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UNIVERSITÉ PÉDAGOGIQUE

FACULTÉ DES LANGUES

DÉPARTEMENT DE FRANÇAIS

COURS
DE LINGUISTIQUE

Superviseur!: Rédacteur!:
Victor Allouche Amélia Lemos
Université Paul-Valéry Université Pédagogique
Montpellier III, France Maputo, Mozambique

Troisième année
SOMMAIRE
AVANT – PROPOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
PLAN GÉNÉRAL D’UN COURS.................................................................................................................... 5
NIVEAU 1 : LE COURS, PREMIER SEMESTRE .............................................................................6
COURS 1!: LES CLASSES DE MOTS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1. QUATRE CLASSES D’ÉLÉMENTS PERMETTENT D’EXPRIMER UNE IDÉE!: .......................................................... 6
2. LE NOM PORTE CERTAINES MARQUES QU’IL TRANSMET À L’ADJECTIF .......................................................... 6
3. L’ADVERBE EST INVARIABLE............................................................................................................. 7
4. LE VERBE PORTE LES MARQUES DE LA VARIATION!: ............................................................................... 7
5. LES SUBORDONNANTS ................................................................................................................... 7
6. LES COORDONNANTS..................................................................................................................... 8
ß QUIZZ : COCHEZ LES BONNES RÉPONSES.................................................................................................. 8
COURS 2 : THÈME ET PRÉDICAT. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
® OBSERVATION 1 : APPROCHE ............................................................................................................... 9
® CONCLUSION 1 .................................................................................................................................. 9
® OBSERVATION 2 : THÈME VIDE ............................................................................................................. 9
® CONCLUSION 2 .................................................................................................................................. 9
® OBSERVATION 3 : THÈME PLEIN ............................................................................................................ 9
® CONCLUSION 3 .................................................................................................................................10
® OBSERVATION 4 : DISTRIBUTION DU THÈME ...........................................................................................10
® CONCLUSION 4 .................................................................................................................................10
® OBSERVATION 5 : THÈME OU PRÉDICAT EN SITUATION .............................................................................10
® CONCLUSION 5 .................................................................................................................................11
® OBSERVATION 6 : SIGNIFICATION ET SYNTAXE .......................................................................................11
® CONCLUSION 6 .................................................................................................................................11
ß QUIZZ .............................................................................................................................................11
COURS 3!: LES CONSTITUANTS DE LA PHRASE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 2
® OBSERVATION 1: STRUCTURE DU THÈME ...............................................................................................12
® CONCLUSION 1 .................................................................................................................................12
® OBSERVATION 2 : STRUCTURE DU THÈME (SUITE) ....................................................................................12
® CONCLUSION 2 .................................................................................................................................12
® OBSERVATION 3 : STRUCTURE DU PRÉDICAT...........................................................................................12
® CONCLUSION 3 .................................................................................................................................13
® OBSERVATION 4 : ORAL /ÉCRIT ............................................................................................................13
® CONCLUSION 4.................................................................................................................................14
ß Q UIZZ!: VRAI OU FAUX!:...................................................................................................................14
COURS 4!: LA HIÉRARCHIE DES ÉLÉMENTS DE LA PHRASE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 5
® OBSERVATION 1 : PHRASE DE BASE ET DÉTERMINANTS .............................................................................15
® CONCLUSION 1 .................................................................................................................................15
® OBSERVATION 2 : ..............................................................................................................................16
® CONCLUSION 2 .................................................................................................................................16
ß QUIZZ .............................................................................................................................................18
COURS 5!: LE CIRCONSTANT – LE DÉTERMINANT DE PHRASE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 9
® OBSERVATION : LE DÉTERMINANT DE PHRASE .........................................................................................19
® CONCLUSION....................................................................................................................................19
ß QUIZZ .............................................................................................................................................20
COURS 6 : LES RELATIONS DANS LA PHRASE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 1
®OBSERVATION 1 : RELATION DE COMBINAISON. ......................................................................................21
® CONCLUSION 1 .................................................................................................................................21
®OBSERVATION 2 : RELATION DE SOLIDARITÉ ..........................................................................................21
® CONCLUSION 2!:...............................................................................................................................22
® OBSERVATION 3!: RELATION DE SÉLECTION ..........................................................................................22
® CONCLUSION 3 .................................................................................................................................23
® OBSERVATION 4!: RELATIONS ET CANAUX DE COMMUNICATION................................................................23
® CONCLUSION 4 .................................................................................................................................23
ß QUIZZ : VRAI OU FAUX.......................................................................................................................24
COURS 7 : LES STRUCTURES DE BASE ET TRANSFORMATIONS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 5
ß QUIZZ : ...........................................................................................................................................26
COURS 8 : LES TRANSFORMATIONS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 7
TRANSFORMATIONS SUR UNE PHRASE SIMPLE!: ...........................................................................................27
TRANSFORMATIONS SUR DEUX PHRASES SIMPLES!: ......................................................................................27
ß QUIZZ :VRAI OU FAUX........................................................................................................................28
COURS 9 : COMMENT TRAVAILLER SUR UNE TRANSFORMATION!? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 9
LA NÉGATION......................................................................................................................................29
® CONCLUSION....................................................................................................................................30
ß QUIZZ!: VRAI OU FAUX......................................................................................................................30
COURS 10 : MODALITÉ DE COMMUNICATION, STRUCTURE DE BASE ET
TRANSFORMATIONS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 1
® CONCLUSION....................................................................................................................................32
NIVEAU 1 : LE COURS DEUXIEME SEMESTRE......................................................................... 33
INTRODUCTION . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 3

COURS 11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 4
® OBSERVATION 1!: FAUTE ET ERREUR ....................................................................................................34
® CONCLUSION 1!:...............................................................................................................................34
® OBSERVATION 2!: ERREUR ET DIDACTIQUE DU FRANÇAIS LANGUE ÉTRANGÈRE .............................................35
®CONCLUSION 2 ..................................................................................................................................35
Q UIZZ!: COCHEZ LA BONNE RÉPONSE!:....................................................................................................35
COURS 12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 6
® OBSERVATION : CLASSIFICATION DES FAUTES .........................................................................................36
Q UIZZ!: VRAI OU FAUX.........................................................................................................................37
COURS 13 : LES MÉCANISMES PRODUCTEURS DE FAUTES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 8
LES RÉGULARISATIONS ..........................................................................................................................38
LES DIFFÉRENCIATIONS OU DISSOCIATIONS ................................................................................................38
L’UNIFORMISATION OU GÉNÉRALISATION .................................................................................................38
LE MODE PERCEPTUEL ...........................................................................................................................38
LE RECOURS À UNE LOGIQUE PERSONNELLE ...............................................................................................39
LA RÉTROVERSION................................................................................................................................39
RÉSUMÉ .............................................................................................................................................39
Q UIZZ!: VRAI OU FAUX.........................................................................................................................39
COURS 14!: ANALYSE DES FAUTES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 0
E XEMPLE !1 :.......................................................................................................................................40
E XEMPLE !2 :.......................................................................................................................................41
COURS 15!: FAUTES DE STRUCTURES VERBALES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 2
PREMIÈRE PHASE!: ...............................................................................................................................42
DEUXIÈME PHASE .................................................................................................................................42
III. TROISIÈME PHASE ............................................................................................................................43
COURS 16 : FAUTES DE SUBORDINATION. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 5
PREMIÈRE PHASE ..................................................................................................................................45
DEUXIÈME PHASE .................................................................................................................................45
TROISIÈME PHASE .................................................................................................................................46
CONCLUSION GÉNÉRALE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 8

NIVEAU 2 : LES DÉFINITIONS....................................................................................................... 49


NIVEAU 3 : LES DOCUMENTS...................................................................................................... 50
ENSEIGNEMENT, APPRENTISSAGE ET ERREURS: SITUATION DU PROBLÈME. . . . . . . . . . . . 5 0

ERREUR ET DIDACTIQUE DES LANGUES NON MATERNELLES. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 1

NIVEAU 4 : LES EXERCICES......................................................................................................... 52


NIVEAU 5 : LES CORRIGES .......................................................................................................... 55
NIVEAU 5 : LES CORRIGES DES QUIZZ ..................................................................................... 63
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

AVANT – PROPOS
Le développement de la linguistique a conduit beaucoup de grammairiens à élaborer des manuels de
grammaire inspirés plus ou moins directement des théories structuralistes!: il s’agissait!«!d’appliquer
une théorie!», cette tâche se justifiant par le fait que l’étude linguistique a aujourd’hui atteint un degré
tel de rigueur scientifique que l’introduction de cette réflexion dans le domaine scolaire ne peut qu’être
bénéfique.
C’est pour une linguistique appliquée à l’enseignement des langues que nous prenons position, non
pas contre la linguistique. L’activité grammaticale la plus féconde s’est développée au cours des
siècles, non pas coupée de la pratique pédagogique, mais au contraire en s’appuyant sur elle1 . Nous
pensons qu’il est possible actuellement de partir des besoins d’un public donné (dans le cas qui nous
occupe un public pour lequel le français est une langue étrangère), et de traiter ces besoins à l’aide des
concepts et des méthodes de la linguistique.
Nous voudrions tenter de définir, dans un premier temps, ces besoins linguistiques, avant de proposer
une démarche pédagogique.
Dans une première phase, nous aborderons l’étude syntaxique de la phrase en mettant en évidence les
relations structurales, les relations hiérarchiques (relation entre éléments essentiels et accessoires) entre
les composants d’une phrase (relation entre les éléments essentiels et accessoires), les relations
distributionnelles des classes de constituants de l’énoncé, les marques grammaticales et les
transformations. Dans une deuxième phase, nous analyserons un corpus d’erreurs relevé dans des
cours de français au lycée, au niveau de la structure de la phrase (tout ce qui touche à l’ordre des mots
et à la structure verbale) et des transformations qui peuvent s'opérer dans une phrase. Les
transformations donnent lieu à des fautes nombreuses!: plus une structure permet de transformations,
plus le risque de faute est élevé!: C’est lui peut être l’occasion d’une erreur sur le choix du substitut,
mais Le voilà, qui combine un choix et un déplacement, offre deux possibilités de fautes. Il n’a
personne vu, il parle à lui ou il lui pense sont des réalisations connues dont l’origine se situe dans une
compétence transformationnelle insuffisante. Nous étudierons systématiquement ces transformations,
en partant des 7 structures de base, dans lesquelles le jeu des constituants (Animés/Inanimés,
prédéterminés variés) nous permettra de souligner les fonctionnements et les limites des lois que nous
pourrons dégager.

Plan général d’un cours


Chaque micro-système grammatical étudié est présenté de la façon suivante, pour chaque difficulté
qu’il peut présenter!:
® Observation
Quelques phrases sont proposées pour permettre la découverte de la difficulté proposée.
® Conclusion
On formule ici
ß la définition
ß la fonction
ß les distributions
ß les transformations

du problème traité, ou toute autre conclusion utile.

1
J.-Cl. Chevalier, La notion de complément chez les grammairiens, Droz, Genève, 1968.

- 5 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

NIVEAU 1 : LE COURS,
PREMIER SEMESTRE

Cours 1!: Les classes de mots


Nous reprendrons dans ce cours certains aspects morphologiques que vous avez déjà étudiés dans le
cours de français de première année «!fonctionnement linguistique!». Un concept, une idée prend
forme dans une langue par les éléments linguistiques qui composent cette langue. Ainsi, en français,
l’idée de «!fatiguer!», par exemple peut être exprimée par des mots de natures grammaticales diverses!:
ß la fatigue
ß fatiguer
ß fatigué

1. Quatre classes d’éléments permettent d’exprimer une idée!:

NOM VERBE ADJECTIF ADVERBE


(N) (V) (ADJ) (ADV)
Marche marcher - -
Vitesse - - vite
Rapidité - rapide rapidement

NOM et VERBE sont des éléments que l’on appelle «!régissants!» par rapport à l’ADJECTIF et à
l’ADVERBE!:
L’ADJECTIF dépend du nom!: c’est le déterminant simple du Nom.
L’ADVERBE dépend du verbe!: c’est le déterminant du Verbe.

2. Le NOM porte certaines marques qu’il transmet à l’adjectif


Il s’agit des marques de GENRE et de NOMBRE.
Ainsi, les adjectifs «!beau!», «!grand!», «!petit!» etc. prendront les marques du nom auquel ils se
rapportent!:
un âne des une des maisons
chevaux maison
Ø Ø Ø Ø
grand grands Grande Grandes
beau Beaux Belle Belles
petit Petits Petite Petites

Le NOM est précédé de prédéterminants.


Ces prédéterminants sont des mots grammaticaux qui peuvent soit précéder directement le Nom, soit
précéder le groupe ADJ + N

- 6 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

ß le cheval
ß le petit cheval

Les prédéterminants apportent certaines transformations. Par exemple!:


Les articles (le, la, du, un, une, des) renseignent sur le caractère défini/indéfini de la perception que
l’on a du concept exprimé par le nom, sur le caractère général ou particulier de cette perception. Ils
portent les marques du NOMBRE et du GENRE.
Les adjectifs démonstratifs (ce, cette, ces, cet)!: permettent de se référer à un nom, de le DÉSIGNER.
Les adjectifs possessifs (mon, ton, son, ma, ta, sa, etc.) expriment l’APPARTENANCE.
Les adjectifs indéfinis (beaucoup de, chaque, certains, etc.) expriment la QUANTITÉ, la
DISTRIBUTIVITÉ (chaque), etc.
Un NOM peut être précédé d’une PRÉPOSITION qui indique sa fonction :
ß de Pierre (appartenance)
ß à son petit garçon (COI)
ß pour l’enfant (complément circonstanciel de but)

La préposition peut également précéder un substitut («!pour lui!») ou un verbe à l’infinitif («!pour
marcher!», «!de venir!»)
Un NOM, un GROUPE NOMINAL, un ADJECTIF peuvent être remplacés par un mot grammatical!:
ß Je vois Pierre / je le vois
ß Jacques vient / il vient
ß Elle devient jolie / elle le devient

Ce mot grammatical qui se substitue à un autre élément est appelé SUBSTITUT.

3. L’ADVERBE est invariable!

4. Le VERBE porte les marques de la variation!:


ß du temps!: je chante/ je chantais/ je chanterai
ß de l’aspect!: je chante (non accompli)/ j’ai chanté (accompli)

Le verbe est en relation avec un sujet!:


Sujet ______ Verbe
Sujet + Verbe constituent un énoncé
Le sujet peut être un nom, ou un autre élément (pronom, verbe à la forme infinitive, proposition, etc.).
Le Sujet transmet au Verbe la marque de la personne.
ß Je chante
ß Tu chantes
ß Nous chantons
ß Vous chantez

5. Les SUBORDONNANTS
Ils (conjonctions de subordination et substituts relatifs) permettent de relier deux énoncés:

je partirai je partirai quand il viendra


+ QUAND =
il viendra déterminant

- 7 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

il vient qu’il vienne est certain


+ QUE =
c’est certain sujet verbe

Les SUBSTITUTS RELATIFS (ou pronoms relatifs : qui, que, dont, où, lequel, etc.) permettent
également de relier deux énoncés:

Je vois Pierre
+ QUI = je vois Pierre qui vient
Pierre vient

L’énoncé précédé d’un subordonnant devient une PROPOSITION.


Une des deux propositions joue le rôle de DÉTERMINANT (celle qui suit la conjonction de
subordination ou le substitut relatif). Ce sont les propositions subordonnées conjonctive et relative
respectivement :
Je partirai (PROPOSITION PRINCIPALE) quand il viendra (PROPOSITION SUBORDONNÉE
CONJONCTIVE)
Je vois Pierre (PROPOSITION PRINCIPALE) qui vient (PROPOSITION SUBORDONNÉE
RELATIVE)

6. Les COORDONNANTS
Ce sont des mots grammaticaux permettant de relier deux phrases, deux groupes, qui restent sur le
même plan d’importance :
Jacques vient, Pierre vient
ß 1ère étape!: Jacques vient ET Pierre vient
ß étape finale!: Jacques ET Pierre viennent

Les coordonnants sont aussi appelés conjonctions de coordination.

ß Quizz : Cochez les bonnes réponses


I. On désigne par prédéterminants:
ß les adjectifs q
ß les articles q
ß les adverbes q
ß les adjectifs possessifs q
ß les verbes auxiliaires q
ß les noms q
ß les adjectifs démonstratifs q

II. Parmi les classes de mots présentés ci-dessous, lesquels peuvent être variables et lesquels sont
invariables ?
ß substantifs
ß verbes
ß adverbes
ß pronoms
ß prépositions

- 8 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Cours 2 : Thème et prédicat

® Observation 1 : Approche
ß Phrase 1!: Jean lit un livre.
ß Phrase 2!: C’est bien.
ß Phrase 3!: Il faut venir !
ß Phrase 4!: Ma veste ! Je l’ai oubliée !
ß Phrase 5!: Il joue au ballon.

Dans la phrase 1!:


ß De qui parle-t-on ? – de Jean.
ß Que dit-on de lui ? – Il lit un livre

(a) Jean ______________ lit un livre


On peut préciser qui est Jean, et sa façon de lire :
(b) Jean, qui est un garçon studieux ___ lit avec application un gros livre de grammaire

Remarque :
“Jean” et “lit un livre” ne peuvent fonctionner l’un sans l’autre : le trait gras sert à montrer le lien
étroit qui les unit.

® Conclusion 1
La personne ou la chose dont on parle est le THÈME de l’énoncé. Il peut être simple (a) ou complexe
(b).
Ce que l’on dit du thème (Jean) est le PRÉDICAT (lit un livre); il peut être simple (a) ou complexe
(b).

® Observation 2 : Thème vide


ß Il pleut

Dans cette phrase, on constate que le thème n’apparaît pas avec précision; en effet l’élément
grammatical “il” ne renvoie à rien de concret : ici le thème est un élément grammatical vide.
Autres exemples :
ß Il faut venir
ß Il neige
ß Il fait froid

® Conclusion 2
Le thème est parfois un élément vide, qui ne renvoie à rien de précis.

® Observation 3 : Thème plein


Dans la phrase 5!: “Il joue au ballon”

- 9 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Le thème est “il”, mais ici “il” renvoie à une personne : (à Pierre, Paul, Jean ou Jacques) Le thème
est plein.

® Conclusion 3
“IL” peut désigner parfois un être (Jean, Pierre..!) dans “il joue au ballon”, une chose (la maison)
dans “Elle est belle”.

® Observation 4 : Distribution du thème


Dans des phrases comme :
6. Quand partez-vous ?
7. Viendras-tu ?
on s’aperçoit que le thème est derrière le prédicat.

® Conclusion 4
Le thème n’a pas de place fixe, il peut être placé derrière le prédicat.

® Observation 5 : Thème ou prédicat en situation


Dans les phrases suivantes :
8. Viens !
9. Attention !
10. Jean !
Remarque : Ces constructions sont des constructions de l’oral.
Dans la phrase 8, à qui parle-t-on ? A Pierre, à Jean ou au chien … Seule la situation sur laquelle
s’appuie le message permettra de préciser l’identité du THÈME; on dit que le THÈME est ici en
situation, et le français oral ne le nomme pas.
Que dit-on à ce “thème en situation” (C’est à dire à Pierre, à Jean ou au chien..) ?
On lui dit de venir : “Viens” est le PRÉDICAT.
Ainsi un certain nombre de phrases du même type (“chante !”, “raconte !” sont des phrases dont le
THÈME est en situation; on pourrait les dessiner par la formule suivante!:
(Le thème ou le prédicat étant entre parenthèses lorsque ils ne sont pas présents explicitement dans la
phrase et qu’ils sont donc en situation)
(T) + P
Thème + Prédicat
par opposition aux phrases vues précédemment qui, elles, répondraient à la formule :
T + (P): La phrase numéro 9 répond à la première formule :
(T) + P : Car on dit à quelqu’un (le thème) qui est en situation, de faire attention.
Concernant la phrase numéro 10, à qui est-ce que je parle ? L’intonation de la phrase, précisée ici en
partie par le point d’exclamation, montre qu’il s’agit d’un appel; je lui signifie donc de venir, mais
sans employer de mots : ici, le PRÉDICAT est en SITUATION.
La phrase 10 répondrait à la formule : T + (P)

- 10 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

® Conclusion 5
Oralement, le THÈME est parfois nommé!: T + P
ß Jean joue au ballon
ß Il va à la pêche.

Parfois il n’apparaît qu’en situation : (T) + P


ß Viens ici !
ß Attention !

Parfois c’est le prédicat qui est en situation : T + (P)


ß Pierre !
ß Garçon !

® Observation 6 : Signification et syntaxe


4. Ma veste ! Je l’ai oubliée!
C’est ici une construction typique du français oral. Elle va nous permettre de remarquer qu’il est
possible d’analyser le français sur deux plans, et que les conclusions qu’on en tire alors peuvent
apparaître comme contradictoires. Du point de vue du sens, le THÈME, ce dont on parle, c’est “ma
veste” (THÈME) et ce qu’on en dit (PRÉDICAT) est “je l’ai oubliée”.
Du point de vue de la grammaire, ce dont je parle est “je” et je rapporte mes propres paroles, qui
constituent le prédicat :

Grammaire : Ma veste ! Je l’ai oubliée !


THÈME PRÉDICAT
Signification : Ma veste ! Je l’ai oubliée !
THÈME PRÉDICAT

® Conclusion 6
Les constructions de sens et de grammaire ne se recouvrent pas nécessairement. Les éléments les plus
importants du point de vue grammatical (ici : “je”) ne sont pas nécessairement les plus importants du
point de vue psychologique. Il est donc essentiel de choisir un de ces deux plans pour analyser une
langue, et de s’y tenir. Nous étudierons l’aspect grammatical des phrases, et nous nous bornerons à
faire quelques remarques utiles en ce qui concerne la signification.

ß Quizz
Parmi les phrases suivantes lesquelles possèdent un thème ou un prédicat vide!?
ß Écoutez!!
ß Venez les enfants
ß Pierre arrive
ß Les enfants!!
ß Paul, téléphone!!
ß Arrête immédiatement
ß Je m’en vais

- 11 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Cours 3!: Les constituants de la phrase


(voir document, leçon 3)

® Observation 1: Structure du thème


ß Henri est parti
ß Il est parti
ß Le garçon est parti

® Conclusion 1
Le thème peut être un NOM, élément linguistique qui permet de désigner un être ou une chose ou une
idée, ou un GROUPE NOMINAL (GN), c’est-à-dire un nom précédé d’un MOT-OUTIL
GRAMMATICAL qui remplace le GN.
Le mot-outil grammatical qui précise, détermine le nom au niveau des éléments essentiels est un
prédéterminant du nom; à cette classe appartiennent les articles, les adjectifs démonstratifs, possessifs
et indéfinis.
Le mot-outil grammatical qui remplace le nom est substitut du nom; à cette classe appartiennent les
“pronoms” (terme déjà discuté en première année) personnels, compléments, relatifs, etc.

® Observation 2 : Structure du thème (suite)


ß Le “qu’en dira-t-on” est redoutable !
ß Ton “je ne sais pas” m’énerve.
ß Dormir est agréable
ß Qu’il accepte de venir serait un miracle!!

Dans ces phrases, on constate que le thème est constitué par des phrases qui pourraient fonctionner
d’une façon autonome dans la langue, mais qui deviennent des noms, simplement parce qu’elles sont
précédées d’un prédéterminant (ici “le”), ou par un infinitif, appelé pour cela forme nominal du verbe,
enfin, le thème peut être constitué par une proposition (“qu’il vienne”) qui a la fonction de thème en
raison de sa place (= sa distribution).

® Conclusion 2
Le thème peut être constitué également par d’autres éléments linguistiques qui deviennent des noms
parce qu’ils sont précédés d’un prédéterminant.

® Observation 3 : Structure du prédicat


ß Henri part à la mer
ß Henri est parti à la mer

Le prédicat est composé d’un VERBE, élément linguistique qui permet de manifester les variations
temporelles; ce verbe peut être simple (“part”) ou complexe (“est parti”).
Il peut être complété par d’autres éléments (“à la mer); l’ensemble constitue le GROUPE VERBAL
(GV).

- 12 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

® Conclusion 3
Une phrase est composée de deux parties : THÈME et PRÉDICAT, qui peuvent être simples ou
complexes.
Lorsque le THÈME est actualisé linguistiquement, il peut être un nom, un substitut ou d’autres
éléments linguistiques ayant la fonction de nom.
Parfois, il n’est pas actualisé (Viens! (T) + P
Lorsque le PRÉDICAT est actualisé, il l’est sous forme de VERBE; parfois il ne peut pas être
actualisé (Jean ! : T + (P) ).

® Observation 4 : Oral /écrit


Voici deux phrases caractéristiques de l’oral :
ß Délicieux, ce poulet !
ß Mes livres de grammaire ! Je les ai oubliés !

1.THÈME_______________________PRÉDICAT
Ce poulet ______________________ délicieux

Remarque:
Suppression du verbe “être” : Ce poulet est délicieux. Inversion de l’ordre T + P.

2. THÈME / PRÉDICAT

Grammaire : Ma veste ! Je l’ai oubliée !


THÈME PRÉDICAT
Signification : Ma veste ! Je l’ai oubliée !
THÈME PRÉDICAT

Remarque :
Le déterminant “mes livres de grammaire” est déplacé, et on voit deux niveaux de détermination :
“Mes livres” se rapporte à “les” et “de grammaire” à “livres”.
Voici d’autres phrases orales :

Fonction
3. Qui vient ? Personne Thème
4. Que veux-tu faire ? Dormir Prédicat
5. A qui penses-tu ? à Charles partie du prédicat
6. Où vas-tu ? à Lyon partie du prédicat
7. Comment vas-tu ? Bien partie du prédicat

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

® Conclusion 4

A l’oral, on constate que le prédicat ÊTRE disparaît parfois, et T + P sont inversés : P + T.


De plus, les réponses sont souvent seulement des parties du thème ou du prédicat.
ß Qui vient ?
ß Personne (ne vient)
ß Comment vas-tu!?
ß (je vais) bien

ß Quizz!: Vrai ou faux!:


ß Le thème est ce dont on parle
ß Le thème est en situation lorsqu’il est présent dans la phrase
ß Le thème et le prédicat sont en situation quand il ne sont pas présents dans la phrase
ß Une phrase comporte toujours un thème et un prédicat explicitement présents.
ß Le thème peut être un substantif, un pronom ou même une phrase.
ß Le prédicat peut être constitué d’un substantif
ß Le prédicat est ce qu’on dit du thème
ß Le prédicat est un verbe ou un groupe verbal

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Cours 4!: La hiérarchie des éléments de la phrase


(voir document, leçon 4)
Eléments essentiels (composants)
Eléments accessoires (déterminants)
La phrase peut être analysée selon cinq (5) éléments principaux. Deux éléments essentiels et trois
secondaires ou accessoires.
Phrase : totalité syntaxique et sémantique, elle doit correspondre à une unité syntaxique et sémantique.
L’analyse repose sur des structures verbales.

® Observation 1 : Phrase de base et déterminants


Henri est parti
ß De qui parle-t-on ? - de Henri. “Henri est le THÈME.
ß Que dit-on de lui ? – qu’il est parti. ‘est parti” est le PRÉDICAT

THÈME _________________PRÉDICAT
Henri ___________________ est parti
ß Qui est Henri ?
ß Où est-il parti ?
ß Seul ?
ß Quand ?

On peut, pour répondre à ces questions, compléter cette phrase 1 avec les éléments suivants :
THÈME__________________________PRÉDICAT
Henri, qui est mon ami____est parti pour un mois la semaine dernière avec sa femme.
Les éléments que l’on a ajoutés pour compléter la phrase 1, appelée PHRASE DE BASE, ne sont pas
indispensables pour le bon fonctionnement grammatical de l’ensemble, puisque 1 peut fort bien exister
tout seul. Les éléments que l’on a ajoutés sont des ÉLÉMENTS ACCESSOIRES de la phrase; on les
appelle aussi DÉTERMINANTS (ils peuvent être déterminant de thème, de prédicat ou de phrase).
Par contre, on ne peut enlever “est parti” dans la phrase de base 1, car “Henri” ne peut fonctionner
seul; de même, on ne peut enlever “Henri” car “est parti” ne peut fonctionner seul. Donc les deux
parties de cette phrase de base sont indispensables l’un pour l’autre: Ce sont des ÉLÉMENTS
ESSENTIELS de la phrase, ou COMPOSANTS DE LA PHRASE.

Remarque :
Il faudrait au moins une intonation : «!Henri!!!» pour que cet élément constitue une phrase.

® Conclusion 1
Une phrase est donc un ensemble d’éléments linguistiques dont certains sont indispensables pour la
“vie” de la phrase, ce sont les éléments essentiels de cette phrase; d’autres éléments peuvent venir
compléter cette phrase élémentaire appelée phrase de base pour former une phrase plus longue et plus
riche en informations, ce sont les éléments accessoires de la phrase, ou déterminants du thème.
D’autres se rapportent au verbe : les déterminants du verbe.
Mes livres de grammaire ! Je les ai oubliés !

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

THÈME PRÉDICAT
E.E. Je les ai oubliés
Ø
E.A.
Mes livres de grammaire

Le déterminant “mes livres de grammaire” est déplacé, et on voit deux niveaux de détermination :
“Mes livres” se rapporte à “les” et “de grammaire” à “livres”.

® Observation 2 :
Nom et Verbe au niveau accessoire
On retrouve ces deux espèces linguistiques au niveau des déterminants :

Thème Prédicat
E.E.
(composants Henri est parti
)

E.A. avec sa
qui est mon pour un mois
(déterminant femme
ami (GN)
s) (GN)
Déterminant la semaine
de phrase dernière (GN)

® Conclusion 2
Les verbes, les groupes verbaux, les noms, les groupes nominaux peuvent apparaître comme
déterminants au niveaux des éléments accessoires de la phrase. Ils sont reliés à la phrase de base soit
directement (“la semaine dernière”) soit indirectement par un mot-outil grammatical (qui, avec,
pour…). On les mettra en évidence.

Thème Prédicat
E.E. Henri est parti
Ø Ø
E.A. qui avec pour
est mon ami sa femme un mois
(déterminant de
thème, prédicat)
Déterminant de la semaine
phrase dernière

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Remarque :
On trouve évidemment bien d’autres éléments au niveau des éléments accessoires de la phrase;
l’inventaire en sera fait plus loin.
Ces mots-outils grammaticaux ou pivots (supports) grammaticaux peuvent être :
1 - des prépositions quand ils précèdent un nom ou un GN :
ß pour Jean
ß à sa femme
ß au petit garçon

2 - ou une forme nominale du verbe, c’est-à-dire la forme du verbe qui peut être employée comme un
nom (infinitif) :
ß pour le boire et pour le manger

3 - des conjonctions quand ils introduisent une phrase ou une partie de phrase (proposition) :

Tu Partes
Pour que
(thème) (prédicat)
je pense à toi
Quand
(T) (P)

4 - des substituts relatifs quand ils reprennent un nom ou un groupe nominal déjà énoncé dans la
phrase.

Pierre a une maison QUI est toute blanche


__________ _·
L’homme DONT je parle est très vieux
____ _·
La jeune fille A LAQUELLE il pense est étrangère
_____________ ______·

Remarque :
Importance de cette analyse faite en deux niveaux (éléments essentiels et accessoires)
Les phrases ne fonctionnent jamais par relations entre des mots
, mais par relations entre des groupes : l’étude de ces relations entre groupes constitue la syntaxe;
l’étude des relations entre les mots à l’intérieur de ces groupes constitue l’étude syntagmatique.
Il faut pouvoir dégager les groupes dans les phrases et les mots dans les groupes.
La compréhension d’une phrase complexe est favorisée par la perception de ces relations. Enfin, une
phrase complexe n’est pas nécessairement une phrase longue; une phrase dans laquelle les
enchâssements de groupes sont nombreux, ou dans laquelle les transformations le sont aussi, présente
beaucoup de difficultés pour un étudiant étranger.

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

ß Quizz
Les phrases suivantes possèdent toutes des déterminants!: Indiquez celles qui présentent un
déterminant de thème, celles qui présentent un déterminant de prédicat , ou les deux
ß Les enfants de Pirre arrivent demain de Paris
ß Mes soeurs et frères adorent le cinéma muet
ß Mon ami Paul a des amis qui habitent en Chine
ß Ma blouse rouge est abîmée
ß Elle est malade
ß Je pense que Paul viendra
ß Les étudiants qui sont venus hier sont américains

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Cours 5!: Le circonstant – le déterminant de phrase

® Observation : le déterminant de phrase


Analysons cette phrase:
Hier, quand je suis parti, mon petit cousin pleurait.
De qui parle-t-on? de mon cousin
Que faisait-il ? il pleurait
Quand ? hier
Quand!? quand je suis parti
Dessinons cette phrase!:

THÈME PRÉDICAT
E.E.
mon cousin pleurait
(composants)

E.A. Ø
(déterminants) petit
Déterminant de hier
phrase
(circonstants) quand je suis parti

Remarque :
Le déterminant de phrase est un élément mobile, on peut le déplacer dans la phrase.
On peut relire cette phrase sur le schéma:
Mon petit cousin pleurait hier quand je suis parti.
On observe que le déterminant “petit” qui se rapporte à “cousin” a, dans la phrase 1 et dans la
phrase 2, la même place.
Par contre, les deux éléments: “hier”, “quand je suis parti”, qui se trouvaient en tête de 1. sont en fin
de 2.

® Conclusion
On constate donc qu’il existe deux types de DÉTERMINANTS, ceux qui ont une place fixe dans la
phrase et ceux qui ont une place mobile. Le déterminant «!petit!» a une place fixe dans la phrase, alors
que «!hier!» et «!quand je suis parti!» sont mobiles.

Remarque :
Un déterminant mobile peut être complément de lieu, de temps, par exemple. C’est un déterminant
de phrase.
Exemple : A Paris, il pleut (= Il pleut à Paris.)
Cependant, tous les compléments de lieu ne sont pas des déterminants.

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Exemples : J’habite à Paris


«!A Paris j’habite!» ne fonctionne pas dans le discours car “à Paris” est ce que l’on appelle
COMPOSANT, c’est-à-dire, est un élément essentiel dans la phrase puisqu’il complète le sens du
verbe. De même pour : Je vais à Lyon, “à Lyon” est un Composant.
Les déterminants du nom ou du verbe peuvent être simples ou en expansion :
DÉTERMINANT
ß simple du nom : l’adjectif
ß en expansion : les relatives.

DÉTERMINANT
ß simple du verbe : l’adverbe
ß en expansion : subordonnées conjonctives complément adverbial.

ß Quizz

I. Vrai ou faux
ß Le thème et le prédicat sont appelés déterminants
ß Les déterminants du thème et du prédicat sont des éléments accessoires
ß Les éléments essentiels d’une phrase sont appelés composants
ß Les éléments accessoires sont liés aux composants par un mot outil grammatical
ß Les déterminants de phrase ou circonstants sont des éléments accessoires et fixes
ß Tous les compléments de lieu sont des déterminants
II.Parmi ces phrases indiquez celles qui possèdent un déterminant de phrase!:
ß Tous les jours ils vennaient nous voir
ß Ils voulaient toujours nous faire des bons cadeaux
ß Mes parents habitent à Paris
ß L’année dernière, Pierre a offert ses meilleurs livres à une fondation pour les enfants
ß Les enfants de Mme Tibault sont heureux d’habiter avec leurs grands-parents.

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Cours 6 : Les relations dans la phrase.


Nous avons mis en évidence dans le cours précédent les relations des groupes de déterminants avec la
phrase de base; nous allons considérer maintenant l’importance des relations entre cette phrase et ses
déterminants, et entre les différents éléments constituants de la phrase de base et les déterminants.

®Observation 1 : Relation de combinaison.


Je t’avais prévenu, et tu ne m’as pas cru !
Les deux phrases (propositions) ci-dessus constituent un ensemble homogène du point de vue du
sens, bien qu’étant chacune une unité pouvant fonctionner indépendamment dans le discours.

Remarque :
Ainsi, si, comme nous l’avons signalé plus haut, le mot n’existe pas isolé, de même la phrase
appartient généralement à un discours. On peut parler de grammaire de la phrase et de grammaire du
discours.
La relation qui existe entre ces deux phrases est manifestée par un outil grammatical : La conjonction
de coordination ET.
Cette conjonction peut commuter (se substituer) avec d’autres conjonctions, dont la signification est
différente:
ß Je t’avais prévenu mais tu ne m’as pas cru ! (valeur d’opposition)
ß Il vient ou il part, je ne sais. (valeur d’équivalence)
ß Il ne dort ni mange depuis trois jours. (valeur d’équivalence)
ß Il travaille, donc il réussira. (valeur de conséquence)
ß Il réussira car il travaille. (valeur causale)
ß Il a réussi, or il n'a pas travaillé. (valeur d'opposition, d'exception)

On retrouve cette même relation entre des groupes, et non plus entre des phrases:
ß Il ne boit ni vin ni bière.

® Conclusion 1
Une relation peut exister:
ß Entre des mots : Jean et Paul sont amis.
ß Entre des groupes!: Il n'aime ni le café ni le thé.
ß Entre des phrases!: Jacques étudie, donc il réussira.

Cette relation est une relation de combinaison. Elle peut être modifiée simplement par juxtaposition de
phrases ou de groupes:
ß Pierre achète du pain, du fromage, des œufs.
ß (Pierre achète du pain et du fromage et des œufs)

®Observation 2 : Relation de solidarité


ß Le petit Pierre travaille – GN + GV
ß Jean achète une voiture - GN + GV + GN
ß Pierre va à Paris – GN + GV + Préposition + GN
ß J'habite une vieille demeure - GN + GV + GN
ß Nous lisions des romans - GN + GV + GN

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

La relation qui existe entre le thème et le prédicat de la phrase 1 est une relation solide, qu'on ne peut
briser :
le petit Pierre ou travaille
Ne peuvent fonctionner d'une manière autonome
De même entre le verbe "achète" et le GN qui suit ce verbe : "une voiture" - 2.
De même entre le verbe «!va!» et «! à Paris!» - 3.
Et aussi entre «!habite!» et «!une vieille demeure!» - 4.
Par contre, cette relation n’existe pas entre «!lisions!» et des «!romans!» - 5, car on peut trouver!tout
simplement : - Nous lisions.

® Conclusion 2!:
Il existe une relation de solidarité entre le thème et le prédicat (relation de solidarité principale), entre
les verbes et certains groupes qui les suivent!(relation de solidarité secondaire); on la trouve entre
l’article et le nom (relation de solidarité secondaire) , mais pas toujours entre l’adjectif et le nom!; il est
essentiel de bien connaître les relations de solidarité qui unissent en particulier le verbe et le GN qui le
suit, car nous avons vu ci-dessus qu’elle ne recouvre pas seulement un type de fonction (c’est-à-dire
que les GN compléments d’objet ne sont pas toujours indispensables au fonctionnement syntaxique
d’une phrase, et inversement, les GN compléments de lieu, de temps, ne sont pas toujours facultatifs).

® Observation 3!: Relation de sélection


1. Le tout petit garçon de mon voisin qui est là joue dans la cour

THÈME PRÉDICAT
E.E. (composants) Le garçon joue dans la cour
Ø (sélection)
E.A. (déterminants)
tout petit
Ø (sélection)
de mon voisin
Ø (sélection)
qui est là

On peut trouver un certain nombre d’éléments accessoires (déterminants) qui se rapportent à «!le
garçon!».
La sélection peut être présente aussi au niveau du prédicat!:
2. J’ai rencontré une dame chinoise qui habite en Afrique avec ma sœur

THÈME PRÉDICAT
E.E. (composants) J’ ai rencontré une dame
E.A. (déterminants) chinoise
qui habite en Afrique

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

avec ma sœur

On peut même avoir des cas où il n’y a pas de déterminants, ni de thème ni de prédicat
Michel habite à Paris

THÈME PRÉDICAT
E.E. (composants) Michel habite à Paris
E.A. (déterminants) - -

Jean a besoin de conseils

THÈME PRÉDICAT
E.E. (composants) Jean A besoin de conseils
E.A. (déterminants) - -

® Conclusion 3
La relation qui unit les déterminants et le nom ou le GN qu’ils déterminent est une relation de
sélection!; le plus souvent, on choisit un ou deux déterminants parmi toutes les possibilités qu’offre la
langue. La relation de sélection est une relation d’univocité, c’est-à-dire, une relation de dépendance
entre les déterminants et les éléments supérieurs.
On remarque qu’il peut y avoir plusieurs niveaux de détermination!; «!petit!» détermine «!le garçon!»,
mais «!petit!» est lui-même déterminé par «!tout!».

® Observation 4!: Relations et canaux de communication.


Nous avons signalé que les mots ne fonctionnent jamais de façon isolée!; de même les phrases sont
souvent tributaires dans leur construction du discours auquel elles appartiennent. Ainsi, en ce qui
concerne la présence ou l'absence du THÈME.
Petite annonce!1 :
«!Vends chiots berger allemand – 3 mois. Écrire au journal numéro 675645.!»
Petite annonce!2 :
«!Professeur cherche villa, location à l’année!; s’adresser M. Dupont, 67 65 45 73.!»
Télégramme!3 :
RENTRERAI DEMAIN STOP
NE PEUX TROUVER LIVRE STOP
JACQUES M’ACCOMPAGNE STOP HENRI

® Conclusion 4
Si, dans le discours quotidien (conversation, exposé, lettre), la relation de solidarité entre
T et P est maintenue, elle disparaît dans certains cas, et dans certains canaux de communication.

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Ainsi, dans la petite annonce, le thème disparaît quand ce n’est pas un GN!:
en 1!: «!vends!» pour «!je vends!»
par contre en 2!: «!professeur cherche!»
De même pour le télégramme!:
«!rentrerai!» pour «!je rentrerai!», mais «!Jacques m’accompagne!».
Il exerce donc sur la phrase deux types de contraintes!:
Contraintes de la langue!: des contraintes grammaticales (l’adjectif a la place définie, on marque le
nombre d’une certaine façon, etc.)
Contraintes de la communication!: des contraintes dues au canal choisi.

En résumé!:
Nous nommerons COMPOSANTS de la phrase ou simplement COMPOSANTS les éléments
essentiels au fonctionnement syntaxique de cette phrase et DÉTERMINANTS les éléments
accessoires. Cette distinction, qui se fonde sur le critère de l’existence ou de l’absence d’éléments
nécessaires (voir les relations dans la phrase ci-après, leçon 6), est distincte de la notion traditionnelle
de transitivité!/intransitivité, notion utile, par exemple dans la transformation de pronominalisation, mais
différente dans sa définition même!: la notion de transitivité implique des relations de type sémantique
et des repères structuraux (dans la définition de ce qu’est un «!complément d’objet!»).
Ex!:
ß Verbes transitifs directs (introduisent un complément d’objet direct)
ß Verbes transitifs indirects (introduisent un complément d’objet indirect)

On peut dresser le tableau suivant des CONSTITUANTS DE LA PHRASE

COMPOSANTS
(éléments essentiels)
CONSTITUANTS
DE LA PHRASE
DÉTERMINANTS
(éléments
accessoires)
DE LA PHRASE =
DU NOM DU VERBE
CIRCONSTANTS

ß Quizz : Vrai ou faux


ß La relation de combinaison peut exister seulement entre des groupes de mots
ß La relation de combinaison peut être marquée par juxtaposition de mots, de groupes de mots et
de phrases
ß La relation de combinaison est une relation qui existe entre le thème et le prédicat
ß La relation de solidarité n’est pas une relation solide
ß Il y a des relations de solidarité principale et secondaires
ß La relation de sélection est une relation qui n’est pas solide
ß La relation de sélection existe entre les déterminants du thème et du prédicat

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Cours 7 : Les structures de base et transformations


Groupes nominaux et groupes verbaux s’organisent selon les modèles que l’on nomme des
structures. La structure GN + GV peut être décrite selon trois niveaux d’organisation!:
ß Syntaxique!: comment sont repartis les différents groupes.
ß Syntagmatique!: comment sont repartis les mots dans les groupes.
ß Morphologique!: comment sont marqués les accords.

Ce sont essentiellement les deux premiers niveaux que nous retiendrons.


On distingue alors deux niveaux d’importance!:
ß niveaux des éléments essentiels de la phrase, ou COMPOSANTS.
ß niveaux des éléments accessoires de la phrase, ou DÉTERMINANTS (déterminants du GN,
GV, de la P).

Les structures de base


Structures de base ou profondes, il s’agit d’observer les structures profondes qui permettent de
générer des phrases simples, c’est-à-dire, des phrases minimum.
Ex.!: GN + GV
Une structure qui va permettre d’utiliser tous les verbes transitifs et intransitifs!:
Ex.!: La voiture roule
Les enfants parlent très fort
Les enfants parlent à leur amis
On distingue sept (7) structures de base!:
1. La première est la plus simple, elle correspond à la structure d’un verbe intransitif!:
GN + GV
La voiture roule
Jacques mange
On peut aussi ajouter un auxiliaire!:
La voiture peut rouler
Jacques veut manger
2. La deuxième concerne le plus souvent des verbes transitifs directs!:
GN + GV + GN
Jean regarde un film
3. GN + GV + préposition + GN
Jacques parle à sa mère
Jean se bat contre son adversaire
Jean va à Paris
Jacques va chez Pierre
4. GN + GV +GN + prép. + GN
Paul donne une pomme à Jean
Jacques demande une pomme à sa mère
5. La cinquième structure concerne les verbes impersonnels.

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

* Attention!: il s’agit des verbes qui se présentent uniquement à la forme impersonnelle et non des
verbes qui peuvent être transformés en forme impersonnelle, comme par exemple le verbe être,
manquer, faire, etc.
Ex.!: Il pleut - pleuvoir
Il neige - neiger
Il faut - falloir
6. GN + ÊTRE - verbe être utilisé comme verbe d’état!:
GN + être + adjectif Jean est intelligent
GN + être + GN Jean est médecin
7. Les présentatifs!:
C’est + ADJECTIF - C’est magnifique
C’est + GN - C’est Pierre / c’est mon ami
Il y a + GN - Il y a une voiture
Voici + GN Voici mon ami
Voilà + GN Voilà Pierre
Les sept structures citées ci-dessus peuvent être présentées sous trois formes syntaxiques et
sémantiques que l’on trouve dans toutes les langues naturelles, c’est ce que l’on appelle modalités de
communication. Il s’agit de la forme déclarative, interrogative et impérative.
Ex.!: Jacques appelle son frère. – déclarative
Est-ce que Jacques a appelé son frère!? - interrogative
Jacques a appelé son frère!?
Jacques a-t-il appelé son frère!?
Appelle ton frère!! – impérative
Les modalités de communication sont exclusives les unes des autres. On remarque que tous les
groupes peuvent être déterminés, toutes les phrases issues de ces structures de base peuvent être
complétées par des déterminants de phrase.

ß Quizz :

I. Vrai ou faux
ß Les structures de base sont aussi dites profondes
ß Les structures de base concernent:
o toutes les phrases transformées
o toutes les modalités de communication
o toutes les structures qui nous permettent de dégager les phrases minimums
o uniquement la structure des verbes intransitifs
II. Analysez les structures de base suivantes. Indiquez celles qui correspondent aux
sept structures de base édutiées ci-dessus!:
ß GN + GV + GN + GN + GV
ß GV + GN
ß GN + GV + prép. + GN
ß GN + Dét. + GN + GV + GN
ß GN + prép + GV + GN
ß Il y a + GN

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Cours 8 : Les transformations


Toute modification entraînée sur la phrase simple est considérée comme une transformation. Le fait
d’ajouter, de remplacer ou même de changer l’ordre des mots dans une phrase simple est une
transformation.
Une phrase transformée peut répondre à la règle!:
Phrase transformée = Phrase simple + transformation
Nous allons travailler sur huit (8) transformations. Dans l’ensemble, cinq transformations seront à
travailler sur une phrase simple et trois à travailler sur deux phrases.

Transformations sur une phrase simple!:


1. La négation
2. Le passif (structure 2 et 4)’ changement d’ordre des mots
3. L’emphase (insistance) ’ c’est que/c’est la voiture qui….
4. L’impersonnalisation ’ (à distinguer des verbes impersonnels parce que dans le cas de
l’impersonnalisation il y a un thème plein)!:
Ex.!: Il est nécessaire de faire cet exercice = Faire cet exercice est nécessaire(structure 6).
5. La pronominalisation ’ Concerne la substitution!:
Ex.!: J’appelle Pierre - Je l’appelle
Je mange du chocolat - J’en mange beaucoup

Transformations sur deux phrases simples!:


1. La conjoncturation ’ consiste à relier deux phrases simples par l’intermédiaire d’une
conjonction de subordination de façon à obtenir une subordonnée conjonctive!:
Ex.!1 : Jean est malade!/je reste à la maison
Puisque Jean est malade je reste à la maison
Je reste à la maison parce que Jean est malade!
Ex. 2!: Pierre viendra/je le crois
Je crois que Pierre viendra
2. La relativation ’ consiste à relier deux phrases simples par l’intermédiaire d’un pronom relatif
simple ou complexe de façon à obtenir une subordonnée relative!:
Ex.!1 : Elle reconsidera une nouvelle fois l’objet/l’objet était devant elle
Elle reconsidera une nouvelle fois l’objet qui était devant elle
Ex. 2!: Voici l’homme/je t’ai parlé de cet homme avant-hier
Voici l’homme dont je t’ai parlé avant-hier
3. La coordination ’ On va relier une phrase simple à une autre grâce à une conjonction de
coordination!:
Ex.!1 : Paul est malade/Paul travaille
Paul est malade mais il travaille
Ex. 2!: Paul travaille/Pierre dort

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Paul travaille et Pierre dort


On a donc la règle!:
Phrase transformée = Phrase simple 1 + Phrase simple 2

ß Quizz :Vrai ou faux


ß Les modalités de communication nous permettent de dégager les transformations opérées sur
la phrase
ß On peut faire cinq transformations sur une phrase simple et trois sur deux phrases simples
ß L’emphase est une transformation qui est effectuée sur deux phrases simples
ß «!Marie mange du pain que pierre a acheté!»
ß La transformation effectuée sur cette phrase est une!:
o conjonctivation
o relativation
o coordination

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Cours 9 : Comment travailler sur une transformation!?

La négation
(voir document, leçon 9)
Sur la notion de transformation on comprend qu’il faut faire subir une modification à la phrase
simple!:
ß possibilité d’ajouter des mots
ß remplacer des mots ou des groupes de mots
ß relier des phrases

Nous envisageons à chaque fois les conséquences des transformations syntaxiques sur le plan
syntagmatique. Ainsi, partant de cette phrase affirmative!:

La négation produit!:
Il mange une pomme
Il ne mange pas de pomme
Dans le cas de la négation, on vérifie que dans la transformation d’une phrase affirmative à une phrase
négative on peut avoir cinq critères!:
1. La transformation - on ajoute ou on remplace des mots
négation totale – sur un verbe
négation partielle – sur un élément de la phrase
2. La distribution – la place des éléments négatifs
3. Le statut – des adverbes de négation, normalement constitués de deux éléments négatifs (ne pas, ne
plus, ne jamais, etc.)
4. Le sens de la négation! ne…. pas – nie l’action
5. Les registres de langues
pas (tout seul) – registre familier
ne (tout seul) – registre soutenu

Exemples!:
I. Je ne sais pas de quoi tu parles
ß Transformation! - la transformation se fait par adjonction des adverbes de négation
«!ne….pas!». Il s’agit d’une négation totale.
ß Distribution – Les deux éléments encadrent le verbe conjugué
ß Statut – tous les deux sont des adverbes de négation
ß Sens – Il servent à nier l’action de la phrase
ß Registre – oral, standard

II. N’écrivez rien sur votre feuille!!


ß Transformation – «!ne ….rien!», négation partielle
’ verbe + tout
’ verbe + quelque chose
«!ne!» adjonction!; «!rien!» substitution
ß Distribution – «!ne ….rien!» encadre le verbe
ß Statut – «!rien!» (pronom indéfini)!; «!ne!» (adverbe de négation)

- 29 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

ß Sens – «!rien!» signifie négatif de «!quelque chose!»


ß Registre - standard

III. On peut jamais lui parler tranquillement.


ß Transformation – négation totale
’ verbe + parfois
’ verbe + toujours
substitution
ß Distribution – Le deuxième élément négatif se place après l’auxiliaire
ß Statut – «!Jamais!» adverbe de temps
ß Sens – «!jamais!» on nie soit l’éventualité soit la totalité
ß Registre – familier

IV. Nous ne mangerons plus des crevettes le soir


ß Transformation – négation totale «!ne ….plus!» ’ verbe + encore
«!ne!» adjonction!; «!plus!» substitution
ß Distribution – Les deux éléments négatifs entourent le verbe.
ß Statut – Tous les deux sont des adverbes de négation
ß Sens – «!ne …..plus!» nie la continuation du procès (action du verbe).
ß Registre – standard

® Conclusion
Toutes les transformations ont été faites soit par adjonction soit par substitution. La négation totale est
une négation qui porte sur la phrase toute entière. Certaines négations portent seulement sur le verbe
(Je ne sais pas de quoi tu parles), d’autres sur le verbe + ladverbe (nous ne mangerons plus des
crevettes le soir) d’autres encore ne sont que partielles (N’écrivez rien sur vos feuilles).
En ce qui concerne la distribution, les deux éléments de la négation encadrent en général le verbe
conjugué ou alors le pronom + verbe (on ne l’a pas encore vue). Quant au statut, on en distingue
trois!: adverbes de négation (ne…pas)!; adverbes de temps (encore, jamais) et pronoms indéfinis (rien).
Pour ce qui est du sens on peut avoir plusieurs cas!:
ß «!ne…pas!» nie le procès
ß «!ne ….pas encore!» permet d’indiquer que la limite n’a pas encore été atteinte.
ß «!ne ….plus!» nie la continuation du procès.
ß «!ne …jamais!» permet d’indiquer soit l’éventualité du procès soit la totalité (permanence).
ß «!ne …rien!» indique le négatif de «!quelque chose!».

Finalement, le registre peut être oral, familier, standard ou soutenu, selon la situation de
communication.

ß Quizz!: Vrai ou faux


Pour marquer la transformation négative dans une phrase, il faut toujours que les éléments négatifs
entourent le verbe conjugué
ß La négation partielle est celle qui est marquée uniquement sur un élément de la phrase
ß La négation totale nie toute l’action de la phrase
ß Selon la situation de communication, le registre de langue peut être soutenu ou standard
ß Les éléments négatifs ne sont pas tous des adverbes de négation

- 30 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Cours 10 : Modalité de communication, structure de base et


transformations
Comment gérer ces trois aspects dans l’analyse des phrases!?
On peut les organiser en tableau. Ce cours se destine essentiellement à la pratique de l’analyse des
phrases. Nous donnerons ici plusieurs exemples d’analyse comme moyen de vous préparer à ce genre
d’exercice.

Les voleurs ont dérobé les bijoux qui lui avaient été donnés par sa grand-mère.
Modalité
Structures de base Transformations
de communication
Phrase déclarative Les voleurs ont dérobé les On a ici deux phrases simples reliées par
bijoux : un pronom relatif, QUI (se refère à bijoux)
– il s’agit donc d’une relativation.
GN + GV + GN (structure 2)
La deuxième phrase se présente au
Sa grand-mère lui avaient donné passif (avaient été donnés par…) –
ces bijoux : passivation.
GN + GV + GN + prép + GN La 2ème phrase comporte deux
(structure 4) compléments, un direct (ces bijoux) et
l’autre indirect, en forme de pronom
personnel complément (lui) – il y a eu une
substitution du groupe nominal « à
quelqu’un » par le phénomène que l’on
appelle pronominalisation.

Ne lui pose plus ce genre de questions !


Modalité
Structures de base Transformations
de communication
Phrase impérative Tu poses une question à Il s’agit d’une phrase simple .
quelqu’un.
1. Négation :
GN + GV + GN + prép. + GN
« ne ….plus », adjonction et
Structure 4 substitution (plus ’ négation de
« encore ».
2. Pronominalisation (lui) substitution du
complément d’objet indirect «à
quelqu’un »

- 31 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Est-ce que votre explication est jugée convaincante par l’opposition ?


Modalité
Structures de base Transformations
de communication
Phrase interrogative L’opposition a jugé votre Passivation :
explication
« est-ce que » « être jugé par » - complément d’agent
GN +GV +GN
« point Conjonctivation :
d’interrogation » Structure 2
« Que »
votre explication est convaincante
GN + ÊTRE + ADJECTIF
Structure 6

Ce n’est pas à toi que j’ai dit cela.


Modalité
Structures de base Transformations
de communication
Phrase déclarative J’ai dit cela à toi Négation partielle (portée sur l’objet
indirect – à toi).
GN + GV + GN + prép. + GN
L’enphase : « ce n’est pas ….que »,
Structure 4 l’utilisation de l’enphase pour nier
quelque chose.
Pronominalisation : « cela » substitution
de « quelque chose »

Ne répète jamais ce que tu viens de dire !


Modalité
Structures de base Transformations
de communication
Phrase impérative Répéter quelque chose. Négation partielle :
GN + GV + GN « ne …jamais »
Structure 2 Adjonction de « ne » et substitution de
« toujours » ou « encore une fois » par
Tu viens de dire quelque chose (à « jamais ».
quelqu’un)
Conjonctivation :
GN + GV + GN + prép. + GN
« ce que »
Structure 4
subordonnée complétive.

® Conclusion
Nous avons présenté plusieurs cas où les sept structures de base sont représentées. Il s’agit des
exemples d’analyse en trois parties dont vous pouvez vous inspirer pour votre travail. Cela ne veut pas
dire que l’analyse doit être toujours faite en trois parties modalités de communication, tranformations
et structures de base) , on peut faire des analyses uniquement sur les transformations ou sur les deux
autres acpects.

- 32 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

NIVEAU 1 : LE COURS
DEUXIEME SEMESTRE

Introduction
La deuxième phase de ce cours a pour objectif aborder la problématique de la faute (on aura l’occasion
plus loin de faire la différence entre faute et erreur) dans le processus d’enseignement/apprentissage
du FLE. On envisage de répérer les différents niveaux de difficultés linguistiques chez un apprenant de
français langue étrangère.
Dans une première phase on essayera de travailler avec des échantillons de phrases erronées qui nous
permettront d’avoir un aperçu des différentes difficultés trouvées chez un étudiant de FLE.
Ces difficultés seront analysées et classées pendant les cours, en ayant comme base les notions
théoriques déjà abordées au premier semestre (thème/prédicat!; hiérarchie des éléments!; relations
syntaxiques!; structures de base et transformations).
Dans une deuxième phase, il s’agit essentiellement de répérer, lors de votre stage pédagogique dans les
écoles secondaires, les difficultés d’ordre linguistique rencontrées chez les étudiants pendant vos
préstations. Ces difficultés seront également analysées sur les mêmes bases théoriques que la phase
précédente, mais cette fois-ci on essayera de proposer des procédures de remédiation qui vous
essayerez d’appliquer pendant le stage. Il ne s’agit pas de donner des recettes toutes faites aux
apprenants, mais de trouver des stratégies simples visant l’amélioration de
l’enseignement/apprentissage du FLE.

- 33 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Cours 11

® Observation 1!: Faute et erreur


La distinction entre faute et erreur s’approxime de celle établie par Chomsky entre performance et
compétence. La faute releverait de la compétence et l’erreur de la performance. Les fautes sont des
productions déviantes qui ne peuvent pas être corrigées par celui qui les commet, car ce sont des
productions déviantes représentatives de la grammaire intériorisée de l’apprenant, tandis que les erreurs
ne sont pas répétitives et susceptibles d’autocorrection.

La faute L’erreur
Répétitive non répétitive
susceptible
Non susceptible d’autocorrection
d’autocorrection
Transitoire ou permanente

Le point d’impact de la faute/erreur peut être!:


La langue!: comme système commun à tous les locuteurs appartenant à une même communauté!: entre
les français, entre les francophones existe la langue française, base d’intercompréhension.
Les systèmes!: qui caractérisent un groupe particulier (d’âge, de niveau culturel, régional, etc.) Parmi ces
systèmes il y aura des dialectes (détermination géographique), des sociolectes (détermination social), des
chronolectes (opposition entre classes d’âge). – Il faut remarquer que c’est habituellement le système de
l’adulte, d’un milieu social supérieur, français qui est pris comme référence dans les grammaires et dans
les méthodes d’enseignement.
Les normes!: concernent les conventions d’emploi en fonction des paramètres de la situation
d’interlocuteur (situations, mais aussi stratégies individuelles qui comtribuent à produire une image du
locuteur qui conviennent le mieux à l’effet qu’il cherche à produire). Au plan du groupe, les normes
définissent l’image que celui-ci veut donner de lui-même, se constituent en signes de reconnaissance.
Lorsque les nprmes sont atteintes, l’apprenant produit des énoncés qui peuvent être corrects
grammaticalement et lexicosémantiquement, mais qui ne sont pas acceptables dans les conditions de telle
ou telle interaction.
Les usages!: Les fautes portant sur les usages témoignent d’une méconnaissance des collocations
d’usage (par exemple!: «!il est haut!» pour «!il est grand!»).
La parole!: les fautes de parole relèvent des performances d’un sujet particulier. Sa capacité de
réalisation discursive est plus lente et plus aisée que son projet expressif. La parole est comprise comme
la réalisation des constructions linguistiques au niveau indivuduel affectant les niveaux du système, des
normes ou des usages.
De façon à faciliter l’utilisation des termes «!faute et erreur!» nous désignerons dans ce cours de
«!faute!» lorsqu’on fera référence à des productions déviantes de façon générale (sans tenir compte de la
différence évoquée ci-dessus), et «!erreur!» lorsqu’on voudra faire référence à des productions déviantes
de façon ponctuelle (des occurrences individuelles).

® Conclusion 1!:
Le point d’impact de la production déviante peut être la langue, le système de référence, la norme de
référence et l’usage pour un système et une norme donnés.

- 34 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

® Observation 2!: Erreur et didactique du français langue étrangère


A propos de l’erreur dans le processus de l’enseignement/apprentissage du FLE, E. ROULET affirme:
“Les erreurs constituent manisfestement un passage obligé de l’apprentissage de la langue maternelle et
finissent par se corriger d’elles mêmes. On peut faire l’hypothèse qu’il en est au moins partiellement de
même en langue seconde, ce qui conduit à penser:
ß qu’elles sont utiles, voire nécessaires à l’apprentissage de la langue seconde, et qu’il est vain,
peut-être même préjudiciable, de chercher à les prévenir à tout prix comme le recommende une
approche shinnérienne;
ß qu’elles sont moins graves et sans doute plus faciles à corriger ultérieurement qu’il ne paraît.

Ces hypothèses, si elles se vérifient, sont de la plus haute importance pour le renouvellement de la
méthodologie. En effet, toutes les propositions méthodologiques que nous développons dans ce rapport
sur la nécessité de communiquer librement dès les débuts de l’apprentissage, l’emploi de documents
authentiques, l’individualisation et l’autonomie de l’apprentissage, toutes activités génératrices d’erreurs
de la part de l’apprenant, ont été condamnées jusqu’ici dans la pédagogie de la langue seconde
précisément par une conception exclusivement négative du rôle de l’erreur dans l’apprentissage.!» - in
L’apport des sciences du langage à la diversification de méthodes d’enseignement des langues secondes
en fonction des caractéristiques des publics visés, ELA 21, jan-mars, 1976.
Ceci dit, les conditions mises à disposition pour l’apprentissage d’une langue étrangère, surtout en
milieu institutionnel doivent avoir comme cible l’apprenant et l’objet de osn apprentissage. Les
conditions relationnelles qui prévalent dans la classe de langue tendent à créer des comportements chez
l’apprenant qui poussent son activité vers la participation ou la non participation. S’il est possible de
valoriser l’apprenant par le travail scolaire, si on donne à la faute un statut positif, si on lui donne une
représentation positive du langage, de la langue qu’il apprend, etc, alors on peut dire qu’il lui sera
possible de s’engager dans une activité d’apprentissage.

Qu’est-ce que cela signifie donner un statut positif à la faute!?


Cela signifie avant tout que l’enseignant et l’ensemble de la classe doivent accueillir la faute et non
simplement l’accepter, ce qui permet de créer une base de réflexon et un essaye de compréhension.
Tout ceci va permettre également à l’apprenant de se DÉLCULPABILISER et à le RESPONSABILISER
face à la faute. Accuillir les fautes signifie les traiter, les combattre, les «!gérer!», non pas les tolérer.
L’absence de sanction au moment de la production d’erreurs dans les moments de mobilisation ou de
vérification ne veut pas dire un «!laisser-aller!» pédagogique.
L’attitude de l’apprenant ou de la classe est de chercher à identifier la faute, ensuite l’expliquer et enfin,
retrouver la règle et la reformuler, avant de procéder à la correction de la faute en question.

®Conclusion 2
L’intérêt pour les analyses de fautes est synonyme d’un changement profond de l’attitude de
l’enseignant!:
changement de place du professeur qui ne s’incrit plus dans un lieu de savoir-sanction dont il est le
détenteur, mais à celui d’un savoir-faire en construction!;
déplacement du centre d’intérêt de l’acte didactique, on ne se centre plus sur le savoir comme objet mais
sur l’apprenant et la compétence de communication!;
déplacement du lieu de production des énoncés par les apprenants, de l’univers de la non-faute à celui
de l’expression qui se construit par étapes successives.

Quizz!: Cochez la bonne réponse!:


Donner un statut positif à la faute signifie!:
ß tout simplement accepter la faute q
ß l’identifier et la corriger q
ß l’acceuillir pour déculpabiliser l’apprenant et le responsabiliser face à la faute q
ß correction de la faute par l’apprenant q

- 35 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Cours 12

® Observation : Classification des fautes


Une faute peut affecter le niveau de la communication orale ou écrite, en expression ou en
compréhension. Elle peut se situer au plan morphologique (non maîtrise des marques grammaticales)
ou syntaxiques (non maîtrise des distributions), au niveau du lexique (non maîtrise des contraintes
contextuelles s’exerçant sur le choix d’un lexème), ou au plan du discours (qu’il s’agisse de la
maîtrise de l’organisation du discours, des marqueurs organisationnels ou du matériel métadiscursifs).

Classification grammaticale
La classification grammaticale des fautes constitue uniquement la première approche qui est
certainement utile mais pas suffisante pour accéder à une compréhension des mécanismes mis en
cause. Il convient de passer d’une attitude descriptive à une attitude explicative et d’une approche
factorielle (qui ne prend en compte que les paramètres linguistiques, en excluant le sujet producteur) à
une approche actorielle, qui inscrit le sujet dans le dynamisme de sa performance.

Classification structurale
Les fautes affectent soit l’axe syntagmatique, soit l’axe paradigmatique, soit la cohérence des énoncés,
soit le rapport entre leur production et les attentes des interlocuteurs (conditions et contraintes de
l’interaction, normes et usages).
L’axe syntagmatique (qui appartient à un syntagme) est celui sur lequel se combinent les unités,
autrement dit, c’est l’axe de combinaison. Les éléments linguistiques sont représentés sur un axe
horizontal, orienté de gauche à droite alors que l’axe paradigmatique (qui appartient à un paradigme)
reflète les relations existant entre les éléments capables d’assurer une même fonction, c’est-à-dire, des
éléments qui peuvent se commuter entre eux sur un axe vertical. Les commutations correspondent aux
choix des locuteurs selon la situation de communication. Cet axe est aussi appelé axe de sélection.
En fait, l’axe syntagmatique est celui qui correspond à la combinaison des unités syntaxiques pour
former des phrases alors que l’axe paradigmatiques correspond à la classe des mots.
Par exemple, sur l’axe paradigmatique, nous pouvons avoir!plusieurs classes:

Prédéderminants Noms Verbes Adverbes Adjectifs


Ces Enfants Partir très fatigués
Les personnes Sortir tout de suite amusants
rapidement
Des amis arriver sympathiques
vite
Quelques étudiants Venir tard/tôt bruyants

A partir de ces classes, nous pouvons former plusieurs phrases, c’est-à-dire, nous pouvons combiner
plusieurs éléments sur un axe syntagmatique!:
Exemples!:
ß Les enfants fatigués sont partis très tôt.
ß Quelques étudiants bruyants sont venus très tard
ß Les personnes symphatiques sont vite parties

Revenons alors aux fautes. Les fautes syntagmatiques concernent les déformations touchant à!:

- 36 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

ß la non maîtrise de la distribution phonématique (inversion de phonèmes!: «vrérifiait!» pour


«!vérifiait!»!; «!aterrage!» pour «!aterrissage!»),
ß la non maîtrise des contraintes combinatoires (la distribution des termes est affectée!: «!il le lui
a donné!», «!je n’ai personne vu!»),
ß le désordre distributionnel ( ),
ß l’ajout d’un paradigme (*!«!Pierre a appelé à sa mère!» pour «!Pierre a appelé sa mère!»),
ß la suppression d’un paradigme («!Il téléphone Jean!» pour «!il téléphone à Jean!»)
ß non maîtrise des sélection sémantiques («!Pierre est vite!» pour «!Pierre est rapide!»)
ß non maîtrise des contraintes de solidarité («!Il veut…!» Æ il veut quelque chose)
ß les défaillances référentielles intraphrastiques - un élément de la phrase ou de la situation n’est
pas repris anaphoriquement par un élément grammatical!: «!Tu as donné ton adresse à
Marie!? – Oui je lui ai donné!». Si on vérifie la phrase interrogative, il y a bien deux
compléments, un direct (ton adresse) et un autre inderect (à Marie). Dans la réponse, il n’est
repris anaphoriquement que le complément indirect. La phrase correcte serait «!- Oui, je le lui
ai donné!»

Les fautes paradigmatiques s’incsrivent dans deux classes!: les fautes intraparadigmatiques et
interparadigmatiques.
Les fautes intraparadigmatiques concernent un choix erronée entre les éléments qui appartiennent à un
même paradigme (par exemple, dans le paradigme des verbes, l’usage d’un verbe qui ne convient pas
dans un contexte donné!: «!La voiture marche vite!» pour «!La voiture roule vite!»
Les fautes interparadigmatiques touchent souvent la question du choix erroné entre des éléments
appartenant à deux paradigmes proches (ex!: «!Jean veut de biscuits!» pour «Jean veut des biscuits!»,
le paradigme des prépositions et celuio des prédéterminants sont confondus.

Résumé!: Fautes et erreurs

distribution erronée
Distribution absence d’un paradigme

Fautes ajout d’un paradigme


syntagmatiques
non maîtrise des morphèmes
discontinus, des concordances, de
Cohérence
l’ordre hiérarchique par rapport à l’ordre
linéaire

intraparadigmatique
Fautes
paradigmatiques
interparadigmatique

Quizz!: Vrai ou faux


ß Les fautes syntagmatiques relèvent du choix erroné entre deux paradigmes proches
ß Les fautes syntagmatiques concernent la distribution des unités linguistiques combinées sur un
axe horizontal
ß Les fautes paradigmatiques concernent le choix erroné entre des éléments appartenant un
même syntagme.
ß Les fautes interparadigmatiques relèvent du choix erroné entre des éléments appartenant à deux
paradigmes proches.

- 37 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Cours 13 : Les mécanismes producteurs de fautes


Ce sont des mécanismes à partir desquels nous pouvons essayer d’expliquer certaines fautes qui
surgissent chez un apprenant de FLE. Il y aura certainement d’autres mécanismes mais nous
n’aborderons que quelques-uns en guise d’exemples.
ß les régularisations
ß les différenciations ou dissociations
ß l’uniformisation ou généralisation
ß le mode perceptuel
ß le recours à une logique personnelle
ß la rétroversion

Les régularisations
C’est le cas où l’apprenant essaye de former un énoncé en conformité avec un autre déjà connu!- ex!:
«!il ne voit pas personne!» sur le modèle «!Il ne voit pas les enfants!», ou alors «!IL lui pense!» (il
pense à lui) sur «!Il lui parle!».
Les régularisations peuvent être intralinguistiques lorsqu’elles font intervenir uniquement deux
structures de la langue cible et interlinguistiques quand elles traduisent un rapprochement de la LE
(langue étrangère) avec la LM (langue maternelle). Dans ce dernier cas il s’agit d’un phénomène de
calque lorsque les fautes sont le résultat d’une copie pure et simple d’une structure de la langue
maternelle. Par exemple, pour le cas de notre contexte lusophone – «!J’ai des fils!»/!«!Tenho filhos!»
au lieu de «!J’ai des enfants!».

Les différenciations ou dissociations


Ces fautes relèvent!:
ß de la non distribution régulière des marques grammaticales – «!Ils sont *venu!»
ß la non concordance interpropositionnelle – Je ne suis pas sûr qu’il *est parti!»
ß l’incapacité de relier une base à un affixe – «!Ils *veulaient!» pour «!ils voulaient!»
ß le non respect des homogénéités syntaxique, sémantique et communicationnelle

L’uniformisation ou généralisation
Ce mécanisme agit entre le système et la parole (usage et normes)
«!Le sujet s’agit de ..!»
Entrent dans cette classe la réduction de plusieurs signifiés à un seul signifiant (faire son devoir et faire
ses devoirs réduits à l’un ou l’autre énoncé). La réduction de plusieurs signifiants à un seul signifié (la
toilette et les toilettes employé comme synonymes), et l’extension de plusieurs signifiés à un signifiant
(valise pour toute espèce de sacs.)

Le mode perceptuel
Certains aspects de la langue maternelle étant différents de la langue étrangère, l’apprenant aura des
difficultés par exemple, à les percevoir ou à les distinguer. Prenons le cas d’un apprenant mozambicain
qui bien souvent, surtout en début d’apprentissage n’arrive pas à faire la distinction entre «!espérer!» et
«!attendre!» ou le cas contraire d’un apprenant français qui ne distingue pas entre «!amar!» et
«!querer!» et «!gostar!».

- 38 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Le recours à une logique personnelle


Face à la complexité de LE, l’apprenant construit une logique linguistique, inspirée de sa LM. Ex!:!
«!Je *la parle!» – parce qu’on se réfère à une femme!; «!Je sors dans la maison!» - parce que pour
pouvoir en sortir, il faut encore y être.

La rétroversion
Dans le cas où l’apprenant est bloqué par des difficultés matériels d’expression. Il tend à revenir sur
ce qu’il a énoncé, à le corriger, à le reformuler.

Résumé
Ces mécanismes mêlent presque toujours des niveaux strictement méthodologiques à des composants
pédagogiques. Ainsi, on peut avoir connaissance d’une règle mais ne pas avoir la capacité à la
mobiliser, ne pas être capable de repérer ses propres fautes sans l’aide d’un tiers. Tout ceci parce que:
ß les structures de la LM sont transposées en LE (interférences du premier degré ou calques) ou
alors sont travaillées par des processus de généralisation, simplification, spécification.
ß Les modes de conceptualisation linguistique sont différents en LM et en LE, avec recherche de
la part de l’apprenant d’une équivalence en LE.
ß Il y a une accentuation de ce qui est perçu comme spécifique en LE.
ß Le Savoir et le Savoir-faire sont remplacés par une logique personnelle relevant de stratégies
d’adaptation et de communication.

Quizz!: Vrai ou faux


ß Le mécanisme de régularisation peut se manifester par des fautes du type intralinguistique et
interlinguistiques
ß Les fautes interlinguistiques font intervenir deux structures de la langue cible
ß Ce que l’on appelle calques c’est une copie exacte d’une structure de la langue maternelle
ß Le mecanisme d’uniformisation agit entre le système et la langue
ß A cause de la complexité de la étrangère, l’apprenant construit un logique personnelle à partir
de sa langue maternnelle.

- 39 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Cours 14!: Analyse des fautes


La prise en compte de l'erreur constitue une étape vers la constitution d'une grammaire pédagogique
adaptée, c'est-à-dire une grammaire qui tienne compte des difficultés que rencontrent les apprenants
(alors que les grammaires adaptées sont le plus souvent, pour l'instant, soit une simplification d'un
modèle, en fonction de l'idée que se fait le grammairien de la capacité de compréhension du public, soit
des descriptions de domaines interférentiels).
L’analyse que nous nous proposons de faire à trait aux notions et contenus introduits au premie
semestre, autremenr dit, il s’agit d’analyser des occurrences fautives des étudiants étrangers en ayant
comme base les niveaux suivants!: les prédéterminants, les constituants de la phrase (groupe du nom et
groupe du verbe), la hiérarchie des éléments, les relations dans la phrase, les structures de base et
finalement les transformetions. Pour analyser ces éléments linguistiques il nous faudra nous situer sur
le plan morphologique, syntaxique et lexicale.
Une correction des fautes les plus fréquentes, pour un groupe donné et caractéristiques d’un niveau de
structuration de la langue étrangère, suppose que l’on essaie d’identifier après classement, les
mécanismes producteurs de ces énoncés déviants, mais aussi que l’on essaie d’analyser la démarche
de production de l’élève, c’est-à-dire!:
ß les informations qu’il a ignorées
ß les phrases par lesquelles il est hypothétiquement passé pour arriver à la production de la
phrase fautive.
ß La classe grammatical affectée (faute sur le genre, sur les pronoms, sur la négation)
ß Les types structuraux (faute syntagmetique, paradigmatique, de cohésion…)

Pour faciliter cette analyse de fautes nous allons essayer de travailler avec la grille d’analyse suivante!:
ß phrase déviante
ß identification grammaticale de la faute
ß proposition de phrase correcte
ß caractérisation linguistique
ß identification!:
o des repérages incorrectes
o des non repérages opérationnels
ß mécanismes explicatifs
ß propositions de remédiations

Exemple!1 :
Phrase déviante : * Le petit garçon lui a regardé contrarié
Identification grammaticale de la faute
Le problème se vérifie au niveau de la transformation pronominale.
Proposition de phrase correcte
Le petit garçon l’a regardé contrarié
Caractérisation linguistique
Le problème de la place du pronom complément ne se pose pas. Du point de vue linguistique, il s’agit
d’une faute syntagmatique dans la mesure où l’apprenant place un pronom personnel complément
d’objet ondirect au lieu d’un pronom complément direct.
Identification!: a. des repérages incorrectes
L’apprenant ne maîtrise pas la structure du verbe «!regarder!», qui est un verbe transitif direct. «!Etant
un verbe transitif direct il doit introduire un complément d’objet direct et non indirect.
b. des non repérages opérationnels

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Il est très important que l’apprenant sache que le mécanisme de tranformation pronominale exige une
bonne maîtrise des structures verbales. Il y a des verbes transitifs directs et indirects. Les directs
admettent un COD et les indirects un COI.
Mécanismes explicatifs
Cette phrase a été relevée d’une copie d’un étudiant mozambicain à l’Université Pédagogique,
Département de Français. Ce que nous avons pu constater est que le même problème vérifie également
en langue portugaise «!O menino *olhou-lhe contrariado!».
Propositions de remédiations
Il s’agit d’une difficulté qu’il faut résoudre en mettant en parallèle les deux langues, puisque les
structures du verbe «!regarder!» et «!olhar!» est!la même. On dit «!regarder quelque chose!» et «!olhar
alguma coisa!».

Exemple!2 :
Phrase déviante : * Je les aime regarder jouer
Identification grammaticale de la faute
Il s’agit d’une faute portant sur la distribution pronominale –COD.
Proposition de phrase correcte
J’aime les ragarder jouer
Caractérisation linguistique/structurale
Problème de distribution erronée d’un paradigme. Le problème de transformation pronominale ne se
pose pas. C’est une faute syntagmatique commise sur le modèle «!Je les aime!».
Identification : a. des repéres incorrectes
Dans cette phrase, l’apprenant a bien substitué le complément d’objet direct par le pronom
complément correspondant, cependant, il ne maîtrise pas la distribution du pronom selon les différnts
cas de figures.
b. des non repéres opérationnels
Il faut que!l’apprenant sache faire la distinction entre les deux structures verbales possibles avec le
verbe aimer «!Aimer quelque chose!» et «!Aimer + infinitif + quelque chose!».
Mécanismes explicatifs
C’est une faute de régularisation, l’apprenant construit un énoncé en conformité avec un autre déjà
connu.
Propositions de remédiations
On peut observer deux cas!:
Verbe AIMER conjugué à plusieurs temps!:
ß J’aime Pierre – Je l’aime
ß J’aime mes enfants – Je les aime
ß J’ai aimé Jean – Je l’ai aimé
ß J’avais aimé Jean – Je l’avais aimé

Aimer + infinitif
ß J’aime regarder les enfants – J’aime les regarder
ß Ou n’importe quel autre verbe!: VOULOIR + infinitif/POUVOIR + infinitif, etc.
ß Je veux appeler mes enfants – Je veux les appeler

Dans le premier cas de figure, le pronom complément se place avant le verbe conjugué, même pour le
passé composé ou plus-que-parfait. Dans le deuxième cas, la règle change, le pronom complément se
place entre le semi-auxiliaire et le verbe infinitif.

- 41 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Cours 15!: Fautes de structures verbales


Nous allons proposer ici l’analyse de trois phrases dévante qui présente des problèmes au niveau de la
structure verbale. Il s’agit de fautes commises par des apprenants mozambicains en année
propédeutique, à l’Université Pédagogique, département de français. Ce sont donc des apprenants qui
ont à priori le portugais comme langue seconde.

Première phase!:
Phrase déviante : * Ce genre de choses étonnent à ma mère
Identification grammaticale de la faute
Il s’agit d’une faute qui porte sur la structure verbale, plus précisément sur la relation de solidarité
entre le noyau verbal et son complément.
Proposition de phrase correcte
Ce genre de choses étonnent ma mère
Caractérisation linguistique/structurale
Le verbe étonner admet un complément d’objet direct. La structure de base est la suivante!: GN + GV
+ GN
Identification!: a.des repéres incorrectes
C’est une faute syntagmatique, l’apprenant commet la faute par l’ajout d’une préposition reliant le
noyau verbal à son complément.
b.des non repéres opérationnels
Il s’agit d’un verbe transitif direct.
Mécanismes explicatifs
C’est peut-être une faute commise soit par régularisation, à partir de «!plaire à quelqu’un!», soit par le
recours à une logique peronnelle, ou encore parce que l’apprenant commet la même faute en portugais.
Propositions de remédiations
On peut essayer de la remédier en rappelant la structure du verbe en comparaison avec d’autres
structures verbales semblables. Montrer qu’il y a des structures verbales avec et sans prépositions, ex!:
ß Plaire à quelqu’un
ß Enerver quelqu’un
ß Surprendre quelqu’un

Deuxième phase
Phrase déviante : * J’espérais Jean pour aller au cinéma
Identification grammaticale de la faute
Il s’agit d’une faute paradigmatique et aussi une faute de non maîtrise de sélection sémantique.
Proposition de phrase correcte
J’attendais Jean pour aller au cinéma.
Caratérisation linguistique/structurale
C’est une faute intraparadigmatique, l’apprenant ne distingue pas le contenu sémantique entre
«!espérer!» et «!attendre!».
Identification!: a.des repéres incorrects

- 42 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

En français «!espérer!» exprime plutôt un souhait, un désir, alors que!«!attendre!» signifie rester
quelque part jusqu’à ce que quelque chose ou quelqu’un arrive.
En portugais, le verbe «!esperar!» est utilisé dans les deux sens!: «!attendre!» et «!souhaiter!»!:
ß «!Espero (desejo) que tudo corra bem!» – «!J’espère que tout se passe bien!»
ß «!Espero por ti à 13 horas!» – «!Je t’attends à 13 heures!»

b. des non repéres opérationnels


Nous croyons que l’apprenant ne fait pas encore la distinction sémantique entre les deux verbes –
c’est une faute liée au mode perceptuel.
Mécanismes explicatifs
C’est une faute d’interférence avec la langue seconde.
Propositions de remédiations
Contextualiser les deux termes, avec des exemples concrets donnés par les l’apprenant et par toute la
classe.

III. Troisième phase


Phrase déviante : Ces choses donnent l’étudiant le désir à travailler plus.
Identification grammaticale de la faute
On observe deux fautes!: la première porte sur la structure du verbe «!donner!» et la deuxième sur la
préposition dans le groupe «!le désir à travailler!».
Proposition de phrase correcte
Ces choses donnent à l’étudiant le désir de travailler plus
Caractéristiques linguistiques/structurales
La structure du verbe donner admet deux compléments!: un complément direct et un autre indirect, ce
que nous donne la structure de base suivante!:
GN + GV + GN + préposition + GN
Identification : a.des repéres incorrectes
Dans la phrase déviante, les deux compléments sont présents de la manière suivante!:
GN (Ces choses) + GV (donnent) + (!?) + GN (l’étudiant) + GN (le désir (à) travailler plus)
Alors qu’on devrait avoir la structure!: GN + GV + prép. + GN + GN
Ici il y a donc un problème de contraintes de solidarité par l’absence d’un paradigme «!la préposition
à!» reliant le noyau verbal au complément indirect. Pour ce qui est de la deuxième faute, c’est une faute
paradigmatique, car l’étudiant n’a pas choisi la préposition correcte.
b. des non repéres opérationnels!:
l’étudiant n’a pas été capable de distinguer les deux compléments. Ainsi comme le verbe «!donner!», il
t en a d’autres avec la même structure!:
ß «!demander à quelqu’un de faire quelque chose!»
ß «!dire à quelqu’un de faire quelque chose!», etc.

Mécanismes explicatifs
Les fautes sont peut-être dues à la complexité même de la structure verbale, la non maîtrise de la
structure de base ou alors parce que dans le groupe nominal complément d’objet indirect (le désir * à
travailler plus), il y a la présence de la préposition «!à!» que l’apprenant a dû confondre avec celle qui
relie le noyau verbal à son complément indirect.
Propositions de remédiations

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Bien montrer qu’il n’y a pas de différence entre la structure


ß «!Donner quelque chose à quelqu’un!»
ß Donner quoi!? quelque chose
ß Donner à qui!? à quelqu’un
ß et «!Donner à quelqu’un le désir de faire quelque chose!»!:
ß Donner à qui!? à quelqu’un
ß Donner quoi!? Le désir de faire quelque chose

Proposer des exercices avec des verbes semblables, pour bien montrer la structure de base.

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Cours 16 : Fautes de subordination


Relier deux phrases simples, surtout quand il s’agit d’obtenir une relation de subordination, ce n’est
pas toujours une tâche facile pour un apprenant de FLE de niveau intermédiaire. Nous allons analyser
les difficultés par lesquelles passent les étudiants pour construire une relative ou une conjonctive.

Première phase
Phrase déviante : * Il se souvient du jour qu’il m’a rencontré
Identification grammaticale de la faute
C’est une faute portant sur la transformation relative à partir de deux phrases simples.
Proposition de phrase correcte
Il se souvient du jour où il m’a rencontré
Caractéristiques linguistique/structurale
Les deux phrases simples!:
ß Il se souvient du jour
ß Ce jour, il m’a rencontré

Si l’on observe, dans la première phrase le GN «!du jour!» a la fonction de COI (se souvenir de
quelque chose). Dans la deuxième phrase, «!ce jour!» a la fonction de complément circonstanciel de
temps.
Identification : a. des repéres incorrectes
L’apprenant emploi le pronom relatif «!que!» qui a la fonction syntaxique de COD pour relier les deux
phrases.
b. des non repéres opérationnels
L’apprenant ne fait pas attention à l’élément linguistique (pronom relatif) qui doit relier les deux
phrases. La liaison par un relatif doit faire l’objet d’une analyse des constituants des deux phrases, de
façon à pouvoir bien choisir le relatif correspondant.
Mécanismes explicatifs
«!Que!» étant un pronom relatif avec la fonction COD ne peut en aucun cas remplacer les groupes
compléments soulignés dans le point 4.!; le groupe complément qui doit servir à relier les deux phrases
simples est le C.C. de temps qui sera remplacé par lepronom relatif «!où!» avec la même fonction!: Il
se souvient du jour/ce jour (où) il m’a rencontré.
Propositions de remédiations
Pour faire face à ce genre de fautes on peut proposer plusieurs exercices avec des transformations
relatives, de façon à faire ressortir les fonctions de chaque pronom relatif.

Deuxième phase
Phrase déviante : * Mon ami m’a montré la voiture dont il voulait acheter
Identification grammatical de la faute
Il s’agit d’une faute portant sur la transformation relative visant la construction d’une subordonnée
relative.
Proposition de phrase correcte
Mon ami m’a montré la voiture qu’il voulait acheter

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Caractérisation linguistique/structurale
ß Mon ami m’a montré la voiture (COD)
ß Il voulait acheter la voiture (COD)

Identification : a. des repéres incorrects


«!dont!» n’a pas la fonction de COD
b. des non repéres opérationnels
«!dont!» peut être!:
ß complément du nom!: Jean a achèté une maison don’t le prix lui a semblé raisonable (le prix
de la voiture)
ß complément d’objet indirect!: c’est la fille dont je t’ai parlé (je t’ai parlé de la fille)
ß complément d’adjectif!: Mon frère m’a offert le disque dont il était fier (il est fier du disque)

Mécanismes explicatifs
L’apprenant a peut-être procédé par logique personnelle. Le fonctionnement du pronom «!dont!» étant
complexe, la tendance est de l’utiliser au hasard. Il faut dire aussi que ce pronom est très spécifique du
français, il n’existe pas en portugais.
Propositions de remédiations
Les mêmes que pour la phase précédente.

Troisième phase
Phrase déviante : * Il est persuadé qui elle est malade
Identification grammaticale de la faute
Il s’agit d’un problème de subordination. C’est une faute syntagmatique dans la mesure où
l’apprenant ne maîtrise pas la distribution des unités syntaxiques.
Proposition de phrase correcte
Il est convaincu qu’elle est malade
Caractéristiques linguistiques/structurales
Il est persuadé (le sens du verbe est incomplet)
Elle est malade (cette proposition devrait compléter le sens du verbe persuader)
Identification : a. des repéres incorrects
Il y a ici un problème au niveau de l’enchassement des deux proposition. L’apprenant emploi le
pronom relatif «!QUI!» qui a la fonction «!sujet!», alors que le verbe a besoin d’un complément
d’objet direct – «!Il est persuadé que quoi!?!»
b. des non repéres opérationnels
Lorsque la deuxième proposition complète le sens du verbe de la première, il a la fonction COD, c’est
une conjonctive complétive et non une relative.
Mécanismes explicatifs
Cette faute a peut-être été commise par le phénomène de régularisation intralinguistique ou même
interlinguistique (si l’apprenant se base sur le modèle de la LM) – «!Ele está convencido que ela está
doente!».
Propositions de remédiations
A un niveau plus avancé de l’apprentissage, il faudra un travail très pointu sur les subordonnée
relatives et conjonctives. Au niveau du lycée, il faut peut-être proposer des exercices où on montre très
clairement le fonctionnement de certaines subordonnées!:
EX!: Certaines subordonnées

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

1. Il pense/Pierre viendra
ß Il pense quoi!? (quelque chose) – COD
ß Pierre viendra (COD)
ß Il pense que Pierre viendra

2. La fille est là/la fille est mon ami


Dans les deux phrases le groupe nominal «!fille!» a la fonction sujet.
Pour obtenir une seule phrase il faudra substituer un groupe sujet par un pronom avec la même
fonction!: «!QUI!» a la fonction sujet!:
La fille qui est là est mon ami

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Conclusion générale
Les cours donnent une idée du type d’analyse que l’on peut faire sur les différentes fautes. Nous nous
sommes basés sur des fautes commises par des étudiants mozambicains, dans la mesure où les
professeurs que nous formons seront amenés à enseigner dans les établissements scolaires
mozambicains.
Nous vous proposons également un travail de ce genre. Vous pouvez faire un recueil de productions
fautives pendant votre stage de troisième année, pour les analyser en suivant les exemple donnés ci-
dessus. Vous avez des pistes du types de fautes dans les leçons 17, 18, 19 et 20.
ß Cours 17 – Fautes de négation
ß Cours 18 – Fautes de pronominalisation
ß Cours 19 – Fautes de déterminants (thème, prédicat, phrase)
ß Cours 20 – Fautes de structures verbale

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

NIVEAU 2 : LES DEFINITIONS

Avant-propos Cours 3

Énoncé : Actualisé (contextualisé):


De manière générale, souvent employé comme Est actualisée toute unité linguistique qui
synonyme de “phrase”, ou ensemble de phrases acquiert un sens particulier en discours grâce à
qui se suivent. son insertion dans un contexte (linguistique)
La grammaire générative oppose “phrase à et/ou une situation. Dictionnaire de Didactique
“énoncé” dans la mesure où elle considère que des Langues, R. Galisson / D. Coste, Hachette.
la phrase relève de la compétence et l’énoncé de Ex: Le pronom complément “le” – analysé de
la performance (l’énoncé porte les marques façon isolée est un mot qui appartient à la classe
d’une énonciation individuelle et unique). – pour des pronoms, qui est masculin singulier.
plus de détails, voir “Dictionnaire de Didactique
des Langues”, R. Galisson/D. Coste, édition Pour le contextualiser, il va falloir que l’on
Hachette. l’intégre dans un contexte donné:
Ex: Est-ce que tu connais Paul Lefèvre? Oui, je
Cours 1 le connais depuis longtemps

Cours 6
Prédéterminant!:
En grammaire française, terme parfois utilisé
pour désigner les déterminants grammaticaux du Commuter!:
substantif qui précèdent celui-ci dans le Se substituer: c’est le cas par exemple des
syntagme nominal, c’est-à-dire le, ce, mon, un, prédéterminants (articles, adjectifs démonstratifs,
du, nul, aucun, quel, chaque, tout, etc. possessifs, etc) qui peuvent se substituer, selon
On préfère adopter ce terme car dans la rubrique le contexte, pour accompagner un substantif :
qui traite de la hiérarchie des éléments (éléments ß Une maison
essentiels et accessoires), on utilise le terme ß La maison
“déterminant” pour désigner les “éléments ß Cette maison
accessoires” se référant au thème, au propos ou ß Ma maison
à la phrase.

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

NIVEAU 3 : LES DOCUMENTS

Enseignement, apprentissage et erreurs: situation du problème.


C. PERDUE, R. PORQUIER, Présentation du n°57 de la revue Langages, mars 1980 :
“Apprentissage et connaissance d’une langue étrangère”, Larousse.
“L’histoire récente de l’enseignement des langues fait apparaître deux phénomènes importants: d’une
part, une relative désilusion des enseignements succédant aux espoirs mis dans l’apport de la
recherche linguistique à la p’edagogie; d’autre part, un intérêt accru pour les besoins et les motivations
des apprenants, et surtout pour leur apprentissage.
Quant à l’enseignement, plus les espoirs étaient grands – comme ceux fondés sur l’analyse contrastive
et les pratiques pédagogiques qui en découlaient – plus cruelles ont été les déceptions. Ainsi, dès 1967,
CORDER pouvait écrire que «!nombre d’erreurs … familières (aux enseignants) n’étaient de toute
façon pas prévues par les linguistes.!» De surcroît, certaines des erreurs prédites par les tenants de
l’analyse contrastive ne se produisent jamais. (…)
Ces considérations ont amené, y compris chez les enseignants de langue, à envisager des langues
«!non-maternelles!» (du triple point de vue de l’acquisition – guidée ou non guidée – de la
connaissance et de l’utilisation) comme un domaine d’étude globalement autonome, plutôt que comme
un phénomène à examiner à travers le prisme de l’enseignement.
Ce domaine de recherche renvoie à la linguistique. D’une part, des problèmes similaires à ceux que
l’on rencontre en linguistique descriptive se posent pour la description de la langue de l’apprenant
envisagée comme objet!; Par ailleurs, dans la mesure où la langue de l’apprenant présente des
similarités par rapport à une ou des langue(s) donnée(s), les descriptions existantes s’avèrent
utilisables. D’autre part, l’utilisation d’une langue donnée par des locuteurs dont ce n’est pas la
langue maternelle renvoie à priori à la sociolinguistique. Enfin, du point de vue de la
psycholinguistique développementale, des enseignements sont à tirer d’une comparaison entre
l’acquisition d’une langue étrangère et d’une langue maternelle.!»

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Erreur et didactique des langues non maternelles


E. ROULET, L’apport des sciences du langage à la diversification des méthodes d’enseignement des
langues seconds en fonction des caractéristiques des publics visés, ELA 21, jan-mars 1976, p. 65-66.
«!Les erreurs constituent manifestement un passage obligé de l’apprentissage de la langue maternelle
et finissent par se corriger d’elles-mêmes!; on peut faire l’hypothèse qu’il en est au moins
partiellement de même en langue seconde, ce qui conduit à penser!:
1° qu’elles sont utiles, voire nécessaires à l’apprentissage de la langue seconde, et qu’il est vain, peut-
être même préjudiciable, de chercher à les prévenir à tout prix comme le recommende une approche
skinnérienne;
2° qu’elles sont moins graves et sans doute plus faciles à corriger ultérieurement qu’il n’y paraît.
Ces hypothèses, si elles se vérifient, sont de la plus haute importance pour le renouvellement de la
méthodologie. En effet, toutes les propositions méthodologiques que nous développons dans ce
rapport sur la nécessité de communiquer librement dès le début de l’apprentissage, l’emploi des
documents authentiques, l’individualisation et l’autonomie de l’apprentissage, toutes activités
génératrices d’erreurs de la part de l’apprenant, ont été condamnées jusqu’ici dans la pédagogie de la
langue seconde précisemant par une conception exclisivement négative du rôle de l’erreur dans
l’apprentissage.
Quant à la troisième source traditionnellement reconnue d’erreurs, une présentation et une progression
insuffisamment graduée du matériel pédagogique, les recherches récentes en analyse des erreurs ont
révélé des faits qui remettent en question certaines idées reçues. Elles ont confirmé tout d’abord
qu’une certaine proportion des erreurs commises n’étaient due ni à des interférences interlinguistiques
ni à des généralisations intralinguistiques, mais bien au matériel pédagogique. En revanche, elles ont
montré que ces erreurs n’étaient pas le fait d’une progression mal étudiée, mais de la conception même
des exercices, et en particulier des exercices structuraux. On sait que le caractère mécanique de ces
exercices et la pauvreté des données linguistiques qu’il fournissent à l’apprenant renforcent la
tendance naturelle des élèves de nombreuses généralisations erronées (overgeneralization) et les
conduisent à des hypothèses fausses sur les structures de la langue seconde. Ces résultats viennent
confirmer les observations faites sur le danger de sélectionner trop strictement les données
linguistiques fournies à l’apprenant et d’utiliser intensivement certains types d’execices.!»

- 51 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

NIVEAU 4 : LES EXERCICES


ß Mes enfants ne sont pas allés à l’école
Cours 1 aujourd’hui/Les enseignants sont en
grève
ß Nous avons étudié un poème/Le poème
Exercice N°1 était long
ß Je suis retourné à l’école/J’ai fait mes
Mettez au féminin les adjectifs suivants et études dans cette école
examinez-les du point du vue du code oral et du
code écrit. Cours 2
ß Travailleur
ß Gros
ß long Exercice N°1
ß bas Déterminez dans chaque phrase le thème et le
ß brun prédicat.
ß directeur
ß paysan ß Marie viendra.
ß épais ß Cette chemise coûte 100 F.
ß vif ß Les impôts ont augmenté.
ß aventureux ß Ces jeunes femmes entrent chez le
ß forain disquaire.
ß petit ß Ma fille fait des études.
ß gentil ß Xavier donne des bonbons à son frère.
ß interdit ß Tes amis paraissent mécontents.
ß tranquille ß Béatrice se promenait.
Exercice N°2 Exercice N°2
Mettez au pluriel les noms suivants et dites si le Idem
pluriel est audible/non-audible, marqué/non- ß Jean-Pierre a privé son fils de vacances
marqué. de neige.
ß cheval ß Elle a eu envie de changer de coiffure.
ß souris ß Faire du sport est conseillé pour
ß voix entretenir la forme.
ß récital ß Il a plu pendant trois jours.
ß journal ß Ma famille habite dans le quartier de la
ß chou gare.
ß bijou ß Nous sortirons, même s’il fait mauvais
ß bal
ß général Cours 3
ß chatte
ß procès-verbal
ß porte-manteau Exercice N°1
ß canal
ß cache-nez Faites un schéma pour faire apparaître les
ß oeuf éléments essentiels et accessoires des phrases
suivantes:
Exercice N°3 ß Ils vivaient dans un appartement
Reliez les propositions suivantes à l’aide de minuscule, au plafond bas, qui donnait
subordonnants ou de substituts relatifs. Classez sur le jardin. (G. Pérec)
les différentes subordonnées. ß Son père avait fait attendre la voiture sur
la route de Budos pour ne pas attirer
ß Je pense venir /Je viendrai l’attention. (d’après F. Mauriac)
ß Pierre regarde les enfants/Les enfants ß A mon avis, ce que ce voisin nous a dit
jouent au ballon l’autre soir à la réunion est juste.

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

ß Elle m’a dit des choses désagréables, qui ß Les frères de Lucie sont allés avant-hier
étaient injustes et auxquelles j’ai répondu en Italie.
calmement. ß Sa soeur est grande et maigre.
ß Au moment où nous abordions la ß Je fais construire une belle et grande
question principale, le téléphone a sonné. villa.
ß J’ai rencontré une dame qui habite en ß M. Durand aime les jeux, la boisson, les
Afrique avec ma soeur femmes.
ß Là où vous allez, vous allez trouver des ß Tous ses amis l’apprécient car il est
gens fort symphatiques toujours de bonne humeur.
ß Sur le chemin, des passants s’arrêtent, se
Cours 4 et 5 retournent, s’écartent.
Exercice N° 2
Exercice N° 1 Etudiez les relations syntaxiques dans les
Vous présenterez sous forme de syntèse les phrases ci-dessous après avoir fait un schéma.
déterminants contenus dans les phrases ci- Thérèse se trouvait entre les deux hommes
dessous : déterminants du thème, du propos, de qu’elle dominait du front et qui de nouveau
la phrase. discutaient comme si elle n’avait pas été
ß La dame poussa un cri d’impuissance en présente. (F. Mauriac)
frappant le clavier de son crayon (M. En 1918, il s’était pris de symphatie pour Hong
Duras) qu’il avait distingué parmi les jeunes chinois qui
ß Elle reconsidera une nouvelle fois l’objet venaient l’écouter. (A. Malraux)
qui était devant elle.
ß Le bruit de la mer entra par la fenêtre Le nègre avait redit le propos à sa maîtresse, qui,
ouverte. (M. Duras) ne pouvant l’emmener, s’en débarrassait de cette
ß Ils montrèrent leurs papiers à un garde façon”. (G. Flaubert)
qui les examina assez longuement. (A.
Camus) Cours 7 et 8
ß Les eaux froides lui parurent tièdes
quand il remonta. (A. Camus)
ß L’auto s’arrêtait près des grilles du port. Exercice N° 1
(A. Camus)
ß Heuresement les jours avaient bien Présentez les structures de base pour chaque
diminué. (F. Mauriac) phrase.
ß Une négresse, coiffée d’un foulard, se ß Y a-t-il des mots que vous reconnaissez ?
présenta, en tenant par la main une petite ß Il a accepté de venir à la soirée que j’ai
fille déjà grande. (G. Flaubert) organisée.
ß L’employé de banque a été braqué par
Exercice N° 2 deux hommes qui lui ont volé sa
Analysez les déterminants du propos et de la sacoche.
phrase. ß Il prétend que les règles ont été
respectées.
ß Vous allez en France le 14 juillet. ß Ne lui demande plus rien.
ß Les ouvriers de Renault ont fait grève ß Il est impossible de croire cette histoire
pour obtenir un salaire plus élevé. ß Demande-lui ce qu’il veut.
ß Pierre est rentré chez lui en stop. ß Je suppose que tu as eu une journée
ß Les enfants jouent bruyamment. difficile.
ß Cette chemise coûte très cher.
ß Jean a eu facilement tous ses examens et Exercice N° 2
il est maintenant directeur d’une maison
de publicité. Présentez pour chaque phrase les modalités de
communication et les transformations.
Cours 6 ß N’avez-vous pris vos papiers d’identité?
ß Ne lui racontez pas de bêtises.
ß Il est difficile de travailler.
Exercice N° 1 ß Ce sont eux qui sont venus.
Signalez les relations dans la phrase (solidarité, ß Il n’a pas lu le livre que je lui ai offert.
sélection, combinaison).

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

ß Nous sommes rentrés au moment où le ß Ils n’ont pas voulu attendre, pourtant
soleil se couchait. aucun n’était pressé.
ß On leur avait dit qu’ils avaient obtenu la ß Ne t’en fais pas! Cela n’en vaut pas la
permission de sortir. peine.
ß Je ne peux pas vous prêter le livre dont ß Ce n’est pas lui qui fera un effort
vous avez besoin. supplémentaire.
ß Excuse-moi, mais je n’ai pas encore
Cours 9 terminé ce travail.
ß Nous ne lui avons rien dit.
ß Personne ne m’a mis au courant de la
Exercice N°1 nouvelle.
ß Ce n’est pas à elle que j’ai demandé la
A partir des phrases ci-dessous, vous analyserez carte.
la transformation négative (totale ou partielle), la ß André n’est pas venu à la fête du village.
distribution, le statut et le sens des éléments
négatifs.

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

NIVEAU 5 : LES CORRIGES


Bijoux (non-audible et marqué)
Cours 1 Canaux (audible et marqué)
Bals (non-audible et marqué)
Exercice N° 1
Procès-verbaux (audible et marqué)
Mettez au féminin les adjectifs suivants et
examinez le problème du point du vue du code Cache-nez (non-audible/non-marqué, mot
oral et du code écrit. invariable)
Travailleuse (changement de son à l’oral et Voix (non-audible/non-marqué, mot invariable)
porte la marque du féminin à l’écrit “euse”) Souris (non-audible/non-marqué, mot
Basse (changement de son à l’oral et porte la invariable)
marque du féminin à l’écrit “se”) Journaux (audible et marqué)
Paysane (changement de son à l’oral et porte la Choux (non-audible et marqué)
marque du féminin à l’écrit “e”)
Généraux (audible et marqué)
Aventureuse (changement de son à l’oral et
porte la marque du féminin à l’écrit“euse”) Chattes (non-audible et marqué)
Gentille (Pas de changement de son à l’oral Porte-manteaux (non-audible et marqué)
mais porte la marque du féminin à l’écrit “lle”) Oeufs (audible et marqué)
Grosse (changement de son à l’oral et porte la
marque du féminin à l’écrit “se”) Exercice 3
Brune (changement de son à l’oral et porte la Reliez les propositions suivantes à l’aide des
marque du féminin à l’écrit “e”) subordonnants ou des substituts relatifs. Classez
les différentes subordonnées.
Épaisse (changement de son à l’oral et porte la
marque du féminin à l’écrit “se”) Je pense que je viendrai.
Foraine (changement de son à l’oral et porte la Pierre regarde les enfants qui jouent au ballon.
marque du féminin à l’écrit “e”) Mes enfants ne sont pas allés à l’école
Interdite (changement de son à l’oral et porte la aujourd’hui parce que les enseignants sont en
marque du féminin à l’écrit “e”) grève.
Longue (changement de son à l’oral et porte la Puisque les enseignants sont en grève mes
marque du féminin à l’écrit “ue”) enfants ne sont pas allés à l’école aujourd’hui
Directrice (changement de son à l’oral et porte Nous avons étudié un poème qui était long.
la marque du féminin à l’écrit “trice”) Je suis retourné à l’école où j’ai fait mes études.
Vive (changement de son à l’oral et porte la
marque du féminin à l’écrit “ve”) Cours 3
Petite (changement de son à l’oral et porte la
marque du féminin à l’écrit “e”)
Tranquille (pas de changement de son ni Exercice N° 1
marque du féminin, c’est un mot invariable) Déterminez dans chaque phrase le thème et le
prédicat.
Exercice N° 2 ß Marie viendra – Marie (thème) / viendra
Mettez au pluriel les noms suivants et dîtes si le (prédicat)
pluriel est audible/non-audible, marqué/non- ß Cette chemise coûte 100 F – Cette
marqué. chemise(thème) / coûte 100 F (prédicat)
ß Les impôts ont augmenté – Les impôts
Chevaux (audible et marqué) (thème) / ont augmenté (prédicat)
Récitals (non-audible et marqué)

- 55 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

ß Ces jeunes femmes entrent chez le ß Jean-Pierre a privé son fils de vacances
disquaire – Ces jeunes femmes (thème) / de neige. – Jean-Pierre (thème) / a privé
entrent chez le disquaire (prédicat) son fils de vacances de neige (thème)
ß Ma fille fait des études – Ma fille Elle a eu envie de changer de coiffure. –
(thème) / fait des études (prédicat) Elle (thème) / a eu envie de changer de
ß Xavier donne des bonbons à son frère – coiffure (prédicat)
Xavier (thème) / donne des bonbons à ß Faire du sport est conseillé pour
son frère (prédicat) entretenir la forme. - Faire du (thème) /
ß Tes amis paraissent mécontents – Tes est conseillé pour entretenir la forme
amis (thème) / paraissent mécontents (prédicat)
(prédicat) ß Il a plu pendant trois jours. – Il (thème) /
ß Béatrice se promenait – Béatrice (thème) a plu (prédicat)
/ se promenait (prédicat) ß Ma famille habite dans le quartier de la
gare. - Ma famille (thème) / habite dans
Exercice N°2 le quartier de la gare (prédicat)
Idem ß Nous sortirons, même s’il fait mauvais. –
Nous (thème) / sortirons (prédicat)

Cours 3

Exercice N° 1
Faites un schéma pour faire apparaître :
ß les éléments essentiels (composants), les EE
ß les éléments accessoires : déterminants de thème et de prédicat – fixes, les EA
des phrases suivantes. DP : Déterminant de Phrase
Ils vivaient dans un appartement minuscule, au plafond bas, qui donnait sur le
jardin. (G. Pérec)
Thème Prédicat
EE Ils Vivaient dans un appartement
Ø
minuscule
Ø
EA
au plafond bas
Ø
qui donnait sur le jardin

Son père avait fait attendre la voiture sur la route de Budos pour ne pas attirer
l’attention. (d’après F. Mauriac)
Thème Prédicat
EE Son père avait fait attendre la voiture
EA
DP sur la route de Budos (mobile)
pour ne pas attiter l’attention. (mobile)

A mon avis, ce que ce voisin nous a dit l’autre soir à la réunion est juste.

- 56 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Thème Prédicat
EE Ce que ce voisin nous a dit est juste
l’autre soir
EA
à la réunion
DP À mon avis (mobile)
Remarque : “ce que” joue comme un prédéterminant devant le nom.

Elle m’a dit des choses désagréables, qui était injustes, et auxquelles j’ai répondu
calmement.
Thème Prédicat
EE Elle m’a dit des choses
désagréables
EA qui étaient injustes
et auxquelles j’ai répondu calmement
DP

Au moment où nous abordions la question principale, le téléphone a sonné.


Thème Prédicat
EE Le téléphone a sonné
EA
DP Au moment où nous abordions la question (mobile)

J’ai rencontré une dame chinoise qui habite en Afrique avec ma soeur.
Thème Prédicat
EE J’ ai rencontré une dame

- chinoise
EA - qui habite en Afrique
-avec ma soeur

DP

Là où vous allez, vous allez trouver des gens fort symphatiques.


Thème Prédicat
EE Vous Allez trouver des gens
EA - fort symphatiques
DP Lá où vous allez

- 57 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Une négresse, coiffée d’un foulard, se


Cours 4 et 5 présenta, en tenant par la main une petite fille
déjà grande. (G. Flaubert)
ß Thème : Une négresse
Exercice N° 1 ß Déterminant de thème : coiffée d’un
Vous présenterez sous forme de syntèse les foulard
déterminants contenus dans les phrases ci- ß Prédicat : se présenta
dessous : déterminants du thème, du propos, de ß Déterminant de phrase : en tenant par la
la phrase. main une petite fille déjà grande.
La dame poussa un cri d’impuissance en Exercice N° 2
frappant le clavier de son crayon (M. Duras)
Analisez les déterminants du prédicat et de la
ß Thème : La dame phrase.
ß Prédicat : poussa un cri
ß Déterminant de prédicat : d’impuissance Vous allez en France le 14 juillet.
ß Déterminant de phrase : en frappant le Déterminant de prédicat: pas de déterminant
clavier de son crayon.
Elle reconsidera une nouvelle fois l’objet qui Déterminant de phrase : le 14 juillet
était devant elle. Les ouvriers de Renault ont fait grève pour
ß Thème : Elle obtenir un salaire plus élevé.
ß Prédicat : reconsidera l’objet Déterminant de prédicat: pas de déterminant
ß Déterminant de prédicat :
o une nouvelle fois Déterminant de phrase : pour obtenir un salaire
o qui était devant elle plus élevé.
Le bruit de la mer entra par la fenêtre ouverte. Pierre est rentré chez lui en stop.
(M. Duras)
Déterminant de prédicat : chez lui
ß Thème : Le bruit
ß Déterminant de thème : de la mer Déterminant de phrase : en stop.
ß Prédicat : entra Les enfants jouent bruyamment.
ß Déterminant de prédicat : par la fenêtre
ouverte Déterminant de prédicat : bruyamment.
Ils montrèrent leurs papiers à un garde qui les Déterminant de phrase : pas de déterminant
examina assez longuement. (A. Camus)
Cette chemise coûte très cher.
ß Thème : Ils
ß Prédicat : montrèrent leurs papiers à un Déterminant de prédicat : pas de déterminant
garde Déterminant de phrase : pas de déterminant
ß Déterminant de prédicat : qui les examina
assez longuement. Jean a eu facilement tous ses examens et il est
Les eaux froides lui parurent tièdes quand il maintenant directeur d’une maison de
remonta. (A. Camus) publicité.
ß Thème : Les eaux Déterminant de prédicat : très
ß Déterminant de thème : froides Déterminant de phrase : pas de déterminant
ß Prédicat : lui parurent tièdes
ß Déterminant de phrase : quand il
remonta. Cours 6
L’auto s’arrêtait près des grilles du port. (A.
Camus)
Exercice N° 1
ß Thème : L’auto
ß Prédicat : s’arrêtait Signalez les relations dans la phrase (solidarité,
ß Déterminant de phrase : près des grilles sélection, combinaison).
du port. Les frères de Lucie sont allés avant-hier en
Heureusement les jours avaient bien diminué. Italie.
(F. Mauriac)
Relation de solidarité : entre “les frères” et
ß Thème : Les jours “sont allés en Italie” (solidarité principale) /
ß Prédicat : avaient diminué entre “sont allés” et “en Italie” (solidarité
ß Déterminant de prédicat : bien

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

secondaire) / et aussi entre “les” et “frères” Relation de solidarité : “M. Durand” et “aime
(S.sec .) les jeux, la boisson, les femmes” (S.P.)
Relation de sélection : entre “les frères” et “de Relation de sélection : pas de relation de
Lucie”(déterminant de thème) / entre toute la sélection
phrase “les frères de Lucie sont allés en Italie” Relation de combinaison : “les jeux”, “la
et “avant-hier” (déterminant de phrase) boisson”, “les femmes”
Relation de combinaison : pas de relation de Tous ses amis l’apprécient car il est toujours
combinaison de bonne humeur.
Sa soeur est grande et maigre. Relation de solidarité : “ses amis” et
Relation de solidarité : “sa soeur” et “est “l’apprécient” (S.P.) / “ses” et “amis” /
grande et maigre” (S. P.) / “sa” et “soeur” “l’” et “apprécient”
Relation de sélection : pas de relation de Relation de sélection : “Tous” et ses amis” /
sélection “appécient” et “car il est toujours de bonne
humeur”
Relation de combinaison : entre “grande” “et
maigre” Relation de combinaison : pas de relation de
combinaison
Je fais construire une belle et grande villa.
Sur le chemin, des passants s’arrêtent, se
Relation de solidarité : “je fais” et “construire retournent, s’écartent.
une belle et grande villa” (S. P.) / “je” et
“fais”, “une” et “villa” (S. sec.) / Relation de solidarité : “des passants” et
“construire” et “une villa” (S. sec.) “s’arrêtent, se retournent, s’écartent” / “des” et
“passants”
Relation de sélection : “une villa” et “belle et
grande” Relation de sélection :
Relation de combinaison : “belle” “et grande” Relation de combinaison : entre “s’arrêtent”,
“se retournent” et “s’écartent”
M. Durand aime les jeux, la boisson, les
femmes.

Exercice N° 2
Etudiez les relations syntaxiques dans les phrases ci-dessous après avoir fait un schéma.
Thérèse se trouvait entre les deux hommes qu’elle dominait du front et qui de
nouveau discutaient comme si elle n’avait pas été présente. (F. Mauriac)
Thème Prédicat
EE Thérèse ¨Æ Se trouvait¨Æ entre les hommes
(composants) (solidarité principale) (solidarité secondaire)
EA Ø (sélection)
(déterminants) - deux
Ø (sélection)
- qu’elle¨Æ dominait du front
Ø (sélection)
- et qui ¨Æde nouveau discutaient
Ø (sélection)
- comme si elle¨Æ n’avait pas été
présente

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

En 1918, il s’était pris de symphatie pour Hong qu’il avait distingué parmi les
jeunes chinois qui venaient l’écouter. (A. Malraux)
Thème Prédicat
EE Il ¨Æ S’était pris¨Æ de symphatie
(composants) (solidarité principale) pour Hong (solidarité sec.)

Ø (sélection)
EA
- qu’il ¨Æavait distingué parmi
(déterminants)
les jeunes (S.sec.)
Ø (sélection)
- qui ¨Ævenaient l’écouter
Déterminants de Æ (sélection) En 1918
phrase

Le nègre avait redit le propos à sa maîtresse, qui, ne pouvant l’emmener, s’en


débarrassait de cette façon”. (G. Flaubert)
Thème Prédicat
Le nègre ¨Æ
E.E. (composants) avait redit ¨Æle propos ¨Æà sa maîtresse
(solidarité principale)
Ø (sélection)
E.A. (déterminants)
- qui ¨Æs’en débarrassait de cette façon
Ø (sélection)
- ne pouvant ¨Æl’¨Æemmener

Ils lui ont volé sa sacoche GN + GV + GN +


Cours 7 et 8 prép. + GN – structure 4
Il prétend que les règles ont été respectées.
Exercice N° 1 Il prétend quelque chose GN + GV + GN
Présentez les structures de base pour chaque Quelqu’un n’a pas respecté les règles GN +
phrase. GV + GN
Y a-t-il des mots que vous reconnaissez? Ne lui demande plus rien.
- Vous reconnaissez des mots? GN + GV + Tu demandes quelque chose à quelqu’un GN +
GN - structure 2 GV + GN + prép. + GN
Il a accepté de venir à la soirée que j’ai Il est impossible de croire cette histoire
organisée. Croire cette histoire est impossible GN +ÊTRE
Il a accepté de venir à la soirée (= il a accepté + ADVERBE structure 6
l’invitation) GN + GV + GN Demande-lui ce qu’il veut.
J’ai organisé une soirée GN +GV + GN Tu demande quelque chose à quelqu’un GN +
L’employé de banque a été braqué par deux GV + GN + prép. + GN
hommes qui lui ont volé sa sacoche. Je suppose que tu as eu une journée difficile.
Deux hommes ont braqué l’employé de banque Je suppose quelque chose GN + GV + GN
GN +GV +GN
Tu as eu une journée difficile GN + GV + GN

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Exercice N° 2 Cours 9
Présentez pour chaque phrase les modalités de
communication et les transformations.
N’avez-vous pas pris vos papiers d’identité? Exercice N° 1
Modalité de communication : interrogative A partir des phrases ci-dessous, vous analyserez
la transformation négative (totale ou partielle), la
Transformations : 1. Négation – ne …pas; point distribution, le statut et le sens des éléments
d’interrogation (?). négatifs.
Ne lui racontez pas de bêtises. Ils n’ont pas voulu attendre, pourtant aucun
Modalité de communication : impérative n’était pressé.
Transformations : 1. Pronominalisation – lui; 2. Transformation : la transformation se fait par
Négation: ne …. pas adjonction des éléments “ne …pas” pour la
première phrase et substitution “aucun ne”
Il est difficile de travailler. négatif de “tous”, “quelques-uns”, dans la
Modalité de communication : déclarative deuxième phrase. Il s’agit d’une négation totale
pour la première et partielle pour la deuxième.
Transformations : impersonnalisation (travailler
est difficile) Distribution : Les éléments négatifs dans la 1ère
phrase entourent le verbe auxiliaire et dans la
Ce sont eux qui sont venus. 2ème ils se placent tous les deux avant le verbe.
Modalité de communication : déclarative Statut : adverbes de négation “ne…pas” et
Transformations : 1. Emphase “c’est lui que” = “aucun”
ce sont eux que, / 2. relativation “qui”(sujet) Sens : “ne …pas” nie l’action”; “ne aucun”
Il n’a pas lu le livre que je lui ai offert. indique le négatif de “tous” ou “quelques-
uns”.
Modalité de communication : déclarative
Registre : standard.
Transformations : 1. Négation – “ne ….pas”, /
2. relativation “que” (COD) / 3. Ne t’en fais pas!
pronominalisation – “lui” Transformation : négation totale “ne…pas”
Nous sommes rentrés au moment où le soleil Distribution : Les éléments négatifs entourent le
se couchait. verbe et les deux pronoms compléments “t’en”.
Modalité de communication : déclarative Statut : adverbes de négation
Transformations : conjonctivation “au moment Sens : nie le procès
où” – conjonction de subordination temporelle.
Registre : standard
On leur avait dit qu’ils avaient obtenu la
permission de sortir. Ce n’est pas lui qui fera un effort
suplémentaire.
Modalité de communication : déclarative
Transformation : La négation partielle incide sur
Transformations : 1. Pronominalisation “leur” / l’enphase “ce n’est pas lui”
2. Conjonctivation “que” (introduit une
complétive) Distribution : Les éléments négatifs entourent le
verbe “être”.
Je ne peux pas vous prêter le livre dont vous
avez besoin. Statut : adverbes de négation.
Modalité de communication : déclarative Sens : l’utilisation de l’enphase sert à nier
quelque chose
Transformations : 1. Négation : “ne ….pas” /
2. Pronominalisation “vous prêter” / 3. Registre : standard/familier
Relativation “dont”. Excuse-moi, mais je n’ai pas encore terminé ce
travail.
Transformation : la négation partielle porte sur le
verbe + déjà; adjonction par “ne …pas” et
substitution “encore”.

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Distribution : Les éléments négatifs entourent le Transformation : négation partielle “personne


verbe auxiliaire; adjonction “ne …pas” et …ne” négatif de “quelqu’un” ou “tout le
substitution “encore”. monde”. Adjonction “ne” et substitution
“personne”.
Statut : adverbes de négation et adverbe de temps
(encore). Distribution : Les éléments négatifs se placent
tous les deux avant le verbe et en début de
Sens : l’utilisation de “déjà” montre que la phrase.
limite est dépassée, “encore” montre que la
limite n’est pas encore atteinte. Statut : adverbes de négation
Registre : standard Sens : la négation porte sur le sujet
“quelqu’un” ou “tout le monde”
Nous ne lui avons rien dit.
Registre : standard
Transformation : négation partielle, signifie le
négatif de “quelque chose”; adjonction “ne” et André n’est pas venu à la fête du village.
substitution “rien” Transformation : négation totale, adjonction de
Distribution : Les éléments négatifs entourent le “ne …pas”
verbe auxiliaire et le pronom complément “lui” Distribution : Les éléments négatifs entourent le
Statut : adverbes de négation verbe auxiliaire.
Sens : nie “quelque chose” Statut : adverbes de négation
Registre : standard Sens : nie l’action
Personne ne m’a mis au courant de la Registre : standard
nouvelle.

- 62 -
Cours de Linguistique Générale – 3ème année

NIVEAU 5 : LES CORRIGES DES QUIZZ


Une phrase comporte toujours un thème et un
Cours 1 prédicat explicitement présents. - faux
Le thème peut être un substantif, un pronom ou
I. On désigne par prédéterminants!: même une phrase. - vrai
ß les adjectifs q Le prédicat peut être constitué d’un substantif -
ß les articles X faux
ß les adverbes q
ß les adjectifs possessifs X Le prédicat est ce qu’on dit du thème - vrai
ß les verbes auxiliaures q Le prédicat est un verbe ou un groupe verbal –
ß les noms q vrai
ß les adjectifs démonstratifs X Une phrase n’est pas toujours constitué d’un
thème ou prédicat explicitement présent. - vrai
II. Parmi les classes de mots présentés ci-
dessous, lesquels peuvent être variables et
lesquels sont invariables ? Cours 4
ß substantifs – variables en genre et en
nombre Les phrases suivantes possèdent toutes des
ß verbes – variables en genre et en nombre déterminants!: Indiquez celles qui présentent un
ß adverbes - invariables déterminant de thème, celles qui présentent un
ß pronoms - variables en genre et en déterminant de prédicat , ou les deux
nombre Les enfants de Pirre arrivent demain de Paris –
ß prépositions - invariables «!de Pierre!» déterminant du thème!; «!demain de
Paris!» déterminant du prédicat.
Cours 2 Mes soeurs et frères adorent le cinéma muet –
«!muet!» déterminant du prédicat
Parmi les phrases suivantes lesquelles possèdent
un thème ou un prédicat vide!? Mon ami Paul a des amis qui habitent en
Chine – «!Paul!» déterminant du thème!; «!qui
Écoutez!! – thème vide = (T) + prédicat habitent en Chine!» déterminant du prédicat.
Venez les enfants – thème et prédicat pleins = T Ma blouse rouge est abîmée – «!rouge!»
+P déterminant du thème.
Pierre arrive – thème et prédicat pleins = T + P Elle est malade – il n’y a pas de déterminant.
Les enfants!! – prédicat vide = T + (P) Je pense que Paul viendra – il n’y a pas de
Paul, téléphone!! - prédicat vide = T + (P) déterminant
Arrête immédiatement - thème vide = (T) + Les étudiants qui sont venus hier sont
prédicat américains – «!qui sont venus hier!» déterminant
du thème.
Je m’en vais - thème et prédicat pleins = T + P
Cours 5
Cours 3
Le thème et le prédicat sont appelés déterminants
Le thème est ce dont on parle - vrai - faux
Le thème est en situation lorsqu’il est présent Les déterminants du thème et du prédicat sont
dans la phrase - faux des éléments accessoires - vrai
Le prédicat est ce dont on parle - faux Les éléments essentiels d’une phrase sont
Le thème et le prédicat sont en situation quand il appelés composants - vrai
ne sont pas présents dans la phrase - vrai Les éléments accessoires sont liés aux
composants par un mot outil grammatical - vrai

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Cours de Linguistique Générale – 3ème année

Les déterminants de phrase ou circonstants sont uniquement la structure des verbes intransitifs -
des éléments accessoires et fixes - faux faux
Tous les compléments de lieu sont des Analysez les structures de base suivantes.
déterminants - faux Indiquez celles qui correspondent aux sept
structures de base édutiées ci-dessus!:
Parmi ces phrases indiquez celles qui possèdent
un déterminant de phrase!: GN + GV + GN + GN + GV
Tous les jours ils vennaient nous voir - X GV + GN – structure 1
Ils voulaient toujours nous faire des bons GN + GV + prép. + GN – structure 3
cadeaux GN + Dét. + GN + GV + GN
Mes parents habitent à Paris GN + prép + GV + GN
L’année dernière, Pierre a offert ses meilleurs Il y a + GN – structure 7
livres à une fondation pour des enfants - X
Les enfants de Mme Tibault sont heureux
d’habiter avec leurs grands-parents. Cours 8
Les modalités de communication nous
Cours 6 permettent de dégager les transformations
oppérées sur la phrase – faux
La relation de combinaison peut exister On peut faire cinq transformations sur une
seulement entre des groupes de mots - faux phrase simple et trois sur deux phrases simples -
La relation de combinaison peut être marquée vrai
par juxtaposition de mots, de groupes de mots et L’emphase est une transformation qui est
de phrases - vrai effectuée sur deux phrases simples - faux
La relation de combinaison est une relation qui «!Marie mange du pain que pierre a acheté!»
existe entre le thème et le prédicat - faux
La transformation effectuée sur cette phrase est
La relation de solidarité n’est pas une relation une!:
solide - faux
ß Conjonctivation
Il y a des relations de solidarité principale et ß Relativation - X
secondaires - vrai ß coordination
La relation de sélection est une relation qui n’est
pas solide - vrai Cours 9
La relation de sélection existe entre les
déterminants du thème et du prédicat - vrai Pour marquer la transformation négative dans
une phrase, il faut toujours que les éléments
négatifs entourent le verbe conjugué - faux
Cours 7
La négation partielle est celle qui incide
uniquement sur un élément de la phrase - vrai
Les structures de base sont aussi dites profondes
- vrai La négation totale nie toute l’action de la phrase
- vrai
Les structures de base concernent:
Selon la situation de communication, le registre
toutes les phrases transformées - faux de langue peut être soutenu ou standard - faux
toutes les modalités de communication - faux Ni tous les éléments négatifs sont des adverbes
toutes les structures qui nous permettent de de négation - vrai
dégager les phrases minimums - vrai

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