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André Arêa Página |1

ESTUDO BÍBLICO
Rev. André Arêa

Data: 16/07/20
Local: IP Mutuaguaçu
Tema: A Adoração dos Magos
Texto Bíblico: Mateus 1.18-25

LEITURA BÍBLICA
Mateus 2.1-12
1
Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias
do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente
a Jerusalém.
2
E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos
judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e
viemos para adorá-lo.
3
Tendo ouvido isso, alarmou-se o rei Herodes, e,
com ele, toda a Jerusalém;
4
então, convocando todos os principais sacerdotes e
escribas do povo, indagava deles onde o Cristo
deveria nascer.
5
Em Belém da Judéia, responderam eles, porque
assim está escrito por intermédio do profeta:
6
E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a
menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá
o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel.
7
Com isto, Herodes, tendo chamado secretamente os
magos, inquiriu deles com precisão quanto ao tempo
em que a estrela aparecera.
8
E, enviando-os a Belém, disse-lhes: Ide informar-
vos cuidadosamente a respeito do menino; e, quando
o tiverdes encontrado, avisai-me, para eu também ir
adorá-lo.
9
Depois de ouvirem o rei, partiram; e eis que a
estrela que viram no Oriente os precedia, até que,
chegando, parou sobre onde estava o menino.
10
E, vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e
intenso júbilo.
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11
Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua
mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus
tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso
e mirra.
12
Sendo por divina advertência prevenidos em sonho
para não voltarem à presença de Herodes,
regressaram por outro caminho a sua terra.

INTRODUÇÃO
No Cap.1 vimos que em cumprimento à promessa de Deus a Davi
em 2 Sm 7.12-13, Jesus é o herdeiro legítimo do trono de Davi,
Mateus O apresentou como o Rei cuja procedência é divina, pois, Jesus
é o Cristo de Deus, e, humanamente, descendente de Davi (Mt 1.1).
Enquanto o Cap.1 diz que Ele merece as honras por ser o Rei
Eterno que é, o Cap.2 mostra que Ele a recebeu.
Como Rei que Ele é, honra, glória e louvor devem ser atribuídos a
Ele. E é justamente disso que se trata este trecho do livro de Mateus:
1.º. Adoradores chamados de longe (os magos do Oriente);
2.º. Adoradores de perto que desprezaram o seu chamado (os
sacerdotes e escribas);
3.º. Adorador falso e fingido que pediu para ser chamado
(Herodes).
Mas, antes de nos voltarmos para esses três pontos importantes,
vejamos alguns erros associados a este momento da vida terrena do
Salvador que precisam ser corrigidos.

1) Erros na interpretação desta passagem


Observe bem essa gravura que retrata a visita dos magos do
Oriente ao menino Jesus. O que há de errado com essa gravura em
comparação com o relato bíblico?
a) Três? Reis?
A Bíblia não faz qualquer afirmação sobre o número de magos que
vieram adorar a Jesus, nem mesmo que eram reis. Geralmente,
associa-se o número deles ao número dos presentes dados: “ouro,
incenso e
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mirra” (v.11). Mas, isso não serve de base 1. Eles eram ricos, mas, isso
também é insuficiente para afirmar que eram reis; e utilizar o Sl
72.10 e Is 60.3 para afirmar que eles eram “reis”, é, no mínimo
forçar o texto. A designação “magos” refere-se a “astrônomos” ou
“astrólogos”2, homens respeitados em sua cultura e sociedade.

b) Na estrebaria (presépio3), um bebezinho?


Embora no v. 2 os magos perguntaram “Onde está o recém-
nascido
Rei dos judeus?”, o relato aqui nos mostra que Jesus já tivesse um ou
dois anos, pois, porque Herodes mandou assassinar os menores de
“dois anos” (v. 16)? Ainda que isso possa ser explicado com o caráter
cruel de Herodes4, não faz sentido algum matar meninos de dois anos
se o alvo era um recém-nascido naquela noite como sugere esta
imagem.
Eles não encontraram Jesus, Maria e José na estrabaria, mas, sim,
“na casa” (v.11). Além disso, o v. 7 nos mostra que na ocasião do
nascimento de Jesus a estrela apareceu, e, por isso, a atenção dos
magos foi chamada para um evento muito importante: o nascimento
do Rei dos judeus. Então eles foram para a Judeia para encontrar o tal
Rei.

1
Ainda há os que apresentam os nomes deles: Melquior, Baltazar e Gaspar, um veio da Índia, outro do
Egito e outro da Grécia. Tal afirmação é simplesmente ridícula e sem qualquer fundamento lógico e
histórico.

2
Não se deve com isso pensar que há aqui uma aprovação Divina para a prática da astrologia. Enquanto a
astronomia é uma ciência séria que estuda os astros celestes, a astrologia sempre foi considerada uma
superstição mentirosa e condenada por Deus (Dt 4.19). Contudo, esses magos eram mais astrônomos que
astrólogos. Além disso, não podemos esquecer que eles eram pagãos.

3
O primeiro presépio do mundo teria sido montado em argila por São Francisco de Assis em 1223. Nesse
ano, em vez de festejar a noite de Natal na Igreja, como era seu hábito, o Santo fê-lo na floresta da
cidade de Greccio, na Itália, para onde mandou transportar uma manjedoura, um boi e um burro, para
melhor explicar o Natal às pessoas comuns, camponeses que não conseguiam entender a história do
nascimento de Jesus.

4
Ele ordenou a morte da própria esposa e dos dois irmãos dela por suspeitar de traição. Casou-se pelo
menos nove vezes, a fim de satisfazer sua luxúria e de fortalecer alianças políticas (WIERSBE, 2006,
vol.5, p.15).
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A viagem do Oriente5 até a Judeia levou algum tempo,


possivelmente, alguns meses.
Desfeitos esses erros vejamos outras informações do texto que são
muito importantes.
2) Antecedentes à visita dos magos
Comparando o relato de Mateus com o de Lucas nesse período da
vida de Cristo, vemos que Mateus nada fala sobre os pastores, os
anjos, o cântico de Simeão e a profetiza Ana, entre outros detalhes.
Matthew Henry destaca que embora Jesus fosse o “Desejado das
nações”, Seu nascimento passou despercebido aos olhos dos judeus.
Ele diz6:
Se o Filho de Deus devia vir ao mundo, poderíamos, com toda razão,
esperar que fosse recebido com o maior cerimonial possível, que coroas
e cetros se colocassem imediatamente aos seus pés e que os soberanos e
os poderosos príncipes do mundo se tornassem seus humildes servos; um
Messias assim era o que os judeus esperavam, mas não foi isso que
aconteceu. Ele veio ao mundo e o mundo não o conheceu, isto é, Ele
veio para o Seu povo, mas o Seu povo não o recebeu.
Depois do nascimento de Cristo, os primeiros a tomar
conhecimento do fato foram os pastores (Lc 2.15), que anunciaram
aos outros as coisas maravilhosas que viram (Lc 2.17-18). Oito dias
depois, quando Jesus foi apresentado no templo, o velho e piedoso
Simeão foi o próximo a falar se manifestar reverentemente diante do
Rei (Lc 2.25-35). Por fim, a anciã profetiza Ana “chegando naquela
hora” (Lc 2.38), isto é, nos primeiros dias de vida encarnada do
Senhor Jesus, “dava graças a Deus e falava a respeito do menino a
todos os que esperavam a redenção de Jerusalém”.
Tudo isso corrobora com o que dissemos sobre a ocasião da visita
dos magos, ou seja, que se passaram quase dois anos em Belém sem
que Jesus recebesse atenção até a chegada dos magos. Como disse
Matthew Henry7:
Na verdade, nada iria despertar aqueles que estavam
resolvidos a ser indiferentes. Ó, incrível estupidez a
5
A designação “Oriente” (ἀνατολή) é bem indefinida. Muitos afirmam que é a Pérsia, outros, a Babilônia,
e ainda outros o extremo oriente asiático. Se tomarmos ἀνατολή como “Anatólia”, uma das sete regiões
da Turquia, então teremos uma identificação mais precisa.

6
HENRY, 2008, vol.5, p.8.
7
Ibid, p.8.
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desses judeus! E também dos muitos que ostentam o nome


de cristãos!

Desfeitos esses erros vejamos outras informações do texto que são


muito importantes.

3) Símbolos e seus significados


Três elementos aqui nesta narrativa são símbolos que vão além de
si mesmos e nos comunicam uma mensagem preciosa: os magos, os
presentes que eles deram a Jesus e o lugar do nascimento de Jesus,
Belém.
a) Os magos
Como já vimos, estes homens eram pessoas respeitadas em sua
sociedade e cultura. Eram tidos como “sábios”, pois, por seus estudos
astronômicos (e astrológicos) conseguiam entender os acontecimentos
neste mundo (foi observando essa estrela de fulgor e
comportamento ímpar que entenderam que o Rei dos judeus havia
nascido).
Mas, o que é mais importante no que diz respeito a estes homens é
que, sendo eles gentios, e, portanto, pagãos cujos rituais eram
centrados nos elementos da natureza8. Eles não eram charlatães. Eram
estudiosos que criam piamente ser possível entender os
acontecimentos aqui neste mundo com relação a posição dos astros.
A questão que surge aqui é: como esses magos ficaram sabendo
das profecias do nascimento do Rei dos judeus se eles não eram
judeus?
William Hendriksen levanta uma hipótese que merece nossa
atenção. Ele lembra que nos cativeiros do povo de Deus ocorridos
séculos antes, o cativeiro assírio (721 a.C.) e o babilônico (608 a.C.)
os judeus espalharam sua fé na promessa de que um dia viria o Messias
para libertar definitivamente o Seu povo9.
Quer esses magos tivessem vindo do norte da Mesopotâmia
(Assíria,

8
290 Cf. MACDONALD, 1998, vol.2, p.13.

9
Cf. HENDRIKSEN, 2001, vol.1, p.213
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Pérsia, Turquia) ou do sul da Mesopotâmia (Babilônia), em todos esses


lugares, os judeus estiveram e com certeza propagaram a sua fé.
Contudo, o que mais importa sabermos sobre esses magos é o que
(ou quem) eles tipificam aqui. Em Lc 2.30-32, em seu belíssimo
cântico, Simeão diz que Jesus é a “salvação a qual preparaste diante
de todos os povos; luz para revelação aos gentios”. Esses magos
eram gentios, e como afirma Matthew Henry, eles exemplificavam
aqueles que estavam (e ainda estão) distantes, a quem Cristo haveria
de atrair a Si mesmo. Assim sendo, aqueles magos nos representam
como gentios que haveriam de ser salvos por Cristo!

b) Os presentes dados a Jesus


Eles abriram seus tesouros, e dali tiraram ouro, incenso e mirra.
No nascimento dos filhos dos reis era costume presenteá-los com ouro
e incenso, mas aqui, algo mais foi dado a mirra.
Esses três presentes juntos têm o propósito de honrar e adorar o
Rei dos reis. Separadamente, cada um tem seu significado.
O ouro simboliza a Divindade e a Glória de Cristo;
O incenso é um unguento ou perfume, e sugere a fragrância
da vida perfeita e sem pecado de Jesus;
A mirra é uma erva amargosa, que expressa os sofrimentos
que Ele suportaria carregando os pecados do mundo. Isto
tudo é cumprimento das profecias do Sl 72.10 e Is 60.3-6.
Esses presentes transformaram-se em recursos para a viagem e
estadia no Egito, onde Cristo ficou até a morte de Herodes (Mt 2.15).

4) O lugar do nascimento de Jesus


Muito mais do que distinguir em qual Belém Jesus nasceu (havia
mais de uma, por exemplo, a Belém na tribo de Zebulom, Js 19.15),
o que está em destaque aqui é o cumprimento exato da profecia de Mq
5.2.
Belém quer dizer “casa do pão”. E assim não havia lugar mais
propício para nascer Aquele que é “o pão da vida”, o “verdadeiro
maná”, “o pão vivo que desceu do céu”.
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5) Os adoradores chamados de longe: os magos (v.1-2,9-


12)
1
Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias
do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente
a Jerusalém.
2
E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos
judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e
viemos para adorá-lo.
9
Depois de ouvirem o rei, partiram; e eis que a
estrela que viram no Oriente os precedia, até que,
chegando, parou sobre onde estava o menino.
10
E, vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e
intenso júbilo.
11
Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua
mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus
tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso
e mirra.
12
Sendo por divina advertência prevenidos em sonho
para não voltarem à presença de Herodes,
regressaram por outro caminho a sua terra.
Como já vimos esses magos tipificam os gentios eleitos por Deus
de todas as eras, porque a salvação também é para os gentios. Ainda
que estivessem a observar as estrelas e percebido que uma estrela
especial indicava um acontecimento há muito esperado, ali vemos a
mão de Deus chamando pecadores à salvação e à adoração do Único e
Verdadeiro Deus.
A salvação dos pecadores é obra exclusiva da Graça de Deus. Os
pecadores são chamados por Deus. De outra forma nunca serão
salvos.
Atendendo ao chamado de Deus em seus corações (ainda que não
o soubessem, provavelmente), estes homens saíram em busca de
Cristo, provando assim terem a verdadeira sabedoria, a saber, buscar o
Senhor Jesus, “em quem todos os tesouros da sabedoria e do
conhecimento estão ocultos” (Cl 2.3).
Essa busca tinha o propósito mais nobre que possa existir no
coração de uma pessoa, adoração e rendição total a Deus. Os
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verdadeiros adoradores são procurados por Deus (Jo 4.23), e,


quando por Ele encontrados O buscam de todo o coração (cf. v.2)
rendendo-Lhe todo louvor, honra e glória que Lhe são devidos (cf.
v.11).

6) Os adoradores de perto que desprezaram o seu


chamado: os sacerdotes e escribas (v.3-6)
3
Tendo ouvido isso, alarmou-se o rei Herodes, e,
com ele, toda a Jerusalém;
4
então, convocando todos os principais sacerdotes e
escribas do povo, indagava deles onde o Cristo
deveria nascer.
5
Em Belém da Judéia, responderam eles, porque
assim está escrito por intermédio do profeta:
6
E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a
menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá
o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel.
Os judeus, tanto do povo (“toda a Jerusalém”, v.3) quanto o
Sinédrio (principais sacerdotes e escribas), aqueles que faziam parte
do povo de Deus, o povo de Israel o qual recebera os “oráculos de
Deus” (Rm 3.2), que eram capazes de recitar textos das Escrituras
Sagradas referentes ao Messias (cf. v.5-6), mas, que, estando tão
próximos do Messias (uns dez quilômetros), mesmo tendo diante de
seus olhos tamanha evidência, sequer se dispuseram a ir até ao Messias
para adorá-Lo.
Enquanto os magos gentios se dispuseram a viajar de longe para
adorar ao Messias, os judeus não se importaram com Cristo. “Muitas
vezes aqueles que estão mais próximos aos meios estão mais longe
do fim”10 (cf. Mt 8.11-12).
Como é lamentável ver que à semelhança dos judeus, muitos que
nasceram dentro da Aliança de Deus com Seus filhos, foram batizados,
até professaram em algum grau a sua fé, sabem partes das Escrituras,
mas, estão tão distantes de Cristo mesmo estando tão próximos!

10
HENRY, 2008, vol.5, p.9.
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A exortação de 2 Co 13.5 de estar sempre diante de nossos olhos


e seriamente refletida pelos nossos corações: “Examinai-vos a vós
mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não
reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais
reprovados”.

7) O adorador falso e fingido que pediu para ser


chamado: Herodes (v.7-8,12)
7
Com isto, Herodes, tendo chamado secretamente os
magos, inquiriu deles com precisão quanto ao tempo
em que a estrela aparecera.
8
E, enviando-os a Belém, disse-lhes: Ide informar-
vos cuidadosamente a respeito do menino; e, quando
o tiverdes encontrado, avisai-me, para eu também ir
adorá-lo.
12
Sendo por divina advertência prevenidos em sonho
para não voltarem à presença de Herodes,
regressaram por outro caminho a sua terra.
Herodes apresentou-se como um pretenso adorador, mas, suas
motivações eram escusas e ímpias, como veremos nos próximos
estudos. Pediu para que fosse informado onde estava o Rei dos judeus
para “também ir adorá-lo” (v.8), mas, sua intenção era acabar com
Aquele de quem ele pensava tratar-se de um sério concorrente ao seu
trono.
Herodes não era um judeu puro, mas, um idumeu, um
descendente de Esaú, o que mostra aqui que este conflito é
antiquíssimo, já dos tempos de Esaú e Jacó. Ele viu seu trono
ameaçado por um legítimo “Rei dos judeus”, e por isso, tratou logo
de acabar com este possível concorrente.
Assim como Herodes há muitos que buscam a Deus, mas, são
fingidos, e, portanto, falsos adoradores. Suas intenções não são de
vida, mas de morte.

Para Pensarmos e Praticar


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Olhando para as três “categorias” de adoradores apresentados


aqui, a qual delas você pertence?
Sua devoção a Cristo assemelha-se à dos magos: sincera,
abnegada e dedicada e que foi recompensada com o verdadeiro
conhecimento de Cristo?
Ou à dos sacerdotes e escribas: com profundo conhecimento das
Escrituras, mas, vazia do conhecimento de Cristo?
Ou à de Herodes: fingida, inescrupulosa e com motivações torpes?

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