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168 C 169 A 170 D 171 E 172 D 173 D 174 B 175 D 176 D 177 B 178 D 179 D 180 B 181 A 182 B 183 C 184 A 185 B

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312 A 313 B 314 C 315 A 316 C 317 A 318 A 319 C 320 B 321 A 322 B 323 D 324 B 325 D 326 C 327 B 328 B 329 D

330 D 331 D 332 B 333 B 334 D 335 B 336 B 337 B 338 A 339 A 340 D 341 B 342 A 343 A 344 A 345 A 346 A 347 D

348 C 349 C 350 A 351 B 352 B 353 D 354 C 355 B 356 E 357 D 358 E 359 D 360 C 361 D 362 B 363 A 364 B 365 A

366 A 367 D 368 B 369 A 370 C 371 C 372 D 373 D 374 B 375 D 376 C 377 E 378 B 379 C 380 B 381 D 382 D 383 A

384 B 385 A 386 C 387 C 388 A 389 D 390 A 391 E 392 D 393 C 394 B 395 A 396 E 397 C

Legenda:

! Questão Anulada * Questão Dissertativa

Comentários da equipe acadêmica


Confira os comentários da nossa equipe acadêmica

6 - 2022 UNIFESP

» Lesão penetrante por arma de fogo na região glútea, sem orifício de saída. Ao toque retal: presença de sangue e espículas ósseas no reto, com laceração de mais de
50% da parede posterior do reto, a 6 cm da borda anal. Realizada tomografia com contraste e fase excretora: fratura do sacro e ísquio direito, sem lesão vascular ou do
trato urinário. Qual deve ser a conduta? Estamos diante de uma lesão de reto distal (extraperitoneal). Historicamente, o tratamento dessa lesão era conhecido pelos "4
Ds": Desbridamento, Derivação, Drenagem pré-sacral e lavagem Distal. Atualmente, vários estudos divergem sobre a viabilidade dessas condutas, tornando o trauma de
reto um tema extremamente controverso. A maioria dos autores CONCORDA que, para uma destruição de reto superior a 25%, deve ser realizada uma derivação
(sigmoidostomia). A maioria dos autores DISCORDA que deva ser realizada a drenagem pré-sacral de rotina. Entretanto uma parte dos autores advoga a favor do
procedimento quando a lesão retal está associada a lesões de partes moles ou a fraturas pélvicas, o que é cabível no caso. A maioria dos autores DISCORDA que deva
ser realizada a lavagem distal de rotina. Segundo os estudos, não há benefício clínico. Entretanto, novamente, uma parte dos autores advoga a favor do procedimento
quando a lesão retal está associada a lesões de partes moles ou a fraturas pélvicas. Por isso, apesar de toda a discussão, a melhor resposta é a letra C.

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7 - 2022 SCMSP

» Estamos diante de um paciente vítima de trauma abdominal fechado com choque de provável origem hipovolêmica hemorrágica. O Shock Index tem sido usado em
pacientes politraumatizados em choque como escore preditor de internação e morte. No entanto, a literatura sobre seu uso ainda é discutível. Ele nada mais é do que a
razão entre a FC e a PA sistólica do paciente, de modo que um Shock Index > 1,2 foi associado a maior probabilidade de internação e mortalidade. Estima-se que seu
valor em adultos saudáveis seja entre 0,5 e 0,7. O Shock Index do paciente em questão é de 1,75 (140 / 80), e desta maneira já excluímos as alternativas C, D e E.
Então vamos analisar o restante da conduta pelas outras alternativas. Letra A: correta. Perfeito, devemos iniciar hidratação com cristaloide aquecido e dar início ao
protocolo de transfusão maciça com concentrado de hemácias, plasma fresco e plaquetas. Agora qual tipo de concentrado de hemácias devemos usar? Isto gerou
polêmica na hora da prova, mas não está errado, e a banca examinadora não concedeu recurso. Devemos utilizar idealmente sangue tipo O fator Rh negativo, mas em
caso de indisponibilidade, o fator Rh positivo deve ser a segunda opção. Letra B: incorreta. À princípio nosso paciente está acordado com vias aéreas pérvias, sem
relato de intoxicação exógena, então seu exame físico abdominal é confiável, e deve ser realizado antes de pensarmos em FAST ou TC. Apesar do FAST não estar mal
indicado neste caso, devemos ter em mente que o exame abdominal precisa ser realizado antes. E a alternativa cita logo a hemotransfusão, mas lembre-se que devemos
iniciar reposição volêmica inicialmente com cristalóide aquecido. Por mais que este paciente tenha indicação de entrar no protocolo de transfusão maciça, deve-se iniciar
reposição com cristaloide antes. Resposta: letra A.

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8 - 2022 UNIFESP

» Avaliando as alternativas e o que foi apresentado. Paciente de 21 anos, vítima de ferimento por arma branca no tórax, hipotenso, com FC de 130, o que nos faz pensar
em choque classe III. Lesão cortocontusa de 3 cm em hemitórax esquerdo, no quarto espaço intercostal. Qual a melhor conduta imediata para avaliar a lesão? O paciente
instável não pode ser submetido a uma tomografia, muito menos a uma angiotomografia. Devemos pensar em uma avaliação mais rápida, em um FAST, mas no seu
protocolo expandido, ou seja, o E-FAST, em outras palavras, ultrassonograifa point-of-care expandida (POCUS). Gabarito letra D. Na prática poderíamos realizar a
drenagem em selo d'água, mas veja que não encontramos esta opção entre as respostas.

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9 - 2022 SCMSP

» A grande chave para respondermos esta questão é a interpretação da tomografia de crânio! Repara que na tomografia podemos observar a presença de uma imagem
hiperdensa e biconvexa, o que sugere sangramento arterial, ou seja, uma ruptura da artéria meníngea média, o que leva, consequetemente, à formação de um
hematoma extradural. No hematoma subdural, esperaríamos encontrar uma imagem hiperdensa em "crescente", no hematoma intracerebral ou intraparenquimatoso,
veríamos a presença de áreas hiperdensas no interior do parênquima e, por fim, na lesão axonal difusa não perceberíamos nenhuma alteração na TC de crânio. A
contusão cerebral por contragolpe e efeito expansivo nada mais é do que o mecanismo de formação dos hematomas extradurais. Portanto, gabarito: letra A.

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10 - 2022 UNICAMP

» Estamos diante de um paciente que apresenta um quadro de fratura de pelve com retenção urinária e uretrorragia, sem dúvidas, diante destes achado, a nossa principal
hipótese é a presença de trauma de uretra. Nesta situação, o cateterismo vesical na sala de emergência está formalmente contraindicado, uma vez que a passagem da
sonda de Foley pode agravar a lesão uretral. Nesses casos, a realização de uretrocistografia retrógrada é mandatória para o diagnóstico. Lembra que a uretra é dividida
em dois grandes segmentos: anterior e posterior. A uretra anterior é subdividida em bulbar e peniana, a lesão da uretra bulbar geralmente ocorre por queda à cavaleiro,
já as lesões de uretra peniana ocorrem por traumatismo penetrante ou mesmo fratura do corpo cavernoso durante o ato sexual. A uretra posterior é subdividida em
prostática e membranosa, as lesões destas estão associadas à fratura de pelve, exatamento como descrito no nosso enunciado, e o segmento mais acometido nestes
casos é a uretra membranosa. Confirmando a lesão de uretra posterior (membranosa) pela uretrocistografia retrógrada, o próximo passo deve ser a realização de uma
cistostomia, para desviar o trajeto urinário, até a correção cirúrgica da lesão. Resposta: letra C.

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11 - 2022 HIAE

» Estamos diante de um paciente vítima de politrauma, inconsciente e já entubado, estável hemodinamicamente, sem sinais externos de sangramento e sem suspeita de
fraturas. A TC de corpo inteiro não evidencia lesão intracraniana e nem no tórax. No abdome, uma lesão grau III e líquido na pelve. Qual deve ser a conduta? O abdome
não é cirúrgico, não identifica-se peritonite, em um paciente estável, devemos indicar o tratamento conservador. Gabarito: letra D.

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12 - 2022 UNICAMP

» Estamos diante de uma paciente vítima de colisão frontal carro-carro. Ao exame, instável hemodinamicamente e com dor à palpação profunda do abdome. Na TC de
abdome, lesão hepática grau II, líquido perihepático em moderada quantidade e, olha o detalhe, com presença de penumoperitônio. Lembra que atualmente o manejo de
lesões de baixo grau do fígado e do baço podem ser tratadas de maneira conservadora, mas a presença de pneumoperitônio, sem dúvidas, sugere perfuração impotante
de víscera oca, o que indica a necessidade de laparotomia. Gabarito oficial: Pneumoperitônio.

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13 - 2022 SCMSP

» Estamos diante de um homem vítima de atropelamento que apresenta fratura diafisária de perna direita, foi feita analgesia e imobilização com tala gessada. Porém, o
paciente começou apresentar um quadro de síndrome compartimental deste membro, referiu dor progressiva, edema tenso e flictenas. Sem dúvidas, diante deste
contexto, a principal conduta é realizar a descompressão deste membro, ou seja, lançar mão de uma fasciotomia de urgência no centro cirúrgico. A fratura diafisária
associada às lesões de partes moles são os fatores que, muito provavelmente, estão desencadeando a síndrome compartimental. Desta forma, devemos, após a
descompressão, fixar a fratura, lembrando que tanto a fixação interna quanto externa podem tratar este tipo de fratura, mas, na correção de fratura associada à
síndrome de compartimental, o índice de complicações como a pseudoatrose, por exemplo, foi maior na fixação com placas e parafusos do que na fixação externa.
Resposta: letra A.

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14 - 2022 HSJC - SP

» Por definição, consideramos síndrome compartimental abdominal quando há disfunção orgânica associada a qualquer valor de hipertensão intra-abdominal.
Consideramos hipertensão intra-abdominal, quando a pressão intra-abdominal (PIA) estiver acima de 12 mmHg. A PIA normal varia em torno de 5 a 7 mmHg. Embora a
disfunção orgânica possa ocorrer com qualquer valor de PIA aumentada, geralmente ela surge quando os níveis da PIA estão acima de 21 mmHg. Resposta: letra C.

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15 - 2022 USP - RP

» Estamos diante de um paciente jovem, 18 anos, que apresentou um hemopneumotórax em hemitórax direito (figura A) por um trauma contuso. Foi realizada a drenagem
pleural com boa evolução, resolução do quadro e expansão pulmonar. O paciente teve alta e 14 dias depois retornou com dor pleurítica e febre, só por esse quadro
clínico associado a uma invasão prévia da cavidade pleural já podemos pensar que agora estamos diante de um empiema. Analisando a imagem tomográfica (figuras B e
C), podemos de fato confirmar a presença do empiema, mas perceba que não é um empiema livre, é um empiema loculado com espessamento de pleura em volta das
loculações, com septações em seu interior e podemos ver, especialmente na figura C, a presença de múltiplas coleções. Diante deste cenário, sem dúvidas, a conduta
padrão ouro é a abordagem mecânica das coleções. Podemos realizar esta intervenção por via aberta (toracotomia) ou por vídeo (videotoracoscopia - VATS). Atualmente,
a opção de escolha é aquela menos mórbida, menos invasiva e com um tempo mais curto de recuperação, ou seja, a videotoracoscopia. Gabarito: letra D.

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16 - 2022 UNICAMP

» Estamos diante de um homem, 34 anos, que estava sem cinto e foi vítima de uma colisão frontal com outro veículo. Relata dor no tórax e, ao exame, PA de 121x83
mmHg, taquicárdico e saturação de 97%. Murmúrio presente bilateralmente, diminuído posteriormente à esquerda. A questão nos pede o diagnóstico radiológico e o que
vemos na radiografia de tórax é presença de alargamento do mediastino, desvio de traqueia para a direita, perda de contorno do arco aórtico e aumento da densidade
retrocárdica, ou seja, sinais radiográficas que falam fortemente a favor de um ruptura traumática de aorta. Veja em anexo a tabela com os achados que nos chamam
atenção para esta possibilidade. Gabarito: letra D.

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17 - 2022 UNICAMP

» Estamos diante de um paciente vítima de queda de moto, hemodinamicamente estável, oximetria de 99%, porém com Glasgow de 7 e pupilas anisocóricas. Se
utilizássemos o Glasgow-P, este paciente ainda perderia 1 ponto. Lembra que, no Glasgow-P, quando as duas pupilas reagem, ele não perde ponto, quando somente uma
reage, ele perde um ponto, e, por fim, quando nenhuma reage, perde dois pontos. De todo modo, adicionando ou não a avaliação pupilar, o nosso paciente apresenta
Glasgow menor ou igual a 8, o que é uma indicação mandatória para obtenção de via aérea definitiva, ou seja, de intubação orotraqueal. Gabarito oficial: intubação
orotraqueal/via aérea definitiva.

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18 - 2022 UNICAMP

» Estamos diante de um paciente idoso, 68 anos, que sofreu queda da própria altura e apresentou ferimento cortocontuso em supercílio direito que chegava a alcançar o
osso frontal. Não houve perda de consciência, amnésia lacunar nem ingesta de bebida alcoólica prévia. Refere de antecedentes: tabagismo e hipotireoidismo. Em relação
à conduta, embora este paciente tenha apresentado um TCE leve, ele merece ser submetido a uma TC de crânio devido a sua idade. Lembra que em pacientes com mais
de 65 anos de idade, mesmo com TCE leve, apresentam alto risco de intervenção neurocirúrgica. Outros critérios que sugerem alto risco de intervenção no TC leve são:
ECG < 15 após duas horas do trauma, suspeita de fratura de crânio aberta ou com afundamento, sinais de fratura de base de crânio (guaxinim, Battle, hemotímpano,
otorreia ou rinorreia liquórica), vômitos de repetição, uso de anticoagulantes e, repetindo, idade > 65 anos. Gabarito: letra A.

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19 - 2022 HSJC - SP

» Questão que foi DEVIDAMENTE anulada. A banca confundiu dois conceitos: TRANSFUSÃO MACIÇA (conceito que está relacionado com quantidade: uma grande
quantidade de concentrados de hemácias administrada em período curto de tempo: 4 a 24h por exemplo) com PROTOCOLO DE TRANSFUSÃO MACIÇA (conceito que está
relacionado na estratégia e operacionalização de como, quando e onde será feita a administração de hemocomponentes e/ou hemoderivados em grande quantidade). A
definição de transfusão maciça tem sido historicamente adotada como ao menos 10 concentrados de hemácias em 24h ou ao menos 4 em uma hora. Mais uma vez isso
é a definição de TRANSFUSÃO MACIÇA. O que seria então o PROTOCOLO DE TRANSFUSÃO MACIÇA? O PROTOCOLO DE TRANSFUSÃO MACIÇA é um documento escrito e
acessível a todos que atendem naquele centro de trauma onde estão explicitados itens como a razão de uso de hemocomponentes (proporção de 1:1:1 de concentrado,
plasma e paquetas, respectivamente, por exemplo), quando iniciar o protocolo (quais são os gatilhos para início do protocolo: Escore ABC, por exemplo), quais exames
serão utilizados para avaliar a presença de coagulopatia (coagulograma ou tromboelastograma e seus parâmetros, por exemplo), que outros medicamentos serão
utilizados (ácido tranexâmico? cálcio? DDAVP?) e etc. Por isso, como lamentavelmente confundiram os conceitos básicos, a questão foi devidamente anulada.

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20 - 2022 HSL - SP

» Vamos analisar as alternativas: Letra A: incorreta. O paciente apresenta instabilidade hemodinâmica e peritonite difusa por conta de um trauma contuso exclusivamente
abdominal, ou seja, já sabemos que o foco é uma lesão intra-abdominal, logo, o tratamento deve ser cirúrgico. Letra B: correta. Como vimos, o paciente apresenta sinais
de peritonite, indicação clara de laparotomia exploradora, e estava hemodinamicamente instável, portanto, ele não deveria nem ter realizado a tomografia. Letra C:
incorreta. No trauma fechado, a tomografia é um excelente exame para evidenciar ar, líquido livre ou mesmo lesões de órgão sólido. Letra D: incorreta. A presença de
líquido livre na ausência de lesão de víscera parenquimatosa sugere lesão de víscera oca, sem dúvidas, contribui de forma decisiva para indicação da cirurgia. Letra E:
incorreta. A presença de sinais de peritonite difusa sugere lesão intra-abdominal e não lesão na parede do abdome. Resposta: letra B.

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21 - 2022 HIAE

» Pessoal, estamos diante de um paciente de 28 anos, vítima de trauma, que, devido a um hemotórax, necessitou de uma drenagem torácica. Cinco dias após a colocação
do dreno, o paciente encontra-se bem clinicamente e assintomático: a melhora clínica foi considerável. Além disso, dreno torácico apresentou débitos continuamente em
queda (400 - 300 - 150 - 90) e com melhora do aspecto (hemático - seroso). Por fim, não se visualiza escape aéreo à manobra de Valsalva. Será que já podemos retirar o
dreno do nosso paciente? Bom, antes de nos prendermos a critérios, vamos raciocinar. Para retirarmos nosso dreno, devemos questionar duas coisas: Nosso dreno já
resolveu o problema? Se eu tirá-lo agora, poderei causar um novo problema? Nosso dreno, aparentemente, já resolveu o problema: o paciente não apresenta mais
sangue na cavidade pleural (o dreno apresenta aspecto seroso e numa quantidade de 100 ml diários - o que pode representar apenas o próprio líquido pleural) e o
paciente apresentou melhora clínica ao longo dos 5 dias. Se o dreno for retirado da maneira correta, provavelmente, nosso paciente não apresentará, também,
complicações em relação ao procedimento: o fato de não existir escape aéreo (mesmo com a manobra de Valsalva) infere que, pouco provavelmente, nosso paciente
apresenta uma fístula ou alguma outra condição em que ocorrerá acúmulo de ar na cavidade pleural. Descrevendo, agora, os critérios comumente utilizados para a
retirada do dreno: - Melhora clínico-radiológica do paciente (alguns autores não julgam necessária a realização de um exame de imagem); - Presença do dispositivo por,
no mínimo, 24-48h; - Ausência de escape aéreo; - Débito baixo, geralmente < 150 ml/24h. Logo, nosso paciente apresenta, sim, condições para a retirada do dispositivo.
O fato de evidenciarmos oscilação no dreno significa, unicamente, que ele está adequadamente alocado (no espaço pleural) e oscila conforme as variações de pressão
na caixa torácica. Resposta: alternativa C.

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22 - 2022 SCMSP

» Para responder esta questão, vamos remeter aquele lindo ditado: "uma imagem vale que mil palavras". Literalmente, nem precisamos ler o caso clínico para chegar ao
diagnóstico. Mas caso tenha lido, perceba que o menor apresentava ausculta respiratória reduzida globalmente a esquerda e estava saturando mal mesmo com
ventilação com bolsa-valva-máscara, além da hipotensão. Mas caso você tenha pensado em choque, olhe bem a imagem: perceba como a linha da pleura encontra-se
deslocada inferiormente. Tente seguir os vasos pulmonares até a periferia do pulmão esquerdo e perceba que eles não estão presentes. Isso porquê no lugar do
parênquima pulmonar, o AR extrapleural ocupou esse espaço. Logo, trata-se de um pneumotórax hipertensivo, que é a causa de toda a descompensação clínica do
paciente. Logo, a conduta IMEDIATA é a descompressão com inserção de uma agulha de grosso calibre no 2º espaço intercostal, na linha hemiclavicular. Resposta: letra
E.

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23 - 2022 HSL - SP

» No descolamento do ângulo esplênico do cólon, durante colectomia esquerda, houve lesão acidental no polo inferior do baço, numa extensão de 2,5 cm, talvez
provocada pela válvula que afastava a parede abdominal. Diante deste contexto, sem dúvidas, devemos realizar a hemostasia da lesão. Esta pode ser tentada apenas
por compressão, aplicação de agentes hemostáticos (ex: pó, gelatina, celulose, etc.) ou mesmo realização de sutura de segmento acometido, por isso, a letra A foi
inicialmente liberada como o gabarito da questão. Qual foi o problema da questão? Nós também podemos cauterizar como forma de hemostasia (letra E: correta) e
sangramentos de pequena monta podem cessar espontaneamente, inclusive "apenas observar" é a conduta preferencial em traumas esplênicos de baixo grau (letra D:
correta). A esplenectomia parcial ou total ficam reservadas para os sangramentos refratários em pacientes instáveis hemodinamicamente, dado que a questão não nos
forneceu. Por estes motivos, a questão foi corretamente anulada.

Video comentário: 303214

24 - 2022 SUS - SP

» Paciente vítima de TCE que em um primeiro momento estave "bem"! Pelo menos estável não é? Foi feito o atendimento inicial o ABCDE e o paciente ficou em
observação. Durante reavaliação o paciente evoluiu com rebaixamento do nível de consciência e se apresenta arresponsivo. Qual deve ser a nossa conduta? Inicialmente
vamos imaginar o que está acontecendo com ele? TCE com perda da consciência após algum período! Isso, mesmo não descrito de maniera tão clássica e completa nos
faz pensar obrigatoriamente em um intervalo lúcido, que decorre de um hematoma extradural. Independente disso, diante de um rebaixamento vamos proceder a IOT e
o paciente, agora com este TCE mais grave deverá ser tomografado. Resposta: Letra A.

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25 - 2022 HIAE

» Pessoal, questões sobre trauma pélvico sempre envolvem controvérsias. Vamos analisar o caso: Somos apresentados a um paciente de 23 anos, vítima de queda de
motocicleta, que apresenta uma fratura pélvica (compressão anteroposterior) causando instabilidade. A questão indaga qual o próximo passo, após as medidas de
estabilização no atendimento primário (acesso venoso, volume, transfusão, ácido tranexâmico, imobilização do quadril na sala de emergência). Bom, estamos diante de
um paciente com trauma pélvico e INSTABILIDADE HEMODINÂMICA. Existem controvérsias sobre o assunto. Embora o ATLS recomende, de início, a angioembolização
(em centros onde o procedimento revela-se disponível), as principais referências sobre o assunto indicam o tamponamento pré-peritoneal como primeira conduta. Vamos
analisar o que os guidelines mais recentes recomendam: Segundo os guidelines do World Journal of Emergency Surgery (imagem em anexo), nosso paciente possui uma
fratura pélvica grau IV (instabilidade hemodinâmica, independentemente do status mecânico). Segundo a referência, os pacientes que apresentam sangramento pélvico
e instabilidade devem ser, preferencialmente, submetidos ao TAMPONAMENTO PRÉ-PERITONEAL, em relação à angiografia: "Uma vez que as fontes de sangramento
venoso são inadequadamente tratadas por angioembolização, estudos têm mostrado que o manejo tradicional guiado por ATLS de lesões do anel pélvico
hemodinamicamente instáveis com angioembolização resulta em resultados piores com altas taxas de mortalidade pós-lesão - superiores a 40%. A noção de uma fonte
de sangramento retroperitoneal principalmente venosa nas fraturas pélvicas fornece a principal justificativa para o tamponamento pélvico para o controle da hemorragia
cirúrgica aguda." Coccolini, F., Stahel, P.F., Montori, G. et al. Pelvic trauma: WSES classification and guidelines. World J Emerg Surg 12, 5 (2017).
https://doi.org/10.1186/s13017-017-0117-6 Segundo o UpToDate: "Como mais de 85% do sangramento de fratura pélvica traumática é venoso, o tratamento cirúrgico
precoce de pacientes hemodinamicamente instáveis começa com tamponamento pré-peritoneal, enquanto a angiografia é tipicamente reservada para pacientes que
permanecem instáveis ou quando o sangramento arterial é claramente identificado na TC." Assim, o tema, realmente, revela-se alvo de importante controvérsia. Embora
algumas referências realmente indiquem a angioembolização como conduta subsequente, a maior parte dos especialistas tende a advogar a favor do tamponamento
pélvico extraperitoneal como conduta inicial. A banca posiciona-se em consconância com a literatura científica mais recente. Resposta: alternativa B.

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26 - 2022 SUS - SP

» Veja o que o enunicado expõe: facada no hemitórax D. O paciente está em insuficiência respiratória, com FR de 50 IPM, murmúrio abolido e percussão timpânica à direita
e saturando em 72%. Ou seja, somos obrigados a pensar em um pneumotórax HIPERTENSIVO. Repare que mesmo não encontrando os dados hemodinâmicos essa é a
nossa principal suspeita. Qual deve ser a conduta IMEDIATA? Toracocentese de alívio. Resposta: Letra B.

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27 - 2022 HIAE

» Paciente vítima de politrauma, com queda de pressão arterial, o que nos mostra provável sangramento, com hematoma em flanco esquerdo e hematúria franca. No que
devemos pensar? Lesão em trato urinário, provável lesão renal (hematoma + hematúria). O paciente voltou a sangrar e, por isso evoluiu com instabilidade. Neste caso
devemos indicar uma laparotomia exploradora. O foco do sangramento deverá ser o abdome ou o retroperitônio. Não vamos realizar a TC e nem urografia no paciente
instável. A USG, não vai definir e nem alterar a nossa conduta. Melhor resposta: Laparotomia exploradora.

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28 - 2022 HSL - SP

» Estamos diante de um paciente jovem, vítima de colisão moto x auto, apresentando fratura exposta de perna direita e hematoma em quadrante inferior direito do
abdome com múltiplas escoriações. A tomografia evidenciou hematoma de mesentério e o paciente foi submetido ao tratamento ortopédico. Diante deste contexto, a
melhor conduta é apenas observar a lesão intra-abdominal. Repara que não há evidência de líquido livre, presença de ar nem lesão de órgão no interior da cavidade, tem
apenas hematoma de mesentério, o que não é uma indicação de intervenção cirúrgica. A banca liberou como gabarito a letra C, mas a melhor resposta seria a letra B.
Resposta: letra C.

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29 - 2022 SUS - SP

» Paciente vítima de trauma instável hemodinamicamente até se prove o contrário apresenta choque hemorrágico e hipovolêmico. Os focos de sangramento são: Tórax,
abdome, pelve, fraturas de óssos longos e lesões exsanguinantes. No caso paciente atropelada por ônibus, o que mostra um politrauma de proporções consideráveis. No
atendimento inicial, no tórax: expandia bilateralmente e a ausculta era normal (murmúrios vesículares presentes bilateralmente). O que afasta um HEMOTÓRAX. Nos
membros:fratura com desvio da perna e da coxa direitas. Por isso, mesmo não sendo falado nada, como não afastamos também incluimos o abdome. E pelas lesões
aparentes devemos ter como possibilidades as lesões de pelve e ossos longos. Resposta: Letra C.

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30 - 2022 HSJC - SP

» Paciente vítima de trauma deve ser conduzido de acordo com o ABCDE! Após a ser "protocolado" em prancha rígida, devido ao TCE grave o paciente foi devidamente
intubado. No B/C, do ABCDE identificamos turgência de jugular Hipotensão, baixa saturaçõ e murmúrio abolido à direita. Após a intubação os parêmetros não se
alteraram, isso nos faz pensar obrigatoriamente em um penumotórax hipertensivo e, qual deve ser a conduta? Toracocentese de alívio. Respsota: Letra A. Veja que a
alternativa indica 2o ou 5o EIC.

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31 - 2022 SUS - SP

» Estamos diante de um menino de 12 anos de idade que sofreu queda da própria altura durante um jogo de futebol. O paciente está hemodinamicamente estável, porém,
foi intubado por apresentar rebaixamento do nível de consciência, repara que ele tem 8 pontos na escala de coma de Glasgow. A TC demonstra um hematoma extradural
com desvio de linha média, portanto, necessitará de intervenção cirúrgica. Até aguardar a realização do procedimento, que é, de fato, a principal conduta, devemos
lançar mão de algumas medidas clínicas como manter os parâmetros dentro da normalidade. Isso implica em um paciente normotenso, com PA sistólica > 100 mmHg,
Hb > 7 g/dL, PaO2 > 100 mmHg, PaCO2 entre 35 a 40 mmHg. Além disso, elevar a cabeceira por volta de 30º e a realizar o uso de manitol somente nos casos de
deterioração neurológica (presença de anisocoria, por exemplo). Atualmente, devemos evitar o uso de rotina desta droga, pois pode ocorrer um efeito rebote com maior
formação de edema na região encefálica. O contexto ideal para o uso desta droga é naqueles casos onde há piora neurológica e o paciente em breve será submetido à
intervenção neurocirúrgica. Portanto, melhor resposta: letra D.

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32 - 2022 HSJC - SP

» Em relação as fraturas de pelve: A- Incorreta: A amarração da pelve com lençol é uma medida geralemnte provisória. Ela auxilia o controle de sangramento nas fraturas
com mecanismo antero-posterior em que ocorre a disjunção do anel pélvico. Agora, se oouver sangramento abdominal e INSTABILIDADE, a conduta deverá incluir uma
laparotomia. B- Correta: Como vimos na letra A. A fixação externa será uma conduta mais definitiva. Agora, na presença de sangramento abdominal e instabilidade, a
laparotomia está sim indicada. C- Incorreta: Na presença de instabilidade hemodinâmica refratrária devemos inferir que o sangramento continua e medidas como a
fixação externa ou até mesmo medidas como Packing pré-peritoneal ou embolização devem ser realizadas. Na instailidade não vamos pensar no tratamento
conservador. D- Incorreta: a presença de fratura de pelve, tal qual a presença de sangramento no meato uretral, bexigoma, hematoma na região perineal devem nos
fazer pensar em lesão de uretra. Respsota: Letra B.

33 - 2022 SUS - SP

» Seguindo o protocolo do ABCDE do ATLS, na letra E temos a Exposição. Esta é a última etapa da avaliação primária, quando devemos despir o paciente e examiná-lo da
cabeça aos pés em busca de lesões que ainda não tinham sido descobertas. Além disso, o E também significa Environment, do inglês ambiente, para relembrar a
importância da prevenção da hipotermia. A administração de líquidos deve ser feita com cristalóides aquecidos e o ar condicionado da sala de atendimento deve ser
desligado. Vamos às alternativas: Letra A: correta. Para fazer a exposição completa do paciente precisamos despi-lo, retirando toda sua roupa. Letra B: correta. Para
expor o dorso e períneo, devemos rodar o paciente em bloco. Essa manobra deve ser realizada por pelo menos dois auxiliares, girando o paciente como um todo,
evitando movimentos com a coluna vertebral. Letra C: correta. Nos traumas penetrantes por PAF, entender o trajeto do projétil é fundamental para o estudo da cinética
do trauma e das lesões associadas. Para isso, encontrar os orifícios de entrada e saída é de suma importância. Letra D: correta. As roupas podem ser um foco de
progressão da queimadura e devem ser removidas, assim como relógios, anéis e outros adornos para impedir um efeito torniquete. Letra E: incorreta. A prevenção de
hipotermia deve ser realizada em todos os casos, independente se em locais de clima quente ou frio. Resposta: letra E.

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34 - 2022 HSL - SP

» Questão sobre paciente adulta jovem, vítima de trauma contuso por colisão de motocicleta. Quanto às alterações do exame físico, apresentava apenas taquicardia e dor
à palpação pélvica, porém mantendo-se estável hemodinamicamente. A fratura de tíbia era fechada e com pulso distal preservado. Além disso, a hematúria discreta
presente é provavelmente secundária ao trauma renal esquerdo. Ao observarmos as imagens da tomografia computadorizada, percebemos na pelve um blush na fase
arterial, além de pequeno hematoma pélvico, porém, sem sinais de fratura no corte axial apresentado. Diante disso, vamos avaliar as alternativas: Fixação externa de
bacia: incorreta. Fixação externa da bacia é mais efetiva nas fraturas pélvicas em livro aberto (open book), para "fecharem" a pelve na tentativa de conter um
sangramento pélvico de origem venosa. Não é eficaz para sangramentos arteriais como o da questão. Tamponamento extraperitoneal pélvico: incorreta. Tamponamento
extraperitoneal pélvico é realizado por meio de incisão abdominal infra-umbilical sem violar o peritôneo, e desse modo, acessando o espaço pré-peritoneal de Retzius.
Após essa manobra são colocadas várias compressas nesse espaço para tentar tamponar o sangramento. Essa medida é opção considerada em sangramentos venosos
após falha do fechamento pélvico, seja por contenção com lençol ou MAST, seja por fixação externa. Embolização arterial pélvica: correta. Por mais que a paciente ainda
não apresente instabilidade hemodinâmica, esse sangramento de origem arterial dificilmente cessaria por meio fixação externa ou por compressão. Dessa forma, a
melhor opção é trata-lo de maneira minimamente invasiva por meio da angioembolização, também chamada de embolização arterial pélvica. Se indisponível essa
modalidade terapêutica a exploração cirúrgica seria necessária. Tamponamento intraperitoneal pélvico: incorreta. O sangramento pélvico mostrado é extraperitoneal
(pode também ser chamado de retroperitoneal), por isso o tamponamento intraperitoneal não seria efetivo. Cistoscopia com eletrocoagulação: incorreta. Cuidado com a
pegadinha! A hematúria discreta relatada é de provável origem renal. A banca colocou essa informação para tentar confundir o candidato. O blush arterial visto na TC
pode até ser de algum ramo da ilíaca interna como das artérias vesicais, contudo, ainda assim o sangramento seria extra-vesical. Respota: Embolização arterial pélvica.

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35 - 2022 HSL - SP

» Questão muito interessante! Ela nos pede qual deve ser a recomendação na hora de retirar um dreno torácico! Na própria prática, vemos diversos profissionais retirando
o dreno de diferentes formas, isso porque, de fato, não existe uma regra absoluta. O mais importante é não variar a pressão intratorácica, pois esta variação pode levar à
entrada de ar e, consequentemente, formação de pneumotórax. Então o mais importante é não variar a pressão no interior do tórax, mantendo a manobra de Valsalva,
desta forma, podemos retirar o dreno tanto no final da inspiração quanto no final da expiração. Gabarito: letra D.

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36 - 2022 SUS - SP

» Paciente vítima de trauma penetrante por arma branca em hipocôndrio direito de cerca de 2 cm. Ao exame, estável hemodinamicamente, sem sinais de peritonite e há
dúvida com relação à penetração da cavidade. Embora não tenha ficado tão claro pelo enunciado, podemos inferir que essa dúvida quanto à violação da cavidade foi
feita pela inspeção, afinal de contas, o enunciado teria enfatizado a realização da exploração digital e, além disso, a questão não teria trazido esta conduta como uma
das alternativas. Outro ponto importante que deve ser enfatizado é que este não é um trauma de transição toracoabdominal. O hipocôndrio direito já fica, de fato, no
abdome, localizado abaixo do rebordo costal direito. A transição toracoabdominal tem como seu limite superior, a linha intermamilar, e como limite inferior, os rebordos
costais. Portanto, neste contexto, a melhor conduta é realizar a exploração digital para detectar se houve ou não violação da cavidade peritoneal. Caso haja, devemos
avaliar a cavidade abdominal com tomografia, caso não haja, a conduta deve sutura do ferimento e alta hospitalar. Só deveríamos realizar a laparotomia de cara se o
paciente apresentasse evisceração, peritonite ou choque. A laparoscopia seria indicada se fosse um trauma de transição toracoabdominal. Portanto, melhor resposta:
letra C.

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37 - 2022 UNICAMP

» Da mesma forma que no paciente adulto, no TCE moderado e grave, a imagem sempre vai ser indicada. Agora, e para o TCE leve, geralmente nas concussões? Lembre-
se que a conduta é discretamente diferente entre as crianças com mais ou menos de dois anos. Aqui, vamos rever a conduta para os maiores, uma vez que no enunciado
temos uma criança com 5 anos. Qualquer dúvida, reveja o seu material. Veja a imagem em anexo que resume como deve ser feita a avaliação. No caso temos: Um
episódio de vômito e um pai com 1,80 M... Ou seja, mecanismo grave de lesão...Mecanismo grave de lesão: acidente com veículo motorizado com ejeção do paciente,
morte de outro passageiro ou capotagem; pedestre ou ciclista sem capacete atingido por um veículo motorizado; quedas de mais de 0,9 m (três pés; para menores de 2
anos – ou mais de 1,5 m [cinco pés] para maiores de 2 anos); ou cabeça atingida por um objeto de alto impacto. GABARITO OFICIAL: A altura maior que 1,5m. GABARITO
PÓS OFICIAL: A altura maior que 1,5m/altura/altura de 1,80m

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38 - 2022 SCMSP

» Vamos analisar as alternativas: Letra A: incorreta. A sedação e analgesia, sem dúvidas, devem ser realizadas, pois estamos diante de um paciente com TCE grave, a
cetamina não demonstrou elevar a pressão intracraniana e, portanto, pode ser utilizada. Letra B: incorreta. A hiperventilação não é uma medida inicial, é utilizada
somente em casos refratários às medidas iniciais. Letra C: incorreta. A infusão de solução salina hipertônica é a 3% e a dose é de 0,1 a 1 ml/kg/h. Letra D: correta.
Devemos evitar a hipertermia, cuidado, não devemos induzir a hipotermia, mas somente evitar episódios febris. Letra E: incorreta. A pressão intracraniana deve ser
abaixo de 20 mmHg. Resposta: letra D.

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39 - 2022 HSL - SP

» Estamso diante de paciente ítima de trauma perfurante por arma branca em dorso apresentando pequena lesão esplênica com pequena quantidade de líquido
periesplênico. O passo mais importante para responder essa questão é não fazer confusão entre trauma penetrante e trauma fechado. Ninguém tem dúvidas, que se o
trauma tivesse sido fechado, a conduta seria observação, mas estamos diante de trauma penetrante. Vamos analisar as alterntivas: A laparoscopia é a conduta ideal
para esse paciente, visto que se houve lesão esplênica, alguma víscera oca pode ter sido lesada. A laparoscopia permite o diagnóstico e reparo nessa situação. A lesão
esplênica não é nossa grande preocupação nessa questão e sim a possibilidade de outras lesões desapercebidas na tomografia. Arteriografia geralmente é indicada para
lesões com blush (extravazamento) arterial na tomografia. A observação seria útil caso fosse um trauma fechado. Tomografia com contraste via retal ajuda na
identificação de lesões colônicas, mas não identifica lesões de meso e de delgado. Resposta: Laparoscopia.

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40 - 2022 SUS - SP

» A respeito da retirada do colar cervical em pacientes vítimas de trauma, sabemos que muitas vezes pode ser retirado o colar sem o auxílio de exames de imagem. Para
facilitar essa decisão são utilizadas algumas regras. As mais utilizadas são os critérios NEXUS e a Regra Canadense da Coluna Cervical (Canadian C-Spine Rule - CCR).
Os critérios NEXUS (National Emergency X-Radiography Utilization Study) são compostos por 5 critérios de baixo risco. Caso o paciente tenha os 5, pode ser realizada a
retirada do colar cervical sem radiografia. Os critérios são: Neurologic deficit: ausência de déficit neurológico Etanol: ausência de intoxicação exógena Xtreme distracting
injury: nenhuma lesão grave (distração) Unable to provide story: sem alteração de nível de consciência Spinal tenderness: sem dor na coluna O conceito por trás do
CCR é avaliar critérios de alto risco para lesão, e critérios de baixo risco que permitam avaliação segura da mobilidade cervical. Caso o paciente tenha mais de 65 anos,
parestesia nas extremidades, ou algum critério de alto risco para lesão, o colar só deve ser retirado após exame de imagem. Os critérios de alto risco são: queda maior
ou igual a 1 metro; sobrecarga axial na cabeça; acidente automobilístico (alta velocidade > 100 km/h, capotamento ou ejeção); veículos motorizados de lazer; e
acidentes de bicicleta. Caso o paciente não se encaixe nestes critérios, e tenha algum fator de baixo risco que permita avaliação segura da mobilidade cervical, deve-se
solicitar que rode o pescoço ativamente a 45º. Caso obtenha sucesso pode ser removido o colar cervical. O paciente da questão tem 53 anos e sofreu acidente
automobilístico, cujo mecanismo de trauma sugere alto risco para lesão cervical. Diante disso, há indicação de realização de radiografia de coluna cervical antes de ser
retirado o colar. Resposta: letra E.

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41 - 2022 HSL - SP

» Questão interessante! Estamos diante de um paciente de 25 anos, vítima de atropelamento, que está hemodinamicamente estável, com TCE grave, fraturas de costelas
simples e presença de líquido livre em pelve, sem demais lesões ou extravazamento de contraste. Repara que o nosso paciente foi submetido a um exame tomográfico,
já que a questão frisou que não tinha extravazamento de contraste. Porém, mesmo com a realização do exame complementar não podemos descartar uma ruputra
intestinal, por exemplo. Além disso, perdemos os parâmetros de irritação peritoneal no exame do abdome, já que o nosso paciente está intubado por conta de um TCE
grave. Neste caso, a melhor conduta deve ser a realização de uma exploração cirúrgica e lembra que a via de escolha deve ser a laparotomia, em pacientes com TCE
grave devemos evitar a laparoscopia, pois aumento da pressão intra-abdominal piora a pressão intra-craniana. Resposta: "Laparotomia".

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42 - 2022 SUS - SP

» Após trauma torácico penetrante por arma branca em precórdio, a paciente apresenta hipotensão e abafamento de bulhas à ausculta cardíaca. A grande hipótese
diagnóstica, mesmo sem relato de turgência jugular para completar a tríade de Beck, será o tamponamento cardíaco. E a hipótese foi confirmada pelo FAST positivo em
saco pericárdico. Vamos aproveitar para lembrar sobre o tamponamento cardíaco? O tamponamento cardíaco tem como causa principal o trauma torácico penetrante
com lesão cardíaca, com acúmulo de sangue na cavidade pericárdica. O sangue na cavidade pericárdica faz efeito compressivo sobre as câmaras do coração
(principalmente VD), prejudicando o enchimento diastólico, causando a turgência jugular e congestão pulmonar. Como o coração não se enche adequadamente, há
queda do débito cardíaco levando à hipotensão e choque. Ao auscultar o pericárdio do paciente, teremos bulhas cardíacas abafadas devido ao líquido no espaço
pericárdico. Estes três achados clínicos (abafamento de bulhas + hipotensão + turgência jugular) compõem a tríade de Beck, presente em cerca de 30 a 40% dos casos
de tamponamento. A conduta segundo o ATLS 10ª edição é a toracotomia de emergência ou esternotomia para reparo definitivo da lesão pericárdica. Entretanto, caso
não seja possível realizar a intervenção cirúrgica, a conduta imediata deve ser a pericardiocentese subxifoideana. Logo, a resposta correta é a letra C. A questão gerou
uma certa polêmica porque algumas referências citam a indicação da pericardiocentese também caso o paciente esteja hemodinamicamente instável. Isso ser daria
devido ao fato da descompressão pela pericardiocentese ser mais rápida do que a toracotomia em centro cirúrgico. Entretanto, não é o que é recomendado pela última
edição do ATLS, a maior referência no trauma. A tendência é que as atualizações destas outras referências sigam o ATLS nas suas próximas publicações. Apesar dos
pedidos de recurso a banca não alterou seu gabarito e manteve a resposta como letra C. Resposta: letra C.

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43 - 2022 UNICAMP

» Estamos diante de uma menina de 10 anos vítima de queda de beliche há 4 horas. A paciente desde então apresenta vômitos de repetição e, no momento, está
sonolenta. Ao exame, bradicárdica, bradipneica, hipertensa, Glasgow 13 e sem demais alterações. Pelo exame físico, já identificou qual a tríade a nossa paciente
apresenta? Ela apresenta a famosa tríade de Cushing! Tríade definida pela associação de hipertensão, bradicardia e bradipneia. A presença desta tríade caracteriza uma
síndrome de hipertensão intracraniana. Agora a grande pergunta é: qual tipo de lesão esta causando essa síndrome de hipertensão intracraniana? Para isso, sem
dúvidas, devemos analisar a tomografia de crânio. Esta evidencia uma imagem hiperdensa e biconvexa, imagem, portanto, característica de um hematoma epidural,
também conhecido como hematoma extradural. Se fosse um hematoma subdural, veríamos uma imagem hiperdensa e em "crescente", ou seja, uma imagem que
acompanharia a convexidade cerebral. Portanto, estamos diante de uma hematoma epidural que ocasiona hipertensão intracraniana. Gabarito: letra B.

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44 - 2022 SUS - SP

» Você está diante de um paciente vítima de trauma com TCE grave (Glasgow < 9) que já apresenta sinais de hipertensão intracraniana (HIC). Repare que ele evoluiu com
hipertensão arterial e bradicardia. Provavelmente se já não estivesse em ventilação mecânica apresentaria também irregularidade do ritmo respiratório, fechando assim
a tríade de Cushing (resposta autonômica, proveniente da compressão do hipotálamo). Além disso, a postura flexora sinaliza uma piora ainda mais acentuada do
Glasgow e a dilatação pupilar, principalmente quando assimétrica, está relacionada a hérnia de uncus e compressão do núcleo do nervo óculomotor (III par craniano).
Frente à essa situação devemos iniciar medidas clínicas para controle da HIC com o objetivo de restabelecer a perfusão cerebral normal (PPC), nesse caso, reduzindo a
pressão intracranina (PIC). Veja quais seriam essas medidas, segundo o ATLS 10ª edição: - Elevação da cabeceira do leito 30-45º - Osmoterapia, com manitol ou salina
hipertônica 3% 25-100mg até de 4/4h (mantendo osmolaridade sérica < 320 mOsm/L) - Hiperventilação transitória com FiO2 a 100%, mantendo PaCO2 entre 30-35
mmHg (causa vasoconstrição das artérias cerebrais e reduz a PIC) - Sedação, com midazolam, propofol ou opioides (agitação pode aumentar a PIC) O uso de corticóides
só são indicados em casos de HIC por abscesso ou tumores de SNC, não sendo preconizados para o trauma, uma vez que não melhoram o prognóstico e podem agravar
alterações nutricionais e metabólicas. Resposta: letra E.

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45 - 2022 HSJC - SP

» Questão meio estranha, pois o autor indicou uma "faixa" de Glasgow entre 10-13! De todo modo, vamos considerar um paciente com TCE moderado.A TC foi realizada,
ou seja, o paciente deve estar estável hemodinamicamente. A via aérea não precisa ser garantida, uma vez que não estamos diante de um TCE grave. Nestes casos, nos
preocupamos em impedir lesões secundárias, com cuidados como a manutenção da PAM, da PPC e PIC.Das opções, a melhor seria a letra B, mas, devemos fazer muitas
ressalvas... A elevação da cabeçeira é indiscutível. A restrição de liquidos é relativa, vamos lembrar que não buscamos a hipotensão permissiva para estes pacientes,
mas também não devemos hiper hidratar. E também não temos indicação de hiperventilação. Apesar do termo hipocapnia, vamos considerar como correta.Resposta:
Letra B.

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46 - 2022 USP - SP

» O enunciado da questão já começa destacando um ponto importantíssimo: arma branca na região dorsal. A imagem fornecida pela prova evidencia justamente esta
lesão em região dorsal, com sangramento ativo. O paciente encontra-se estável e ventilando normalmente, sem nenhuma alteração digna de intervenção no
atendimento primário (ABCDE). O FAST negativo, o que afasta a presença de liquido dentro da cavidade abdominal e a sondagem vesical indica uma diurese clara. Qual
deve ser a conduta após a hemostasia local? Vamos lembrar que nas lesões no dorso, a exploração digital não é eficaz e, quando o paciente encontra-se estável,
devemos realizar uma tomografia computadorizada (caracteristicamente com contraste triplo) para avaliar possíveis lesões no retroperitônio e no próprio peritônio.
Gabarito letra C.

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47 - 2022 USP - SP

» Muito cuidado com esta questão. Alguns pontos são importantes. Inicialmente, veja que não estamos no ambiente extra hospitalar e sim, no INTRA. Por isso, sempre
ABCDE. No A, a via aérea já está garantida com a IOT. No B, identificamos achados compatíveis com penumotórax, que associado a ventilação mecânica, nos faz pensar
em pneumotórax hipertensivo, ou em um pneumotórax fechado com risco elevado para se tornar hipertensivo. por isso, a primeira conduta é drenagem. Seguindo o
ABCDE, paciente instável, com FAST + no abdome, nos indica a necessidade de laparotomia. Agora, o que será feito inicialmente? A cirurgia com o controle eficaz do
sangramento dos MMII? O controle do sangramento através do uso de um torniquete. Após, o paciente deve ser submetido a laparotomia. Em relação a TC de crânio,
lembre-se que no TCE grave visamos a prevenção de lesão secundária, pois os danos primários já foram causados. E seguindo a lógica do ATLS em resolver aquilo que
coloca o paciente em risco de maneira mais imediata, a laparotomia devido a prováveis lesões abdominais é mais urgente do que a TC de crânio, até porque, em um
paciente instável, a TC deve ser evitada. Gabarito letra C.

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48 - 2022 SCMSP

» Vamos revisar a Escala de Coma de Glasgow: Abertura ocular: Espontânea - 4 pontos; À voz - 3 pontos; À dor (pressão) - 2 pontos; Nenhuma - 1 ponto. Resposta
Verbal: Orientada - 5 pontos; Confusa - 4 pontos; Palavras inapropriadas - 3 pontos; Sons incompreensíveis - 2 pontos; Nenhuma - 1 ponto. Resposta Motora: Obedece a
comandos - 6 pontos; Localiza estímulo - 5 pontos; Retira o membro a dor (flexão normal) - 4 pontos; Flexão anormal - 3 pontos; Extensão anormal - 2 pontos; Nenhuma -
1 ponto. Em relação ao caso descrito, o paciente apresenta abertura ocular à pressão (2 pontos), resposta verbal confusa (4 pontos) e flexão normal (4 pontos).
Portanto, Glasgow de 10 (2 + 4 + 4). Gabarito: letra C.

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49 - 2022 UNESP

» Vamos analisar segundo o protocolo ABCDE do ATLS: A: há a emissão de sons, então podemos presumir que a via aérea está pérvea. Não há menção sobre estabilidade
cervical, mas nada sobre isso foi citado nas alternativas. B: paciente com múrmurio vesicular abolido à direita, associado a escoriações torácicas, hipotensão e
taquicardia. Tanto o hemotórax quanto o pneumotórax são diagnósticos possíveis. Tal diferenciação seria possível apenas com a descrição do timpanismo ou frêmito
toracovocal. C: paciente hipotenso, com pulsos finos e taquicárdico. Até que se prove o contrário, todo paciente vítima de trauma que se encontra instável
hemodinamicamente (hipotenso) é portador de choque hipovolêmico/hemorrágico. D: paciente pontuando no máximo 7 na escala de coma de Glasgow: abertura ocular
ausente (1), sons incompreensíveis (2) e flexão ao estímulo doloroso (4), ou seja, um TCE grave (paciente com pontuação de 13-15 são classificados como TCE leve, 9-12
moderado, e de 8 para baixo grave). E: presença de múltiplas escoriações e lacerações; Ou seja, podemos concluir que o paciente possui um provável choque
hemorrágico, hemotórax ou pneumotórax hipertensivo, TCE grave e indicação de via aérea definitva (glasgow 7). Agora, vamos analisar as alternativas... A)
CORRETA. Alternativa que melhor descreve o quadro clínico do paciente. B) INCORRETA. O paciente possui TCE grave e não moderado. C) INCORRETA. Não há sinais de
atelectasia pulmonar, mas sim de hemo ou pneumotórax. D) INCORRETA. Não há sinais de atelectasia pulmonar, mas sim de hemo ou pneumotórax; paciente com TCE
grave e não moderado. Gabarito: letra A.

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50 - 2022 UNESP

» Nesta questão temos um paciente vítima de politrauma, DESACORDADO, cursando com hipotensão, frequência cardíaca NORMAL, frequência respiratória de apenas 12,
com PELE FRIA E PÁLIDA e sem fontes de sangramento... O primeiro diagnóstico que pensamos ao encontrar um paciente vítima de trauma com hipotensão e bradi ou
normocardia seria de choque neurogênico causado por um trauma raquimedular afetando de T6 para cima. O problema é que esse tipo de choque causa uma perda do
tônus SIMPÁTICO periférico e, consequentemente, vasodilatação periférica. A vasodilatação faz com que a pele e as extremidades fiquem quentes, e não frias como
descrito no enunciado! E agora? Nesse caso, existem duas possibilidade: 1) O paciente tem um foco de hemorragia interna que pode estar agravando o quadro, afinal de
contas, a principal causa de hipotensão em um paciente vítima de trauma SEMPRE SERÁ O CHOQUE HEMORRÁGICO. Por esse motivo, choque hipovolêmico e
neurogênico podem COEXISTIR, e isso não é incomum; ou 2) A banca cometeu um erro de digitação ao formular a questão. Ao realizar uma questão, não nos cabe julgar
se houve ou não um erro, mas sim encontrar a melhor resposta para aquele quadro fornecido. Por isso, vamos considerar que nosso paciente possui um foco
hemorrágico associado a um possível choque neurogênico. Nesse caso, a melhor conduta para o quadro seria realizar a reposição volêmica e re-avaliação para definir se
os parâmetros hemodinâmicos se estabilizariam. Em caso de hipotensão refratária, devemos considerar a adminstração de aminas vasoativas e atropina para resolver a
vasodilatação periférica e bradicardia do choque neurogênico. Agora vamos à análise das alternativas: A: Incorreta. Em caso de choque neurogênico, a lesão é
SIMPÁTICA. B: Incorreta. Nossa suspeita seria de choque HIPOVOLÊMICO associado a choque NEUROGÊNICO, por isso não devemos considerar a hipotensão permissiva
em um primeiro momento. C: Correta. A diferenciação entre choque neurogênico e choque medular é feita através da avaliação do reflexo bulbocavernoso que é feito
com a introdução de uma sonda de Foley pelo ânus, insuflação de seu balonete e tração ou com uma leve pressão sobre a glande para se observar a contração do ânus.
A ausência do reflexo evidencia o choque medular, que costuma se resolver com 48 horas com o retorno do reflexo. D: Incorreta. A succinilcolina deve ser evitada
durante a intubação de pacientes com choque neurogênico porque possui como efeito colateral, além da hipercalemia, a bradicardia. Gabarito: letra C.

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51 - 2022 HNMD

» Estamos diante de um paciente que foi vítima de trauma penetrante de abdome, que não apresenta sinais de evisceração, peritonite ou choque, ou seja, não apresenta
nenhuma indicação mandatória de laparotomia exploradora. A pergunta que fica é: será que este trauma penetrante violou a cavidade? Ou será que não foi apenas um
trauma de parede abdominal? O divisor de águas para responder esta pergunta é exploração digital da parede abdominal. A descrição não foi das melhores, o autor citou
que "a exploração da ferida não há outros de sinais de risco", o ideal seria ter citado exploração negativa. Além disso, a banca só nos disse que seria um trauma
penetrante, não falou se seria por arma branca ou arma de fogo. Lembra que no caso do trauma penetrante na face anterior do abdome por arma de fogo, na imensa
maioria das vezes, a conduta indicada deve ser a exploração cirúrgica. Como o enunciado não deixou bem claro: 1) se foi por arma branca ou arma de fogo e 2) se houve
ou não violação da cavidade peritoneal, a questão foi devidamente anulada.

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52 - 2022 UERJ

» Estamos diante de um paciente vítima de agressão por arma branca ao nível do mamilo esquerdo. O paciente está hipotenso, presença de turgência jugular e
abafamento de bulhas cardíacas. Repara que esta é a tríade de Beck, tríade de Beck altamente sugestiva de tamponamento cardíaco. Lembra que diante de um paciente
vítima de trauma e com turgência jugular, devemos pensar principalmente em pneumotórax hipertensivo e tamponamento cardíaco. Como o paciente tem murmúrio
bilateral, podemos descartar a presença de pneumotórax hipertensivo, que se apresentaria com ausência de murmúrio unilateral, hipertimpanismo, turgência jugular e
hipotensão. Não é o caso do nosso paciente, aqui ele apresenta a tríade de Beck, portanto, o diagnóstico mais provável é o tamponamento cardíaco. Gabarito: letra C.

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53 - 2022 FJG

» Questão conceitual e direta! A síndrome compartimental abdominal é definida quando os níveis de PIA estão acima de 20 mmHg, acompanhados pela disfunção de um
ou mais órgãos. Lembrando que as disfunções orgânicas podem ser, por exemplo, redução do débito cardíaco, redução da complacência pulmonar, elevação da pressão
intracraniana ou redução da filtração glomerular. Portanto, melhor resposta: letra D.

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54 - 2022 UERJ

» Questão bem direta. Vamos lembrar que no E do ABCDE, sempre prevenimos a hipotermia, justamente por este motivo. A hipotermia deflagra distubios de coagulação
(coagulopatia) e consequente acidose. Quando o paciente desenvolve estes 3 achados, chamamos de tríade letal: hipotermia + coagulopatia + acidose. Gabarito letra B.

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55 - 2022 FJG

» Questão direta. Na estimativa de perda volêmica, vamos lembrar que a pressão não é o priemeiro parâmetro a se alterar. A hipotensão vai estar presente nas perdas
classes III e IV. Vale lembrar que na classe III a PA ainda pode estar no limite inferior da normalidade. Na classe III a perda volêmica está em torno de 30-40% (1500-
2000ml). Veja a imagem em anexo. Melhor resposta: 30%

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56 - 2022 UERJ

» Vamos analisar a questão: Nosso paciente apresenta um ferimento por arma branca em região abdominal e apresenta evisceração. Chega ao departamento de
emergência lúcido, orientado, e relata à equipe médica do ocorrido. Qual a conduta A SEGUIR? Pessoal, nosso paciente apresenta-se eviscerado, o que indica a
realização de uma laparotomia de emergência. Essa, obviamente, será a conduta definitiva. A questão, entretanto, indaga qual a "CONDUTA A SEGUIR". Pessoal,
diante de qualquer paciente admitido na sala do trauma, sabemos que a conduta inicial sempre consiste na monitorização do paciente e na realização da avaliação
inicial (ABCDE) e estabilização do paciente. Como nosso paciente apresenta vias aéreas pérvias e não apresenta problemas respiratórios, devemos iniciar a avaliação do
aparelho circulatório do doente. Logo, nosso paciente necessitará, certamente, de acesso venoso periférico. Obviamente outras condutas também estariam corretas,
como: monitorização em leito, aferição da pressão arterial, colocação de eletrodos, avaliação da saturação, fornecimento de oxigênio. Entretanto, sem brigar com a
questão, a única assertiva que contempla um item da abordagem inicial é a letra A. Resposta: alternativa A.

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57 - 2022 FJG

» Questão bem direta. Considerando somente a escala de coma de Glasgow (repare que o enunciado não indica o Glasgow-P), a pontuação será de 3-15. Lembre-se que a
ausência de resposta sempre pontua 1 na escala de coma de Glasgow (ECG). Como avaliamos 3 parâmetros, no mínimo 3 pontos o paciente vai apresentar. Em relação
ao Glasgow-P, devemos considerar a resposta pupilar em que a ausência de resposta indica a retirada de 2 pontos da ECG. Ou seja, ECG-P poderá ser de 1-15 pontos.
Melhor resposta: 3 pontos.

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58 - 2022 UFRJ

» De acordo com vigésima edição do Sabiston, referência bibliográfica deste concurso, o uso de corticoide ainda parece controverso diante dos traumas raquimedulares
(TRMs). Muito estudos demonstraram pequena melhora no uso precoce de metilprednisolona. Quando administrada, a metilprednisolona é prescrita em bolus de 30
mg/kg seguida por infusão de 5,4 mg/kg/h por 23 horas, se o bolus foi dado nas primeiras três horas da ocorrência da lesão. A duração da infusão é estendida por 48
horas, se o bolus foi administrado entre três e oito horas após a lesão, enquanto os TRMs que ocorreram há mais de oito horas não devem ser tratados. Por esse motivo,
gabarito: letra D.

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59 - 2022 UFRJ

» Questão que poderia apresentar um enunciado mais claro, identificando o estado hemodinâmico do paciente, mas que não inviabiliza a resposta. Para uma
contaminação grosseira, o risco de infecção do sítio cirúrgico é elevado. Nestes casos, muitos cirurgiões preferem fechar somente a aponeurose, mantendo a pele e as
outras camadas abertas, possibilitando a lavagem e o controle dos sinais infecciosos. Em alguns casos podemos tentar o fechamento em terceira intenção. Gabarito letra
A.

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60 - 2022 UFRJ

» Paciente vítima de trauma, instável hemodinamicamente, mesmo após receber 2000 ml de volume. Realizado FAST que veio positivo (repare a imagem de liquido -
hipoecoico na USG). Qual é a conduta? LAPAROTOMIA. O FAST + indica que o foco do sangramento é o abdome. Gabarito letra C.

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61 - 2022 SES - DF

» Vamos recapitular a Escala de Coma de Glasgow (ECG): Abertura Ocular 4 pontos - espontânea; 3 pontos - à voz; 2 pontos - à dor; 1 ponto - nenhuma. Resposta Verbal
5 pontos - orientada; 4 pontos - confusa; 3 pontos - palavras inapropriadas; 2 pontos - sons incompreensíveis; 1 ponto - nenhuma. Resposta Motora 6 pontos - obedece
comandos; 5 pontos - localiza a dor; 4 pontos - movimento de retirada; 3 pontos - flexão anormal; 2 pontos - extensão anormal; 1 ponto - nenhuma. O nosso
paciente verbaliza algumas palavras sem sentido, ou seja, emite palavras inapropriadas (3 pontos), tem abertura ocular à dor (2 pontos) e resposta motora de flexão
anormal (3 pontos). Portanto, o nosso paciente recebe 8 pontos na Escala de Coma de Glasgow. Gabarito: letra B.

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62 - 2022 SURCE

» A grande vantagem do uso de fluidos aquecidos é prevenir os distúrbios de coagulação por evitar a hipotermia! A hipotermia leva à coagulopatia por diminuir a fibrinólise
e por ocasionar disfunção plaquetária. A temperatura mais fria diminui a atividade enzimática que promove fibrinólise e também inibe a produção de tromboxano B2,
resultando em diminuição da agregação das plaquetas. Portanto, embora a prevenção da hipotermia preserve o tecido cerebral por melhorar a perfusão local, a grande
vantagem desta medida é prevenir os distúrbios de coagulação. Por esse motivo, a melhor resposta é a letra D. Gabarito: letra D.

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63 - 2022 SES - DF

» Estamos diante de um paciente vítima de atropelamento há alguns minutos, o paciente apresenta PA de 100x70 mmHg e FC de 110 bpm. O choque classe IV é aquele
em que o paciente está hipotenso e com FC > 140 bpm. Portanto, o nosso paciente pode no máximo ser classificado em classe II, hemodinamicamente estável e com FC
entre 100 e 120 bpm. Gabarito: letra B.

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64 - 2022 SES - DF

» A afirmativa está incorreta. O protocolo de transfusão maciça é reservado para os choques grau IV. No choque grau III já podemos iniciar a reposição com
hemoderivados, porém, nos choques grau I e II, a conduta deve ser reposição com cristaloide. Gabarito: letra B.

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65 - 2022 HCG

» Vamos analisar as alternativas: A) Incorreta. A tríade de acidose, hipotermia e coagulopatia, conhecida como tríade letal é comum em pacientes reanimados que estão
sangrando ou em choque devido a vários fatores. A perfusão tecidual inadequada resulta em acidose causada pela produção de lactato. No estado de choque, a entrega
de nutrientes às células é considerada inadequada, de modo que a produção de trifosfato de adenosina (ATP) diminui. B) Incorreta. A mortalidade de 100% ocorre
quando a temperatura corpórea for menor do que 32ºC. C) Correta. Os testes tradicionais de coagulação são realizados com soro e não com sangue total, de forma que
não são capazes de medir a interação dos fatores de coagulação com as plaquetas. Mais recentemente, a tromboelastografia e a tromboelastometria rotacional surgiram
como medidas dinâmicas de coagulação que fornecem uma medida mais sensível e precisa das alterações de coagulação observadas em pacientes com trauma. D)
Incorreta. A infusão de solução tampão serva para tratar a acidose. Gabarito: letra C.

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66 - 2022 SES - DF

» A ausculta respiratória indica murmúrio vesicular ausente à direita e normais à esquerda. Ou seja, somente com este dado do exame clínico, já podemos inferir que há
presença de hemopneumotórax. Se a percussão for timpânica, o predomínio é de pneumotórax, se maciça, o que prevalece é a presença de hemotórax. Portanto, não
necessitamos de radiografia para realizarmos o diagnóstico destas condições. Gabarito: letra B.

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67 - 2022 SES - DF

» Estamos diante de um paciente vítima de atropelamento que está taquicárdico e com saturação de 90% e com Glasgow de 8 (2 + 3 + 3). Sem sombra de dúvidas, a
avaliação inicial do nosso paciente deve ser feita através do ABCDE do trauma. No "A", as vias aéreas estão pérvias. No "B", identificamos a presença de um
hemopneumotórax (ausência de MV em hemitórax esquerdo, queda na saturação e alteração na condição hemodinâmica do paciente), diante deste contexto clínico, a
melhor conduta é a realização de toracocentese de alívio, a drenagem pode ser feita num segundo momento. No item "C", devemos iniciar a estabilização hemodinâmica
do nosso paciente com cristaloide e no item "D", como o nosso paciente apresenta rebaixamento do nível de consciência (ECG de 8), já devemos sim realizar a intubação
orotraqueal. Então repara que a drenagem torácica embora possa ser feita, não é uma medida obrigatória neste momento, levando em consideração o contexto do nosso
paciente, a medida de fato necessária no atedimento inicial seria a realização de uma toracocentese de alívio. Gabarito oficial: letra A. Gabarito MEDGRUPO: letra B.

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68 - 2022 SES - DF

» Estamos diante de um paciente vítima de trauma: atropelamento há alguns minutos. Na avaliação temos: FC = 110 bpm, FR = 28 irpm, SatO2 = 90% e PA = 100 mmHg
x 75 mmHg. Escala de coma de Glasgow: verbaliza algumas palavras sem sentido (palavras inapropriadas - 3 pontos), e demonstra abertura ocular à dor (2 pontos) e
resposta motora de flexão anormal (3 pontos). A ausculta respiratória: murmúrio vesicular ausente à direita e normais à esquerda. Sem alterações cardiovasculares e
abdominal. Questão que gerou muita discussão e que deveria ter sido anulada. Vamos entender. Em pacientes com lesões extensas e graves, o emprego precoce, dentro
das primeiras três horas, de ácido tranexâmico parece aumentar a sobrevida. A dose inicial de 1g IV deve ser administrada o mais rápido possível, ainda no atendimento
pré-hospitalar (ideal em dez minutos). A segunda dose, de 1g, deve ser infundida em oito horas, em ambiente hospitalar. Na prática, o seu uso é indicado para aqueles
sangramentos não compressíveis, como nos sangramentos abdominais etc. No entanto, devemos ficar atentos pois alguns estudos, como o próprio CRASH-2, afirmam
que o uso deveria ser feito a todos os pacientes vítima de trauma com suspeita de sangramento, mas isso não é um consenso e acabamos indicando para os casos mais
graves. Neste caso o paciente apresenta perda polêmica grau II, por isso, o uso do ácido tranexâmico não é um consenso. A banca liberou como gabarito e letra A, como
sendo a assertiva correta, mas como vimos, a assertiva deixa margem a discussão e a questão poderia ter sido anulada.

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69 - 2022 SES - DF

» Estamos diante de um paciente vítima de trauma: atropelamento há alguns minutos. Na avaliação temos: FC = 110 bpm, FR = 28 irpm, SatO2 = 90% e PA = 100 mmHg
x 75 mmHg. Escala de coma de Glasgow: verbaliza algumas palavras sem sentido (palavras inapropriadas - 3 pontos), e demonstra abertura ocular à dor (2 pontos) e
resposta motora de flexão anormal (3 pontos). A ausculta respiratória: murmúrio vesicular ausente à direita e normais à esquerda. Sem alterações cardiovasculares e
abdominal. De acordo com o ATLS temos que a drenagem deve ser feita no 4º ou 5º espaço intercostal. Este local corresponde ao nível do mamilo ou sulco infra-
mamário. O local de inserção deve estar entre as linhas anterior e média axilar (anteriormente a linha axilar média). Logo, assertiva incorreta. Vale ressaltar que o local
de inserção do dreno torácico é o mesmo em adultos e em crianças, 5º espaço intercostal. A banca liberou inicialmente o gabarito como letra A, considerando a
assertiva como correta e, no entanto, após recursos, a questão teve seu gabarito alterado.

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70 - 2022 SES - DF

» Estamos diante de um paciente vítima de trauma: atropelamento há alguns minutos. Na avaliação temos: FC = 110 bpm, FR = 28 irpm, SatO2 = 90% e PA = 100 mmHg
x 75 mmHg. Escala de coma de Glasgow: verbaliza algumas palavras sem sentido (palavras inapropriadas - 3 pontos), e demonstra abertura ocular à dor (2 pontos) e
resposta motora de flexão anormal (3 pontos). A ausculta respiratória: murmúrio vesicular ausente à direita e normais à esquerda. Sem alterações cardiovasculares e
abdominal. Assertiva incorreta. Os critérios para retirada de dreno pós traumático são: 1- débito claro menor que 100 ml em 24 horas (algumas referências usam 2
ml/kg/dia como alvo); 2- ausência de escape aéreo; 3- expansibilidade pulmonar plena pelo exame radiográfico simples de tórax e ao exame físico. Gabarito letra B.

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71 - 2022 HC - UFPR

» Pneumotórax espontâneo secundário é definido como pneumotórax que se apresenta como uma complicação de doença pulmonar subjacente. Essa condição apresenta
uma preponderância masculina, mas em contraste com o pneumotórax espontâneo primário, ocorre em pacientes mais velhos (> 55 anos). Em um estudo de
internações hospitalares, até 80% de pneumotórax espontâneo secundário foram devido a enfisema / doença pulmonar obstrutiva crônica (principalmente), doença
pulmonar intersticial e malignidade, enquanto tuberculose, sarcoidose e fibrose cística foram responsáveis por < 2% dos casos. Resposta: alternativa E.

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72 - 2022 SURCE

» Devemos avaliar alguns fatores para indicarmos uma via aérea difícil: Lesões esoinhais; Artrose da coluna cervical (limitação dos movimentos, paciente idoso); Trauma
maxilofacial ou mandibular extenso; Abertura da boca limitada (Mallampati); Obesidade; Distorções anatômicas (encurtamento do músculo do pescoço,
retrognatismo...); pacientes pediátricos. Uma das maneiras de lembrar é o Mnemônico LEMON L = Look externally: analisar a presença de características externas que
falam a favor de uma via aérea difícil: trauma de face, abertura restrita da boca, retrognatismo... E = Evaluate the 3-3-2 rule: avaliar a regra dos 3-3-2. Distância entre
os incisivos < 3 polpas digitais. Distância mento-hioide < 3 polpas digitais. Distância entre o tubérculo tireóideo e o assoalho da cavidade oral < 2 polpas digitais. M =
Mallampati: o paciente deve ser avaliado sentado, com a boca totalmente aberta e a língua protraída. Avaliamos a visualização ou não do palato mole, úvula e pilares.
Quando todas essas estruturas são visíveis (grau I), a intubação é presumivelmente fácil. Quanto maior o Mallampati, maior o risco de uma via aérea difícil.
O: Obstruction: obstrução. Qualquer condição que possa causar obstrução ou dificuldade à laringoscopia são preditivos de via aérea difícil. N: Neck mobility: mobilidade
cervical. O paciente deve ser apto a encostar o queixo no peito e olhar para o teto. A incapacidade de realizar esses movimentos é um preditivo de via aérea difícil.
ATENÇÃO!!! Para os pacientes vítimas de trauma, não devemos avaliar esta etapa. A simples necessidade de colar cervical já nos demonstra uma via aérea difícil.
Gabarito letra B.

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73 - 2022 SUS - BA

» Paciente vítima de trauma referindo dor em ombro direito, em região escapular direita e em abdome. Durante o ABCDE identificamos: A: Via aérea pérvia, mantido colar
cervical, SatO₂: 97% com cateter de O₂ 15L/min; B: murmúrios vesiculares bem distribuídos e sem ruídos adventícios, FR: 18ipm; C: Bulhas rítmicas e normofonéticas, FC:
88bpm, PA: 122x72mmHg, abdome com dor à palpação, principalmente, em hipocôndrio direito, pelve estável e toque retal sem alterações; D: escala de coma de
Glasgow= 15, pupilas isocóricas e fotorreagentes; E: presença de escoriações em tórax. Qual deve ser a provável lesão? Inicialmente vamos lembrar que o trauma
pancreático não é tão comum e que as lesões renais são mais prevalentes nas lesões da região dorsal. Ficamos entre trauma esplênico e hepático. O sinal de Kerh,
positivo do lado esquerdo que nos faz pensar em lesão esplênica, já o sinal de Kehr no lado direito nos faz pensar em lesão hepática, que é a nossa principal hipótese.
Gabarito letra C.

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74 - 2022 AMP

» Vamos avaliar as alternativas: Assertiva I: correta. Na estabilização inicial pode ser necessário a realização de infusão de fluidos, especialmente para tratamento da
hipotensão. Bólus intravenosos devem ser administrados, sendo a euvolemia o alvo. Líquidos hipotônicos devem ser rigorosamente evitados e a solução salina normal é
o líquido de escolha (solução isotônica). No paciente vítima de trauma como um todo, podemos até buscar a hipotensão permissiva, mas não nos casos de TCE grave, em
que a princípio buscamos niveis normais de PA para garantir uma PPC.Assertiva II: correta. A terapia de primeira linha inclui a elevação da cabeceira do leito, garantindo
o posicionamento da linha média da cabeça, ventilação mecânica controlada, sedação e analgesia (com uso de benzodiazepínicos e narcóticos). Dessa forma, em
pacientes com quadro de TCE grave, almeja-se manter a pressão intracraniana a <20 mmHg. Tudo isso visando evitar as lesões secundárias decorrentes de hipoxemia e
isquemia. Por isso mantemos a PIC < 20mmHg e niveis pressóricos normais para garantir uma PPC.Assertiva III: correta. Os pacientes com TCE com deterioração
neurológica, sinais de hipertensão intracraniana ou herniação iminente devem receber tratamento agressivo, investigação e abordagem imediata da causa. A
intervenção precoce melhora seu prognóstico. A queda de 3 ou mais pontos no escore de Glasgow (mesmo que se mantenha acima de 8), indicam intervenção. O tratado
de Pediatria do Nelson traz a informação como "alteração aguda do estado mental com redução ≥3 pontos na escala ECG em relação ao nível basal anormal”. Nível basal
anormal pode ser a partir do início da ECG (ECG = 3), ou seja, a queda deve ser considerada qualquer que seja a pontuação inicial, mesmo que não seja possível uma
ECG = 0.Gabarito letra D.

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75 - 2022 SCMBH

» Em relação ao A do "ABCDE" A- Incorreta: a alternativa nos descreve um quadro de respiração paradoxal, típica no tórax instável. A ventilação necessária para que
ocorra a respiração paradoxal, até pode sugerir uma via aérea desobstruída totalmente, mas não é um parâmetro utilizado pois não exclui as obstruções parciais. B-
Correta: vamos lembrar que frente a quadros de rebaixamento do nível de consciência, a própria queda da base de língua pode ser a responsável pela obstrução. Além
disso, nos TCEs graves (ECG < 8), a IOT está sempre indicada. Trauma direto e hematoma são causas clássicas para obstrução das vias aéreas. C- Incorreta: na
obstrução TOTAL, como o próprio nome indica, não há a passagem de fluxo. Logo, o paciente não vai apresentar ruídos e muito menos respiração paradoxal (como vimos
na letra B). D- Incorreta: os procedimentos de manutenção da via aérea são possíveis sim ser realizados antes da imobilização da coluna cervical. A estabilização manual
da coluna pode ser realizada enquanto realizamos manobras de desobstrução. Além disso, após a passagem do colar cervical, na necessidade de IOT, o colar deverá ser
aberto momentaneamente enquanto outro socorrista realizar a imobilização manual (in-line). Após a IOT o colar é fechado novamente. Melhor resposta letra B.

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76 - 2022 UFES

» Você está diante de uma vítima de trauma com perda estimada de cerca de sangue de 3 litros de sangue. Foi reposto 2.500 mL de hidroxietilamido e o paciente
apresenta piora no quadro hemorrágico. A ressuscitação vigorosa com grandes volumes antes do controle do foco hemorrágico não é recomendada. Nestes casos,
quanto mais infusão de volume tentando alcançar níveis normais de pressão arterial, mais se exacerba a perda hemorrágica. Foi exatamente o que aconteceu com o
paciente em tela. Ocorre piora da tríade letal com hipotermia, coagulopatia (tanto pela hipotermia quanto diluicional), e acidose metabólica, causando um efeito
cascata com piora da estabilidade hemodinâmica, dificultando o controle da hemorragia e piorando o prognóstico. Sendo assim, foi criado o protocolo de Damage
Control Resuscitation (Ressuscitação de Controle de Danos). Por meio dele recomenda-se a infusão limitada de cristalóides visando uma pressão arterial alvo
inicialmente menor do que a normal até que o foco da hemorragia seja controlado. Ou seja, hipotensão permissiva. Além disso, outros pilares: oferta de antifibrinolíticos,
diagnóstico e controle rápido do foco de sangramento, e transfusão precoce de plasma, concentrado de hemácias e plaquetas na proporção 1:1:1. Resposta: letra C.

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77 - 2022 SUS - BA

» Paciente vítima de trauma referindo dor em ombro direito, em região escapular direita e em abdome. Durante o ABCDE identificamos: A: Via aérea pérvia, mantido colar
cervical, SatO₂: 97% com cateter de O₂ 15L/min; B: murmúrios vesiculares bem distribuídos e sem ruídos adventícios, FR: 18ipm; C: Bulhas rítmicas e normofonéticas, FC:
88bpm, PA: 122x72mmHg, abdome com dor à palpação, principalmente, em hipocôndrio direito, pelve estável e toque retal sem alterações; D: escala de coma de
Glasgow= 15, pupilas isocóricas e fotorreagentes; E: presença de escoriações em tórax. A presença de dor em ombro direito, em região escapular direita e em abdome,
nos faz pensar em lesão hepática. Ou seja, estamos diante de um paciente vítima de politrauma estável, com suspeita de lesão abdominal. Por ele estar estável, a
conduta ideal é a realização de uma tomografia para avaliarmos possíveis lesões e o grau dessas lesões. Gabarito letra A.

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78 - 2022 SURCE

» Questão que cabou sendo anulada pela banca examinadora. Paciente vítima de trauma, queixando-se de dor torácica, com estado geral comprometido, cianótico, fácies
de dor, dispneico, sudoreico, hipotenso, com sensação de crepitação subcutânea torácica e ruídos abolidos em hemotórax direito. Diante disso devemos pensar
obrigatoriamente em pneumotórax hipertensivo como diagnóstico e a conduta é a pronta toracocentese de alívio, seguida da conduta definitiva que é a drenagem em
selo d'água. Melhor resposta, letra D. No entanto a banca decidiu por anular a questão uma vez que não realizou o ABCDE antes da drenagem em selo d'água.

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79 - 2022 SUS - BA

» Paciente vítima de trauma referindo dor em ombro direito, em região escapular direita e em abdome. Durante o ABCDE identificamos: A: Via aérea pérvia, mantido colar
cervical, SatO₂: 97% com cateter de O₂ 15L/min; B: murmúrios vesiculares bem distribuídos e sem ruídos adventícios, FR: 18ipm; C: Bulhas rítmicas e normofonéticas, FC:
88bpm, PA: 122x72mmHg, abdome com dor à palpação, principalmente, em hipocôndrio direito, pelve estável e toque retal sem alterações; D: escala de coma de
Glasgow= 15, pupilas isocóricas e fotorreagentes; E: presença de escoriações em tórax. A presença de dor em ombro direito, em região escapular direita e em abdome,
nos faz pensar em lesão hepática. Ou seja, estamos diante de um paciente vítima de politrauma estável, com suspeita de lesão abdominal. Por ele estar estável, a
conduta ideal é a realização de uma tomografia para avaliarmos possíveis lesões e o grau dessas lesões. Caso a tomografia não indique sangramento ativo e o paciente
se mantenha estável, devemos indicar uma conduta conservadora. Gabarito letra C.

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80 - 2022 HCG

» Em relação a traqueostomia: A- Incorreta: De fato é uma via aérea definitiva, mas o local de inserção da cânula é abaixo do segundo anel traqueal, não tão baixa quanto
no quarto e quinto aneis devido o risco de complicações como estenose e fístula traqueinominada. B- Incorreta: Pode ser realizada em qualquer hospital, até mesmo em
atendimentos de emergência. Basta-se que o hosptiral disponha do KIT e pessoal treinado. O custo global é inferior ao do procedimento aberto. C- DISCUTÍVEL:
Tradicionalmente esta assertiva é verdadeira, mas atualmente alguns estudos mostram que as complicações tardias são igualmente observadas (traqueomalácia,
fíistulas). D- Incorreta: Os protocolos sempre devem ser seguidos de maneira ideal para evitar complicações. E na criança, isso não é diferente. As estruturas menores
nas crianças podem até causar maiores difiuldades. Apesar da discussão, a banca manteve como gabarito a letra C.

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81 - 2022 UFES

» Vamos analisar as alternativas: Letra A: incorreta. Diante de um paciente com TCE grave (Glasgow < 8), justamente por ser um provável trauma complexo, devemos
proteger a via aérea o quanto antes, sendo esta medida idealmente realizada no próprio atendimento pré-hospitalar. Letra B: incorreta. O paciente já apresenta sinais de
hipertensão intracraniana, repara que ele apresenta a famosa tríade de Cushing, hipertensão de 190/100 mmHg com bradicardia de 54 bpm e irregularidade do ritmo
respiratória, neste caso, devemos lançar mão de condutas que previnam as lesões secundárias como ventilação de forma adequada ou mesmo a utilização de solução
com salina hipertônica. Não vamos deixar que a hipertensão progrida e leve não somente a lesões secundárias, mas também leve a uma piora do estado neurológico.
Letra C: incorreta. Existe um alto risco para herniação cerebral quando o paciente apresenta hipertensão intracraniana. Como vimos, o nosso paciente já apresenta a
tríade de Cushing, o que sugere fortemente hipertensão intracraniana. Letra D: correta. A presença de uma padrão respiratório que aumenta em profundidade e em
frequência e depois superficializa até o surgimento de períodos de apneia é, de fato, o padrão respiratório denominado respiração de Cheyne-Stokes, padrão que pode
surgir em pacientes com grave comprometimento neurológico. Resposta: letra D.

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82 - 2022 UFPB

» Esta questão tende a nos trazer uma pegadinha: observe que a turgência jugular e a redução de ausculta são Á DIREITA e o hipertimpanismo Á ESQUERDA. Ora, seria um
erro de digitação? Não! A paciente apresenta um pneumotórax á esquerda! A pressão elevada deste lado causa um desvio das estruturas do mediastino contralateral,
comprimindo o parênquima pulmonar do lado direito (redução de ausculta) e o sistema venoso (reduzindo retorno de sangue, causando a turgência jugular). Vamos as
assertivas: - Letra A: correta. Observe que a paciente apresenta turgência de jugular “em segundos”. Isto denota um quadro grave de lesão pulmonar, sendo possível um
quadro de pneumotórax hipertensivo. Isto demanda uma punção de alivio, chamada tecnicamente de toracocentese! Esta é uma medida descompressiva inicial, que
demanda drenagem em selo d’água em seguida. - Letra B: incorreta. Não há relato de abafamento de bulhas no enunciado, não podendo se inferir este dado. Além disto,
o tratamento inicial tende a ser a pericardiocentese. - Letra C: incorreta. A intubação é necessária em pacientes que não tem sua via aérea garantida por outra forma. A
presença de um pneumotórax não é condição absoluta para este procedimento. Além disto, a pressão positiva pode piora o quadro de pneumotórax, por causar escape
adicional de ar. - Letra D: incorreta. Erro grave! A suspeita de pneumotórax hipertensivo é clínica e demanda medida terapêutica imediata! A realização de radiografia de
tórax neste contexto é um erro grosseiro e que pode custar a vida do paciente! - Letra E: incorreta. Não há nenhum relato de obstrução de via aérea que demande
cricotireoidostomia cirúrgica ou qualquer outra abordagem á via aérea. O problema está no “B”: pneumotórax. O tratamento é a toracocentese de alívio e drenagem
torácica em selo d’água. Resposta: letra A.

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83 - 2022 UFES

» Estamos diante de um paciente que evoluiu a óbito em função de um TCE. O que nos direciona para a principal hipótese diagnóstica é a presença de intervalo lúcido, que
nada mais é do que o intervalo consciente entre dois rebaixamentos do nível de consciência. Este sinal clínico é fortemente sugestivo de hematoma extradual, também
conhecido como epidural. O primeiro rebaixamento é súbito, ocorre por conta de uma concussão cerebral, e tem melhora espontânea em um breve período de tempo.
Porém, como há sangramento arterial por causa da lesão da artéria meníngea média, o segundo rebaixamento é muito mais grave. Em geral, o método diagnóstico de
escolha é a TC de crânio que demonstra uma lesão hiperdensa biconvexa, sinais característicos de um hematoma extradural. Como o paciente em questão apresentou
perda de consciência associado à cefaleia e vômitos de repetição, a TC deveria ter sido realizada e o tratamento precoce iniciado, infelizmente não foi o que ocorreu. O
tratamento cirúrgico está indicado nos hematomas sintomáticos com pequenos desvios da linha média ≥ 5 mm e nos hematomas assintomáticos com espessura maior
do que 15 mm. Uma craniotomia ampla frontotemporoparietal, seguida de tratamento da lesão com remoção do hematoma e coagulação bipolar das áreas de
hemorragia, é o procedimento correto a ser empregado. A intervenção neurocirúrgica precoce (nas primeiras duas horas) melhora muito o prognóstico do paciente,
havendo em muitos casos (sobretudo crianças) completa recuperação da função neurológica. Gabarito: letra A.

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84 - 2022 SES - DF

» Paciente vítima de lesão por arma branca em hipocôndrio direito e antebraço esquerdo, ocorridas há 30 minutos. Paciente agitado, com dor discreta na área atingida e
com lesão cortante profunda em antebraço, sem sangramento ativo. Ao exame: FC = 92 bpm, FR = 19 irpm, SatO2 = 99% e abdome indolor à palpação e à
descompressão. A exploração digital foi. positiva. Assertiva incorreta. O teste de Allen (compressão de artérias ulnar e radial seguida da liberação seletiva de uma delas
e avaliação da reperfusão distal e do arco palmar) avalia o comprometimento arterial, sendo indicado classicamente antes da coleta de uma gasometria arterial.
Gabarito letra B.

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85 - 2022 SES - DF

» Paciente vítima de lesão por arma branca em hipocôndrio direito e antebraço esquerdo, ocorridas há 30 minutos. Paciente agitado, com dor discreta na área atingida e
com lesão cortante profunda em antebraço, sem sangramento ativo. Ao exame: FC = 92 bpm, FR = 19 irpm, SatO2 = 99% e abdome indolor à palpação e à
descompressão. A exploração digital foi. positiva. Veja que o abdome não é um abdome cirúrgico, ou seja, paciente não apresenta nem choque, nem peritonite e nem
evisceração, por isso a conduta, mesmo na violação pode ser conservadora inicialmente. Este paciente deve ficar em observação por 24 horas, sendo realizado
hemograma de 8/8 horas. Na presença de queda de hemoglobina ou leucocitose, a laparotomia poderá ser considerada. Além disso, se neste meio tempo o abdome se
tornar cirúrgico, a laparotomia também deverá ser realizada. Gabarito letra A.

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86 - 2022 SES - DF

» Paciente vítima de lesão por arma branca em hipocôndrio direito e antebraço esquerdo, ocorridas há 30 minutos. Paciente agitado, com dor discreta na área atingida e
com lesão cortante profunda em antebraço, sem sangramento ativo. Ao exame: FC = 92 bpm, FR = 19 irpm, SatO2 = 99% e abdome indolor à palpação e à
descompressão. A exploração digital foi. positiva. A lesão ocorreu em hipocôndrio direito, ou seja, quadrante superior direito, onde encontramos o fígado, vesícula, vias
biliares, cabeça de pâncreas e duodeno. A artéria gastroduodenal é ramo da artéria hepática comum, derivada do tronco celíaco e percorre a direta ou indiretamente
esta região. No entanto, assertiva está incorreta, uma vez que ela não se origina da mesentérica superior. Gabarito letra B.

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87 - 2022 HUBFS/HUJBB

» Estamos diante de paciente vítima de FAF com entrada em quarto EIC direito. Ao exame físico apresenta dispneia, turgência de jugular, taquipneia, taquicardia e
hipotensão. Vamos analisar as alternativas sobre o diagnóstico mais provável: Letra A: incorreta. O tamponamento cardíaco pode cursar com turgência jugular e
hipotensão, mas não cursa com desvio de traqueia. Letra B: incorreto. Hemotórax maciço não cursa com turgência de jugular. Letra C: correta. O pneumotórax
hipertensivo é a hipótese mais provável, mesmo que o autor não tenha mencionado ausculta pulmonar abolida no hemitórax direito. Letra D: incorreta. Contusão
pulmonar não cursa com turgência de jugular. Letra E: incorreta. Lesão de aorta não cursa com turgência de jugular e causa choque hemorrágico, porém não causa
choque obstrutivo. Resposta: letra C.

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88 - 2022 HUBFS/HUJBB

» Estamos diante de um paciente vítima de um politrauma por colisão moto anteparo fixo. Logo, devemos iniciar o protocolo do ATLS. Na avaliação do A, percebe-se que o
paciente já está com estabilização de coluna cervical com colar e prancha rígida, porém está inconsciente, com indicação de proteção de vias aéreas. Mas como vamos
garantir a via aérea definitiva deste paciente?
Ele está ventilando com ambu e guedel, com bastante sangue em face e boca, além de resto de vômito na boca, mas não existe contraindicação à intubação
orotraqueal. Mesmo em pacientes com hemorragia extensa em via aérea e fraturas de mandíbula, a técnica preferencial para obtenção de via aérea consiste em, pelo
menos, uma tentativa de intubação orotraqueal. Em caso de falha devemos recorrer a outras opções para acesso a essa via aérea, como a cricotireoidostomia. Desta
forma, acreditamos que o gabarito seria letra B) intubação orotraqueal. Entretanto, apesar do recurso, a banca não mudou o gabarito. Resposta da banca: letra D.
Resposta MEDGRUPO: letra B.

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89 - 2022 HUBFS/HUJBB

» Clássica questão sobre a Escala de Coma de Glasgow (imagem da escala em anexo). Abertura ocular: somente ao estímulo doloroso - 2 pontos Resposta verbal:
palavras inapropriadas - 3 pontos Resposta motora: localiza dor - 5 pontos Somatório = 10 Logo, o Glasgow deste paciente é de 10. Resposta: letra C.

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90 - 2022 UFSC

» Inicialmente vamos lembrar o que é o quadrilatero de Ziedler ou zona perigosa ou box cardíaco. A definição exata desta área ainda é um ponto controverso. O conceito
que devemos ter em mente é que se trata de uma região do tórax em que toda lesão penetrante vai ser sugestiva de lesão cardíaca, aorta ou veia cava superior e
inferior e deve ser investigada. O problema é sobre a definição dos limites desta região, que não é um consenso. Os limites mais aceitos são: clavículas (superiormente),
margens costais (inferiormente) e linhas hemiclaviculares (lateralmente). Outros autores definem a região como sendo a área entre a linha hemiclavicular direita e a
linha axilar média esquerda, verticalmente, e entre a fúrcula esternal e as extremidades anteriores das 10ª costelas. A- Incorreta: A Tríade de Beck, não zona de Beck,
nos faz pensar em tamponamento cardíaco. B- Incorreta: Cuidado! Essas lesões sempre devem ser investigadas, mas nem sempre com RX. Na suspeita de um
tamponamento por exemplo, o ideal seria um FAST e não RX. C- Incorreta: Muito pelo contrário, com 24 horas de evolução? Imagine o grau de comprometimento e
contaminação. Nestes casos menos é mais, e essa é uma das inidicações da esofagostomia. D- Incorreta: a estrutura mais comum é o VD! Câmara mais anteriorozada. E-
Correta: COmo vimos, as lesões neste região sempre devem ser investigada e o E-fast acaba sendo o exame inicialmente mais utilizado. Ele demonstra vários achados,
várias alterações como no tamponamento, pneumo ou hemotórax, além de ser rápido e possível de ser realizado à beira do leito. Respsota: Letra E.

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91 - 2022 HUBFS/HUJBB

» Questão que cai ano após ano nos concursos de residência médica e que, portanto, não podemos deixar de dominar este conceito. Trauma penetrante de transição
toracoabdominal é igual a laparoscopia! Lembra que a transição toracoabdominal tem como nível superior, na região anterior do tórax, a linha ao nível dos mamilos, na
região posterior, a linha ao nível das pontas das escápulas. Já o limite inferior é formado pelos rebordos costais. Nos traumas penetrantes desta região existe um alto
risco de lesão diafragmática, os exames de imagem não conseguem identificar com precisão este tipo de lesão. Portanto, a melhor escolha neste cenário deve ser a
laparoscopia, procedimento capaz não só de diagnosticar, mas também de tratar este tipo de lesão. Lembrando que através deste procedimento podemos reparar outras
lesões abdominais associadas. Logo, melhor resposta: letra D.

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92 - 2022 HCG

» O diagnóstico de nossa paciente é de meningoencefalite herpética, mas não foi essa a pergunta da banca. Basta calcularmos o Glasgow! A escala de Coma de Glasgow
avalia a melhor resposta ocular, a melhor resposta verbal e a melhor resposta motora, funcionando da seguinte forma: (1) Abertura ocular: Espontânea - 4 A sons - 3
À pressão - 2 Ausente - 1 Não testada - NT (2) Resposta verbal: Orientado - 5 Confuso - 4 Palavras - 3 Sons - 2 Ausente - 1 Não testado - NT (3) Melhor
resposta motora Obedece a comandos - 6 Localiza - 5 Flexão normal (retira do membro em flexão à dor) - 4 Flexão anormal (decorticação) - 3 Extensão
(descerebração) - 2 Ausente - 1 Não testado - NT Nossa paciente tem uma resposta motora inespecífica ao estímulo doloroso (4 pontos), fala palavras desconexas (3
pontos) e abre o olho ao ouvir seu nome (3 pontos). Se houvesse postura de decorticação, a pontuação motora seria de 3. Resposta: letra C.

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93 - 2022 SES - PE

» Paciente jovem vítima de politrauma apresentando dor torácica, taquidispneia e movimento paradoxal em hemitórax direito (expansão de parte da caixa torácica na
expiração e retração na inspiração) - este quadro é característico do tórax instável, quando temos um retalho costal móvel (2 ou mais arcos costais consecutivos em pelo
menos 2 pontos). Nesses casos, o grande problema do paciente não está nas fraturas costais ou no movimento paradoxal propriamente dito, mas sim na CONTUSÃO
PULMONAR associada ao quadro. Por esse motivo, precisamos nos preocupar com o status ventilatório do nosso paciente, garantindo oxigênio suplementar, analgesia e,
se necessário, ventilação invasiva com pressão positiva. Vale ressaltar que este paciente também se apresenta taquicárdico e hipotenso, o que não é característico
desses quadros! Por esse motivo, é vaálido realizar uma investigação direcionada para focos de sangramento. Esse conceito será importante para a próxima questão da
prova... Resposta: letra E.

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94 - 2022 UFSC

» Vamos analisar cada uma das alternativas: A) Incorreta. Os estudos, em especial o CRASH-2 (CRASH - Clinical Randomisation of an Antifibrinolytic in Significant
Haemorrhage), aponta que a redução da mortalidade só ocorre se o ácido tranexâmico for administrado dentro das primeiras 3 horas. B) Incorreta. Nenhum dos estudos
demonstrou aumento significativo no surgimento de complicações tromboembólicas. C) Incorreta. É exatamente o oposto, o estudo CRASH-3 conseguiu demonstrar
redução da mortalidade por traumatismo cranioencefálico, sobretudo dentro das primeiras três horas do evento traumático. D) Incorreta. Serve para traumas
penetrantes e também para os traumas contusos. E) Correta. O estudo CRASH-3 evidenciou que dentro das primeiras 3 horas, quanto mais precoce, melhor a redução na
mortalidade, sobretudo se o ácido tranexâmico for realizado dentro da primeira hora (redução de 32%) e, se entre 1 e 3 horas, a diminuição da mortalidade foi de 21%. O
grande detalhe é que quando adminstrado após a terceira hora, houve, de fato, aumento do risco de morte. Gabarito: letra E.

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95 - 2022 UFPB

» Questão direta. Paciente com lesão penetrante por arma branca em parede anterior do abdome que apresenta com instabilidade e irritação peritoneal. Ou seja, o
abdome é cirúrgico e a conduta deverá ser a laparotomia. Gabarito letra A.

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96 - 2022 HCPA

» Veja o que está sendo relatado: acidente de motocicleta, com trauma contuso em coxa e fratura de fêmur. Apresentou urina escura e CPK total de 16.000 U/l. Ou seja,
devemos pensar obrigatoriamente em síndrome do esmagamento. A intensa lesão celular (rabdomiólise) explica a urina escura devido a liberação de mioglobina e o
risco de necrose tubular aguda e IRA. O edema decorrente da lesão pode levar a síndrome compartimental aguda do membro inferior. Com a intensa lesão celular,
observamos o escape de elementos intra-celular, como o potássio. A isso damos o nome de síndrome do esmagamentoL manifestação sistêmica de lesão muscular
causada por trauma muscular direto ou por isquemia e reperfusão. O substrato é a rabdomiólise - destruição do sarcolema do miócito -, que causa liberação de
mioglobina, fosfato, potássio, ácido úrico e aminoácidos na corrente sanguínea. Essas substâncias, associadas à perda sanguínea, comum no trauma, desencadeiam as
complicações, potencialmente fatais, vistas nesses pacientes. Choque hipovolêmico, insuficiência renal aguda, hipercalemia, hipocalcemia e acidose metabólica são as
principais causas de morte na síndrome do esmagamento. Gabarito letra D.

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97 - 2022 HCPA

» Paciente com ECG de 7 pontos, ou seja, TCE grave, com hemiplegia direita, com pupilas isocóricas e fotorreagentes. A tomografia computadorizada de crânio revelou
uma fratura à esquerda e um hematoma extradural, com desvio das estruturas da linha média. Repare, um TCE grave sintomático, com desvio de linha média, já nos faz
pensar em cirurgia descompressiva. É claro que este paciente deverá ser avaliado por neurocirurgião e deverá ficar em observação em CTI, mas estes achados indicam
risco de herniação e a descompressão deve ser indicada. Gabarito letra D.

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98 - 2022 AMP

» Vamos avaliar as alternativas: I: Incorreta. O abdome do paciente não é cirúrgico e a lesão foi na transição tóraco-abdominal. Além disso, a ausculta pulmonar está
diminuída a esquerda, o que nos indica um provável pneumotórax, provavelmente hipertensivo. Este paciente deve receber o atendimento inicial, ter o seu tórax
puncionado ou prontamente drenado, receber reposição volêmica e aí sim avaliamos a lesão. Caso ele esteja estável, uma laparoscopia ou videotoracoscopia deve ser
indicada para avaliarmos a presença ou não de lesão diafragmática e no compartimento abdominal. II: Incorreta. A tipagem sanguínea deve ser realizada tão logo seja
possível. O ATLS indica que no C, do ABCDE ao puncionarmos os acessos venosos uma amostra de sangue deve ser coletada para tipagem, B-Hcg (mulher em idade
fértil), provas de coagulação! Mas o seu resultado não é indispensável para o início do uso de concentrados de hemácias. Seguindo os protocolos de transfusão maciça, o
paciente pode iniciar a reposição com sangue tipo O- enquanto a tipagem não estiver disponível. III: Correta. Para o paciente vítima de trauma o atendimento visando o
controle de danos sempre deve ser indicado. A HIPOTERMIA deve ser evitada para que o paciente não desenvolva a famigerada tríade da morte. IV: Correta. No trauma
sempre seguimos o ABCDE, na suspeita de um pneumotórax hipertensivo a toracocentese de alívio é a medida imediata e salvadora. Gabarito letra B.

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99 - 2022 AMP

» Em pacientes com nível de consciência reduzido, a queda da base da língua pode ser responsável pela obstrução. Nesta situação, podemos lançar mão das manobras de
Chin Lift e Jaw Thrust. Lembra que Chin Lift nada mais é do que a elevação do mento, já a manobra de Jaw Thrust nada mais é do que a tração ou protusão da mandíbula.
Sem dúvidas, que durante estas manobras devemos restringir ao máximo a coluna, já que estamos lhe dando com um paciente politraumatizado que pode ter trauma de
coluna cervical associado. Na manobra de Chin Lift, realizamos a inclinação da cabeça e a elevação do queixo. Com uma das mãos aplicamos uma leve pressão na testa
do paciente para inclinar a cabeça, enquanto que com o indicador e o dedo médico da outra mão levantam a mandíbula do paciente. Na manobra de Jaw Thrust,
colocamos a base de ambas as mãos na região parieto-occipital de cada lado da cabeça do paciente e deslocamos anteriormente a mandíbula a partir do ângulo da
mandíbula. Como na primeira há um movimento mais importante coluna devido à inclinação da cabeça. Na suspeita de lesão da coluna cervical, a manobra preferencial
é Jaw Thrust. Portanto, As duas assertivas são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. Gabarito: letra A.

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100 - 2022 AMP

» Vamos lá, pessoal: Homem de 20 anos admitido no PS devido a ferimento por arma branca em quarto espaço intercostal à direita. Ao exame, apresenta sinais de choque
hemodinâmico (taquicardia e hipotensão), e, no hemitórax direito, diminuição do murmúrio vesicular e percussão maciça. Qual o diagnóstico? Trata-se de um hemotórax
(assertiva I incorreta). O hemotórax se refere à condição clínica em que há acúmulo de sangue na no espaço pleural. O diagnóstico é essencialmente clínico (assertiva II
incorreta), caracterizado por sinais de choque hemodinâmico e sinais de líquido no espaço pleural (dimiuição do murmúrio vesicular e som maciço à percussão). O
tratamento envolve a estabilização do doente (via aérea, reposição volêmica) e a drenagem do hemitórax acometido. Obviamente, não se deve aguardar a drenagem
torácica para o início da ressuscitação volêmica (assertiva III incorreta). A autotransfusão, quando possível, pode ser realizada (assertiva IV correta). Vale lembrar, por
fim, que nos casos de hemitórax maciço, deve ser realizada uma toracotomia. Logo, apenas assertiva IV correta. Resposta: alternativa B.

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101 - 2022 PSU - MG

» Vamos analisar as alternativas: Letra A: correta. A fonte de sangramento quando externa, como no caso do nosso paciente, é identificada pelo exame físico, quando
interna (ex: tórax ou abdome), devemos realizar exames complementares como a ultrassonografia ou tomografia computadorizada. Letra B: correta. Lembra que no item
"C" do "ABCDE", devemos lançar mão da reposição volêmica e também do controle da hemorragia, que é o grande foco de um choque hemorrágico. Letra C: correta. No
controle da hemorragia, devemos limpar o campo, para retirar todo o sangue que atrapalha a identificação da artéria sangrante. Esta deve ser clampeada sob visão
direta, caso contrário, pode ocorrer lesão inadvertida de veias ou nervos. Letra D: incorreta. A primeira medida é a compressão do foco de hemorragia, torniquete só
deve ser utilizado em sangramentos refratários que não cessam com as medidas compressivas iniciais. Lembra que esta medida só serve para o transporte até um
centro cirúrgico, onde será realizado o controle cirúrgico da hemorragia, e não deve ultrapassar uma hora, pois pode levar a uma isquemia irreversível do membro.
Resposta: letra D.

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102 - 2022 HUOL

» Na suspeita de lesão vascular no trauma existem sinais clínicos que precisam ser avaliados para ser considerada a abordagem cirúrgica. Os sinais fortes são aqueles que
já indicam abordagem cirúrgica. Por sua vez, os sinais fracos são os que indicam seguir investigação. Os sinais fortes são: Hemorragia ativa Hematoma em expansão ou
pulsátil (frêmito palpável, sopro audível Ausência de pulsos distais ou sinais de isquemia de extremidade (frio, palidez, paralisia, dor) Os sinais fracos são: História de
hemorragia moderada Fratura, deslocamento ou ferida penetrante Pulso diminuído mas palpável Déficit nervoso periférico Quando analisamos as alternativas, a única
que não é considerada sinal forte seria a letra D: pulso palpável diminuído. Entretanto, é importante destacar que algumas referências divergem sobre o tema e
consideram a redução de pulso também como sinal forte. De qualquer forma, a melhor alternativa segue sendo a letra D. Apesar das solicitações de recurso a Banca
manteve como gabarito a letra A. Resposta da Banca: letra A. Resposta MedGrupo: letra D.

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103 - 2022 UFSC

» O melhor é o inicio: "um paciente, 1 ano e 6 meses de vida..." Poxa, um lactente né! A criança, com uma queda de 80 cm, está bem. Neste caso estamos diante de um
TCE leve. Na criança, quando que vamos realizar a TC? Veja em anexo o fluxograma de quando indicamos a TC na criança, lembrando que na criança a conduta é
diferente para crianças com mais ou menos de 2 anos. Ou seja, essa criança apresenta "somente" um hematoma pequeno e FRONTAL. A queda foi de 80 cm. Está o
tempo todo estável. Provavelmente não devemos indicar a TC. Agora, somente 20 minutos? Devemos observar esta criança. Se fosse um Glasgow < 14 ou a presença de
alteração do estado mental ou uma fratura craniana palpável, a TC já estaria indicada, mas veja que este não é o caso. E o HEMATOMA? Cuidado, o hematoma frontal
não indica a TC. Resposta: E. Para o entendimento do fluxograma: Sinais de estado mental alterado: agitação, sonolência, questionamento repetitivo ou resposta lenta à
comunicação verbal. Mecanismo grave de lesão: acidente com veículo motorizado com ejeção do paciente, morte de outro passageiro ou capotagem; pedestre ou
ciclista sem capacete atingido por um veículo motorizado; quedas de mais de 0,9 m (três pés; para menores de 2 anos – ou mais de 1,5 m [cinco pés] para maiores de 2
anos); ou cabeça atingida por um objeto de alto impacto.

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104 - 2022 FMJ

» Tema bastante discutido atualmente, sendo inclusive controverso. A única contraindicação absoluta descrita é a instabilidade hemodinâmica, sendo as demais relativas
(distúrbios de coagulação não corrigidos, insuficiência cardíaca congestiva grave, peritonite difusa grave e presença de grande distensão abdominal). Porém, esta
questão traz outra discussão: o trauma cranioencefálico. Vamos analisar as assertivas e entender: - Letra A: incorreta. A peritonite difusa não impede a abordagem
laparoscópica! Esta via de acesso é capaz de avaliar todo o abdômen e tratar a causa-base de forma tão eficaz quanto a laparotomia. - Letra B: incorreta. O
empalamento (inserção de material pontiagudo pelo ânus) não impede a realização de tratamento por videolaparoscopia, uma vez que é possível a abordagem deste
seguimento. - Letra C: incorreta. As aderências intra-abdominais podem ser um fator complicador para a via de acesso, mas não impedem o tratamento
videolaparoscópico. - Letra D: incorreta. A gravidez não contraindica a videolaparoscopia! O uso de pneumoperitônio é possível durante este estágio, não sendo um fator
limitador. - Letra E: correta. Aqui está a polemica: em algumas referencias, a videolaparoscopia é contraindicada em casos de traumatismo craniano grave pelo aumento
reflexo da pressão intracraniana durante insuflação do pneumoperitônio, o que agrava o quadro neurológico. Porém, mais estudos são necessários para comprovar tal
afirmação, uma vez que, em pequenas séries, foi-se demonstrado que o controle pressórico abdominal e a monitorização craniana adequadas permitem o uso de
videolaparoscopia. Mesmo assim, esta acaba sendo a melhor resposta. Resposta: letra E.

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105 - 2022 UNITAU

» A questão poderia ter fornecido mais dados em relação ao exame físico, principalmente em relação ao exame do aparelho respiratório. De todo modo, com um murmúrio
abolido em todo o hemitórax esquerdo associado à hipotensão, devemos pensar em pneumotórax hipertensivo que deve ser resolvido no B do ABCDE. A conduta para
esta complicação deve ser toracocentese de alívio e, posteriormente, drenagem torácica. Lembrando que ambas deve ser no quinto espaço intercostal. Após esta
medida, devemos estabilizar o nosso paciente e encaminhá-lo para a laparotomia exploradora já ele já tem sinais de irritação peritoneal. Resposta: letra C.

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106 - 2022 HOS

» Estamos diante de um homem, 36 anos, que foi vítima de trauma por arma de fogo no oitavo espaço intercostal à esquerda, que está hemodinamicamente instável e
com grande quantidade de coleção líquida naquele espaço localizado entre o rebordo costal esquerdo e o baço, famoso espaço de Traube. Muito provalvelmente, a causa
da instabilidade hemodinâmica do nosso paciente é a própria laceração esplênica pelo projétil. Diante de um trauma por arma de fogo sabidademente abdominal, a
conduta invariavelmente deve ser a intervenção cirúrgica, neste caso, como temos um paciente instável hemodinamicamente, a via preferencial deve ser a laparotomia,
já que a laparoscopia pode agravar ainda mais o status hemodinâmico do nosso paciente. Gabarito: letra E.

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107 - 2022 HOS

» A grande chave para responder esta questão está na cinemática do trauma! Repara que estamos diante de um paciente vítima de colisão frontal e, um detalhe muito
relevante, o volante se apresenta torcido. O volante em geral fica ao nível da transição toracoabdominal, abrangendo muito mais o tórax do que o abdome. Um trauma
de muita energia cinética nesta topografia leva aumento súbito de pressão súbita na região torácica com ruptura imediata do diafragma. Dependendo da extensão desta
ruptura, este diagnóstico pode passar despercebido e, posteriormente, vai se instalando de forma gradual uma hérnia diafragmática. Por outro lado, se a extensão for
importante, como no caso de uma deformidade torácica súbita, a principal manifestação será a dispneia. A lesão de laringe foi uma outra opção que gerou dúvida, mas
esta seria mais improvável por dois motivos: o volante fica ao nível do tórax e não da região cervical, além disso, um trauma contuso de pescoço sobre o volante em
geral não o deformaria, esta deformidade seria mais provável numa contusão com uma estrutura que apresenta um arcabouço ósseo mais extenso, como é o tórax, por
exemplo. Portanto, melhor resposta, letra C.

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108 - 2022 HPEV

» Estamos diante de um paciente jovem com dor torácica súbita há 2 dias, associada a dispneia aos moderados esforços. Além disso, o paciente nega trauma ou episódio
prévios. Ao exame, encontra-se estável hemodinamicamente, murmúrio vesicular reduzido em hemotórax direito e hipertimpânico à percussão. Foi realizada uma
radiografia de tórax que revelou um extenso penumotórax a direita, sem sinais de derrame pericárdico ou desvio do mediastino. O pneumotórax é o acúmulo de ar no
espaço pleural que pode ter origem espontânea! Além do pneumotórax primário, que é causado por blebs subpleurais, ele pode ter origem secundária, por DPOC, fibrose
cística, pneumocystis, cistos congênitos e embolia pulmonar. Resposta: letra D.

109 - 2022 PUC - SP

» Vamos analisar o Glasgow da paciente, segundo a escala atualizada ou revisada: ⁃ Abertura ocular: espontânea = 4 pontos; ⁃ Resposta verbal: “palavras” = 3 pontos; ⁃
Resposta motora: flexão anormal = 3 pontos. Um detalhe: ao analisarmos a escala antiga, percebemos que o termo “incompreensíveis” é usado para se referir aos sons
e o “inapropriadas” para se dirigir às palavras, o que pode ter confundido alguns alunos, já que o enunciado usa o termo “ininteligíveis”. Porém, se olharmos para a
escala atualizada ou revisada, só encontramos os termos “palavras” e “sons”. Portanto, como a Banca menciona “PALAVRAS isoladas e ininteligíveis”, a pontuação a ser
dada para “resposta verbal” é de 3 mesmo. Resposta: letra A.

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110 - 2022 UNITAU

» Estamos diante de um paciente que foi submetido a hernioplastia inguinal para correção de hérnia volumosa e apresentou logo no primeiro dia de pós-operatório dor
abdominal e dispneia, necessitando de IOT e VM com pressão positiva e PEEP. Além disso, tem abdome tenso, está taquicárdico, hipotenso e com diurese protraída. O
que pode ter acontecido com esse paciente? Repare que a questão te deu detalhes sobre procedimento cirúrgico e focou no tamanho da hérnia com grande conteúdo
abdominal em seu interior, com necessidade de ressecção parcial de grande omento. Diante de uma hérnia volumosa, ao reduzirmos o conteúdo herniado de volta ao
abdome e realizarmos o fechamento da cavidade abdominal pode haver aumento de pressão intraabdominal. Esse aumento pode causar a síndrome de compartimento
abdominal (SCA). O valor normal da pressão intraabdominal (PIA) é em torno de 5 a 7 mmHg. A hipertensão intraabdominal é definida com PIA maior ou igual a 12
mmHg, e a síndrome compartimental propriamente dita é quando a PIA está acima de 20 mmHg acompanhada de disfunção de um ou mais órgãos. E é exatamente este
o quadro que nosso paciente apresenta. A PIA pode ser dividida em quatro graus: Grau I: 12 a 15 mmHg Grau II: 16 a 20 mmHg Grau III: 21 a 25 mmHg Grau IV: > 25
mmHg. Ou seja, consideramos SCA quando temos uma PIA grau III ou IV. Agora quais alterações podem ser desencadeadas pela SCA? Quais órgãos mais acometidos?
Alterações abdominais: distensão progressiva e hipoperfusão da parede dificultando a cicatrização Alterações pulmonares: elevação do diafragma, aumento de pressão
de admissão na ventilação mecânica, hipoxemia e hipercapnia. Alterações cardiovasculares: redução no débito cardíaco e do índice cardíaco, aumento da resistência
vascular periférica, aumento da pressão venosa central e aumento da pressão capilar pulmonar. Alterações renais: redução na filtração glomerular e oligúria. Alterações
intestinais: hipoperfusão esplâncnica levando a acidose intramural e edema intestinal, que piora o quadro. Alterações neurológicas: elevação da pressão intracraniana.
O diagnóstico pode ser comprovado pela medida indireta da PIA. Na prática, ela é realizada pela medida da pressão intravesical via cateter de Foley. O tratamento vai
depender do valor da PIA. PIA > 20 mmHg: uso criterioso de volume, drenagem de coleções intraabdominais. Caso haja sinais de disfunção orgânica (alteração
ventilatória, oligúria, …), ou TCE ou hipertensão intracraniana associados, indica-se a laparotomia descompressiva com confecção de peritoneostomia (bolsa de Bogotá)
PIA > 25 mmHg: laparotomia descompressiva com confecção de peritoneostomia sempre indicada. Então repare que nosso paciente tem história compatível e já
apresenta sinais de disfunção orgânica (oligúria, hipotensão, necessidade de IOT e VM com pressão positiva e PEEP). Nestes casos, o diagnóstico que se apresenta,
mesmo sem a dosagem da pressão intraabdominal, é a SCA. E a alternativa B, o gabarito da questão, ainda facilitou pois não indicou necessariamente o tratamento
conservador ou a laparotomia descompressiva, foi ainda mais generalista e prescreveu corretamente a redução com urgência da pressão abdominal. Resposta: letra B.

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111 - 2022 HPEV

» Estamos diante de um paciente jovem com dor torácica súbita há 2 dias, associada a dispneia aos moderados esforços. Além disso, o paciente nega trauma ou episódio
prévios. Ao exame, encontra-se estável hemodinamicamente, murmúrio vesicular reduzido em hemotórax direito e hipertimpânico à percussão. Foi realizada uma
radiografia de tórax que revelou um extenso penumotórax a direita, sem sinais de derrame pericárdico ou desvio do mediastino. O pneumotórax é o acúmulo de ar no
espaço pleural que pode ter origem espontânea! Além do pneumotórax primário, que é causado por blebs subpleurais, ele pode ter origem secundária, por DPOC, fibrose
cística, pneumocystis, cistos congênitos e embolia pulmonar. O tratamento, por ser um pneumotórax sintomático e de grande volume, é a drenagem fechada em selo
d`água no quinto espaço intercostal direito, entre as linhas axilares anterior e média.Resposta: letra C.
112 - 2022 FMJ

» Pessoal, vamos relembrar a classificação do trauma diafragmático, segundo a Organ Injury Scaling (OIS): - Grau I: Contusão. - Grau II: Laceração ≤ 2 cm. - Grau III:
Laceração 2-10 cm. - Grau IV: Laceração > 10 cm com perda de tecido ≤ 25 cm3. - Grau V: Laceração > 10 com com perda de tecido > 25 cm3. Ao se deparar com as
alternativas, você deve ter pensado: A questão não têm resposta! Mas, cuidado, pessoal. Vamos lembrar que se a lesão diafragmática por BILATERAL, automaticamente
o grau da lesão sobe um nível. Diante disso, laceração menor ou igual a 2 cm bilateralmente vai de grau II para grau III. Resposta: letra A.

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113 - 2022 HPEV

» Estamos diante de um pneumotórax espontâneo: paciente sem histórico de trauma e previamente hígido que inicia um quadro súbito de dispneia. Ao exame, apresenta
hipertimpanismo à percussão de hemitórax direito associado a redução do murmúrio vesicular. Além disso, foi realizada uma radiografia de tórax que mostra um pulmão
colabado a direita e sem derrame pleural. A questão fala que foi realizado o tratamento definitivo para esse paciente, que no caso é a drenagem de tórax, e deseja saber
quais são os critérios para a retirada do dreno. Existem, apesar da divergência na literatura, quatro critérios para a retirada do dreno de tórax. De uma forma geral,
indica-se a retirada do dreno quando todos os seguintes requisitos forem preenchidos:Drenagem inferior a 100-150 ml/24h (adulto);Líquido seroso ou sero-
hemático;Ausência de fuga aérea;Melhora do padrão respiratório e da expansibilidade pulmonar.Alguns critérios que não fazem parte da avaliação para a retirada do
dreno de tórax são: saturação de oxigênio (letras A e C incorretas) e derrame pleural menor que 30% do hemitórax (letra D incorreta).Resposta: letra B.

114 - 2022 ABC

» A criação do método START data de 1983 quando bombeiros-paramédicos de Newport Beach e a equipe médica do Hoag Memorial Hospital (EUA) propuseram um
processo de triagem de vítimas simplificado e tratamento rápido (Simple Triage and Rapid Treatment – START). Para isso, esse método de triagem de vítimas não
preconiza o diagnóstico médico e, sim, a classificação das pessoas acidentadas com base nas necessidades de cuidados e chance de sobrevivência. Vamos avaliar as
alternativas: Letra A: incorreta. Este método utiliza do mnemônico “30-2-pode fazer” para triar as vítimas de um incidente, no qual “30” avalia a capacidade respiratória
em um minuto, “2” a qualidade da perfusão periférica em 2 segundos e “pode fazer” o nível de consciência dessa vítima para seguir os comandos dos socorristas. Há
também o RPM: frequência respiratória (respiração), perfusão e estado mental ou de consciência (do inglês, mental state). Letra B: correta. vítimas que não respondem a
procedimentos simples, como abertura de vias aéreas e com ferimentos críticos que indicam morte iminente. Exemplo: paciente em parada cardíaca, exposição de
massa encefálica. Letra C: incorreta. Independente de ser em um AMUV (acidente de multiplas vítimas) ou não, a contenção de uma hemorragia mesmo exsanguinante,
deve ser inicialmente tentada por meio de curativo compressivo e enfaixamento com ataduras. O torniquete fica reservado como última conduta. Letra D: incorreta.
Mesmo nesse cenário caótico de múltiplas vítimas, após o paciente ter sido classificado e levado para longe da "zona quente", será alocado em sua lona correspondente.
Se indicada via aérea definitiva, poderá ser realizada por intubação orotraqueal desde que não contra-indicada. Letra E: incorreta. São classificadas em quatro cores:
preta (ou cinza), vermelha, amarela e verde. Resposta: letra B

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115 - 2022 HPEV

» Estamos diante de um paciente vítima de atropelamento por ônibus com trauma em todo o hemicorpo direito. Ao exame, apresenta hipoxemia mesmo com uso de
máscara de O2, taquicardia, mas com pressão arterial elevada, abaulamento em flanco esquerdo e rebaixamento do nível de consciência (com a escala de coma de
Glasgow já calculada de 7 pontos). Além disso, o paciente foi submetido a uma tomografia computadorizada de corpo inteiro. A questão deseja saber qual a primeira
medida a ser realizada no atendimento inicial deste paciente. Em todo paciente vítima de politrauma, devemos seguir o protocolo ABCDE preconizado pelo ATLS. Já na
letra "A", ou seja, controle cervical e via aérea, devemos realizar a intubação orotraqueal desse nosso paciente por conta do rebaixamento do nível de consciência
(Glasgow menor ou igual a 8 pontos).Resposta: letra C.

116 - 2022 HPEV

» Estamos diante de um paciente vítima de atropelamento por ônibus com trauma em todo o hemicorpo direito. Ao exame, apresenta hipoxemia mesmo com uso de
máscara de O2, taquicardia, mas com pressão arterial elevada, abaulamento em flanco esquerdo e rebaixamento do nível de consciência (com a escala de coma de
Glasgow já calculada de 7 pontos). Além disso, o paciente foi submetido a uma tomografia computadorizada de corpo inteiro. A questão deseja saber qual é a causa do
rebaixamento do nível de consciência apresentado pelo paciente. Analisando as imagens da tomografia de crânio disponibilizadas, além de um hematoma subgaleal e
periorbital direito, observamos uma hemorragia subaracnoidea traumática, pela visualização de hiperdensidade em sulcos e cisternas. Além disso, a lesão apresenta-se
em grau avançado (hemoventrículo). Isso justifica a queda do nível de consciência, em função da hipertensão intracraniana.Resposta: letra A.

117 - 2022 HOS

» A bolsa de Bogotá, realmente, é a mais utilizada. Estatisticamente os casos com fechamento primário responderam por 57,7% nas cirurgias de damage control, seguidos
pela bolsa de bogotá (25,1%) e dispositivos de pressão negativa (combinados 17,2%). Porém, a técnica mais promissora é a aplicação de pressão negativa. Entretanto,
cuidado com a leitura e interpretação da questão, pessoal. Alguns alunos queriam a anulação da questão, por interpretarem que o enunciado afirmava que a técnica
mais utilizada, também era a mesma que apresentava os resultados mais promissores. Contudo, não foi isso que o autor escreveu ou quis dizer. Letra A: correta. De
fato, a peritoneostomia à Barker, é comprovadamente a que possui melhores resultados, pois o mecanismo de sucção contínua apresenta várias vantagens, tais como:
evitar o acúmulo de líquidos e consequente formação de abscessos intracavitários, avaliar e diferenciar qual é o tipo de conteúdo drenado, além de reduzir o edema de
alças intestinais, o que reduz a PIA e facilita o fechamento definitivo da cavidade abdominal. Letra B: incorreta. Utiliza-se um plástico estéril de soro suturado à pele.
Previne a evisceração e reduz a incidência de HIA e SCA, além de ser barata e rapidamente disponível. As maiores desvantagens são não possibilitar a remoção dos
fluidos acumulados no peritônio e não impedir a perda de domicílio da parede abdominal. Logo não é a técnica mais promissora. Letra C: incorreta. Aproximação das
bordas da pele com pinças de Backaus (towel clip) ou com sutura: técnica usada no passado porém praticamente proscrita atualmente, principalmente devido à
incidência elevada de hipertensão intrabdominal (HIA) e síndrome compartimental (SCA). Letra D: incorreta. Segue o mesmo raciocínio da alternativa anterior. Letra E:
incorreta. São essencialmente sinônimo das técnicas que não aplicam terapia de pressão negativa (TPN) e portanto não apresentam os melhores resultados. Resposta:
letra A.

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118 - 2022 HMASP

» Vamos aproveitar a questão para revisar a Escala de Coma de Glasgow: ABERTURA OCULAR Espontânea – 4 pontos A sons – 3 pontos À pressão (dor) – 2 pontos Ausente
– 1 ponto RESPOSTA VERBAL Orientado – 5 pontos Confuso – 4 pontos Palavras – 3 pontos Sons – 2 pontos Ausente – 1 ponto MELHOR RESPOSTA MOTORA Obedece a
comandos – 6 pontos Localiza – 5 pontos Flexão normal (postura decorticada) – 4 pontos Flexão anormal (postura descerebrada) – 3 pontos Extensão – 2 pontos Ausente
– 1 ponto O paciente vítima de trauma na questão possui abertura ocular ao estímulo verbal (a sons = 3 pontos); resposta verbal com palavras incompreensíveis (sons =
2 pontos); e localiza o estímulo álgico na resposta motora (= 5 pontos). Sendo assim, sua pontuação é de 3 + 2 + 5 = 10. Resposta: letra D.

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119 - 2022 HPEV

» Estamos diante de um paciente vítima de atropelamento por ônibus com trauma em todo o hemicorpo direito. Ao exame, apresenta hipoxemia mesmo com uso de
máscara de O2, taquicardia (mas com pressão arterial elevada), abaulamento em flanco esquerdo e rebaixamento do nível de consciência (com a escala de coma de
Glasgow já calculada de 7 pontos). Além disso, o paciente foi submetido a uma tomografia computadorizada de corpo inteiro. A questão deseja saber qual a conduta a
ser adotada para o tratamento das lesões encontradas na letra B do atendimento primário ao trauma, ou seja, no ABCDE preconizado pelo ATLS. Apesar da ausculta
pulmonar não revelar diminuição do murmúrio vesicular à direita, nem mesmo hipertimpanismo à percussão, a tomografia de tórax (terceira imagem) nos mostra um
volumoso pneumotórax em hemitórax direito, além de áreas de contusão pulmonar bilateral. Nesses casos, como o paciente não apresenta instabilidade hemodinâmica
para pensarmos em um pneumotórax hipertensivo, estamos diante apenas de um pneumotórax simples. Por isso, a conduta é a drenagem pleural fechada em selo
d'água no quinto espaço intercostal direito, entre as linhas axilares anterior e média.Resposta: letra D.

120 - 2022 HPEV

» Estamos diante de um paciente vítima de atropelamento por ônibus com trauma em todo o hemicorpo direito. Ao exame, apresenta hipoxemia mesmo com uso de
máscara de O2, taquicardia, mas com pressão arterial elevada, abaulamento em flanco esquerdo e rebaixamento do nível de consciência (com a escala de coma de
Glasgow já calculada de 7 pontos). Além disso, o paciente foi submetido a uma tomografia computadorizada de corpo inteiro. A questão deseja saber quais são os
achados na tomografia de abdome deste paciente. Analisando apenas as imagens do abdome, ou seja, as três figuras inferiores, notamos que estamos em um corte axial
(pelos cortes transversais das vértebras e órgãos intrabdominais) e na fase arterial, pois a aorta está "brilhando", representando o contraste nas artérias. Vale lembrar
que a imagem é "invertida", ou seja, o que vemos a nossa esquerda na realidade é a direita do paciente. A primeira coisa que podemos observar é que não há
pneumoperitônio, pois não existe uma lâmina preta na região superior do abdome, o que corresponderia ao ar na cavidade peritoneal. Além disso, comparando um lado
do abdome com o contralateral, observamos que a esquerda existe o rim preenchido por contraste, porém a direita existe um hematoma onde estaria o rim direito,
sugerindo uma avulsão renal. Agora, analisando o fígado também observamos uma discreta lesão hipodensa no meio do parênquima hepático, o que corresponderia a
uma lesão grau II (hematoma intraparenquimatoso entre 1 e 10 cm de extensão). Por fim, analisando a última imagem, vemos que a sínfise púbica está
fechada.Resposta: letra B.

121 - 2022 UNITAU

» A questão nos mostra um paciente jovem vítima de trauma que chega ao pronto-socorro com dispneia importante acompanhada de ausência do murmúrio vesicular em
hemitórax esquerdo, taquicardia e hipotensão arterial. Sendo assim, em um paciente que sofreu um trauma em tórax que apresenta desconforto respiratório, turgência
jugular e desvio de traqueia, com hipertimpanismo à percussão e MV reduzido em um hemitórax não nos deixam dúvidas, não é mesmo? Nesses casos, devemos pensar
em um pneumotórax hipertensivo, onde a instabilidade hemodinâmica e o desvio do mediastino caracterizam um pneumotórax como hipertensivo; nesses casos, a lesão
que ocasionou a entrada de ar entre as pleuras funciona como uma válvula de direção única, permitindo a entrada de ar e impedindo a sua saída. Esse fluxo
unidirecional de ar é que determina o acúmulo de ar sob pressão no espaço pleural! O diagnóstico é clínico, sendo a conduta errada a realização de uma radiografia de
tórax. A conduta inicial e rápida é a punção do pneumotórax, a toracocentese, com o objetivo de transformar um pneumotórax hipertensivo em um sem hipertensão,
melhorando imediatamente o desconforto respiratório e os parâmetros hemodinâmicos. De acordo com a última edição do ATLS, esse procedimento em adultos pode ser
realizado no 4º ou no 5º espaço intercostal, entre a linha axilar média e anterior. Vale lembrar que a solicitação de exames complementares pensando em um evento
cardiovascular causado pelo uso de drogas, como eletrocardiograma, ecocardiograma e gasometria arterial, não seria uma conduta adequada em um primeiro momento,
pensando na clínica apresentada pelo paciente e pela história de trauma. Resposta: punção torácica esquerda com agulha calibrosa, para descomprimir o pneumotórax
hipertensivo.

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122 - 2022 HOS

» Vamos as assertivas: - Letra A: incorreta. O principal exame de escolha nestes casos é a tomografia computadorizada. A urografia excretora é indicada em traumas de
bexiga e uretra. - Letra B: incorreta. As lesões ureterais são mais associadas a traumas penetrantes, especialmente por arma de fogo com orifício de entrada em
abdômen. - Letra C: correta. Os principais mecanismos de trauma na lesão renal são desaceleração rápida e golpe direto em flancos ou dorso (correspondem a 70% a
85% dos casos). - Letra D: incorreta. A maioria das lesões traumáticas da bexiga tem uma etiologia contusa, cerca de 85% dos casos. Mais da metade das lesões
traumáticas da bexiga ocorrem como resultado de um acidente de veículo motorizado. O trauma direto em uma bexiga cheia (por exemplo, cinto de segurança) pode
romper a bexiga em sua parte mais fraca (ou seja, na cúpula), fazendo com que a urina vaze para a cavidade abdominal. Entre as lesões penetrantes, predominam os
ferimentos por arma de fogo, cerca de 88% dos casos. - Letra E: incorreta. As lesões ureterais são melhor abordadas por investigação cirúrgica direta, com ressecção
e/ou anastomose primária. Stents ureterais devem ser utilizados como forma de manter perviedade do segmento. Resposta: letra C.

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123 - 2022 SMS - SP

» Estamos diante de um paciente vítima de atropelamento com sinais de instabilidade hemodinâmica e rebaixamento do nível de consciência. A questão faz algumas
afirmativas e deseja saber qual é a correta. - Letra A: incorreta. De acordo com a escala de coma de Glasgow, nosso paciente apresenta: abertura ocular à dor (2 pontos)
+ verbaliza sons incompreensíveis (2 pontos) + apresenta flexão anormal (3 pontos) = 7 pontos. - Letra B: incorreta. De acordo com os parâmetros clínicos avaliados
para estimar a perda sanguínea de um paciente vítima de trauma, classificaríamos este paciente como choque classe II: perda sanguínea de 750-1500 ml (15-30% do
volume sanguíneo total); frequência cardíaca entre 100 e 120 bpm; pressão arterial normal; e frequência respiratória entre 20-30 irpm. - Letra C: incorreta. Quando
indicado, o ácido tranexâmico deve ser administrado de forma PRECOCE, sendo a primeira dose em até três horas após o trauma e a segunda dose em até oito horas. -
Letra D: incorreta. Pela história de trauma de alta energia associada à clínica de ausência de murmúrio vesicular em hemitórax direito, não é necessária a realização de
uma radiografia de tórax para a confirmação de um hemotórax ou pneumotórax. - Letra E: incorreta. Os critérios para a retirada do dreno de tórax pós-trauma são: (1)
débito claro menor do que 100 ml em 24 horas; (2) ausência de escape aéreo; (3) expansibilidade pulmonar plena pelo exame radiográfico de tórax e ao exame físico. A
resposta liberada pela banca foi letra B. Porém, a questão não apresenta nenhuma alternativa correta e merecia ser anulada.

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124 - 2022 IOVALE

» Estamos diante de um paciente politraumatizado chocado com fratura de pelve e LPD negativo. O LPD negativo mostra que não existe sangramento intraabdominal. Ou
seja, o choque muito provavelmente é causado pela fratura pélvica. As fraturas de pelve tem como complicação mais temida a hemorragia, que rapidamente pode levar
ao choque hipovolêmico. Nos casos de fratura em livro aberto, a instabilidade ocorre devido a sangramento venoso devido ao rompimento de veias pélvicas que sangram
para o retroperitônio. Deve ser realizada a estabilização pélvica na tentativa de fechar o anel pélvico e controlar o sangramento. A amarração pélvica pode ser mantida
por 24h enquanto se avalia a necessidade de fixação interna da pelve. A fixação externa também pode ser considerada, e pode ser mantida por 6 a 12 semanas. Caso o
paciente não apresente melhora do quadro, deve ser suspeitada lesão de origem arterial. Nestes casos, deve ser realizada angiografia com angioembolização do vaso
sangrante. Se não estiver disponível, pode ser tentado o “packing pré-peritoneal” - compressão pélvica com compressas cirúrgicas. Resposta: letra D.

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125 - 2022 IOVALE

» Veja como a questão nos faz pensar em um pneumotórax hipertensivo: temos um paciente vítima de trauma com dispneia súbita, esforço respiratório, turgência jugular,
hipertimpanismo e abolição do murmúrio vesicular à direita. O pneumotórax hipertensivo acontece quando o ar penetra na cavidade pleural de forma contínua e um
mecanismo valvular o impede de sair. Uma grande quantidade de ar sob pressão na cavidade pleural causa colapso no pulmão deste lado, com desvio da traqueia e
mediastino, compressão do pulmão contralateral e aumento da pressão intratorácica levando à redução do retorno venoso, ocasionando a turgência jugular. Estes
pacientes evoluem rapidamente à insuficiência respiratória, hipotensão e choque. Ou seja, o pneumotórax hipertensivo apresenta comprometimento ventilatório e
hemodinâmico. O diagnóstico é clínico e deve ser suspeitado em pacientes politraumatizados com hipotensão, redução ou abolição do murmúrio vesicular,
hipertimpanismo e turgência de jugular. É considerado erro solicitar exame de imagem para seu diagnóstico. Se disponível, o E-FAST, por outro lado, pode ser utilizado
para confirmação diagnóstica, mas desde que não atrase o tratamento. A conduta inicial deve ser a toracocentese de alívio, realizada rapidamente para descompressão
do hemotórax acometido e melhora dos parâmetros respiratórios e hemodinâmicos. E a conduta definitiva é a toracostomia com drenagem torácica fechada em selo
d’água. Resposta: letra C.

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126 - 2022 UNITAU

» A questão faz algumas afirmativas sobre o trauma retal e deseja saber qual é a alternativa INCORRETA. - Letra A: correta. A conduta no trauma do reto intraperitoneal
segue os mesmos parâmetros das lesões colônicas, ou seja, para o cirurgião realizar o reparo primário, todos os seguintes critérios devem ser preenchidos: (1)
comprometimento de menos de 50% da circunferência da alça; (2) o paciente deve se encontrar estável hemodinamicamente; (3) o diagnóstico deve ser precoce, nas
primeiras quatro a seis horas; (4) ausência de lesão vascular colônica; e (5) necessidade de menos de seis unidades de concentrado de hemácias durante a reanimação.
As vítimas que não preencherem todos os critérios acima e se encontrarem estáveis hemodinamicamente, podem se submeter à ressecção da porção do cólon
acometida, seguida de anastomose primária. Já na presença de hipotensão e choque, a realização de anastomose primária encerra um risco proibitivo de deiscência
(falência da anastomose). Nesses casos, o cirurgião pode ressecar o segmento colônico envolvido, deixando o trato gastrointestinal em descontinuidade. - Letra B:
correta. No comprometimento da porção extraperitoneal do reto, o cirurgião realiza o reparo primário, desbridamento e a drenagem. Além disso, uma derivação fecal
com colostomia proximal em alça de proteção deve ser realizada. - Letras C e D: corretas. Devido à rica e importante vascularização da região pélvica e inguinal, os
ferimentos por arma de fogo na região glútea exigem investigação adicional, como a realização de uma angiotomografia de membros inferiores para afastar lesões
vasculares. Além disso, pequenas lesões podem não evidenciar sangue no dedo de luva durante o toque retal. Por isso, exames complementares como a tomografia de
abdome e pelve com contraste via retal ou até mesmo uma retossigmoidoscopia rígida podem ser solicitados para afastar lesões retais desapercebidas. - Letra E:
incorreta. Dependendo do objeto e do mecanismo do trauma resultante do empalamento, por exemplo em casos de agressão, o objeto utilizado deve ser enviado para
análise e a devolução do objeto ao paciente não é obrigatória. Resposta: letra E.

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127 - 2022 PUC - SP

» Estamos diante de uma paciente vítima de trauma que encontra-se taquidispneica e com murmúrios vesiculares ausentes à direita. Por mais que a questão não nos dê
maiores informações para chegar a um diagnóstico definitivo, sabemos que o diagnóstico fica muito provavelmente entre pneumotórax ou hemotórax. O que
diferenciaria seria a percussão maciça no caso do hemotórax ou timpânica no pneumotórax. Diante disso vamos analisar as alternativas em busca da melhor conduta
inicial para a paciente. Letra A: incorreta. Tanto o hemotórax quanto o pneumotórax traumáticos são de diagnósticos clínicos. Uma vez suspeitados após exame clínico,
deve-se indicar o tratamento. Letra B: incorreta. A gasometria arterial não está indicada na conduta deste caso. Pode ser até que venha a ser necessária em algum
momento na evolução da paciente. Mas a conduta imediata, independente se diante de um hemotórax ou pneumotórax, será a conduta da letra C. Letra C: correta.
Mesmo diante das nossas duas principais hipóteses diagnósticas a conduta será a mesma: descompressão do espaço pleural pela toracostomia com drenagem torácica
fechada em selo d’água. Logo, esta é a melhor resposta para a questão. Letra D: incorreta. A pericardiocentese tem indicação para descomprimir o espaço pericárdico
em casos de tamponamento cardíaco por derrame pericárdico. Nestes casos esperaríamos um paciente com uma clínica diferente. Em geral nas questões esse paciente
se apresente com a tríade de Beck (hipotensão, turgência jugular, hipofonese de bulhas). Resposta: letra C.

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128 - 2022 UNITAU

» Questão polêmica sobre o trauma renal! A questão faz algumas afirmativas e deseja saber qual a afirmativa correta. - Letra A: correta. Nos casos de lesões grau V (ou
seja, laceração total do rim (shattered kidney) ou avulsão do hilo renal ou desvascularização do rim com sangramento ativo), frequentemente requerem nefrectomia. Na
presença de lesões polares e lesões laterais (distantes do hilo), o cirurgião realiza a ressecção das áreas comprometidas (nefrectomia parcial). A nefrectomia total está
indicada nas lesões que envolvem grande quantidade de parênquima e na presença de comprometimento hilar. - Letra B: correta. A presença de hematúria somada a
uma história de contusão em determinadas áreas como flanco abdominal e região lombar, aumenta muito a probabilidade de lesão dos rins. Durante a avaliação inicial
podemos encontrar equimoses nestes sítios, além da presença de fraturas em seguimentos posteriores de arcos costais, o que guarda correlação com a gravidade do
trauma. - Letra C: incorreta. Embora não seja identificada em todos os casos e tenha pouca especificidade, a hematúria é a manifestação mais frequente do trauma
renal. Contudo, é importante termos em mente que a intensidade da hematúria não tem relação direta com a gravidade do comprometimento renal. - Letra D: incorreta.
Quando o acometimento do rim faz parte de um politrauma, com o paciente apresentando instabilidade hemodinâmica, geralmente o diagnóstico da lesão é feito
somente no intraoperatório, uma vez que não há tempo para realização de exames complementares mais complexos. A finalidade da urografia intraoperatória é avaliar a
presença de rim contralateral. - Letra E: incorreta. A tomografia de abdome e pelve com contraste intravenoso é o exame de eleição para análise do trauma renal. O
exame pode demonstrar diversos graus de acometimento do órgão, tais como, extensão do hematoma em loja renal, presença de extravasamento de contraste ou
presença de parênquima sem captação de contraste. A TC é empregada também para estadiamento da lesão renal e geralmente não é necessária para controle durante
o tratamento conservador ou pós operatório do trauma renal. Questão que apresenta duas respostas possíveis, e que, mesmo após o recurso, não foi anulada. Gabarito
divulgado pela banca: letra B. Gabarito MEDGRUPO: letras A e B.

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129 - 2022 HOS

» Devemos lembrar que, diante de um paciente vítima de trauma que se apresenta chocado, nossa primeira hipótese, até que se prove o contrário, será choque
hemorrágico. Entretanto, devemos lembrar da possibilidade de choque neurogênico, especialmente quando o paciente apresentar história de TRM e alguns sinais e
sintomas clínicos específicos. No choque neurogênico, ocorre um desequilíbrio hemodinâmico consequente a uma lesão medular (especialmente dos tratos simpáticos
descendentes). Os danos podem ser resultantes diretamente do impacto traumático (primários) ou secundários à isquemia, edema e outras complicações tardias
relacionadas ao evento. Devido ao comprometimento da regulação simpática aliado ao tônus mantido do sistema parassimpático (nervo vago), o organismo torna-se
deficitário para compensar alterações na pressão arterial, nos batimentos cardíacos e na regulação térmica. Assim, os pacientes vítimas de choque neurogênico -
geralmente vítimas de trauma raquimedular cervical - apresentam, como sintomas clássicos, bradicardia, hipotensão e pele quente (enchimento capilar < 2s). Letra A:
incorreta. Perda dos reflexos profundos e do tônus muscular nos faz pensar em choque medular. Letra B: correta. Hipotensão arterial refratária à reposição volêmica e
bradicardia é exatamente o que ocorre no choque neurgênico, pelo que foi explicado acima. Leta C: incorreta. Hipotensão arterial revertida com reposição volêmica e
taquicardia são sinais de choque hipovolêmico hemorrágico. Letra D: incorreta. Anisocoria, sinal da batalha e otorragia bilateral nos remete à fratura de base crânio.
Letra E: incorreta. Hipotensão arterial, estase jugular e taquipneia são sinais clássicos de pneumotórax hipertensivo. Resposta: letra B.

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130 - 2022 CMC

» O conhecimento dos mecanismos fisiopatológicos no trauma raquimedular é importante para o entendimento das características das diversas lesões. Os métodos por
imagem são essenciais no seu diagnóstico e estadiamento, devendo-se, no entanto, sempre ser correlacionados com o quadro clínico para adequada valorização dos
achados por imagem e conseqüente conduta terapêutica.A radiografia simples é considerada a técnica de escolha para a avaliação inicial do trauma raquimedular. Deve
ser realizada levando-se em consideração os sinais clínicos do paciente. Se houver lesão de múltiplos órgãos ou déficit neurológico associados, as incidências realizadas
são ântero-posterior e perfil que devem
ser complementadas por uma tomografia computadorizada ou ressonância magnética. Se não houver
sinais localizatórios, podem ser necessárias ainda outras incidências, como as oblíquas, para melhor identificar uma possível fratura/deslocamento.Nesse sentido, a
indicação absoluta de exames de imagem é referida à possibilidade de acometimento de outros sítios.Resposta: letra C.

131 - 2022 PUC - SP

» Veja como a questão nos leva ao diagnóstico de tórax instável: é um paciente vítima de trauma fechado de tórax com múltiplas fraturas de arcos costais e movimento
paradoxal em hemitórax à direita, sem evidência de pneumotórax ou hemotórax na radiografia.
O tórax instável ocorre quando há fratura em 2 ou mais arcos costais consecutivos, em pelo menos 2 pontos em cada arco. O segmento fraturado perde a continuidade
com o restante da caixa torácica, justificando a respiração paradoxal - quando a região traumatizada encolhe durante a inspiração e sofre abaulamento durante a
expiração, ao contrário do restante do tórax.
A deterioração do ponto de vista respiratório em geral se dá pela contusão pulmonar, altamente associada ao tórax instável. O tratamento é analgesia com opióides,
uma vez que a melhora da dor permite maior expansibilidade torácica, levando ao alinhamento das fraturas, como maior rapidez da consolidação, e evitando o acúmulo
de secreções pulmonares. Pacientes que apresentarem FR maior que 40 irpm, hipoxemia, rebaixamento de consciência, doença pulmonar prévia ou lesões abdominais
concomitantes devem ser intubados e submetidos a ventilação com pressão positiva. Resposta: letra D.

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132 - 2022 UNAERP

» Diante de um paciente vítima de ingestão cáustica, devemos manejar a via aérea e o status hemodinâmico, além de introduzir jejum, hidratação, analgesia, inibidor de
omba de prótons EV e realizar uma endoscopia em 24 a 48 horas. Após o exame, estratificamos o paciente conforme a classificação de Zargar para o manejo adequado:
0 – normal; 1 – edema e hiperemia; 2A – úlceras superficiais localizadas, friabilidade, exsudado; 2B – úlceras profundas focais ou úlceras circunferenciais; 3A – úlceras
profundas múltiplas e necrose focal; 3B – necrose extensa; 4 - perfuração. Para os pacientes classificados como 2B, além das medidas citadas acima, devemos passar
uma sonda nasogástrica sob visualização direta, para alimentação e patência do esôfago, além da prevenção da distensão. Além disso, devemos ponderar a utilização de
antibióticos. Resposta: alternativa B.
133 - 2022 SCMSJC

» Vamos analisar as alternativas:Letra A: incorreta. O hematoma subdural geralmente se inicia como uma dor importante na topografia do hematoma e, posteriormente,
pode evoluir para paresia ou plegia dos membros inferiores se o hematoma não for descomprimido.Letra B: incorreta. A síndrome de Brown-Sequard (hemissecção
medular) geralmente é causada por trauma direto por arma branca: hemiplegia + perda da propriocepção ipsilateral com perda da sensibilidade dolorosa
contralateral.Letra C: correta. A síndrome centromedular: geralmente causada pelo trauma em hiperextensão: perda da força muscular e sensibilidade nos membros
superiores (principalmente nas mãos), geralmente poupando os membros inferiores; exatamente como é o caso do nosso paciente.Letra D: incorreta. A mielite
transversa pode evoluir com paresia e disfunção vesical e intestinal, mas esta geralmente é uma sequela infecciosa e não pós-traumática.Resposta: letra C.

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134 - 2022 PUC - SP

» Estamos diante de paciente de 36 anos vítima de ferimento por arma de fogo em nádega esquerda que encontra-se estável e com radiografia evidenciando o projétil em
quadrante inferior direito do abdome. Como devemos conduzir este caso com suspeita de lesão retal? Veja que a conduta inicial deve ser a mesma em caso de trauma
de abdome. Caso o paciente esteja instável, deve ser indicada a laparotomia imediatamente para controle vascular e correção das lesões associadas. Porém como nosso
paciente está estável, a melhor forma de estudar as lesões abdominais, incluindo as lesões de reto, será pela tomografia computadorizada de abdome e pelve com
contraste. O tratamento para as lesões de reto dependerá do segmento acometido. O reto é dividido em reto intraperitoneal (terço superior do reto anterior) e reto
extraperitoneal (parede posterior e restante da parede anterior). O trauma de reto intraperitoneal segue a conduta dos traumas de abdome com lesão de cólon: deve ser
indicada abordagem cirúrgica para correção da lesão. Em geral, a retossigmoidectomia à Hartmann é a conduta mais utilizada. Já o trauma de reto extraperitoneal,
historicamente, contempla em seu tratamento: lavagem, drenagem, desvio do trânsito intestinal e desbridamento. Resposta: letra C.

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135 - 2022 SCMSJC

» Vamos recapitular as principais indicações de toracotomia de urgência:- Hemotórax maciço, com drenagem imediata de 1.500 ml ou mais de sangute pelo dreno tubular
de toracostomia ou saída de 200 ml/h nas primeiras duas a quatro horas iniciais;- Lesões penetrantes na parede torácica anterior com tamponamento cardíaco;- Feridas
da caixa torácica de grandes dimensões;- Lesões de vasos nobres no tórax na presença de instabilidade hemodinâmica;- Lesões traqueobrônquicas extensas;- Evidência
de perfuração esofagiana.Repara que na durante durante a drenagem torácica da nossa paciente houve saída de 1600 ml, ou seja, uma indicação clássica de
toracotomia de urgência.Resposta: letra B.

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136 - 2022 IOVALE

» Dentre os traumatismos contusos do abdome, um em cada cinco envolvem lesões esplênicas. Considera-se ruptura do baço em dois tempos (REDT) quando o intervalo
assintomático da lesão exceder 48 horas, podendo chegar a mais de 7 dias. O único sinal de ruptura eminente pode ser o aumento no tamanho de um hematoma
subcapsular. Estes casos são explicados por uma coleção de sangue, devido ao rompimento do parênquima esplênico, sem rompimento da cápsula, que é reforçada por
órgãos adjacentes (pâncreas, estômago, omento, alças intestinais), até que a pressão sanguínea intra-hematoma supere essa resistência, sangrando para cavidade
peritoneal. Atualmente, a incidência de ruptura em dois tempos é de 1% e a mortalidade está entre 5 e 15% comparada à mortalidade na ruptura aguda do baço, que é
de 1 a 3%. Resposta: letra C.

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137 - 2022 HOS

» Segundo a última edição do ATLS, mesmo em pacientes com preditores de via aérea difícil, hemorragia extensa em via aérea e fraturas de mandíbula, a técnica
preferencial para a obtenção de via aérea definitiva consiste em, pelo menos, uma tentativa de intubação orotraqueal. Em caso de falha, devemos recorrer a outras
opções, como a cricotireoidostomia cirúrgica. Letra A: incorreta. Máscara laríngea é uma via aérea artificial, mas não é definitiva. Considera-se definitiva quando possui
balonete insuflado com cuff na traquéia. Letra B: incorreta. Cricotireoidostomia por punção, embora seja muito útil como método temporário, em situação de apneia
(sufoco), também não é considerada via aérea definitiva. Letra C: incorreta. Sinais de fratura de base de crânio contraindicam a realização da intubação nasotraqueal.
Letra D:incorreta. Em pacientes com RNC após um TCE, deve-se tentar a IOT sem flexionar o pescoço, até que sejam descartadas fraturas de coluna cervical. Letra E:
correta. Uma dúvida que pode surgir é sobre o fato da questão presumir “dificuldade de intubação orotraqueal” e diante disso (sem nem tentar) já indicar via aérea
cirúrgica. No entanto, ao analisarmos o contexto e as outras alternativas, essa é de fato a nossa melhor resposta. Não briguem com a questão! Resposta: alternativa E.

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138 - 2022 HIS

» Questão que solicita a alternativa que corresponde a uma INDICAÇÃO ABSOLUTA de cirurgia de urgência no trauma abdominal contuso. Primeiramente, vamos relembrar
algumas indicações de cirurgia de urgência no trauma: - Instabilidade hemodinâmica; - Peritonite; - Pneumoperitônio / Retropneumoperitônio; - Hemorragia digestiva
importante; - Hérnia diafragmática; - Líquido livre intra-abdominal sem lesões de vísceras parenquimatosas (lesão de víscera oca, diafragma, mesentério ou vasos); -
Lesões órgão-específicas que necessitam de tratamento operatório (por exemplo, lesão hepática grau VI ou lesão esplênica grau V). Assim, as alternativas A, B e C
apresentam situações nas quais é cabível a conduta conservadora. A alternativa D, entretanto, gabarito oficial da prova, alega que a paciente em questão possui uma
indicação absoluta de cirurgia de urgência, o que é, no mínimo, polêmico. Embora a melhor conduta para a paciente em questão, segundo os últimos estudos e
guidelines, seja, realmente, a cirurgia, o fato de a paciente apresentar uma lesão pancreática grau III não implica, necessariamente, na necessidade de abordagem
cirúrgica. Vamos relembrar a classificação das lesões pancreáticas traumáticas: - I: Hematoma: Contusão menor sem lesão ductal Laceração: Laceração superficial sem
lesão ductal - II: Hematoma: Contusão maior sem leão ductal ou perda tecidual Laceração: Laceração maior sem lesão ductal ou perda tecidual - III: Laceração:
Transecção distal ou lesão parenquimatosa com lesão ductal - IV: Laceração: Transecção proximal (à direita da veia mesentérica superior) ou lesão parenquimatosa
envolvendo a ampola - V: Laceração: Destruição maciça da cabeça do pâncreas Nossa paciente assim, se enquadra na classe III. Embora algumas (poucas) diretrizes
sugiram que é plausível a tentativa de um tratamento conservador nesses casos, a melhor alternativa é a letra D. Resposta: alternativa D.

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139 - 2022 PUC - SP

» Estamos diante de um paciente vítima de trauma com fratura pélvica, uretrorragia e hematoma escrotal. O primeiro conceito que precisamos ter nesta questão é que
são duas entidades distintas, mas que podem estar associadas. Quando diante de uretrorragia pós-trauma, temos que lembrar dos traumas de uretra. Eles acontecem
em cerca de 4 a 14% das fraturas pélvicas em homens, e apenas 2% em mulheres. As lesões podem ser em uretra anterior ou posterior. A uretra anterior se divide em
uretra peniana e bulbar. E a uretra posterior em membranosa e prostática. Nos homens, a uretra posterior é mais comumente lesada em fraturas de pelve. A uretra
membranosa é separada do ápice prostático, e o paciente apresenta uretrorragia, retenção vesical e globo vesical palpável (bexigoma). Ao toque retal, sentimos a
próstata em posição alta, deslocada superiormente. As lesões de uretra anterior são, em geral, não associadas a lesões de outros órgãos, e decorrem de trauma
perineal direto (queda à cavaleiro), com acometimento da uretra bulbar. Nestes casos, os pacientes podem apresentar hematoma perineal, uretrorragia, hematúria e
retenção urinária. Em ambos os casos, é formalmente contraindicado o cateterismo vesical, uma vez que a passagem do cateter de Foley pode agravar a lesão uretral.
A conduta é a realização de uretrografia retrógrada para melhor avaliação da lesão e programação do procedimento de correção. A correção das lesões de uretra
anterior em trauma aberto deve ser cirúrgica, e nos traumas fechados deve ser realizada cistostomia para derivação do trato urinário e posterior correção da lesão
uretral. Em casos de uretra posterior em trauma fechado pode ser feita com realinhamento primário ou confecção de cistostomia e programação da correção uretral em
um segundo momento. Nos traumas abertos, indicamos o realinhamento primário. Diante disso, sabemos que a conduta correta para o nosso paciente será a
uretrografia retrógrada, ou uretrograma retrógrado, como consta na letra D. Porém a questão foi alvo de muitas críticas e solicitações de recurso, uma vez que diante
de um caso com fratura pélvica evidente, o paciente precisa ser submetido primeiro à estabilização pélvica para só depois ser avaliada a lesão de uretra. Entretanto, a
banca não aceitou recurso e não anulou a questão. De qualquer forma, a melhor resposta dentre as alternativas será a letra D. Resposta: letra D.

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140 - 2022 REVALIDA - USP SP

» A questão apresenta um menino de 8 anos, vítima de colisão moto versus auto, com ejeção do veículo. Trazido em prancha rígida, apresenta-se saturando 90% em
máscara não reinalante, e com mínimas alterações hemodinâmicas. Apresenta FAST positivo, pelve instável, além de um Glasgow de 12 e de uma fratura exposta de
tíbia esquerda. A questão não descreve as vias aéreas do paciente. Segundo o fluxograma do ATLS (ABCDE), o atendimento deve ser iniciado pela avaliação da via aérea
e estabilização da coluna cervical. A questão, infelizmente, não descreve o fluxo fornecido pela máscara ao paciente, além de não fornecer o status da via aérea. Logo,
embora a alternativa A seja provavelmente verdadeira, a única afirmação que conseguimos certamente realizar sobre o caso está descrita na letra D. Resposta: letra D.

141 - 2022 HMMG

» Vamos analisar as alternativas:Letra A: incorreta. É considerado penetrante quando viola o platisma.Letra B: incorreta. A zona que contempla os grandes vasos é a zona
"B".Letra C: correta. A zona "C" é a mais próxima da região torácica, esta é limitada pela fúrcula esternal e a cartilagem cricoide e, de fato, o traumatismo desta região
pode estar associado a lesões dos vasos subclávios.Letra D: incorreta. A zona "B" é delimitada pela cartilagem cricoide e o ângulo da mandíbula e a zona "C", pelo ângulo
da mandíbula e a base do crânio.Resposta: letra C.

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142 - 2022 PMG

» Dica para a sua prova: quando suspeitar de uma fratura de laringe? É uma lesão rara, mas que deve ser lembrada na presença da seguinte tríade: rouquidão, enfisema
subcutâneo e fratura palpada. Nesses casos, a conduta é a traqueostomia de emergência! Vale lembrar que as fraturas de laringe, por muito tempo foram consideradas
como indicação de traqueostomia, no entanto, nas últimas edições do Sabiston e do ATLS isso sofreu uma alteração. Atualmente, mesmo nas fraturas de laringe,
podemos tentar a IOT. Esta tentativa deve ser feita naqueles casos em que o acesso artificial deve ser imediato, não permitindo a realização de uma traqueostomia. O
ATLS em sua última edição ainda vai além e afirma que em casos de emergência ou incapacidade técnica, mesmo a crico cirúrgica não sendo o melhor método, pode ser
tentada. Mas fique atento, pois algumas bancas mais arcaicas ainda consideram as fraturas de laringe como indicação absoluta de traqueostomia.Resposta: letra D.

143 - 2022 UNOESTE

» Estamos diante de um paciente obeso que foi vítima de ferimento por arma branca no abdome. Paciente estável, orientado e saturando bem. Apresenta uma lesão de 3
cm de profundidade localizada abaixo da cicatriz umbilical. Diante deste contexto, o próximo passo deve ser a exploração digital da ferida. Esta profundidade da ferida
muita das vezes é estabelecida só pela inspeção, mas devemos assegurar também através da exploração digital se há ou não violação da cavidade. Se houver, a
conduta até pode ser manejo conservador com exames seriados, se não houver, a conduta deve ser somente a sutura da ferida. Gabarito: letra A.

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144 - 2022 HCB - SP

» A questão apresenta uma paciente de 26 anos, vítima de acidente de moto há 2 horas. A paciente é admitido com colar cervical, prancha rígida e máscara com oxigênio
suplementar 12 l/min. Apresenta-se hipotensa e taquicárdica, além de apresentar murmúrio vesicular abolido em base direita e ausência de hipertimpanismo e de
enfisema de subcutâneo. Logo, estamos diante de um provável hemotórax causando choque hemodinâmico. A conduta inicial, nesses casos, consiste na drenagem
torácica. Resposta: letra C.

145 - 2022 HMASP

» A tríade de Beck, presente em cerca de 30% dos casos de tamponamento cardíaco, é composta pelo abafamento de bulhas, turgência jugular e hipotensão. Resposta:
letra C.

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146 - 2022 PMG

» Questão conceitual sobre a Escala de Coma de Glasgow. Lembra que esta escala é feita por três componentes: abertura ocular, resposta verbal e resposta motora. A
abertura ocular recebe pontuação máxima de 4 pontos, resposta verbal, 5 pontos, e, por fim, resposta motora, 6 pontos. Vamos revisar a pontuação de toda escala:
Abertura Ocular: 4 pontos - abertura espontânea; 3 pontos - abertura à voz; 2 pontos - abertura à dor; 1 ponto - sem resposta. Resposta Verbal: 5 pontos - orientada; 4
pontos - confusa; 3 pontos - palavras inapropriadas; 2 pontos - sons incompreensíveis; 1 ponto - sem resposta. Resposta Motora: 6 pontos - obedece a comandos; 5
pontos - localiza o estímulo doloroso; 4 pontos - retirada o estímulo à dor; 3 pontos - flexão anormal (decortica); 2 pontos - flexão anormal (descerebra); 1 ponto - sem
resposta. Resposta: letra B.
147 - 2022 SCMSJC

» Questão direta e objetiva sobre a ressuscitação volêmica no trauma pediátrico, mais especificamente sobre o acesso intraósseo. O acesso venoso periférico é o acesso
preferencial no trauma pediátrico. Entretanto, em quadro de choque causado pelo trauma, a obtenção de acesso venoso pode ser desafiador mesmo para os mais
habilidosos. Após duas tentativas inssucedidas, o acesso intraósseo deve ser indicado. O acesso é via agulha de medula óssea de 18 gauge em bebês e 15 gauge em
crianças. Caso não seja possível, pode ser tentada punção de veia femoral sob a técnica de Seldinger. Se todos os procedimentos falharem, indica-se a dissecção venosa.
Como estas duas últimas são medidas mais demoradas, uma vez que o acesso venoso periférico não é obtido, deve-se recorrer imediatamente ao acesso intraósseo, em
menos de um minuto. O acesso intraósseo é realizado preferencialmente em dois sitios: tíbia anteromedial (prioritária) ou fêmur distal, e não deve ser realizada em
uma extremidade com suspeita de fratura. Ele deve ser realizado apenas para ressuscitação emergencial, e deve ser removido assim que um acesso venoso for obtido.
Diante desta revisão sobre o tema, vamos analisar as alternativas. Letra A: correta. É exatamente esse o conceito. O acesso intraósseo deve ser realizado apenas em
casos de emergência e deve ser removido assim que um acesso venoso for obtido. Letra B: incorreto. O acesso intraósseo deve ser utilizado como medida emergencial,
e ser retirado assim que possível. Quando mantido por mais de 24 horas está associado a risco aumentado de osteomielite. Letra C: incorreta. O acesso prioritário
sempre será o venoso periférico. Letra D: incorreta. Os sítios de punção preferenciais são tíbia distal e fêmur distal. Resposta: letra A.

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148 - 2022 UNOESTE

» Trata-se de uma paciente vítima de trauma com choque hipovolêmico. Qual a classificação desse choque? A Paciente do caso em questão apresenta frequência cardíaca
entre 120 e 140 bpm, frequência respiratória entre 30 e 40 irpm, pressão sistólica diminuída e encontra-se confusa. De acordo com a 10ª edição do ATLS, classificamos
esse choque como classe III. Gabarito: letra C.

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149 - 2022 REVALIDA - USP SP

» Estamos diante de um paciente vítima de colisão moto x auto com trauma abdominal e em face. Ao exame, apresenta-se estável hemodinamicamente e com algumas
alterações abdominais: dor à palpação difusa, mas sem peritonite, e presença do SINAL DO CINTO DE SEGURANÇA, ou seja, uma equimose extensa localizada em tórax
e/ou abdome na topografia correspondente à posição do cinto de segurança (abdominal e/ou diagonal), tem elevada correlação com lesões de órgãos intra-abdominais,
principalmente o delgado e o mesentério. Na tomografia de abdome, a presença de líquido livre em mais de um quadrante, na ausência de lesões a vísceras maciças, é
achado altamente sugestivo de lesão intestinal. Os pacientes com irritação peritoneal e/ou instabilidade hemodinâmica devem ser levados imediatamente à cirurgia, e o
diagnóstico é confirmado durante a laparotomia. Já nos pacientes estáveis hemodinamicamente, devem ser encaminhados ao centro cirúrgico para laparoscopia. O
procedimento cirúrgico envolve rafa simples das lacerações ou a enterectomia (ressecção de segmentos do delgado), esta última realizada no caso de lesões que
acometam mais de 50% da circunferência da alça, ou na presença de várias lesões próximas uma das outras.Resposta: letra B.

150 - 2022 HSL - RP

» As primeiras manifestações de um paciente com tamponamento cardíaco normalmente são taquipneia, dispneia e ortopneia. A taquicardia também é a regra, na
tentativa de compensar o baixo débito cardíaco imposto pelo tamponamento. Os dois principais achados ao exame físico são a turgência jugular
patológica (normalmente sem o “descenso y”) e o pulso paradoxal. Atrito pericárdico só estará presente em 1/3 dos casos, bem como a hipofonese de bulhas. A
presença de hipotensão denota falência dos mecanismos compensatórios, sendo o mais importante sinal de gravidade. A tríade de Beck, composta por hipotensão
arterial + bulhas hipofonéticas + turgência jugular patológica, sinaliza a forma grave de tamponamento, com risco iminente de vida. A principal causa de tamponamento
grave é o hemopericárdio traumático, iatrogênico ou por dissecção aórtica. Resposta: letra A.

151 - 2022 UNINOVE

» As janelas evidenciadas pelo FAST são: - Janela pericárdica (espaço subxifoideo); - Espaço hepatorrenal (entre 10 e 12 costela, entre as linhas axilares média e anterior) -
espaço de Morrison; - Espaço esplenorrenal (entre 8 e 10 costela, entre as linhas axilares média e posterior); - Fundo de saco (1 a 2 cm acima do pube). Resposta: letra
A.

152 - 2022 SCMMA

» A questão apresenta a imagem de um hematoma epidural (extradural), resultante da lesão da artéria meníngea média. Esse sangramento ocorre externamente à dura-
máter e, na imagem, observa-se uma imagem biconvexa. Vale lembrar que esse tipo de lesão pode resultar em um intervalo lúcido. Resposta: letra D.

153 - 2022 HMMG

» Estamos diante de um paciente vítima de acidente de moto com trauma em tórax a esquerda. Ao exame, apresenta-se dispneico, com murmúrio vesicular reduzido à
esquerda e com queda da saturação de oxigênio, que melhora com o suporte de O2 em máscara reinalante. Além disso, foi realizada uma radiografia de tórax em sala
de emergência que demonstra um pneumotórax: ausência de trama vascular formando um zona mais radiotransparente entre a linha pleural e a parede torácica. Agora,
estamos diante de um pneumotórax simples ou hipertensivo (de tensão)? Pela ausência de comprometimento hemodinâmico do nosso paciente, ou seja, taquicardia e
hipotensão arterial, e, ainda, a radiografia de tórax não mostra desvio do mediastino para o hemitórax contralateral, consideramos que esse caso se trata de um
pneumotórax simples.Resposta: letra C.
154 - 2022 ABC

» Estamos diante de uma paciente com trauma esplênico grau 2, com hematoma periesplênico, estável hemodinamicamente e com hemoglobina estável há 6 horas. O
trauma esplênico grau 2 é quando há hematoma subcapsular de 10-50% da superfície, hematoma intraparenquimatoso < 5cm de diâemetro, ou laceração capsular de 1
a 3 cm de profundidade, sem comprometimento dos vasos trabeculares. E qual é a conduta diante dos traumas esplênicos? Atualmente, a tentativa de preservação
esplênica é a regra e a cada vez menos se opera os pacientes com lesão esplênica. Para isso, o paciente deve preencher alguns requisitos: Estabilidade hemodinâmica
Exame abdominal negativo para irritação peritoneal Ausência de indicações precisas de laparotomia ou lesões associadas que necessitem de intervenção cirúrgica
Ausência de condições clínicas que aumentem sangramento (alterações de coagulação, insuficiência hepática) Lesões esplênicas graus I a III Logo, o paciente da
questão encaixa-se nos requisitos para a conduta conservadora, com observação e monitorização clínica e laboratorial constantes, além de suporte clínico. Resposta:
letra B.

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155 - 2022 USCS

» Estamos diante de um paciente politraumatizado que deve ser submetido ao atendimento segundo o ATLS. Na avaliação do A - vias aéreas e coluna: temos um paciente
já com colar cervical e prancha rígida que está falando frases, com vias aéreas pérvias, então podemos oferecer O2 suplementar sob máscara com reservatório. Na
avaliação do B - respiração: está eupneico, saturando 97% em ar ambiente, com murmúrios vesiculares presentes bilateralmente, porém com dor e crepitação em
clavícula e três costelas à esquerda. Não há lesão clara que coloque a vida em risco, mas num segundo momento solicitaremos uma radiografia de tórax para investigar
as possíveis fraturas de clavícula e costelas. Na avaliação do C - circulação: está estável hemodinamicamente, eucárdico, sem sinais de sangramento. Na avaliação do
D - neurológico: falando frases, abertura ocular ao chamado e movendo os membros ao comando. Ou seja, Glasgow de 13: TCE leve. E na avaliação do E - exposição: à
princípio sem alterações. Além do que foi visto apresenta otorragia à esquerda. Ou seja, além do O2 suplementar, já podemos solicitar alguns exames para ele visando
a avaliação secundária do trauma, uma vez que as condições mais graves associadas ao trauma já foram excluídas. Vamos analisar as alternativas em busca de quais
são as medidas que podem ser realizadas. Letra A: incorreta. O paciente não tem dor abdominal para pensarmos em FAST. Letra B: correta. A questão está correta,
não há nenhuma conduta que não deva ser realizada, mas tem algo faltando… Letra C: incorreta. O FAST não tem indicação neste caso. Letra D: correta. Para que
possamos retirar o colar cervical deste paciente e em virtude do trauma com TCE leve, o paciente precisa não só da TC de crânio mas também das radiografias de coluna
e tórax. Logo, esta é a alternativa mais completa e, portanto, nosso gabarito. Resposta: letra D.

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156 - 2022 HMMG

» Estamos diante de um paciente vítima de acidente de moto com trauma em tórax a esquerda. Ao exame, apresenta-se dispneico, com murmúrio vesicular reduzido à
esquerda e com queda da saturação de oxigênio, que melhora com o suporte de O2 em máscara reinalante. Além disso, foi realizada uma radiografia de tórax em sala
de emergência que demonstra um pneumotórax simples: ausência de trama vascular formando um zona mais radiotransparente entre a linha pleural e a parede
torácica, e não há desvio do mediastino para o hemitórax contralateral. Nesses casos, a conduta definitiva é a drenagem pleural fechada em selo d'água.Resposta: letra
D.

157 - 2022 SCMSJC

» Questão sobre a classificação de choque segundo o Colégio Americano de Cirurgiões e a perda sanguínea estimada. Nosso paciente encontra-se hipotenso, com FC 130
bpm, FR 35 ipm. Como já está hipotenso, sua classificação é de pelo menos grau III, e quando vemos a FC entre 120 e 140 bpm, confirmamos o diagnóstico de choque
grau III. Caso tivesse acima de 140 bpm seria grau IV. No choque hipovolêmico grau III, a perda sanguínea estimada é de 1.500 a 2.000 mL, correspondendo a 30 a 40%
da volemia. Resposta: letra B.

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158 - 2022 USCS

» Estamos diante de um trauma em criança de 7 anos com PA normal porém taquicárdico com 125 bpm, o que o levaria a uma classificação de choque grau III segundo o
Colégio Americano de Cirurgiões. O exame torácico e exame neurológico estão normais, porém tem dor abdominal. Foi realizado FAST que identificou pequena
quantidade de líquido livre. Muito foi discutido a respeito desta questão sobre a indicação cirúrgica imediata, que é prescrita na alternativa A. Mas veja bem… a banca
considerou que o paciente, por mais que estivesse taquicárdico, pode ser considerado estável hemodinamicamente e, diante disso, poderia ser submetido a TC para
investigação da dor abdominal e do líquido livre encontrado no FAST. Além disso, não podemos esquecer que no C do ATLS devemos iniciar reposição volêmica com
cristaloide aquecido 20 ml/kg em dois acessos venosos periféricos. O paciente ainda não tem indicação de hemocomponentes pelo quadroinformado. Diante disso, a
melhor resposta, considerando o paciente estável, fica na letra D. Resposta: letra D.

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159 - 2022 UNOESTE

» Vamos às alternativas: - Letra A: incorreta. De acordo com a regra LEMON, a abertura bucal < 3 dedos (cerca de 4,5 cm) do paciente é considerada fator preditivo de
intubação difícil. - Letra B: incorreta. A distância esterno-mentoniana < 12,5 cm é considerada fator preditivo de intubação difícil. - Letra C: correta. Mallampati III e IV são
considerados fatores preditivos de intubação difícil. - Letra D: incorreta. A distância tireo-mentoniana < 6 cm é considerada fator preditivo de intubação difícil. - Letra E:
incorreta. A ausência de dentes pode ser considerado fator preditivo de intubação difícil, mas ausência do terceiro molar inferior bilateralmente (dentes do siso) não.
Gabarito: letra C.

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160 - 2022 HCB - SP

» A questão deseja saber qual é o fármaco antifibrinolítico utilizado em pacientes politraumatizados com choque hipovolêmico. Este medicamento é o ácido tranexâmico,
que é usado em pacientes vítimas de trauma com lesões extensas e graves, sendo que o emprego precoce, dentro das primeiras três horas, parece aumentar a
sobrevida. A segunda dose, de 1 g, deve ser infundida nas próximas oito horas, em ambiente hospitalar. Mas qual é o mecanismo de ação do ácido tranexâmico? O seu
efeito antifibrinolítico é devido à formação, reversível, do complexo ácido tranexâmico-plasminogênio. Este processo retarda a fibrinólise, já que, embora a plasmina
esteja presente, encontra-se bloqueada pelo ácido tranexâmico e incapaz de promover a lise da fibrina, preservando o coágulo. Repare que o ácido tranexâmico atua
após a cascata de coagulação, não interferindo nesta etapa e nem altera os demais parâmetros como contagem de plaquetas, tempo de protrombina e tempo parcial de
tromboplastina. Resposta: ácido tranexâmico.
161 - 2022 REVALIDA - USP SP

» Na suspeita de lesão de uretra, antes de realizarmos a sondagem vesical, devemos afastar a possibilidade de lesão através de uma uretrocistografia retrógrada. Os
sinais que falam a favor deste tipo de lesão são: sangramento através do meato uretral, retenção urinária, hematoma perineal ou escrotal e suspeita de fratura de
pelve.Resposta: letra C.

162 - 2022 ABC

» Veja como a questão nos faz pensar em um pneumotórax hipertensivo: temos um paciente vítima de trauma chocado, taquipneico, redução da oximetria, com ausência
de murmúrio vesicular e hipertimpanismo em tórax esquerdo. O pneumotórax hipertensivo acontece quando o ar penetra na cavidade pleural de forma contínua e um
mecanismo valvular o impede de sair. Uma grande quantidade de ar sob pressão na cavidade pleural causa colapso no pulmão deste lado, com desvio da traqueia e
mediastino, compressão do pulmão contralateral e aumento da pressão intratorácica levando à redução do retorno venoso, ocasionando a turgência jugular. Estes
pacientes evoluem rapidamente à insuficiência respiratória, hipotensão e choque. Ou seja, o pneumotórax hipertensivo apresenta comprometimento ventilatório e
hemodinâmico. O diagnóstico é clínico e deve ser suspeitado em pacientes politraumatizados com hipotensão, redução ou abolição do murmúrio vesicular,
hipertimpanismo e turgência de jugular. É considerado erro solicitar exame de imagem para seu diagnóstico. Se disponível, o E-FAST, por outro lado, pode ser utilizado
para confirmação diagnóstica, mas desde que não atrase o tratamento. A conduta inicial deve ser a toracocentese de alívio, realizada rapidamente para descompressão
do hemotórax acometido e melhora dos parâmetros respiratórios e hemodinâmicos. E a conduta definitiva é a toracostomia com drenagem torácica fechada em selo
d’água. Resposta: letra E.

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163 - 2022 USCS

» Excelente questão sobre um paciente em pós operatório de hernioplastia incisional mediana “gigante” pós-laparotomia que evoluiu logo no primeiro dia após a cirurgia
com distensão abdominal, redução da diurese, piora da função renal e desconforto abdominal. O que pode ter acontecido com o paciente? Diante de uma hérnia
abdominal volumosa, ao reduzirmos o conteúdo herniado de volta ao abdome e realizarmos o fechamento da cavidade abdominal pode haver aumento de pressão
intraabdominal. Esse aumento pode causar a síndrome de compartimento abdominal (SCA). O valor normal da pressão intraabdominal (PIA) é em torno de 5 a 7 mmHg.
A hipertensão intraabdominal é definida com PIA maior ou igual a 12 mmHg, e a síndrome compartimental propriamente dita é quando a PIA está acima de 20 mmHg
acompanhada de disfunção de um ou mais órgãos. A PIA pode ser dividida em quatro graus: Grau I: 12 a 15 mmHg Grau II: 16 a 20 mmHg Grau III: 21 a 25 mmHg Grau
IV: > 25 mmHg. Ou seja, consideramos SCA quando temos uma PIA grau III ou IV. Agora quais alterações podem ser desencadeadas pela SCA? Quais órgãos mais
acometidos? Alterações abdominais: distensão progressiva e hipoperfusão da parede dificultando a cicatrização Alterações pulmonares: elevação do diafragma, aumento
de pressão de admissão na ventilação mecânica, hipoxemia e hipercapnia. Alterações cardiovasculares: redução no débito cardíaco e do índice cardíaco, aumento da
resistência vascular periférica, aumento da pressão venosa central e aumento da pressão capilar pulmonar. Alterações renais: redução na filtração glomerular e oligúria.
Alterações intestinais: hipoperfusão esplâncnica levando a acidose intramural e edema intestinal, que piora o quadro. Alterações neurológicas: elevação da pressão
intracraniana. O diagnóstico pode ser comprovado pela medida indireta da PIA. Na prática, ela é realizada pela medida da pressão intravesical via cateter de Foley. O
tratamento vai depender do valor da PIA. PIA > 20 mmHg: uso criterioso de volume, drenagem de coleções intraabdomianis. Caso haja sinais de disfunção orgânica
(alteração ventilatória, oligúria, …), ou TCE ou hipertensão intracraniana associados, indica-se a laparotomia descompressiva com confecção de peritoneostomia (bolsa
de Bogotá) PIA > 25 mmHg: laparotomia descompressiva com confecção de peritoneostomia sempre indicada. Logo, nosso paciente já tem clínica de SCA, só precisa
ser realizada a medida da PIA via pressão vesical e, caso esteja acima de 21 mmHg, estará indicada a laparotomia descompressiva. Resposta: letra B.

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164 - 2022 UNOESTE

» A ausência de murmúrio vesicular em hemitórax esquerdo associado ao timpanismo à percussão, hipotensão, taquicardia, cianose e turgência de jugulares corroboram
para o diagnóstico de pneumotórax hipertensivo à esquerda. O diagnóstico desta condição é clínico. O tratamento imediato consiste em toracocentese de alívio no 5º
espaço intercostal, entre as linhas axilares anterior e média do hemitórax acometido. O tratamento definitivo é a drenagem do hemitórax esquerdo. Gabarito: letra D.

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165 - 2022 USCS

» Estamos diante de um quadro muito comum diante da pandemia de COVID-19. Após intubação prolongada, a paciente apresenta-se com estridor laríngeo. O estridor
laríngeo nestes casos representa uma redução do calibre da via aérea. O ar, ao passar pela via aérea estenosada, gera o som do estridor identificado ao exame físico. A
conduta inicialmente é estudar melhor a via aérea para identificar a região de estenose e programar o tratamento definitivo. Para isso, solicita-se a TC de tórax com
reconstrução para broncoscopia digital e já podemos indicar dilatação traqueal com passagem de prótese endotraqueal. Resposta: letra C.

166 - 2022 SCMA - SP

» A cavidade retroperitoneal se localiza entre a parede posterior da caviadade abdominal e o peritônio, estendendo-se do diafragma até o assoalho pélvico. Nessa região
encontramos diversas estruturas, como o tecido gorduroso areolar, as glândulas adrenais, os rins, o duodeno e parte do cólon ascendente e descendente. A questão
deseja saber, dentre as alternativas, quais NÃO são estruturas retroperitoneais. Dentre as opções, a única estrutura que é torácica (nem abdominal é) é a veia cava
SUPERIOR.Resposta: letra A.

167 - 2022 HMASP

» O pneumotórax espontâneo primário é um pneumotórax que ocorre sem causa aparente, não relacionada a trauma ou doenças pulmonares conhecidas. E é mais
comumente causado pela ruptura de bolhas subpleurais em certa área debilitada do pulmão. É mais comum em homens altos longilíneos, com menos de 40 anos e
fumantes, e pode ser recorrente em até 50% dos casos. Resposta: letra D. As outra alternativas constam causas de pneumotórax secundário: DPOC, cirurgia pulmonar,
barotrauma e câncer de pulmão. Logo, não respondem corretamente à questão. Revisando sobre o tratamento: o pneumotórax simples pequeno, com menos de um
terço do volume pulmonar acometido, pode ser acompanhado clinicamente. Será indicada drenagem caso haja aumento do pneumotórax, necessidade de ventilação
mecânica ou transporte aéreo.

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168 - 2022 SMS - PIRACICABA

» Estamos diante de um menino que pela cinemática do trauma e pelas alterações que ele apresenta, como posição fletida, derrame laminar e distensão do cólon, sugere
que houve trauma do abdome superior e, neste caso, sem dúvidas, pode ter ocorrido também um trauma pancreático. Pensando nisso, a conduta deve incluir a dosagem
de amilase. Os níveis de amilase estão incluídos na admissão de todas as crianças com trauma abdominal. Embora a sensibilidade e a especificidade da amilase na
admissão pareça ser baixa, existe correlação estatística elevada entre medições seriadas de amilase elevada e a severidade da lesão. Os níveis de amilase podem não
ser úteis no diagnóstico até 3h após a lesão, mas valores seriados dos níveis de amilase têm importância na deteção de lesões pancreáticas, especialmente quando os
métodos de imagem são inconclusivos ou a clínica não indica para uma laparotomia de urgência em crianças com dor abdominal não específica. Resposta: letra C.

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169 - 2022 HMMG

» A escala de coma de Glasgow é consagrada na avaliação do paciente vítima de traumatismo cranioencefálico. Avaliamos a abertura ocular, a resposta verbal e a
resposta motora da seguinte forma: Abertura ocular: espontânea (4 pontos); a sons (3 pontos); à pressão (2 pontos); ausente (1 ponto); não testada (NT); Resposta
Verbal: orientado (5 pontos); confuso (4 pontos); palavras (3 pontos); sons (2 pontos); ausente (1 ponto); não testada (NT); Resposta motora: obedece a comandos (6
pontos); localiza (5 pontos); flexão normal (4 pontos); flexão anormal (3 pontos); extensão (2 pontos); ausente (1 ponto); não testada (NT); Nosso paciente ganha 1
pontos pela resposta ocular, 1 ponto pela resposta verbal e 2 pontos pela resposta motora, totalizando 4 pontos. Resposta: letra A.

170 - 2022 SCO

» Questão com alternativas sobre avaliação de sangramento oculto. Vamos à análise: Letra A: incorreta. Quando a bacia apresenta-se instável, ela (muito provavelmente)
é a origem do sangramento. Letra B: incorreta. Hemotórax pode ser diagnosticado clinicamente (não tão bem quanto o pneumotórax) e também através de
toracocentese, por exemplo. Letra C: incorreta. A fonte do sangramento intra-abdominal é determinada por tomografia de abdome com acurácia superior a 90%. Letra D:
correta. O FAST apresenta acurácia de até 95% para detecção de líquido intra-abdominal (sensibilidade de 85% e especificidade de 96%). Resposta: letra D.

171 - 2022 SMS - PIRACICABA

» As complicações associadas ao trauma pancreático, lesão fortemente suspeita pelo impacto e topografia do trauma contuso, e que se desenvolvem maioritariamente
quando existe uma lesão do ducto pancreático são: pancreatite necrotizante, hemorragia, abcessos, pseudocisto, fístula entérica e a falência de órgão que leva a uma
limitação da reserva fisiológica e requer tratamentos específicos. Para avaliar estas complicações devemos lançar mão do exames de imagem como a tomografia ou
ultrassonografia de abdome, por exemplo. Resposta: letra E.

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172 - 2022 HMMG

» Estamos diante de um paciente idoso vítima de queda de outro nível (de cerca de 10 metros), que foi realizada IOT no atendimento do APH. Na admissão hospitalar é
realizada a tomografia de crânio mostrada na imagem. A questão deseja saber do que se trata esta alteração. Nesse caso, estamos diante de uma lesão compatível com
hematoma subdural! Entre as lesões focais, trata-se da mais frequentemente encontrada, sendo a causa mais comum de efeito de massa no trauma cranioencefálico.
Idosos e alcoólatras (por aumento do espaço subdural secundário à atrofia cerebral) e pacientes em uso de anticoagulantes representam a população mais suscetível. A
TC de crânio é o exame de escolha, evidenciando uma imagem hiperdensa que acompanha a convexidade cerebral, justamente o que temos na imagem fornecida! Além
disso, podemos identificar também, devido ao efeito de massa do hematoma, o desvio das estruturas da linha mediana.ENTENDENDO A IMAGEMA banca trouxe uma
tomografia de cabeça sem contraste, no corte axial, que mostra alguns achados... 1) hematoma subdural recente: imagem hiperatenuante (branca) frontoparietal à
direita, que apresenta formato de crescente. Essa é uma hemorragia que acontece no espaço subdural, entre a dura-máter e a aracnoide-máter. Por ser uma lesão que
ocupa espaço dentro do crânio, tudo que está em volta sofre compressão, por isso, há desvio das estruturas para a esquerda. Uma forma de avaliar isso é olhar para as
estruturas da linha mediana... normalmente cada ventrículo lateral fica de um lado, mas nessa imagem não é possível encontrar o ventrículo lateral direito no seu lugar,
ele foi "empurrado" e "amassado". Mas não só o sistema liquórico foi deslocado, como também o parênquima cerebral... é isso mesmo que você está pensando... existe
herniação cerebral do tipo subfalcina; 2) hemorragia intraventricular: dentro da região posterior do ventrículo lateral esquerdo há duas "cores", a parte cinza é a
representação do liquor em si, e a parte branca é o sangue recente, formando o chamado nível líquido-líquido; 3) hemorragia extracraniana: há uma região
hiperatenuante fora do crânio, superficial ao hematoma subdural.Resposta: letra D.

173 - 2022 ABC

» Questão interessante! Estamos diante de um paciente vítima de ferimento de arma de fogo de grande calibre em face com indicação de proteção de vias aéreas. Mas
como vamos garantir a via aérea definitiva deste paciente?
Mesmo em pacientes com hemorragia extensa em via aérea e fraturas de mandíbula, a técnica preferencial para obtenção de via aérea consiste em, pelo menos, uma
tentativa de intubação orotraqueal. Mesmo em pacientes com trauma maxilofacial extenso, segundo a 10ª edição do ATLS, podemos realizar uma tentativa de
intubação orotraqueal. Deve-se aspirar o conteúdo, fazer a laringoscopia e tentar intubar. Em caso de falha devemos recorrer ao acesso cirúrgico da via aérea, como a
cricotireoidostomia. Vamos aproveitar para lembrar as indicações de via aérea cirúrgica: Trauma maxilofacial extenso, quando fragmentos dentários, sangue e
secreções dificultam a intubação orotraqueal Distorção anatômica cervical importante Incapacidade de visualização das cordas vocais devido ao acúmulo de sangue e
secreções, edema de via aérea ou após múltiplas tentativas Então a resposta poderia ser a intubação? Não. Veja bem… O conceito por trás desta questão é que trata-se
de uma lesão com grande avulsão tecidual da face devido ao projétil de grande calibre. Neste caso, é impossível realizar a tentativa de intubação oro ou nasotraqueal
devido à completa distorção anatômica e desfiguração da face. Logo, indica-se imediatamente a via aérea cirúrgica pela cricotireoidostomia cirúrgica. A traqueostomia
não deve ser utilizada como conduta inicial por ser mais demorada e mais difícil tecnicamente. Resposta: letra D.

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174 - 2022 SCO

» A questão faz algumas afirmativas sobre o Trauma Raquimedular (TRM) e deseja saber qual é a correta.Letra A: incorreta. A lesão secundária é decorrente de
inflamação, efeitos vasculares e toxicidade que agravam a lesão traumática mecânica primária. É justamente por isso que a fase do chamado "choque medular", quando
ocorre súbita despolarização axonal, pode reverter após 24-48h, momento ideal para uma reavaliação neurológica: se após este período o paciente mantiver disfunção
medular completa, dificilmente haverá recuperação posterior significativa.Letra B: correta. O choque medular pode levar à flacidez (perda de tônus muscular) e à perda
de reflexos que ocorrem imediatamente após a lesão da medula espinhal.Letra C: incorreta. Pacientes com lesões medulares ALTAS (torácicas altas - T6 ou acima)
podem cursar com a perda da inervação simpática para o coração e resultar em bradicardia ou incapacidade de responder com taquicardia à hipovolemia.Letra D:
incorreta. Na fase inicial do trauma medular grave, o paciente pode apresentar paralisia flácida arreflexa, seguida após algumas semanas de espasticidade, hiperreflexia
e sinal de Babinski.Resposta: letra B.
175 - 2022 UAM

» Vamos avaliar as alternativas: A- Correta: Embora não exista benefício de desfechos clínicos de maior relevância, existe racional teórico para reposição com coloide por
apresentar menor resposta inflamatória, menos coagulopatia e poder ser infundida em menor volume. B- Correta: Atualmente caminhamos para uma reposição volêmica
menos agressiva em geral, porém em situações de contusão pulmonar devemos ter atenção especial para evitar a hiper-hidratação; a hipertensão intracraniana deve ter
metas pressóricas bem definidas, considerando uma pressão de perfusão cerebral adequada e o risco de edema generalizado pela hidratação. C- Correta: Em altos
volumes, a solução fisiológica (cloreto de sódio 0,9%) induz acidose metabólica hiperclorêmica sem aumento do anion gap pela diluição do bicarbonato sérico. D-
Incorreta: Embora não existam evidências conclusivas que contraindiquem formalmente, o uso de salina hipertônica no contexto da disfunção renal pode resultar em
acidose hiperclorêmica, com redução do fluxo sanguíneo renal e redução da excreção de sódio. Respsota Letra D.

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176 - 2022 IGESP

» Estamos diante de um paciente vítima de acidente de moto. O paciente apresenta instabilidade hemodinâmica, queda importante na saturação e sinais de traumatismo
contuso de tórax. O paciente não apresenta sinais de compressão do mediastino (bulhas normofonéticas e sem estase jugular patológica), porém, com ausência de MV
em hemitórax direito. Neste contexto, devemos em duas grandes complicações: pneumotórax ou hemotórax. O grande divisor de águas acaba sendo a percussão, que
no pneumotórax se apresenta hipertimpânica e no hemotórax, submaciça. Como no caso, a percussão é submaciça, a grande hipótese é hemotórax. Confirmado,
sobretudo, pela radiografia. Resposta: letra D.

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177 - 2022 IGESP

» Estamos diante de um paciente vítima de acidente de moto. O paciente apresenta instabilidade hemodinâmica, queda importante na saturação e sinais de traumatismo
contuso de tórax. O paciente não apresenta sinais de compressão do mediastino (bulhas normofonéticas e sem estase jugular patológica), porém, com ausência de MV
em hemitórax direito. Neste contexto, devemos em duas grandes complicações: pneumotórax ou hemotórax. O grande divisor de águas acaba sendo a percussão, que
no pneumotórax se apresenta hipertimpânica e no hemotórax, submaciça. Como no caso, a percussão é submaciça, a grande hipótese é hemotórax. Confirmado,
sobretudo, pela radiografia. O tratamento para esta condição consiste em drenagem em sistema fechado, evidentemente, no hemitórax direito. Resposta: letra B.

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178 - 2022 UAM

» A tabela abaixo descreve a classificação da hemorragia em quatro classes com base nos sinais clínicos, sendo um instrumento útil para estimarmos a perda volêmica em
percentuais. Esses valores servem apenas como uma espécie de guia para a terapêutica inicial, uma vez que o sangramento pode ser continuado. A reposição
subsequente de volume é determinada pela resposta do paciente à primeira abordagem. Vale lembrar que a perda hemorrágica é a causa mais frequente de choque em
vítimas de politrauma. As fontes habituais de sangramento incluem: (1) lesões intra-abdominais (fonte mais comum), decorrente de acometimento de vísceras sólidas
(fígado e baço); (2) fraturas pélvicas; (3) lesões intratorácicas; e (4) fraturas de ossos longos. A questão deseja saber especificamente quais são os parâmetros clínicos
que indicam perda volêmica grau III em pacientes politraumatizados. Repare que, de acordo com a tabela, a hemorragia grau III, que corresponde a 31 a 40% do volume
sanguíneo, encontramos sinais clássicos de má perfusão, tais como, queda da pressão arterial sistólica, taquicardia importante (FC > 120 bpm), taquipneia (FR = 31 a
40) e alterações significativas no estado mental. Pacientes com esse grau de hemorragia já são candidatos à transfusão de concentrado de hemácias e hemoderivados.
No entanto, a prioridade na abordagem inicial é interromper a hemorragia, com cirurgia imediata ou, em casos selecionados, embolização angiográfica. Resposta: letra
D.

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179 - 2022 IGESP

» Em todo paciente chocado vítima de trauma, até que se prove o contrário, o choque é hemorrágica, ou seja, hipovolêmico. Devemos ressaltar que existem exceções,
como nos pacientes com penumotórax hipertensivo, que pode apresentar instabilidade por compressão do mediastino, ou seja, choque obstrutivo. Mas no caso em
questão, o nosso paciente apresenta um hemotórax volumoso, ou seja, de fato, trata-se de um choque hipovolêmico. Resposta: letra D.

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180 - 2022 SCO

» Para determinados a classificação de choque, devemos guardar apenas dois parâmetros: pressão arterial e frequência cardíaca. Lembra que se a pressão está dentro da
normalidade, classificaremos como classe I ou II. Já se o paciente estiver hipotenso, ele será um classe III ou IV. A frequência cardíaca é classificada da seguinte forma:
Classe I: < 100 bpm; Classe II: Entre 100 e 120 bpm; Classe III: Entre 121 e 140 bpm; Classe IV: > 140 bpm. A nossa paciente apresenta pressão arterial de 70x40 mmHg
e frequência cardíaca de 130 bpm. Portanto, trata-se de uma paciente classe III. De acordo com o ATLS, nos pacientes classes I e II, deve ser realizada apenas a
reposição com solução cristaloide aquecida. Num paciente classe III, já está recomendado a reposição com hemoderivados além da resposição com cristaloide. Por fim,
no paciente classe IV, já lançamos mão de transfusão maciça. Resposta: letra B.

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181 - 2022 HSL

» Estamos diante de um paciente vítima de colisão automobilística com trauma em tórax e abdome à esquerda. Ao exame, chega à Unidade de Pronto Atendimento (UPA)
com leve taquicardia e tendendo à hipotensão arterial. Além disso, apresenta um hematoma em hipocôndrio esquerdo, o que sugere lesão esplênica que pode justificar
as alterações hemodinâmicas apresentadas pelo nosso paciente. Após reposição volêmica na UPA, o paciente apresenta melhora da frequência cardíaca e da pressão
arterial. Diante desse caso, a melhor conduta é a transferência para um centro de referência ao trauma para a realização de uma tomografia computadorizada COM
contraste endovenoso (visto que a não utilização de contraste não visualiza adequadamente lesões de vísceras sólidas e sangramentos ativos) para elucidação da
etiologia de um possível sangramento intrabdominal e, na sequência, optar pela conduta conservadora com avaliações clínicas ou hemogramas seriados ou até mesmo a
laparotomia exploradora caso o paciente não responda à reposição volêmica e apresente foco de sangramento mantido.Resposta: letra A.
182 - 2022 IGESP

» Estamos diante de um paciente que apresenta um hemotórax à direita e instabilidade hemodinâmica. A pressão arterial de 70x40 mmHg e a frequência cardíaca de 130
bpm. Para definir a classe de um choque hipovolêmico, devemos guardar apenas dois parâmetros, a pressão e a frequência cardíaca. Se o paciente estiver hipotenso, já
sabemos que se trata de um choque classe III ou IV. A FC é estratifcada da seguinte forma nos graus de choque: classe I - < 100 bpm, classe II - entre 100 e 120, classe
III - > 120 bpm e classe IV - > 140 bpm. Portanto, o caso descrito se refere a um paciente classe III. Resposta: letra B.

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183 - 2022 SCMA - SP

» A questão apresenta um paciente de 25 anos, vítima de queda de motocicleta. O paciente é admitido imobilizado em prancha rígida, com colar cervical, "head block" e
curativo em fratura exposta em membro inferior esquerdo, sem evidências de sangramento. Segundo o fluxograma de atendimento inicial do ATLS (ABCDE), a primeira
conduta consiste em garantir a via aérea do paciente. Resposta: letra C.

184 - 2022 IGESP

» Estamos diante de um paciente que apresenta um hemotórax à direita e instabilidade hemodinâmica. A pressão arterial de 70x40 mmHg e a frequência cardíaca de 130
bpm. Para definir a classe de um choque hipovolêmico, devemos guardar apenas dois parâmetros, a pressão e a frequência cardíaca. Se o paciente estiver hipotenso, já
sabemos que se trata de um choque classe III ou IV. A FC é estratifcada da seguinte forma nos graus de choque: classe I - < 100 bpm, classe II - entre 100 e 120, classe
III - > 120 bpm e classe IV - > 140 bpm. Portanto, o caso descrito se refere a um paciente classe III. De acordo, com o ATLS, em pacientes classe I e classe II, a reposição
deve ser somente com cristaloide. Já nos classes III e IV, já devemos lançar mão de reposição com hemoderivados, sendo que nos classe IV, já devemos iniciar o
protocolo de transfusão maciça (10 unidades de concentrado de hemácias em um adulto dentro de um período de 24 horas, ou necessidade do uso de mais de 3 ou 4
unidades de concentrados de hemácias por hora). Em pacientes vítimas de trauma, o uso de ácido tranexâmico dentro das primeiras 3 horas de trauma também
mostrou redução da mortalidade. Resposta: letra A.

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185 - 2022 CMC

» Você está diante de uma paciente vítima de politrauma que, no pré-hospitalar já foi iniciada reposição volêmica e ácido tranexâmico. Na admissão encontra-se:A: vias
aéreas pérveas e cervical imobilizada.B: ausculta normal à esquerda, com escoriações a direita, associado a diminuição do murmúrio em base do mesmo lado. Ausência
de hipertimpanismo (descartando pneumotórax hipertensivo). C: apresenta taquicardia, hipotensão arterial (sinais de choque hemorrágico), sem sinais de
tamponamento cardíaco (turgência ou abafamento de bulhas). Não há lesão de pelve ou sinais de hemorragia peritoneal.D: Glasgow 14, sem alterações de pupilas ou
déficits focais.E: sem lesões ameaçadoras a vida. Foi realizada uma radiografia de tórax que mostra velamento torácico a direita, que, junto ao quadro clínico (choque
hemorrágico) sugere presença de hemotórax. Vamos à análise das alternativas: Letra A: incorreta. Não há hipertimpanismo ou imagem radiológica compatível com esse
diagnóstico. Letra B: correta. Como dito acima, é o diagnóstico mais provável. Letra C: incorreta. A atelectasia não cursa com choque hemorrágico e nem com velamento
de seio costofrênico. Letra D: incorreta. Paciente não apresenta turgência jugular ou abafamento de bulhas para pensar em tamponamento cardíaco. Resposta: letra B.

186 - 2022 HBP - RP

» Você está diante de um paciente adulto jovem, portador de asma não controlada, cursando com quadro de dispnéia SÚBITA associado a DOR TORÁCICA. Ao exame
apresenta redução do murmúrio vesicular a direita, queda da saturação de O2 e a radiografia de tórax mostra pneumotórax (espontâneo) a direita. Vamos à análise das
alternativas: Letra A: incorreta. O paciente com broncoespasmo teria sibilos e não cursaria com dor Letra B: correta. Como já dito, esse é um quadro clínico característico
de pneumotórax espontâneo. Letra C: incorreta. Na embolia pulmonar o enunciado normalmente nos dá dicas da origem da embolia (presença de sintomas de TVP ou
mesmo presença de fibrilação atrial), ou o ECG mostraria padrão S1Q3T3 ou mesmo apresentaria opacidade triangular à radiografia. Letra D: incorreta. Paciente com
isquemia miocárdica não apresenta diminuição do murmúrio vesicular e raramente apresenta dor à direita. Resposta: letra B.

187 - 2022 SCMA - SP

» Paciente hipotensa que se apresenta com líquido livre na cavidade abdominal tem o diagnóstico de choque hemorrágico. Costumamos dividir pacientes com hemorragia
em graus de acordo com a perda volêmica estimada, o que permite também definir o tratamento. Isso, por sua vez, é feito a partir de parâmetros clínicos que permitem
fazer tal estimativa. No grau I, temos perda < 15% do sangue corporal; no grau II, o valor fica entre 15 e 30%; já no grau III, temos perda de 30 a 40%; finalmente, no
grau IV, a perda é > 40%. Acompanhe pela tabela: uma paciente agitada, hipotensa, com FC de 132 bpm e FR de 28 irpm é melhor classificada como choque grau III. A
partir desta classe, já indicamos infusão de cristaloides com concentrado de hemácias. Por definição, a transfusão maciça é caracterizada pelo emprego de > 10 UI de
concentrado de hemácias nas 24 horas iniciais de admissão (ou > 4 UI em uma hora). Essa medida fica indicada no grau IV. Resposta: letra A.

188 - 2022 IGESP

» Na criança, os sinais precoces de hipovolemia são taquicardia e má perfusão da pele. Podemos observar ainda desaparecimento dos pulsos periféricos, estreitamento da
pressão de pulso (para menos de 20 mmHg), pele mosqueada, extremidades frias (quando comparada com a pele do tronco) e diminuição do nível de consciência com
resposta lenta a estímulos álgicos (uma pressão sistólica considerada normal é igual ao valor de 70 mmHg somada ao dobro da idade em anos). Mediante hipovolemia, a
conduta imediata envolve a reposição agressiva do volume intravascular; segundo o ATLS e as diretrizes do Pediatric Advanced Life Support (corroboradas pela SBP), a
fluidoterapia expansora se baseia na administração de cristaloides (soro fisiológico ou Ringer lactato), no volume de 20 ml/kg, no mínimo a cada 20 minutos na primeira
hora (totalizando três etapas). Resposta: letra C.

189 - 2022 SCO

» Questão conceitual e direta! Todo paciente, vítima de trauma, HIPOTENSO, até se prove o contrário, apresenta choque hemorrágico e hipovolêmico, ou seja, o paciente
está sangrando. A hemorragia é a principal causa de morte evitável em um cenário de trauma. Por isso, é fundamental a identificação rápida e o controle da hemorragia,
bem como a reposição volêmica. Não à toa, esta condição deve ser pesquisada no item C do ABCDE do trauma. Este item significa avaliação hemodinâmica (circulation)
e controle da hemorragia. Resposta: letra B.

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190 - 2022 HBP - RP

» Você está diante de um paciente adulto jovem, portador de asma não controlada, cursando com quadro de dispnéia SÚBITA associado a DOR TORÁCICA. Ao exame
apresenta redução do murmúrio vesicular a direita, queda da saturação de O2 e a radiografia de tórax mostra pneumotórax (espontâneo) a direita. Temos então um
quadro clínico típico de pneumotórax espontâneo.Vamos à análise das alternativas: Letra A: incorreta. Corticoide inalatório e ventilação em pressão positiva é uma das
modalidades de tratamento para asma, não para pneumotórax. Letra B: incorreta. Pacientes com pneumotórax não podem ser submetidos a pressão positiva sem
drenagem torácica prévia. Letra C: correta. O tratamento do pneumotórax pode ser conservador (em pequenos pneumotórax), aspiração (pela válvula de Heimlich) ou
drenagem em selo d'água. Letra D: incorreta. A anticoagulação é indicada para tratamento de TEP, que não é o caso do paciente em questão. Resposta: letra C.

191 - 2022 SCMA - SP

» A questão apresenta um paciente de 50 anos, vítima de colisão carro versus árvore, admitido com intensa dor torácica e marca de volante em hemitórax esquerdo
(trauma torácico contuso de alta energia). Ao exame, apresenta via aérea pérvia, aparelho respiratório normal, abafamento de bulhas, taquipneia, taquicardia,
hipotensão e turgência jugular. Qual o provável diagnóstico? Estamos diante de um paciente, vítima de trauma torácico, que apresenta a tríade de Beck: hipofonese de
bulhas, hipotensão e turgência jugular. Isso caracteriza um tamponamento cardíaco. O melhor tratamento para essa moléstia consiste numa toracotomia. Entretanto, o
tratamento de emergência consiste na realização de uma pericardiocentese. Resposta: letra D.

192 - 2022 CMC

» A contusão pulmonar revela-se um quadro potencialmente grave, mas comumente tratado de forma conservadora. O quadro é geralmente associado ao tórax instável e
é caracterizado por uma lesão do parênquima pulmonar. A clínica compreende dor torácica, fratura de costelas, tórax instável, dispneia, hipoxemia e diminuição da
ausculta respiratória. O tratamento, em linhas gerais, é conservador e reside em analgesia associada à hidratação cautelosa e fisioterapia respiratória. Resposta: letra C.

193 - 2022 USCS

» Estamos diante de um paciente de sete anos com queda da própria altura sem perda da consciência, com escoriação e exame físico normal, mas que apresentou dois
episódios de vômito após o trauma. Mesmo com exame neurológico normal, o relato dos vômitos é considerado um fator independente que indica a necessidade de
tomografia de crânio para avaliação do TCE. Logo, a melhor conduta para este caso seria a resposta da letra B. Mas a banca liberou como gabarito a letra A e não
aceitou os recursos propostos. Resposta da banca: letra A. Resposta Medgrupo: letra B.

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194 - 2022 UAM

» Nesta questão temos um paciente jovem, vítima de ferimento por arma de fogo em membro inferior direito. Não há alteração de pulsos ou de movimentação. Não há
sinais de hemorragia ativa.Temos então um paciente sem complicações iniciais do ferimento, o que nos dá tempo para melhor avaliação local, que é realizada através de
exame de imagem.Vamos à análise das alternativas: A: Correta: paciente estável hemodinamicamente, sem sinais de sangramento ou ausência de pulsos, melhor
alternativa é a realização de doppleer (ou angiotomografia, mas o doppler é preferência pela agilidade); B: Incorreta: a exploração cirúrgica seria indicada em caso de
instabilidade hemodinâmica ou ausência de pulsos; C: Incorreta: lesão em trajeto de femorais é potencialmente grave, portanto paciente não pode ser encaminhada para
ambulatório antes de avaliação pormenorizada; D: Incorreta: não é indicado o fechamento total pelo risco de fasceíte; Resposta: Letra A.

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195 - 2022 HMASP

» A escala de coma de Glasgow modificada é utilizada para crianças menores de 5 anos, visto que existem limitações na avaliações das respostas verbal e motora. A
abertura ocular é semelhante a dos adultos, logo a criança pontua 4, visto que apresenta abertura espontânea. Com relação as demais avaliações, segue os seguintes
parâmetros e pontuações: - Resposta verbal: (5) verbaliza normalmente ou balbucia; (4) verbaliza menos que o normal, choro irritadiço; (3) chora em resposta a dor; (2)
gemido em resposta a dor; (1) ausente. - Resposta motora: (6) movimentos espontâneos normais; (5) localiza estímulos dolorosos (apenas crianças > 9 meses); (4)
retirada inespecífica; (3) decorticação; (2) descerebração; (1) ausente. Logo, a criança em tela apresenta pontuação de 4 e 5 nas respostas verbal e motora,
respectivamente, totalizando assim um escore de 13. Resposta: letra C.

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196 - 2022 SCO

» De acordo com ATLS, a maioria das lesões por PAF no abdome são tratadas com abordagem cirúrgica. De acordo com esta referência, em mais de 98% dos casos com
violação do peritônio, o paciente vai apresentar lesão intraperitoneal significativa. Ou seja, em mais de 90% das lesões na PAREDE ANTERIOR DO ABDOME encontramos
lesões intrabdominais e, por isso, a laparotomia é quase sempre indicada. A intensidade cada vez maior dos projéteis de arma de fogo justifica esta conduta. Além disso,
nos casos de trauma PENETRANTE, quando o paciente apresentar choque e/ou peritonite e/ou evisceração não há o que discutir: a conduta é a LAPAROTOMIA
EXPLORADORA!Resposta: letra A.

197 - 2022 UAM

» Questão em que o aluno deve prestar atenção na principal informação do paciente: ele esteve um período INTUBADO! Neste momento apresenta uma dispneia com
desconforto respiratório progressivo e sinais que no exame físico demonstrando o esforço respiratório (coragem e sibilos). Um sinal que também poderia ser descrito é o
estridor laríngeo, no entanto, pode não estar presente em todos os casos. Apesar de ter sido uma intubação por período relativamente curto, a injúria isquêmica causada
pelo cuff do tubo orotraqueal leva a um processo de estenose cicatricial desenvolvendo então uma estenose traqueal. Este paciente não tem nenhum antecedente
clínico que sugira o diagnóstico de asma aguda ou mesmo bronquite, lembrando também que estas duas condições não tem uma correlação direta com o fato deste
paciente ter permanecido algum tempo intubado. Em relação às bronquiectasias, a sua apresentação clínica mais comum é por meio de infecções de repetição, algo que
no quadro clínico do paciente atual não está presente. Resposta: letra C.

198 - 2022 IGESP

» Esse tipo de questão cai todo ano! Não vamos deixar esse conceito passar: O órgão mais acometido no trauma abdominal contuso é o baço. Já o órgão mais atingido no
trauma abdominal penetrante por arma branca é o fígado. Por fim, o órgão mais acometido no trauma penetrante por arma de fogo é o intestino delgado. Resposta: letra
D.

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199 - 2022 CMC

» O tórax instável ocorre quando um segmento da parede torácica perde continuidade com o restante da caixa torácica; esta condição é ocasionada mais frequentemente
por fraturas de dois ou mais arcos costais consecutivos, sendo que cada arco costal esteja fraturado em pelo menos dois pontos. A separação costocondral, mesmo que
aconteça em apenas um arco costal, também pode levar à instabilidade torácica. A respiração paradoxal é a consequência imediata do tórax instável; nesses pacientes,
a região torácica, não mais em continuidade com a caixa torácica, "encolhe" durante a inspiração (vítima da pressão intrapleural negativa) e sofre um abaulamento
durante a expiração; este fenômeno produz uma excursão torácica ineficiente, o que leva a um aumento do trabalho em respirar e hipoventilação alveolar. O hemotórax
se manifesta como uma síndrome de derrame pleural. O que caracteriza o pneumotórax hipertensivo é a entrada de ar unidirecional (mecanismo de válvula), sob
pressão, levando ao colapso do pulmão ipsilateral e desvio do mediastino. Ocorre desvio do mediastino com compressão do pulmão contralateral, ocasionando
insuficiência respiratória; o desvio mediastinal também leva à angulação dos vasos da base, fenômeno que dificulta o retorno venoso e provoca turgência jugular. Já
o pneumotórax simples é todo aquele que não apresenta desvio do mediastino, podendo ser decorrente tanto do trauma torácico penetrante quanto fechado. Resposta:
letra B.

200 - 2022 ABC

» A presença de hemotímpano e equimose retroauricular (hematoma temporal) após TCE em criança de 3 anos indica a realização de tomografia de crânio, segundo o
protocolo do ATLS, mesmo que a criança não apresente alteração do nível de consciência (Glasgow 15) e mantenha bom estado geral, visto que existe alta chance de
fratura do osso temporal ou da base de crânio. Outras indicações de realização de tomografia em crianças seriam redução no escore de coma de Glasgow, fraturas
palpáveis de crânio, hematoma occipital, história de perda de consciência > 5 segundos, mecanismo grave de trauma ou relato dos pais sobre comportamento anormal
da criança. Resposta: letra A.

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201 - 2022 UAM

» O paciente apresenta como principal hipótese diagnóstica a presença de uma estenose traqueal, relacionada ao fato de ter sido intubado durante um período na unidade
de terapia intensiva. Ao suspeitar-se desta patologia a principal conduta diagnóstica é “olhar” a estenose traqueal por meio de uma broncoscopia. Muitas vezes a
broncoscopia poderá ser terapêutica quando associada a procedimentos de dilatação da estenose. Um exame que também poderia ser realizado como recurso inicial,
mas não tão acurado quanto a broncoscopia é a tomografia computadorizada de pescoço e tórax, mas como não está entre as alternativas não gera dúvida para o aluno.
A radiografia de tórax dificilmente é capaz de avaliar a presença de estenose traqueal devido à própria limitação do exame que não apresenta resolução suficiente para
evidenciar estenoses traqueais estreitas. Uma hipótese diagnóstica errada prejudica todo o atendimento do paciente, neste caso, pensar em uma exacerbação asmática
ou mesmo uma bronquite aguda, levaria a tentar diagnosticar a presença de distúrbios obstrutivos das vias aéreas inferior com espirometria ou provas de peak-flow e
tratar com broncodilatadores e corticoide. Devido ao diagnóstico incorreto, o tratamento adequado não pode ser realizado nem a alta do paciente considerada neste
momento devido ao quadro franco de insuficiência respiratória aguda. Resposta: letra C.

202 - 2022 HAOC

» Paciente com rebaixamento do nível de consciência, sintomas neurológicos e com histórico de TCE há dois meses foi submetido à tomografia de crânio evidenciando
uma imagem hipodensa que acompanha a convexidade cerebral, ou seja, uma imagem em crescente, nos faz pensar obrigatoriamente em um HEMATOMA SUBDURAL. A
abordagem do hematoma com desvio de linha média de 5 mm ou mais é CIRÚRGICA! A drenagem deve ser realizada através de craniotomia ampla. Deve-se ressaltar
que o prognóstico é sombrio, geralmente por conta das lesões parenquimatosas adjacentes, sendo a mortalidade de até 60%.Resposta: Hematoma subdural; drenagem.

203 - 2022 UAM

» A questão deseja saber, dentre as alternativas, qual NÃO é uma indicação de toracotomia de urgência no trauma. Antes de analisarmos as alternativas, vamos a um
conceito importante: à abertura cirúrgica do tórax damos o nome de toracotomia. Ela é necessária em menos de 10% dos traumatismos contusos e em cerca de 15-30%
dos traumatismos penetrantes torácicos. Em alguns pacientes, o trauma é torácico é grave a ponto de indicar a toracotomia de urgência; esses pacientes devem ser
encaminhados ao centro cirúrgico tão logo seja finalizada a avaliação inicial na sala de trauma. Mas quais são as principais indicações de toracotomia de urgência no
trauma? - Hemotórax maciço, com drenagem imediata de 1500 ml ou mais de sangue pelo dreno tubular de toracostomia ou saída de 200 ml/h nas duas a quatro horas
iniciais; - Instabilidade hemodinâmica persistente, necessitando de transfusões recorrentes; - Lesões penetrantes na parede torácica anterior com tamponamento
cardíaco; - Feridas da caixa torácica de grandes dimensões ou transfixante de mediastino; - Lesões de vasos nobres no tórax na presença de instabilidade
hemodinâmica; - Evidência de perfuração esofagiana; - Fístula pleural traumática de alto débito. Dentre as alternativas, a única que não apresenta indicação de
toracotomia de urgência no trauma é a contusão pulmonar difusa com tórax instável. Nesses casos, a conduta se baseia no suporte com analgesia e oxigênio
suplementar. Caso o paciente persista com hipoxemia, podemos indicar a intubação orotraqueal. Resposta: letra D.

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204 - 2022 HAOC

» Estamos diante de um paciente vítima de queda de moto com trauma em crânio (sendo intubado na cena), abdome e membro inferior direito. Ao exame, encontra-se
estável hemodinamicamente e, por isso, foi submetido à tomografia computadorizada de abdome com contraste. A questão mostra as imagens na fase arterial desta TC
(repare a aorta "brilhando" pelo contraste) e deseja saber qual é o órgão lesado e a melhor conduta neste momento. Pela tomografia, não há pneumoperitônio (que
apareceria como uma lâmina preta em crescente na região superior do abdome, e há uma pequena quantidade de líquido livre periesplênica (imagem cinza,
representando sangue proveniente de uma lesão esplênica). Além disso, observamos uma lesão no baço: descontinuidade do parênquima esplênico, mas não há blush
ou sinais de lesão de hilo esplênico/desvascularização - caracterizando no máximo uma lesão esplênica grau III. Como o paciente está estável hemodinamicamente e não
possui uma lesão com sangramento ativo ou desvascularização extensa ele está elegível ao tratamento não operatório.Resposta: Baço; Tratamento não operatório.

205 - 2022 REVALIDA - USP SP

» Estamos diante de um lactente de dois meses trazido ao pronto-socorro após uma crise convulsiva tônico-clônica há duas horas por queda da cama enquanto trocava as
fraldas. Além do mecanismo no mínimo estranho de trauma, o paciente apresenta hematomas em região de costela e hemorragia retiniana bilateral. Ora, nesses casos,
devemos pensar em maus tratos e na síndrome do bebê sacudido (Shaken Baby Síndrome). Esta síndrome é causada por violenta movimentação da criança, quando
segurada pelos braços ou tronco. Esta ação provoca o choque entre a calota craniana e o tecido encefálico deslocado, ocorrendo desde micro hemorragias, por rupturas
de artérias e veias, até hemorragias maciças de veias subdurais e rompimento de fibras do tecido nervosos. Clinicamente, observam-se hemorragias intracranianas e
hemorragias retinianas. Nesses casos, devemos realizar uma tomografia de crânio para confirmar as hipóteses diagnósticas e radiografar os ossos longos em busca de
fraturas induzidas por maus tratos.Resposta: letra C.
206 - 2022 REVALIDA - USP SP

» Estamos diante de um lactente de dois meses trazido ao pronto-socorro após uma crise convulsiva tônico-clônica há duas horas por queda da cama enquanto trocava as
fraldas. Além do mecanismo no mínimo estranho de trauma, o paciente apresenta hematomas em região de costela e hemorragia retiniana bilateral. Ora, nesses casos,
devemos pensar em maus tratos e na síndrome do bebê sacudido (Shaken Baby Síndrome). Esta síndrome é causada por violenta movimentação da criança, quando
segurada pelos braços ou tronco. Esta ação provoca o choque entre a calota craniana e o tecido encefálico deslocado, ocorrendo desde micro hemorragias, por rupturas
de artérias e veias, até hemorragias maciças de veias subdurais e rompimento de fibras do tecido nervosos. Clinicamente, observam-se hemorragias intracranianas e
hemorragias retinianas.Resposta: letra C.

207 - 2022 SCO

» O tamponamento cardíaco associado ao trauma é mais comum com lesões penetrantes torácicas, mas temos outras causas, como: traumas cardíacos fechados com
ruptura miocárdica, dissecções traumáticas da aorta ascendente, lesões das porções intrapericárdicas da veia cava inferior e superior e lesão de segmentos de artéria e
veias pulmonares envoltos pelo pericárdio (A CORRETA e D INCORRETA). As manifestações clínicas incluem veias do pescoço distendidas, cianose em graus variados e
hipotensão ou choque. A tríade de Beck – veias distendidas do pescoço, bulhas abafadas e hipotensão – está presente em apenas 30 a 40% dos casos, geralmente em
casos graves. Em um paciente francamente chocado com todos os componentes da tríade de Beck, o tratamento definitivamente não envolve vasodilatadores (B
INCORRETA). O tratamento do tamponamento consiste em toracotomia de emergência ou esternotomia, realizadas por cirurgião qualificado. Caso estes procedimentos
não possam ser empreendidos de imediato, uma intervenção em caráter PROVISÓRIO inclui a pericardiocentese subxifoidiana com agulha de ponta romba (C
INCORRETA). Resposta: letra A.

208 - 2022 SCO

» Estamos diante de um paciente vítima de trauma de tórax, que apresenta sinais de insuficiência respiratória. Durante o atendimento inicial foram realizadas a intubação
orotraqueal e uma radiografia de tórax na sala de trauma, que mostra consolidações em ambos os hemitórax (o que indica contusão pulmonar) e também revela a sonda
nasogástrica dentro do estômago, porém em topografia do hemitórax esquerdo, sugerindo uma hérnia diafragmática traumática! Mas como isso ocorre? No trauma
fechado, a ruptura do diafragma é causada pelo aumento abrupto da pressão intra-abdominal, que causa a laceração diafragmática. O quadro clínico é amplamente
variável: a herniação de estruturas abdominais para o tórax pode ser inteiramente assintomática ou mesmo cursar com hipoxemia e insuficiência respiratória, como é o
caso do paciente da questão. Um dado interessante que podemos destacar é que a lesão do lado ESQUERDO é mais diagnosticada do que a do lado direito. A justificativa
para tal fato é a presença do fígado, que acaba dificultando a herniação de qualquer conteúdo pelo lado direito. De acordo com o ATLS, essas lesões geralmente
apresentam entre 5-10 cm e acometem a parede póstero-lateral esquerda.Resposta: letra C.

209 - 2022 SCO

» A questão traz uma definição sobre uma das consequências do trauma de tórax e deseja saber qual é patologia associada.Letra A: correta. O tórax instável ("flail chest")
ocorre quando um segmento da parede torácica perde a continuidade óssea com o resto da caixa torácica, associando-se geralmente a fraturas múltiplas, como a
presença de duas ou mais costelas fraturadas em dois ou mais lugares ou então na ocorrência de desinserção costocondral. O segmento fraturado perde a continuidade
com a caixa torácica, justificando a grande marca clínica desta condição: respiração paradoxal - a região torácica, não mais em continuidade com a caixa torácica,
"encolhe" durante a inspiração (vítima da pressão intrapleural negativa) e sofre um abaulamento durante a expiração.Letra B: incorreta. O hemotórax maciço é
considerado toda vez que encontramos um acúmulo rápido de mais de 1.500 ml ou um terço ou mais do volume sanguíneo do paciente na cavidade torácica. O
diagnóstico é feito pela associação de choque, murmúrio vesicular ausente e macicez à percussão do hemitórax envolvido. As jugulares estão colabadas devido à
hipovolemia.Letra C: incorreta. O pneumotórax simples (não hipertensivo, como veremos na explicação da alternativa D) tem gênese semelhante ao pneumotórax
hipertensivo, porém não há desvio do mediastino ou hipotensão arterial.Letra D: incorreta. Chamamos de pneumotórax hipertensivo o pneumotórax que ocorre quando o
ar penetra na cavidade pleural de forma contínua e um mecanismo valvular o impede de sair. Desta forma, acumula-se na cavidade pleural uma grande quantidade de
ar sob pressão, causando colapso do pulmão ipsilateral ao pneumotórax, balanço mediastinal para o outro lado (o ar empurra a traqueia e os vasos da base), compressão
do pulmão contralateral (gerando insuficiência respiratória), e aumento da pressão intratorácica levando à redução do retorno venoso, o que ocasiona turgência jugular e
hipotensão ou choque.Resposta: letra A.

210 - 2022 SCMRP

» Estamos diante de uma mulher, 29 anos, gestante (37 semanas), vítima de agressão, que deu entrada no PS com quadro de sangramento vaginal, sinais de instabilidade
hemodinâmica e abdome com hematomas em hemiabdome esquerdo. Diante deste contexto, sem dúvidas, a conduta mais adequada é realizar a reposição volêmica
inicial da paciente com 2 acessos periféricos e ringer lactato aquecido. Um detalhe muito importante é que no atendimento com a nossa paciente em decúbito, por ser
gestante, pode acontecer uma hipotensão relativa por haver compressão do útero na veia cava. Por isso, devemos deslocar o útero para esquerda para "sair de cima" da
veia cava. Por último, devemos investigar a causa do sangramento através de exames ultrassonográficos. Portanto, gabarito: letra D.

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211 - 2022 UAM

» Estamos diante de um paciente jovem vítima de colisão automobilística que está hemodinamicamente instável mesmo após a reposição volêmica. Além disso, o paciente
apresenta hálito alcoólico e rebaixamento do nível de consciência, o exame do abdome é duvidoso. Diante deste contexto, o foco hemorrágico pode ser tórax, abdome
ou pelve. A grande suspeita é que o foco hemorrágico seja abdominal, a melhor forma de confirmar esta hipótese em um paciente instável é lançando mão de uma
ultrassonografia FAST ou mesmo lavagem peritoneal diagnóstica. Dentre as alternativas, só temos como possibilidade a lavagem peritoneal diagnóstica, se esta pesquisa
vier positiva, o próximo passo deve ser a laparotomia exploradora. Resposta: letra A.

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212 - 2022 FAMERP

» Trata-se de um paciente politraumatizado, instável hemodinamicamente, relatando dor abdominal intensa e cujo FAST foi positivo. Sem sombra de dúvidas, a melhor
conduta nesse momento seria indicar laparotomia exploradora e a reposição volêmica deveria ocorrer durante o intraoperatório. A tomografia computadorizada
abdominal é totalmente inapropriada em pacientes instáveis. Gabarito: letra A.

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213 - 2022 SCMRP

» Nosso paciente foi vítima de acidente de moto de alta energia e é admitido taquicárdico, taquipneico e normotenso em pronto-socorro. Mas agora, o que nos chama a
atenção? É o exame físico do tórax, sem dúvida alguma. A ausência de murmúrio vesicular em base pulmonar direita somado à macicez à percussão do tórax nos faz
considerar imediatamente o hemotórax como o principal diagnóstico. Além disso, a radiografia de tórax nos mostra uma imagem opaca, em parábola, no hemitórax
direito, que, em um contexto de trauma, fala à favor de um hemotórax. Nesses casos, a conduta é a realização de drenagem pleural em selo d'água, com o dreno
posicionado no 5o espaço intercostal, anterior à linha axilar média. Analisando as demais alternativas, podemos descartar a contusão pulmonar, pois os achados
radiológicos geralmente se desenvolvem ao longo de horas após o trauma (24 a 48h), a não ser que seja uma condição mais grave, quando observamos consolidações
difusas na radiografia de tórax; já o pneumotórax hipertensivo traria maiores repercussões hemodinâmicas ao nosso paciente, como hipotensão e taquicardia, além de
um raio-x de tórax com uma imagem radiotransparente em ápice pulmonar; uma lesão diafragmática também traria mais repercussões hemodinâmicas e a radiografia
de tórax mostraria herniação de órgãos abdominais para o tórax; por fim, o quilotórax até poderia ser uma hipótese diagnóstica para um derrame pleural, porém
pensando em um cenário de trauma e à direita, este diagnóstico se mostra pouco provável. Resposta: letra C.

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214 - 2022 FAMERP

» A questão apresenta uma vítima de politrauma por atropelamento, com rebaixamento do nível de consciência (RNC) e já com a via aérea protegida por meio de
intubação orotraqueal (IOT). A paciente ainda estava instável hemodinamicamente, motivo pelo qual foi realizado um FAST, que evidenciou líquido livre por todas janelas
abdominais. Sabemos que em casos de trauma com provável necessidade de transfusão maciça, apenas os exames convencionais (contagem de plaquetas, TTPa e TAP),
não são suficientes para diagnosticar um distúrbio de coagulação multifatorial. Isso ocorre devido ao fato deles analisarem apenas amostra do plasma e não levarem em
consideração a interação dos fatores de coagulação com as plaquetas, elementos celulares do sangue e endotélio vascular. Sem contar que esses exames são realizados
a 37ºC, o que anula o efeito da hipotermia muitas vezes presente no trauma. Diante disso, a tromboelastografia (TEF) e a tromboelastometria rotacional (ROTEM) ao
avaliarem o sangue total e na temperatura do paciente permitem uma análise mais fidedigna do processo de coagulação, desde a inciação, formação, estabilização e lise
do coágulo. Na análise do ROTEM, quando temos um fechamento abrupto da curva do coágulo, significa que a Lise Máxima (ML) está maior que 15%, e isso indica
hiperfibrinólise. Dos itens apresentados, é o ácido tranexâmico (transamin) que é usado como anti-fibrinolítico. Portanto, resposta: letra D.

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215 - 2022 FAMERP

» Estamos diante de um paciente politraumatizado que na avaliação primária do ATLS apresenta redução do murmúrio vesicular à esquerda com percussão timpânica.
Trata-se de um pneumotórax. A conduta indicada corretamente pelo médico assistente foi a drenagem de tórax. Entretanto, o que fazer quando encontrarmos vísceras
abdominais na cavidade torácica durante a drenagem de tórax? Neste caso, devemos pensar em lesão diafragmática com herniação das vísceras abdominais para a
cavidade torácica. O trauma diafragmático é geralmente causado pelo aumento brupto da pressão intra-abdominal durante o trauma e pode apresentar clínica variável.
Pode ser assintomática ou cursar com sinais de insuficiência respiratória, hipoxemia ou simular um pneumotórax, que foi o caso apresentado. O tratamento se dá pela
drenagem de tórax associada a correção da lesão diafragmática. Tal correção pode ser feita por videolaparoscopia caso o paciente esteja estável ou por laparotomia,
caso esteja instável. Vamos às alternativas: Letra A: incorreta. A drenagem de tórax precisa ser realizada, independente do método de correção da lesão
diafragmática. Letra B: correta. O ideal neste caso seria manter a drenagem protegendo as vísceras e prosseguir com o paciente para o centro cirúrgico para fazer o
tratamento definitivo da lesão diafragmática. Letra C: incorreta. A drenagem segundo a última edição do ATLS deve ser realizada no 5º espaço intercostal entre as
linhas axilares anterior e média, sobre a costela inferior. A presença de vísceras abdominais não muda a indicação. Letra D: incorreta. A laparotomia pode ser indicada
para o tratamento definitivo da lesão, mas a drenagem de tórax não deve ser interrompida. Resposta: letra B.

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216 - 2022 SCMV

» A questão faz algumas afirmativas sobre a exposição do paciente com trauma durante o exame primário e deseja saber qual é a correta. Antes de mais nada, vamos
lembrar que o atendimento ao politraumatizado deve seguir o protocolo ABCDE do ATLS, ou seja, esse atendimento deve seguir o exame primário (avaliação primária) e
tem como objetivo a identificação e o tratamento prioritário das lesões que implicam em risco de vida. Devemos conduzir esta etapa com base numa sistematização do
atendimento universalmente conhecida pelo mneumônico "ABCDE", onde a letra "E" se refere à exposição e controle do ambiente (prevenção da hipotermia). Visto isso,
vamos às alternativas. - Letras A e B: incorretas. A vítima de politrauma sempre deve ser despida e examinada dos pés à cabeça, idealmente em ambiente extra-
hospitalar. As lesões em região dorsal, o envolvimento do períneo e os traumas penetrantes, ainda não diagnosticados, podem ser revelados. Após esta avaliação, o
paciente deve ser aquecido com cobertores térmicos para evitar hipotermia, não devendo permanecer desprotegido até a chegada ao hospital. - Letra C: incorreta.
Apesar da hipotermia ser um dos problemas graves ao paciente, a exposição do mesmo é sempre necessária para revelar possíveis traumas ainda não diagnosticados.
Para evitar a hipotermia, o paciente deve ser aquecido com cobertores térmicos e a temperatura da sala de reanimação deve estar adequada. - Letra D: correta. Durante
o atendimento da vítima de trauma no ambiente extra-hospitalar, onde muitas vezes a temperatura é baixa, favorecendo à hipotermia, deve-se priorizar a exposição
somente de partes necessárias para a investigação de lesões ainda não diagnosticadas. Resposta: letra D.

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217 - 2022 FAMERP

» Estamos diante de um paciente vítima de ferimento por arma branca na transição toracoabdominal esquerda há duas horas. Ao exame físico, encontra-se levemente
taquicárdico e taquipneico, além de apresentar diminuição do murmúrio vesicular à esquerda. Após a avaliação inicial, o paciente é submetido a uma tomografia que
evidencia pneumotórax laminar à esquerda. Qual a conduta no momento? Estamos diante de um paciente, vítima de ferimento em transição toracoabdominal com
pneumotórax laminar. Tradicionalmente, todos os pacientes vítimas de ferimentos em transição toracoabdominal (especialmente à ESQUERDA) necessitam de uma
LAPAROSCOPIA DIAGNÓSTICA ou de uma TORACOSCOPIA DIAGNÓSTICA. A tomografia computadorizada (TC), um exame utilizado com muita frequência e que pode
fornecer informações valiosas sobre lesões traumáticas, infelizmente, apresenta algumas limitações. Uma delas consiste na dificuldade do exame em visualizar lesões
diafragmáticas. Por esse motivo, nosso paciente NECESSITARÁ de um exame que analise o diafragma sob visualização direta, como uma toracoscopia ou uma
LAPAROSCOPIA. A necessidade de drenagem torácica, nesses casos, é controversa na literatura. Entretanto, nosso paciente necessitará de uma laparoscopia, e,
obviamente, necessitará ser INTUBADO para o procedimento. Sabemos que exposição do paciente à ventilação com pressão positiva pode perpetuar o pneumotórax, e,
em função disso, a maioria dos autores indica a drenagem, nesses casos. Logo, nosso paciente necessitará de drenagem de tórax, preferencialmente na emergência.
Resposta: letra A.

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218 - 2022 SCMRP

» Estamos diante de um paciente vítima de TCE grave após queda de moto. Ao exame, apresenta-se com trauma facial grave com sangramento profuso em cavidades oral
e nasal. Além disso, pontua 8 na Escala de Coma de Glasgow (ECG): 2 pontos de resposta ocular (abertura ocular aos estímulos de pressão), 2 pontos de resposta verbal
(emitia gemidos incompreensíveis) e 4 pontos de resposta motora (membros movimentavam-se com flexão de retirada ao estímulo álgico). A questão deseja saber qual
é a conduta imediata a ser realizada ainda na sala de emergência. Ora, analisando o caso clínico, temos duas indicações claras de via aérea definitiva para o nosso
paciente: para proteção de via aérea pelo sangramento profuso em face e pela pontuação na ECG menor ou igual a 8. A primeira alternativa de via aérea definitiva seria
a intubação orotraqueal ou nasotraqueal, porém o trauma facial complexo dificultaria o procedimento, e a possibilidade de fratura de base de crânio contraindicaria a via
de acesso pelo nariz. Já a Máscara Laríngea (ML) não é considerada uma via aérea definitiva e também encontraríamos dificuldades em introduzí-la por conta do trauma
facial complexo. Quando a intubação endotraqueal não for conseguida ou não puder ser obtida, métodos transitórios de acesso à via aérea, como a ML, podem ser
tentados até que um acesso cirúrgico à via aérea seja empreendido. A cricotireoidostomia por punção também consiste em outro método transitório de acesso à via
aérea e deve ser realizada sempre que existir indicação cirúrgica de se acessar a via aérea e a manobra tenha que ser realizada em segundos, sem atraso algum. Por
fim, a cricotireoidostomia cirúrgica é obtida de forma rápida através de incisão transversal cervical sobre a membrana cricotireoide. Já a traqueostomia deve ser evitada
e encarada como método de exceção no atendimento inicial, podendo ser recomendada como método cirúrgico de se acessar a via aérea em crianças com menos de 12
anos. Resposta: letra E.

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219 - 2022 FMJ

» Trata-se de um paciente pediátrico cursando com bradipneia, bradicardia e Glasgow ≤ 8. O procedimento mais adequado nesse momento, de acordo com o PALS, é
garantir a perviedade das vias aéreas desse paciente, através da intubação orotraqueal. Resposta: letra D.

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220 - 2022 FAMERP

» Trata-se de um paciente politraumatizado, com acometimento da região cervical, cursando com insuficiência respiratória, rouquidão, enfisema subcutâneo, dor e
crepitação em região cervical anterior. Inevitável pensar em fratura de laringe, considerando os achados de rouquidão e enfisema subcutâneo. Nesses casos, é possível
tentar a intubação orotraqueal. Em caso de insucesso, devemos optar por garantir a via aérea de outra forma. O combitube (letra A) estaria contraindicado pelo risco de
alteração anatômica secundária ao trauma cervical. A fratura de laringe é contraindicação relativa à cricotireoidostomia cirúrgica (letra C). Sendo assim, a traqueostomia
(letra B) torna-se a melhor opção. Gabarito: letra B.

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221 - 2022 SCML

» Estamos diante de um paciente politraumatizado estável hemodinamicamente, com exame torácico normal, porém abdome plano, doloroso, com hematoma de parede
mas sem descompressão brusca. Como estava estável e seu abdome não é considerado cirúrgico, foi encaminhado à TC, que demonstrou laceração no córtex renal
direito com profundidade menor que 1 cm e sem extravasamento urinário. Ou seja, estamos diante de um trauma abdominal fechado com trauma de rim. O trauma
renal se manifesta mais frequentemente com hematúria, mas associado a isto podem ser encontrados também equimoses em flanco e fratura em arcos costais
posteriores. A TC é o melhor exame para seu diagnóstico, e deve ser solicitada para avaliação do grau da lesão renal e também da função renal. Quando, por exemplo,
não há captação de contraste pelo rim acometido, associado à não excreção de contraste, suspeitamos de lesão de artéria renal com exclusão renal. Nestes casos, em
pacientes estáveis, pode ser realizada arteriografia para confirmação diagnóstica e tentativa de recuperar o órgão. Os graus de lesão renal vão de I a V: Grau I:
contusão com hematúria macro ou microscópica, e estudos urológicos normais; ou hematoma subcapsular não expansivo, sem laceração renal. Grau II: hematoma
perirrenal não expansivo confinado ao retroperitônio renal; ou laceração cortical < 1 cm de profundidade sem extravasamento urinário Grau III: laceração cortical > 1 cm
de profundidade sem ruptura do sistema coletor e sem extravasamento urinário. Grau IV: laceração estendendo-se do córtex até a medula e o sistema coletor; ou lesão
da artéria ou veia renais com hemorragia contida. Grau V: laceração com fragmentação total do rim; ou avulsão do hilo renal, com desvascularização do órgão.
Podemos classificar as lesões renais em menores quando graus de I a III, e maiores quando graus IV e V. As maiores são quando há lesão na via excretora ou lesão
vascular importante. Em pacientes instáveis, a conduta sempre será a cirurgia para controle vascular. A conduta nos pacientes estáveis vai depender da classificação
das lesões. Em lesões menores pode ser iniciado tratamento conservador com repouso de sete dias; considerar antibioticoterapia e repetir TC com contraste um mês
depois para confirmar a resolução do processo. As lesões grau IV tem conduta controversa na literatura, mas a tendência atual é de não serem cirúrgicas. E caso haja
extravasamento de contraste na fase arterial, pode ser utilizada a embolização angiográfica. As lesões grau V, por sua vez, sempre indicam nefrectomia. Diante disso,
temos que nosso paciente, com laceração cortical menor que 1 cm sem extravasamento urinário é classificado em grau II, e pode ser indicada a ele a conduta
conservadora não cirúrgica. Resposta: letra C.

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222 - 2022 SCMV

» A questão faz algumas afirmativas sobre a isquemia tecidual cerebral após o trauma craniano e deseja saber quais estão corretas. - Afirmativa I: incorreta. Os primeiros
estágios da lesão cerebral após o trauma cranioencefálico (TCE) são carcterizados pelo dano tecidual direto e regulação prejudicada do metabolismo. Esse padrão
semelhante à isquemia leva ao acúmulo de ácido lático devido à glicólise ANAERÓBIA. - Afirmativas II e III: corretas. Como o metabolismo anaeróbio é inadequado para
manter os estados de energia celular, ocorre falha nas bombas de íons de membrana dependentes de energia, aumento da permeabilidade da membrana celular e
consequentemente gera edema celular pelo extravazamento de líquido. Resposta liberada pela banca: letra B. Resposta MEDGRUPO: letra C.

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223 - 2022 FAMEMA

» Antes de respondermos a essa questão é necessário relembrarmos a classificação das lesões hepáticas e a manobra de Pringle. Por falar nisso, você se lembra o que é
essa manobra e quando ela pode ser realizada? A manobra de Pringle consiste no clampeamento com pinça vascular das estruturas do ligamento hepatoduodenal
(cóledoco, artéria hepática e veia porta). É utilizada em casos de lacerações hepáticas profundas com sangramento protuso (o que pode ocorrer nas lesões graus III e IV).
Este procedimento permite a diferenciação entre sangramentos provenientes de ramos da veia porta ou ramos da artéria hepática, que param de sangrar, daqueles
oriundos do segmento retro-hepático da veia cava inferior e veia cava retro-hepática, que não param. Diante disso, se temos um sangramento hepático que não cessou
nem após a manobra de Pringle, quer dizer que temos provavelmente uma lesão hepática ainda mais grave, com lesão de um desses vasos (veia cava inferior ou retro-
hepática). Isso já classica o trauma hepático como no mínimo grau V. Certo, mas então o que fazer nesses casos dessas lesões hepáticas gravíssimas com sangramento
que não cessam? Nesse caso, pode ser tentada uma conduta "heróica" como o famoso shunt átrio caval, que nada mais é, do que um desvio ou bypass do sangue que
passaria pelo fígado ou por esse segmento da veia cava lesado. Nesse procedimento um tubo orotraqueal ou dreno de tórax pode ser usado, para realizar uma
comunicação direta entre a veia cava infra-hepática (antes do sangramento) e o átrio direito. Dessa forma, seria possível abordar o local da lesão sem a presença de
sangramento ativo. Vale lembrar que este procedimento tem sido abandonado por muitos serviços devido a sua elevada mortalidade. Avaliando as alternativas: Letra A:
incorreta. O Empacotamento com compressas é a medida inicial em qualquer sangramento hepático, pode inclusive ser deixado como ponte para o tratamento
definitivo, no caso da cirurgia de controle de danos. Nesse caso, porém, não seria suficiente para conter um sangramento de um vaso do porte da veia cava. Letra B:
incorreta. O Patch omental, ou seja, colocar um segmento do omento maior no interior do parênquima, entre os bordos de uma laceração hepática e suturá-lo para
contenção de hemorragia intra-parenquimatosa, também não é capaz de conter um sangramento da veia cava. Letra C: correta. Como descrito acima é o único
procedimento "heróico" que potencialmente permitiria uma chance de reparo da lesão. Letra D: incorreta. A veia cava inferior acima das veias renais (veia cava inferior
supra-renal) não é um vaso que pode ser ligado (amarrado) ou embolizado, pois comprometeria todo o retorno venoso abdominal, pélvico e dos membros inferiores.
Resposta: letra C.

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224 - 2022 SCML

» A manobra de Pringle consiste no clampeamento das estruturas do ligamento hepatoduodenal (colédoco, artéria hepática e veia porta). Ela serve para reduzir a
vascularização hepática, visualizar melhor as lesões e facilitar o controle vascular do fígado no trauma hepático. Ele pode ser clampeado por até 30 minutos sem
comprometimento isquêmico do parênquima. Resposta: letra D.

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225 - 2022 SCMV

» Existem situações nas quais a toracotomia é tão urgente que deve ser feita ainda na sala de trauma: a famosa toracotomia de reanimação ou toracotomia de
emergência, e é justamente o que a nossa questão deseja saber. Vamos entender? Vítimas de trauma torácico (penetrante ou fechado) que se encontram inconscientes
e sem pulso apresentam parada circulatória, nesses casos conhecida como Parada Circulatória Traumática (PCT). As principais causas de PCT incluem hipovolemia,
pneumotórax hipertensivo, tamponamento cardíaco, herniação cardiopulmonar fechada e contusão miocárdica grave. Uma toracotomia de ressucitação (reanimação), na
própria sala de emergência, se encontra indicada nesses casos. Em centros capacitados e treinados neste procedimento, a sobrevida pode alcançar 10% ou mais. Na
ausência de cirurgiões, uma pericardiocentese por agulha pode ser feita, se houver qualquer suspeita de tamponamento cardíaco. Na toracotomia de reanimação, uma
toracotomia anterolateral esquerda (no nível do 4º ou 5º espaço intercostal) é realizada ainda na sala de trauma. Com isso, realizamos o afastamento do pulmão para o
clampeamento da aorta descendente e acesso ao pericárdio, que é aberto com uma incisão vertical e anterior, paralela ao nervo frênico. Com esta toracotomia,
podemos: realizar a massagem cardíaca interna; acessar lesões cardíacas e abordar o tamponamento cardíaco; abordar hemorragia intratorácica; tratar a embolia
gasosa em casos de hipotensão mais grave. Resposta: letra C.

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226 - 2022 FAMEMA

» Para entendermos a principal complicação do bloqueio intercostal, basta nos lembramos da anatomia do feixe vásculo-nervoso intercostal (veja a figura em anexo).
Lembre-se que esse feixe é paralelo aos arcos costais e passa posterior e inferiormente ao bordo inferior de cada costela. Aliás, é por isso que quando vamos realizar a
toracostomia com drenagem torácica em selo d'água devemos passar o dreno pelo bordo superior da costela. Realizamos a passagem do dreno dessa forma, justamente,
para evitarmos lesar esse feixe que passa inferiormente ao bordo ósseo. Agora que lembramos desses detalhes anatômicos, podemos responder a questão com mais
tranquilidade. Se a veia e a artéria intercostal estão praticamente protegidas pela parte posterior da costela, a lesão mais comum, ao adentrarmos com uma agulha
nesse espaço, é o pneumotórax, tendo em vista que as pleuras estão há milímetros do nervo intercostal. Resposta: letra B.

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227 - 2022 FAMEMA

» Hipertensão abdominal ocorre quando os valores da pressão intra abdominal (PIA), ultrapassam 12mmHg. A forma mais difundida de realizar essa medida é de forma
indireta, com sonda vesical de demora (Foley) acoplada ao sistema de medição contínua. Existem outras formas como: uso de dispositivos intragástricos, intracolônicos
ou até catéter de veia cava. Na população pediátrica a medida, por via cateter vesical segue a regra de 1ml/kg de volume intra-vesical com valores mínimo de 3ml em
neonatos e máximo de 25ml em crianças maiores. Já em adultos há divergência na literatura. O consenso internacional recomenda injeção de 25ml, enquanto o Sabiston
indica 50ml. Resposta oficial: letra C Opinião Medgrupo: duas respostas, letras C e D.

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228 - 2022 SMA - VR

» A questão faz algumas afirmativas sobre a broncoscopia e deseja saber a incorreta. Antes de mais nada, vamos entender o que é uma broncoscopia. Este exame permite
avaliar a traqueia, os brônquios e parte dos pulmões. A broncoscopia é feita através da introdução na boca ou no nariz de um tubo (o broncoscópio), que possui na sua
extremidade uma câmera de vídeo e uma fonte de luz fria. Agora sim, vamos às alternativas. - Letras A, B e C: corretas. A broncoscopia pode ser tanto diagnóstica
quanto terapêutica. A diagnóstica pode ser realizada quando há hemoptise, em casos de tosse sem causa definida ou quando há alguma suspeita de lesão de via aérea
em uma tomografia computadorizada cervical ou torácica. Além disso, o exame pode ser utilizado para a realização de um aspirado brônquico, na suspeita de
tuberculose ou pneumocistose pulmonar, e até mesmo para um lavado broncoalveolar, quando o pulmão é irrigado com soro fisiológico e posteriormente aspirada a
secreção para casos de doença pulmonares difusas. Já a broncoscopia terapêutica está indicada quando há necessidade de se aspirar secreções espessas que geram
atelectasias, para remoção de corpo estranho ou para remoção de pequenos tumores pulmonares. - Letra D: incorreta. Como todo exame endoscópico, durante a
broncoscopia há risco de broncoaspiração, se o paciente se encontrar sedado e sem proteção de via aérea (não intubado). - Letra E: correta. A broncoscopia é uma
técnica segura e amplamente utilizada, mas existem possíveis riscos e complicações. Dentre os riscos mais comuns incluem a sensibilidade nas vias aéreas e hemoptise.
Já entre as complicações mais raras, podemos citar o broncoespasmo, arritimias, pneumotórax e instabilidade hemodinâmica. Resposta: letra D.

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229 - 2022 SMA - VR

» A questão deseja saber qual é o sinal clínico mais comum nos pacientes que sofreram lesão por explosão. Dentre as alternativas, apesar de todas poderem acontecer nos
casos de trauma por explosão, a perfuração do tímpano é a mais comum. De acordo com a cinemática do trauma, a primeira fase é a responsável pela onda de choque
atingir preferencialmente estruturas ocas ou cheias de ar, como o barotrauma pulmonar, intestinal e no ouvido; já a segunda fase é responsável pelo impacto dos
fragmentos, causando ferimentos corto contusos, contusões fechadas associadas a edemas e lesões penetrantes que podem ficar empalados no crânio, olhos e pescoço.
A avaliação do ouvido e a região timpânica acontece na fase secundária do atendimento devido à lesão não oferecer risco imediato à vítima. A perfuração traumática da
membrana timpânica causada pelo impacto devido à pressão causa dor grave repentina, por vezes, seguida por sangramento do ouvido, perda auditiva e zumbido. A
perda auditiva é mais grave nos casos de desarticulação de cadeia osteoarticular ou lesão de orelha interna. O sinal clínico mais comum nesses casos é a vertigem e o
tratamento é manter os ouvidos secos, controle de hemorragia na região e isolamento acústico. Resposta: letra A.

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230 - 2022 SEMAD

» Vamos analisar as alternativas: Letra A: correta. Na queimadura de face existe um risco alto de lesão térmica da árvore traqueobrônquica e, consequentemente,
formação de edema nessa região. Letra B: correta. O hematoma cervical em expansão pode comprimir a via aérea. Letra C: incorreta. No pneumotórax hipertensivo, a
intubação pode promover progressão do mesmo e levar o paciente a uma piora muito importante. Neste contexto, devemos primeiro descomprimir o pneumotórax,
através de uma toracocentese de alívio, e, posteriormente, realizarmos a intubação orotraqueal. Letra D: correta. A presença de estridor é sinal clínico de obstrução da
via aérea superior portanto indicação clássica para realizarmos a proteção da mesma. Letra E: correta. Em pacientes com TCE grave (Glasgow < ou igual a 8) existe um
alto risco de broncoaspiração. Resposta: letra C.

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231 - 2022 IFF

» Vamos analisar a Escala de Coma de Glasgow para o paciente. Abertura dos olhos à dor: 2 pontos Resposta verbal incompreensível: 2 pontos Resposta motora de
extensão: 2 pontos Somatório: 6 pontos. Resposta: letra B.

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232 - 2022 UHG

» Questão interessante sobre as principais manobras realizadas em laparotomias, tanto em cirurgias eletivas, como no trauma. Vamos avaliar as alternartivas para
relembrarmos cada uma dessas manobras: Letra A: incorreta. Manobra de Kocher ou Vautrin-Kocher é a rotação medial (ou sagitalização) do duodeno e da cabeça do
pâncreas para acesso ao retroperitônio. Não faz parte dessa manobra a liberação da vesícula biliar do leito hepático. Letra B: correta. Manobra de Mattox consiste
exatamente ao que foi descrito nessa alternativa. Ao acessar o rim esquerdo, cauda pancreática e aorta abdominal permite, tanto a correção cirúrgica de lesões nessas
estruturas em casos de trauma, como também ressecções cirúrgicas dessas estruturas em cirurgias eletivas e programadas. Letra C: incorreta. Manobra de Pringle é o
clampeamento temporário do ligamento hepatoduodenal, envolvendo as estruturas do hilo hepático e, portanto, da tríade portal para auxílio no manejo de sangramentos
hepáticos. A manobra descrita na alternativa refere-se ao primeiro passo das gastrectomias e pancreatectomias. Letra D: incorreta. Manobra de Catell ou Catell-Braasch
é a abertura da goteira parieto-cólica direita, rebatendo as alças, de lateral direito para medial, visando expor as estruturas retroperitoniais do lado direito. No entanto, o
rim direito e a veia cava inferior não são rebatidos em conjunto como descrito na alternativa. Resposta: Letra B.

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233 - 2022 UNIGRANRIO

» A conduta inicial e rápida do pneumotórax hipertensivo é a sua punção, a toracocentese, com o objetivo de transformá-lo em um sem hipertensão, melhorando
imediatamente o desconforto respiratório e os parâmetros hemodinâmicos. Também de acordo com a última edição do ATLS, esse procedimento em adultos
(principalmente naqueles com parede torácica espessa) pode ser realizado no 4º ou no 5º espaço intercostal, entre a linha axilar média e anterior. Após a incisão, com o
auxílio de uma pinça hemostática (pinça de Kelly), o cirurgião divulsiona os tecidos até acessar a cavidade pleural. Em seguida, introduz seu dedo indicador para checar
o trajeto. Só após este procedimento, o dreno é passado. É importante lembrarmos que o dreno deve ser passado próximo à margem superior do arco costal (pois na
margem inferior passam os feixes vasculonervosos). No acompanhamento do paciente em drenagem intercostal, em selo dágua, é importante a avaliação periódica do
débito pelo dreno. Resposta: letra D.
234 - 2022 SMA - VR

» A questão faz algumas afirmativas sobre o FAST (Focused Assessment for Sonography in Trauma) e deseja saber qual é a INCORRETA. - Letra A: incorreta. o FAST tem
sido utilizado no pronto-socorro ou na sala de trauma rotineiramente e vem substituindo com sucesso o Lavado Peritoneal Diagnóstico (LPD) nos casos de pacientes
instáveis hemodinamicamente e que não toleram a tomografia computadorizada de tórax e abdome. - Letra B: correta. Na cavidade abdominal e pelve, o FAST detecta
com maior sensibilidade coleções superiores a 250 ml. Quando realizado por profissionais com excelente treinamento, o exame apresenta a mesma acurácia do LPD.
Além disso, pode ser repetido com maior frequência. Além disso, o FAST identifica co, grande acurácia líquido em cavidade pericárdica. - Letra C: correta. O objetivo
principal do método é identificar líquido na cavidade abdominal, que pode ser tanto sangue quanto conteúdo extravasado de víscera oca. - Letra D: correta. o FAST
identifica com grande acurácia líquido em cavidade pericárdica e tem sido utilizado para o diagnóstico rápido do pneumotórax hipertensivo, por isso faz parte
fundamental da avaliação do suporte avançado à vida no trauma. - Letra E: correta. As áreas examinadas correspondem ao espaço hepatorrenal, ao espaço
esplenorrenal e à pelve (fundo de saco de Douglas). Embora o foco da atenção primária seja a cavidade peritoneal, o espaço pleural e o pericárdico também são
examinados. Resposta: letra A.

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235 - 2022 SMA - VR

» Sabemos que, diante de um paciente politraumatizado, independentemente da etiologia e gravidade do ocorrido, o atendimento inicial consiste no fluxograma ABCDE,
segundo o ATLS. Vamos relembrar o fluxograma ABCDE: - A: Avaliação das vias aéreas e estabilização da coluna cervical; - B: Avaliação da respiração e ventilação; - C:
Avaliação do sistema circulatório; - D: Avaliação do sistema neurológico; - E: Exposição do controle do paciente e avaliação do ambiente. Assim, a única alternativa
relacionada ao item A da avaliação inicial (vias aéreas e estabilização da coluna) é a letra E. As alternativas B, C são relacionadas à avaliação da circulação. A alternativa
A se relaciona à avaliação neurológica. A alternativa D, por fim, se relaciona à exposição do paciente, item final na avaliação inicial. Gabarito: letra E.

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236 - 2022 SEMAD

» A questão deseja saber qual é a conduta frente a um paciente vítima de ferimento por arma branca em abdome que, durante a laparotomia exploradora, evidenciou uma
lesão linear de 5 cm em cólon transverso sem extravazamento de fezes na cavidade. Para o cirurgião realizar o reparo primário no trauma das lesões colônicas, todos os
seguintes critérios devem ser preenchidos: (1) comprometimento de menos de 50% da circunferência da alça; (2) o paciente deve se encontrar estável
hemodinamicamente; (3) o diagnóstico deve ser precoce, nas primeiras quatro a seis horas; (4) ausência de lesão vascular colônica; e (5) necessidade de menos de seis
unidades de concentrado de hemácias durante a reanimação. As vítimas que não preencherem todos os critérios acima e se encontrarem estáveis hemodinamicamente,
podem se submeter à ressecção da porção do cólon acometida, seguida de anastomose primária. Já na presença de hipotensão e choque, a realização de anastomose
primária encerra um risco proibitivo de deiscência (falência da anastomose). Nesses casos, o cirurgião pode ressecar o segmento colônico envolvido, deixando o trato
gastrointestinal em descontinuidade. Repare que o enunciado traz que o tempo de evolução foi de 1,5 hora e, associado à não contaminação da cavidade, por ser uma
lesão pequena e o paciente se apresentar estável hemodinamicamente, podemos tentar um reparo primário da lesão. Gabarito: letra C.

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237 - 2022 SMA - VR

» Pessoal, o paciente vítima de choque hipovolêmico revela-se predisposto à tríade letal, composta, essencialmente, por: acidose, hipotermia e coagulopatia. Esse sistema
de retroalimentação revela-se uma adversidade importante diante do paciente vítima de trauma. Por esse motivo, para pacientes vítimas de trauma, hipovolêmicos, e
que necessitam de tratamento cirúrgico, adota-se a cirurgia de controle de danos. Vamos aproveitar a questão e relembrar a cirurgia de controle de danos: - Primeiro
tempo: controle de infecção (ressecar alças e sepultar cotos, drenagens, lavagens) e controlar sangramento (ligaduras, rafias, patches, compressas nos 4 quadrantes).
Diagnóstico rápido da lesão, fechamento temporário (vácuo, Bogotá, peritoneostomia); - Segundo tempo: terapia intensiva - controle da tríade letal (acidose,
coagulopatia e hipotermia); - Terceiro tempo: revisão cirúrgica em 48-72h (tratamento definitivo definitivo). Gabarito: letra A.

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238 - 2022 INTO

» A questão te apresenta um paciente com rebaixamento de consciência com Escala de Coma de Glasgow no valor de 8, e logo na letra A sugere corretamente a intubação
orotraquealm, indicada em pacientes com Glasgow menor ou igual a 8. Também relata no enunciado que o paciente apresenta movimento paradoxal do tórax, sugerindo
tórax instável, citado na letra B. Sugere ainda na letra C a passagem do colar cervical que, junto da imobilização da coluna com prancha rígida e coxins laterais faz parte
da avaliação da letra A no ATLS. E também cita na alternativa D a punção de dois acessos calibrosos periféricos para infundir cristalóide aquecido, presente na letra C do
ATLS. Entretanto, apesar das alternativas fazerem parte em algum momento do atendimento inicial ao paciente politraumatizado, a conduta inicial em uma cena de
trauma sempre deve ser garantir a segurança da cena sinalizando a via de tráfego. A abordagem no atendimento inicial ao paciente politraumatizado requer avaliação
rápida das lesões e aplicação de medidas terapêuticas de suporte de vida. Mas antes da abordagem da vítima devemos entender em qual cenário clínico estamos
estamos. Caso seja um ambiente pré-hospitalar, como na questão em tela, é fundamental que haja sinalização da via pública. Garantir a segurança da cena é um dos
passos mais importantes do atendimento para garantir a segurança da equipe e evitar novos acidentes com aumento do número de vítimas. Logo, antes de proceder ao
paciente, devemos lembrar de garantir a segurança da cena sinalizando a via de tráfego. Resposta: letra E.

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239 - 2022 SMA - VR

» A questão apresenta um paciente de 28 anos, vítima de politrauma, e solicita qual das lesões citadas necessita de tratamento imediato. Devemos lembrar que, segundo
o algoritmo do ATLS (ABCDE), devemos tratar, primeiramente, as lesões com maior risco à vida. Assim, vamos analisar as assertivas: - Letra A: incorreta. A hipertermia,
que pode ser resultante da injúria traumática, não se revela uma ameaça à vida. - Letra B: incorreta. A taquicardia, provavelmente decorrente da hipovolemia, é
conduzida no item C da avaliação inicial, através do controle hemodinâmico. - Letra C: incorreta. A fratura exposta é apenas corrigida no item E da avaliação (ou
posteriormente). - Letra D: incorreta. A distensão abdominal, que pode ser decorrente de sangramento intra-cavitário, é apenas corrigida no item C da avaliação inicial,
ou posteriormente. - Letra E: correta. O pneumotórax aberto é uma lesão potencialmente ameaçadora à vida e deve ser corrigido durante o item B da avaliação inicial.
Gabarito: letra E.

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240 - 2022 SEMAD

» De acordo com o ATLS, os órgãos mais frequentemente envolvidos nas lesões por arma de fogo são: o intestino delgado (50%), o cólon (40%), o fígado (30%) e
estruturas vasculares abdominais (25%). Já nas lesões por arma branca, a lesão mais comum é a do fígado (40%), seguido por intestino delgado (30%), diafragma (20%)
e cólon (15%). Resposta: letra E.

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241 - 2022 INTO

» A questão apresenta um paciente politraumatizado trazido pelos bombeiros com ATLS iniciado. Vamos seguir a avaliação do ATLS para chegarmos à resposta. A - vias
aéreas: vamos supor que o paciente já esteja com coluna cervical imobilizada com colar cervical, prancha rígida e coxins laterais. Suas vias aéreas estão pérvias uma vez
que o paciente está com discurso orientado. B - respiração: auscultas cardíaca e pulmonar sem alterações, oximetria satisfatória. Podemos afastar num primeiro
momento as lesões torácicas. C - circulação: paciente estável, hipertenso, eucárdico, com pulsos presentes e simétricos, bacia estável, porém com dor à palpação
abdominal difusa sem descompressão dolorosa, e cujo exame fisico pode ser considerado confiável (paciente com discurso orientado e sem relato de intoxicação
exógena no enunciado). Logo, estamos diante de um paciente politraumatizado com trauma fechado de abdome. Caso o paciente apresentasse descompressão brusca
dolorosa, teríamos um caso de abdome cirúrgico, com indicação direta de laparotomia exploradora. Caso o paciente apresentasse hipotensão, temos indicativo de que
o foco da hipotensão neste caso é o choque hipovolêmico hemorrágico causado pelo politrauma, então novamente a indicação é a lapatoromia exploradora. Entretanto,
o paciente em tela está estável e com sem descompressão brusca indolor. Neste caso, está indicada o FAST ou o Lavado Peritoneal Diagnóstico (LPD). Caso seja positivo,
ou seja, caso o FAST ou o LPD evidenciem líquido livre intra-abdominal, indica-se a tomografia computadorizada com contraste para diagnóstico. Caso seja negativo, não
é necessária a realização da tomografia e deve-se seguir a avaliação do paciente. Resposta: letra A. Vamos à alternativas: Letra B: incorreta. A laparotomia ainda não
é indicada neste momento. Em paciente estável, sem peritonite e com FAST positivo deve-se lançar mão da TC para diagnóstico antes de iniciar qualquer tratamento
definitivo. Letra C: incorreta. O LPD entra em cena no lugar do FAST. Como já foi feito o FAST, o LPD não tem aplicabilidade. Letra D: incorreta. O fluxo diagnóstico
após um FAST positivo é a TC de abdome com contraste. Letra E: incorreta. Não existe indicação de cistoscopia neste caso. Não há nada na questão que sugira lesão
ureteral.

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242 - 2022 SMA - VR

» Diante de um paciente, vítima de trauma, que apresenta uretrorragia, devemos aventar a hipótese de trauma uretral. Assim, deve ser realizada uma investigação
subsequente, através da realização de exames de imagem. O exame preferencial é a uretrocistografia retrógrada. O exame consiste na realização de radiografias
seriadas após a injeção de contraste. Vamos aproveitar a questão e relembrar os sinais que indicam possível trauma de uretra e necessidade de realização do exame: -
Sangue no meato uretral; - Fratura de pelve; - Equimose perineal; - Hematoma escrotal; - Retenção urinária. Gabarito: letra C.

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243 - 2022 INTO

» Questão sobre a classificação de choque hipovolêmico segundo a tabela do Colégio Americano de Cirurgiões avaliando perda sanguínea, pressão arterial, frequência
cardíaca e débito urinário. A fase I é a fase inicial de perda hemorrágica, quando há menos de 15% da perda da volemia, não havendo ainda alteração de PA, FC e
diurese. A fase II é a hemorragia não complicada, com perda volêmica de 15 a 30%, já com manifestação sistêmica como taquicardia maior que 100 bpm e menor que
120 bpm e redução leve na diurese. Estes parâmetros estão incluídos na letra A, o gabarito da questão. A fase III é a hemorragia grave, com perda de 31 a 40% da
volemia, já com hipotensão e taquicardia maior que 120 bpm e menor que 140 bpm, e diurese bem protraída, com 5 a 15 mL/h. A fase IV é a hemorragia ameaçadora a
vida, com mais de 40% de perda da volemia, e o paciente apresenta hipotensão, taquicardia maior que 140 bpm e diurese desprezível. Resposta: letra A. Vamos às
alternativas: Letra B: incorreta. Na fase II já esperamos um paciente taquicárdico e com redução leve na diurese. Letra C: incorreta. A perda sanguínea > 40% já
classificaria este paciente em fase IV. Letra D: incorreta. A perda da volemia entre 30 e 40% seria classificada em fase III, enquanto a FC > 140 bpm e diurese ausente
em fase IV. Letra E: incorreta. Esta seria a definição da fase I.

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244 - 2022 SMA - VR

» A uretra é dividida, classicamente, e duas porções (anterior e posterior), e, cada uma delas, por sua vez, possui duas porções: - Uretra anterior:
- Peniana: lesionada em fratura peniana;
- Bulbar: lesionada em queda à cavaleiro. - Uretra posterior:
- Membranosa: lesionada em fratura pélvica;
- Prostática. Assim, a porção da uretra frequentemente associada à queda à cavaleiro é a uretra bulbar. Gabarito: letra C.

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245 - 2022 UNIGRANRIO

» Estamos diante de um paciente vítima de acidente de moto que, embora esteja hemodinamicamente estável, apresenta fratura exposta de fêmur com sangramento
arterial. Neste contexto, é inviável realizar o controle do sangramento somente com compressão manual já que há presença de fratura exposta. A melhor conduta neste
cenário é lançar mão de um torniquete (ou garrote) proximal à região sangrante. Lembrando que esta medida, quando feita por mais de uma hora, aumenta o risco de
isquemia e perda irreversível do membro. Portanto, ela deve ser feita visando o transporte e exploração cirúrgica do sangramento o mais breve possível.Resposta: letra
B.

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246 - 2022 UNIGRANRIO

» Você está diante de um paciente vítima de politrauma, cursando com CHOQUE CIRCULATÓRIO, associado a hipertimpanismo, taquidispneia e abolição do murmúrio
vesicular em HTD. Ou seja, está diante de um paciente com pneumotórax HIPERTENSIVO.A primeira conduta é tirar o paciente da urgência com uma toracocentese de
alívio e, em seguida, realizar drenagem pleural. Vamos à análise das alternativas: Letra A: incorreta. Pacientes com hemotórax fazem hipotimpanismo, não hiper. Letra B:
incorreta. O diagnóstico é pneumotórax, entretanto a primeira conduta é a toracocentese de alívio. Letra C: incorreta. No tamponamento cardíaco paciente não
apresenta hipertimpanismo ou abolição do murmúrio vesicular. A tríade clássica (tríade de Beck) do tamponamento é: abafamento de bulhas turgência jugular
hipotensão. Letra D: correta. Como já dito, a conduta inicial no quadro de pneumotórax hipertensivo é a punção de alívio. Resposta: letra D.

247 - 2022 SEMAD

» Para facilitar o entendimento sobre as causas de morte decorrente do trauma, elas foram divididas em três momentos de óbito e, com isso, conseguimos relacioná-las
com o momento em que ocorrem e qual seria a melhor maneira de se evitar essas mortes. A esse conceito damos o nome de distribuição trimodal das causas de morte
no trauma. Falando especificamente do primeiro momento, cerca de 50% dos óbitos ocorrem segundos ou minutos após o trauma - lesões de aorta, coração, tronco
encefálico, medula espinhal, insuficiência respiratória aguda... Dessa maneira, mesmo que todo trauma fosse abordado de forma ideal, dificilmente conseguiríamos
evitar metade dos óbitos! A principal estratégia a ser empregada nessa situação são as políticas de prevenção e controle dos danos (ex.: Lei Seca, uso obrigatório do
cinto de segurança, obrigatoriedade de airbags etc.). Resposta: letra C.

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248 - 2022 UNIGRANRIO

» Quadro clássico de tamponamento cardíaco! As primeiras manifestações de um paciente com tamponamento cardíaco normalmente são taquipneia, dispneia e
ortopneia. A taquicardia também é a regra, na tentativa de compensar o baixo débito cardíaco imposto pelo tamponamento. Os dois principais achados ao exame físico
são a turgência jugular patológica (normalmente sem o “descenso y”) e o pulso paradoxal. Atrito pericárdico só estará presente em 1/3 dos casos, bem como a
hipofonese de bulhas. A presença de hipotensão denota falência dos mecanismos compensatórios, sendo o mais importante sinal de gravidade. A tríade de Beck,
composta por hipotensão arterial + bulhas hipofonéticas + turgência jugular patológica, sinaliza a forma grave de tamponamento, com risco iminente de vida. A principal
causa de tamponamento grave é o hemopericárdio traumático, iatrogênico ou por dissecção aórtica. O hemotórax se comporta como uma síndrome de derrame pleural,
isto é, murmúrio vesicular ausente e macicez à percussão do hemitórax envolvido. Já o pneumotórax é marcado por som timpânico à percussão e ausência ou diminuição
do murmúrio vesicular no hemitórax acometido. Em alguns cenários, o pneumotórax pode empurrar o mediastino em direção ao tórax contralateral, o que chamamos de
balanço do mediastino (isso reduz o retorno venoso e gera um estado de choque obstrutivo). Resposta: letra D.

249 - 2022 UNIGRANRIO

» Você está diante de um paciente vítima de lesões múltiplas por arma de fogo. Inicialmente foi estabilizado após drenagem de hemitórax direito, mas que cursou com
NOVA INSTABILIDADE hemodinâmica durante a laparotomia exploradora.Nessas situações, o correto a fazer é realizar a cirurgia o mais breve possível, corrigindo lesões
ameaçadoras à vida e deixando lesões "mais simples" para um segundo momento, realizando o famoso "controle de danos". Analisando cada lesão apresentada:-
Avulsão do baço: mesmo que o termo avulsão assuste, é possível realizar o empacotamento do baço como controle de danos e abordá-lo em um segundo momento.-
Perfuração pleural esquerda: deve ser realizada drenagem torácica, pois um hemotórax ou até mesmo um pneumotórax podem ser a causa da nova instabilização.
Lembrando que as indicações de toracotomia são: Hemotórax maciço, com drenagem imediata de 1.500 ml ou mais de sangute pelo dreno tubular de toracostomia ou
saída de 200 ml/h nas primeiras duas a quatro horas iniciais*; Lesões penetrantes na parede torácica anterior com tamponamento cardíaco; Feridas da caixa torácica de
grandes dimensões; Lesões de vasos nobres no tórax na presença de instabilidade hemodinâmica; Lesões traqueobrônquicas extensas; Evidência de perfuração
esofagiana; * de acordo com o ATLS, mesmo se a drenagem for menor que 1.500 ml, mas o paciente mantém necessidade de transfusões repetidas, indica-se a
toracotomia.- Perfuração da cauda do pâncreas: lesão que não ameaça a vida nesse momento, pode ser realizado o controle de danos junto à avulsão do baço.-
Perfurações de delgado e cólon: paciente pode ser deixado em peritoneostomia, para posterior abordagem dessas lesões;- Hematomas retroperitoneais devido trauma
penetrante SEMPRE devem ser explorados, pois não é possível controle de danos para conter sangramento nessas regiões. Se fosse trauma fechado, hematomas de zona
I sempre devem ser explorados, enquanto os hematomas de zonas II e III devem ser explorados apenas se houver instabilidade hemodinâmica. Vamos à análise das
alternativas: Letra A: incorreta. Como dito, inicialmente procedemos com a drenagem pleural esquerda e depois, apenas se necessário, opta-se pela realização de
toracotomia. Letra B: incorreta. A drenagem deve ser realizada, mas não é a única medida a ser tomada. Letra C: correta. Como esplanado acima, melhor alternativa.
Letra D: incorreta. As suturas intestinais e pancreática demorariam muito, aumentando a REMIT e sangramento local e, consequentemente, a mortalidade do
procedimento. Resposta: letra C.

250 - 2022 FMP

» A tríade letal é composta por coagulopatia, hipotermia e acidose. Devemos evitar a instalação desta tríade, pois na sua presença as taxas de mortalidades são muito
elevadas. A correção de hipotermia em geral é feita com expansão volêmica com cristaloide aquecido e manta térmica, no entanto, diante de hipotermia grave como no
caso do nosso paciente (32ºC), a solução aquecida teria que ser infundida de uma forma muito rápida e em grandes quantidades para aquecer o paciente a 37ºC. Neste
contexto, a forma mais eficaz de corrigir a hipotermia é realizando infusão de soluções aquecidas no interior da cavidade abdominal. Resposta: letra D.

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251 - 2022 FMP

» Questão clássica sobre choque neurogênico! Toda vez que a questão nos trouxer um paciente politraumatizado que apresentar hipotensão, acompanhada
"paradoxalmente" de bradicardia e tempo de enchimento capilar normal ou até reduzido, devemos imediatamente pensar nesse diagnóstico. Esse tipo de choque ocorre
devido a perda do tônus vasomotor e, em alguns casos, da invervação simpática para o coração. A perda do tônus vasomotor provoca a vasodilatação dos vasos
sanguíneos viscerais e periféricos, redistribuição e consequente hipotensão. Já a perda da inervação simpática para o coração (nas lesões torácicas altas - T6 ou acima)
pode causar bradicardia ou incapacidade de responder com taquicardia ã hipovolemia. Cuidado para não confundir com choque medular, o qual se refere à flacidez
(perda do tônus muscular) e à perda de reflexos que ocorrem imediatamente após a lesão da medula espinhal. Ambos podem ocorrer simultâneamente em casos de
trauma raquimedular (TRM). Choque Hipovolêmico: incorreta. Por mais que todo choque (no trauma) deva ser considerado hipovolêmico hemorrágico até que se prove o
contrário, a questão nos deu todos os dados que permitem pensar na principal etiologia, como neurogênico. Choque Neurogênico: correta. Como já dito, hipotensão
acompanhada de bradicardia e enchimento capilar normal, nos faz pensar em choque neurogênico. Hipertensão Intracraniana: incorreta. De fato, o paciente da questão
está com rebaixamento do nível de consciência, por um provável TCE grave associado ao TRM, contudo, não é a presença ou ausência de hipertensão intracraniana, que
justicaria o quadro. Choque Obstrutivo: incorreta. Choque obstrutivo, são decorrentes de algo que "atrapalha" o sangue a chegar (retorno venoso) ou sair (pós carga) do
coração por compressão extrínseca. São exemplos o pneumotórax hipertensivo e o tamponamento cardíaco. Resposta: Choque Neurogênico.

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252 - 2022 FMP

» As indicações para a realização da traqueostomia são: - Permitir ventilação mecânica em intubações orotraqueais prolongadas (isto é, quando a extubação é improvável
entre 10 a 14 dias de intubação orotraqueal) - Liberar uma obstrução de vias aéreas superiores - Permitir higiene pulmonar, incluindo indivíduos com aspiração
laringotraqueal - Permitir a ventilação em pacientes com debilidade na musculatura respiratória, seja pela falta de uso por intubação prolongada, seja por condição
neurológica. A pneumonia relacionada à ventilação mecânica (PAV), desde que seja revertida antes dos 10-14 dias e permita a extubação do paciente, NÃO é
considerada uma indicação formal de traqueostomia. Resposta: Pneumonia relacionada à ventilação mecânica.

253 - 2022 FMP

» O método START (Simple Triage And Rapid Treatment) é utilizado como método para avaliar a ordem do atendimento em eventos com múltiplas vítimas. O paciente é
triado de acordo com a necessidade de cuidado e a chance de sobrevida. Avaliaremos rapidamente com a regra “30 / 2 / pode fazer”: padrão respiratório em maior 30
incursões respiratórias por minuto; perfusão capilar periférica em 2 segundos; e se ele pode fazer movimento com a mão ao comando. O método utiliza cores verde,
amarela e vermelha na classificação dos doentes Vermelho: são os de ferimento grave com chance de vida, e têm prioridade de atendimento. Amarelo: são aqueles que
podem aguardar, com lesões moderadas. Verde: deambulando, pode inclusive ajudar no atendimento. Existem ainda as cores preta e cinza, para os pacientes com pior
prognóstico. A preta é em paciente em óbito. E a cor cinza em pacientes sem condições de sobreviver. Logo, vamos analisar as alternativas em busca de qual se
classifica com a cor amarela. Letra A: correta. É um paciente que tem lesão moderada, e que pode aguardar o atendimento - amarelo. Letras B, C e D: incorretas. São
pacientes com lesão grave, e precisam ter prioridade - vermelho. Resposta: letra A.

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254 - 2022 SCM - BM

» A fratura de Chance é caracterizada como uma fratura transversa no corpo vertebral. Geralmente ocorre em traumas abdominais fechados, especialmente em acidentes
automobilísticos em que a vítima apresenta o sinal do cinto de segurança. Algumas lesões associadas a essa fratura são o trauma de pâncreas, as lesões de alça,
calcâneo e retroperitôneo.Resposta: letra A.

255 - 2022 CEPOA

» A questão deseja saber qual a quantidade de soro fisiológico (NaCl 0,9%) que vai para o espaço intersticial após administrarmos 1 litro dessa solução por via
endovenosa. Por definição, sabemos que apenas 20-25% do volume de soro fisiológico administrado permanece no intravascular após uma hora, sendo o restante
"perdido" para o terceiro espaço (interstício). Por isso, na administração de 1000 ml de NaCl 0,9%, apenas 200-250 ml ficarão no intravascular, distribuindo 750-800 ml
para o espaço intersticial.Resposta: letra D.

256 - 2022 SCM - BM

» Relembrando a Escala de Coma de Glasgow (ECG):RESPOSTA OCULAR:


- Espontânea: 4 pontos
- Ao comando: 3 pontos
- À pressão (dor): 2 pontos
- Ausente: 1 pontoRESPOSTA VERBAL:
- Orientado: 5 pontos
- Confuso: 4 pontos
- Palavras inapropriadas: 3 pontos
- Sons: 2 pontos
- Ausente: 1 pontoRESPOSTA MOTORA:
- Obedece comandos: 6 pontos
- Localiza estímulos: 5 pontos
- Flexão normal: 4 pontos
- Flexão anormal: 3 pontos
- Extensão: 2 pontos
- Ausente: 1 pontoO traumas leves são aqueles estratificados de 13 a 15. Os moderados, de 9 a 12. Já os graves, abaixo ou igual a 8.Nosso paciente pontua 2 2 4 = 8, o
que o enquadra como vítima de trauma cranioencefálico grave.Resposta: letra D.

257 - 2022 FMC

» As primeiras manifestações de um paciente com tamponamento cardíaco normalmente são taquipneia, dispneia e ortopneia. A taquicardia também é a regra, na
tentativa de compensar o baixo débito cardíaco imposto pelo tamponamento. Os dois principais achados ao exame físico são a turgência jugular
patológica (normalmente sem o “descenso y”) e o pulso paradoxal. Atrito pericárdico só estará presente em 1/3 dos casos, bem como a hipofonese de bulhas. A
presença de hipotensão denota falência dos mecanismos compensatórios, sendo o mais importante sinal de gravidade. A tríade de Beck, composta por hipotensão
arterial + bulhas hipofonéticas + turgência jugular patológica, sinaliza a forma grave de tamponamento, com risco iminente de vida. A principal causa de tamponamento
grave é o hemopericárdio traumático, iatrogênico ou por dissecção aórtica. Resposta: letra B.

258 - 2022 FMC

» A questão faz algumas afirmativas sobre as lesões vesicais e deseja saber qual é a correta.Letra A: correta. A lesão de bexiga é mais frequente após traumatismo
fechado, geralmente associado à fratura de bacia ou. à contusão acometendo o andar inferior do abdome. Cerca de 63% dos traumas vesicais são extraperitoneais,
enquanto 32% são intraperitoneais e 4% são combinados.

Letra B: incorreta. O sintoma mais clássico de trauma vesical é a hematúria macroscópica. Nenhum sinal ou sintoma é patognomônico.

Letra C: incorreta. Devido ao sintoma mais comum de lesão vesical ser hematúria macroscópica e de, na maioria das vezes, a lesão vesical apresentar-se associada a
grandes traumas, a maioria das lesões é diagnosticada de imediato. Uma pequena porção de lesões (a maioria, isoladas) recebe o diagnóstico tardio.

Letra D: incorreta. A maioria das lesões de bexiga não se associa a hematúria severa e numa minoria dos casos existe laceração uretral associada, no trauma contuso.

Resposta: letra A.
259 - 2022 MULTIVIX

» Diante de uma catástrofe com múltiplas vítimas, ou seja, situação onde a capacidade de atendimento é superior ao número de vítmas, a prioridade é atender o paciente
mais grave e com maior chance de sobrevida. Dentre as opções, os pacientes das alternativas B e D são os mais graves, mas destes aquele que apresenta maior chance
de sobrevida é o paciente da alternativa D. Portanto, melhor resposta: letra D.

260 - 2022 UESPI

» Vamos revisar a escala de coma de Glasgow: Abertura ocular: 4 pontos - espontânea; 3 pontos - à voz; 2 pontos - à dor; 1 ponto - não responde. Resposta verbal: 5
pontos - orientada; 4 pontos - confusa; 3 pontos - palavras inapropriadas; 2 pontos - sons incompreensíveis; 1 ponto - não responde. Resposta motora: 6 pontos -
obedece a comandos; 5 pontos - localiza a dor; 4 pontos - retirada do membro à dor; 3 pontos - flexão anormal (decorticação); 2 pontos - extensão anormal
(descerebração); 1 ponto - não responde. O nosso paciente apresenta abertura ocular à dor, portanto, recebe 2 pontos. Resposta verbal com sons incompreensíveis,
mais 2 pontos. Por fim, realiza uma flexão hipertônica à dor, ou seja, realiza uma flexão anormal, logo, recebe 3 pontos. Sendo assim, um Glasgow de 7 pontos (2 + 2 +
3). Resposta: letra D.

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261 - 2022 HRL - PR

» Vamos analisar as alternativas: Letra A: incorreta. É justamente o contrário, quando a via aérea está pérvia, a ventilação se torna eficiente. Letra B: incorreta. No item
"C" do ABCDE, que é a avaliação da circulação, o controle da hemorragia precede a reposição volêmica, embora ambos na prática podem ser feito quase que de maneira
simultânea. Letra C: correta. Sem dúvidas, o melhor parâmetro para monitorar a reposição volêmica é aferindo o débito urinário, a reposição é adequada quando é o
débito é maior do que 50 ml/h. Letra D: incorreta. Quanto menor o Glasgow, mais grave o estado neurológico e, portanto, maior risco de mortalidade. Resposta: letra C.

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262 - 2022 UESPI

» Diante de um atendimento ao politraumatizado, realizamos a avaliação da perviedade das vias aéreas no item "A" do ABCDE. Lembra que é neste momento também que
realizamos a estabilização da coluna cervical. Pensando na obtenção de uma via aérea definitiva, sem dúvidas, a forma mais prática, rápida e menos traumática de
realizarmos a manutenção desta é através de uma intubação orotraqueal. As vias aéreas cirúrgicas (crico e traqueo) só são indicadas de cara em caso de insucesso de
intubação orotraqueal. A intubação nasotraqueal é indicada quando há respiração espontânea, ou seja, ténica pouco comum no atendimento ao politraumatizado.
Lembre-se que uma via aérea definitiva requer um tubo colocado na traqueia com o balonete posicionado abaixo das cordas vocais, portanto, respiração boca-a-boca
não é uma forma de obtenção da via aérea. Resposta: letra E.

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263 - 2022 UEM

» Muita atenção aqui, pessoal. De acordo com a 10ª edição do ATLS o local da toracocentese de alívio em adultos (principalmente naqueles com parede espessa, como nos
obesos) deve ser realizada com jelco® calibroso, ao nível do 5º espaço intercostal, ligeiramente entre à linha axilar anterior e média. Vamos lembrar que nas edições
anteriores e na 20ª edição do Sabiston, a toracocentese de alívio era indicada no 2º espaço intercostal, na linha hemiclavicular. Em crianças, o texto do ATLS mantém a
clássica recomendação: no 2º espaço intercostal, na linha hemiclavicular. Logo, não caiam na armadilha! Resposta: letra D.

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264 - 2022 HRL - PR

» Na avaliação secundária do paciente vítima de trauma, utilizamos o mnemônico AMPLA para lembrarmos o que temos de avaliar:A - alergiasM - medicamentos de uso
habitualP - passado médico / prenhezL - líquidos e alimentos ingeridos recentementeA - ambiente e eventos relacionados ao trauma Resposta: letra D.

265 - 2022 UESPI

» O tórax instável ocorre quando um segmento da parede torácica não tem mais continuidade óssea com o resto da caixa torácica e geralmente é consequente a um
trauma que provoca múltiplas fraturas de costelas, ou seja, duas ou mais fraturas em dois ou mais lugares, embora também possa ocorrer quando há uma separação
costocondral de uma única costela do tórax. Este segmento solto promove uma movimentação contrária à movimentação do restante do tórax, o que gera uma
assimetria com o hemitórax sadio. Resposta: letra C.

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266 - 2022 COC

» As questões faz algumas alternativas sobre as traqueostomias e deseja saber qual a correta. - Letra A e D: incorretas. Existem cinco principais indicações claras de
traqueostomias: (1) necessidade prolongada de acesso seguro às vias aéreas atual ou estimada (IOT há mais de dez dias ou pacientes neurológicos graves com previsão
de IOT por longo período, por exemplo); (2) fratura de laringe; (3) necessidade de via aérea cirúrgica em menores de 12 anos; (4) obstrução aguda ou insidiosa da
laringe; (5) pacientes com perda dos reflexos de proteção das vias aéreas. - Letra B: correta. A incisão a ser efetuada na traqueia ficará entre o 2º e 4º anéis. Caso a
incisão fique alta, poderá haver formação de uma estenose subglótica no pós-operatório. No entanto, se for demasiado baixa, uma série de fístulas pode ocorrer. Em
alguns serviços, a luxação superior do istmo da tireoide não é realizado. Em seu lugar, o istmo é ligado e seccionado diretamente, fornecendo uma visualização maior.
Cabe ressaltar que essa manobra aumenta a probabilidade de sangramento intraoperatório. - Letra C: incorreta. Para que o paciente consiga receber uma cânula
metálica (que não possui balonete), ele deve passar um período variável de tempo com sua cânula plástica inicial com balonete desinsuflado para assegurar a proteção
da sua via aérea. - Letra E: incorreta. A alternativa B está correta. Resposta: letra B.
267 - 2022 PUC - RS

» Vamos analisar as assertivas:I. Incorreta. O nosso paciente foi vítima de trauma por arma de fogo em região abdominal com sinais de instabilidade hemodinâmica e
sinais de peritonite difusa, portanto, já tem indicação clara de laparotomia, não necessitando de nenhuma medida de estabilização prévia.II. Correta. Em pacientes com
lesões extensas e graves, o emprego precoce, dentro das primeiras três horas, de ácido tranexâmico parece aumentar a sobrevida. A dose inicial de 1g IV deve ser
administrada o mais rápido possível, ainda no atendimento pré-hospitalar (ideal em dez minutos). A segunda dose, de 1g, deve ser infundida em oito horas, em ambiente
hospitalar.III. Incorreta. Em pacientes com choque classe III, hipotenso e FC entre 120 e 140, a infusão com hemoderivados pode ocorrer ainda na reposição inicial,
mesmo sem qualquer exame prévio. Portanto, a única correta é a alternativa II.Gabarito: letra B.

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268 - 2022 UEM

» Questão polêmica…Conforme as principais referências na literatura, incluindo o ATLS, a ressuscitação volêmica em pacientes chocados deve ser preferencialmente
realizada através da rápida obtenção de dois acessos venosos periféricos calibrosos (no dorso das mãos ou na face anterior dos antebraços - fossa antecubital). Na
impossibilidade de se obter um acesso venoso periférico, recomenda-se a punção de um acesso venoso central pela técnica de Seldinger (veia femoral, jugular interna
ou subclávia), preferencialmente guiada por ultrassom OU a obtenção de acesso intraósseo OU até mesmo a dissecção da veia safena magna no membro inferior (em
frente ao maléolo medial), a qual apresenta baixo risco de complicações e pode ser rapidamente realizada por um profissional experiente. Sendo assim, não é descrita
uma “preferência” pela dissecção da veia safena em relação às demais formas de acesso. Inclusive, em crianças (especialmente menores de seis anos), é indicado que
no caso da impossibilidade de se obter um acesso periférico, o acesso intraósseo seria a via de primeira escolha, visto que pode ser obtido de maneira rápida e fácil,
apesar de ser uma forma provisória de acesso (ou seja, é mantida até que seja obtido um acesso vascular definitivo). Na prática, a experiência e a habilidade dos
profissionais que estão conduzindo o caso que serão os determinantes críticos para a escolha da via mais adequada. Logo, apesar de ser realizada em alguns centros de
trauma e ser advogada por alguns especialistas, não podemos considerar que a flebotomia da veia safena seria necessariamente a melhor opção de acesso em relação à
obtenção de um acesso venoso central. Portanto, questão polêmica e que merecia ter sido anulada pela banca, a qual manteve como gabarito a alternativa D.

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269 - 2022 SES - GO

» Vamos analisar as alternativas: A) Incorreta. Em pacientes instáveis, a transfusão deve ocorrer de forma imediata. Aguardar o tipo sanguíneo específico pode retardar a
estabilização do nosso paciente. B) Incorreta. A maioria dos doentes que recebem transfusão de sangue não necessita de reposição de cálcio. Quando for necessária, a
administração de cálcio deve ser guiada pela dosagem do cálcio ionizado. C) Correta. Estudos militares europeus e americanos demonstram melhor sobrevida quando o
ácido tranexâmico é administrado nas primeiras 3 horas da ocorrência do ferimento. Quando administrado na cena, a infusão subsequente deve ser administrada
durante 8 horas no hospital. Como o nosso paciente está dentro desse intervalo, ele tem indicação de ácido tranexâmico. Além disso, em pacientes que não têm
indicação de transfusão maciça (classe IV), a conduta de escolha concentrado de hemácias, plasma fresco e plaquetas. D) Incorreta. Em pacientes classe III e já
refratários à reposição com cristaloide, o próximo passo é, de fato, a reposição com hemoderivados. Gabarito: letra C.

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270 - 2022 CERMAM

» Segundo o ATLS 10ª edição, hemorragia maciça é definida como a necessidade de tranfusão maior que 10 unidades de concentrados de hemácias, dentro das primeiras
24h de admissão hospitalar ou mais de 4 unidades, dentro da primeira hora. A administração precoce de concentrado de hemácias, de plasma e de plaquetas, em uma
proporção balanceada (ou seja 1:1:1) para evitar a administração excessiva de cristalóides pode aumentar a taxa de sobrevivência dos doentes. Essa abordagem tem
sido denominada de "reanimação balanceada", "hemostática" ou de "controle de danos". Letra A: incorreta. Outros hemocomponentes, como o crioprecipitado só são
indicados quando guiados por exames como tromboelastografia (TEG) e tromboelastometria rotacional (ROTEM), para avaliarem a deficiência de fatores de coagulação.
Letra B: incorreta. Sangue total fresco não é indicado pela última edição do ATLS. Letra C: incorreta. Soluções colóides não são indicadas no choque hipovolêmico de foco
hemorrágico. Podem ser consideradas como estratégia no trauma de grandes queimados internados em Unidades de Terapia Intensiva. Letra D: correta. Esta assertiva
coloca exatamente o que é atualmente preconizado pelo ATLS e por isso é a resposta da nossa questão. Diante disso, a questão que inicialmente havia liberado como
gabarito a alternativa "C" teve, após recurso, a resposta corretamente alterada para letra "D". Resposta: Letra D.

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271 - 2022 HSM - DF

» Estamos diante de um paciente politraumatizado com via aérea não pérvia, com grande quantidade de sangue na cavidade oral e fratura de face e maxila. Como todo
paciente politraumatizado, devemos seguir o protocolo do ATLS. E logo na avaliação do A devemos garantir a estabilidade da coluna cervical e a perviedade das vias
aéreas do paciente. E vejam que nosso paciente não apresenta via aérea pérvia. Ou seja, precisamos garantir uma via aérea definitiva imediatamente, interrompendo a
avaliação inicial até que esta seja obtida. Porém nosso paciente apresenta trauma maxilofacial extenso. Atualmente, segundo a 10ª edição do ATLS, nestes casos
podemos realizar uma tentativa de intubação orotraqueal e, caso não obtenhamos sucesso, deve ser indicado acesso cirúrgico da via aérea. Vamos aproveitar para
lembrar as indicações de via aérea cirúrgica: Trauma maxilofacial extenso, quando fragmentos dentários, sangue e secreções dificultam a intubação orotraqueal
Distorção anatômica cervical importante Incapacidade de visualização das cordas vocais devido ao acúmulo de sangue e secreções, edema de via aérea ou após
múltiplas tentativas Agora repare que nosso paciente também apresenta quadro sugestivo de pneumotórax à direita, mas só devemos indicar sua abordagem após a
obtenção da via aérea definitiva. Ou seja, apenas podemos prosseguir ao B do ATLS assim que finalizarmos e resolvermos todas as pendências do A. Vamos às
alternativas: Letra A: incorreta. Por mais que esse paciente venha a precisar de drenagem torácica, ela não deve acontecer antes da obtenção de via aérea definitiva.
Letra B: correta. Hoje sabemos que pode ser tentada a intubação orotraqueal antes de indicarmos a via aérea cirúrgica, mas esta é a melhor resposta da questão. Letra
C: incorreta. Não devemos abordar o pneumotórax antes de garantir a via área do paciente. Mesmo que já pudéssemos fazê-lo, devemos lembrar que seu diagnóstico é
clínico. Logo, solicitar radiografia neste caso também seria incorreto. Letra D: incorreta: Não há indicação de toracotomia de urgência neste caso. Segundo o ATLS, a
toracotomia deve ser indicada em casos de hemotórax cuja drenagem imediata seja de mais de 1500 mL de sangue, ou de mais de 200 mL/hora de sangue nas
primeiras duas a quatro horas. Letra E: incorreta. Será uma das condutas quando chegarmos no C do ATLS, mas ainda não deve ser tomada neste momento. Resposta:
letra B.

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272 - 2022 SES - GO

» A questão aborda, de forma bem direta, o tipos de laparotomias (incisões de acesso cirúrgico da cavidade abdominal). Vamos direto às alternativas: A incisão de Kocher
é a de escolha para colecistectomias convencionais (abertas). Para realização de apendicectomias existem várias outras consagradas como, McBurney, Rockey-Davis (ou
Lanz) e Battle-Jalaguier. A incisão de Kocher realizada para acesso da vesícula e vias biliares é localizada na região subcostal direita, exatamente como descrito nessa
alternativa. A incisão utilizada em partos cesáreos é a clássica incisão de Pfannenstiel. Para apendicites complicadas, com peritonite, o acesso convencional é iniciado
com Laparotomia mediana infra ou médio-umbilical. (Em anexo veja a figura com algumas dessas incisões) Resposta: localizada em região subcostal direita.

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273 - 2022 UNCISAL

» Sobre os traumatismos craniofaciais, a questão quer saber quais sinais semiológicos o paciente pode apresentar quando suspeita-se de fratura de base de crânio. Fique
atento aos sinais encontrados: - Otorragia (saída de sangue pelo conduto auditivo externo) - Otoliquorreia (saída de líquido transparente, compatível com líquor, pelo
conduto auditivo externo) - Nasoliquorreia (saída de líquido transparente, compatível com líquor, pelo orifício nasal) - Equimose periorbitária bilateral (sinal do guaxinim)
- Sinal de Battle ou de batalha (equimose em região da mastóide) Como podemos observar, todas as alternativas contemplam sinais possíveis na fratura de base de
crânio. Resposta: letra E.

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274 - 2022 FHSTE

» Diante de um paciente vítima de trauma grave e que necessita de laparotomia de emergência, geralmente realiza-se uma cirurgia de controle de danos, visando a
diminuição do tempo cirúrgico e da tríade letal (hipotensão, acidose, hipotermia e coagulopatia). Vamos relembrar a cirurgia de controle de danos: - Primeiro tempo:
controle de infecção (ressecar alças e sepultar cotos, drenagens, lavagens) e controle de sangramento (ligaduras, rafias, patches, compressas nos 4 quadrantes).
Diagnóstico rápido da lesão, fechamento temporário (vácuo, Bogotá, peritoneostomia); - Segundo tempo: terapia intensiva - controle da tríade letal (acidose,
coagulopatia e hipotermia); - Terceiro tempo: revisão cirúrgica em 48-72h (tratamento definitivo definitivo). As alternativas B, D não indicam tal procedimento pois,
geralmente, nesses pacientes, sequer são realizados tais exames laboratoriais antes do procedimento cirúrgico. A alternativa A apresenta uma situação que, em diversas
vezes, incorre na realização de uma cirurgia de controle de danos. Entretanto, caso o paciente se apresente estável e bem clinicamente, é possível a realização de um
procedimento mais longo. A alternativa C apresenta a clássica tríade letal em um paciente instável. Gabarito: letra C.

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275 - 2022 UEM

» A função pupilar é de fundamental avaliação no atendimento inicial ao paciente politraumatizado, devendo ser avaliada na Escala de Coma de Glasgow com avaliação
pupilar (ECG-P). São avaliados a simetria e o reflexo fotomotor. Qualquer assimetria maior que 1 mm deve ser considerada indicativa de acometimento cerebral. Lesões
expansivas cerebrais graves, comumente causadas por hematomas no paciente com trauma cranioencefálico, levam ao aumento da pressão intracraniana e fazem com
que a parte medial do lobo temporal, chamada de úncus, sofra herniação através da tenda do cerebelo e comprima o III par craniano (oculomotor) no mesencéfalo. Isso
ocasionará em midríase ipsilateral à lesão deste par craniano, com miose contralateral, uma vez que o par contralateral não está herniado. Logo, haverá anisocoria com
midríase ipsilateral à lesão expansiva. Resposta: letra B.

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276 - 2022 HSM - DF

» Estamos diante de um paciente vítima de atropelamento que apresenta dor torácica à esquerda e dor em membro inferior esquerdo. Ao exame, via aérea pérvia,
ausculta pulmonar abolida à equerda, instabilidade hemodinâmica e queda na saturação (90%), com estes dados clínicos, a nossa grande hipótese é a de um
pneumotórax hipertensivo à esquerda. Além disso, o paciente tem Glasgow 15 e fratura exposta à esquerda. Em relação ao manejo do nosso paciente, sem dúvidas,
devemos seguir a ordem de prioridade do ABCDE, sabendo que a via aérea está pérvia, o próximo passo é resolver o pneumotórax hipertensivo, diante deste quadro a
conduta imediata deve ser toracocentese de alívio seguida de drenagem torácica à esquerda. Gabarito: letra E.

277 - 2022 ICEPI

» A “traqueotomia” ou como é mais conhecida “traqueostomia” é uma comunicação entre a via aérea (traqueia) e o meio externo criada artificialmente por meio de um
procedimento cirúrgico. Habitualmente é um procedimento temporário e quando não mais necessário a cânula de traqueostomia poderá ser retirada e o traqueostomia
fechado por cicatrização de 2º intenção entre 1 e 5 dias, entretanto, alguns procedimentos da cirurgia de cabeça e pescoço como as laringectomias totais pode ser
confeccionado um traqueostoma definitivo. Durante a realização deste tipo de procedimento cirúrgico várias complicações podem ocorrer, sendo as principais relatadas
na literatura as seguintes: sangramento, aspiração, pneumotórax, pneumomediastino, lesão do nervo laríngeo recorrente e hipóxia. A indicação mais comum para
realização da traqueostomia é a intubação prolongada por mais de 14 dias, um detalhe que às vezes pode confundir o aluno é a necessidade de conversão de uma
cricotireoidostomia cirúrgica em traqueostomia que deve ocorrer idealmente em no máximo 3 dias. Outras indicações para realização de uma traqueostomia são:
Aspiração crônica, obstrução aguda das vias aéreas secundária a trauma facial ou laríngeo, ou infecções profundas dos espaços cervicais ou no perioperatório durante a
ablação radical de câncer.. Resposta: letra B.

278 - 2022 FHSTE

» Diante de um paciente vítima de trauma abdominal penetrante e que apresenta instabilidade hemodinâmica, a conduta consiste na realização de uma laparotomia de
emergência. O paciente da questão apresenta-se em choque (hipotenso e taquicárdico), o que caracteriza a instabilidade. Exploração digital e realização de tomografia
abdominal são realizados apenas em pacientes estáveis. Um lavado peritoneal diagnóstico pode até ser realizado, entretanto, a conduta prioritária no caso consiste na
realização de uma laparotomia exploradora (trauma certamente abdominal e causando instabilidade - não existe dúvida da fonte de sangramento). Vamos aproveitar a
questão e relembrar outras indicações de laparotomia de emergência, em qualquer trauma abdominal: - Peritonite; - Evisceração; - Pneumoperitônio ou
Retropneumoperitôneo; - Hematêmese, sangue retal; - Hérnia diafragmática; - Lesões órgão-específicas que demandam tratamento cirúrgico; - Líquido livre intra-
abdominal sem lesões de vísceras parenquimatosas (lesão de víscera oca, diafragma, mesentério ou vasos). Gabarito: letra C.

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279 - 2022 UEVA

» Estamos diante de um paciente politraumatizado e veja como a questão nos leva ao diagnóstico de hemotórax. O paciente tem murmúrio vesicular abolido, macicez à
direita e já com importante sinal de esforço respiratório com tiragem intercostal. O hemotórax é definido como acúmulo de sangue na cavidade pleural, geralmente por
lesão de parênquima pulmonar, vasos intercostais ou da artéria mamária interna. O diagnóstico é clínico e assim que suspeitado deve ser indicada a toracostomia com
drenagem em selo d’água deve imediatamente. Além disso, ainda na avaliação do C do ATLS veremos que o paciente está em choque hipovolêmico hemorrágico grau
III, com colabamento de jugular. Existe indicação de reposição volêmica com cristaloide e deve-se considerar a indicação de hemoderivados. Diante disso, vamos
avaliar as alternativas. Letra A: incorreta. A radiografia não deve ser solicitada para diagnóstico de hemotórax. O diagnóstico é clínico. Letra B: incorreta. A conduta
em casos de hemotórax deve ser diretamente a toracostomia com drenagem torácica fechada em selo d’água. Letra C: incorreta. Antes de indicarmos toracotomia, o
paciente precisa ter o tórax drenado. Caso a drenagem não seja eficaz e o paciente mantenha sangramento ativo pelo dreno, é indicada a toracotomia. Segundo o ATLS,
a toracotomia deve ser indicada em casos de hemotórax cuja drenagem imediata seja de mais de 1500 mL de sangue, ou de mais de 200 mL/hora de sangue nas
primeiras duas a quatro horas. Letra D: correta. Ficou faltando a indicação de hemoderivados para ficar mais completa, mas é a melhor resposta à questão. Resposta:
letra D.

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280 - 2022 IHOA

» Veja como a questão nos leva ao diagnóstico de tórax instável: é um paciente vítima de trauma fechado de tórax com queda de oximetria, crepitação, movimento
paradoxal e murmúrio vesicular diminuído à direita. A radiografia de tórax demonstrou fratura em 2 pontos em 4 arcos costais consecutivos.
O tórax instável ocorre quando há fratura em 2 ou mais arcos costais consecutivos, em pelo menos 2 pontos em cada arco. O segmento fraturado perde a continuidade
com o restante da caixa torácica, justificando a respiração paradoxal - quando a região traumatizada encolhe durante a inspiração e sofre abaulamento durante a
expiração, ao contrário do restante do tórax.
A deterioração do ponto de vista respiratório em geral se dá pela contusão pulmonar, altamente associada ao tórax instável. O tratamento é analgesia com opióides,
uma vez que a melhora da dor permite maior expansibilidade torácica, levando ao alinhamento das fraturas, como maior rapidez da consolidação, e evitando o acúmulo
de secreções pulmonares. Pacientes que apresentarem FR maior que 40 irpm, hipoxemia, rebaixamento de consciência, doença pulmonar prévia ou lesões abdominais
concomitantes devem ser intubados e submetidos a ventilação com pressão positiva. Resposta: letra B.

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281 - 2022 UNIRV

» Trauma contuso de abdome, sem indicação imediata de cirurgia: abdome não é cirúrgico, com paciente ESTÁVEL = TC com contraste para avalair a presença de lesões e
a possibilidade de tratamento conservador. Respsota: Letra C.

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282 - 2022 REVALIDA INEP

» Atualmente, em pacientes com trauma hepático de baixo grau (I a III), estáveis hemodinamicamente, nível de consciência preservado, sem sinais de peritonite e
necessidade de menos de duas a quatro unidades de concentrado de hemácias, o manejo prefencial deve ser conservador, ou seja, com internação em Unidade de
Terapia Intensiva, com avaliação hemodinâmica, exame físico abdominal e hematócritos seriados. A nossa paciente apresenta um trauma hepático grau II em lobo direito
e grau III em lobo esquerdo, além disso, está eupneica, estável hemodinamicamente e sem sinais de peritonite. Portanto, a melhor escolha para a nossa paciente é, de
fato, a conduta conservadora com vigilância intensiva. Resposta: letra C.

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283 - 2022 UEL

» Paciente do sexo feminino em pós-operatório de cirurgia plástica, que transcorreu sem intercorrências. Mas veja o procedimento: abdominoplastia, o que envolve a
ressutura da linha média e dermolipectomia, retirada de pele e segmento de gordura. Esses dois procedimentos diminuem a complacência da cavidade abdominal,
diminuindo o seu volume. Após 4 horas, a paciente evoluiu com insuficiência respiratória, necessidade de ventilação mecânica e instabilidade hemodinâmica,
necessitando de doses crescentes de droga vasoativa. Acompanhava oligúria, aumento da pCO2 e diminuição da pO2 arteriais. Ou seja vários níveis de insuficiências
decorrente provavelmente do aumento da PIA. Para confirmar a nossa hipótese devemos avaliar de maneira indiera através da sondagem vesical a PIA. TEP, até poderia
ser, mas estamos um pouco longe desta possibilidade... O TEP deve vir da TVP e não será tão imediato assim. Além disso, a paciente está instável, então o exame a ser
realizado seria somente o ecocardiograma, não a TC. O diagnóstico de SCA = aumento sustentado da PIA superior a 20 mmHg associado a uma nova disfunção ou
falha orgânica. Dessa maneira, pacientes com hipertensão abdominal grau III ou superior devem ser vigiados constantemente. Resposta: Letra C.

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284 - 2022 FHSTE

» Diante de um paciente vítima de queimadura, que apresenta múltiplas lesões pelo corpo, além de comprometimento da via aérea e depleção volêmica, devemos realizar
o atendimento inicial conforme o fluxograma do ATLS (ABCDE). A conduta inicial, nesse caso, em virtude da dificuldade respiratória e das múltiplas queimaduras em
face, além da inconsciência, consiste na obtenção da via aérea definitiva. A questão, entretanto, pergunta diretamente sobre o item "C" da avaliação (controle
hemodinâmico). Nos casos de trauma, sabemos que a melhor opção para a reposição volêmica consiste na utilização de dois acessos venosos periféricos calibrosos. isso
ocorre em virtude da facilidade de obtenção, e, principalmente, do calibre e da possibilidade de realização de volumes maiores em menor espaço de tempo. Caso essa
via não seja possível, podemos optar pela utilização de um acesso intraósseo, central ou dissecção de uma veia periférica. A punção central pode ser utilizada
alternativamente, em virtude da demora de obtenção na emergência e dos riscos associados, além da possibilidade de infusão de um volume menor. As alternativas B e
D são absurdas e discorrem sobre vias de alimentação, não de infusão volêmica. Gabarito: letra A.

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285 - 2022 HRL - PR

» Existem diversas modalidades de tratamento para o pneumotórax espontâneo. Pequenos pneumotórax podem ser tratados até de forma conservadora.Pode-se realizar
também punção aspirativa com cateter com ponta atraumática quando não há progressão do pneumotórax. O tratamento mais comumente usado é a drenagem em selo
d'água e, se evoluir para pneumotórax hipertensivo mesmo com drenagem, podemos conectar aspiração contínua ou até mesmo realizar a passagem de um segundo
dreno. A drenagem pleural abertaLetras A, B e C: corretas. Como dito acima, todas são opções de tratamento para pneumotórax. Letra D: incorreta. A drenagem aberta
(pleurostomia) é indicada para casos de encarceramento pulmonar. Resposta: letra D.
286 - 2022 UEL

» Pessoal, vamos lá: Estamos diante de um paciente de 22 anos de idade, vítima de ferimento por arma branca. Vamos analisar os dados fornecidos pela questão para
organizar nossa avaliação inicial, segundo o modelo ABCDE: - A: vias aéreas pérvias; - B: abolição do murmúrio vesicular no hemitórax esquerdo. Diante do achado
descrito, independentemente da existência de hemotórax (percussão maciça) ou pneumotórax (percussão hipertimpânica), o tratamento consiste na drenagem torácica
(descrito apenas na alternativa A); - C: estável hemodinamicamente; - D: consciente e orientado (provável GLASGOW 15); - E: presença de ferimento de 3 cm
inframamilar, na região do sétimo espaço intercostal à esquerda. Diante de uma lesão penetrante em região toracoabdominal, em um paciente estável, a investigação
subsequente consiste na realização de uma laparoscopia ou toracoscopia diagnóstica. Por que, no caso em questão, prefere-se a realização de uma laparoscopia ou
toracoscopia em detrimento de uma tomografia computadorizada (TC)?
A TC revela-se um exame extremamente útil e com diversas aplicações, sendo, geralmente, o exame de escolha no paciente traumatizado e estável hemodinamicante. A
TC, entretanto, apresenta diversas limitações. Uma delas consiste na dificuldade do exame em elucidar lesões diafragmáticas. Em consequência disso, vários pacientes
com ferimentos em transição tóraco-abdominal submetidos apenas à TC evoluem com herniação diafragmática a longo prazo, pelo diagnóstico despercebido na fase
aguda. Logo, para pacientes com ferimentos perfurantes em região de transição toracoabdominal, o exame de escolha para o diagnóstico de lesão diafragmática
consiste na realização de uma toracoscopia ou laparoscopia diagnóstica. Excepcionalmente, para pacientes que apresentam trauma perfurante na transição tóraco-
abdominal à direita, pode-se tentar uma conduta conservadora (devido ao tamponamento exercido pelo fígado). Vale ressaltar, mais uma vez, que qualquer indício de
instabilidade durante o manejo do quadro deve implicar na realização de uma laparotomia de emergência. Um detalhe a mais: para pacientes com ferimentos na
transição tóraco-abdominal e lesão torácica, geralmente inicia-se pela toracoscopia. Por outro lado, em pacientes com esses ferimentos e que apresentam FAST positivo
ou suspeita de lesões intra-abdominais, inicia-se a investigação pela laparoscopia. De qualquer forma, a melhor alternativa é a letra A. Resposta: alternativa A.

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287 - 2022 FHSTE

» Nos traumas abdominais fechados, os órgãos mais comumente lesionados são: - Baço (50%); - Fígado (40%); - Intestino delgado (10%). Já nos traumas abdominais
abertos, os órgãos mais comumente lesionados são: Ferimentos por arma de fogo: - Intestino delgado (50%); - Cólon (40%); - Fígado e Vasos (9%). Ferimentos por arma
branca: - Fígado (40%); - Intestino delgado (30%); - Diafragma e Baço (28%). Gabarito: letra A.

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288 - 2022 UEL

» Paciente vítima de trauma abdominal fechado com estabilidade hemodinâmica. Nesta situação a tomografia computadorizada com contraste é o exame de escolha -
permite identificar e graduar eventuais lesões, definindo a conduta imediata e entendendo melhor os riscos de deterioração. O FAST é um exame que, formalmente, nos
algoritmos do ATLS, não teria utilidade neste quadro, uma vez que o FAST positivou ou negativo, em um paciente estável, não mudaria a conduta. Na prática realizamos
o exame tanto para treinamento (é um exame rápido e não invasivo, sem radiação) como para agregar uma informação que pode não alterar a conduta imediata mas
alerta a equipe sobre um possível foco de sangramento. Neste caso, por exemplo, temos um FAST positivo. Apesar da imagem com qualidade ruim, é possível ver uma
lâmina hipoecogênica em torno do que parece ser o baço. A conduta segue sendo a tomografia, porém, diante de uma eventual piora hemodinâmica, a informação do
FAST+ pode auxiliar no raciocínio clínico e em uma possível indicação cirúrgica. Gabarito: C

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289 - 2022 HCMT

» Questão com alternativas sobre trauma abdominal. Vamos à análise: Letra A: correta. De acordo com o ATLS, os órgãos mais acometidos no trauma fechado são, em
ordem, o baço (40-55%), fígado (35-45%) e intestino delgado (5-10%). Letra B: correta. No trauma aberto, dividimos a prevalência de acometimento de órgãos de acordo
com o mecanismo. Em lesões por arma de fogo, a ordem é intestino delgado (50%), o cólon (40%), o fígado (30%) e estruturas vasculares abdominais (25%). Nos
traumas por arma branca a lesão mais comum é no fígado(40%), seguido por intestino delgado (30%), diafragma (20%) e cólon (15%). Letra C: correta. Realmente a
hematúria macroscópica é o sintoma/sinal mais comum de lesões do trato urinário. Letra D: incorreta. Como visto acima, a lesão de cólon é mais comum em traumas
abertos. Resposta: letra D.

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290 - 2022 UEVA

» Questão direta e objetiva sobre a tríade letal, tríade que piora o prognóstico e aumenta a morbimortalidade em pacientes politraumatizados. A tríade é composta por
coagulopatia, acidose metabólica e hipotermia. Resposta: letra A.

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291 - 2022 SES - PB

» Temos um lactente com quadro clássico de hipertensão intracraniana. Em crianças pequenas, provavelmente não teremos a tríade clássica (cefaleia, vômitos, letargia),
mas sim macrocefalia (permitindo que o encéfalo possa expandir seu conteúdo), fontanelas abauladas, disjunção das suturas, irritabilidade, atraso no desenvolvimento
neuropsicomotor, olhar “do sol poente” (olhos voltados para baixo, deixando a esclera visível entre a pálpebra superior e a íris; elevação da sobrancelha; fronte
proeminente). A principal etiologia destes queadors é a hidrocefalia. Neste momento, apesar da possibilidade de medidas clínicas, a principal forma de "resolver" o
problema é "descomprimir" esse encéfalo, ou seja, com medidas neurocirúrgicas e, se tratando de hidrocefalia, seria com a realização da derivação ventricular. Logo,
devemos encaminhar a criança para algum serviço que apresente suporte de neurocirurgia, além da investigação com exame de neuroimagem (como a fontanela ainda
é aberta, a ultrassonografia transfontanela seria o método de escolha, por ser mais rápido, não invasivo e de baixo custo). Resposta: letra E.

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292 - 2022 SCMM

» Vamos analisar as alternativas: A) CORRETA! O papiledema está intimamente relacionado a presença de hipertensão intracraniana, mas que normalmente está presente
em quadros crônicos, em especial a hipertensão intracraniana idiopática (pseudotumor cerebral), podendo estar ausente em quadros agudos. B) ERRADA! TCE leve, que
são aqueles que o paciente apresenta escore de Glasgow 14 ou 15, geralmente só é realizada observação clínica e neuroimagem em casos selecionados, não sendo
indicada medidas farmacológicas rotineiras. O manitol está indicado na hipertensão intracraniana descompensada. C) ERRADA! A instalação de cateter subdural,
intraparenquimatoso ou intraventricular para monitoração da pressão intracraniana é recomendada para os casos graves. D) ERRADA! O tratamento específico da
pressão intracraniana elevada visa a manter a pressão de perfusão cerebral em 40-45 mmHg nos lactentes e nas crianças menores, e em 50-55 mmHg nas crianças
maiores e adolescentes. Resposta: letra A.
293 - 2022 UEVA

» Questão direta sobre o cálculo da Escala de Coma de Glasgow. Abertura ocular ao estímulo verbal: 3 pontos Resposta verbal com sons: 2 pontos Resposta motora com
flexão anormal: 3 pontos Somatório 3 + 2 + 3 = 8 pontos Resposta: letra B.

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294 - 2022 HEVV

» Paciente vítima de trauma penetrante no famoso quadrilátero de Ziedler, ou box cardíaco. Vocês lembram a definição? É um quadrilátero na região do tórax, delimitado
(superiormente) pela fúrcula esternal, linha hemiclavicular direita, linha axilar média esquerda e (inferiormente) pela 10ª costela, no qual, em traumas penetrantes,
devemos suspeitar de lesões do coração, aorta e veia cava. Lembrou? Agora, apesar da banca não ter fornecido os dados que completam a tríade de Beck (hipotensão,
turgência de jugular e abafamento de bulhas), repare que foram fornecidos alguns detalhes (ausência de desvio de traqueia e MV simétrico) para descartamos lesões
torácicas, como o pneumotórax hipertensivo, por exemplo. Além disso, a ausência da tríade de Beck, não exclui a hipótese diagnóstica, pois ela está presente em apenas
30-40% dos casos de tamponamento. Então, revisados esse conceitos, vamos avaliar as alternativas: Lesões no estreito superior ou mediastino superior, podem
acometer os vasos braquiocefálicos, subclávios e carotídeos comuns (principalmente a carótida esquerda). Os sinais e sintomas são variados e diferentes dos relatados
na questão. Entre os achados estão: hipotensão severa acompanhada de diferença de pulso entre os membros superiores, déficit neurológico dos membros superiores,
equimoses cervicais e claviculares, hemotórax volumosos e alargamento do mediastino. Por isso, assertiva incorreta. A apresentação clínica mais comum é a hipotensão
ou choque associado a hemotórax volumoso e alguns casos com hemoptise. A letalidade é alta, algo superior a 70%. Pode até acompanhar tamponamento cardíaco em
casos de lesão da artéria pulmonar intra pericárdica, porém esse achado é mais raro. Alternativa incorreta. Os vasos pericárdio-frênicos são ramos da artéria torácica
interna (mamaria interna) e, dentre as possibilidades de lesões relatadas no trauma torácico penetrante, são os de menor incidência. Logo, assertiva incorreta. Tendo em
vista que as outras opções cursam com hemotórax volumosos ou são mais raras, o tamponamento cardíaco, decorrente principalmente por lesões no ventrículo direito
(região mais anteriorizara do pré-cordio), é a opção mais compatível com a história do nosso paciente. Diante disso, alternativa correta.

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295 - 2022 UEVA

» A tríade de Beck, presente em cerca de 30 a 40% dos casos de tamponamento cardíaco, é composta pelo abafamento de bulhas, turgência jugular e hipotensão. Vamos
aproveitar para lembrar sobre o tamponamento cardíaco? O tamponamento cardíaco tem como causa principal o trauma torácico penetrante com lesão cardíaca, com
acúmulo de sangue na cavidade pericárdica. O sangue na cavidade pericárdica faz efeito compressivo sobre as câmaras do coração (principalmente VD), prejudicando o
enchimento diastólico, causando a turgência jugular e congestão pulmonar. Como o coração não se enche adequadamente, há queda do débito cardíaco levando à
hipotensão e choque. Ao auscultar o pericárdio do paciente, teremos bulhas cardíacas abafadas devido ao líquido no espaço pericárdico. A conduta imediata no
tamponamento cardíaco deve ser a pericardiocentese subxifoideana, e a conduta definitiva é a toracotomia para reparo da lesão pericárdica. Resposta: letra C.

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296 - 2022 HEJSN

» A questão faz algumas afirmativas sobre a Contusão Pulmonar (CP) e deseja saber quais estão corretas.Afirmativa I: correta. A CP é mais frequente após traumatismos
fechados do tórax, sendo encontrada em aproximadamente 40% dos casos. Ela ocorre pela transferência de energia cinética aos pulmões, seja devido ao trauma direto
ou por mecanismo de desaceleração súbita.Afirmativa II: correta. O trauma torácico causa hemorragia intra alveolar, aumento da permeabilidade da membrana celular,
extravasamento de fluidos e inativação do surfactante. Afirmativa III: correta. Como resultado da alta energia do trauma torácico, o líquido e o sangue do interior dos
vasos rotos tomam os alvéolos, interstício e os brônquios, produzindo colapso alveolar, incompatibilidade na ventilação-perfusão e hipoxemia. Além disso, essas
alterações produzem um quadro radiológico de consolidações localizadas em regiões do parênquima pulmonar que podem ser identificados nas fases iniciais, mas
geralmente se desenvolvem ao longo de horas, muitas vezes tornando-se evidentes somente após 24 a 48 horas do trauma.Resposta: letra E.

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297 - 2022 UFJ

» A questão nos mostra um paciente jovem vítima de trauma que chega ao pronto-socorro com taquidispneia importante (FR = 35 ipm) acompanhada de ausência do
murmúrio vesicular em hemitórax esquerdo, taquicardia (FC = 130 bpm), hipotensão arterial (PA = 80 x 50 mmHg) e dessaturação (SatO2 = 85%). Sendo assim, em um
paciente que sofreu um trauma em tórax que apresenta desconforto respiratório, turgência jugular e desvio de traqueia, com hipertimpanismo à percussão e MV
reduzido em um hemitórax não nos deixam dúvidas, não é mesmo? Nesses casos, devemos pensar em um pneumotórax hipertensivo, onde a instabilidade
hemodinâmica e o desvio do mediastino caracterizam um pneumotórax como hipertensivo; nesses casos, a lesão que ocasionou a entrada de ar entre as pleuras
funciona como uma válvula de direção única, permitindo a entrada de ar e impedindo a sua saída. Esse fluxo unidirecional de ar é que determina o acúmulo de ar sob
pressão no espaço pleural! O diagnóstico é clínico, sendo a conduta errada a realização de uma radiografia de tórax. A conduta inicial e rápida é a punção do
pneumotórax, a toracocentese, com o objetivo de transformar um pneumotórax hipertensivo em um sem hipertensão, melhorando imediatamente o desconforto
respiratório e os parâmetros hemodinâmicos. De acordo com a última edição do ATLS, esse procedimento em adultos pode ser realizado no 4º ou no 5º espaço
intercostal, entre a linha axilar média e anterior. Resposta: a alternativa A da questão apresenta erro de digitação e, por isso, a questão deveria ter sido anulada.

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298 - 2022 IOG

» O efeito antifibrinolítico do ácido tranexâmico é devido à formação reversível do complexo ácido tranexâmico-plasminogênio. Este processo retarda a fibrinólise, já que a
plasmina fica bloqueada pelo ácido tranexâmico, tornando-se incapaz de promover a lise da fibrina, preservando o coágulo. Repare que o ácido tranexâmico atua após a
cascata de coagulação, não interferindo nesta etapa e nem altera os demais parâmetros como contagem de plaquetas, tempo de protrombina e tempo parcial de
tromboplastina. Em pacientes com lesões extensas e graves, o emprego precoce (dentro das primeiras três horas) de ácido tranexâmico parece aumentar a sobrevida. A
dose inicial deve ser administrada o mais rápido possível, ainda no atendimento pré-hospitalar (ideal em dez minutos). A segunda dose, de 1 g, deve ser infundida em
oito horas, em ambiente hospitalar. Ainda faltam estudos para definir com exatidão o seu uso. A administração após três horas do evento traumático não demonstrou
vantagem. Cabe dizer também que seu uso é indicado para aqueles sangramentos não compressíveis. Para as lesões compressíveis, a interrupção do sangramento é
feita com a compressão. Resposta: letra E.
299 - 2022 HSD - MA

» Pessoal, cuidado para o excesso de informações dadas no enunciado não confundirem vocês! Independentemente da taquicardia, fratura exposta de úmero e
sangramento uretral, a banca foi categórica ao questionar qual a conduta INICIAL. Diante disso, ao seguirmos o ABCDE do trauma, logo de cara, já encontramos a
indicação de checar a permeabilidade das vias aéreas e imobilizar a coluna cervical, pois o nosso paciente apresenta trauma facial importante com sangramento nasal.
Então, qual a primeira conduta frente a esses achados? Desobstrução das vias áereas superiores, retirando possíveis corpos estranhos, fragmentos ósses e aspiração do
sangue se necessário. Se o sangramento for importante o suficiente para colocar as integridade de via aérea em risco, ou o paciente apresentar importante
rebaixamento do nível de consciência, já estará indicada logo na sequência via aérea definitiva, porém esses dados não foram informados pela questão. Reposição
volêmica e sondagem vesical seriam no "C". Contudo o sangramento uretral seria contraindicação dessa conduta sem antes verificar a integridade da uretra por meio de
uretrocistografia retrógrada. Já estabilização da fratura estaria no "E" e tamponamento nasal na avaliação secundária do trauma. Resposta: letra D.

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300 - 2022 HEJSN

» As zonas no trauma cervical são divididas em três: Zona I - região mais distal que vai da fúrcula esternal até a cartilagem cricoide; Zona II - região intermediária, que
contém os grandes vasos, e se estende da cartilagem cricoide até o ângulo da mandíbula; Zona III - zona mais proximal, vai do ângulo da mandíbula até a base do
crânio. Portanto, a sequência correta é zona III, zona II e zona I. Resposta: letra E.

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301 - 2022 HSD - MA

» Para respondermos a essa pergunta de maneira adequada, basta lembrarmos da sequência correta do ABCDE do trauma. Então vamos lá: "A" - via áerea e controle da
coluna cervical: como o paciente apresenta um TCE grave (Glasgow< 9), já há indicação imediata de via aérea definitiva (balonete com cuff insuflado na traquéia). No
caso dessa questão a melhor forma seria por meio da IOT. "B" - ventilação e respiração: o autor ao citar, que excluindo a taquipnéia a respiração era normal, sugere que
não há lesões torácicas que necessitem de tratamento nesse momento. Diante disso, deveremos acoplar o paciente já intubado à ventilação mecânica. "C" - controle da
hemorragia: nosso paciente está taquicardico e hipotenso, ou seja, em choque hipovolêmico hemorrágico. Dessa forma, é necessário realizar o controle do sangramento
e reposição volêmica adequada. Observação: como esse choque já é no mínimo grau III, ja pensaríamos em transfusão de hemoderivados. "D" - avaliação neurológica: Já
fornecida pela questão a pontuação na escala de coma de Glasgow e avaliação pupilar. Lembre-se também de avaliar déficts neurológicos quando o paciente apresentar
nível de consciência adequado. "E" - Exposição e controle do ambiente: Aqui, se pensarmos que a única fonte do choque era a fratura exposta de fêmur, após o controle
do sangramento, ja poderíamos pensar em imobilização e solicitar avaliação do especialista. Não esqueça de manter o paciente aquecido para evitar a hipotermia!
Resposta: letra D.

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302 - 2022 HCMT

» O tórax é a área do corpo entre a base do pescoço superiormente e o diafragma inferiormente. O tórax contém o coração, os pulmões e as principais estruturas
vasculares, incluindo a aorta, os vasos do arco (artérias braquiocefálicas, carótidas e subclávias) e a aorta torácica descendente. Para toracotomia ântero-lateral, a
incisão na pele é feita com lâmina nº 10 da margem do esterno ao longo do espaço intercostal entre a quarta e quinta costelas ou quinta e sexta costelas, abaixo do
mamilo e transportado lateralmente até a linha axilar posterior esquerda, seguindo a curva da costela. Na paciente do sexo feminino, a mama deve ser retraída
superiormente. A pele e a gordura subcutânea são incisadas com o bisturi. Os músculos visualizados são o serrátil e grande dorsal. Resposta: letra C.

303 - 2022 IHOA

» Estamos diante de um paciente vítima de ferimento por arma branca em transição tóraco-abdominal. Está estável hemodinamicamente, mas a radiografia de tórax
demonstrou hemopneumotórax à esquerda. Foi corretamente indicada a videotoracoscopia devido a suspeita de lesão diafragmática, que se confirmou. O tratamento
destes casos se dá pela drenagem de tórax associada a correção da lesão diafragmática. Tal correção pode ser feita por videolaparoscopia caso o paciente esteja estável
ou por laparotomia, caso esteja instável. Vamos avaliar as alternativas. Letra A: correta. Com base no que vimos cima, esta é a melhor resposta para a questão. Letra
B: incorreta. Não deve ser feita a avaliação do abdome via toracoscopia pelo orifício da lesão diafragmática. Tal procedimento é inseguro, com chance de agravar a lesão
diafragmática, e não é eficaz, pois não permite a avaliação total do abdome. Letras C e D: incorretas. A sutura do diafragma pode ser realizada por videotoracoscopia e
a drenagem torácica está bem indicada. Mas ainda existe a necessidade de videolaparoscopia ou laparotomia para investigação de lesão abdominal. Resposta: letra A.

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304 - 2022 UFJ

» Vamos analisar as alternativas: Letra A: incorreta. A ultrassonografia exerce papel limitado no diagnóstico da fratura de pênis, pois possui baixa acurácia, difícil
interpretação dos achados e é operador-dependente. Letra B: incorreta. Como vimos, a ultrassonografia não é um bom exame na abordagem da fratura peniana. Letra C:
incorreta. A ressonância magnética é um bom exame de imagem, não invasivo e com boa visualização da túnica albugínea, hematoma intracavernoso ou extratunical.
Argumentos contra o uso rotineiro desse método é o alto custo, tempo até a realização do exame e indisponibilidade em centros menores. A ressonância magnética pode
ser útil em pacientes sem os achados típicos na apresentação e no exame físico, por isso, tem sido um método amplamente empregado. Letra D: correta. A
cavernosografia pode ser aplicada em casos para confirmação diagnóstica, porém pode apresentar resultados falso-negativos, além de tratar-se de um método invasivo
com algumas complicações, como reação alérgica ao contraste, fibrose pelo extravasamento do mesmo, infecção e priapismo. De fato, este método deve ser
desencorajado, pois consome tempo e é pouco familiar para a maioria dos urologistas e radiologistas. Resposta: letra D.

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305 - 2022 HPP

» Questão sobre a Escala de Coma de Glasgow (ECG). Vamos aproveitar para recapitular toda a escala: Abertura Ocular 04 pontos - espontânea; 03 pontos - à voz; 02
pontos - à dor; 01 ponto - nenhuma. Resposta Verbal 05 pontos - orientada; 04 pontos - confusa; 03 pontos - palavras inapropriadas; 02 pontos - sons incompreensíveis;
01 ponto - nenhuma. Resposta Motora 06 pontos - obedece comandos; 05 pontos - localiza a dor; 04 pontos - flexão normal; 03 pontos - flexão anormal; 02 pontos -
extensão anormal; 01 ponto - nenhuma. O nosso paciente apresenta resposta ocular somente ao estímulo doloroso (02 pontos), emitindo sons incompreensíveis (02
pontos) e com flexão anormal em membro superior esquerdo como resposta motora (03 pontos). Portanto, ECG de 07 pontos. Gabarito: letra B.

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306 - 2022 HOB - DF

» Este paciente sofreu um ferimento penetrante abdominal por arma branca e encontra-se INSTÁVEL HEMODINAMICAMENTE! Neste momento está indicada a
LAPAROTOMIA EXPLORADORA, mas até que o paciente chegue ao centro cirúrgico as medidas de estabilização do paciente deverão ser realizadas, dentre eles cabe a
reposição volêmica com no máximo 1000 mL de solução cristaloide e assim que possível a infusão de hemocomponentes, sendo neste caso indicada em muitos serviços
a abertura do protocolo de transfusão maciça (ABCscore maior ou igual a 2, Shock index maior ou igual a 1,2, choque hemorrágico grau IV) com transfusão de
concentrado de hemácias, plaquetas e plasma fresco. Repor mais que 1000 mL aumenta o risco de coagulopatia dilucional. Resposta: letra B.

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307 - 2022 UDI

» Questão direta sobre a conduta correta em pneumotórax hipertensivo. Vamos avaliar as alternativas: Letra A: incorreta. O diagnóstico do pneumotórax hipertensivo é
clínico! E deve ser sempre ser suspeitado em pacientes vítimas de trauma torácico que apresentem: hipotensão, redução ou abolição do murmúrio vesicular,
hipertimpanismo, desvido contralateral da traquéia e turgência jugular. Portanto, nenhum exame de imagem deve ser solicitado, seja radiografia ou tomografia de tórax.
Letra B: incorreta. Muito pelo contrário, a toracostomia com drenagem de tórax fechada em selo d'água (tratamento definitivo) ou a toracocentese de alívio (tratamento
imediato) devem ser realizadas logo após a suspeita desse tipo de lesão. Letra C: incorreta. É uma condição extremamente ameaçadora, tendo em vista, que além do
comprometimento respiratório, há ainda a instabilidade hemodinâmica. Esse quadro é denominado choque obstrutivo e é causado pelo aumento da pressão intratorácica
e consequente redução do retorno venoso. Se nenhuma conduta imediato for tomada, o paciente pode rapidamente evoluir para PCR e óbito. Letra D: incorreta. De fato,
para drenagem exclusiva de ar, não seria necessário realizar a drenagem de tórax com dreno calibroso. No entanto, gostaríamos de chamar atenção ao fato de que não
é incomum, em pacientes politraumatizados, a associação de ambas as lesões (pneumo e hemotórax). Diante disso, acaba sendo de rotina realizar a drenagem com
drenos mais calibrosos, com tamanhos entre 36-38Fr. De qualquer forma, como o enunciado se refere exclusivamente ao pneumotórax, podemos considerar essa
alternativa incorreta. Letra E: correta. O ATLS, em sua 10ª edição, mudou o local da toracocentese de alívio (em adultos) para o 5º espaço intercostal, ligeiramente
anterior a linha axilar média, principalmente pela possibilidade de parede torácica espessa, como nos obesos. Antigamente era preconizada no 2º espaço intercostal e
linha hemiclavicular. Em crianças o ATLS ainda mantém a recomendação anterior. Resposta: letra E.

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308 - 2022 HPP

» Estamos diante de uma paciente vítima de ferimento por arma branca em 4º espaço intercostal do hemitórax direito. Ao exame, a paciente apresenta murmúrio
vesicular abolido à direita. Neste contexto, pensamos ou em um hemotórax ou em um pneumotórax. Como ela tem macicez a percussão, a nossa grande hipótese é a
presença de hemotórax e a conduta deve ser drenagem torácica em selo d`água, procedimento que deve ser realizado no 5º espaço intercostal entre as linhas axilar
anterior e média. Gabarito: letra A.

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309 - 2022 HOB - DF

» Nos pacientes traumatizados com instabilidade hemodinâmica atribuída a presença de um choque hemorrágico a primeira conduta é a obtenção de 2 acessos venosos
calibrosos para repor rapidamente volume (cristaloide e hemocomponentes) e que também será necessário para administração das drogas utilizadas durante a
intubação, afinal, apesar de estar chocado este paciente encontra-se consciente, agitado porém solicitando ajuda. Resposta: letra B.

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310 - 2022 UDI

» A intenção da banca examinadora foi boa. Mas o enunciado foi um pouco mal feito e isso tornou a questão confusa. O que o autor quis perguntar foi sobre as indicações
de laparotomia no trauma abdominal contuso (fechado) em pacientes estáveis hemodinamicamente. Antes de responder essa questão vamos relembrar as indicações de
laparotomia em pacientes vítimas de trauma abdominal contuso ou fechado. 1º passo - Considerando o exame físico confíavel (ausência de rebaixamento do nível de
consciência, intoxicação por drogas ou álcool), fazemos a seguinte pergunta: Tem peritonite? Se sim, já está indicada a laparotomia sem necessidade de nenhum exame
complementar. Isso é o que chamamos de abdome cirúrgico. Agora, se a reposta for não, iremos para o segundo passo. 2º passo - Avaliar o status hemodinâmico. Em
pacientes instáveis, vítima de trauma abdominal exclusivo, podemos indicar laparotomia. Enquanto, nos instáveis politraumatizados, lançaremos mão do FAST ou do
lavado peritoneal diagnóstico. Em caso de positividade desses exames, também a laparotomia estará indicada. Já nos pacientes estáveis, estará indicada a realização da
tomografia de abdome com contraste. Se houver lesão de vísceras ocas (pneumoperitônio ou retropneumoperitônio) indica-se cirurgia. Os demais achados como lesões
de vísceras sólida ou presença de líquido livre, indicarão cirurgia à depender da classificação específica dos graus de cada orgão. Quanto ao líquido livre, dependerá da
presença de sensibilidade à palpação, sinal do cinto de segurança ou líquido em mais de um quadrante. Agora que relembramos esses conceitos, podemos avaliar as
alternativas: Letra A: incorreta. Lesão extensa de períneo, provavelmente necessitará de tratamento cirúrgico, mas isso não quer dizer que uma laparotomia será
associada, pode-se simplesmente realizar o desbridamento, reparo e sutura das lesões. Fraturas pélvicas podem ser tratadas várias maneiras (fixação externa,
angioembolização, tamponamento pré-peritoneal) antes pensarmos em laparotomia. Letra B: correta. Como revisamos, a presença de pneumo ou retropneumoperitônio
ou qualquer outra evidência de ruptura de víscera oca, indica a realização da laparotomia. Letra C: incorreta. Essa alternativa gerou confusão, devido ao enunciado mal
escrito e a mistura de conceitos. A presença de líquido livre confirmada por lavado peritoneal ou ultrassonografia (FAST), indica laparotomia em indivíduos instáveis
hemodinamicamente. Portanto, cuidado, pessoal! Para paciente estáveis, esses exames nem estariam indicados. E mesmo que fossem realizados, deveríamos realizar TC
complementar para investigar a origem do líquido e, aí sim, avaliar a necessidade de laparotomia. Letra D: incorreta. Lesões hepáticas (víscera sólida) em pacientes
estáveis e sem peritonite, que ainda estejam sem sinais de sangramento ativo, blush arterial ou líquido livre restrito apenas a um quadrante, podem serem inicialmente
observadas. Letra E: incorreta. Segue o mesmo raciocínio das lesões hepáticas. Além disso, atualmente até mesmo em lesões maiores, como as renais grau IV e V, em
pacientes estáveis, podem ser tratadas conservadoramente ou com tentativa de angioembolização em casos de lesões arteriais. Resposta: letra B

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311 - 2022 PSU - AL

» Estamos diante de um paciente vítima de trauma e veja como a questão nos faz pensar em pneumotórax hipertensivo: o paciente está chocado com timpanismo e
abolição do murmúrio vesicular em hemitórax à direita, além de turgência jugular. O pneumotórax hipertensivo acontece quando o ar penetra na cavidade pleural de
forma contínua e um mecanismo valvular o impede de sair. Uma grande quantidade de ar sob pressão na cavidade pleural causa colapso no pulmão deste lado, com
desvio da traqueia e mediastino, compressão do pulmão contralateral e aumento da pressão intratorácica levando à redução do retorno venoso, ocasionando a turgência
jugular. Estes pacientes evoluem rapidamente à insuficiência respiratória, hipotensão e choque. Ou seja, o pneumotórax hipertensivo apresenta comprometimento
ventilatório e hemodinâmico. Resposta: letra B.

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312 - 2022 CEP - SE

» Diante de uma laparotomia por arma branca, as indicações clássicas são evisceração, peritonite ou choque. Na questão, estamos diante de um paciente vitima de
trauma por arma de fogo, nestes casos, a conduta via de regra é laparotomia exploradora, pois o risco de lesão de órgão oco ou maciço é de aproximadamente 90%.
Além disso, o paciente tem um motivo a mais que é a presença de irritação peritoneal local. Resposta: letra A.

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313 - 2022 HNSC

» A questão deseja saber qual é a solução utilizada na ressucitação volêmica em pacientes politraumatizados que apresenta a maior resposta inflamatória. Dentre as
alternativas, o ringer lactato é o que apresenta a maior resposta inflamatória. Suas principais vantagens são a rápida expansão volêmica, reposição de potássio e cálcio e
menor incidência de acidose metabólica hiperclorêmica. Em contrapartida, a desvantagem é a maior resposta inflamatória causada pelo isômero D do lactato. Tal fato se
deve a uma provável dificuldade da mitocôndria em utilizar esse isômero como fonte de energia, levando ao seu acúmulo no plasma. Como existe toxicidade desse
isômero acumulado, ocorre uma excessiva ativação neutrofílica e aumento da expressão de moléculas de adesão em neutrófilos e endotélio, causando aumento da
resposta inflamatória sistêmica. Resposta: letra B.

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314 - 2022 REVALIDA INEP

» Trauma é um assunto sempre presente nas provas do INEP e normalmente, como neste caso, o que é cobrado é o atendimento seguindo o ABCDE e a resolução dos
problemas apresentados. Vamos avalair este caso em especial. Paciente, 22 anos de idade, atendido no Pronto Socorro de hospital, apresentava um ferimento por
projétil de arma de fogo no hemitórax direito. Ao exame físico: frequência respiratória de 24 incursões respiratórias por minuto, frequência cardíaca de 110 batimentos
por minuto, preenchimento capilar maior que 2 segundos, pressão arterial de 80 x 40 mmHg, estase jugular bilateral, desvio da traqueia para a esquerda, murmurio
vesicular abolido e timpanismo aumentado no hemitórax direito. Repare que durante a descrição do exame a banca examinadora lista inúmeros dados que nos faz
pensar em um pneumotórax HIPERTENSIVO, que é uma das armadilhas do B do "ABCDE" e que deve ser abordado IMEDIATAMENTE através de uma toracocentese de
alívio e depois a drenagem em selo d'água. Respsota: Letra C.

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315 - 2022 HPP

» O lavado peritoneal diagnóstico (LPD) é um exame invasivo normalmente utilizado no trauma abdominal contuso em pacientes instáveis para investigar lesão no interior
da cavidade abdominal. Este exame é positivo quando detecta sangramento ou conteúdo entérico no interior da cavidade, mais precisamente, ele é positivo quando: Há
presença de hemácias > 100.000/mm3; leucócitos > 500/mm3; amilase > 175UI/L; positividade para Gram e pesquisa positiva para bile ou fibras alimentares. Além
disso, ele é um exame altamente sensível e específico para lesões intra-abdominais e a presença de cirurgias prévias e obesidade não são contra-indicações para
realização deste exame. Portanto, gabarito: letra A.

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316 - 2022 SMS - PR

» Desta forma, atualmente, a tentativa de preservação esplênica é a regra e cada vez menos se opera os pacientes com lesão esplênica. Para isso, o paciente deve
preencher alguns requisitos: Estabilidade hemodinâmica; Exame abdominal negativo para irritação peritoneal; Ausência de indicações precisas de laparotomia ou de
lesões associadas que necessitem intervenção cirúrgica; Ausência de condições clínicas que aumentem o risco de sangramento (coagulopatias, uso de anticoagulantes
orais e insuficiência hepatocelular crônica); Lesões esplênicas graus I a III (veja Tabela 1 no início do tópico). Uma medida que vem ganhando grande destaque na
abordagem conservadora ao trauma esplênico é a arteriografia com angioembolização nas lesões que demonstram sangramento ativo na TC, coleção hiperdensa,
formada por meio de contraste, no parênquima esplênico – contrast blush (ex.: algumas lesões do tipo III e IV) que ainda apresentam parênquima esplênico viável. O
método, além de diagnóstico, é capaz de embolizar os vasos sangrantes. Cabe ressaltar que qualquer tipo de instabilidade hemodinâmica é contraindicação absoluta ao
método. Como a questão pede a incorreta. Resposta: letra C.

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317 - 2022 HOB - DF

» Nos pacientes traumatizados com choque hemorrágico são utilizados alguns critérios para saber se a reposição de hemocomponentes será realizada de maneira urgente
com sangue tipo específico ou em critério de emergência com hemocomponentes não tipados imediatamente em proporções idealmente de 1:1:1 (concentrado de
hemácias, plasma fresco, plaquetas) nos chamados protocolos de transfusão maciça. A maioria dos gatilhos para abertura destes protocolos está relacionada a dados
hemodinâmicos e das lesões associadas sintetizados no ABCscore, quando maior ou igual a 2 pode indicar a abertura do protocolo (cada um pontua 1: ferimento
penetrante no torso, FAST positivo, PAS < 90 mmHg, FC > 120 bpm), Shock index maior ou igual a 1,2 (relação entre FC e PAS) ou mesmo a presença de um choque
hemorrágico grau IV. Este paciente tem pelo menos 2 pontos do ABCscore, tem um Shock index de 2,23 e também apresenta-se em choque hemorrágico grau IV,
portanto, deverá sim ser iniciado o protocolo de transfusão maciça e o paciente levado ao centro cirúrgico o mais rápido possível. Resposta: letra A.

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318 - 2022 PSU - AL

» Veja como a questão nos leva ao diagnóstico de pneumotórax hipertensivo: é um paciente vítima de trauma chocado com murmúrio vesicular abolido e timpanismo em
hemitórax direito com turgência jugular. O pneumotórax hipertensivo acontece quando o ar penetra na cavidade pleural de forma contínua e um mecanismo valvular o
impede de sair. Uma grande quantidade de ar sob pressão na cavidade pleural causa colapso no pulmão deste lado, com desvio da traqueia e mediastino, compressão
do pulmão contralateral e aumento da pressão intratorácica levando à redução do retorno venoso, ocasionando a turgência jugular. Estes pacientes evoluem
rapidamente à insuficiência respiratória, hipotensão e choque. Ou seja, o pneumotórax hipertensivo apresenta comprometimento ventilatório e hemodinâmico. O
diagnóstico é clínico e deve ser suspeitado em pacientes politraumatizados com hipotensão, redução ou abolição do murmúrio vesicular, hipertimpanismo e turgência de
jugular. É considerado erro solicitar exame de imagem para seu diagnóstico. Se disponível, o E-FAST, por outro lado, pode ser utilizado para confirmação diagnóstica,
mas desde que não atrase o tratamento. A conduta imediata deve ser a toracocentese de alívio, realizada rapidamente para descompressão do pneumotórax
acometido e melhora dos parâmetros respiratórios e hemodinâmicos. E a conduta definitiva é a toracostomia com drenagem torácica fechada em selo d’água. Porém a
questão não parou na indicação da conduta imediata. Ela deseja saber qual o local para a realização toracocentese. Na 10ª edição do ATLS houve uma modificação com
relação a isso. Antes a toracocentese era realizada no 2º espaço intercosal em linha hemiclavicular. Agora deve ser realizada no mesmo local da drenagem de tórax:
entre o 5º e 6º espaços intercostais, anterior à linha axilar média, superior à costela inferior. A banca liberou como gabarito inicial a letra A com base no ATLS antigo.
Mas depois do recurso, como não há outra alternativa com o sítio correto de punção, corretamente anulou a questão.

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319 - 2022 EMCM

» Esta é uma questão que deve ser guardada na mente do aluno como o protótipo do paciente com trauma de uretra! Percebam que este paciente tem vários indícios de
que pode ter um trauma de uretra: hematoma perineal, presença de massa palpável e dolorosa em hipogástrio compatível com bexigoma e a presença de sangue na
sonda vesical de demora que não deveria ter sido passada, e o potencial achado seria de uretrorragia. Um dado importante que está ausente no exame físico o toque
retal, neste tipo de lesão é comum sentir a próstata cefalizada, pelo rompimento dos ligamentos que mantém a uretra membranosa fixada no assoalho urogenital. Na
suspeita de um trauma de uretra a sondagem vesical está formalmente contraindicada por potencial risco de agravar a lesão. Na suspeita deverá ser realizada uma
uretrocistografia retrógrada e caso confirme-se o trauma completo da uretra deverá ser feita um cistostomia por punção. Fatos importantes a serem lembrados são:
hematúria é totalmente diferente de uretrorragia! Os traumas de bexiga e rim podem evoluir com hematúria, por sua vez, o trauma de uretra se apresenta como
uretrorragia. Neste caso atual, a conduta então deverá ser a retirada da sonda vesical passada de maneira inadequada e a realização da cistostomia percutânea.
Gabarito: C

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320 - 2022 HPP

» A manobra de Pringle é uma manobra que consiste no clampeamento do hilo hepático (ducto colédoco, veia porta e artéria hepática). Este manobra é utilizada no
contexto de sangramento de origem hepática e o objetivo da mesma é identificar a origem do sangramento. Se o sangramento cessa durante esta manobra, a origem
deve ser o hilo hepático. Por outro lado, se o sangramento não cessa, muito provavelmente, a origem do sangramento são as veias retro-hepáticas. Por este motivo,
melhor resposta: letra B.

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321 - 2022 HOB - DF

» Nos pacientes politraumatizados com presença de choque hipovolêmico hemorrágico já foi validado e está bem estabelecido o uso do ácido tranexâmico (TRANSAMIN)
para redução dos eventos hemorrágicos tardios. O trial CRASH-2 demonstrou que a utilização do ácido tranexâmico em uma janela de até 3 horas do evento traumático é
capaz de reduzir de maneira significativa a morte por ressangramento nestes pacientes. o TRANSAMIN atua reduzindo a hiperfibrinólise que acontece nos pacientes com
traumas graves e portanto evita a dissolução do coágulo formado na hemostasia inicial. A dose habitual é um ataque com 1 grama seguido da infusão contínua de 1
grama em 8 horas. Resposta: letra A.

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322 - 2022 PSU - AL

» Estamos diante de um paciente cujo tórax foi drenado devido um pneumotórax hipertensivo há 5 dias. Hoje o dreno não está mais oscilante, tem débito de 25 mL/dia e a
radiografia de tórax demonstra um pulmão expandido. Vamos lembrar os critérios para retirada do dreno de tórax: Drenagem inferior a 100 mL em 24 horas; Líquido
seroso; Ausência de bolhas de ar; Melhora do padrão respiratório e expansibilidade pulmonar. A questão não deu maiores informações sobre o estado atual do paciente,
mas como base no descrito podemos ver que já há critérios para retirada do dreno. Resposta: letra B.

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323 - 2022 HPP

» A questão nos mostra um paciente com quadro clássico de Síndrome Compartimental Abdominal (SCA): em pós-operatório de cirurgia intra-abdominal que apresenta
abdome distendido e tenso, com sinais de disfunções orgânicas, e a medida da Pressão Intra-Abdominal (PIA) se encontra em 26 mmHg. Vale lembrar que a SCA é
decorrente de elevação da PIA. O valor normal da PIA está em torno de 0 a 7 mmHg. Hipertensão intra-abdominal ocorre na presença de níveis de PIA maiores ou iguais a
12 mmHg. O grau I corresponde aos valores entre 12 e 15 mmHg; grau II de 16 a 20 mmHg; grau III, 21 a 25 mmHg; e no grau IV os valores passam de 25 mmHg.
Dizemos que um paciente está desenvolvendo SCA, quando seus níveis de PIA estão acima de 20 mmHg (graus III e IV), acompanhados pela disfunção de um ou mais
órgãos (como o aumento da pressão da via aérea, oligúria e hipotensão). Níveis de PIA maiores do que 25 mmHg estão invariavelmente relacionados à disfunção
orgânica, e a laparotomia descompressiva está sempre indicada. O procedimento deve ser realizado em centro cirúrgico e consiste na abertura dos pontos com
exteriorização da cavidade, que deve ser recoberta com bolsas plásticas (bolsa de Bogotá) ou materiais sintéticos. Resposta: letra D.

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324 - 2022 HOB - DF

» Neste caso temos um paciente INSTÁVEL HEMODINAMICAMENTE após ter sido vítima de um ferimento por arma branca no hipocôndrio direito, provavelmente com
alguma lesão grave do fígado. O fato de um ferimento penetrante em localização conhecida e a presença de INSTABILIDADE HEMODIN MICA já define a conduta:
LAPAROTOMIA EXPLORADORA com realização de hemostasia do sangramento. A realização do FAST neste momento não é necessária para definir a conduta! A indicação
clássica e com maior evidência de acurácia na literatura é a utilização do FAST em pacientes politraumatizados com instabilidade hemodinâmica e suspeita de choque
hemorrágico e que não é possível definir a fonte de sangramento, neste cenário o FAST tem fator primordial ao definir se a fonte de sangramento é intraperitoneal ou
não. Atualmente na maioria dos serviços acaba sendo realizado o extended FAST (e-FAST) que otimiza ainda mais a busca da fonte de choque hemorrágico ao avaliar
também as cavidades pleurais, podendo diagnosticar a presença de hemotórax ou mesmo pneumotórax. Resposta: letra B.

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325 - 2022 CEP - SE

» A questão apresenta um paciente vítima de choque hipovolêmico e instabilidade hemodinâmica devido a traumatismo abdominal contuso. Foi indicada uma laparotomia
e foi evidenciada uma lesão hepática grau V.Todo paciente vítima de trauma, com hipovolemia, revela-se predisposto à tríade letal, composta por: acidose, hipotermia e
coagulopatia. Por esse motivo, nesses pacientes, a cirurgia deve ser abreviada o máximo possível, evitando-se ressecções extensas e anastomoses, objetivando-se evitar
a perpetuação da tríade letal.A cirurgia de controle de danos é composta por três tempos.Primeiro tempo: controle de infecção (ressecar alças e sepultar cotos,
drenagens, lavagens) e controle sangramento (ligaduras, rafias, patches, compressas nos 4 quadrantes). No primeiro tempo, é realizado o diagnóstico rápido da lesão e o
fechamento temporário da cavidade (vácuo, Bogotá, peritoneostomia). Segundo tempo: terapia intensiva - controle da tríade letal (acidose, coagulopatia e hipotermia).
Terceiro tempo, por fim: revisão cirúrgica em 48-72h (tratamento definitivo).Logo, a cirurgia deve ser abreviada e o sangramento deve ser controlado através de
compressas.Resposta: letra D.

326 - 2022 HPP

» Estamos diante de um paciente vítima de ferimento por arma branca em zona II cervical esquerda. Ao exame, encontra-se estável hemodinamicamente, com presença
de um hematoma não expansivo no local, porém apresenta-se com rouquidão e desvio da traqueia. A questão deseja saber qual a melhor conduta neste momento.
Durante a avaliação do trauma penetrante cervical, é fundamental dividirmos o pescoço por zonas, pois a conduta e as estruturas atingidas podem variar na
dependência do local atingido (veja a imagem abaixo). Tradicionalmente, as lesões nas zonas I e III deveriam ser avaliadas por métodos complementares, enquanto as
lesões na zona II requeriam cirurgia imediata. No entanto, esta conduta vem sofrendo alterações e atualmente temos: - Pacientes instáveis ou com sangramento ativo,
ou hematoma em expansão, ou que apresentem lesão aerodigestiva óbvia (como rouquidão e desvio da traqueia): EXPLORAÇÃO CIRÚRGICA; - Paciente estável e sem
outra indicação cirúrgica: avaliação complementar antes de uma possível intervenção cirúrgica: os principais exames incluem Tomografia Computadorizada (TC),
Angiografia por TC (Angio-TC), ultrassom-Doppler, arteriografia, laringoscopia, broncofibroscopia, Endoscopia Digestiva Alta (EDA) e esofagografia. Como este paciente
apresenta uma lesão aerodigestiva (rouquidão e desvio da traqueia) devemos indicar a cervicotomia exploradora. Resposta: letra C.

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327 - 2022 HMDI

» Vamos analisar as alternativas:Letra A: incorreta. Nos pacientes pediátricos, prefere-se utilizar a lâmina reta, pois, em crianças menores de 2 anos, a epiglote geralmente
é maior e com ângulo mais agudo.Letra B: correta. Este é o tamanho aproximado entre a abertura da orofaringe e a epiglote.Letra C: incorreta. Como vimos, a prefência
da lâmina reta em crianças é pelo tamanho aumentado da epiglote e pela sua angulação mais aguda. Letra D: incorreta. Quando suspeita de trauma na coluna cervical,
devemos utilizar uma lâmina reta, pois a laringoscopia com esta lâmina resulta em menos movimento.Resposta: letra B.

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328 - 2022 HMDI

» Estamos diante de um paciente politraumatizado hipotenso, taquicárdico com FC de 105 bpm e dor abdominal, e a questão quer saber a conduta inicial pelo ATLS.
Segundo o ABCDE do ATLS, devemos iniciar o atendimento com o A, garantindo via aérea pérvia e estabilização da coluna cervical. Mas quando olhamos as alternativas
vemos que a questão pula logo para o C, avaliando a circulação do paciente. E o que ela quer na verdade é saber qual a classificação de choque segundo o Colégio
Americano de Cirurgiões e a conduta diante disso. Quando o paciente encontra-se hipotenso e com FC entre 100 e 120 bpm, estamos diante de um choque grau III, e a
conduta segundo o ATLS deve ser iniciar cristaloide mas já considerar hemoderivados. E caso o paciente estivesse estável poderíamos encaminhá-lo para realizar a TC,
mas como está chocado a TC é contraindicada. Neste caso, pode ser realizado o FAST ou LPD e encaminhado ao centro cirúrgico caso positivo. Pois bem, mas quando
olhamos as alternativas vemos que em nenhuma delas há a classificação como choque grau III e a conduta com FAST ou LPD. Desta forma, a questão não tem resposta
correta e deveria ter sido anulada. Entretanto, a banca não voltou atrás e manteve o gabarito como letra B. Resposta da banca: letra B. Resposta do Medgrupo: a
questão deveria ter sido anulada.

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329 - 2022 REVALIDA INEP

» Paciente com história de trauma contuso de abdome, sem evidência de lesões em outros segmentos cor'poreos. Ao exame físico, apresenta frequência cardíaca de 84
batimentos por minuto, preenchimento capilar menor que 2 segundos, pressão arterial de 115 x 65 mmHg. Ou seja, ESTÁVEL HEMODINAMICAMENTE. Durante o
atendimento inicial foi utilizada sondagem vesical de demora que evidenciou hematúria maciça. Lembre-se que emsmo não sendo obrigatória a hematúria nos faz pensar
em lesão renal e das vias urinárias. A tomografia de abdome com contraste endovenoso mostrou uma lesão renal grau III, correspondendo a laceração cortical do
parênquima renal maior que 1 cm, sem extravasamento urinário. Ou seja, uma lesão de baixo grau. Somando todos os dados fica evidente de que a conduta deverá ser
conservadora. Veja que o paciente não apresenta nenhuma indicação cirúrgica, nem blush arterial para indicar alguma arteriografia com angioembolização. A hematúria
vai melhorar de acordo com a evolução da doença e pode ser um parâmetro de melhora. Respsota: Letra D.

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330 - 2022 CERMAM

» A questão nos traz um paciente jovem, vítima de queda de altura com trauma abdominal contuso e estável hemodinamicamente (apenas tendendo à taquicardia). Todo
o restante do exame físico e neurológico não sugerem outras lesões além da abdominal. De acordo com o que foi descrito na questão, imediatamente, temos que pensar
na lesão mais comum associada a esse mecanismo de trauma, a lesão esplênica! Então vamos às assertivas: Letra A: incorreta. Por mais que esse paciente possa evoluir
para instabilidade hemodinâmica nas próximas horas, no momento não há justificativas para submeter esse paciente a uma laparotomia, sem antes investigar esse
abdômen com exames de imagem (nesse caso com tomografia). Vale lembrar também que as indicações de laparotomia no trauma contuso de abdome são: sinais de
peritonite e retro ou pneumoperitôneo. Letra B: incorreta. Alternativa completamente errada. Por qual motivo e o exame físico seria inconclusivo? Ora, o paciente está
alerta (exame físico confiável) e apresenta ausculta torácica normal. Além disso, a radiografia de abdômen sequer é solicitada de rotina no trauma. Podemos solicitar
esse exame em casos de abdômen agudo, seja para avaliar a distensão de alças (abdômen agudo obstrutivo) ou para procurar pneumoperitôneo (abdômen agudo
perfurativo). Sem contar que, além de tudo já mencionado, a radiografia de abdômen não é um bom exame para avaliar vísceras maciças. Letra C: incorreta. Como o
pâncreas é um órgão totalmente retroperitoneal, a ultrassonografia não é um bom exame para avaliar lesoes traumáticas pancreáticas (muitas vezes as alças de
delgado sobrepostas prejudicam bastante a avaliação desse órgão). Outro detalhe que vale ser destacado é que a amilase sérica normal não afasta, inicialmente, o
trauma pancreático, pois pode demorar mais de 4 horas ou até dias para se elevar. Letra D: correta. A Tomografia avalia exatamente o que está descrito nessa
alternativa, sendo o exame mais indicado em casos de pacientes estáveis, com trauma abdominal contuso. Ela permite, inclusive, classificar o grau da provável lesão
esplênica, além de viabilizar o planejamento do tratamento (muitas vezes inicialmente conservador). Resposta: Letra D.

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331 - 2022 HMDI

» Questão direta e objetiva sobre o FAST. Vamos analisar as alternativas. Letra A: incorreta. No quadrante superior direito do abdome avaliaremos o espaço hepatorrenal
(Morrison, subdiafragmático e subhepático). Existe um erro de conceito aqui que se repete em outras alternativas. O foco do FAST não é avaliar os órgãos em si, mas o
espaço. Este deve ser um espaço morto, sem líquido livre. Quando houver líquido livre consideramos FAST positivo, e no contexto do trauma, consideramos que este
líquido livre deve ser sangue. Letra B: incorreta. O e-FAST inclui a avaliação do tórax na investigação de hemotórax e pneumotórax, porém não devemos somente
avaliar os ápices. Devemos avaliar ápices e bases bilateralmente. Letra C: incorreta. No quadrante superior esquerdo do abdome avaliaremos o espaço esplenorrenal.
Novamente, o foco não é a análise dos órgãos em si, mas o espaço em busca de líquido livre. Além disso, o sangramentos de retroperitoneo não são bem avaliados pelo
FAST. Letra D: incorreta. No abdome inferior avaliaremos a janela suprapúbica, na pelve, em busca de líquido livre ao redor da bexiga. O foco não é avaliar a bexiga em
si, mas o espaço ao seu redor. Como não havia resposta correta, a banca examinadora corretamente anulou a questão.

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332 - 2022 CEP - SE

» A questão apresenta paciente jovem, vítima de trauma torácico, que apresenta movimento paradoxal ao exame físico.Esse quadro é característico do tórax instável. O
tórax instável é caracterizado pela existência de fraturas em dois ou mais arcos consecutivos, em pelo menos dois pontos em cada arco costal. Geralmente, o quadro se
associa à contusão pulmonar grave. A clínica compreende dor torácica e movimento paradoxal. Pode ocorrer, também, queda da saturação e desconforto respiratório. O
tratamento reside em analgesia, suporte respiratório e fisioterapia respiratória. Nos casos em que há contusão pulmonar associada, o quadro pode ser mais grave (em
função da contusão pulmonar). Nesses cenários, pode ser necessária a adoção de outras condutas, como a obtenção de via aérea definitiva ou até a realização de uma
toracotomia.Resposta: letra B.

333 - 2022 HMDI

» Estamos diante de um paciente politraumatizado, agitado, hipotenso e taquicárdico com FC 125 bpm, com dor abdominal e FAST positivo em janela pélvica /
suprapúbica. Como todo paciente politraumatizado, devemos seguir o ABCDE do protocolo do ATLS, iniciando pelo A pela avaliação da perviedade das vias aéreas e
estabilização da cervical. Entretanto, as alternativas já nos levam ao C, pela avaliação da circulação do paciente. Estamos diante de um paciente hipotenso e com FC 125
bpm, ou seja, um choque grau III. Diante disso, já podemos puncionar dois acessos periféricos calibrosos para infundir cristaloide aquecido, e já devemos considerar a
utilização de hemoderivados. Mas quando devemos iniciar protocolo de transfusão maciça ao paciente? Para isso existe o ABC score, um escore que ainda não consta
no ATLS 10ª edição, mas vem sendo citado constantemente em estudos mais atuais. Segundo o ABC score, devemos indicar a transfusão maciça quando houver pelo
menos 2 dos 4 parâmetros a seguir: trauma penetrante; FAST positivo; PAS < 90 mmHg; FC > 120 bpm. Ou seja, se o paciente tem choque grau III já tem indicação de
hemotransfusão. Além disso, o paciente apresenta dor abdominal com FAST positivo. Ou seja, há líquido livre intraabdominal. E como o paciente está chocado é
contraindicada a TC, devendo ser encaminhado diretamente ao centro cirúrgico para realização de laparotomia. Diante disso, vamos analisar as alternativas. Letra A:
incorreta. A TC é contraindicada devido à instabilidade hemodinâmica. Letra B: incorreta. A resposta está incompleta. Por ser grau III, este paciente já tem indicação de
hemotransfusão. Letra C: incorreta. Apesar da conduta de reposição volêmica com cristóide e sangue estar correta, a TC é contraindicada. Letra D: correta. Esta acaba
sendo a resposta mais completa diante das alternativas, uma vez que cita o acesso venoso, a reposição com cristaloide e hemoderivados e o encaminhamento ao centro
cirúrgico. Como podemos ver, a melhor resposta seria a letra D. Entretanto a banca liberou como gabarito a letra B e não aceitou recurso. Resposta da banca: letra B.
Resposta do Medgrupo: letra D.

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334 - 2022 SMS - JP

» A Síndrome Compartimental Aguda (SCA) é uma emergência ortopédica na qual a pressão aumentada em um espaço fechado musculofascial pode lesar
irreversivelmente os tecidos dentro do compartimento, especialmente músculos e nervos. Mas como isso ocorre? Os membros superior e inferior são divididos em
espaços anatômicos por septos da fáscia muscular, uma camada de tecido fibroso que recobre grupamentos musculares, separando-os em compartimentos. A SCA é
particularmente frequente no compartimento flexor do antebraço e no compartimento anterior da perna. O fator desencadeante é o edema muscular, proporcional ao
dano tecidual. Se existe fratura, o problema se agrava pela lesão vascular (hematoma, isquemia-reperfusão). O sintoma mais importante e fundamental (sempre está
presente) é a dor muito intensa que não melhora com analgésicos e piora com o estiramento do compartimento. Habitualmente, apresenta parestesia de extremidade e
alguma insensibilidade. No exame, o compartimento fasciomuscular apresenta-se tenso e edemaciado, com dor à palpação e à mobilização passiva dos dedos. Fraqueza
motora é uma alteração tardia e geralmente existe pulso, porque em um paciente normotenso, as pressões musculares raramente excedem o nível sistólico. Mesmo
pacientes hipotensos podem desenvolver a síndrome. Em inglês, os sinais e sintomas da SCA são conhecidos como os cinco "P": pain, paresthesia, paralysis, pallor and
pulseless. Dentre as alternativas, a única que é uma indicação de fasciotomia é o agravamento dos sinais neurológicos (a parestesia, um dos cinco "P") após
revascularização. Resposta: Agravamento progressivo dos sinais neurológicos após revascularização.

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335 - 2022 SCMCG

» A questão deseja saber qual, entre as alternativas, não indica laparotomia exploradora imediata em crianças vítimas de trauma. A avaliação diagnóstica inicial do trauma
abdominal não visa determinar precisamente o órgão acometido, e sim se existe ou não indicação cirúrgica. Por isso, a laparotomia é indicada sempre que o abdome for
considerado cirúrgico. Ok, mas quando o abdome é considerado como sendo cirúrgico? Depende do tipo de trauma:PENETRANTE: quando o paciente apresentar choque
(letras C e D: incorretas) e/ou peritonite e/ou evisceração;CONTUSO: quando o paciente apresentar peritonite e/ou retropneumoperitônio e/ou pneumoperitônio (em
casos de perfuração intestinal - letra A: incorreta).Agora, se o abdome não for cirúrgico, podemos optar por exames de imagem para elucidação diagnóstica. Um exemplo
desses casos são as lesões de órgãos sólidos, como o fígado e o baço, que são diagnosticadas pela tomografia computadorizada de abdome.Resposta: letra B.

336 - 2022 HOB - DF

» Estamos diante de uma paciente vítima de atropelamento queixando-se de dor em hemitórax direito e abdome. Ao exame, encontra-se estável hemodinamicamente e o
único achado relevante é uma dor leve em hipocôndrio direito. Além disso, realizou uma tomografia de abdome que revelou uma lesão hepática grau III em segmentos V
e VI com a presença de blush de contraste. A questão deseja saber se a laparotomia exploradora é a melhor conduta neste caso. Antes de mais nada, o que é uma lesão
hepática grau III? Observe a tabela abaixo que mostra a classificação da American Association for the Surgery os Trauma (AAST). Repare que a classificação do trauma
hepático é feita de acordo com sua localização e profundidade. As lesões grau I, II e III são chamadas de "simples", enquanto as demais (IV, V e IV) são ditas
"complexas". A lesão hepática grau III pode ser um hematoma subcapsular > 50% da superfície ou expansivo ou roto com sangramento ativo; ou ainda pode ser uma
laceração de > 3 cm de profundidade no parênquima. Agora que já sabemos o que é uma lesão hepática grau III, o que fazemos com ela? O traumatismo hepático
fechado em pacientes estáveis pode ser manejado de forma conservadora e este conceito tem ganhado cada vez mais aceitação na cirurgia do trauma. Até pouco tempo
atrás, as indicações clássicas de conduta não operatória eram: (1) Estabilidade hemodinâmica; (2) Nível de consciência preservado; (3) Ausência de indicações claras de
laparotomia, como sinais de peritonite; (4) Lesões hepáticas de baixo grau (I a III); (5) Necessidade de menos de duas a quatro unidades de concentrado de hemácias.
Atualmente, com os avanços em técnicas, como a embolização angiográfica, o número de indicações cirúrgicas na lesão fechada do fígado tem caído substancialmente.
De acordo com o Schwartz, a única contraindicação absoluta ao tratamento conservador é a instabilidade hemodinâmica por sangramento intra-peritoneal. O que
sabemos é que as vítimas de trauma estáveis hemodinamicamente e que não apresentem sinais clínicos de peritonite podem ser acompanhadas clinicamente, mesmo
aquelas lesões graus IV e V. Resposta: letra B.

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337 - 2022 CEP - SE

» Você está diante de um paciente vítima de "queda à cavaleiro" cursando com uretrorragia e hematomas peniano e de bolsa escrotal, quadro clínico clássico de trauma
de uretra anterior.A primeira conduta a ser realizada em um paciente com uretrorragia pós-trauma é a realização de URETROGRAFIA RETRÓGRADA, para avaliar da
localização do trauma. Vamos à análise das alternativas: Letra A: incorreta. A sondagem vesical é contra-indicada nesse momento, pois pode agravar a lesão uretral.
Letra B: correta. Como já dito, deve ser realizada a uretrografia retrógrada em todos os pacientes com suspeita de lesão uretral. Letra C: incorreta. O diagnóstico mais
provável realmente é lesão de uretra bulbar (anterior) devido o mecanismo de trauma ser a cavaleiro. Entretanto o tratamento pode ser a realização de cistostomia, com
posterior reavaliação ou até mesmo realinhamento primário por cistoscopia. Letra D: incorreta. A primeira medida é a realização de uretrografia retrógrada. A
cistostomia é uma forma de tratamento "temporário" que dá segurança para o urologista poder tratar lesões tanto parciais, quanto completas, em um segundo
momento. Letra E: incorreta. A drenagem do hematoma raramente é necessária, pois habitualmente a correção da lesão já trata o hematoma. Resposta: letra B.

338 - 2022 HOB - DF

» Estamos diante de uma paciente vítima de atropelamento queixando-se de dor em hemitórax direito e abdome. Ao exame, encontra-se estável hemodinamicamente e o
único achado relevante é uma dor leve em hipocôndrio direito. Além disso, realizou uma tomografia de abdome que revelou uma lesão hepática grau III em segmentos V
e VI com a presença de blush de contraste. A questão deseja saber se o líquido livre na cavidade pode ser justificado apenas pela presença da lesão hepática neste caso.
Em casos de trauma, o líquido livre em cavidade pode ser decorrente de sangramento de vísceras sólidas (como baço e fígado) ou pelo extravazamento de líquido
gastrointestinal devido à ruptura de vísceras ocas (como estômago, intestino delgado ou grosso). Por isso, no caso em questão, o líquido livre pode sim ser justificado
apenas pela lesão hepática que apresenta blush de contraste. Resposta: letra A.

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339 - 2022 HOB - DF

» Estamos diante de uma paciente vítima de atropelamento queixando-se de dor em hemitórax direito e abdome. Ao exame, encontra-se estável hemodinamicamente e o
único achado relevante é uma dor leve em hipocôndrio direito. Além disso, realizou uma tomografia de abdome que revelou uma lesão hepática grau III em segmentos V
e VI com a presença de blush de contraste. A questão deseja saber se a angioembolização é uma maneira efetiva para tratar esse paciente. Antes de mais nada, o que é
uma lesão hepática grau III? Observe a tabela abaixo que mostra a classificação da American Association for the Surgery os Trauma (AAST). Repare que a classificação
do trauma hepático é feita de acordo com sua localização e profundidade. As lesões grau I, II e III são chamadas de "simples", enquanto as demais (IV, V e IV) são ditas
"complexas". A lesão hepática grau III pode ser um hematoma subcapsular > 50% da superfície ou expansivo ou roto com sangramento ativo; ou ainda pode ser uma
laceração de > 3 cm de profundidade no parênquima. Atualmente, com os avanços em técnicas, como a embolização angiográfica, o número de indicações cirúrgicas
na lesão fechada do fígado tem caído substancialmente. De acordo com o Schwartz, a única contraindicação absoluta ao tratamento conservador é a instabilidade
hemodinâmica por sangramento intra-peritoneal. O que sabemos é que as vítimas de trauma estáveis hemodinamicamente e que não apresentem sinais clínicos de
peritonite podem ser acompanhadas clinicamente, mesmo aquelas lesões graus IV e V. Resposta: letra A.

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340 - 2022 HAC - PR

» Estamos diante de um paciente politraumatizado após trauma auto-anteparo. Deve ser seguido o protocolo do ATLS. Durante a avaliação do B (respiração), foi
encontrada à esquerda crepitação óssea, equimoses, murmúrio vesicular abolido e macicez à percussão. Estamos diante de um quadro de hemotórax. O hemotórax é
definido como acúmulo de sangue na cavidade pleural, geralmente por lesão de vasos intercostais ou da artéria mamária interna. A toracostomia com drenagem em selo
d’água deve ser indicada imediatamente. Logo, o gabarito da questão é a letra D. Vamos às alternativas. Letra A: incorreta. No pneumotórax aberto temos um trauma
torácico aberto, com uma lesão na parede torácica que estabelece uma comunicação da cavidade pleural com o ar atmosférico. Neste caso, além de visualizar a lesão,
teríamos uma percussão timpânica, diferente do caso apresentado. Letra B: incorreta. No pneumotórax hipertensivo esperaríamos percussão timpânica e turgência de
jugular ao exame físico. Letra C: incorreta. No derrame pericárdico esperaríamos a tríade de Beck com abafamento de bulhas, hipotensão e turgência jugular. Não foi
relatado abafamento de bulhas nem turgência jugular. Letra E: incorreta. As lesões de aorta torácica levam a maioria das vítimas à morte imediata. Entretanto, em
cerca de 20% dos pacientes o sangramento é contido por tecidos periaórticos, formando uma espécie de aneurisma traumático do vaso, que não leva ao óbito imediato,
mas pode ser rompido nas próximas 24 horas. Geralmente o paciente não apresenta achados clínicos específicos à lesão de aorta. No entanto, deve ser suspeitada caso
haja história de trauma por desaceleração somado a alargamento de mediastino e perda do contorno aórtico na radiografia de tórax. Resposta: letra D.

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341 - 2022 HOB - DF

» Estamos diante de uma paciente vítima de atropelamento queixando-se de dor em hemitórax direito e abdome. Ao exame, encontra-se estável hemodinamicamente e o
único achado relevante é uma dor leve em hipocôndrio direito. Além disso, realizou uma tomografia de abdome que revelou uma lesão hepática grau III em segmentos V
e VI com a presença de blush de contraste. A questão deseja saber se a cirurgia de controle de danos promove benefícios em pacientes com lesões hepáticas como essa.
Antes de mais nada, o que é uma lesão hepática grau III? Observe a tabela abaixo que mostra a classificação da American Association for the Surgery os Trauma (AAST).
Repare que a classificação do trauma hepático é feita de acordo com sua localização e profundidade. As lesões grau I, II e III são chamadas de "simples", enquanto as
demais (IV, V e IV) são ditas "complexas". A lesão hepática grau III pode ser um hematoma subcapsular > 50% da superfície ou expansivo ou roto com sangramento
ativo; ou ainda pode ser uma laceração de > 3 cm de profundidade no parênquima. Agora que já sabemos o que é uma lesão hepática grau III, o que fazemos com ela?
Atualmente, com os avanços em técnicas, como a embolização angiográfica, o número de indicações cirúrgicas na lesão fechada do fígado tem caído substancialmente.
De acordo com o Schwartz, a única contraindicação absoluta ao tratamento conservador é a instabilidade hemodinâmica por sangramento intra-peritoneal. O que
sabemos é que as vítimas de trauma estáveis hemodinamicamente e que não apresentem sinais clínicos de peritonite podem ser acompanhadas clinicamente, mesmo
aquelas lesões graus IV e V. Mas e o que é a cirurgia de controle de danos? Vale lembrar que a cirurgia para o controle do dano - damage control - representa uma nova
abordagem em casos graves, com lesões multiorgânicas que apresentam grandes perdas volêmicas. Em última análise, ela visa evitar a evolução para a tríade letal
(hipotermia + coagulopatia + acidose metabólica). Por isso, este tipo de cirurgia não está indicada em um paciente com uma lesão hepática "leve" e que apresenta
estabilidade hemodinâmica, e que pode ser tratado de maneira conservadora ou por embolização angiográfica. Resposta: letra B.

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342 - 2022 EMCM

» Questão bastante objetiva que cobra o nível de consciência pela escala de Glasgow, vamos relembrar: Abertura ocular: 4 - espontânea / 3 - ao estímulo verbal / 2 - ao
estímulo doloroso / 1 - sem resposta; Resposta verbal: 5 - orientado / 4 - confuso / 3 - palavras inapropriadas / 2 - sons incompreensíveis / 1 - sem resposta; Resposta
motora: 6 - obedece a comandos / 5 - localiza dor / 4 - retirada inespecífica a dor / 3 - flexão anormal (decorticação) / 2 - extensão anormal (descerebração) / 1 - sem
resposta; O paciente em questão encontra-se sem abertura ocular (O = 1), com fala confusa (V = 4) e localiza o estímulo doloroso (M = 5), logo a pontuação na escala de
coma de Glasgow é de 1 + 4 + 5 = 10. Resposta: letra A.

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343 - 2022 HEDA

» Paciente com trauma penetrante abdominal, instável hemodinamicamente caracterizado pela hipertensão arterial e com sinais de peritonite pelo achado semiológico de
“abdome em tábua”, nesta situação a conduta mais adequada é levar o paciente ao centro cirúrgico e realizar uma laparotomia exploradora. Apesar de incoerente no
caso clínico foi devido à hipotensão arterial neste momento, foi realizada uma tomografia de abdome que dá ainda mais embasamento à conduta cirúrgica pela presença
de líquido livre intraperitoneal. Todas as outras condutas que não sejam cirúrgicas incluindo a realização de uma endoscopia digestiva alta, punção do líquido abdominal,
monitorização da PVC ou início de antibioticoterapia de amplo espectro isoladamente culminarão provavelmente com o óbito do paciente. Resposta: letra A.

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344 - 2022 HAC - PR

» Estamos diante de um paciente politraumatizado após trauma auto-anteparo. Deve ser seguido o protocolo do ATLS. Durante a avaliação do B (respiração), foi
encontrada à esquerda crepitação óssea, equimoses, murmúrio vesicular abolido e macicez à percussão. Estamos diante de um quadro de hemotórax. O hemotórax é
definido como acúmulo de sangue na cavidade pleural, geralmente por lesão de vasos intercostais ou da artéria mamária interna. A toracostomia com drenagem em selo
d’água deve ser indicada imediatamente. Prosseguindo ao C (circulação), devemos puncionar dois acessos venosos periféricos calibrosos para a reposição volêmica de
solução cristalóide aquecida, de preferência Ringer Lactato. Logo, temos como gabarito a letra A. Vamos às alternativas. Letra B: incorreta. O diagnóstico de
hemotórax é clínico e assim que suspeitado deve ser indicada a toracostomia com drenagem em selo d’água. A radiografia de tórax pode auxiliar no diagnóstico, mas
não é necessária antes da definição de conduta. Letra C: incorreta. As lesões de aorta torácica levam a maioria das vítimas à morte imediata. Entretanto, em cerca de
20% dos pacientes o sangramento é contido por tecidos periaórticos, formando uma espécie de aneurisma traumático do vaso, que não leva ao óbito imediato, mas pode
ser rompido nas próximas 24 horas. Geralmente o paciente não apresenta achados clínicos específicos à lesão de aorta. No entanto, deve ser suspeitada caso haja
história de trauma por desaceleração somado a alargamento de mediastino e perda do contorno aórtico na radiografia de tórax. Letra D: incorreta. A toracotomia não
deve ser indicada de imediato nos casos de hemotórax. Entretanto, tem suas indicações pelo ATLS: após a drenagem imediata de mais de 1500 mL de sangue. A última
edição do Sabiston diz que caso o paciente drene mais de 1500 mL imediatamente porém o sangramento cesse e o paciente esteja hemodinamicamente pode ser
indicada conduta conservadora. após a drenagem de mais de 200 mL/hora de sangue nas primeiras duas a quatro horas. A última edição do Sabiston inclui a drenagem
de 300 mL/h em três horas consecutivas neste quesito. após de drenagem de menos de 1500 mL de sangue mas que continuam a sangrar instabilidade hemodinâmica
mantida de origem torácica e necessidade contínua de hemotransfusões.
Letra E: incorreta. O tratamento do hemotórax é a toracostomia com drenagem em selo d’água, que leva à reexpansão pulmonar, comprimindo o vaso lesado e cessando
o sangramento. Não está indicada a toracocentese (punção) nestes casos. E lembre-se a toracocentese atualmente não é mais realizada no segundo espaço intercostal
como sugere a alternativa. Hoje é preconizada sua realização no mesmo sítio da toracostomia com drenagem em selo d’água, no 5º espaço intercostal, anterior à linha
axilar média. Resposta: letra A.

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345 - 2022 HOB - DF

» Estamos diante de uma paciente vítima de atropelamento queixando-se de dor em hemitórax direito e abdome. Ao exame, encontra-se estável hemodinamicamente e o
único achado relevante é uma dor leve em hipocôndrio direito. Além disso, realizou uma Tomografia Computadorizada (TC) de abdome que revelou uma lesão hepática
grau III em segmentos V e VI com a presença de blush de contraste. A questão deseja saber se o controle de hemoglobina e hematócrito é uma maneira efetiva de
avaliar o ressangramento de uma lesão hepática como a deste caso. Antes de mais nada, o que é uma lesão hepática grau III? Observe a tabela abaixo que mostra a
classificação da American Association for the Surgery os Trauma (AAST). Repare que a classificação do trauma hepático é feita de acordo com sua localização e
profundidade. As lesões grau I, II e III são chamadas de "simples", enquanto as demais (IV, V e IV) são ditas "complexas". A lesão hepática grau III pode ser um
hematoma subcapsular > 50% da superfície ou expansivo ou roto com sangramento ativo; ou ainda pode ser uma laceração de > 3 cm de profundidade no parênquima.
Atualmente, com os avanços em técnicas, como a embolização angiográfica, o número de indicações cirúrgicas na lesão fechada do fígado tem caído substancialmente.
De acordo com o Schwartz, a única contraindicação absoluta ao tratamento conservador é a instabilidade hemodinâmica por sangramento intra-peritoneal. O que
sabemos é que as vítimas de trauma estáveis hemodinamicamente e que não apresentem sinais clínicos de peritonite podem ser acompanhadas clinicamente, mesmo
aquelas lesões graus IV e V. Estes pacientes devem permanecer em repouso absoluto por cinco dias (as primeiras 48h em terapia intensiva) e o acompanhamento dos
sinais vitais e a solicitação de hematócritos seriados são medidas recomendadas. O nível de consciência e a quantidade de sangue transfundido deixam de ter
importância como tinham anteriormente. Caso o hematócrito caia, o paciente é submetido à nova TC de abdome. Resposta: letra A.

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346 - 2022 MULTIVIX

» Estamos diante de um paciente vítima de lesão penetrante em região cervical, que apresenta história de sangramento moderado. Vamos lembrar a conduta nas lesões
cervicais.PACIENTES INSTÁVEIS OU COM SANGRAMENTO ATIVO OU HEMATOMA EM EXPANSÃO OU LESÃO AERODIGESTIVA ÓBVIA = exploração cirúrgica
imediata;PACIENTES ESTÁVEIS E SEM OUTRA INDICAÇÃO CIRÚRGICA = avaliação complementar antes de uma possível intervenção cirúrgica. Os principais exames
incluem Tomografia Computadorizada (TC), Angiografia por TC, ultrassom-Doppler, arteriografia, laringoscopia, broncofibroscopia, Endoscopia Digestiva Alta (EDA) e
esofagografia.Desta forma, como o paciente está estável, não vamos indicar a cirurgia de imediato, mas sim um exame de imagem, que pode ser uma angiotomografia
de pescoço. Caso seja positiva para lesão vascular, aí sim o paciente deve ser encaminhado ao centro cirúrgico.Resposta: letra A.

347 - 2022 HNSC

» O choque hemorrágico pode ser dividido em quatro classes. Na choque classe I, a perda é de menos de 750 mL (< 15% de perda sanguínea), no choque classe II, essa
perda fica entre 750-1500 mL (15-30%), no choque classe III, a perda varia entre 1500-2000 mL (30-40%) e, por fim, no choque classe IV, a perda é maior do que 2000
mL (> 40%). Em relação ao tratamento, a reposição com cristaloide é o suficiente para o tratamento das classes I e II, na classe III, ou seja, quando há uma perda de 30-
40%, já devemos, além da reposição com cristaloide, iniciar a resposição com hemoderivados e na classe IV, a conduta deve ser transfusão maciça. Resposta: letra D.

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348 - 2022 HNSC

» De acordo com 20ª edição do Sabiston, referência deste concurso, a hipotermia pode ser dividida em três graus: leve, moderada e grave. A hipotermia é classificada
como leve quando a temperatura permanece entre 36º - 34º C, moderada quando entre 34º - 32º C e grave ou severa quando menor do que 32º C. Resposta: letra C.

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349 - 2022 HAC - PR

» A questão faz algumas afirmativas sobre o trauma raquimedular (TRM) e deseja saber qual é a correta. - Letra A: incorreta. O choque neurogênico resulta da perda do
tônus vasomotor e da inervação simpática para o coração. A lesão na medula espinhal cervical ou torácica alta (T6 ou acima) pode causar comprometimento das vias
simpáticas descendentes. A perda resultante do tônus vasomotor provoca a vasodilatação dos vasos sanguíneos viscerais e periféricos, redistribuição do sangue e,
consequentemente, hipotensão. A perda da inervação SIMPÁTICA para o coração pode causar bradicardia ou, pelo menos, incapacidade de responder com taquicardia à
hipovolemia. - Letra B: incorreta. A síndrome central da medula é caracterizada por uma perda desproporcionalmente maior de força MOTORA nos membros superiores
do que nos membros inferiores, com diferentes graus de perda sensitiva. Esta síndrome geralmente ocorre após uma lesão por hiperextensão em um paciente com
estenose do canal cervical pré-existente. - Letra C: correta. As fraturas do atlas (C1) representam aproximadamente 5% das fraturas da coluna cervical e até 40% das
fraturas do atlas estão associadas a fraturas do áxis (C2). A fratura C1 mais comum é uma fratura por explosão da vértebra (fratura de Jefferson). - Letra D: incorreta.
Particularmente durante o tratamento inicial, todos os pacientes com evidência radiográfica de lesão e todos aqueles com déficits neurológicos devem ser considerados
como tendo uma lesão na coluna vertebral INSTÁVEL. A movimentação da coluna desses pacientes deve ser restrita, e a mudança de decúbito e/ou reposicionamento
requer pessoal treinado usando técnica de rolamento em bloco até a consulta com um especialista, tipicamente um neurocirurgião ou ortopedista. - Letra E: incorreta. De
acordo com a última edição do ATLS, até 10% dos doentes com fratura da coluna cervical tem uma segunda fratura de coluna vertebral, não contígua. Resposta: letra C.

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350 - 2022 HOA

» Estamos diante de um paciente chocado cuja radiografia de tórax demonstra um velamento em hemitórax direito provavelmente devido a um hemotórax, e a radiografia
de pelve demonstra uma fratura de pelve em livro aberto (“open book”). O hemotórax é definido como acúmulo de sangue na cavidade pleural, geralmente por lesão
de parênquima pulmonar, vasos intercostais ou da artéria mamária interna. O diagnóstico é clínico e assim que suspeitado deve ser indicada a toracostomia com
drenagem em selo d’água deve imediatamente. As fraturas de pelve tem como complicação mais temida a hemorragia, que rapidamente pode levar ao choque
hipovolêmico. Nos casos de fratura em livro aberto, a instabilidade ocorre devido a sangramento venoso devido ao rompimento de veias pélvicas que sangram para o
retroperitônio. Deve ser realizada a estabilização pélvica na tentativa de fechar o anel pélvico e controlar o sangramento. A amarração pélvica pode ser mantida por 24h
enquanto se avalia a necessidade de fixação interna da pelve. A fixação externa também pode ser considerada, e pode ser mantida por 6 a 12 semanas. Caso o paciente
não apresente melhora do quadro, deve ser suspeitada lesão de origem arterial. Nestes casos, deve ser realizada angiografia com angioembolização do vaso sangrante.
Se não estiver disponível, pode ser tentado o “packing pré-peritoneal” - compressão pélvica com compressas cirúrgicas. Resposta: letra A.

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351 - 2022 UNESC - ES

» Uma questão bastante direta. O que acontece com a diurese na resposta endocrino-metabólica ao trauma? Em suma, o trauma pode ser tanto por causa externa,
causando a lesão de determinado tecido do organismo, ou programado, como por meio de procedimento cirúrgico. Em qualquer um dos casos, o que ocorre é lesão
tecidual, com possível sangramento associado. O resultado é a liberação na corrente sanguínea de conteúdo intracelular das células destruídas, associado a uma
tendência à hipovolemia. A perda volêmica e o aumento da osmolaridade do sangue estimulam a liberação de hormônio antidiurético (ADH) que promove reabsorção
hídrica e consequente diminuição da diurese. A aldosterona é estimulada pelo Sistema Nervoso Autônomo e pelo aumento do potássio liberado com a lesão celular, e
contribui para a retenção hídrica, além de diminuir a excreção de sódio, e aumentar a excreção de potássio (na tentativa de restaurar os valores normais dos íons). O
resultado é uma diurese com pouca água (pouco volume e concentrada), pouco sódio, e muito potássio.

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352 - 2022 HOA

» Estamos diante de um paciente politraumatizado chocado, hipotenso com e taquicárdico, com FC 130 bpm, e precisamos classificá-lo segundo a tabela de classificação
de choque pelo Colégio Americano de Cirurgiões.
A hipotensão no choque já define o paciente como choques grau III e IV. E em seguida vamos avaliar a FC. FC acima de 120 e menor que 140 bpm define como choque
grau III, e acima de 140 bpm como choque grau IV. Nosso paciente apresenta, portanto, choque grau III. Resposta: letra B.

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353 - 2022 SMSCG

» Estamos diante de um paciente politraumatizado, com choque hipovolêmico hemorrágico com lesão esplênica e hemopneumotórax, já politransfundido. Entretanto,
apesar da drenagem torácica e laparotomia com controle da hemostasia satisfatórios, o paciente ainda segue com sangramento intermitente em dreno de tórax e difuso
em abdome. Diante disso, foi solicitado o tromboelastograma. Sabemos que em casos de trauma com provável necessidade de transfusão maciça, apenas os exames
convencionais (contagem de plaquetas, TTPa e TAP), não são suficientes para diagnosticar um distúrbio de coagulação multifatorial. Isso ocorre devido ao fato deles
analisarem apenas amostra do plasma e não levarem em consideração a interação dos fatores de coagulação com as plaquetas, elementos celulares do sangue e
endotélio vascular. Sem contar que esses exames são realizados a 37ºC, o que anula o efeito da hipotermia muitas vezes presente no trauma. Neste contexto que vem
a importância do tromboelastograma. Este exame avalia a coagulação de maneira mais eficaz e mais específica, dizendo de forma imediata se o problema é da via
intrínseca ou extrínseca, se o paciente é anticoagulado, ou se tem hiperfibrinólise, por exemplo. É avaliado o sangue total na temperatura do paciente, permitindo uma
análise mais fidedigna do processo de coagulação, desde a inciação, formação, estabilização e lise do coágulo. No tromboelastograma apresentado na questão, temos
um fechamento abrupto no final da curva do coágulo. Este momento do gráfico é o chamado de Lise Máxima (ML), que avalia a fibrinólise do paciente. Quando menor
que 15%, significa que a fibrinólise está normal. Ou seja, que há estabilidade do coágulo. Quando maior que 15%, indica hiperfibrinólise, de modo que o coágulo está
sendo destruído mais rápido do que deveria, tornando a coagulação menos eficaz. A conduta nestes casos, em ML > 15%, para corrigir a hiperfibrinólise é a utilização de
antifibrinolíticos, como o ácido tranexâmico. Resposta: letra D.

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354 - 2022 HOA

» Estamos diante de um paciente em choque hipovolêmico hemorrágico grau III com redução de murmúrio vesicular à direita, sem hipertimpanismo ou crepitações. Mesmo
sem termos informação sobre a macicez, a grande suspeita deve ser um hemotórax. Tal suspeita se confirma pelo radiografia de tórax, que demonstra opacificação em
todo o hemitórax direito. Mas além disso, o paciente tem pelve instável, e a radiografia de pelve demonstra uma fratura de pelve em livro aberto (“open book”). O
hemotórax é definido como acúmulo de sangue na cavidade pleural, geralmente por lesão de parênquima pulmonar, vasos intercostais ou da artéria mamária interna. O
diagnóstico é clínico e assim que suspeitado deve ser indicada a toracostomia com drenagem em selo d’água deve imediatamente. As fraturas de pelve tem como
complicação mais temida a hemorragia, que rapidamente pode levar ao choque hipovolêmico. Nos casos de fratura em livro aberto, a instabilidade ocorre devido a
sangramento venoso devido ao rompimento de veias pélvicas que sangram para o retroperitônio. Deve ser realizada a estabilização pélvica na tentativa de fechar o anel
pélvico e controlar o sangramento. A amarração pélvica pode ser mantida por 24h enquanto se avalia a necessidade de fixação interna da pelve. A fixação externa
também pode ser considerada, e pode ser mantida por 6 a 12 semanas. Caso o paciente não apresente melhora do quadro, deve ser suspeitada lesão de origem arterial.
Nestes casos, deve ser realizada angiografia com angioembolização do vaso sangrante. Se não estiver disponível, pode ser tentado o “packing pré-peritoneal” -
compressão pélvica com compressas cirúrgicas. Logo, tanto pela lesão torácica quanto pélvica, a provável causa de choque deste paciente é hemorrágico. Resposta:
letra A.

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355 - 2022 SMSCG

» Questão direta e objetiva sobre as atualizações da 10ª edição do ATLS. Vamos analisar as alternativas. Letra A: incorreta. A videolaringoscopia é uma técnica que
auxilia na intubação orotraqueal em casos de via aérea difícil e a utilização da classificação de Cormack-Lehane auxilia no diagnóstico de via aérea difícil. Logo, não
existe tal relação proposta pela alternativa. Letra B: correta. A toracocentese, que antes era indicada no 2º espaço intercostal em linha hemiclavicular, agora é indicada
no 5º espaço intercostal anterior à linha axilar média, por sobre a costela inferior. Letra C: incorreta. Não há contraindicação à utilização de LPD em gestantes. A única
diferença é que ele deve ser realizado acima da cicatriz umbilical. As indicações de LPD, FAST e TC em gestantes, segundo ATLS, são as mesmas. Letra D: incorreta. A
utilização de dois acessos venosos periféricos continua sendo a primeira linha para reposição volêmica em pacientes politraumatizados. Letra E: incorreta. O FAST e o
LPD são indicados nas mesmas situações e podem ser usados um em substituição ao outro. Entretanto, o LPD vem caindo cada vez mais em desuso. Resposta: letra B.

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356 - 2022 UEPA - BELÉM

» Estamos diante de um paciente jovem que foi vítima de ferimento por arma branca no 4º espaço intercostal. Ao exame, murmúrio vesicular abolido à direita,
hipertimpanismo na parede anterior do hemitórax direito, turgência jugular, bulhas normofonéticas e instável hemodinamicamente. Diante deste contexto, a nossa
grande hipótese é a presença de pneumotórax que está crescendo de forma progressiva e comprimindo o mediastino, ocasionando assim turgência jugular e
instabilidade hemodinâmica, ou seja, estamos falando de um pneumotórax hipertensivo à direita. A conduta deve ser compressão através de uma toracocentese de
alívio. Resposta: letra E.

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357 - 2022 SESAP

» Estamos diante de um paciente vítima de ferimento por arma de fogo em hemitórax direito, em quarto espaço intercostal. Está dispneico, com dor torácica, taquicárdico,
hipotenso, em choque grau III, e com turgência jugular e desvio traqueal para a esquerda. Apesar da questão não nos fornecer dos detalhes do exame respiratório,
muito provavelmente estamos diante de um pneumotórax hipertensivo. O pneumotórax hipertensivo acontece quando o ar penetra na cavidade pleural de forma
contínua e um mecanismo valvular o impede de sair. Uma grande quantidade de ar sob pressão na cavidade pleural causa colapso no pulmão deste lado, com desvio da
traqueia e mediastino, compressão do pulmão contralateral e aumento da pressão intratorácica levando à redução do retorno venoso, ocasionando a turgência jugular.
Estes pacientes evoluem rapidamente à insuficiência respiratória, hipotensão e choque. Ou seja, o pneumotórax hipertensivo apresenta comprometimento ventilatório e
hemodinâmico. O diagnóstico é clínico e deve ser suspeitado em pacientes com hipotensão, redução ou abolição do murmúrio vesicular, hipertimpanismo e turgência
de jugular. É considerado erro solicitar exame de imagem para seu diagnóstico. Se disponível, o E-FAST, por outro lado, pode ser utilizado para confirmação diagnóstica,
mas desde que não atrase o tratamento. A conduta inicial deve ser a toracocentese de alívio, realizada rapidamente para descompressão do hemotórax acometido e
melhora dos parâmetros respiratórios e hemodinâmicos. E a conduta definitiva é a toracostomia com drenagem torácica fechada em selo d’água. Vamos às
alternativas. Letra A: incorreta. Na contusão pulmonar por si só o paciente não apresentaria turgência jugular e desvio da traqueia. E repare que a lesão por arma de
fogo é uma lesão perfurante, que pode até causar contusão, mas provavelmente romperá o tecido pleural e pulmonar que estiver em sua direção, causando
pneumotórax. Letra B: incorreta. No tamponamento esperaríamos a clássica tríade de Beck, com hipotensão, turgência jugular e hipofonese de bulhas. Letra C:
incorreta. Quando analisamos a cinética do trauma, é mais provável que uma lesão por arma de fogo cause perfuração pleural e pneumotórax do que lesão de
parênquima pulmonar com hemotórax maciço. Letra D: correta. É o diagnóstico mais provável. Resposta: letra D.

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358 - 2022 HAC - PR

» Estamos diante de um paciente asmático com dor torácica associada a esforço respiratório e redução da oximetria. Seu exame físico tem redução de murmúrio vesicular
e frêmito tóraco-vocal diminuído à direita. A radiografia de tórax confirma a hipótese diagnóstica de pneumotórax espontâneo simples à direita. O pneumotórax
espontâneo primário é um pneumotórax que ocorre sem causa aparente, não relacionada a trauma ou doenças pulmonares conhecidas. E é mais comumente causado
pela ruptura de bolhas subpleurais em certa área debilitada do pulmão. É mais comum em homens altos longilíneos, com menos de 40 anos e fumantes, e pode ser
recorrente em até 50% dos casos. O pneumotórax espontâneo secundário ocorre em pessoas com alguma doença pulmonar subjacente. Esse tipo de pneumotórax
ocorre mais frequentemente com a ruptura de uma bolha em pessoas idosas com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), mas também ocorre em pessoas com
outras doenças pulmonares, como fibrose cística, asma, histiocitose pulmonar de células de Langerhans, sarcoidose, abscesso pulmonar, tuberculose e pneumonia por
Pneumocystis. Devido à doença pulmonar subjacente, os sintomas e os resultados geralmente são piores no pneumotórax espontâneo secundário. A taxa de recorrência
é similar à do pneumotórax espontâneo primário. O pneumotórax simples pequeno, com menos de um terço do volume pulmonar acometido, pode ser acompanhado
clinicamente. Será indicada drenagem caso haja aumento do pneumotórax, necessidade de ventilação mecânica ou transporte aéreo. Quando maior que um terço deve
sempre ser drenado. Vamos às alternativas. O diagnóstico é de pneumotórax simples espontâneo. No caso de derrame pericárdico presenciaríamos abafamento de
bulhas mais proeminente e poderíamos encontrar aumento de área cardíaca na radiografia de tórax. A crise de exacerbação da asma não causaria a imagem
radiográfica apresentada nem abafamento de murmúrios vesiculares à direita. Não há sinais na questão que nos levem a crer em pneumonia comunitária, como a
febre. E também não cursaria com alteração de FTV e abafamento de murmúrios vesiculares à direita. Não há indicativo de COVID-19 no enunciado. O paciente não
apresenta febre ou outros sinais clássicos. E o paciente com COVID-19 não apresentaria dor torácica súbita sem outra sintomatologia característica. Trata-se de um
pneumotórax espontâneo, o gabarito da questão. E a conduta deve ser baseada na clínica do paciente. Como o paciente está estável clinicamente, com
comprometimento pulmonar leve, deve-se proceder ao tratamento conservador, repetindo imagem em 24 horas e instituindo tratamento sintomático.

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359 - 2022 HEVV

» Temos uma criança vítima de politrauma, após queda na laje, ou seja, um mecanismo de alta energia cinética. A acompanhante relatou perda momentânea da
consciência após o evento. Agora, o nosso ambiente é a emergência, onde o paciente dá entrada pontuando 15 na Escala de Coma de Glasgow (ECG), além de pupilas
isocóricas e ausência de déficits. No entanto, logo após a realização da tomografia, a nossa criança evoluiu com anisocoria (pupila direita maior que a
esquerda) e rebaixamento do nível de consciência (ECG 11). Logo, estamos lidando com a descrição do intervalo lúcido: o paciente após o evento teve perda
momentânea da consciência, ou seja, perdeu a consciência e depois recuperou na sala deemergência, mas após a tomografia teve novo rebaixamento do sensório.
Quando ouvimos o termo "intervalo lúcido" devemos sempre considerar primeiro a existência do hematoma epidural agudo, que se acompanha de fratura de osso
temporal (que foi descrito no enunciado da questão), tendo em sua gênese a lesão da artéria meníngea média. A midríase em pupila direita é consequência do aumento
de pressão intracraniana pela lesão expansiva (no caso, o hematoma), com compressão do III par (oculomotor) no mesencéfalo pelo uncus (parte do lobo temporal)
herniado. Lembrando que o III par não cruza e, consequentemente, o seu envolvimento determina uma midríase ipsilateral ao hematoma epidural. Sendo assim, o
tratamento imediato consiste na craniotomia descompressiva à direita. Resposta: letra D.

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360 - 2022 UEMA

» Durante a realização da toracotomia exploradora, o paciente deve estar em decúbito dorsal e ambos os braços são estendidos sobre os braços. A toracotomia
anterolateral esquerda, que expõe o coração, os pulmões, a aorta descendente e o esôfago, é a mais frequentemente escolhida. A incisão da pele é feita com lâmina nº
10 da margem do esterno ao longo do espaço intercostal entre a 5ª e 6ª costelas (5º espaço intercostal), abaixo do mamilo e transportado lateralmente até a linha axilar
posterior esquerda, seguindo a curva da costela. Gabarito: letra C.

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361 - 2022 PMFI

» Estamos diante de um paciente de 10 anos, vítima de atropelamento, com dor abdominal importante. Na admissão, apresenta rebaixamento do nível de consciência e
sinais de choque hipovolêmico, provavelmente em virtude de um sangramento intra-abdominal (mecanismo, distensão e equimose abdominal). Nosso paciente
necessita, assim, ser avaliado segundo o algoritmo do ATLS (ABCDE): - A: abertura das vias aéreas, colocação de colar cervical e intubação orotraqueal. - B: avaliação do
sistema respiratório. - C: administração de cristaloides através de dois acessos venosos periféricos calibrosos, bem como instituição de hemoderivados, e, se necessário,
ativação do protocolo de transfusão maciça. Em seguida, o paciente deve ser encaminhado para uma laparotomia de emergência, para controle do sangramento intra-
abdominal. Resposta: letra D.

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362 - 2022 IO

» Nem todas as lesões de órgãos sólidos necessitam de intervenção cirúrgica, a exemplo das lesões esplênicas, pancreáticas e renais de baixo grau (letra B incorreta). No
entanto, instabilidade hemodinâmica (letra A correta), hipotensão a despeito de transfusões repetidas (letra C correta) e lesões de vísceras ocas (letra D correta) são
indicações clássicas de laparotomia exploradora. Gabarito: letra B.

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363 - 2022 SMSCG

» Estamos diante de um paciente politraumatizada com TCE grave e ao exame apresenta olhos de Guaxinim e otorreia com possível perda de líquor. Diante do TCE grave
está indicada proteção de vias aéreas com obtenção de via aérea definitiva. Porém uma via aérea está contraindicada neste caso. Os olhos de Guaxinim e otorreia são
dois sinais semiológicos que devem nos lembrar de fraturas de base de crânio. Além delas, fístula liquórica através do nariz (rinorreia), equimoses mastoideas e pré-
auriculares (sinal de Battle). Diante de suspeita de lesão de base de crânio, devido o risco de lesão de lâmina crivosa, os procedimentos nasais como sondagem
nasogástrica e intubação nasotraqueal são contraindicados. Resposta: letra A.

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364 - 2022 UEPA - BELÉM

» Os hematomas de retroperitônio por trauma penetrante devem sempre ser explorados independentemente da zona acometida, independente de ser pulsátil ou estar em
expansão. . A depender da topografia, algumas manobras específicas devem ser realizadas. A primeira manobra a se pensar é na de Kocher (estendida) : nesta manobra
o duodeno e o cólon ascendente são liberados da reflexão peritoneal e rotacionados medialmente para acessar a zona 2 direita acessando a veia cava inferior infra-
hepática, aorta supracelíaca, origem da artéria mesentérica superior e bifurcação das aa. ilíacas. Também conhecemos a manobra de Cattell-Brassch que é a extensão
medial da manobra de Kocher com liberação de toda raiz do mesentério do intestino delgado e elevação das vísceras (intestino delgado até o ângulo de Treitz, ceco e
cólon ascendente com ampla exposição do retroperitônio do andar inframesocólico. Por último, uma das manobras mais famosas é a de Mattox, que consiste na
liberação medial do sigmoide e cólon descendente a partir da reflexão peritoneal esquerda e permitindo o acesso à zona 2 retroperitoneal esquerda, aos vasos ilíacos e
toda a aorta. Como estamos diante de um hematoma retroperitoneal de zona 2 esquerda por um ferimento por arma de fogo, está indicada a exploração cirúrgica
independentemente do hematoma ser pulsátil ou estar em expansão, sendo esta abordagem abordagem cirúrgica realizada por meio da manobra de Mattox. Resposta:
letra B.

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365 - 2022 SESAP

» Estamos diante de um paciente politraumatizado e, como todo paciente vítima de trauma, deve ser iniciado o protocolo do ATLS. Na avaliação do A, percebe-se que o
paciente já está com estabilização de coluna cervical com colar e prancha rígida, porém está inconsciente, com indicação de proteção de vias aéreas. Mas como vamos
garantir a via aérea definitiva deste paciente?
Ele está ventilando com ambu e guedel, com bastante sangue em face e boca, além de resto de vômito na boca, mas repare que não existe contraindicação à intubação
orotraqueal. Mesmo em pacientes com hemorragia extensa em via aérea e fraturas de mandíbula, a técnica preferencial para obtenção de via aérea consiste em, pelo
menos, uma tentativa de intubação orotraqueal. Deve-se aspirar o conteúdo, fazer a laringoscopia e tentar intubar. Em caso de falha devemos recorrer a outras opções
para acesso a essa via aérea, como a cricotireoidostomia. Mesmo que o paciente tivesse um trauma maxilofacial extenso a conduta seria a mesma. Atualmente,
segundo a 10ª edição do ATLS, podemos realizar uma tentativa de intubação orotraqueal e, caso não obtenhamos sucesso, deve ser indicado acesso cirúrgico da via
aérea. Vamos aproveitar para lembrar as indicações de via aérea cirúrgica: Trauma maxilofacial extenso, quando fragmentos dentários, sangue e secreções dificultam
a intubação orotraqueal Distorção anatômica cervical importante Incapacidade de visualização das cordas vocais devido ao acúmulo de sangue e secreções, edema de
via aérea ou após múltiplas tentativas Logo, acreditamos que a melhor resposta seria a intubação orotraqueal, letra C. Entretanto, apesar do recurso, a banca não
mudou o gabarito. Resposta da banca: letra A. Resposta do Medgrupo: letra C.

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366 - 2022 SCMCG

» Vamos rever cada alternativa: Pneumotórax: Ocorre por lesão do parênquima pulmonar com vazamento de ar durante a inspiração para o espaço pleural, situado entre a
pleura visceral e parietal. Quilotórax: Ocorre por acúmulo de linfa na cavidade pleural, muitas vezes pela lesão do ducto torácico. Derrame pleural: Derrame pleural é um
termo genérico para acúmulo de qualquer líquido no espaço pleural, como sangue, transudato, exsudato, pus e linfa. Hemotórax é quando o sangue por lesão de vasos
torácicos, o sangue se acumula no espaço pleural. Resposta: Pneumotórax.

367 - 2022 SESAP

» Vamos calcular a Escala de Coma de Glasgow do paciente. Abertura ocular ao estímulo doloroso: 2 pontos Resposta verbal com palavras inapropriadas: 3 pontos
Resposta motora localizando a dor: 5 pontos Somatório 2 + 3 + 5 = 10 pontos. Resposta: letra D.

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368 - 2022 AMS - APUCARANA

» A ressuscitação volêmica no atendimento ao paciente politraumatizado deve ser realizada preferencialmente através de dois acessos venosos periféricos calibrosos e a
ressuscitação pode ser realizada de diferentes maneiras. Para infusão inicial utiliza-se solução cristalóide aquecida. Ringer lactato é a solução de eleição aquecida a
39ºC, com bolus inicial de 1L para adultos instáveis hemodinamicamente e 20 mL/kg para crianças com menos de 40 kg. A avaliação da resposta deve ser realizada com
base no nível de consciência, débito urinário, lactato e déficit de base. A diurese horária indica boa resposta quando 0,5 ml/kg/h em adultos, 1 ml/kg/h em menores de 12
anos e 2 ml/kg/h em menores de um ano. Por outro lado, a ressuscitação vigorosa com grandes volumes antes do controle do foco hemorrágico não é recomendada.
Nestes casos, quanto mais infusão de volume tentando alcançar níveis normais de pressão arterial, mais se exacerba a perda hemorrágica. Ocorre piora da tríade letal
com coagulopatia, hipotermia e acidose metabólica, causando um efeito cascata com piora da estabilidade hemodinâmica, dificultando o controle da hemorragia e
piorando o prognóstico. Sendo assim, foi criado o protocolo de Damage Control Resuscitation (Ressuscitação de Controle de Danos). Por meio dele recomenda-se a
infusão limitada de cristalóides visando uma pressão arterial alvo inicialmente menor do que a normal até que o foco da hemorragia seja controlado. Ou seja, hipotensão
permissiva. Além disso, outros pilares: oferta de antifibrinolíticos, diagnóstico e controle rápido do foco de sangramento, e transfusão precoce de plasma, concentrado de
hemácias e plaquetas na proporção 1:1:1. Dentre as alternativas da questão, o uso do ácido tranexâmico, restrição de cristalóides e protocolo de transfusão maciça
estão incluídos nos pilares do Damage Control Ressuscitation. Apenas a letra B está incorreta, uma vez que a manutenção da pressão arterial dentro do normal não é
recomendada nestes casos.
Resposta: letra B.

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369 - 2022 IO

» O atendimento ao paciente politraumatizado deve seguir o protocolo do ATLS. A questão nos pergunta qual das opções não é um erro na reanimação de pacientes
pediátricos. Vamos às alternativas: Letra A: correta. Reconhecer e tratar as hemorragias está no C (circulação) do ATLS. Letra B: incorreta: O A (vias aéreas) do ATLS
envolve estabilização cervical com colar cervical, prancha e coxins laterais e garantir a perviedade das vias aéreas. Então não realizá-lo é considerado um erro no
atendimento. Letra C: incorreta. Ainda no C (circulação) do ATLS, devemos prover reanimação volêmica aos pacientes politraumatizados. Letra D: incorreta. Ainda no A
(vias aéreas) do ATLS, devemos prover oxigenação e ventilação adequadas ao paciente após garantir a perviedade das vias aéreas. Resposta: letra A.

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370 - 2022 FUBOG

» O enunciado da questão solicita os componentes da tríade de Cushing, característica de pacientes com hipertensão intracraniana: bradicardia (por aumento do tônus
vagal), bradipneia (por compressão do tronco encefálico) e hipertensão arterial (por vasoconstricção sistêmica). Gabarito: letra C.

371 - 2022 UFCSPA

» Temos um paciente vítima de trauma por colisão frontal, com poucos dados sobre o mecanismo do trauma (auto x auto ou auto x anteparo) e sobre o estado clínico-
hemodinâmico do paciente (se está instável ou não), no entanto, fica pressuposto que seja um trauma de alta energia e, diante disso, com suas potenciais lesões. Vamos
às alternativas: O FAST não é um bom exame para visualizar sangramento retroperitoneal. As janelas avaliadas por esse exame são: pericárdica ou subxifoidena (para
avaliar tamponamento cardíaco), hepato-renal, espleno-renal e supra-púbica ou fundo de saco de Douglas (para avaliarem líquido livre intra peritoneal). Logo, alternativa
incorreta. A Tomografia computadorizada de coluna cervical pode afastar lesões como fraturas e desalinhamentos (espondilolistese), porém não consegue avaliar bem
lesões medulares (partes moles) decorrentes de trauma do tipo "chicote". Para uma melhor avaliação da medula espinhal o melhor exame seria a Ressonância Nuclear
Magnética (RNM). Portanto, alternativa incorreta. Um dos focos ocultos de choque hipovolêmico hemorrágico no trauma são os sangramentos pélvicos. No entanto, como
a alternativa menciona, se a radiografia simples com incidência anteroposterior estiver normal (sem sinais de fraturas, desalinhamentos ou luxações), provavelmente, o
sangramento não será pélvico. Sabemos que em até 22% das fraturas pélvicas a radiografia pode ser normal (fratura só evidenciada na TC). Devemos pensar, porém,
que esse tipo de fratura sutil, não evidenciada na radiografia, dificilmente faria estrago suficiente para causar sangramento pélvico com instabilidade hemodinâmica,
concordam? Não briguem com a questão, pessoal. Alternativa correta. A Amilase sérica em lesões pancreáticas pode, nas primeiras horas após o trauma, ainda estar em
níveis normais (até 4 horas). Em alguns casos pode levar até mais de 24 horas para se elevar. Portanto, a dosagem laboratorial precoce, não afasta esse tipo de lesão.
Por isso, essa afirmativa está incorreta. A questão poderia ter sido melhor formulada? Sim. Entretanto, concordamos com o gabarito que foi dado pela banca.

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372 - 2022 UEPA - BELÉM

» A questão nos traz um paciente adulto jovem vítima de trauma raquimedular (TRM) e consequente hemisecção da medula. Quando encontramos esse tipo de lesão em
qual síndrome medular devemos pensar? Síndrome de Brown-Séquard. Essa lesão é uma entidade classicamente encontrada nas lesões traumáticas da coluna. Vamos
lembrar o que é acometido nesse tipo de lesão? Como a medula espinhal é composta tanto por neurônios motores descendentes quanto por neurônios sensitivos
ascendentes, que parcialmente cruzam para o outro lado da medula, o quadro clínico terá ambos os lados do corpo afetado: - No lado lesado (ipisilateral) há perda da
função motora, da propriocepção (percepção da posição dos membros e articulações) e da sensibilidade epicrítica (percepção de vibração e toque fino). - No lado oposto
(contra-lateral) há perda da sensibilidade protopática (percepção grosseira de dor, temperatura e pressão). Diante disso, para o paciente da nossa questão quadro ocorrá
perda de função motora à direita associada a déficits da sensibilidade dolorosa e térmica à esquerda. Resposta: letra D.

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373 - 2022 FUBOG

» No choque hemorrágico, grau II ocorre perda de 15 a 30% da volemia. O paciente apresenta taquicardia leve, taquipneia, pressão arterial sistólica normal, pressão de
pulso diminuída, débito urinário normal e encontra-se ansioso. No choque hemorrágico grau I, o paciente não apresenta alterações do estado mental. No choque
hemorrágico grau III, o paciente encontra-se confuso. No choque hemorrágico grau IV, o paciente encontra-se letárgico. Gabarito: letra D.

374 - 2022 FUBOG

» Vamos às alternativas: - Letra A: incorreta. As lesões grau IV (laceração de córtex ou medula até o sistema coletor ou artéria renal segmentar ou lesão renal com
hematoma) e V (rim dilacerado ou lesão do pedículo vascular renal ou rim divulsionado) são graves e necessitam de tratamento cirúrgico. - Letra B: correta. Os objetivos
da exploração cirúrgica são primeiro controlar o sangramento, reparar o rim (quando possível) e estabelecer a drenagem perirrenal, conforme necessário. - Letra C:
incorreta. Hemorragia renal persistente, expansão do hematoma perirrenal e hematoma perirrenal pulsátil são indicações de tratamento cirúrgico. - Letra D: incorreta. O
tratamento conservador deve ser realizado quando for possível, mas o paciente precisa estar estável hemodinamicamente. Gabarito: letra B.
375 - 2022 HEDA

» Pensando na drenagem de um hemotórax, devemos lançar mão de toracotomia de urgência especialmente quando a drenagem imediata é maior do que 1500 ml ou a
vazão é maior do que 300ml/h nas primeiras 3 horas. Repara que a velocidade de saída é de 450 ml/h em pelo menos 3 horas. Por esse motivo, melhor conduta:
realização de toracotomia de urgência. Resposta: letra D.

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376 - 2022 HSJ - PR

» Vamos recapitular a Escala de Coma de Glasgow (ECG):Abertura Ocular:4 pontos - espontânea;3 pontos - à voz;2 pontos - à dor;1 ponto - ausente.Resposta Verbal:5
pontos - orientada;4 pontos - confusa;3 pontos - palavras inapropriadas;2 pontos - sons incompreensíveis;1 ponto - ausente. Resposta Motora:6 pontos - obede a
comandos;5 pontos - localiza o estímulo doloroso;4 pontos - retira o membro à dor;3 pontos - flexão anormal;2 pontos - extensão anormal;1 ponto - ausente.O nosso
paciente tem abertura ocular à dor (2 pontos), emite palavras inapropriadas (3 pontos) e localiza estímulo doloroso (5 pontos). Portanto, Glasgow de 10 pontos.Resposta:
letra C.

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377 - 2022 HSJ - PR

» Estamos diante de um paciente, 28 anos, apresentando tórax instável, respiração paradoxal secundária a fraturas em vários arcos costais e pneumotórax bilateral,
drenado no atendimento primário. Após estabilização inicial, o paciente evoluiu com insuficiência respiratória, neste contexto, a nossa hipótese é a contusão pulmonar.
Esta condição está extremamente associada a um tórax instável, pois a energia cinética que levou à fratura das costelas, muito provavelmente, será a responsável por
ocasionar uma contusão pulmonar. A manifestação pode ir de um leve desconforto até um quadro mais grave de insuficiência respiratória. O tratamento consiste em
medidas de suporte: analgesia, fisioterapia respiratória, oxigênio suplementar ou mesmo intubação orotraqueal para os casos mais graves. Resposta: letra E.

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378 - 2022 HUSE

» Vamos analisar as alternativas: A) Incorreta. A melhor forma é avaliando a fonação do paciente. B) Correta. Todas estas medidas são excelentes formas de realizar a
estabilização da coluna e lembra que esta estabilização deve ser feita também no item "A" do ABCDE. C) Incorreta. Os nomes estão invertidos, elevação do mento é chin-
lift, já a jaw-thrust é a portusão da mandíbula. D) Incorreta. A cricotireoidostomia por punção é uma via aérea temporária. E) Incorreta. A traqueostomia é uma medida
invasiva que deve ser utilizada em útimo caso, as medidas temporárias são realizadas antes deste procedimento cirúrgico. Gabarito: letra B.

379 - 2022 PMFI

» Nos ferimentos por arma branca da parede abdominal anterolateral do abdome a conduta padrão consiste em avaliar se houve violação ou não da cavidade peritoneal,
neste caso temos a confirmação no enunciado de que o ferimento de 3 cm realmente penetrou a cavidade. Existem 3 situações inquestionáveis em que a laparotomia
exploradora deverá ser indicada: na presença de instabilidade hemodinâmica (resolvida neste paciente), sinais de peritonite (ausentes no caso) ou evisceração (ausente
no caso). Quando não houver nenhuma das 3 indicações a abordagem cirúrgica não é obrigatória podendo ser realizado exame físico seriado e controle laboratorial,
entretanto, quando não há dúvidas quanto a penetração da cavidade (ferimento que ultrapassa a aponeurose) a conduta mais habitual é a exploração cirúrgica, seja por
laparotomia, ou se disponível por via laparoscópica. Durante a realização deste concurso foi elaborado recurso pela possibilidade de manter observação deste paciente e
controle hematimétrico, mas sem dúvida, em ferimentos que ultrapassaram a aponeurose a conduta mais adequada costuma ser a exploração cirúrgica. Lembrem-se
que o FAST nos ferimentos penetrantes deve ser interpretado com cuidado já que o achado negativo do exame não significa a ausência de lesões nem a ausência de
necessidade de abordagem cirúrgica. Cabe mencionar que não há nenhum conduta padronizada que indique uma paracentese no fluxograma de atendimento de
pacientes com trauma abdominal Gabarito: C

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380 - 2022 HUSE

» Vamos diretamente analisar as alternativas: Letra A: correta. Muitas referências colocam como primeiros sinais de choque hipovolêmico hemorrágico, agitação, sudorese
e palidez. Certo, mas e quanto a taquicardia? Vale lembrar de algumas "armadilhas" do "C", como o caso de idosos que utilizam betabloqueadores, atletas que possuem
a FC em níveis basais mais baixos, além das gestantes e crianças que demoram mais que a normalidade para apresentarem esse sinal. Letra B: incorreta. Conduta
ultrapassada. O ATLS em sua 10ª edição preconiza, em politraumatizados, a infusão de 1 litro de cristalóide aquecido para avaliar a resposta. Além disso, em casos de
choque grave (graus III e IV) já é indicada a hemotransfusão. O racional dessa conduta é realizar a hipotensão permissiva, ou seja, não elevar demasiadamente a pressão
para não destamponar um sangramento que eventualmente já tenha parado antes de realizar o tratamento hemostático definitivo. Letra C: correta. A radiografia de
tórax pode nos mostrar um hemotórax, por exemplo, e o FAST nos mostrar sangramento intra-abdominal em pacientes politraumatizados instáveis hemodinamicamente.
Letra D: correta. O primeiro passo em qualquer hemorragia é tentar realizar um curativo compressivo local. Porém, em casos de hemorragia extensa e de difícil controle
do membros, o torniquete, como última opção, pode ser indicado. Lertra E: correta. A infusão de volume é normalmente realizada no "C" do ABCDE do trauma e, na
ausência de resposta, o sangramento deve ser resolvido antes de passarmos para a próxima etapa. No ATLS tanto a avaliação como as medidas de reanimação,
pertinentes à lesão diagnosticada, devem ser realizadas simultaneamente. Resposta: letra B.

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381 - 2022 PMFI

» Esta é uma questão que exige do aluno um conhecimento um pouco mais aprofundado. Estamos diante de um paciente com trauma abdominal contuso por um
mecanismo de alta energia. Durante a avaliação primária ele apresenta não apresenta peritonite mas tem dor em andar superior do abdome. A primeira crítica a este
atendimento é o fato de ter sido realizada uma radiografia de abdome quando o ideal e recomendado pelo ATLS 10ª edição seria a realização de um estudo tomográfico,
no entanto, foi possível observar um achado específico: gás envolvendo o rim direito! Lembrem-se que os rins são órgãos retroperitoneais e que o gás encontrado no
abdome deveria estar localizado dentro do lúmen das vísceras ocas. Ao realizar um raciocínio topográfico lembramos que os órgãos com segmentos retroperitoneais
próximos ao rim direito são o duodeno em sua 2ª porção e a parede posterior do cólon ascendente (apesar desta estar anatomicamente mais distante). O autor da
questão facilita a decisão do aluno quando não trás entre as alternativas a parede posterior do cólon ascendente, restando portanto apenas a 2ª porção duodenal. O reto
em seu segmento extraperitoneal fica na pelve e dificilmente provocaria a presença de imagens gasosas apenas ao redor do rim direito. O sigmoide é um órgão
intraperitoneal e normalmente não gera retropneumoperitônio que é o achado da questão. A cabeça do pâncreas apesar de se localizar na porção medial da 2ª porção
duodenal não é uma estrutura que contém gás e mesmo quando lesada, a chance de um retropneumoperitônio é bem menor que quando comparada às lesões
duodenais.
Gabarito: D

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382 - 2022 HSJ - PR

» Questão bem formulada sobre trauma renal! O paciente sofre um trauma de alta energia, caracterizado pela queda de altura maior que 3 metros, e apesar de estar
estável hemodinamicamente apresenta dor abdominal, motivo pelo qual foi realizada a tomografia de abdome com o achado de laceração renal de 5 cm. Na avaliação
inicial já era possível presumir que diante de todas as possíveis lesões este paciente provavelmente também apresentaria um trauma renal já que ele tem uma grande
equimose na região lombar esquerda e hematúria. Diante dos achados tomográficos a primeira decisão a ser tomada é se há necessidade de operar de emergência este
paciente e neste caso a resposta é NÃO! Ele não apresenta INSTABILIDADE HEMODIN MICA, SANGRAMENTO ATIVO OU EXTRAVASAMENTO DO CONTRASTE ENDOVENOSO
NA FASE EXCRETORA (característico das lesões que atingem o sistema coletor urinário). Em segundo lugar, se este paciente não será operado onde será feito o
tratamento inicial: enfermaria ou UTI? Apesar de não apresentar instabilidade hemodinâmica este é um paciente que poderá evoluir com INSTABILIDADE HEMODIN MICA
pelo sangramento renal nas primeiras 24-48 horas, portanto, neste período inicial o mesmo deverá ser internado em leito de terapia intensiva e controle de Hb/Ht.
Resposta: letra D

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383 - 2022 PMFI

» A hemobilia após um trauma hepático grave é um evento que deve ser diagnosticada e tratado adequadamente. Ela acontece devido a presença de uma comunicação
entre o sistema portal ou arterial hepático e a árvore biliar, sendo esta fístula gerada pelo laceração parenquimatosa hepática associada ao trauma. Um dos problemas
de ser ter uma fístula deste tipo é que não há tamponamento e hemostasia do sangramento de forma espontânea, geralmente repercutindo em uma perda contínua de
sangue. Neste caso é essencial a realização de uma intervenção para controlar o sangramento, sendo a maneira menos invasiva e mais efetiva a embolização seletiva
por arteriografia do ponto exato onde houve a lesão vascular. Não há necessidade de atuar com drenagem da via biliar, seja de forma cirúrgica com uma derivação
biliodigestiva, por punção ecoguiada ou mesmo pela facilitação da drenagem biliar com a realização de uma papilotomia. Gabarito: A

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384 - 2022 HEDA

» Questão objetiva na qual o aluno deve terminar de ler o enunciado e lembrar imediatamente do assunto que está sendo abordado! Quando após um trauma de alta
energia (no caso um acidente automobilístico) um paciente apresenta turgência jugular, ausculta pulmonar diminuída à direita e hipertimpanismo à percussão torácica,
significa que estamos diante de um pneumotórax hipertensivo! Lembrem-se que o diagnóstico desta doença é clínico e não se deve atrasar o tratamento para realizar
uma radiografia de tórax ou qualquer outro exame de imagem. A conduta mais adequada após o diagnóstico clínico de pneumotórax hipertensivo é realizar a
descompressão torácica imediata do hemitórax direito com uma punção com jelco no 5º espaço intercostal (“toracocentese”) ou mesmo com a famosa toracostomia
digital e sem seguida realizar a drenagem torácica em selo d’água no 5º espaço intercostal entre as linhas axilar média e anterior (triângulo de segurança da drenagem
torácica). Dúvidas diagnósticas podem surgir principalmente com o tamponamento cardíaco, entretanto esta doença não causa redução do murmúrio vesicular e nem
hipertimpanismo torácico. A intubação orotraqueal e ventilação com pressão positiva só irão aumentar o volume do pneumotórax e consequentemente todas as
consequências do desvio mediastinal não sendo recomendada com o intuito de tratar o pneumotórax hipertensivo. De forma semelhante à intubação orotraqueal,
realizar um cricotireoidostomia cirúrgica não irá ajudar a melhorar o quadro do paciente já que o problema não se encontra na via aérea e sim na pressurização anormal
do espaço pleural. Resposta: letra B

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385 - 2022 UEVA

» Diante de uma parada cardiorrespiratória em paciente adulto, a conduta com dois socorristas treinados deve-se iniciar com massagem e ventilações, iniciando pela
massagem, e alternando 30 massagens com 2 ventilações (relação universal 30:2). Essa relação é válida para todas as circunstâncias, exceto para criança E houver
dois socorristas, quando pode ser utilizada a relação 15:2. Na presença de dois ou mais socorristas, deve-se alternar as posições dos mesmos a cada dois minutos.
Uma massagem de qualidade obedece quatro princípios: As compressões “afundam” a metade inferior do esterno em pelo menos 5 cm, mas sem ultrapassar 6 cm; A
frequência das compressões deve ser de 100 a 120 compressões por minuto; Deve-se permitir o completo retorno do esterno entre cada compressão; Reduzir ao
máximo as interrupções entre as compressões. O paciente não deve ficar mais do que 10 segundos sem ser massageado. Diante disso, temos que a resposta é 30
compressões / 02 ventilações e profundidade de 5 cm. Resposta: letra A.

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386 - 2022 HEDA

» Mais uma questão anulada pela banca examinadora por incoerências encontradas na questão após realização de recurso. Temos um paciente vítima de ferimento por
arma branca em região dorsal. Sabemos que diferente dos ferimentos penetrantes de parede anterolateral, a exploração da ferida no exame físico não é confiável devido
à maior espessura muscular do dorso e ao fato de lesões de órgãos retroperitoneais poderem não se manifestar rapidamente porque não irão gerar peritonite. Nestes
casos é fundamental prosseguir a investigação com uma tomografia de abdome utilizando contraste endovenoso, via oral e via retal, sendo a realização da tomografia a
resposta previamente liberada pela banca examinadora. No entanto, a alternativa não especifica o uso do contraste que é essencial nestes casos. Questão anulada pela
banca examinadora após recurso. Resposta: anulada.

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387 - 2022 HEDA

» Questão complexa que exige raciocínio clínico e priorização do atendimento do caso em questão. O ATLS foi pensado para ser executado por um único médico assistido
pela equipe multiprofissional e por este motivo as lesões com maior potencial de mortalidade em menor tempo são tratadas prioritariamente. Este raciocínio acaba
culminando no famoso ABCDE. Este protocolo serve para lembrar que as principais causas de óbito precoce estão relacionadas a problemas das vias aéreas e coluna
cervical, em seguida por problemas relacionados ao tórax incluindo ventilação e tamponamento cardíaco, em terceiro lugar às causas de choque hemorrágico e por
último devido aos traumatismos cranianos. Este paciente em questão é um politraumatizado com via aérea pérvia, no entanto com um pneumotórax hipertensivo
(caracterizado pelo abolimento do murmúrio vesicular à esquerda associado ao hipertimpanismo durante a percussão torácica), uma hemorragia intraperitoneal pela
presença de líquido livre em todos os quadrantes abdominais do FAST e sinais de TCE grave com anisocoria e rebaixamento de nível de consciência e também uma
amputação traumática do membro inferior com indícios de sangramento. Seguindo o raciocínio previamente descrito se não for possível o tratamento simultâneo das
lesões a priorização do atendimento será feita realizando primeiro a drenagem torácica, em seguida o torniquete no membro inferior para controlar uma fonte de
sangramento evidente, seguida de uma laparotomia exploradora para controle do foco hemorrágico intraperitoneal. Por último, deverá ser realizada uma tomografia de
crânio para identificar qual a lesão responsável pela anisocoria e rebaixamento de nível de consciência e se haverá necessidade de tratamento cirúrgico. Resposta: letra
C.

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388 - 2022 PUC - PR

» Os requisitos para tratamento da lesão esplênica são:- Estabilidade hemodinâmica;- Exame abdominal negativo para irritação peritoneal;- Ausência de indicações
precisas de laparotomia ou de lesões associadas que necessitem intervenção cirúrgica (o que não é o caso de uma lesão hepática grau II);- Ausência de condições
clínicas que aumentem o risco de sangramento (coagulopatias, uso de anticoagulantes orais e insuficiência hepatocelular crônica);- Lesões esplênicas graus I a
III.Portanto, a presença de coagulopatia contraindica o manejo conservador.Gabarito: letra A.

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389 - 2022 IO

» Vamos calcular a Escala de Coma de Glasgow (ECG) do paciente em questão e definir a gravidade do TCE. Abertura ocular: sem abertura ocular - 1 ponto Resposta
verbal: sons incompreensíveis - 2 pontos Resposta motora: flexão normal - 4 pontos Somatório total do ECG deste paciente: 4 + 2 + 1 = 7 pontos. A gravidade do TCE
depende do Glasgow: TCE leve: ECG maior ou igual a 13 TCE moderado: ECG entre 9 e 12 TCE grave: ECG menor ou igual a 8 Logo, temos um paciente com TCE grave
e ECG de 7 pontos. Resposta: letra D.

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390 - 2022 REVALIDA INEP

» Questão que gerou discussão. Paciente com relato de que há 20 minutos bateu a cabeça após tropeçar em um degrau e sofrer uma queda. Houve perda da consciência e
um episódio de vômito. Ao exame físico: 1- abertura ocular espontânea, 2- responde de forma confusa e 3- obedece às ordens solicitadas, movimentando corretamente
os membros superiores e inferiores; as pupilas encontram-se isocóricas e fotorreagentes. Vamos avalair a ECG para identificar a gravidade do TCE. 1- abertura ocular
espontânea = 4 pontos; 2- responde de forma confusa = 4 pontos; 3- obedece às ordens solicitadas = 6 pontos. ECG = 14 pontos, TCE LEVE, o que exclui as letras D e B.
Qual a melhor respsota? A ou C? A melhor resposta é a letra C. De acordo com o ATLS (que segue a regra canadense: canadian CT head rule), a TC é indicada para
aqueles pacientes com TCE LEVE e que apresentam alto risco de intervenção neurocirúrgica, que é determinado pela presença de algum dos seguintes achados: Escala
de coma de Glasgow < 15 após 2 horas do acidente;Suspeita de fratura de crânio aberta ou com afundamento;Sinais de fratura de base de crânio;Vômitos (> 2
episódios);Idade > 65 anos; Uso de anticoagulante. Ou seja, a letra C é melhor respsota do que a letra A. A banca liberou como gabarito inicial a letra A.

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391 - 2022 PUC - PR

» Estamos diante de um paciente adulto jovem, vítima de trauma de motocicleta, que encontra-se com rebaixamento do nível de consciência, Glasgow= 6 (O=1; V=2;
M=3) e pupilas anisóricas, ou seja TCE grave com sinais de herniação cerebral. Além disso, apresenta alteração importante do exame físico torácico à esquerda,
associado à turgência jugular e instabilidade hemodinâmica. Sabemos que esses sinais são altamente sugestivos de um pneumotórax hipertensivo. Após esses dados o
autor quer saber qual é a PRIORIDADE em sua conduta. Vamos juntos avaliar as alternativas. Letra A: incorreta. Esse paciente precisará de toracostomia com drenagem
em selo d'água? Certamente! Mas essa é a conduta definitiva da uma lesão do "B" do nosso ABCDE do trauma. Logo, essa medida no momento ainda não é a nossa
PRIORIDADE. Letra B: incorreta. Muito antes de pensarmos em iniciar drogas vasoativas, se estamos pensando em choque hipovolêmico hemorrágico, iniciaremos
reposição de volume com cristalóide aquecido e, dependendo do grau do choque, associado à hemoderivados em proporção balanceada (1:1:1), visando à reanimação
hipotensiva. Vale lembrar que no caso dessa questão, por mais que não possamos descartar esse tipo de choque, a principal hipótese diagnóstica é choque obstrutivo
pelo pneumotórax hipertensivo. Letra C: incorreta. A toracocentese de alívio, de fato, seria a conduta imediata frente à um pneumotórax hipertensivo. Contudo, essa
conduta ainda encontra-se no "B" e há outra prioridade no caso dessa questão. Letra D: incorreta. Expansão com cristalóide, realmente, está indicada para o nosso
paciente (como explicado em alternativa anterior). Essa medida, porém, faz parte do "C" da nossa sequência e, diante disso, não é a prioridade da abordagem inicial.
Letra E: correta. Note que mesmo antes de chegarmos ao "D" (exame neurológico), devido ao importante rebaixamento do nível de consciência, você já percerbe que o
paciente apresenta indicação formal de proteger as vias aéreas. Lembre-se que "C" do ABCDE é o que MAIS mata, no entanto, é o "A" que causa o óbito mais rápido! E é
por isso que é prioridade e vêm antes na sequência do ATLS. Além disso, faz parte do "A" o controle da coluna cervical, por meio do colar, coxins laterais e prancha
rígida. Resposta: alternativa E.

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392 - 2022 IO

» Segundo o protocolo do Suporte Avançado de Vida no Trauma (ATLS), após a avaliação primária ("ABCDE" do trauma), existem as medidas auxiliares a avaliação
primária e também a chamada avaliação secundária, antigamente denominada, "dedos e tubos por todos os orifícios". Entram, também, nessa avaliação, desde que
sejam realizadas na sala de trauma e sem atrasar qualquer medida de intervenção necessária, as três radiografias clássicas do trauma: Coluna cervical, tórax e pelve.
Porém atualmente o ATLS indica que a radiografia de pelve ou bacia não deve ser solicitada em paciente estável e acordado sem dor pélvica ou dor à palpação. Além
disso, afirma que a imagem toracolombar e cervical deve ser solicitada somente se o mecanismo de trauma sugerir a possibilidade de lesão. E por fim, refere que
somente no caso da radiografia de tórax o protocolo indica a solicitação sem outras informações condicionantes. Outro fato que deve ser lembrado, é que quando o
paciente estiver estável hemodinamicamente e a cinemática do trauma for de alta energia e justificar o exame, pode ser solicitada Tomografia de Crânio até Pelve, pois
possui acurácia muito melhor que a radiografia para diagnosticar lesões mais "sutis". A banca deu como resposta correta inicialmente a letra D. Porém após recurso do
Medgrupo a questão foi devidamente anulada.

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393 - 2022 IO

» A questão nos traz um paciente vítima de trauma com TCE e solicita a classificação da lesão frente a escala de coma de Glasgow e 10a edição do ATLS. Diante disso,
vamos analisar as alternativas: Letra A: incorreta. Traumatismo craninano leve, segundo o ATLS, são os que apresentam escala de coma de Glasgow entre 13-15 pontos.
Letra B: incorreta. Traumatismo cranioencefálico moderado, são os com Glasgow entre 9-12 pontos. Letra C: correta. O paciente apresenta Glasgow=7 (O=2; V=1; M=4),
o que classifica a lesão como Traumatismo cranioencefálico grave (entre 3-8 pontos). Letra D: incorreta. A Escala de coma de Glasgow classifica o TCE como leve,
moderado e grave. Para sabermos a origem do sangramento e tipo de hemorragia é necessário uma exame de imagem, como a Tomografia de crânio. Resposta:
Alternativa C.

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394 - 2022 PUC - PR

» Na imagem foi encontrada região hiperdensa (sangue) intracraniana biconvexa à direita, caracterizando um hematoma epidural ou extradural. Essa lesão é mais
comumente causada por um sangramento arterial originado da artéria meníngea média e pode ou não cursar com período de intervalo lúcido. Há ainda na janela óssea
fratura próxima ao sangramento, assim como hematoma subgaleal associado. Diante disso, vamos às assertivas: Letra A: incorreta. Duplamente equivocada, pois o
hematoma não é misto e há fratura de crânio associada. Letra B: correta. Como descrito na análise da imagem, encontramos hematoma epidural e na janela óssea,
fratura de crânio associada. Letra C: incorreta. Hematoma subdural apresenta imagem convexo-côncava ou em "crescente". A origem do sangramento costuma ser
venoso devido lesão das veias em ponte. Letra D: incorreta. Como já dito, há hematoma epidural e fratura associada. Letra E: incorreta. A ausência ou presença das
lesões apresentadas nessa alternativa, já foram explicadas nas alternativas anteriores. Resposta: letra B.

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395 - 2022 IO

» Estamos diante de um paciente vítima de trauma com sinais claros de TCE grave evoluindo para hipertensão intracraniana. Toda a história relatada com rebaixamento
do nível de consciência e glasgow< 9, presença de crises convulsivas e disautonomia no local, além da anisocorisa com midríase à direita (o que corrobora com a
topografia do sangramento na TC), confirmam o diagnóstico e a gravidade da lesão. Na tomogroafia de crânio vemos uma imagem hiperdensa em crescente causando
desvio importante da linha média. Diante disso, vamos analisar as alternativas: Letra A: correta. A imagem em crescente vista na TC, somada a cinemática do trauma,
praticamente, fecha o diagnóstico de hematoma subdural agudo. Esse sangramento é venoso e origina-se das veias em ponte. São lesões mais comuns que o hematoma
epidural, ocorrendo em cerca de 30% dos casos de TCE grave. Letra B: incorreta. Sangramento intraparenquimatoso origina imagem hiperdensa no interior do
parênquima cerebral e têm associação aos acidentes vasculares encefálicos hemorrágicos (AVEh). Letra C: incorreta. Hemorragia subaracnóidea se apresenta com
imagem hiperdensa entre os sulcos e giros cerebrais e está mais associado a rompimento de aneurismas de artérias cerebrais, associadas ou não à pico hipertensivo e
ao uso de anticoagulantes. Letra D: incorreta. O Hematoma epidural ou extradural acompanha imagem hiperdensa biconvexa e têm associação com sangramento
arterial da artéria meníngea média. Pode causar intervalo lúcido antes do rebaixamento do nível de consciência. Resposta: Alternativa A.

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396 - 2022 PUC - PR

» Sobre as medidas de primeira linha no controle da hipertensão intracrainica (HIC), vamos analisar as alternativas: Letra A: incorreta. A hiperventilação não está indicada
incialmente de rotina, sendo recomendado manter o pCO2 no limite inferior da normalidade (35 mmHg). Valores mais baixos aumentam a vasoconstrição cerebral e
consequentemente reduzem a pressão intracraniana (PIC), entretanto, podem agravar a isquemia cerebral. Letra B: incorreta. O propofol é uma droga sedativa hipnótica
utilizada em casos de TCE grave com hipertensão intracraniana e considerada neuroprotetora por diminuir o metabolismo neuronal. Porém, não é considerada uma
medida inicial. Letra C: incorreta. O fenobarbital é um anticonvulsivante que pode ser utilizado (coma barbitúrico) para controle de hipertensão intracraniana refratária a
medidas clínicas e cirúrgicas. Devido ao seu efeito hipotensor é contra-indicado em casos de hipovolemia. Letra D: incorreta. A derivação ventricular externa é a medida
cirúrgica para redução, controle e aferição da pressão intracraniana. Não é uma opção antes das medidas clínicas. Letra E: correta. As principais medidas de primeira
linha para controle de pressão intracraniana são medidas menos invasivas, como repouso e elevação de cabeceira 30º em posição neutra, além dos cuidados básicos em
qualquer vítima de TCE (evitar hipóxia, hipovolemia, hiponatremia e hiperglicemia). Resposta: alternativa E.

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397 - 2022 PUC - PR

» Vamos avaliar diretamente às alternativas: Letra A: incorreta. O paciente é de alto risco para TEV. Vítima de politrauma (estado inflamatório sistêmico e
hipercoagulabilidade) e associado a imobilidade. Letra B: incorreta. A hiperventilação deve ser evitada precocemente, sendo uma alternativa para os casos refratários,
sob risco de agravar a isquemia cerebral pela vasoconstrição das artérias cerebrais. Letra C: correta. O uso precoce de anticonvulsivantes, de forma profilática, pode
inibir uma recuperação cerebral adequada. Além disso, a presença de convulsão pós-traumática não está associada a pior prognóstico. Dessa forma, seu uso de rotina
não está indicado. Letra D: incorreta. No TCE grave (Glasgow ≤ 8) há necessidade de proteção das vias aéreas, por meio de via área artificial definitiva. A ventilação não
invasiva (VNI) depende de um paciente com nível consciência adequado, ou seja, acordado, lúcido e cooperativo. Letra E: incorreta. Injury Severity Scale (ISS) é uma
escala de escore anatômico dos índices de trauma e quanto maior sua pontuação, maior a gravidade das lesões, logo pior prognóstico. Além disso, menor reserva
fisiológica (idade avançada ou comorbidades) certamente, também possuem pior prognóstico diante de um TCE. Resposta: letra C.

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