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A IMPORTÂNCIA DA ÉTICA NA EVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DA

INFORMAÇÃO
Ednor Fernandes Vieira
Professora-Tutora Externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Curso (Código da Turma) – Seminário Interdisciplinar II
dd/mm/aa

RESUMO

O presente estudo visa abordar a importância e o papel dos novos meios de comunicação digital,
bem como a integração dos indivíduos na sociedade digital. A internet e suas tecnologias trazem
legados que marcam a era moderna. No entanto a internet monopolizou a disseminação de
informação e comunicação, em algumas situações pode-se dizer que as desigualdades sociais se
tornaram ainda mais presentes em tempos modernos. Para tal propõe-se a seguinte questão para o
estudo, sobre a ética diante da cidadania digital, ou seja, as novas tecnologias e o seu acesso como
forma de trabalhar a inclusão digital. O estudo se classifica como do tipo bibliográfico com
abordagens qualitativas.

Palavras-chave: Internet. Tecnologia. Ética.

1 INTRODUÇÃO

O modernismo nos apresentou um mundo tecnológico movido de ações rápidas. Essas


mudanças fizeram com que a população passasse a tomar decisões de modo que as mesmas fossem
justificadas através de ações, assim os argumentos são fundamentados de acordo com o
comportamento do mundo.
Diferente do que era feito em tempos antigos, onde a ação do indivíduo trazia reflexos
diretos a toda a comunidade, nos dias atuais os reflexos das decisões tomadas passaram a ser
indiretos aos demais membros da sociedade. A razão humana fora libertada das influências
negativas que recebia de certas instituições e agentes sociais que representam até aquele momento o
referencial das ações humanas.
O pensamento cientifico visa introduzir a possibilidade de uma forma de agir que isente os
elementos políticos e econômicos de poder expressar os objetivos e problemas presentes no agir
humano, bem como suas duvidas e questionamentos sobre diversos assuntos da sociedade.
De acordo com uma visão técnica cientifica os fortes argumentos a respeito da eficácia e
consecução dos objetivos mais importantes sobre a produção de melhorias para a vida humana
poderiam passar a desconsiderar as exigências éticas, assim todo trabalho desenvolvido em busca da
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo II –
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obtenção de lucros teria seus meios justificáveis. Ao expulsar a dimensão ética para âmbito pessoal,
a racionalidade instrumental produziu uma alienação e ideologização da racionalidade humana.
A ética da utilidade e da eficácia, oriundas do capitalismo moderno, foram se consolidando
de tal forma que a própria importância do ser humano foi reduzida. Cabe perguntar quais seriam os
impactos atuais da tecnologia na vida das pessoas e suas implicações éticas? A essa questão que se
propõe a discutir com as contribuições da literatura disponível acerca do tema.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A essência da ética

Quando pensamos em ética, em todos os seus sentidos, partimos da premissa de que estamos
abordando a característica fundamental que distingue os seres humanos dos não humanos. Creio ser
plenamente admissível a ideia de muitos filósofos que tratam a liberdade com base na sua intrínseca
dimensão ética, e não na racionalidade. Essa liberdade sofre muitos tipos de restrições, mas existe
sempre, portanto pode ser exercida.
Sem liberdade não se pode falar de ética, mas de determinismo - biológico ou histórico
social-e ainda menos se poderia falar de responsabilidade e, consequentemente, de ética. Essa
responsabilidade se manifesta, segundo Ricoeur (2018), em maneira direta, em relações
interpessoais imediatas (curtas), ou em maneira indireta, em relações por intermédio de instituições
ou do ambiente (longas).

Necessidade de uma nova ética


A segunda premissa parte da necessidade de propormos um fundamento para a pesquisa e a
adoção de uma Ética Digital. Poderíamos dizer, como Jonas (2019), que a "civilização tecnológica"
em que vivemos - uma civilização realmente "nova", em que as tecnologias de informação e
comunicação (TIC) têm um papel vital e crescente - apela a uma "nova ética" focada no "princípio
de responsabilidade". Será que, no passado, as pessoas eram menos responsáveis e que só agora, por
alguma razão, deveriam tornar-se mais responsáveis? Essa razão não seria puramente teórica, dada
a crescente complexidade dos fenômenos econômicos e sociais.
Acontece, porém, exatamente o contrário. Antigamente era muito mais fácil ser responsável
eticamente e socialmente. Bauman (2020) afirma que os nossos antepassados eram testemunhas
diretas de quase todas as consequências de seus atos, porque os acontecimentos e suas
consequências muito raramente saíam do campo visual ou do seu raio de ação direta.
Segundo Bauman (2020), "Com o início da nova e crescente rede global de dependências e de uma
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tecnologia suficientemente poderosa para produzir consequências de nível global - essa situação
moralmente satisfatória se extinguiu".
Estamos na direção de uma sociedade de irresponsabilidade social generalizada! Entretanto,
não é admissível que se possa causar danos imensos em momentos e lugares tão diversos - sem
mesmo ter consciência disso - apenas porque estamos submersos numa interdependência fora de
nosso controle. O teórico da sociedade de risco, Ulrich Beck (2012), diz que devemos nos
conscientizar para o fato de não existirem soluções individuais para contradições coletivas. A nova
Ética Digital, não pode ser uma ética unicamente individual, mas deve ser sobretudo uma ética
coletiva, pública e profissional.

Por um princípio unificante para a Ética Digital


Além de aumentar a memória humana, a difusão das TIC tem, portanto, duas origens: o
controle da crescente complexidade, pois precisamos cada vez mais de informações e de tecnologia
para gerenciá-la; e a falta de confiança gerada pelo oportunismo e a consequente necessidade de
controle das relações humanas, não apenas as comerciais. Nas sociedades mais simples, nas quais as
pessoas se conhecem diretamente, o controle social é mais fácil e, portanto, requer menos
informações (e TICs), porque existem outros meios para controlar o oportunismo. Nas sociedades
mais complexas, se existisse mais confiança entre as pessoas, seria possível exercer um menor
controle, e também menos TICs.
Os problemas ético-sociais relacionados com as tecnologias da informação se entrelaçam
fortemente e aumentam junto com a complexidade técnica e a complexidade política. Em outras
palavras, as TIC, ao mesmo tempo que fornecem soluções cada vez mais eficazes para dominar as
complexidades técnica e política, geram novos desafios e questões ético-sociais mais graves e
difíceis de resolver
Para esclarecimento, basta um exemplo: a privacidade. O aumento da complexidade
econômica e social (complexidade técnica) e do crescimento da falta de confiança nas relações
comerciais e públicas (complexidade política) na sociedade pós-industrial (Maggiolini, 2010b)
poderia ser resolvido de duas maneiras distintas. A primeira requer que as responsabilidades sociais
sejam assumidas com maior consciência. A segunda é aumentar o controle - direto e/ou indireto -
sobre as pessoas, o que a tecnologia certamente poderia fornecer, mas à custa da violação da
privacidade.
Assim, diante do possível benefício oferecido pelo maior controle, cria-se um problema
ético-social pela crescente violação da privacidade. Isso requer uma adequada ética relativa à TIC.
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Além disso, a complexidade "técnica" exige uma ética profissional adequada dos agentes
envolvidos, porque os riscos técnicos de mau funcionamento são muito elevados.
Podemos ligar o princípio unificante da Ética Digital aos temas éticos da "sociedade da
informação" (Guardo et al., 2010). Uma sociedade de crescente complexidade, sobretudo no
campo econômico (pela globalização, especialmente das finanças e da produção) gera e multiplica a
necessidade de informação para o gestão e o controle dessa mesma complexidade, em menor ou
maior grau satisfeita pela TIC.
Podemos incluir a proteção da propriedade intelectual (Johns, 2019) ao princípio unificante
da Ética Digital, na medida em que se apresente como uma questão de (difícil) controle contra o
oportunismo de se apoderar das ideias alheias para ganhar dinheiro, seja com bens de natureza
intelectual ou com privatização de bens intelectuais comuns. Não é por acaso que foram propostos
os creative commons, que correspondiam, na Idade Média, à propriedade pública, ou de uma
comunidade. Num mercado de ideias, a proteção da propriedade intelectual é obviamente superada
em larga escala por bens intelectuais baseados na reciprocidade, como nos casos do Software Livre,
da Wikipedia etc.

Problemas emergentes da Ética Digital


Um mapa interessante dos principais temas de Ética Digital foi proposto por Patrignani
(2019). Além dos já mencionados problemas relacionados à privacidade, à propriedade intelectual,
à e-democracy e à deslocalização, podemos destacar muitos outros temas críticos da Ética Digital,
como governança da internet, guerra cibernética, cyberterrorismo e crimes digitais.
Não é o caso de detalhar cada tema singularmente. Gostaria de selecionar apenas três dos
mais importantes e ainda pouco considerados. O primeiro é a transmissão do conhecimento: a ética
das ferramentas de busca. O segundo tema é a gestão das transações financeiras de alta frequência.
O terceiro é o problema da e-reputation, ou seja, da reputação na rede, um problema muito delicado
e importante o qual não se discute o suficiente, especialmente perante a rapidíssima difusão do uso
das redes sociais.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

O estudo se insere na modalidade de uma pesquisa bibliográfica, com abordagens do tipo


qualitativa, na medida em que seu objeto de estudo se defronta com uma realidade especifica que é
relação da ética comum novo campo de atuação que é o mundo digital. Partindo das contribuições
de teóricos do campo de saber da Filosofia da tecnologia e da ética, propõe uma revisão de literatura
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sobre os conceitos abordados. Pressupõe uma leitura desses autores no que tange a ética e sua
relação com o mundo digital tendo como referência a seus efeitos na sociedade contemporânea, que
de maneira direta são afetadas por essa realidade.
Qual a importância da ética na evolução da tecnologia da informação?
Além dos conhecimentos técnicos, o profissional de TI, e todas as áreas devem apresentar
também competências humanas, para lidar com os clientes da empresa, como cordialidade,
honestidade, respeito e dignidade. Diante deste cenário analisar o comportamento e conduta ética
dos profissionais que lidam com a Tecnologia da Informação se tornou importantíssimo. Fazem
parte das obrigações do profissional de TI, assegurar a privacidade e proteção das informações,
sejam elas organizacionais ou dos clientes; garantir a segurança destas informações; conhecer a
legislação que regulamenta suas atividades profissionais e da empresa em que trabalha; mas
sobretudo, ter bom senso ao utilizar recursos da empresa.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Aqui cabe lembrar a diferença que se percebe entre a moral e a ética. No mundo econômico
se construiu uma moral do lucro e em seu nome as práticas eram legitimas e adequadas para espanto
dos menos avisados. E aqui cabe uma pergunta: porque políticos fazem isto sem preocupação?
Porque empresários concordavam com isto sem hesitação ou preocupação? Exatamente pelo motivo
de compartilharem uma mesma moral que entendia a atividade econômica dessa forma. Por isso que
a ética surge quando as perguntas sobre as condutas aceitas pela moral devem continuar ou não. É o
momento importante para o Brasil e seus cidadãos entenderem essa reflexão e começarem a
perguntar e discutir isso. Não se pode mais aceitar que empresas façam parte dessas práticas e
hábitos condenáveis. Ou alguém acha que algum candidato ao fazer sua campanha não vai precisar
de dinheiro para financia - lá? Claro que vai e da forma como temos entendido os agentes
econômicos entram em cena sem nenhum critério senão a obtenção de lucros futuros que paguem
seus investimentos. Portanto cabe discutir a atividade econômica como atividade humana e ela deve
possuir uma dimensão ética. E nós todos poderemos assumir aquilo os gregos sempre souberam.
Temos que cuidar da nossa “casa” para vivermos bem. E saber viver é o que ensina à ética. Uma
rodovia que não é tratada com o cuidado para com todos é um forte sinal de que naquela
comunidade falta pensar em si e nos outros. Portanto cumpre estabelecer uma nova ética para lidar
como estas novas tecnologias, tendo em vista o horizonte da cidadania. Torná-las acessíveis a todas
pessoas é tarefa de toda sociedade atual. Projeto sociais, a partir de organizações não
governamentais; políticas públicas voltadas para o acesso das populações ainda fora deste novo
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mundo digital; projetos de pesquisa e tecnologias produzidas nas universidades e centros de


pesquisas que contemplem esta dimensão. Pois não uma das precondições de se chamar “ciência” a
toda produção humana em benefício de todo planeta e acessível a todos. Em suma, o desafio está
lançado. Podemos abrir o caminho da comunidade digital para todos e cumprir sua meta de tornar
este mundo melhor para todos. Ou optar por afirmar as formas já tradicionais de exclusão social
baseadas num sistema econômico hostil à inclusão se deleitar com as novas tecnologias fazendo
germinar o ápice deste novo feudalismo.
Cada nova tecnologia da informação, com certeza, dá um passo adiante na história da
civilização humana. E os seus "inventores" (e em geral quem tem interesse, especialmente
econômico, na sua adoção e difusão) as elogiam, enfatizando seus benefícios, suas vantagens para a
economia, para a sociedade, enfim, para a humanidade inteira. Mas alguém, um "rei do Egito", o
que encarna a consciência crítica, a ética da humanidade, antes que os danos em potencial se
manifestem de maneira irreversível, ou caros demais para consertar, poderia - deveria! - poder
"julgar qual parte de dano e da utilidade possui para quantos dela vão fazer uso" e divulgar essa
consciência.

5 CONCLUSÃO

Cada nova tecnologia da informação, com certeza, dá um passo adiante na história da


civilização humana. E os seus "inventores" (e em geral quem tem interesse, especialmente
econômico, na sua adoção e difusão) as elogiam, enfatizando seus benefícios, suas vantagens para a
economia, para a sociedade, enfim, para a humanidade inteira. Mas alguém, um "rei do Egito", o
que encarna a consciência crítica, a ética da humanidade, antes que os danos em potencial se
manifestem de maneira irreversível, ou caros demais para consertar, poderia - deveria! - poder
"julgar qual parte de dano e da utilidade possui para quantos dela vão fazer uso" e divulgar essa
consciência.

REFERÊNCIAS

Bauman, Z. (2020). Society under Siege. United Kingdom: Polity.


Guardo, S. Di, Maggiolini, P, & Patrignani, N. (Eds.). (2010). Etica e responsabilità sociale delle
tecnologie dell'informazione(Vol. 2). Milan: Franco Angeli.
Johns, A. (2019). Piracy: the intellectual property wars from Gutenberg to Gates. Chicago:
University of Chicago Press.
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Jonas, H. (2019). Das Prinzip Verantwortung. Frankfurt: Insel -Verlag


Maggiolini, P. (2010a). Tecnologie dell'informazione e società: niente di nuovo sotto il sole? In S.
Di Guardo, P. Maggiolini, & N. Patrignani (Eds.). Etica e responsabilità sociale delle tecnologie
dell'informazione(1). Milan: Franco Angeli.
Maggiolini, P. (2010b). L'etica nella società ed economia dell'informazione. In S. Di Guardo, P.
Maggiolini, & N. Patrignani (Eds.). Etica e responsabilità sociale delle tecnologie
dell'informazione(Vol. 1). Milan: Franco Angeli.
Patrignani, N. (2019). Computer ethics. Un quadro concettuale. Mondo Digitale, Recuperado em 28
de junho, 2014, de http://www.mondodigitale.net/Rivista/09_numero_3/Patrignani_p_55_63.pdf
» http://www.mondodigitale.net/Rivista/09_numero_3/Patrignani_p_55_63.pdf
Ricoeur, P. (2018). Le socius et le prochain. In Histoire et verité. Paris: Seuil.

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