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ANTELO - A Pesquisa e Uma Escrita Autono PDF
ANTELO - A Pesquisa e Uma Escrita Autono PDF
Organizadores
A literatura e a vida:
por que estudar literatura?
(RCG-PRAIA)
VILA VELHA, 2015
Conselho Editorial
Gilberto Medeiros
Flávio Marcelo Pereira
Flávio Borgneth
Tarso Brennand
Vitor Cei
&RPLWr&LHQWt¿FR
Coordenador
Vitor Cei Santos
Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
Membros
Andressa Zoi Nathanailidis
Universidade Vila Velha (UVV)
André Tessaro Pelinser
Universidade de Caxias do Sul (UCS)
David G. Borges
Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Fábio Goveia
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
Paulo Edgar R. Resende
Universidade Vila Velha (UVV)
Sérgio da Fonseca Amaral
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
© 2015 Os autores
facebook/praiaeditora
praiaeditora.blogspot.com.br
email: praiaeditora@gmail.com
twitter: @praiaeditora
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A PESQUISA É UMA ESCRITA
AUTONOMAMENTE REAL
Raul Antelo
23
A literatura e a vida: por que estudar literatura? - Praia Editora
fuerza y la forma, entre la fuerza y la
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‘performativa’, fuerza ilocucionaria o
perlocucionaria, de fuerza persuasiva
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pero también y sobre todo de todas las
situaciones paradójicas en las que la
mayor fuerza y la mayor debilidad se
intercambian extrañamente. Y esto es
toda la historia—conclui, porque—los
GLVFXUVRV VREUH OD GREOH D¿UPDFLyQ
sobre el don más allá del intercambio y
de la distribución, sobre lo indecidible,
lo inconmensurable y lo incalculable,
sobre la singularidad, la diferencia
y la heterogeneidad, son también
discursos al menos oblicuos sobre la
justicia.14
Si la sublimación se redujera a un
cambio de objeto, la realidad óntica de
los objetos permanecería inalterada
y en tal caso no habría suppléance,
no habría exceso: el objeto del amor
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A literatura e a vida: por que estudar literatura? - Praia Editora
por causa de tanta felicidade. Estou
tendo uma liberdade íntima que só se
compara a um cavalgar sem destino
pelos campos afora. Estou livre de
destino. Será o meu destino alcançar
a liberdade? não há uma ruga no
meu espírito que se espraia em leves
espumas. Não estou mais acossado.
Isto é a graça.23
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A literatura e a vida: por que estudar literatura? - Praia Editora
la hace doler; en las piernas y produce
la parálisis; en los ojos y deja ciego; en
los oídos y deja sordo; en la lengua y
hace enmudecer.
Gualicho es en extremo ambicioso.
Conviene hacerle el gusto en todo.
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en tiempo yeguas, caballos, vacas,
cabras y ovejas; por lo menos una vez
cada año, una vez cada doce lunas,
que es como los indios computan el
tiempo.
Gualicho, es muy enemigo de las
viejas, sobre todo de las viejas feas:
se les introduce quién sabe por dónde
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¡Ay de aquella que está engualichada!34
La matan.
Es la manera de conjurar el espíritu
maligno.
Las pobres viejas sufren
extraordinariamente por esta causa.
Cuando no están sentenciadas, andan
por sentenciarlas.
Basta que en el toldo donde vive una
suceda algo, que se enferme un indio,
o se muera un caballo; la vieja tiene la
culpa; le ha hecho daño; Gualicho no
se irá de la casa hasta que la infeliz no
muera.
(VWRV VDFUL¿FLRV QR VH KDFHQ
públicamente, ni con ceremonias. El
indio que tiene dominio sobre la vieja
la inmola a la sordina.
En cuanto a los muertos, tienen por
ellos el más profundo respeto. Una
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o morcegão, o tunes, o cramulhão,
o dêbo, o carôcho, do pé-de-pato, o
mal-encarado, aquele—o que não
existe! Que não existe, que não, que
não, é o que minha alma soletra. [...]
Mas, naquele tempo, eu não sabia.
Como é que podia saber? E foram
esses monstros, o sobredito. Ele vem
no maior e no menor, se diz o grão-
tinhoso e o cão-miúdo. Não é, mas
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A literatura e a vida: por que estudar literatura? - Praia Editora
neoconservadora de Sarlo, nos anos mais recentes) que
a forma é uma simples aparência; a arte visual é cega; e
DOLWHUDWXUDGH¿QHVHFRPRXPDREOLWHUDomRHXPDUDVXUD
uma diferença que nunca se capta em simultâneo, mas
sempre em diferido, em fusão temporal. A crítica, como a
de Antonio Candido ou Beatriz Sarlo, limitada à mimese,
não passa, portanto, de um trompe l’oeil, porque, quando
muito, ela consegue descerrar o véu que cobre algo
situado para além do que se pode ver. Capta o mistério,
mas não o enigma.
Giorgio Agamben nos fornece, aliás, um último
elemento para pensarmos o ser e não-ser coexistentes à
maneira de Guimarães Rosa. Trata-se de uma fórmula que
SRGHULDVHU¿OLDGDDRVLQWDJPDregula et vita de Francisco
de Assis. Nela, conjuga-se, mas também separa-se,
uma tensão recíproca entre a regra e a vida. Em outras
palavras, não há mais espaço para a aplicação da regra
(evangelicum canon) aos poderes mundanos, entre os
quais, os da própria Igreja, assim como o cânone ocidental,
à maneira de Bloom, não dá mais conta das pesquisas
na Universidade. A fórmula franciscana regula et vita e, na
sequência, a idéia muriliana ou roseana, em uma palavra,
a imagem pós-lógica, inserida, em suma, no Real, de ser e
não-serQmRVLJQL¿FDPFRQIXVmRHQWUHRVGRLVWHUPRVPDV
neutralização e transformação de ambos como formas-
de-vida. Na emergência de uma exceção—a janela do
FDRVRLQ¿QLWRPXQGR—regra e vida se separam: o estado
normal não se apresenta mais, então, como aplicação da
regra à bios, mas como “forma-de-vida”, praticamente zoé,
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A literatura e a vida: por que estudar literatura? - Praia Editora
ao passo em que, simultâneamente, a exceção aparece
como dispensatio regulae.48 É a chave do contemporâneo,
D FLFDWUL] GR PRGHUQR 5HÀHWLU VREUH HVVH WySLFR WDOYH]
nos ajude a melhor entender a situação de nosso trabalho
crítico no âmbito da Universidade.
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