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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
DISCIPLINA: FILOSOFIA DAS CIÊNCIAS
PROFESSORA: Crislane Azevedo PERÍODO: 2022.2 DATA: 13/10 /2022
DISCENTE: Leandro Augusto e Silva Miranda Cavalcante ( ) Mestrado (x) Doutorado
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FICHA DE LEITURA
Após leitura do texto indicado para a aula, preencha os campos abaixo:

REFERÊNCIA
FEYERABEND, Paul. Adeus à Razão. Tradução de Maria Georgina Segurado. Lisboa: Edições 70, 1991, p. 327-370.
FEYERABEND, Paul. Contra o Método. Tradução de Cézar Augusto Mortari. 2 ed. São Paulo: Editora Unesp, 2011,
p.11-42.

OBJETIVOS
Problematizar que o progresso da ciência racionalista e suas revoluções não ocorrem de forma linear,
acumulativa e não se baseia em um método único, sendo portanto, importante defender um anarquismo
metodológico do princípio “tudo vale” como pluralista para o progresso científico a partir de vários métodos.

PROBLEMAS
Levanta problemas sobre indutivismo, falsecacionismo, racionalismo crítico e métodos científicos ocupados
em se manterem certos. Como a ciência progride e se processa? É possível termos um método para resolver
as questões científicas? Ciência está acima e responde melhor que outros conhecimentos?

CONCLUSÃO
Feyerabend problematiza em seus textos “ácidos” o racionalismo crítico, colocando, por exemplo, que
eventos, procedimentos e resultados que constituem as ciências não têm uma estrutura comum, ou seja, em
relação a estruturas científicas não seguem o mesmo padrão. Assim, métodos e esquemas de investigação
ditos corretos passam a ser objeto de aplicação de cientistas que criaram os próprios esquemas para verificar
o objeto. Dessa forma, as ciências falham quando tentam apresentar fórmulas universais, pois isso além de
não realista, é uma visão simplista do conhecimento e do que as pessoas são capazes de pensar e produzir; e
perigosa já que com a criação das regras de um sistema científico, o esforço passa a ser defender as regras
para o método científico funcionar, e não a busca pela descoberta, o que Feyerabend chama de justificação.
Portanto, nem toda descoberta pode ser induzida da mesma maneira, e isso se contrapõe Popper, como
defensor de um falsificacionismo indutivista das teorias científicas, e ao positivismo voltado para o
verificacionismo. Algumas descobertas, inclusive, ocorrem devido a erros, equívocos, sorte, assim ironiza
Feyerabend: “A tarefa do cientista não é mais ‘buscar a verdade’ (...) sua atenção está agora principalmente
dirigida que é ‘tornar forte a posição fraca’ (...) sustentar o movimento do todo” (p.45, 2011). Essa ideia
prejudica a ciência por torná-la mais dogmática e menos adaptável. Feyerabend propõe o “tudo vale”, no
sentido de que qualquer método ou estratégia tem valor para encaminhar descobertas e ampliar o
conhecimento, e que podemos chamar de pluralismo metodológico. Além disso, o autor problematiza que
nem toda pesquisa parte de um problema, mas muitas vezes da busca por apoio financeiro, ou de ordem
pessoal, e ainda, a influência de eventos físicos, exaustão, falta de dinheiro, conciliações, etc, podem
originar “fatos” ligados a esses e outros elementos. Outro ponto é que a ciência racionalista não
necessariamente é mais objetiva que outras formas de conhecimento. Como usar e decidir quem usa a
ciência? A ciência ocidental, por seu poder de uma força entre bem e o mal se impôs sobre outras formas de
conhecimento e interferiu no mundo, e isso mostra um combate do autor ao autoritarismo da ciência
ocidental. Em resumo, o “(…) anarquismo contribui para que se obtenha progresso em qualquer dos sentidos
que se escolha atribuir ao termo. Mesmo uma ciência pautada por lei e ordem só terá êxito se se permitir
que, ocasionalmente, tenham lugar procedimentos anárquicos.(FEYERABEND, p.42, 2011)

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