Matemática Financeira: Aplicações à
Análise de Investimentos. 5 ed. São Paulo, Pearson Prentice Hall,
2010.
CRESPO, A. A. Matemática Comercial e Financeira fácil. 13 ed. São
Paulo: Saraiva, 2002.
VANNUCCI, LUIZ ROBERTO. Cálculos Financeiros aplicados e
avaliação econômica de projetos de investimento. 1 ed. São Paulo:
Textonovo, 2003.
TEIXEIRA, JAMES; DI PIERRO NETTO, SCIPIONE. Matemática
financeira. 1 ed. São Paulo; Makron Books, 1998.

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