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CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE VILA REAL CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Área – Cidadania e Profissionalidade - CP


Núcleo gerador 5: Deontologia e Princípios Éticos
Domínio de Referência: DR4 – Contexto macroestrutural Tema: Escolhas Morais e Comunitárias
Competência: Reconhece condutas éticas conducentes à preservação da solidariedade e do respeito numa comunidade global.
Duração: 12 horas
Formadora: Paula Coelho

Guia de trabalho

Tipo I- Identifica a globalização e as novas dimensões de atitudes: local, nacional,


transnacional e global e as ambivalências do processo de globalização.

Tipo II- Compreensão da abertura de mercados: ética na competitividade e ética


para a igualdade/inclusão

Tipo III- Atuação da construção de uma cidadania mundial inclusiva; importância


da criação de plataformas de convergência e desenvolvimento, com vista a uma
integração económica mundial e a dimensão ética do combate às desigualdades
económico-sociais, no âmbito da globalização.
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"O bom senso é a coisa mais bem distribuída do mundo: porque, cada um
pensa estar tão bem provido do mesmo que até os mais difíceis de contentar com
outros bens quaisquer, não têm costume de desejar mais senso do que aquele que já
possuem."

René Descartes

A globalização e as novas dimensões de atitudes: local, nacional, transnacional


e global

Globalização:

A globalização é um processo de interação e integração entre as pessoas,


empresas e governos de diferentes nações. Processo esse impulsionado pelo comércio
e investimento internacionais, com o auxílio da tecnologia de informação. Este
processo tem efeitos sobre o ambiente, cultura, sistemas políticos, desenvolvimento
económico e prosperidade.
Com a globalização surgiram mudanças significativas em muitos aspetos do
nosso dia-a-dia, quer seja pela alteração dos nossos valores, hábitos, a forma como
falamos e até a forma como comunicamos.
A globalização teve implicação direta na nossa cultura com a alteração dos
nossos valores que passaram a ser muito influenciados pela cultura anglo-saxónica.
Passamos a ser “massacrados” por música, filmes ou séries de origem anglo-saxónica.
Hoje em dia, quase só ouvimos e vemos programas que na origem têm a língua inglesa
e passamos a “ignorar” e até em alguns aspetos maltratar o que originalmente é falado
em português. Sendo que, os poucos programas, que ainda vemos em português têm
como origem o Brasil que também não têm muito a ver com a nossa origem cultural. A
globalização também alterou alguns dos nossos hábitos, na alimentação, em que a fast
food passou a ser uma grande parte da alimentação de muitos de nós; na forma de
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comprar, em que passamos a ter acesso a produtos de todo o mundo e a qualquer


momento.
Onde a globalização teve um maior impacto foi na comunicação, sobretudo com
a internet que permite o acesso instantâneo a qualquer tipo de informação. Todo o
mundo pode ver algo que seja produzido por nós e ao mesmo tempo podemos estar a
ver algo que foi feito na China e, provavelmente, nunca seria transmitido cá. Agora
podemos construir o nosso próprio noticiário de acordo com os nossos interesses,
podemos ver os programas ou filmes quando e onde quisermos. Penso que a
globalização permitiu um acesso mais livre à informação.
É necessário afirmar a cultura portuguesa num mundo globalizado, como
também se torna exigente perceber o outro lado da globalização.

Artigo de José Alegre Mesquita publicado na Página da Educação

Abertura de mercados: ética na competitividade e ética para a igualdade/inclusão

Notícia Globalização

"POIS É!!!

Talvez este e-mail devesse ser enviado às empresas e aos consumidores


portugueses. O Ministério da Economia de Espanha estima que se cada espanhol
consumir 150€ de produtos nacionais, por ano, a economia cresce acima de todas as
estimativas e, ainda por cima, cria não sei quantos postos de trabalho. Ponham o mail
a circular. Pode ser que acorde alguém.
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Os Produtos Tradicionais Portugueses

Portugal detém um extenso e diversificado leque de


produtos alimentares de cariz tradicional, associados a cada uma
das regiões do país, resultado da influência cultural na elaboração
destes alimentos, que constituem uma herança viva de um
património gastronómico singular e rico.

A identidade do território nacional confunde-se com as produções locais e


regionais, estreitamente interligadas aos diversos sistemas de produção agrícolas, ao
amplo conjunto de recursos endógenos, às tradições e saberes associados.

A valorização e promoção dos produtos tradicionais são atividades que


concorrem para o desenvolvimento sustentável do território e para a preservação e
manutenção deste património nacional, cujo levantamento constitui o ponto de
partida.
https://tradicional.dgadr.gov.pt/pt/introducao

Assunto: HÁ, POIS É!!!

O António, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egipt),


começou o dia bem cedo, acordado pelo despertador
(Made in Japan) às 7 da manhã.

Depois de um banho com sabonete (Made in France) e enquanto o café


(importado da Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in Chech Republic),
barbeou-se com a máquina elétrica (Made in China). Vestiu uma camisa (Made in Sri
Lanka), jeans de marca (Made in Singapore) e um relógio de bolso (Made in Swiss).

Depois de preparar as torradas de trigo (produced in USA) na sua torradeira


(Made in Germany) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in Spain), pegou
na máquina de calcular (Made in Korea) para ver quanto é que poderia gastar nesse
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dia e consultou a Internet no seu computador (Made in Thailand) para ver as previsões
meteorológicas.

Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India), ainda bebeu um sumo de
laranja (produced in Israel), entrou no carro Saab (Made in Sweden) e continuou à
procura de emprego.

Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do seu
telemóvel (Made in Finland) e, após comer uma pizza (Made in Italy), o António
decidiu relaxar por uns instantes.

Calçou as suas sandálias (Made in Brasil), sentou-se num sofá (Made in


Denmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou a TV (Made in
Indonésia) e pôs-se a pensar porque é que não conseguia encontrar um emprego em
PORTUGAL... "

Manual de Cidadania

Dimensão ética do combate às desigualdades económico-sociais, no âmbito da


globalização.

(Relatório da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento


(Unctad))

A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD)


é um órgão da ONU responsável por questões relacionadas com o desenvolvimento.

Atualmente, a UNCTAD é o órgão responsável pela execução da Revisão das


Diretrizes das Nações Unidas de Proteção do Consumidor (DNUPC). Tal instrumento é
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considerado um marco na proteção dos consumidores, sendo a principal referência


internacional no assunto.

Ambivalências do Processo de Globalização

1- Pobreza

As profundas desigualdades na distribuição da riqueza no mundo atingiram


proporções verdadeiramente chocantes. O número de pobres não para de crescer e já
chega a 307 milhões de pessoas no mundo. Relatório da Conferência das Nações
Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) publicado em 2016 mostra que
nos últimos 30 anos o número de pessoas que vivem com menos de US$ 1,00 duplicou
nos países menos desenvolvidos.
Para a agência da ONU, o dado mais preocupante é a tendência de que esse
número aumente até 2025, quando os países menos desenvolvidos poderão passar a
ter 420 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza. Em algumas regiões,
principalmente na África, parte da população já tem um consumo diário de apenas 57
centavos de dólares, enquanto um cidadão suíço gasta por dia US$ 61,9.
A pobreza está a aumentar, em vez de diminuir. As ajudas dos países mais ricos
aos mais pobres são uma gota de água no Oceano, cifrando-se 0,22 por cento do seu
PIB. O mais grave é todavia os subsídios que atribuem às suas empresas para
exportarem os produtos para países mais desenvolvidos. O desequilíbrio de meios
sufoca completamente as economias mais pobres.

2- Fome

Calcula-se que 815 milhões, em todo o mundo sejam vítimas crónicas ou grave
subnutrição, a maior parte das quais são mulheres e crianças dos países em vias de
desenvolvimento. O flagelo da fome atinge 777 milhões de pessoas nos países em
desenvolvimento, 27 milhões nos países subdesenvolvidos e 11 milhões nos países
desenvolvidos.
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A subnutrição crónica, quando não conduz apenas à morte física, implica


sobretudo uma mutilação grave, nomeadamente a falta de desenvolvimento das
células cerebrais nos bebés e cegueira por falta de vitamina A. Todos os anos, dezenas
de milhões de mães gravemente subnutridas dão à luz dezenas de milhões de bebés
igualmente ameaçados, impedindo o desenvolvimento dessas sociedades.

Quem são os mais afetados?


África
Devastada por secas e cheias, mas sobretudo por
guerras civis (entre 30 e 40 no final do século XX), todo o
continente africano parece ter mergulhado no abismo.
Terminados os conflitos o terror não termina nas zonas
rurais, onde a presença de minas e de munições não explodidas constitui uma ameaça
permanente à reconstrução das comunidades rurais.
Em países como a Etiópia, Eritreia, Somália, Sudão, Quénia, Uganda e Djibuti a
fome que há muito mata nestes países milhões de africanos, já
deixou de ser notícia na imprensa internacional. Entre as principais
causas desta mortandade está a seca, as guerras e a permanente
instabilidade política e religiosa na região. Na Zâmbia, cerca de quatro milhões de
pessoas (numa população de dez milhões) foi afetada pela seca que destruiu, este ano,
parte das suas colheitas. A situação está a tornar-se rapidamente catastrófica.
Em Moçambique e Angola (apesar de ter terminado a
guerra), a situação é reconhecidamente trágica. As perspetivas
de desenvolvimento para este continente são pouco
animadoras. Na África subsaariana, o número de pobres pode
aumentar de 315 milhões em 2009 para 404 milhões em 2025,
afetando perto de metade da população da região.

América Latina
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54 milhões de pessoas passam fome na América


Latina e Caraíbas, segundo o diretor-geral da Organização
das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação
(FAO). Na América do Sul registou-se uma redução do
número de pessoas subnutridas, que passou de 42 milhões
para 33 milhões, mas na América Central houve um aumento de 17 a 19% e nas
Caraíbas de 26 a 28%. As crises económicas na Argentina e Brasil fizeram regredir
vastas regiões, alastrando a fome.
O diretor-geral da FAO afirma que apesar da importância estratégica da
agricultura para combater esta situação, nos últimos 10 anos o crescimento do sector
agrícola no continente foi fraco, alcançando apenas 2,7% no ano 2015. Um dos fatores
que impede o crescimento da mesma, deve-se à concorrência dos países mais
desenvolvidos, cuja agricultura é fortemente subsidiada pelos respetivos estados.
Cerca de 211 milhões de latino-americanos e caribenhos vivem abaixo da linha de
pobreza.

Ásia e Médio Oriente


A situação é particularmente dramática no
Afeganistão, onde cinco a dez milhões de pessoas estão
ameaçadas de fome, mas também muito grave na Coreia
do Norte, Mongólia, Arménia, Geórgia e Tajiquistão. No
Médio Oriente as projeções do Banco Mundial são
também pouco animadoras para esta região, a situação é dramática na Palestina e no
Iraque. O número de pobres irá disparar, estimulando o crescimento de conflitos
sociais.

Resumo: Risco de pobreza deslocou-se para crianças e jovens. Nos países onde
as diferenças sociais são mais importantes, o risco de pobreza é maior e a mobilidade
social mais baixa, segundo a organização.
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“As famílias ricas melhoraram muito a situação” em relação às mais pobres e,


por outro lado, “o risco de pobreza deslocou-se das pessoas idosas para as crianças e
os jovens adultos”.
A OCDE define como situação de pobreza a de pessoas com rendimentos
inferiores a 50 por cento da média de cada país.
A pobreza das crianças, que aumentou nos últimos 20 anos, “situa-se hoje acima
da média geral” e “deveria chamar a atenção dos poderes públicos”, sublinha a OCDE.
“A Alemanha, a República Checa, o Canadá e a Nova Zelândia são os países onde
a pobreza das crianças mais aumentou”, segundo um dos principais autores do estudo,
Michael Foerster.
Em contrapartida, a faixa etária entre 55 e 75 anos “viu os seus rendimentos
aumentar mais nos últimos 20 anos”, sendo a pobreza entre os pensionistas
atualmente inferior à média do conjunto da população da OCDE.

Medidas Preventivas
A organização pede aos países membros para “fazerem muito mais” para que as
pessoas trabalhem mais, em vez de viverem na dependência das prestações sociais,
sendo que a taxa de pobreza das famílias sem emprego é quase seis vezes superior à
das famílias ativas.
Mas embora o trabalho seja “um meio muito eficaz para lutar contra a pobreza”,
não chega para a evitar: “Mais de metade dos pobres pertencem a famílias que
recebem fracos rendimentos de atividade.”
A OCDE encoraja a implementação de medidas preventivas, nomeadamente a
promoção do acesso a um trabalho remunerado. “Ajudar as pessoas a inserirem-se no
emprego e a converterem-se em cidadãos autónomos tem um papel preventivo que
evita o agravamento das desigualdades”, considera.
De facto, a organização assinala ser nos países com maiores taxas de emprego
que o número de pobres é menor. “O que importa não é a igualdade das situações,
mas a igualdade das oportunidades”, afirma-se no relatório, que preconiza também
esforços em matéria de educação e saúde para reduzir as disparidades.
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Agência Lusa

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