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DÉPARTEMENT DE FRANÇAIS
COURS
DE LINGUISTIQUE
Superviseur!: Rédacteur!:
Victor Allouche Amélia Lemos
Université Paul-Valéry Université Pédagogique
Montpellier III, France Maputo, Mozambique
Troisième année
SOMMAIRE
AVANT – PROPOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
PLAN GÉNÉRAL D’UN COURS.................................................................................................................... 5
NIVEAU 1 : LE COURS, PREMIER SEMESTRE .............................................................................6
COURS 1!: LES CLASSES DE MOTS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1. QUATRE CLASSES D’ÉLÉMENTS PERMETTENT D’EXPRIMER UNE IDÉE!: .......................................................... 6
2. LE NOM PORTE CERTAINES MARQUES QU’IL TRANSMET À L’ADJECTIF .......................................................... 6
3. L’ADVERBE EST INVARIABLE............................................................................................................. 7
4. LE VERBE PORTE LES MARQUES DE LA VARIATION!: ............................................................................... 7
5. LES SUBORDONNANTS ................................................................................................................... 7
6. LES COORDONNANTS..................................................................................................................... 8
ß QUIZZ : COCHEZ LES BONNES RÉPONSES.................................................................................................. 8
COURS 2 : THÈME ET PRÉDICAT. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
® OBSERVATION 1 : APPROCHE ............................................................................................................... 9
® CONCLUSION 1 .................................................................................................................................. 9
® OBSERVATION 2 : THÈME VIDE ............................................................................................................. 9
® CONCLUSION 2 .................................................................................................................................. 9
® OBSERVATION 3 : THÈME PLEIN ............................................................................................................ 9
® CONCLUSION 3 .................................................................................................................................10
® OBSERVATION 4 : DISTRIBUTION DU THÈME ...........................................................................................10
® CONCLUSION 4 .................................................................................................................................10
® OBSERVATION 5 : THÈME OU PRÉDICAT EN SITUATION .............................................................................10
® CONCLUSION 5 .................................................................................................................................11
® OBSERVATION 6 : SIGNIFICATION ET SYNTAXE .......................................................................................11
® CONCLUSION 6 .................................................................................................................................11
ß QUIZZ .............................................................................................................................................11
COURS 3!: LES CONSTITUANTS DE LA PHRASE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 2
® OBSERVATION 1: STRUCTURE DU THÈME ...............................................................................................12
® CONCLUSION 1 .................................................................................................................................12
® OBSERVATION 2 : STRUCTURE DU THÈME (SUITE) ....................................................................................12
® CONCLUSION 2 .................................................................................................................................12
® OBSERVATION 3 : STRUCTURE DU PRÉDICAT...........................................................................................12
® CONCLUSION 3 .................................................................................................................................13
® OBSERVATION 4 : ORAL /ÉCRIT ............................................................................................................13
® CONCLUSION 4.................................................................................................................................14
ß Q UIZZ!: VRAI OU FAUX!:...................................................................................................................14
COURS 4!: LA HIÉRARCHIE DES ÉLÉMENTS DE LA PHRASE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 5
® OBSERVATION 1 : PHRASE DE BASE ET DÉTERMINANTS .............................................................................15
® CONCLUSION 1 .................................................................................................................................15
® OBSERVATION 2 : ..............................................................................................................................16
® CONCLUSION 2 .................................................................................................................................16
ß QUIZZ .............................................................................................................................................18
COURS 5!: LE CIRCONSTANT – LE DÉTERMINANT DE PHRASE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 9
® OBSERVATION : LE DÉTERMINANT DE PHRASE .........................................................................................19
® CONCLUSION....................................................................................................................................19
ß QUIZZ .............................................................................................................................................20
COURS 6 : LES RELATIONS DANS LA PHRASE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 1
®OBSERVATION 1 : RELATION DE COMBINAISON. ......................................................................................21
® CONCLUSION 1 .................................................................................................................................21
®OBSERVATION 2 : RELATION DE SOLIDARITÉ ..........................................................................................21
® CONCLUSION 2!:...............................................................................................................................22
® OBSERVATION 3!: RELATION DE SÉLECTION ..........................................................................................22
® CONCLUSION 3 .................................................................................................................................23
® OBSERVATION 4!: RELATIONS ET CANAUX DE COMMUNICATION................................................................23
® CONCLUSION 4 .................................................................................................................................23
ß QUIZZ : VRAI OU FAUX.......................................................................................................................24
COURS 7 : LES STRUCTURES DE BASE ET TRANSFORMATIONS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 5
ß QUIZZ : ...........................................................................................................................................26
COURS 8 : LES TRANSFORMATIONS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 7
TRANSFORMATIONS SUR UNE PHRASE SIMPLE!: ...........................................................................................27
TRANSFORMATIONS SUR DEUX PHRASES SIMPLES!: ......................................................................................27
ß QUIZZ :VRAI OU FAUX........................................................................................................................28
COURS 9 : COMMENT TRAVAILLER SUR UNE TRANSFORMATION!? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 9
LA NÉGATION......................................................................................................................................29
® CONCLUSION....................................................................................................................................30
ß QUIZZ!: VRAI OU FAUX......................................................................................................................30
COURS 10 : MODALITÉ DE COMMUNICATION, STRUCTURE DE BASE ET
TRANSFORMATIONS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 1
® CONCLUSION....................................................................................................................................32
NIVEAU 1 : LE COURS DEUXIEME SEMESTRE......................................................................... 33
INTRODUCTION . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 3
COURS 11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 4
® OBSERVATION 1!: FAUTE ET ERREUR ....................................................................................................34
® CONCLUSION 1!:...............................................................................................................................34
® OBSERVATION 2!: ERREUR ET DIDACTIQUE DU FRANÇAIS LANGUE ÉTRANGÈRE .............................................35
®CONCLUSION 2 ..................................................................................................................................35
Q UIZZ!: COCHEZ LA BONNE RÉPONSE!:....................................................................................................35
COURS 12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 6
® OBSERVATION : CLASSIFICATION DES FAUTES .........................................................................................36
Q UIZZ!: VRAI OU FAUX.........................................................................................................................37
COURS 13 : LES MÉCANISMES PRODUCTEURS DE FAUTES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 8
LES RÉGULARISATIONS ..........................................................................................................................38
LES DIFFÉRENCIATIONS OU DISSOCIATIONS ................................................................................................38
L’UNIFORMISATION OU GÉNÉRALISATION .................................................................................................38
LE MODE PERCEPTUEL ...........................................................................................................................38
LE RECOURS À UNE LOGIQUE PERSONNELLE ...............................................................................................39
LA RÉTROVERSION................................................................................................................................39
RÉSUMÉ .............................................................................................................................................39
Q UIZZ!: VRAI OU FAUX.........................................................................................................................39
COURS 14!: ANALYSE DES FAUTES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 0
E XEMPLE !1 :.......................................................................................................................................40
E XEMPLE !2 :.......................................................................................................................................41
COURS 15!: FAUTES DE STRUCTURES VERBALES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 2
PREMIÈRE PHASE!: ...............................................................................................................................42
DEUXIÈME PHASE .................................................................................................................................42
III. TROISIÈME PHASE ............................................................................................................................43
COURS 16 : FAUTES DE SUBORDINATION. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 5
PREMIÈRE PHASE ..................................................................................................................................45
DEUXIÈME PHASE .................................................................................................................................45
TROISIÈME PHASE .................................................................................................................................46
CONCLUSION GÉNÉRALE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 8
AVANT – PROPOS
Le développement de la linguistique a conduit beaucoup de grammairiens à élaborer des manuels de
grammaire inspirés plus ou moins directement des théories structuralistes!: il s’agissait!«!d’appliquer
une théorie!», cette tâche se justifiant par le fait que l’étude linguistique a aujourd’hui atteint un degré
tel de rigueur scientifique que l’introduction de cette réflexion dans le domaine scolaire ne peut qu’être
bénéfique.
C’est pour une linguistique appliquée à l’enseignement des langues que nous prenons position, non
pas contre la linguistique. L’activité grammaticale la plus féconde s’est développée au cours des
siècles, non pas coupée de la pratique pédagogique, mais au contraire en s’appuyant sur elle1 . Nous
pensons qu’il est possible actuellement de partir des besoins d’un public donné (dans le cas qui nous
occupe un public pour lequel le français est une langue étrangère), et de traiter ces besoins à l’aide des
concepts et des méthodes de la linguistique.
Nous voudrions tenter de définir, dans un premier temps, ces besoins linguistiques, avant de proposer
une démarche pédagogique.
Dans une première phase, nous aborderons l’étude syntaxique de la phrase en mettant en évidence les
relations structurales, les relations hiérarchiques (relation entre éléments essentiels et accessoires) entre
les composants d’une phrase (relation entre les éléments essentiels et accessoires), les relations
distributionnelles des classes de constituants de l’énoncé, les marques grammaticales et les
transformations. Dans une deuxième phase, nous analyserons un corpus d’erreurs relevé dans des
cours de français au lycée, au niveau de la structure de la phrase (tout ce qui touche à l’ordre des mots
et à la structure verbale) et des transformations qui peuvent s'opérer dans une phrase. Les
transformations donnent lieu à des fautes nombreuses!: plus une structure permet de transformations,
plus le risque de faute est élevé!: C’est lui peut être l’occasion d’une erreur sur le choix du substitut,
mais Le voilà, qui combine un choix et un déplacement, offre deux possibilités de fautes. Il n’a
personne vu, il parle à lui ou il lui pense sont des réalisations connues dont l’origine se situe dans une
compétence transformationnelle insuffisante. Nous étudierons systématiquement ces transformations,
en partant des 7 structures de base, dans lesquelles le jeu des constituants (Animés/Inanimés,
prédéterminés variés) nous permettra de souligner les fonctionnements et les limites des lois que nous
pourrons dégager.
1
J.-Cl. Chevalier, La notion de complément chez les grammairiens, Droz, Genève, 1968.
- 5 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année
NIVEAU 1 : LE COURS,
PREMIER SEMESTRE
NOM et VERBE sont des éléments que l’on appelle «!régissants!» par rapport à l’ADJECTIF et à
l’ADVERBE!:
L’ADJECTIF dépend du nom!: c’est le déterminant simple du Nom.
L’ADVERBE dépend du verbe!: c’est le déterminant du Verbe.
- 6 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année
ß le cheval
ß le petit cheval
La préposition peut également précéder un substitut («!pour lui!») ou un verbe à l’infinitif («!pour
marcher!», «!de venir!»)
Un NOM, un GROUPE NOMINAL, un ADJECTIF peuvent être remplacés par un mot grammatical!:
ß Je vois Pierre / je le vois
ß Jacques vient / il vient
ß Elle devient jolie / elle le devient
5. Les SUBORDONNANTS
Ils (conjonctions de subordination et substituts relatifs) permettent de relier deux énoncés:
- 7 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année
Les SUBSTITUTS RELATIFS (ou pronoms relatifs : qui, que, dont, où, lequel, etc.) permettent
également de relier deux énoncés:
Je vois Pierre
+ QUI = je vois Pierre qui vient
Pierre vient
6. Les COORDONNANTS
Ce sont des mots grammaticaux permettant de relier deux phrases, deux groupes, qui restent sur le
même plan d’importance :
Jacques vient, Pierre vient
ß 1ère étape!: Jacques vient ET Pierre vient
ß étape finale!: Jacques ET Pierre viennent
II. Parmi les classes de mots présentés ci-dessous, lesquels peuvent être variables et lesquels sont
invariables ?
ß substantifs
ß verbes
ß adverbes
ß pronoms
ß prépositions
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
® Observation 1 : Approche
ß Phrase 1!: Jean lit un livre.
ß Phrase 2!: C’est bien.
ß Phrase 3!: Il faut venir !
ß Phrase 4!: Ma veste ! Je l’ai oubliée !
ß Phrase 5!: Il joue au ballon.
Remarque :
“Jean” et “lit un livre” ne peuvent fonctionner l’un sans l’autre : le trait gras sert à montrer le lien
étroit qui les unit.
® Conclusion 1
La personne ou la chose dont on parle est le THÈME de l’énoncé. Il peut être simple (a) ou complexe
(b).
Ce que l’on dit du thème (Jean) est le PRÉDICAT (lit un livre); il peut être simple (a) ou complexe
(b).
Dans cette phrase, on constate que le thème n’apparaît pas avec précision; en effet l’élément
grammatical “il” ne renvoie à rien de concret : ici le thème est un élément grammatical vide.
Autres exemples :
ß Il faut venir
ß Il neige
ß Il fait froid
® Conclusion 2
Le thème est parfois un élément vide, qui ne renvoie à rien de précis.
- 9 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année
Le thème est “il”, mais ici “il” renvoie à une personne : (à Pierre, Paul, Jean ou Jacques) Le thème
est plein.
® Conclusion 3
“IL” peut désigner parfois un être (Jean, Pierre..!) dans “il joue au ballon”, une chose (la maison)
dans “Elle est belle”.
® Conclusion 4
Le thème n’a pas de place fixe, il peut être placé derrière le prédicat.
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
® Conclusion 5
Oralement, le THÈME est parfois nommé!: T + P
ß Jean joue au ballon
ß Il va à la pêche.
® Conclusion 6
Les constructions de sens et de grammaire ne se recouvrent pas nécessairement. Les éléments les plus
importants du point de vue grammatical (ici : “je”) ne sont pas nécessairement les plus importants du
point de vue psychologique. Il est donc essentiel de choisir un de ces deux plans pour analyser une
langue, et de s’y tenir. Nous étudierons l’aspect grammatical des phrases, et nous nous bornerons à
faire quelques remarques utiles en ce qui concerne la signification.
ß Quizz
Parmi les phrases suivantes lesquelles possèdent un thème ou un prédicat vide!?
ß Écoutez!!
ß Venez les enfants
ß Pierre arrive
ß Les enfants!!
ß Paul, téléphone!!
ß Arrête immédiatement
ß Je m’en vais
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
® Conclusion 1
Le thème peut être un NOM, élément linguistique qui permet de désigner un être ou une chose ou une
idée, ou un GROUPE NOMINAL (GN), c’est-à-dire un nom précédé d’un MOT-OUTIL
GRAMMATICAL qui remplace le GN.
Le mot-outil grammatical qui précise, détermine le nom au niveau des éléments essentiels est un
prédéterminant du nom; à cette classe appartiennent les articles, les adjectifs démonstratifs, possessifs
et indéfinis.
Le mot-outil grammatical qui remplace le nom est substitut du nom; à cette classe appartiennent les
“pronoms” (terme déjà discuté en première année) personnels, compléments, relatifs, etc.
Dans ces phrases, on constate que le thème est constitué par des phrases qui pourraient fonctionner
d’une façon autonome dans la langue, mais qui deviennent des noms, simplement parce qu’elles sont
précédées d’un prédéterminant (ici “le”), ou par un infinitif, appelé pour cela forme nominal du verbe,
enfin, le thème peut être constitué par une proposition (“qu’il vienne”) qui a la fonction de thème en
raison de sa place (= sa distribution).
® Conclusion 2
Le thème peut être constitué également par d’autres éléments linguistiques qui deviennent des noms
parce qu’ils sont précédés d’un prédéterminant.
Le prédicat est composé d’un VERBE, élément linguistique qui permet de manifester les variations
temporelles; ce verbe peut être simple (“part”) ou complexe (“est parti”).
Il peut être complété par d’autres éléments (“à la mer); l’ensemble constitue le GROUPE VERBAL
(GV).
- 12 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année
® Conclusion 3
Une phrase est composée de deux parties : THÈME et PRÉDICAT, qui peuvent être simples ou
complexes.
Lorsque le THÈME est actualisé linguistiquement, il peut être un nom, un substitut ou d’autres
éléments linguistiques ayant la fonction de nom.
Parfois, il n’est pas actualisé (Viens! (T) + P
Lorsque le PRÉDICAT est actualisé, il l’est sous forme de VERBE; parfois il ne peut pas être
actualisé (Jean ! : T + (P) ).
1.THÈME_______________________PRÉDICAT
Ce poulet ______________________ délicieux
Remarque:
Suppression du verbe “être” : Ce poulet est délicieux. Inversion de l’ordre T + P.
2. THÈME / PRÉDICAT
Remarque :
Le déterminant “mes livres de grammaire” est déplacé, et on voit deux niveaux de détermination :
“Mes livres” se rapporte à “les” et “de grammaire” à “livres”.
Voici d’autres phrases orales :
Fonction
3. Qui vient ? Personne Thème
4. Que veux-tu faire ? Dormir Prédicat
5. A qui penses-tu ? à Charles partie du prédicat
6. Où vas-tu ? à Lyon partie du prédicat
7. Comment vas-tu ? Bien partie du prédicat
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
® Conclusion 4
- 14 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année
THÈME _________________PRÉDICAT
Henri ___________________ est parti
ß Qui est Henri ?
ß Où est-il parti ?
ß Seul ?
ß Quand ?
On peut, pour répondre à ces questions, compléter cette phrase 1 avec les éléments suivants :
THÈME__________________________PRÉDICAT
Henri, qui est mon ami____est parti pour un mois la semaine dernière avec sa femme.
Les éléments que l’on a ajoutés pour compléter la phrase 1, appelée PHRASE DE BASE, ne sont pas
indispensables pour le bon fonctionnement grammatical de l’ensemble, puisque 1 peut fort bien exister
tout seul. Les éléments que l’on a ajoutés sont des ÉLÉMENTS ACCESSOIRES de la phrase; on les
appelle aussi DÉTERMINANTS (ils peuvent être déterminant de thème, de prédicat ou de phrase).
Par contre, on ne peut enlever “est parti” dans la phrase de base 1, car “Henri” ne peut fonctionner
seul; de même, on ne peut enlever “Henri” car “est parti” ne peut fonctionner seul. Donc les deux
parties de cette phrase de base sont indispensables l’un pour l’autre: Ce sont des ÉLÉMENTS
ESSENTIELS de la phrase, ou COMPOSANTS DE LA PHRASE.
Remarque :
Il faudrait au moins une intonation : «!Henri!!!» pour que cet élément constitue une phrase.
® Conclusion 1
Une phrase est donc un ensemble d’éléments linguistiques dont certains sont indispensables pour la
“vie” de la phrase, ce sont les éléments essentiels de cette phrase; d’autres éléments peuvent venir
compléter cette phrase élémentaire appelée phrase de base pour former une phrase plus longue et plus
riche en informations, ce sont les éléments accessoires de la phrase, ou déterminants du thème.
D’autres se rapportent au verbe : les déterminants du verbe.
Mes livres de grammaire ! Je les ai oubliés !
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
THÈME PRÉDICAT
E.E. Je les ai oubliés
Ø
E.A.
Mes livres de grammaire
Le déterminant “mes livres de grammaire” est déplacé, et on voit deux niveaux de détermination :
“Mes livres” se rapporte à “les” et “de grammaire” à “livres”.
® Observation 2 :
Nom et Verbe au niveau accessoire
On retrouve ces deux espèces linguistiques au niveau des déterminants :
Thème Prédicat
E.E.
(composants Henri est parti
)
E.A. avec sa
qui est mon pour un mois
(déterminant femme
ami (GN)
s) (GN)
Déterminant la semaine
de phrase dernière (GN)
® Conclusion 2
Les verbes, les groupes verbaux, les noms, les groupes nominaux peuvent apparaître comme
déterminants au niveaux des éléments accessoires de la phrase. Ils sont reliés à la phrase de base soit
directement (“la semaine dernière”) soit indirectement par un mot-outil grammatical (qui, avec,
pour…). On les mettra en évidence.
Thème Prédicat
E.E. Henri est parti
Ø Ø
E.A. qui avec pour
est mon ami sa femme un mois
(déterminant de
thème, prédicat)
Déterminant de la semaine
phrase dernière
- 16 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année
Remarque :
On trouve évidemment bien d’autres éléments au niveau des éléments accessoires de la phrase;
l’inventaire en sera fait plus loin.
Ces mots-outils grammaticaux ou pivots (supports) grammaticaux peuvent être :
1 - des prépositions quand ils précèdent un nom ou un GN :
ß pour Jean
ß à sa femme
ß au petit garçon
2 - ou une forme nominale du verbe, c’est-à-dire la forme du verbe qui peut être employée comme un
nom (infinitif) :
ß pour le boire et pour le manger
3 - des conjonctions quand ils introduisent une phrase ou une partie de phrase (proposition) :
Tu Partes
Pour que
(thème) (prédicat)
je pense à toi
Quand
(T) (P)
4 - des substituts relatifs quand ils reprennent un nom ou un groupe nominal déjà énoncé dans la
phrase.
Remarque :
Importance de cette analyse faite en deux niveaux (éléments essentiels et accessoires)
Les phrases ne fonctionnent jamais par relations entre des mots
, mais par relations entre des groupes : l’étude de ces relations entre groupes constitue la syntaxe;
l’étude des relations entre les mots à l’intérieur de ces groupes constitue l’étude syntagmatique.
Il faut pouvoir dégager les groupes dans les phrases et les mots dans les groupes.
La compréhension d’une phrase complexe est favorisée par la perception de ces relations. Enfin, une
phrase complexe n’est pas nécessairement une phrase longue; une phrase dans laquelle les
enchâssements de groupes sont nombreux, ou dans laquelle les transformations le sont aussi, présente
beaucoup de difficultés pour un étudiant étranger.
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
ß Quizz
Les phrases suivantes possèdent toutes des déterminants!: Indiquez celles qui présentent un
déterminant de thème, celles qui présentent un déterminant de prédicat , ou les deux
ß Les enfants de Pirre arrivent demain de Paris
ß Mes soeurs et frères adorent le cinéma muet
ß Mon ami Paul a des amis qui habitent en Chine
ß Ma blouse rouge est abîmée
ß Elle est malade
ß Je pense que Paul viendra
ß Les étudiants qui sont venus hier sont américains
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
THÈME PRÉDICAT
E.E.
mon cousin pleurait
(composants)
E.A. Ø
(déterminants) petit
Déterminant de hier
phrase
(circonstants) quand je suis parti
Remarque :
Le déterminant de phrase est un élément mobile, on peut le déplacer dans la phrase.
On peut relire cette phrase sur le schéma:
Mon petit cousin pleurait hier quand je suis parti.
On observe que le déterminant “petit” qui se rapporte à “cousin” a, dans la phrase 1 et dans la
phrase 2, la même place.
Par contre, les deux éléments: “hier”, “quand je suis parti”, qui se trouvaient en tête de 1. sont en fin
de 2.
® Conclusion
On constate donc qu’il existe deux types de DÉTERMINANTS, ceux qui ont une place fixe dans la
phrase et ceux qui ont une place mobile. Le déterminant «!petit!» a une place fixe dans la phrase, alors
que «!hier!» et «!quand je suis parti!» sont mobiles.
Remarque :
Un déterminant mobile peut être complément de lieu, de temps, par exemple. C’est un déterminant
de phrase.
Exemple : A Paris, il pleut (= Il pleut à Paris.)
Cependant, tous les compléments de lieu ne sont pas des déterminants.
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
DÉTERMINANT
ß simple du verbe : l’adverbe
ß en expansion : subordonnées conjonctives complément adverbial.
ß Quizz
I. Vrai ou faux
ß Le thème et le prédicat sont appelés déterminants
ß Les déterminants du thème et du prédicat sont des éléments accessoires
ß Les éléments essentiels d’une phrase sont appelés composants
ß Les éléments accessoires sont liés aux composants par un mot outil grammatical
ß Les déterminants de phrase ou circonstants sont des éléments accessoires et fixes
ß Tous les compléments de lieu sont des déterminants
II.Parmi ces phrases indiquez celles qui possèdent un déterminant de phrase!:
ß Tous les jours ils vennaient nous voir
ß Ils voulaient toujours nous faire des bons cadeaux
ß Mes parents habitent à Paris
ß L’année dernière, Pierre a offert ses meilleurs livres à une fondation pour les enfants
ß Les enfants de Mme Tibault sont heureux d’habiter avec leurs grands-parents.
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
Remarque :
Ainsi, si, comme nous l’avons signalé plus haut, le mot n’existe pas isolé, de même la phrase
appartient généralement à un discours. On peut parler de grammaire de la phrase et de grammaire du
discours.
La relation qui existe entre ces deux phrases est manifestée par un outil grammatical : La conjonction
de coordination ET.
Cette conjonction peut commuter (se substituer) avec d’autres conjonctions, dont la signification est
différente:
ß Je t’avais prévenu mais tu ne m’as pas cru ! (valeur d’opposition)
ß Il vient ou il part, je ne sais. (valeur d’équivalence)
ß Il ne dort ni mange depuis trois jours. (valeur d’équivalence)
ß Il travaille, donc il réussira. (valeur de conséquence)
ß Il réussira car il travaille. (valeur causale)
ß Il a réussi, or il n'a pas travaillé. (valeur d'opposition, d'exception)
On retrouve cette même relation entre des groupes, et non plus entre des phrases:
ß Il ne boit ni vin ni bière.
® Conclusion 1
Une relation peut exister:
ß Entre des mots : Jean et Paul sont amis.
ß Entre des groupes!: Il n'aime ni le café ni le thé.
ß Entre des phrases!: Jacques étudie, donc il réussira.
Cette relation est une relation de combinaison. Elle peut être modifiée simplement par juxtaposition de
phrases ou de groupes:
ß Pierre achète du pain, du fromage, des œufs.
ß (Pierre achète du pain et du fromage et des œufs)
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
La relation qui existe entre le thème et le prédicat de la phrase 1 est une relation solide, qu'on ne peut
briser :
le petit Pierre ou travaille
Ne peuvent fonctionner d'une manière autonome
De même entre le verbe "achète" et le GN qui suit ce verbe : "une voiture" - 2.
De même entre le verbe «!va!» et «! à Paris!» - 3.
Et aussi entre «!habite!» et «!une vieille demeure!» - 4.
Par contre, cette relation n’existe pas entre «!lisions!» et des «!romans!» - 5, car on peut trouver!tout
simplement : - Nous lisions.
® Conclusion 2!:
Il existe une relation de solidarité entre le thème et le prédicat (relation de solidarité principale), entre
les verbes et certains groupes qui les suivent!(relation de solidarité secondaire); on la trouve entre
l’article et le nom (relation de solidarité secondaire) , mais pas toujours entre l’adjectif et le nom!; il est
essentiel de bien connaître les relations de solidarité qui unissent en particulier le verbe et le GN qui le
suit, car nous avons vu ci-dessus qu’elle ne recouvre pas seulement un type de fonction (c’est-à-dire
que les GN compléments d’objet ne sont pas toujours indispensables au fonctionnement syntaxique
d’une phrase, et inversement, les GN compléments de lieu, de temps, ne sont pas toujours facultatifs).
THÈME PRÉDICAT
E.E. (composants) Le garçon joue dans la cour
Ø (sélection)
E.A. (déterminants)
tout petit
Ø (sélection)
de mon voisin
Ø (sélection)
qui est là
On peut trouver un certain nombre d’éléments accessoires (déterminants) qui se rapportent à «!le
garçon!».
La sélection peut être présente aussi au niveau du prédicat!:
2. J’ai rencontré une dame chinoise qui habite en Afrique avec ma sœur
THÈME PRÉDICAT
E.E. (composants) J’ ai rencontré une dame
E.A. (déterminants) chinoise
qui habite en Afrique
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
avec ma sœur
On peut même avoir des cas où il n’y a pas de déterminants, ni de thème ni de prédicat
Michel habite à Paris
THÈME PRÉDICAT
E.E. (composants) Michel habite à Paris
E.A. (déterminants) - -
THÈME PRÉDICAT
E.E. (composants) Jean A besoin de conseils
E.A. (déterminants) - -
® Conclusion 3
La relation qui unit les déterminants et le nom ou le GN qu’ils déterminent est une relation de
sélection!; le plus souvent, on choisit un ou deux déterminants parmi toutes les possibilités qu’offre la
langue. La relation de sélection est une relation d’univocité, c’est-à-dire, une relation de dépendance
entre les déterminants et les éléments supérieurs.
On remarque qu’il peut y avoir plusieurs niveaux de détermination!; «!petit!» détermine «!le garçon!»,
mais «!petit!» est lui-même déterminé par «!tout!».
® Conclusion 4
Si, dans le discours quotidien (conversation, exposé, lettre), la relation de solidarité entre
T et P est maintenue, elle disparaît dans certains cas, et dans certains canaux de communication.
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
Ainsi, dans la petite annonce, le thème disparaît quand ce n’est pas un GN!:
en 1!: «!vends!» pour «!je vends!»
par contre en 2!: «!professeur cherche!»
De même pour le télégramme!:
«!rentrerai!» pour «!je rentrerai!», mais «!Jacques m’accompagne!».
Il exerce donc sur la phrase deux types de contraintes!:
Contraintes de la langue!: des contraintes grammaticales (l’adjectif a la place définie, on marque le
nombre d’une certaine façon, etc.)
Contraintes de la communication!: des contraintes dues au canal choisi.
En résumé!:
Nous nommerons COMPOSANTS de la phrase ou simplement COMPOSANTS les éléments
essentiels au fonctionnement syntaxique de cette phrase et DÉTERMINANTS les éléments
accessoires. Cette distinction, qui se fonde sur le critère de l’existence ou de l’absence d’éléments
nécessaires (voir les relations dans la phrase ci-après, leçon 6), est distincte de la notion traditionnelle
de transitivité!/intransitivité, notion utile, par exemple dans la transformation de pronominalisation, mais
différente dans sa définition même!: la notion de transitivité implique des relations de type sémantique
et des repères structuraux (dans la définition de ce qu’est un «!complément d’objet!»).
Ex!:
ß Verbes transitifs directs (introduisent un complément d’objet direct)
ß Verbes transitifs indirects (introduisent un complément d’objet indirect)
COMPOSANTS
(éléments essentiels)
CONSTITUANTS
DE LA PHRASE
DÉTERMINANTS
(éléments
accessoires)
DE LA PHRASE =
DU NOM DU VERBE
CIRCONSTANTS
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
* Attention!: il s’agit des verbes qui se présentent uniquement à la forme impersonnelle et non des
verbes qui peuvent être transformés en forme impersonnelle, comme par exemple le verbe être,
manquer, faire, etc.
Ex.!: Il pleut - pleuvoir
Il neige - neiger
Il faut - falloir
6. GN + ÊTRE - verbe être utilisé comme verbe d’état!:
GN + être + adjectif Jean est intelligent
GN + être + GN Jean est médecin
7. Les présentatifs!:
C’est + ADJECTIF - C’est magnifique
C’est + GN - C’est Pierre / c’est mon ami
Il y a + GN - Il y a une voiture
Voici + GN Voici mon ami
Voilà + GN Voilà Pierre
Les sept structures citées ci-dessus peuvent être présentées sous trois formes syntaxiques et
sémantiques que l’on trouve dans toutes les langues naturelles, c’est ce que l’on appelle modalités de
communication. Il s’agit de la forme déclarative, interrogative et impérative.
Ex.!: Jacques appelle son frère. – déclarative
Est-ce que Jacques a appelé son frère!? - interrogative
Jacques a appelé son frère!?
Jacques a-t-il appelé son frère!?
Appelle ton frère!! – impérative
Les modalités de communication sont exclusives les unes des autres. On remarque que tous les
groupes peuvent être déterminés, toutes les phrases issues de ces structures de base peuvent être
complétées par des déterminants de phrase.
ß Quizz :
I. Vrai ou faux
ß Les structures de base sont aussi dites profondes
ß Les structures de base concernent:
o toutes les phrases transformées
o toutes les modalités de communication
o toutes les structures qui nous permettent de dégager les phrases minimums
o uniquement la structure des verbes intransitifs
II. Analysez les structures de base suivantes. Indiquez celles qui correspondent aux
sept structures de base édutiées ci-dessus!:
ß GN + GV + GN + GN + GV
ß GV + GN
ß GN + GV + prép. + GN
ß GN + Dét. + GN + GV + GN
ß GN + prép + GV + GN
ß Il y a + GN
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
La négation
(voir document, leçon 9)
Sur la notion de transformation on comprend qu’il faut faire subir une modification à la phrase
simple!:
ß possibilité d’ajouter des mots
ß remplacer des mots ou des groupes de mots
ß relier des phrases
Nous envisageons à chaque fois les conséquences des transformations syntaxiques sur le plan
syntagmatique. Ainsi, partant de cette phrase affirmative!:
La négation produit!:
Il mange une pomme
Il ne mange pas de pomme
Dans le cas de la négation, on vérifie que dans la transformation d’une phrase affirmative à une phrase
négative on peut avoir cinq critères!:
1. La transformation - on ajoute ou on remplace des mots
négation totale – sur un verbe
négation partielle – sur un élément de la phrase
2. La distribution – la place des éléments négatifs
3. Le statut – des adverbes de négation, normalement constitués de deux éléments négatifs (ne pas, ne
plus, ne jamais, etc.)
4. Le sens de la négation! ne…. pas – nie l’action
5. Les registres de langues
pas (tout seul) – registre familier
ne (tout seul) – registre soutenu
Exemples!:
I. Je ne sais pas de quoi tu parles
ß Transformation! - la transformation se fait par adjonction des adverbes de négation
«!ne….pas!». Il s’agit d’une négation totale.
ß Distribution – Les deux éléments encadrent le verbe conjugué
ß Statut – tous les deux sont des adverbes de négation
ß Sens – Il servent à nier l’action de la phrase
ß Registre – oral, standard
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
® Conclusion
Toutes les transformations ont été faites soit par adjonction soit par substitution. La négation totale est
une négation qui porte sur la phrase toute entière. Certaines négations portent seulement sur le verbe
(Je ne sais pas de quoi tu parles), d’autres sur le verbe + ladverbe (nous ne mangerons plus des
crevettes le soir) d’autres encore ne sont que partielles (N’écrivez rien sur vos feuilles).
En ce qui concerne la distribution, les deux éléments de la négation encadrent en général le verbe
conjugué ou alors le pronom + verbe (on ne l’a pas encore vue). Quant au statut, on en distingue
trois!: adverbes de négation (ne…pas)!; adverbes de temps (encore, jamais) et pronoms indéfinis (rien).
Pour ce qui est du sens on peut avoir plusieurs cas!:
ß «!ne…pas!» nie le procès
ß «!ne ….pas encore!» permet d’indiquer que la limite n’a pas encore été atteinte.
ß «!ne ….plus!» nie la continuation du procès.
ß «!ne …jamais!» permet d’indiquer soit l’éventualité du procès soit la totalité (permanence).
ß «!ne …rien!» indique le négatif de «!quelque chose!».
Finalement, le registre peut être oral, familier, standard ou soutenu, selon la situation de
communication.
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
Les voleurs ont dérobé les bijoux qui lui avaient été donnés par sa grand-mère.
Modalité
Structures de base Transformations
de communication
Phrase déclarative Les voleurs ont dérobé les On a ici deux phrases simples reliées par
bijoux : un pronom relatif, QUI (se refère à bijoux)
– il s’agit donc d’une relativation.
GN + GV + GN (structure 2)
La deuxième phrase se présente au
Sa grand-mère lui avaient donné passif (avaient été donnés par…) –
ces bijoux : passivation.
GN + GV + GN + prép + GN La 2ème phrase comporte deux
(structure 4) compléments, un direct (ces bijoux) et
l’autre indirect, en forme de pronom
personnel complément (lui) – il y a eu une
substitution du groupe nominal « à
quelqu’un » par le phénomène que l’on
appelle pronominalisation.
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
® Conclusion
Nous avons présenté plusieurs cas où les sept structures de base sont représentées. Il s’agit des
exemples d’analyse en trois parties dont vous pouvez vous inspirer pour votre travail. Cela ne veut pas
dire que l’analyse doit être toujours faite en trois parties modalités de communication, tranformations
et structures de base) , on peut faire des analyses uniquement sur les transformations ou sur les deux
autres acpects.
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
NIVEAU 1 : LE COURS
DEUXIEME SEMESTRE
Introduction
La deuxième phase de ce cours a pour objectif aborder la problématique de la faute (on aura l’occasion
plus loin de faire la différence entre faute et erreur) dans le processus d’enseignement/apprentissage
du FLE. On envisage de répérer les différents niveaux de difficultés linguistiques chez un apprenant de
français langue étrangère.
Dans une première phase on essayera de travailler avec des échantillons de phrases erronées qui nous
permettront d’avoir un aperçu des différentes difficultés trouvées chez un étudiant de FLE.
Ces difficultés seront analysées et classées pendant les cours, en ayant comme base les notions
théoriques déjà abordées au premier semestre (thème/prédicat!; hiérarchie des éléments!; relations
syntaxiques!; structures de base et transformations).
Dans une deuxième phase, il s’agit essentiellement de répérer, lors de votre stage pédagogique dans les
écoles secondaires, les difficultés d’ordre linguistique rencontrées chez les étudiants pendant vos
préstations. Ces difficultés seront également analysées sur les mêmes bases théoriques que la phase
précédente, mais cette fois-ci on essayera de proposer des procédures de remédiation qui vous
essayerez d’appliquer pendant le stage. Il ne s’agit pas de donner des recettes toutes faites aux
apprenants, mais de trouver des stratégies simples visant l’amélioration de
l’enseignement/apprentissage du FLE.
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
Cours 11
La faute L’erreur
Répétitive non répétitive
susceptible
Non susceptible d’autocorrection
d’autocorrection
Transitoire ou permanente
® Conclusion 1!:
Le point d’impact de la production déviante peut être la langue, le système de référence, la norme de
référence et l’usage pour un système et une norme donnés.
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
Ces hypothèses, si elles se vérifient, sont de la plus haute importance pour le renouvellement de la
méthodologie. En effet, toutes les propositions méthodologiques que nous développons dans ce rapport
sur la nécessité de communiquer librement dès les débuts de l’apprentissage, l’emploi de documents
authentiques, l’individualisation et l’autonomie de l’apprentissage, toutes activités génératrices d’erreurs
de la part de l’apprenant, ont été condamnées jusqu’ici dans la pédagogie de la langue seconde
précisément par une conception exclusivement négative du rôle de l’erreur dans l’apprentissage.!» - in
L’apport des sciences du langage à la diversification de méthodes d’enseignement des langues secondes
en fonction des caractéristiques des publics visés, ELA 21, jan-mars, 1976.
Ceci dit, les conditions mises à disposition pour l’apprentissage d’une langue étrangère, surtout en
milieu institutionnel doivent avoir comme cible l’apprenant et l’objet de osn apprentissage. Les
conditions relationnelles qui prévalent dans la classe de langue tendent à créer des comportements chez
l’apprenant qui poussent son activité vers la participation ou la non participation. S’il est possible de
valoriser l’apprenant par le travail scolaire, si on donne à la faute un statut positif, si on lui donne une
représentation positive du langage, de la langue qu’il apprend, etc, alors on peut dire qu’il lui sera
possible de s’engager dans une activité d’apprentissage.
®Conclusion 2
L’intérêt pour les analyses de fautes est synonyme d’un changement profond de l’attitude de
l’enseignant!:
changement de place du professeur qui ne s’incrit plus dans un lieu de savoir-sanction dont il est le
détenteur, mais à celui d’un savoir-faire en construction!;
déplacement du centre d’intérêt de l’acte didactique, on ne se centre plus sur le savoir comme objet mais
sur l’apprenant et la compétence de communication!;
déplacement du lieu de production des énoncés par les apprenants, de l’univers de la non-faute à celui
de l’expression qui se construit par étapes successives.
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
Cours 12
Classification grammaticale
La classification grammaticale des fautes constitue uniquement la première approche qui est
certainement utile mais pas suffisante pour accéder à une compréhension des mécanismes mis en
cause. Il convient de passer d’une attitude descriptive à une attitude explicative et d’une approche
factorielle (qui ne prend en compte que les paramètres linguistiques, en excluant le sujet producteur) à
une approche actorielle, qui inscrit le sujet dans le dynamisme de sa performance.
Classification structurale
Les fautes affectent soit l’axe syntagmatique, soit l’axe paradigmatique, soit la cohérence des énoncés,
soit le rapport entre leur production et les attentes des interlocuteurs (conditions et contraintes de
l’interaction, normes et usages).
L’axe syntagmatique (qui appartient à un syntagme) est celui sur lequel se combinent les unités,
autrement dit, c’est l’axe de combinaison. Les éléments linguistiques sont représentés sur un axe
horizontal, orienté de gauche à droite alors que l’axe paradigmatique (qui appartient à un paradigme)
reflète les relations existant entre les éléments capables d’assurer une même fonction, c’est-à-dire, des
éléments qui peuvent se commuter entre eux sur un axe vertical. Les commutations correspondent aux
choix des locuteurs selon la situation de communication. Cet axe est aussi appelé axe de sélection.
En fait, l’axe syntagmatique est celui qui correspond à la combinaison des unités syntaxiques pour
former des phrases alors que l’axe paradigmatiques correspond à la classe des mots.
Par exemple, sur l’axe paradigmatique, nous pouvons avoir!plusieurs classes:
A partir de ces classes, nous pouvons former plusieurs phrases, c’est-à-dire, nous pouvons combiner
plusieurs éléments sur un axe syntagmatique!:
Exemples!:
ß Les enfants fatigués sont partis très tôt.
ß Quelques étudiants bruyants sont venus très tard
ß Les personnes symphatiques sont vite parties
Revenons alors aux fautes. Les fautes syntagmatiques concernent les déformations touchant à!:
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
Les fautes paradigmatiques s’incsrivent dans deux classes!: les fautes intraparadigmatiques et
interparadigmatiques.
Les fautes intraparadigmatiques concernent un choix erronée entre les éléments qui appartiennent à un
même paradigme (par exemple, dans le paradigme des verbes, l’usage d’un verbe qui ne convient pas
dans un contexte donné!: «!La voiture marche vite!» pour «!La voiture roule vite!»
Les fautes interparadigmatiques touchent souvent la question du choix erroné entre des éléments
appartenant à deux paradigmes proches (ex!: «!Jean veut de biscuits!» pour «Jean veut des biscuits!»,
le paradigme des prépositions et celuio des prédéterminants sont confondus.
distribution erronée
Distribution absence d’un paradigme
intraparadigmatique
Fautes
paradigmatiques
interparadigmatique
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
Les régularisations
C’est le cas où l’apprenant essaye de former un énoncé en conformité avec un autre déjà connu!- ex!:
«!il ne voit pas personne!» sur le modèle «!Il ne voit pas les enfants!», ou alors «!IL lui pense!» (il
pense à lui) sur «!Il lui parle!».
Les régularisations peuvent être intralinguistiques lorsqu’elles font intervenir uniquement deux
structures de la langue cible et interlinguistiques quand elles traduisent un rapprochement de la LE
(langue étrangère) avec la LM (langue maternelle). Dans ce dernier cas il s’agit d’un phénomène de
calque lorsque les fautes sont le résultat d’une copie pure et simple d’une structure de la langue
maternelle. Par exemple, pour le cas de notre contexte lusophone – «!J’ai des fils!»/!«!Tenho filhos!»
au lieu de «!J’ai des enfants!».
L’uniformisation ou généralisation
Ce mécanisme agit entre le système et la parole (usage et normes)
«!Le sujet s’agit de ..!»
Entrent dans cette classe la réduction de plusieurs signifiés à un seul signifiant (faire son devoir et faire
ses devoirs réduits à l’un ou l’autre énoncé). La réduction de plusieurs signifiants à un seul signifié (la
toilette et les toilettes employé comme synonymes), et l’extension de plusieurs signifiés à un signifiant
(valise pour toute espèce de sacs.)
Le mode perceptuel
Certains aspects de la langue maternelle étant différents de la langue étrangère, l’apprenant aura des
difficultés par exemple, à les percevoir ou à les distinguer. Prenons le cas d’un apprenant mozambicain
qui bien souvent, surtout en début d’apprentissage n’arrive pas à faire la distinction entre «!espérer!» et
«!attendre!» ou le cas contraire d’un apprenant français qui ne distingue pas entre «!amar!» et
«!querer!» et «!gostar!».
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
La rétroversion
Dans le cas où l’apprenant est bloqué par des difficultés matériels d’expression. Il tend à revenir sur
ce qu’il a énoncé, à le corriger, à le reformuler.
Résumé
Ces mécanismes mêlent presque toujours des niveaux strictement méthodologiques à des composants
pédagogiques. Ainsi, on peut avoir connaissance d’une règle mais ne pas avoir la capacité à la
mobiliser, ne pas être capable de repérer ses propres fautes sans l’aide d’un tiers. Tout ceci parce que:
ß les structures de la LM sont transposées en LE (interférences du premier degré ou calques) ou
alors sont travaillées par des processus de généralisation, simplification, spécification.
ß Les modes de conceptualisation linguistique sont différents en LM et en LE, avec recherche de
la part de l’apprenant d’une équivalence en LE.
ß Il y a une accentuation de ce qui est perçu comme spécifique en LE.
ß Le Savoir et le Savoir-faire sont remplacés par une logique personnelle relevant de stratégies
d’adaptation et de communication.
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
Pour faciliter cette analyse de fautes nous allons essayer de travailler avec la grille d’analyse suivante!:
ß phrase déviante
ß identification grammaticale de la faute
ß proposition de phrase correcte
ß caractérisation linguistique
ß identification!:
o des repérages incorrectes
o des non repérages opérationnels
ß mécanismes explicatifs
ß propositions de remédiations
Exemple!1 :
Phrase déviante : * Le petit garçon lui a regardé contrarié
Identification grammaticale de la faute
Le problème se vérifie au niveau de la transformation pronominale.
Proposition de phrase correcte
Le petit garçon l’a regardé contrarié
Caractérisation linguistique
Le problème de la place du pronom complément ne se pose pas. Du point de vue linguistique, il s’agit
d’une faute syntagmatique dans la mesure où l’apprenant place un pronom personnel complément
d’objet ondirect au lieu d’un pronom complément direct.
Identification!: a. des repérages incorrectes
L’apprenant ne maîtrise pas la structure du verbe «!regarder!», qui est un verbe transitif direct. «!Etant
un verbe transitif direct il doit introduire un complément d’objet direct et non indirect.
b. des non repérages opérationnels
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
Il est très important que l’apprenant sache que le mécanisme de tranformation pronominale exige une
bonne maîtrise des structures verbales. Il y a des verbes transitifs directs et indirects. Les directs
admettent un COD et les indirects un COI.
Mécanismes explicatifs
Cette phrase a été relevée d’une copie d’un étudiant mozambicain à l’Université Pédagogique,
Département de Français. Ce que nous avons pu constater est que le même problème vérifie également
en langue portugaise «!O menino *olhou-lhe contrariado!».
Propositions de remédiations
Il s’agit d’une difficulté qu’il faut résoudre en mettant en parallèle les deux langues, puisque les
structures du verbe «!regarder!» et «!olhar!» est!la même. On dit «!regarder quelque chose!» et «!olhar
alguma coisa!».
Exemple!2 :
Phrase déviante : * Je les aime regarder jouer
Identification grammaticale de la faute
Il s’agit d’une faute portant sur la distribution pronominale –COD.
Proposition de phrase correcte
J’aime les ragarder jouer
Caractérisation linguistique/structurale
Problème de distribution erronée d’un paradigme. Le problème de transformation pronominale ne se
pose pas. C’est une faute syntagmatique commise sur le modèle «!Je les aime!».
Identification : a. des repéres incorrectes
Dans cette phrase, l’apprenant a bien substitué le complément d’objet direct par le pronom
complément correspondant, cependant, il ne maîtrise pas la distribution du pronom selon les différnts
cas de figures.
b. des non repéres opérationnels
Il faut que!l’apprenant sache faire la distinction entre les deux structures verbales possibles avec le
verbe aimer «!Aimer quelque chose!» et «!Aimer + infinitif + quelque chose!».
Mécanismes explicatifs
C’est une faute de régularisation, l’apprenant construit un énoncé en conformité avec un autre déjà
connu.
Propositions de remédiations
On peut observer deux cas!:
Verbe AIMER conjugué à plusieurs temps!:
ß J’aime Pierre – Je l’aime
ß J’aime mes enfants – Je les aime
ß J’ai aimé Jean – Je l’ai aimé
ß J’avais aimé Jean – Je l’avais aimé
Aimer + infinitif
ß J’aime regarder les enfants – J’aime les regarder
ß Ou n’importe quel autre verbe!: VOULOIR + infinitif/POUVOIR + infinitif, etc.
ß Je veux appeler mes enfants – Je veux les appeler
Dans le premier cas de figure, le pronom complément se place avant le verbe conjugué, même pour le
passé composé ou plus-que-parfait. Dans le deuxième cas, la règle change, le pronom complément se
place entre le semi-auxiliaire et le verbe infinitif.
- 41 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année
Première phase!:
Phrase déviante : * Ce genre de choses étonnent à ma mère
Identification grammaticale de la faute
Il s’agit d’une faute qui porte sur la structure verbale, plus précisément sur la relation de solidarité
entre le noyau verbal et son complément.
Proposition de phrase correcte
Ce genre de choses étonnent ma mère
Caractérisation linguistique/structurale
Le verbe étonner admet un complément d’objet direct. La structure de base est la suivante!: GN + GV
+ GN
Identification!: a.des repéres incorrectes
C’est une faute syntagmatique, l’apprenant commet la faute par l’ajout d’une préposition reliant le
noyau verbal à son complément.
b.des non repéres opérationnels
Il s’agit d’un verbe transitif direct.
Mécanismes explicatifs
C’est peut-être une faute commise soit par régularisation, à partir de «!plaire à quelqu’un!», soit par le
recours à une logique peronnelle, ou encore parce que l’apprenant commet la même faute en portugais.
Propositions de remédiations
On peut essayer de la remédier en rappelant la structure du verbe en comparaison avec d’autres
structures verbales semblables. Montrer qu’il y a des structures verbales avec et sans prépositions, ex!:
ß Plaire à quelqu’un
ß Enerver quelqu’un
ß Surprendre quelqu’un
Deuxième phase
Phrase déviante : * J’espérais Jean pour aller au cinéma
Identification grammaticale de la faute
Il s’agit d’une faute paradigmatique et aussi une faute de non maîtrise de sélection sémantique.
Proposition de phrase correcte
J’attendais Jean pour aller au cinéma.
Caratérisation linguistique/structurale
C’est une faute intraparadigmatique, l’apprenant ne distingue pas le contenu sémantique entre
«!espérer!» et «!attendre!».
Identification!: a.des repéres incorrects
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
En français «!espérer!» exprime plutôt un souhait, un désir, alors que!«!attendre!» signifie rester
quelque part jusqu’à ce que quelque chose ou quelqu’un arrive.
En portugais, le verbe «!esperar!» est utilisé dans les deux sens!: «!attendre!» et «!souhaiter!»!:
ß «!Espero (desejo) que tudo corra bem!» – «!J’espère que tout se passe bien!»
ß «!Espero por ti à 13 horas!» – «!Je t’attends à 13 heures!»
Mécanismes explicatifs
Les fautes sont peut-être dues à la complexité même de la structure verbale, la non maîtrise de la
structure de base ou alors parce que dans le groupe nominal complément d’objet indirect (le désir * à
travailler plus), il y a la présence de la préposition «!à!» que l’apprenant a dû confondre avec celle qui
relie le noyau verbal à son complément indirect.
Propositions de remédiations
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
Proposer des exercices avec des verbes semblables, pour bien montrer la structure de base.
- 44 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année
Première phase
Phrase déviante : * Il se souvient du jour qu’il m’a rencontré
Identification grammaticale de la faute
C’est une faute portant sur la transformation relative à partir de deux phrases simples.
Proposition de phrase correcte
Il se souvient du jour où il m’a rencontré
Caractéristiques linguistique/structurale
Les deux phrases simples!:
ß Il se souvient du jour
ß Ce jour, il m’a rencontré
Si l’on observe, dans la première phrase le GN «!du jour!» a la fonction de COI (se souvenir de
quelque chose). Dans la deuxième phrase, «!ce jour!» a la fonction de complément circonstanciel de
temps.
Identification : a. des repéres incorrectes
L’apprenant emploi le pronom relatif «!que!» qui a la fonction syntaxique de COD pour relier les deux
phrases.
b. des non repéres opérationnels
L’apprenant ne fait pas attention à l’élément linguistique (pronom relatif) qui doit relier les deux
phrases. La liaison par un relatif doit faire l’objet d’une analyse des constituants des deux phrases, de
façon à pouvoir bien choisir le relatif correspondant.
Mécanismes explicatifs
«!Que!» étant un pronom relatif avec la fonction COD ne peut en aucun cas remplacer les groupes
compléments soulignés dans le point 4.!; le groupe complément qui doit servir à relier les deux phrases
simples est le C.C. de temps qui sera remplacé par lepronom relatif «!où!» avec la même fonction!: Il
se souvient du jour/ce jour (où) il m’a rencontré.
Propositions de remédiations
Pour faire face à ce genre de fautes on peut proposer plusieurs exercices avec des transformations
relatives, de façon à faire ressortir les fonctions de chaque pronom relatif.
Deuxième phase
Phrase déviante : * Mon ami m’a montré la voiture dont il voulait acheter
Identification grammatical de la faute
Il s’agit d’une faute portant sur la transformation relative visant la construction d’une subordonnée
relative.
Proposition de phrase correcte
Mon ami m’a montré la voiture qu’il voulait acheter
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
Caractérisation linguistique/structurale
ß Mon ami m’a montré la voiture (COD)
ß Il voulait acheter la voiture (COD)
Mécanismes explicatifs
L’apprenant a peut-être procédé par logique personnelle. Le fonctionnement du pronom «!dont!» étant
complexe, la tendance est de l’utiliser au hasard. Il faut dire aussi que ce pronom est très spécifique du
français, il n’existe pas en portugais.
Propositions de remédiations
Les mêmes que pour la phase précédente.
Troisième phase
Phrase déviante : * Il est persuadé qui elle est malade
Identification grammaticale de la faute
Il s’agit d’un problème de subordination. C’est une faute syntagmatique dans la mesure où
l’apprenant ne maîtrise pas la distribution des unités syntaxiques.
Proposition de phrase correcte
Il est convaincu qu’elle est malade
Caractéristiques linguistiques/structurales
Il est persuadé (le sens du verbe est incomplet)
Elle est malade (cette proposition devrait compléter le sens du verbe persuader)
Identification : a. des repéres incorrects
Il y a ici un problème au niveau de l’enchassement des deux proposition. L’apprenant emploi le
pronom relatif «!QUI!» qui a la fonction «!sujet!», alors que le verbe a besoin d’un complément
d’objet direct – «!Il est persuadé que quoi!?!»
b. des non repéres opérationnels
Lorsque la deuxième proposition complète le sens du verbe de la première, il a la fonction COD, c’est
une conjonctive complétive et non une relative.
Mécanismes explicatifs
Cette faute a peut-être été commise par le phénomène de régularisation intralinguistique ou même
interlinguistique (si l’apprenant se base sur le modèle de la LM) – «!Ele está convencido que ela está
doente!».
Propositions de remédiations
A un niveau plus avancé de l’apprentissage, il faudra un travail très pointu sur les subordonnée
relatives et conjonctives. Au niveau du lycée, il faut peut-être proposer des exercices où on montre très
clairement le fonctionnement de certaines subordonnées!:
EX!: Certaines subordonnées
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
1. Il pense/Pierre viendra
ß Il pense quoi!? (quelque chose) – COD
ß Pierre viendra (COD)
ß Il pense que Pierre viendra
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
Conclusion générale
Les cours donnent une idée du type d’analyse que l’on peut faire sur les différentes fautes. Nous nous
sommes basés sur des fautes commises par des étudiants mozambicains, dans la mesure où les
professeurs que nous formons seront amenés à enseigner dans les établissements scolaires
mozambicains.
Nous vous proposons également un travail de ce genre. Vous pouvez faire un recueil de productions
fautives pendant votre stage de troisième année, pour les analyser en suivant les exemple donnés ci-
dessus. Vous avez des pistes du types de fautes dans les leçons 17, 18, 19 et 20.
ß Cours 17 – Fautes de négation
ß Cours 18 – Fautes de pronominalisation
ß Cours 19 – Fautes de déterminants (thème, prédicat, phrase)
ß Cours 20 – Fautes de structures verbale
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
Avant-propos Cours 3
Cours 6
Prédéterminant!:
En grammaire française, terme parfois utilisé
pour désigner les déterminants grammaticaux du Commuter!:
substantif qui précèdent celui-ci dans le Se substituer: c’est le cas par exemple des
syntagme nominal, c’est-à-dire le, ce, mon, un, prédéterminants (articles, adjectifs démonstratifs,
du, nul, aucun, quel, chaque, tout, etc. possessifs, etc) qui peuvent se substituer, selon
On préfère adopter ce terme car dans la rubrique le contexte, pour accompagner un substantif :
qui traite de la hiérarchie des éléments (éléments ß Une maison
essentiels et accessoires), on utilise le terme ß La maison
“déterminant” pour désigner les “éléments ß Cette maison
accessoires” se référant au thème, au propos ou ß Ma maison
à la phrase.
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
ß Elle m’a dit des choses désagréables, qui ß Les frères de Lucie sont allés avant-hier
étaient injustes et auxquelles j’ai répondu en Italie.
calmement. ß Sa soeur est grande et maigre.
ß Au moment où nous abordions la ß Je fais construire une belle et grande
question principale, le téléphone a sonné. villa.
ß J’ai rencontré une dame qui habite en ß M. Durand aime les jeux, la boisson, les
Afrique avec ma soeur femmes.
ß Là où vous allez, vous allez trouver des ß Tous ses amis l’apprécient car il est
gens fort symphatiques toujours de bonne humeur.
ß Sur le chemin, des passants s’arrêtent, se
Cours 4 et 5 retournent, s’écartent.
Exercice N° 2
Exercice N° 1 Etudiez les relations syntaxiques dans les
Vous présenterez sous forme de syntèse les phrases ci-dessous après avoir fait un schéma.
déterminants contenus dans les phrases ci- Thérèse se trouvait entre les deux hommes
dessous : déterminants du thème, du propos, de qu’elle dominait du front et qui de nouveau
la phrase. discutaient comme si elle n’avait pas été
ß La dame poussa un cri d’impuissance en présente. (F. Mauriac)
frappant le clavier de son crayon (M. En 1918, il s’était pris de symphatie pour Hong
Duras) qu’il avait distingué parmi les jeunes chinois qui
ß Elle reconsidera une nouvelle fois l’objet venaient l’écouter. (A. Malraux)
qui était devant elle.
ß Le bruit de la mer entra par la fenêtre Le nègre avait redit le propos à sa maîtresse, qui,
ouverte. (M. Duras) ne pouvant l’emmener, s’en débarrassait de cette
ß Ils montrèrent leurs papiers à un garde façon”. (G. Flaubert)
qui les examina assez longuement. (A.
Camus) Cours 7 et 8
ß Les eaux froides lui parurent tièdes
quand il remonta. (A. Camus)
ß L’auto s’arrêtait près des grilles du port. Exercice N° 1
(A. Camus)
ß Heuresement les jours avaient bien Présentez les structures de base pour chaque
diminué. (F. Mauriac) phrase.
ß Une négresse, coiffée d’un foulard, se ß Y a-t-il des mots que vous reconnaissez ?
présenta, en tenant par la main une petite ß Il a accepté de venir à la soirée que j’ai
fille déjà grande. (G. Flaubert) organisée.
ß L’employé de banque a été braqué par
Exercice N° 2 deux hommes qui lui ont volé sa
Analysez les déterminants du propos et de la sacoche.
phrase. ß Il prétend que les règles ont été
respectées.
ß Vous allez en France le 14 juillet. ß Ne lui demande plus rien.
ß Les ouvriers de Renault ont fait grève ß Il est impossible de croire cette histoire
pour obtenir un salaire plus élevé. ß Demande-lui ce qu’il veut.
ß Pierre est rentré chez lui en stop. ß Je suppose que tu as eu une journée
ß Les enfants jouent bruyamment. difficile.
ß Cette chemise coûte très cher.
ß Jean a eu facilement tous ses examens et Exercice N° 2
il est maintenant directeur d’une maison
de publicité. Présentez pour chaque phrase les modalités de
communication et les transformations.
Cours 6 ß N’avez-vous pris vos papiers d’identité?
ß Ne lui racontez pas de bêtises.
ß Il est difficile de travailler.
Exercice N° 1 ß Ce sont eux qui sont venus.
Signalez les relations dans la phrase (solidarité, ß Il n’a pas lu le livre que je lui ai offert.
sélection, combinaison).
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
ß Nous sommes rentrés au moment où le ß Ils n’ont pas voulu attendre, pourtant
soleil se couchait. aucun n’était pressé.
ß On leur avait dit qu’ils avaient obtenu la ß Ne t’en fais pas! Cela n’en vaut pas la
permission de sortir. peine.
ß Je ne peux pas vous prêter le livre dont ß Ce n’est pas lui qui fera un effort
vous avez besoin. supplémentaire.
ß Excuse-moi, mais je n’ai pas encore
Cours 9 terminé ce travail.
ß Nous ne lui avons rien dit.
ß Personne ne m’a mis au courant de la
Exercice N°1 nouvelle.
ß Ce n’est pas à elle que j’ai demandé la
A partir des phrases ci-dessous, vous analyserez carte.
la transformation négative (totale ou partielle), la ß André n’est pas venu à la fête du village.
distribution, le statut et le sens des éléments
négatifs.
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
ß Ces jeunes femmes entrent chez le ß Jean-Pierre a privé son fils de vacances
disquaire – Ces jeunes femmes (thème) / de neige. – Jean-Pierre (thème) / a privé
entrent chez le disquaire (prédicat) son fils de vacances de neige (thème)
ß Ma fille fait des études – Ma fille Elle a eu envie de changer de coiffure. –
(thème) / fait des études (prédicat) Elle (thème) / a eu envie de changer de
ß Xavier donne des bonbons à son frère – coiffure (prédicat)
Xavier (thème) / donne des bonbons à ß Faire du sport est conseillé pour
son frère (prédicat) entretenir la forme. - Faire du (thème) /
ß Tes amis paraissent mécontents – Tes est conseillé pour entretenir la forme
amis (thème) / paraissent mécontents (prédicat)
(prédicat) ß Il a plu pendant trois jours. – Il (thème) /
ß Béatrice se promenait – Béatrice (thème) a plu (prédicat)
/ se promenait (prédicat) ß Ma famille habite dans le quartier de la
gare. - Ma famille (thème) / habite dans
Exercice N°2 le quartier de la gare (prédicat)
Idem ß Nous sortirons, même s’il fait mauvais. –
Nous (thème) / sortirons (prédicat)
Cours 3
Exercice N° 1
Faites un schéma pour faire apparaître :
ß les éléments essentiels (composants), les EE
ß les éléments accessoires : déterminants de thème et de prédicat – fixes, les EA
des phrases suivantes. DP : Déterminant de Phrase
Ils vivaient dans un appartement minuscule, au plafond bas, qui donnait sur le
jardin. (G. Pérec)
Thème Prédicat
EE Ils Vivaient dans un appartement
Ø
minuscule
Ø
EA
au plafond bas
Ø
qui donnait sur le jardin
Son père avait fait attendre la voiture sur la route de Budos pour ne pas attirer
l’attention. (d’après F. Mauriac)
Thème Prédicat
EE Son père avait fait attendre la voiture
EA
DP sur la route de Budos (mobile)
pour ne pas attiter l’attention. (mobile)
A mon avis, ce que ce voisin nous a dit l’autre soir à la réunion est juste.
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
Thème Prédicat
EE Ce que ce voisin nous a dit est juste
l’autre soir
EA
à la réunion
DP À mon avis (mobile)
Remarque : “ce que” joue comme un prédéterminant devant le nom.
Elle m’a dit des choses désagréables, qui était injustes, et auxquelles j’ai répondu
calmement.
Thème Prédicat
EE Elle m’a dit des choses
désagréables
EA qui étaient injustes
et auxquelles j’ai répondu calmement
DP
J’ai rencontré une dame chinoise qui habite en Afrique avec ma soeur.
Thème Prédicat
EE J’ ai rencontré une dame
- chinoise
EA - qui habite en Afrique
-avec ma soeur
DP
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
secondaire) / et aussi entre “les” et “frères” Relation de solidarité : “M. Durand” et “aime
(S.sec .) les jeux, la boisson, les femmes” (S.P.)
Relation de sélection : entre “les frères” et “de Relation de sélection : pas de relation de
Lucie”(déterminant de thème) / entre toute la sélection
phrase “les frères de Lucie sont allés en Italie” Relation de combinaison : “les jeux”, “la
et “avant-hier” (déterminant de phrase) boisson”, “les femmes”
Relation de combinaison : pas de relation de Tous ses amis l’apprécient car il est toujours
combinaison de bonne humeur.
Sa soeur est grande et maigre. Relation de solidarité : “ses amis” et
Relation de solidarité : “sa soeur” et “est “l’apprécient” (S.P.) / “ses” et “amis” /
grande et maigre” (S. P.) / “sa” et “soeur” “l’” et “apprécient”
Relation de sélection : pas de relation de Relation de sélection : “Tous” et ses amis” /
sélection “appécient” et “car il est toujours de bonne
humeur”
Relation de combinaison : entre “grande” “et
maigre” Relation de combinaison : pas de relation de
combinaison
Je fais construire une belle et grande villa.
Sur le chemin, des passants s’arrêtent, se
Relation de solidarité : “je fais” et “construire retournent, s’écartent.
une belle et grande villa” (S. P.) / “je” et
“fais”, “une” et “villa” (S. sec.) / Relation de solidarité : “des passants” et
“construire” et “une villa” (S. sec.) “s’arrêtent, se retournent, s’écartent” / “des” et
“passants”
Relation de sélection : “une villa” et “belle et
grande” Relation de sélection :
Relation de combinaison : “belle” “et grande” Relation de combinaison : entre “s’arrêtent”,
“se retournent” et “s’écartent”
M. Durand aime les jeux, la boisson, les
femmes.
Exercice N° 2
Etudiez les relations syntaxiques dans les phrases ci-dessous après avoir fait un schéma.
Thérèse se trouvait entre les deux hommes qu’elle dominait du front et qui de
nouveau discutaient comme si elle n’avait pas été présente. (F. Mauriac)
Thème Prédicat
EE Thérèse ¨Æ Se trouvait¨Æ entre les hommes
(composants) (solidarité principale) (solidarité secondaire)
EA Ø (sélection)
(déterminants) - deux
Ø (sélection)
- qu’elle¨Æ dominait du front
Ø (sélection)
- et qui ¨Æde nouveau discutaient
Ø (sélection)
- comme si elle¨Æ n’avait pas été
présente
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
En 1918, il s’était pris de symphatie pour Hong qu’il avait distingué parmi les
jeunes chinois qui venaient l’écouter. (A. Malraux)
Thème Prédicat
EE Il ¨Æ S’était pris¨Æ de symphatie
(composants) (solidarité principale) pour Hong (solidarité sec.)
Ø (sélection)
EA
- qu’il ¨Æavait distingué parmi
(déterminants)
les jeunes (S.sec.)
Ø (sélection)
- qui ¨Ævenaient l’écouter
Déterminants de Æ (sélection) En 1918
phrase
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
Exercice N° 2 Cours 9
Présentez pour chaque phrase les modalités de
communication et les transformations.
N’avez-vous pas pris vos papiers d’identité? Exercice N° 1
Modalité de communication : interrogative A partir des phrases ci-dessous, vous analyserez
la transformation négative (totale ou partielle), la
Transformations : 1. Négation – ne …pas; point distribution, le statut et le sens des éléments
d’interrogation (?). négatifs.
Ne lui racontez pas de bêtises. Ils n’ont pas voulu attendre, pourtant aucun
Modalité de communication : impérative n’était pressé.
Transformations : 1. Pronominalisation – lui; 2. Transformation : la transformation se fait par
Négation: ne …. pas adjonction des éléments “ne …pas” pour la
première phrase et substitution “aucun ne”
Il est difficile de travailler. négatif de “tous”, “quelques-uns”, dans la
Modalité de communication : déclarative deuxième phrase. Il s’agit d’une négation totale
pour la première et partielle pour la deuxième.
Transformations : impersonnalisation (travailler
est difficile) Distribution : Les éléments négatifs dans la 1ère
phrase entourent le verbe auxiliaire et dans la
Ce sont eux qui sont venus. 2ème ils se placent tous les deux avant le verbe.
Modalité de communication : déclarative Statut : adverbes de négation “ne…pas” et
Transformations : 1. Emphase “c’est lui que” = “aucun”
ce sont eux que, / 2. relativation “qui”(sujet) Sens : “ne …pas” nie l’action”; “ne aucun”
Il n’a pas lu le livre que je lui ai offert. indique le négatif de “tous” ou “quelques-
uns”.
Modalité de communication : déclarative
Registre : standard.
Transformations : 1. Négation – “ne ….pas”, /
2. relativation “que” (COD) / 3. Ne t’en fais pas!
pronominalisation – “lui” Transformation : négation totale “ne…pas”
Nous sommes rentrés au moment où le soleil Distribution : Les éléments négatifs entourent le
se couchait. verbe et les deux pronoms compléments “t’en”.
Modalité de communication : déclarative Statut : adverbes de négation
Transformations : conjonctivation “au moment Sens : nie le procès
où” – conjonction de subordination temporelle.
Registre : standard
On leur avait dit qu’ils avaient obtenu la
permission de sortir. Ce n’est pas lui qui fera un effort
suplémentaire.
Modalité de communication : déclarative
Transformation : La négation partielle incide sur
Transformations : 1. Pronominalisation “leur” / l’enphase “ce n’est pas lui”
2. Conjonctivation “que” (introduit une
complétive) Distribution : Les éléments négatifs entourent le
verbe “être”.
Je ne peux pas vous prêter le livre dont vous
avez besoin. Statut : adverbes de négation.
Modalité de communication : déclarative Sens : l’utilisation de l’enphase sert à nier
quelque chose
Transformations : 1. Négation : “ne ….pas” /
2. Pronominalisation “vous prêter” / 3. Registre : standard/familier
Relativation “dont”. Excuse-moi, mais je n’ai pas encore terminé ce
travail.
Transformation : la négation partielle porte sur le
verbe + déjà; adjonction par “ne …pas” et
substitution “encore”.
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
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Cours de Linguistique Générale – 3ème année
Les déterminants de phrase ou circonstants sont uniquement la structure des verbes intransitifs -
des éléments accessoires et fixes - faux faux
Tous les compléments de lieu sont des Analysez les structures de base suivantes.
déterminants - faux Indiquez celles qui correspondent aux sept
structures de base édutiées ci-dessus!:
Parmi ces phrases indiquez celles qui possèdent
un déterminant de phrase!: GN + GV + GN + GN + GV
Tous les jours ils vennaient nous voir - X GV + GN – structure 1
Ils voulaient toujours nous faire des bons GN + GV + prép. + GN – structure 3
cadeaux GN + Dét. + GN + GV + GN
Mes parents habitent à Paris GN + prép + GV + GN
L’année dernière, Pierre a offert ses meilleurs Il y a + GN – structure 7
livres à une fondation pour des enfants - X
Les enfants de Mme Tibault sont heureux
d’habiter avec leurs grands-parents. Cours 8
Les modalités de communication nous
Cours 6 permettent de dégager les transformations
oppérées sur la phrase – faux
La relation de combinaison peut exister On peut faire cinq transformations sur une
seulement entre des groupes de mots - faux phrase simple et trois sur deux phrases simples -
La relation de combinaison peut être marquée vrai
par juxtaposition de mots, de groupes de mots et L’emphase est une transformation qui est
de phrases - vrai effectuée sur deux phrases simples - faux
La relation de combinaison est une relation qui «!Marie mange du pain que pierre a acheté!»
existe entre le thème et le prédicat - faux
La transformation effectuée sur cette phrase est
La relation de solidarité n’est pas une relation une!:
solide - faux
ß Conjonctivation
Il y a des relations de solidarité principale et ß Relativation - X
secondaires - vrai ß coordination
La relation de sélection est une relation qui n’est
pas solide - vrai Cours 9
La relation de sélection existe entre les
déterminants du thème et du prédicat - vrai Pour marquer la transformation négative dans
une phrase, il faut toujours que les éléments
négatifs entourent le verbe conjugué - faux
Cours 7
La négation partielle est celle qui incide
uniquement sur un élément de la phrase - vrai
Les structures de base sont aussi dites profondes
- vrai La négation totale nie toute l’action de la phrase
- vrai
Les structures de base concernent:
Selon la situation de communication, le registre
toutes les phrases transformées - faux de langue peut être soutenu ou standard - faux
toutes les modalités de communication - faux Ni tous les éléments négatifs sont des adverbes
toutes les structures qui nous permettent de de négation - vrai
dégager les phrases minimums - vrai
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