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AMADOUR
ET
STE VERONIQUE
DISCIPLES DE N O T R E - S E I G N E U R
ET
A P O T R E S D E S G A U L E S
PAR
MICHEL BOURRIERES
PROFESSEUR
R e g n u m (înlliip, R e p n u m Mflriee,
PARIS
LIBRAIRIE SAINT-JOSEPH
TOLRA, LIBRAIRE-ÉDITEU;R
B,S DIS
112 , RUE DE RENNES, 112
1895
Biblio!èque Saint Libère
http://www.liberius.net
© Bibliothèque Saint Libère 2010.
Toute reproduction à but non lucratif est autorisée.
SAINT AMADOUR
ET
S A I N T E "V^iÊJIROIDTIGàTTIE
TOUS DROITS RÉSERVÉS
C a d u r c i , die 19 j a n u a r i i 1895.
f PETRUS, episcopus cadurcensis.
INTRODUCTION
La dévotion à la S a i n t e - F a c e d e N o t r e S e i g n e u r p o u v a i t -
elle s e r é p a n d r e s a n s réveiller le s o u v e n i r d e la g l o r i e u s e
Sainte a u c o u r a g e d e l a q u e l l e n o u s d e v o n s le p r é c i e u x
S u a i r e q u ' o n v é n è r e â R o m e , la g r a n d e S a i n t e V é r o n i q u e ?
Le culte d e Mario p o u v a i t - i l r e c o u v r e r la s p l e n d e u r d ' a u
trefois, s a n s faire r e v e n i r s u r l e s l è v r e s le n o m do R o c -
A m a d o u r et celui d u s a i n t f o n d a t e u r d e ce S a n c t u a i r e ?
En p r é s e n c e d e ce m o u v e m e n t qui v a s'accen t u a n t de j o u r
en j o u r , n o u s a v o n s c r u le m o m e n t o p p o r t u n d ' e s s a y e r d e
faire c o n n a î t r e c e s d e u x g r a n d e s et b e l l e s figures, c e s d e u x
Disciples d e N o t r c - S e i g n e u r a p ô t r e s d e s G a u l e s , l e s d e u x
é p o u x Saint A m a d o u r et Sainte V é r o n i q u e ; n o u s a v o n s son
gé à p u b l i e r l e u r vie m i s e à la p o r t é e do t o u s l e s l e c t e u r s .
Grâce à l'obligeance d e s o n e x c e l l e n t d i r e c t e u r , M. l'abbé
G a r y , la Revue religieuse de Cahors et de Roc-Amadour
n o u s a o u v e r t s e s c o l o n n e s . P a r le but qu'elle s e p r o p o s e ,
d e r e h a u s s e r d e p l u s en p l u s l'éclat d u s a n c t u a i r e béni d e
la M è r e d e Dieu, q u e le Qucrcy a le b o n h e u r d e p o s s é d e r ,
elle m é r i t a i t c e s p r é m i c e s . L ' o u v r a g e a d o n c s u b i u n e p r e
m i è r e fois r é p r e u v e , le c o n t r ô l e d e l'opinion.
D a n s le siècle d e r n i e r o n a r é v o q u é en cloute l e s t r a d i
t i o n s faisant r e m o n t e r a u x t e m p s a p o s t o l i q u e s l ' é v a n g é l i -
s a t i o n d e la G a u l e . Les é m i n e n t s t r a v a u x d e M. Faillon, d e
M. Arbcllot, d e M g r Ci rot de la Ville, etc. o n t e u r a i s o n d e
ces a t t a q u e s . L a voie était d o n c , en q u e l q u e s o r t e d é b a r
r a s s é e d e s e s o b s t a c l e s , il n'y avait p l u s q u ' à marcher
d a n s d e s s e n t i e r s a p l a n i s . N o u s a v o n s t e n t é d e le faire.
Les d i s c u s s i o n s t e c h n i q u e s , on l e s t r o u v e r a d a n s les
r e m a r q u a b l e s o u v r a g e s d e s a u t e u r s q u ' o n vient d e citer.
Possédant quelques documents nouveaux, nous nous
s o m m e s t r o u v é e n p r é s e n c e d'un p r o b l è m e difficile : faire
u n t r a v a i l d e d é m o n s t r a t i o n et c o m p o s e r en m ô m e t e m p s
un ouvrage agréable à la lecture, susceptible d'être v u l g a
r i s é . N o u s a v o n s p e n s é le r é s o u d r e p a r le p l a n a d o p t é .
INTRODUCTION Vif
I m i t a n t M. Faillon, n o u s a v o n s c h e r c h é u n t e x t e qui p u t
s e r v i r de b a s e s o l i d e â n o t r e travail. N o u s a v o n s choisi
l e s A c t e s de Saint A m a d n u r , i n s é r é s d a n s les Grands
Bollandistes (20 a o û t , t o m e XXXVIII, p a g e 24). Ce texte a
été c o n s e r v é p a r l e P. Odon d e Gisscy. « Il a t t e s t e l u i - m ê m e
» qu'il en avait vu le m a n u s c r i t d ' H u g u e s , ô v è q u e d'An go u-
» l ê m e , m o r t en 991. Ce m a n u s c r i t fut cité a n Concile de
» L i m o g e s en 1031, c o m m e u n e copie d'un écrit bien a n t é -
» r i e u r et c o m m e u n e p a r t i e d e la légende m ê m e do Saint
» M a r t i a l . » (N.-D. d e S o u l a c p a r l'abbé M e z u r e t ) . Cette
pièce e s t c o n t e m p o r a i n e d e la Vie de Sainte Magdeleine,
p a r R a b a n M a u r . Elle doit a v o i r la m ô m e v a l e u r h i s t o r i q u e .
e
« L e s t r a d i t i o n s é t a b l i e s a v a n t le x siècle, dit l ' a u t e u r do
» la Vie de Sainte Marthe (note, p a g e 97), et il est en cela
» l'écho de M. F a i l l o n , q u a n d on l e s r e t r o u v e d ' u n e m a n i è r e
» c e r t a i n e , s o n t d e s p r o u v e s h i s t o r i q u e s toiles, q u e This-
» t o i r e s'en c o n t e n t e p a r t o u t ; e n effet les c h r é t i e n s d e s dix
» p r e m i e r s siècles c o n s e r v a i e n t s o i g n e u s e m e n t les faits
» relatifs à Porigino d u c h r i s t i a n i s m e , t a n t p a r la tradition
fr
» q u e p a r d e s é c r i t s c o m p o s é s a u i siècle. T o u s les a u t e u r s
» d e s dix p r e m i e r s s i è c l e s affirment, c o m m e R a b a n M a u r ,
» q u ' i l s écrivaient s u r d e s d o c u m e n t s t r è s a n c i e n s . Ils n ' o n t
» d o n c fait q u e p e r p é t u e r n o n s e u l e m e n t la t r a d i t i o n , m a i s
» l ' h i s t o i r e écrite. »
N o t r e c h o i x fait, n o u s a v o n s établi avec le p l u s g r a n d
soin l a c h r o n o l o g i e d e s faits r e l a t é s d a n s ces A c t e s . N o u s
n o u s s o m m e s servi p o u r cela dos o u v r a g e s considérés
c o m m e les plus s u r s .
N o u s a v o n s e n s u i t e recueilli t o u t e s l e s t r a d i t i o n s relatives
à Saint A m a d o u r et à S a i n t e V é r o n i q u e . A p r è s en avoir
fait la c r i t i q u e , n o u s a v o n s é g a l e m e n t fixé s c r u p u l e u s e m e n t
l a d a t e d e s faits q u ' e l l e s r a p p o r t e n t .
Quelle fut n o t r e joie, a p r è s ce p r e m i e r travail, l o r s q u e
n o u s n o u s a p e r ç û m e s q u e l e s faits d'histoire g é n é r a l e , l e s
VIII INTRODUCTION
t r a d i t i o n s et l e s A c t e s d e Saint A m a d o u r a u lieu d e s e c o n
t r e d i r e et do s e j u x t a p o s e r , s ' i n t e r c a l a i e n t a u c o n t r a i r e et
se complétaient! Quelques légères conjectures seulement
s'imposaient d'elles-mêmes.
Nous n ' a v i o n s p l u s q u ' à n a r r e r , q u ' à p l a c e r n o s d e u x
p e r s o n n a g e s d a n s l e s s c è n e s d e c e t t e g r a n d i o s e é p o p é e do
l ' é v a n g é l i s a t i o n du M o n d e r o m a i n , clans cotte s é r i e de d r a
m e s , a u m o y e n d e s q u e l s la société si c o r r o m p u e d ' a l o r s
s e l a i s s a p é n é t r e r p a r la m o r a l e si p u r e d u Christ, p r e c h é e
p a r s e s a p ô t r e s et s e s d i s c i p l e s .
L e s o b s e r v a t i o n s s e r o n t r e n v o y é e s en n o t e . Elles s e r o n t
généralement très courtes. La lumière jaillira spontané
m e n t d e la s i m p l e j u x t a p o s i t i o n d e s d o c u m e n t s , q u e l'on
r e p r o d u i r a d ' a i l l e u r s le p l u s p o s s i b l e , a p r è s l e s a v o i r p r é a
l a b l e m e n t t r a d u i t s . L e s a u t e u r s et l ' e n d r o i t o ù l'on p o u r r a
facilement r e t r o u v e r le texte l u i - m ô m e , s e r o n t t o u j o u r s soi
gneusement indiqués.
On n o u s r e p r o c h e r a peut-ôtre l e s q u e l q u e s a m p l i f i c a t i o n s
q u e n o u s n o u s s o m m e s p e r m i s e s . N o u s n ' a v o n s fait e n cela
q u ' i m i t e r les a u t o u r s d e s d i v e r s e s v i e s d e la T. S. V i e r g e ,
d e Saint J o s e p h et m ê m e d e N. S. J é s u s - C h r i s t .
N o u s r e p r o d u i s o n s parfois d e s d é t a i l s q u i n o u s o n t é t é
a p p r i s p a r M a r i e d'Agrccla o u C a t h e r i n e E m m e r i c h . E n c o r e ,
e n cela, n o u s n e f a i s o n s q u e s u i v r e l e s t r a c e s d e n o s d e v a n
c i e r s . N o u s s e r o n s t r è s p r u d e n t et n o u s n e m a n q u e r o n s
j a m a i s de s i g n a l e r en n o t e l e u r o r i g i n e . N o u s n ' a c c e p t e r o n s
q u e c e u x qui s o n t c o n f o r m e s a u x t r a d i t i o n s g é n é r a l e m e n t
reçues. Nous a v o n s cru pouvoir, d a n s les c o m m e n c e m e n t s ,
p o u r l e s é v é n e m e n t s relatifs à l a vie d e N. S. et de la T. S.
Vierge, u ^ e r d e ce m o y e n q u e l'Eglise n e d é s a p p r o u v e p a s ,
1
afin d é c l a i r e r le sujet, d e lui d o n n e r do l a p h y s i o n o m i e ,
p r é f é r a n t c e s d é v e l o p p e m e n t s p o r t a n t a u m o i n s le c a c h e t
d ' u n e g r a n d e piété, à n o s p r o p r e s p a r a p h r a s e s .
F a i r e a d m i r e r et a i m e r Saint A m a d o u r et S a i n t e V é r o n i -
INTRODUCTION IX
M. B.
SAINT AMADOUE
ET
TE
S VÉRONIQUE
f torieuse, la Véronique,
Vi^y J u d é e .
était une riche héritière de la
(1) Actes do Saint Amadour. Voir l'introduction page vu. Nous donnerons
ces Actes en entier niais par fragments, au moment opportun.
JEUNESSE DES DEUX ÉPOUX 5
(1) Ce chapitre, le procèdent et les suivants ont pour objet de faire voir
que la tradition qui veut qu'Amator, l'époux de Voroniqnc, soit le Zachćc
de rKvangile, n'est pas invraisemblable. On a fait, à l'orcasion dos Actes
de Saint Amadour, (1rs oh.eclions que l'on trouvera consignées dans les
grands Bollandislos, 20 août. Comme ces Acles formeront le fond de notre
travail, nous nous efforcerons de les attaquer une à une.
(2) Celte manière de voir est celle de beaucoup de commentateurs
V. G. Scripturœ sacrœ cursus complètes abbé Migne. 1842 (Luc, ch. XIX).
%
2
ni
LE TRAVAIL DE LA GRACE
rie cette épouse qu'il chérit, ébranlent ses doutes. Zachée com
mence à croire. II permet a Bérénice d'accomplir en entier le
seul précepte encore imposé par le Sauveur à ses disciples :
« Suivez-moi et voyez », d'accompagner Jésus.
Au commencement de juillet, â cause des mauvaises disposi
tions des pharisiens, Notre-Seigneur quitte la Judée et rentre
en Galilée, (1) quelques j o u r s avant l'emprisonnement de Saint
Jean-Baptiste.
Dans ce trajet, au sortir de la ville de Sicar, le Sauveur s'ar
rête à ce puits célèbre, où v i e n t remplir son urne la Samari
taine. G'est la première conversion éclatante dont parle
l'Evangile. Jésus se contente de r e t i r e r la pécheresse de l'abîme
de fautes graves et honteuses, de la r a m è n e r a l'observation
des commandements.
Bérénice, les apôtres, la plupart des disciples, Zachée l u i -
même, ne nous présentent pas d'exemple d'un tel retour. Ils
étaient déjà dans la voie de la j u s t i c e .
La Samaritaine, après sa conversion, annonce la bonne nou
velle à ceux qui l'entourent, les étonne par son changement,
les édifie; mais on ne la voit pas s'attacher aux pas de Jésus.
Elle fera son salut dans la pratique des vertus ordinaires.
Peu de j o u r s après, Jésus arrive dans la partie septentrion-
nale de la Palestine et prêche l'Evangile dans les environs de
Capharnaùm. Il parvient ainsi sur les bords de la mer de Gali
lée. A cette époque, le Sauveur permettait encore à ses disciples
de vaquer à leurs affaires, de pourvoir à leur subsistance.
Pierre et André jetaient leurs filets dans la mur. Le Messie
Rapprochant d'eux leur adresse un nouvel appel, leur fait
entendre, une seconde fois, cette laconique demande, cette
concise invitation à une vie plus parfaite : « Suivez-moi ». Et,
incontinent, ayant laissé leurs filets et leur père, ils se mettent
à la suite du Sauveur. Leur détachement commence à devenir
plus complet.
Sur la fin de l'été, après avoir parcouru la Galilée en prodi
g u a n t les miracles, Jésus r e t o u r n e à Capharnaùm. Se voyant
sa
*!]r Ésus retourne en Galilée. La première année de la vio pu-
fcj blique de Notre-Seigneur est écoulée.
Bérénice souffre toujours de son mal invétéré. Elle a vu les
infirmes, les paralytiques, les lépreux, les possédés recouvrer
la santé ; mais encore elle n'a pas demandé sa guerison.
Pourquoi une telle résignation ?
A Nazareth, spectacle qui est de plus en plus présent à son
esprit, n'a-t-elle pas vu pratiquer par les deux héroïques
époux, Marie et Joseph, la patience, la soumission la plus
entière à la volonté de Dieu au milieu des rudes souffrances,
des épreuves terribles.
Il est cependant une àme bien chère à Bérénice, qui croit et
qui n'agit pas, une personne qu'elle voudrait voir avec elle au
près de Jésus, son époux Zachée. Les miracles exaltent l'ardeur,
l'enthousiasme de ceux qui en sont l'objet et de ceux qui les
entourent.
Un jour donc, pleine de foi et d'amour, elle ose, elle aussi,
demander. Elle prie dans son cœur, elle s'approche de Jésus,
touche timidement mais avec confiance la frange du vêtement
de rpIomme-Dieu et aussitôt elle est guérie (1).
Qui n'a vu une de ces guèrisons instantanées, ne peut j u g e r
de l'émotion, de la joie délirante qui s'empare du miraculé et
des siens.
« Aussi, nous disent les Actes de S. Amadour, à cause d'une
» très grave infirmité dont fut avec clémence guérie la b i e n -
(1) Los Juifs à cette époque, mangeaient souvent sur des lits très in
clinés.
(2) Extrait de Raban Maur. — (3) Rabati Maur.
CONVERSION DE MARIE-MÀGDELEINE 21
( 0 Luc Vlll,
(2) Vie de iV.-S. (Calh.-'^mm.) — (3) Tradition de Bazo5 (Gironde).
V
CONVERSION DE 'ZACHÉE
8
VI
ZACHÉE ET AMATOR
(1) MarcX, 4 5 - o 2 . — MatLli. XX, 29-34. — (2) JeanX, 24. —(3) Jean X ,
40. — (4) V. page 27.
ZACHÉE ET AMATOR 29
3
sinne simili tu dini s facici Dominion?, anomine dicta mulieris Veronicam
nnncupaiamprout ROMTR attenditur, fideliter collegil et salubriter cuslo-
diuit. Amator quoque noster dévolus Christi servitor et famulus, c.um
ceteris discipulis Christum scqncns et necessaria sibi, ut bonus hospes
préparant: usque ad passionem et assumptioncm beatœ Virginis
t familia-
riter ipsis adstitit et assidue ministra oit.
(2) Alatth. XIX, 25. — (3) Marc X, 2 i .
30 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
BÉTHANIE
(M J e a n X r , 4 6 - 5 * .
(2) Citô mystique, part. H, liv. VI, chap. Vf, VU, IX.
BÉTHANIE 35
pas leur ravir los quelques instants qu'il lui reste encore à
vivre. L'agonie rie son cœur commence.
Béthanie est plongé flans la tristesse la plus profonde. La
T. S. Vierge est abîmée dans l'angoisse de ses pressentiments*
I/affliction et la crainte r é g n e n t parmi les apôtres et les disci
ples. Marthe se désole. Marie-Magdelcine, continuellement en
larmes, épanche devant tous sa douleur. Véronique, « j e la vis,
dit Catherine Emmorich, se promener dans sa maison, toute
triste et se tordant les m a i n s . »
Jésus s'offre en holocauste à son Père et s'efforce de consoler
ceux qui souffrent déjà avec lui.
Judas seul, l'infâme Judas, au cœur d'airain, reste froid, im
passible, haineux, cruel, au milieu de ce poignant spectacle.
Le soir, après avoir accompli son forfait, il le contemple sans
pitié. Pécheur endurci, r è f r a c t a i r e à tout sentiment d'humanité,
il résiste aux larmes de ces amis, de cette Mère qu'il va t o r t u
r e r dans la personne de son F i l s . Sourd aux doux conseils du
Sauveur, le plus beau et le plus aimable des enfants des hom
mes, il repousse ses prévenances, préférant un vil métal aux
affabilités du Cœur de Jésus.
Ilérodiade et Judas, les m e u r t r i e r s l'un du Précurseur, l'au
tre du Messie, sont l'atroce personnification de la concupiscence
de la chair et de l'amour de l'argent dans ses plus terribles et
plus révoltantes conséquences. Épouvantable leçon !
VUI
DU CÉNACLE AU PRÉTOIRE
(i) Luc XXII. 8. — (Ï) Saints Lieux (Mgr Mislin), chap. XXVI.
(3) Cilé mystique de Marie d'Agréda, part. II, liv. VI, chap. IX. — Dou
loureuse Passion (Cath. limm.), Dernière Cène, chap. V, Ed. Castorman.
(4) A cause d'une difficulté qui avail surgi au sujet de la, manière de
calculer le moment de la nouvelle lune.
40 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
G
pitis)t à Fons, près Figcac (Loi), dans l'abbaye de S Marie des Arlels. Il
était d'un tissu très fin. Il avait douze palmes de long et six do largo.
D'aulres églises en possèdent d'entiers ou on fragments. (Douai, S. Jean
de Latran.j
(1) Plusieurs des reliques qui seront signalées, ont joué un rôle dans la
t c
vie de S Véronique, l.a table dont il est question ici se conserve à S.Jean
de Lalran. Kile a 1 m. 20 de long sur 0,liO de large. Kilo oM en hois de
cèdre.
(2) fille se trouve à Lisbonne. Son tissu est d'une remarquable bcaulé.
(A) Le Sagro catino de (iènes. — (4) Le Saint-Calice de Valence (Es
pagne).
(5) Cité mystique de Marie d'Agréda, part. II, liv. VI, chap. XI, 1181.
(6) Jean XVI, 27.
42 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
(1) Cité mystique, par Marie d'Agréda, part. II, liv. VII, chap. XII.
(2) Marie d'Agrôda fait rester la T. S. Vierge au Cénacle dans la con
templation de la Passion de son Fils jusqu'au moment où il est conduit
chez Pilate. Toutefois, la Cité mystique et les Méditations de Cath. Em-
merich, examinées avec attention, semblent plulôt devoir se compléter que
se contredire. Le rôle assigné par Cath. lîmmerich dans la Passion à la
T. S. Vierge et aux saintes femmes n'a rien de contraire à l'Evangile, au
caractère des personnages eL aux opinions reçues, dans ce que nous avons
accepté. Il est même, sur plusieurs points, confirmé par les traditions qui
ont encore cours en Palestine.
(3) Douloureuse Passion, Cath. Emm., chap. V, éd. Caslcrman.
(4) La réunion du Conseil qui avait eu lieu quelques jours avant la Pâque
4
44 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
(\) Marie d'Agréda. — Cath. Emm. — (2) Saints Lieux, par Mgr Mislin.
(3) Cette colonne serait celle qui est conservée à Rome dans l'église
St-Praxèdo (Saints Lieux, par Mgr Mislin).
(4) Qu'on montre encore (Saints Lieux, par Mgr Mislin).
(5) Douloureuse Passion, Cath. Kmm., chap. VIII, — éd. Casterman.
Cath. Kmmerich ne nomme pas S. Martial. Cependant, d'après les tradi
tions des Gaules, ce disciple n'aurait jamais abandonné N. S. depuis le
jardin dos Oliviers jusqu'au Calvaire.
(G) Douloureuse Passion, Cath. Emm., chap. IX., éd. Casterman.
46 SArNT AMADOUR. ET SAINTE VÉRONIQUE
LE CHEMIN DE LA CROIX
terrible fl A fjell (tm des Romains (1), qui parvenait parfois à faire
t
mourir ies suppliciés sous ses coups, ne suffit pas aux bourreaux
acharnés. Ils ont recours aux verges garnies d'épines, a u x
18
chaînes munies de pointes de fer. D'après S Brigitte, Notre-
Seigneur reçut ainsi plus de quatre mille coups sans que les
barbares satellites, épuisés de fatigue, pussent a r r a c h e r à sa
douceur inaltérable, une seule plainte, un seul soupir.
C'est sous les yeux de la mère de Jésus, sous les yeux des
saintes femmes, de Véronique, Vie Magdeleine, que Je S a u v e u r
aurait subi ces t o u r m e n t s inouis. Marie l'aurait vu passer d e
vant elle, les chairs en lambeaux. La Mère et le Fils a u r a i e n t
échangé un douloureux regard d'amour. Les saintes femmes se
seraient ensuite portées vers la colonne et auraient recueilli
sur des linges ln sang qui avait jailli de tous cotés (2).
A ce peuple inassouvi, Pilate, comme Caïphe, livre Jésus pour
lui servir de j o u e t . La soldatesque prépare avec rage et célérité
une couronne d'épines ( 3 ) . Elle l'impose sur la tète de l'Homme-
Diou. On j e t t e sur ses épaules un lambeau de pourpre ( 4 ) . Un
roseau ( 5 ) lui est donné comme sceptre. Pilate, oubliant sa
dignité, pour flatter les pharisiens, ne craint pas de se mêler à
ces barbares insulteurs. C'est le gouverneur lui-même qui
présente Jésus, ainsi tourné en dérision, à la multitude en
(\) ï/nn de ces instruments, ayant servi pour le Sauvour.se trouve dans
l\'ihhn\e de S. Uenoil, de Siihiaro. en Italie. Chez les Romains, les condam
n a à la peine capitale étaient flagella avant l'exécution. Pour ceux qui
avaient litre de citoyen ou employait les verges, pour les autres le fouet
ou flnffcllnm.
(2) DvitoHVCHsp Passion (Cnth. Einm.). chnp. XV et XVIT. Ed. Caster-
man.
L'anneau de jonc autour duquel lurent enroulés les rameaux épi
neux est vénéré à Nolrr-Damo de Paris. Les épines sont répandues dans
diverses églises. Trêve et Pise possèdent des morceaux de. branche de zizy-
pfiiut spina Christ i, assez considérables, ayant fait partie de la couronne
de N. S.
(A) Ce manteau a été partagé. On en voit a Home dans les églises
de S. François à Ripa. dWguagni. de S. Jean de La Iran et de Stc-Alarie-
iMajeiire.
C5j Celle relique a été également, subdivisée. La longueur totale des mor
1
ceaux connu - n'atteint pas 50 cent. Les principaux sont au couvent de
m i n m m
Watoped au mont Alhos. 1 8 0 : au couvent d'Andech. Havière. 1 1 0 ; ù
, n m
Lnnejrarde. rantou de, Labaslide-AIiirat {Lot), 5 0 ; au dôme de Florence,
un petit morceau.
LE CHEMIN DE LA CROIX 51
(1) Ce passage est transcrit tout entfoT par Mgr Cirot rie la Ville, dans son
lc
ouvrage sur S Véronique, vrai travail de bénédictin, et (jui est pour cette
tp
sainte le pendant, des Monuments de M. Faillou sur S Magdeleine. Il se
trouve également dans presque tous les livres modernes, tant français
lc lc
qu'étrangers, qui traitent soit de S Véronique, soit do In S Face.
Mgr Cirot. de la Ville a également cité, indiqué du moins, tous les autres
, e
passages de Cath. Emmerich, relatifs à s Véronique. « Ces écrits, dit
» réininenl auteur, fournissent un élément nouveau que je ne saurais
» érarter. Les personnes pieuses, parmi lesquelles ils deviennent do plus
» en plus populaires, s'étonneraient de mon silence à leur égard. Tout
» locteur a droit d'exiger que je les expose et les contrôle dans des détails
» qui paraissent douteux et aventurés (Page 12"). »
e
L'épisode qui fait l'objet de la VII station du chemin de la Croix, ainsi
que les chutes de N. S. et la rencontre de la T. S. Vierge, ne se trouvent pas
relatés dans les Evangiles; mais c'est une tradition universelle, constante,
iuinterrornpue et romaine.
LE CHEMIN DE LA CROIX 57
LK CALVAIRE
(1) La sainte éponge a été vérHiite en parcelles dont une est venue en
France du temps de S. Louis. Ou en voit encore à St-.laequcs de Compiègne
et à Rome dans les églises de St-Sylvestro, de St-Jean de Latran. de S^-Marie
lp
Majeure, de S -Marie in Transievère, de St-Maro et de S a l a r i e in Compi-
natelli. Tons les fragments réunis formeniune éponge à peu près de la gros
seur du poing. On croit que le roseau qui servit, fut le même que celui du
couronnement d'épines.
64 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
L E C Œ U R R A C a i i DE J É S U S
(1) XV Mars.
(2) La Violette de l'Ame, (1500 à 1501.)
68 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
» mon fils, franchis cette porte, et, caché dans ce refuge, laisse
» passer l'ouragan. »
D'après l'opinion la plus probable ( 1 ) , le Cœur de Jésus fut
partagé en deux par le fer de la lance. Il en coula du sang et
de Peau. Quelques gouttes de ces liquides divins rejaillirent,
d'après une tradition des plus respectables (2) sur la face de
Longin et r e n d i r e n t à l'un de ses yeux la vue dont il était
privé. Miracle plus grand encore, elles valurent la lumière à
son àme. Longin se convertit, devint u n grand saint, u n a r d e n t
apôtre et un m a r t y r .
Quelle d u t être l'efficacité de ce sang précieux pour Magde-
leine e t Véronique le recevant dans leurs mains, le recueillant
dans des ampoules préparées sans doute à l'avance (3), ou le
puisant dans le c r e u x du rocher pour le t r a n s m e t t r e au pays
des Gaules, à la F r a n c e ? N'est-ce pas ce baptême d'eau e t de
sang, reçu sur le Calvaire en la personne de ces deux g r a n d e s
saintes, qui a valu à n o t r e patrie cet inestimable privilège d'être
le c e n t r e , le foyer de la dévotion au Cœur miséricordieux de
Jésus ? La première chrétienne qui a foulé le sol de notre p a t r i e
c'est Magdeleine, l'amante du Cœur de Jésus. Après elle c'est
Véronique, l'emblème de la Réparation. Faut-il s'étonner alors
que la France possède les sanctuaires de Paray-le-Monial et
de Tours ?
Sur l'instigation de la Bienheureuse Vierge Marie, les saintes
t0
femmes, et parmi elles s u r t o u t S Véronique, recueillirent
avec le plus grand soin tout ce qui servit pour la Passion
> ARMi les amis de Jésus qui au Calvaire étaient non loin de
§ la T. S. Vierge, se t r o u v a i e n t deux personnages considé-
q^\, rabîes de Jérusalem, Nicodème et Joseph d'Arimathie.
Le p r e m i e r , célèbre par son savoir, ne Tétait pas moins par sa
naissance. Docteur en Israël, il appartenait à la p r e m i è r e n o
blesse j u i v e . Suivant les usages du temps, Nicodème faisait par
tie d e l à secte des pharisiens ; il avait accepté les doctrines du
célèbre rabbin Gamaliel dont il était le neveu, f e n d a n t la vie
publique de Notre-Seigneur, Nicodème devint son disciple;
mais, nous apprend l'Evangile (1), il se cachait. D'après Ja
tradition, Magdeleine aurait été prévenue par Nicodème de la
,e
conspiration tramée contre le divin Maitre. S Magdeleine
aurait écrit à Notre-Seigneur ce qu'elle avait appris et ce serait
elle qui a u r a i t déterminé ainsi le Sauveur à se r e t i r e r â
Ephrem s u r les confins du désert.
D'après S. Mathieu, Joseph d'Arimathie, (2), était un h o m m e
r i c h e , selon S. Luc (3), v e r t u e u x et j u s t e , et, suivant S. Marc
(k), u n noble décurion de la ville de J é r u s a l e m . Lorsque les
Romains s'emparaient d'une ville, ils la faisaient administrer
par un corps de dix magistrats appelés Caria decurîoiium ou
minor settattts, pris parmi les personnages les plus r e m a r q u a
bles de la cité. Ces magistrats portaient le nom de d é c u r i o n s ;
leurs décrets avaient force de loi. Joseph d'Arimathie était de
LA DESCENTE DE LA CROIX
n
( [ ) Siméon Métaphraste. hagiograplie du x siècle. Devenu proto-secré-
taire rie l'empereur Léon, il fut nommé ensuite grand logolliète, puis mai-
LA. DESCENTE DE LA CROIX 75
l0
do la Magdeleine de l'Evangile et de la Mag.leleine de laS -Baume est aujour
d'hui établie. La Véronique de Soulnc est la compagne et la contemporaine
enfïaulede laMagdcleiue de la Ste-Baume. On ne sera donc pas surpris que
nous insistions sur les liens qui les unissaient avant la Passion, qui se res
serrèrent sur le Calvaire et dans les persécutions ultérieures, persistèrent
enfin jusqu'à extinction de leurs jours sur le sol de notre patrie.
LA DESCENTE DE LA CROIX 77
» il avait porté le pouls rie îa croix n'était plus qu'une p l a i e ;
» toute la partie supérieure était couverte de m e u r t r i s s u r e s ;
» et Ton voyait au côté droit la large blessure où était entrée
» la lance qui avait percé le cœur de part en part. Marie lava
» toutes ces plaies. Magdeleine, à genoux, l'aidait à accomplir
» ces pieux devoirs, et pour la dernière fois elle baignait de
» ses larmes les pieds du Seigneur et les essuyait de ses
» cheveux.
» La t è t e , la poitrine et les pieds de Jésus étaient lavés ; le
» saint corps d'un blanc bleuâtre, couvert de tâches brunes à
a
» l'endroit des plaies, et ù . plaques rouges là où la peau avait
» été enlevée, reposait encore entre les bras de Marie. Elle
» recouvrit avec un linge les parties lavées,Pt se mit à embau-
? mer toutes les plaies. Les saintes femmes s'approchèrent
» successivement d'elle et lui présentèrent, à genoux, une
» boite dans laquelle elle prenait avec l'index et le pouce de la
» main droite le baume précieux dont elle se servait pour oin-
» dre les blessures. Elle oignit les cheveux. Elle prit dans sa
» main gauche les mains de Jésus, les baisa respectueusement
» et remplit de parfums les larges plaies des m a i n s ; puis elle
» en remplit les oreilles, les narines et la plaie du côté. Made-
» leine embauma les pieds du Sauveur, puis elle les arrosa de
» nouveau de ses larmes et y t i n t ses lèvres longtemps collées.
» On ne j e t a i t pas l'eau dont on s'était servi (1) : on pressait
» les éponges au-dessus des outres de cuir, où on la conservait
» précieusement. Je vis plusieurs fois Cassius (Longin) et plu-
» sieurs soldats aller puiser de l'eau nouvelle à la fontaine de
» Gihon, qui était assez rapprochée. La Sainte Vierge a y a n t
» oint toutes les plaies, enveloppa la tête de Jésus avec des
y> bandelettes, mais elle ne couvrit pas encore le visage. Elle
» ferma les yeux et la bouche de son fils, puis elle embrassa le
» saint corps et laissa tomber son visage baigné de larmes sur
» celui du S a u v e u r .
(1) Une partie de ces ablutions resta aux mains de Joseph d'Arimathie.
Cet autre personnage du Calvaire en laissa dans la Grande-Bretagne, lors-
qn'aprés s'être séparé d'Ainatoret de Véronique a Soulac, il alla évangéliser
cette contrée. On eu conserve encore a Bruges (Belgique).
78 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
L'ENSEVELISSEMENT
A P R S e s r a n s a c 0 D
(i^f ' ^ ^ ^ J Qt Moïse, l'égyptien, cités parBa-
ronius, il était d'usage chez les Juifs de laver le corps des
fyjb personnes mortes. C'étaient les hommes qui rendaient ce
devoir aux hommes et les femmes aux personnes de leur sexe.
Trois évangélistes disent simplement que Joseph d'Arimathie en
roula le corps de Notre-Seigneur dans un sindon. S. J e a n , qui
avait été acteur de cette scène, nous donne quelques détails.
C'est lui qui nous apprend que Nicodème et Joseph d'Arimathie
employèrent pour l'embaumement environ cent livres d'une
mixture d'aloès et de m y r r h e . « Ils lièrent le corps de Jésus,
» ajoute-t-il ensuite, avec des aromates au moyen de linges,
» suivant la coutume d'ensevelir des Juifs (h. »
Le texte de S . Jean n'est en rien contraire à la tradition de
Provence et au récit de Métaphraste; son silence est loin de
s'opposer à ce que l'on admette que ce fut la Mère du Sauveur
qui donna au chef divin et a u x plaies sacrées de Jésus, les
soins affectueux décrits par Cath. Emmerich.
Le linge sur lequel Notre-Seigneur fut étendu, couvert de
sang, après la descente de la croix, et dans lequel il fut remis
entre les bras de sa sainte Mère est, pense-t-on généralement,
le S. Suaire de Turin. On y voit dessinées deux empreintes du
corps du Sauveur, l'une de la partie antérieure, l'autre de la
face postérieure. Quelques a u t e u r s pensent qu'elles ont été
formées par le sang même de N . S. Jésus-Christ. Ce linge est
très long. Le corps fut d'abord étendu sur le dos,,vers une des
extrémités de ce d r a p ; on r a m e n a ensuite l'autre partie sur les
pieds, la poitrine et la face.
(1) Disserta lion sur les funérailles des heureux insérée dans son com
mentaire fin la Kihle.
(2) Dictionnaire de la Bible ^ par dom Calme);.
(3) Los bandelettes de l'ensevelissement étaient en grande partie à Com-
pipgne avaut ht Révolution.
(4) Cette coutume est signalée par le R. P. Ollivier dans son récent ou
vrage sur la Passion.
(b) Dominicy (de Sudario capitis) rapportant cette tradition l'explique
L'ENSEVELISSEMENT 81
appelons ce suaire, et comme on l'appelle en langue vulgaire,
(1) se compose de huit doubles. Les deux qui recouvrent les
autres à l'intérieur et à l'extérieur sont d'une finesse extrême.
Chaque double est d'une seule pièce, mais présente une cou
ture, suivant une ligne allant du milieu du front au milieu de
la nuque. Cette coiffe se boutonnait sous le menton. Elle
recouvrait le front et ne laissait visible que la partie du visage
située au-dessous des sourcils. On remarque sur cette sainte
relique un grand nombre de taches de sang, dont une douzaine
environ assez considérables. Les deux plus importantes sont
mm
situées à l'intérieur, du coté droit. Elles ont toutes deux 2o
de longueur, elles t r a v e r s e n t les huit doubles. L'une d'elles a
mm
près de 1 4 de largeur. Ces taches d'une si grande étendue et
en si grand nombre, prouvent d'une manière irréfutable que la
Ste-Coiffe (2) a été placée sur la tète adorable du Sauveur im
médiatement après qu'elle fut lavée et avant qu'on procédât à
l'embaumement. En effet, le premier phénomène produit par
l'application des matières qui furent employées est la coagula
tion du sang. Leur action prolongée finit même par emmener
la dessication complète du cadavre.
Les Juifs avaient e m p r u n t é a u x Egyptiens l'usage d'embaumer
les cadavres; mais leur méthode était bien différente. 1k ne
momifiaient pas les corps. Ils se contentaient de les envelopper
d'aromates, afin d'en r e t a r d e r seulement la putréfaction. Mal
gré cela, à l'époque dont nous parlons, les funérailles, à cause
du luxe qu'on déployait surtout dans l'embaumement, étaient
devenues si dispendieuses, que les parents s'enfuyaient et
( D Aétius l'ancien,
''2^ Los smûres d fi Rosançon. do Compiotmo, de Cornéli-Munster (près
AivIn-ClinpHle.
(3) Les suaires de S. Jean de Latran, de CornJi-Munster, de Cadouin
(Dordogno). Ces trois suaires ouf la forme d'un linge rectangulaire. On
conserve A Carcassonne un autre remarquable suaire de la léie. le Saint
Cabnmn. l i a la forme d'un s a c ; il se liait autour du cou au moyen d'une
coulisse.
Tous PPS linups HP serv uent qu'à relenir les aromates autour du corps
dont 1RS membres étaient maintenus on place par dos bandelettes. Les di
mensions du suaire de la tête de Cadouin portent à croire que c'est celui
qui fui placé par dessus tous les autres. Tous ces liuges étaient consolidés
au moyen de bandes de toile. La simplicité, de ce mode d'embaumement
explique la rapidité avec laquelle il fut pratiqué.
L'ENSEVELISSEMENT 83
(1) Denys, surnommé le Petit, à cause rie sa. faille, était un moine origi
naire rie Scylhie. Il vint à Home au commencement du vi° siècle cl mouru
sous le règne de Juslinieu.
e
(2) La 4 6 do Pere Julienne.
86 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
APRÈS LA RÉSURRECTION
C'est ainsi que les disciples aimaient Jésus ; mais cet amour,
encore trop h u m a i n , devait bientôt être en quelque sorte divi
nisé. Après la venue de l'Esprit-Saint, il se t r a d u i r a par des
œuvres, par des actes poussés j u s q u ' à l'héroïsme.
Véronique et Amator firent incontestablement partie des
cent-vingt personnes qui, avec la T. S. Vierge et les apôtres, se
renfermèrent au Cénacle, « vaquant tous ensemble à l'oraison
» avec une grande allégresse...
» A la troisième heure du j o u r , raconte toujours Raban
» Maur, l'Esprit-Saint descendit s u r eux avec un bruit violent,
» sous la'forme sensible de langues de feu, et ils commencèrent
» à parler les langues de tous les peuples et à prophétiser
» Car, dans quelque langue que parlât ensuite chacun ou c h a -
» cune (1) de ceux ou de celles qui composaient cette troupe
» d'hommes et de femmes, il semblait à tous ceux qui les e n -
:
(1) C est l'opinion do S. Jeau Chrysostomo et de S. Augustin.
7
92 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
AMADOUR
VÉRONNIS
TIBÈRE
(iUKl-USOiN D E L / E M P E R E U U
(1) Maria mis Scot. chronique an Mi), d'après S. Mélhodius. évêquc de Tyr.
— Math. Uvest. — Martyrologe de Galésinus. — Kerrarius. — Klorarium
MS. Sanctorum.
C2) Mgr Gaunie. — Biographies ërangch'ques^ d'après les auteurs précé
demment cités. — Cette même histoire se lit dans un manuscrit, conservé,
dans la librairie valicune. du seigneur N e o l a s a u n* 3851. Nous aurions
voulu le citer en entier, mais sa longueur, due a des embellissements înuti-
tiles et erronés, nous en ont empêché.
102 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
(1) Tertullien conteste ce fait et veut que S. Luc n'ait été converti
qu'après l'Ascension et n'ait jamais connu N.-S. Jésus-Christ. On a de S. Luc,
peintre, plusieurs portraits de la T. S. Vierge fort célèbres. Un des plus re
marquables est celui que l'on conserve à Rome, à. Ste-Marie-Majcure.
8
108 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
(1) Les prosélytes de justice étaient les Gentils qui croyaient au vrai
Dieu et pratiquaient le Déoalogue. L'entrée du Temple leur était complète
ment interdite. Les prosélytes de la porte joignaient a. l'observation des
commandements de Dieu celle des antres prescriptions légales imposées au
peuple hébreux par Moïse. Une partie du Temple leur avait été réservée
par Salomon. Ces derniers étaient circoncis.
(2) Luc XXIV. 47.
LA CHRONOLOGIE DES ACTES 109
Les (5 premiers chapitres des Actes des Apôtres sont plus
particulièrement consacrés à l'histoire de cettu évangélisation.
Parcourons-les rapidement.
Au sortir du Cénacle, S . Pierre, le j o u r même de la P e n t e
côte, adresse la parole aux. Juifs, venus de toules les parties du
monde à Jérusalem et convertit trois mille personnes (l).
Quelque temps après, Pierre et Jean guérissent l'infirme de
la Porta speciosa. Ils sont incarcérés, mais relâchés le l e n d e
main. Cinq mille autres juifs, à la nouvelle de ce prodige
retentissant, embrassent la vraie foi et se font baptiser (2).
Les miracles se multiplient sous les pas des Apôtres. On a p
porte les malades sur les places publiques et l'ombre de P i e r r e
les guérit. Le sanhédrin s'irrite des progrès de la religion
naissante. Les Apôtres sont saisis et mis en prison; mais, p e n
dant la nuit, u n ange les délivre. Le lendemain, pendant qu'ils
prêchent dans le temple, ils sont repris et battus de verges (3).
A cause des m u r m u r e s qui s'élevaient parmi les Juifs-Gréci-
sants, mais s u r t o u t afin d'aider les Apôtres dans leurs fonctions,
S. Pierre institue le diaconat. Le chef des sept diacres ost
Etienne, qui sera le glorieux protomartyr. A peine a - t - i l
signalé l'élection d'Etienne, que S. Luc commence l'histoire de
ce diacre et la n a r r e en entier (4).
S. Etienne fut lapidé non loin de Jérusalem, dans un endroit
que l'on vénère encore (5). On montre également le rocher sur
lequel la T. S. Vierge et S . Jean priaient pour le martyr et
pour les b o u r r e a u x (6).
Une grande persécution s'éleva alors dans Jérusalem (7K
Pendant que S. Etienne conquérait sa glorieuse couronne,
une jeune homme du nom de Saul gardait les habits de ceux
qui jetaient les pierres (8).
Si nous voulons suivre exclusivement la trame du récit des
Actes, nous devons sauter, dans S. Luc, 36 versets (d\ laisser
ce qui concerne le diacre S. Philippe, ses travaux apostoliques,
(i) Act. II. — (2) Act. III et IV.— (3) Act. V, 15-42,— ('4) A et. VI; VII. 4 .
(5) Saints Lieux, par Mgr Mislin. II png. 450. — (G) Cornel. A lap. Act.
VII, 56. — (7) Act. VIII, 1-4. — <R) Ari. VII, 57 et 50. - (0) Un v. 4
excl. au v. 40 excl. du chap. VIII.
110 SAINT AMADOUR KT SAINTE VÉRONIQUE
(1) Comme uous le verrons dans le S suivant, des disciples avaient déjà
été sacrés évéques.
(2^ Act. IX, 1-30. — (3) Act. II, 25. — (4) Act. XI, 1-18.
(h) Act. IX, 26.
(6) S. Ignace, surnommé Théophore, un des Pérès et des premiers Doc
teurs de l'Eglise, fut disciple de S. Pierre, qui l'établit évéque d'Antioche
LA CHRONOLOGIE DES ACTES 111
les diacres étaient attachés plus spécialement à l'un des apùtres
pour l'aider dans ses fonctions sacerdotales. « A 1 image des
» puissances angélîques, dit-il, les diacres assistent l'évèque et
» lui prêtent un ministère pur et sans tache, pendant la célé-
» bration de la liturgie. Tels furent Etienne pour le bienheu-
» reux Jacques, Timotliée et Lin près de P a u l , Anaclet et Clé-
» ment pour P i e r r e . » On trouve cette affirmation répétée
deux fois dans les écrits qu'on attribue à S. Ignace (1).
Bède, Baronius, à la suite d'Eusèbe, fixent au 27 décembre la
date du j o u r où S. Jacques fut choisi comme évèque de J é r u
salem et sacré par S. P i e r r e , S. Jean et S. Jacques le Majeur.
On sait que S. E t i e n n e fut martyrisé le 26 décembre (2).
D'après ce que nous trouvons dans les Lettres de S . Ignace, il
devient impossible que S. Etienne ait subi son supplice 1 année
même de la Passion. S. Jacques n'a pu avoir de diacre pour
l'aider dans son ministère à Jérusalem qu'après qu'il eut été
nommé évêque de cette ville.
Il faut donc reculer forcément la date du martyre de S. Etienne
à une époque postérieure au 27 décembre de l'an 26.
Nicéphore (3) veut que la mort du diacre Etienne ait eu lieu
sept ans après la mort de Notre-Seigneur. C'est une erreur que
rend manifeste la chronologie des t r a v a u x accomplis par
S. P.aul. D'après le Martyrologe romain (4), le chef des diacres
fut mis à mort peu de temps après la Passion ; nous devons donc
rapprocher le plus possible de la mort du Sauveur la date du
martyre de S. Etienne et choisir entre le 26 décembre de l'an
27 et le 26 décembre de l'an 28.
S. Chrysostôme. dans son homélie sur le Prince des Apôtres,
après S. Evode. II fut martyrise" sous Trajan. On a de lui des Lettres qu'on
regarde avee raison comme un des plus précieux monuments de la primi
tive Eglise. Les sept premières sont considérées comme absolument,•authen
tiques. Eusèbe et S. Jérôme n'ayant pas parlé des autres, il y a discussion
k leur sujet.
(1) Ep. 5 et 13. — (2) Quelques auteurs ont confondu la date de l'Inven
tion fies reliques de S. Etienne avec celle de son martyre qu'ils mettent an
mois d'août; mais tons les commentateurs acceptent la date du martyro
loge, le 20 décembre.
(3) Hist. Ecclos. liv. Il, chap. 25. — (\) Hierosnlf/mis valnlis sancli
Stephani protomartyris qui à Jadevis non longéposl Ascensionem Domini
lapidatus esl. (26 Dec.)
112 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
(1) Act. IX, 31. — (2) Vie de N. S. Jrsus~Ckri*L 0° soction, ch. LXX.
XX
(1) Act. VIII, 13. — (2) Act. VIIÎ, 14-17. — (3) Act. VIII, 18.
(4) Act. VIII, 19.
( 5 ) . . . e £ multis regioniims Samaritnnorum cvangelizabant. Act.
VIII, 25.
(6) Act. VIII, 26-40. — (7) Act VIII, 30-40.
116 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
(1) . . .Fuit autem cnm discipulis, qui erajit Damasci per dies ali-
ijnot. (Art. IX, 10).
(2) Et abiit Ananins, et introitril in domum et imponens ei manus
dixit : Sante frater. Dominas misit me Jésus, qui apparaît tihi. in via qua
reniebas, ut videos, et implearis Špiritu Sancto. (Act. IX, 17.)
(3) Act. VIII. 4.
VOCATION DES PROSÉLYTES DE LA PORTE 117
Le texte n'énumère pas en cet endroit les contrées parcou
rues par les fugitifs. Il le fait plus loin. « Ceux qui furent
» dispersés, t r o u v e - t - o n (4), lors de la trihulation qui eut lieu
» sous E t i e n n e , allèrent jusqu'en Phénicie, en Chypre et à
» Antioche. » Il n'est pas question de la Samarie. Est-il admis
sible, en effet, que pondant que la plus violente des persécu
tions règne à Jérusalem, persécution qui s'étendra au loin
puisque Saul portait, au moment de sa conversion, des lettres
pour Damas, afin de. faire poursuivre les fidèles de cette ville,
est-il admissible que S. Philippe ait pu, aussi tranquillement
que le raconte le texte des Actes, évangéliser la Samarie située
si près de la capitale de la Judée ?
S. Etienne et S. Philippe d u r e n t commencer leurs travaux
apostoliques à peu près en même temps, l'un à Jérusalem et
l'autre en Samarie.
On considère généralement la conversion de l'Eunuque de
Candace, faite par S. Philippe à la suite d'un ordre donné par
un ange, comme la vocation des Prosd/r/h'8 de In Parle, c'est-
à-dire des Gentils, qui croyaient au vrai Dieu et observaient
la loi de Moïse.
Cette vocation, comme on vient de le voir, dut avoir Hou
l'an 27, la deuxième année après la Passion, avant le martyre
de S. Etienne.
Les textes sont formels ; c'est dans les jours anciens, c'est
dès le commencement qu'eut lieu la vocation des Gentils.
Il est donc certain, d'après ce que nous venons de voir, que
dans le livre des Actes l'épisode du centurion Corneille n'est
pas à sa place chronologique. Elle est, en eflet, miso après le
retour de S. Paul d'Arabie à Jérusalem, moment où, d'après le
texte même des Actes, S. Paul a commencé de prêcher aux
Gentils.
Nous avons donné le motif de ce déplacement et, r e m o n t a n t
de proche en proche, nous avons montré que la vocation des
Gentils devait nécessairement avoir été antérieure au m a r t y r e
de S. Etienne.
On pourrait opposer à ces assertions le passage suivant des
Actes :
« Ceux qui furent dispersés sous la tribulation qui eu lieu
» sous Etienne, allèrent j u s q u ' e n Phénicie, en Chypre et à
» Antioche, ne prêchant l'Evangile qu'aux seuls Juifs.
» Mais quelques-uns d'entre eux, originaires de Chypre et
» de Cyrènes étant entrés dans Antioche, prêchaient aux Grecs,
» annonçant le Seigneur Jésus (1). »
Par Grecs, il faut ici entendre les Gentils, puisque c'est
après les succès obtenus dans cette prédication préliminaire
que l'Eglise de Jérusalem envoie à Antioche S. Barnabe, qui,
lui aussi, sera apôtre des Gentils. Barnabe, à peine arrivé, se
rend à Tarse pour chercher S. P a u l . Dès leur retour, leur m i s
sion commence.
On voit facilement par le second verset que si les disciples
dispersés ne prêchaient qu'aux Juifs, c'est par crainte et non à
la suite d'une défense. Cette crainte durera longtemps. Après
le concile de Jérusalem, 14 ans plus tard, S. Pierre l u i - m ê m e ,
à Antioche, se cachera pour manger avec les Gentils et en sera
repris par S. P a u l (2J. Les disciples pouvaient prêcher aux
Gentils, mais ils ne l'ont pas fait, tel est ce que veut dire ce
passage, et au lieu d'être contraire, il est favorable et devient
une nouvelle preuve.
CÉSARÉli
(1) Zerka veut dire bleu foncé. Un autre fleuve du même nom se jette
dans la mer Morte : c'est le Yabbok de la Bible. (Mgr Mislin).
136 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
(1) O'après retendue des mines, on estime que Ccsarée devait avoir plus
de 100,000 habitants.
(2) Josephe. Antiquités, liv. XX. ch. VIII.
S A I N T A M A D O U ft E T S A I N T E VERONIQUE
(1) Los Chuteens étaient des peuples qui turent transportés dans la Sa
marie par Salmanasar, lorsque ce prince emmena en captivité les habitants
rie cette contrée. Ils étaient primitivement idolâtres. Plus tard ils connurent
la religion du vrai Dieu, mais ils y mêlaient des pratiques païennes. Ce sont
ces peuples que les Juifs, au temps de N.-S., nommaient par mépris Sama
ritains.
(2) Talmud do Jérusalem, traité Gnaboda-Zara. ch. V, fol. 24, col. 4.
(3) Les palriarchats de Rome, ri'Antioche et d'Alexandrie furent fondés
du temps des Apôtres. Celui de Jérusalem fut établi par le pape Vigile en
l'an 553 et celui de Constanlinople sous l'empereur Justinien.
(4; Le voyage de Mgr Mislin eut lieu vers la fin de l'année 1848.
CÉSARÉE 139
^ ^ ^ ^ ^
10
XXV
(1) Dans un autre passage Lazare ost qualifié do, sacerdas. Ce mot, mis
en opposition de celui de prcshylcr. montre qu'A ce numieul Lazare avait la
plénitude du sacerdoce, était évrquc. liien qu'il n'eut pas actuellement,
d'église h gouverner. — Sophouias est donné comme frère de Zachée dans
un autre endroit des Récognitions.
(2) Si cet Ananie, comme tout spuihlo l'indiquer, est le même que révo
que de namas qui accueillil S. Paul, il n'y a pas de donio que l'auteur dos
Récognitions n'ait voulu placer le sacre de Zachée avant la conversion de
Saul. Ananie est donné comme fils do Safra pour le distinguer sans doute
d'Ananie, l'époux de Saphire.
(3) En 1842, M. Mynoïdo Minas fut chargé par le gouvernement français
d'aller rechercher les vieux manuscrits dans les bibliothèques de la Grèce.
Il rapporta les Philosophumcna qui contiennent la réfutation des hérésies
142 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
dcs 3 premiers siècles. Ou attribua cet ouvrage les uns à S. Hippolyte, les
antres a Origeno, ce qui donna lien k nue discussion très vive. Les Pliiloso-
phumena contiennent des fragments de Piudare, d'Kmpédocle et dTIćra-
clite, r^st^s inconnus jusqu'à la découverte de ce précieux document.
(1) Tertnll. Apologet, XXIII.
PREMIER ÉPISCOPAT DE ZACHÉE 143
(1) La persévérance de Zachée u" a fait doute pour aucun Père. S. Jérô
c
me, si au courant des traditious de l'Orient au i v siècle, est formel. Qnn~
modo Zachœus ingresms est in regnum cmlornm qui divcs fuit ? trouvc-
t-on dans le commentaire du psaume LXXXUl.
(2) Ces listes se nommaient les tables sacrées ou dypliques.
146 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
(1) D'après .TosepUe. HisL des Juif*, liv. 13, an 107. — Il y a discussion
au sujet do l'origine des Esséniens. S. Epiphanc les fail remonter jusqu'à
Jessé, père de David.
LES ESSÉNIENS ET LES THÉRAPEUTES 151
reproduire textuellement le passage de Philon sur les T h é r a
peutes (1).
« L e n o m qu'ils donnent entre eux, dit l'historien juif du
er
I siècle, est celui do Thérapeutes ; «oit qu'ils y attachent la
signification étymologique de médecins spirituels, travaillant à
guérir Pâme de leurs disciples des passions et des vices; soit
qu'ils le prennent dans l'acception du culte chaste et sincère
qu'ils font profession de rendre à la divinité.
» Quiconque v e u t embrasser leur genre de vie, se dépouille
volontairement de ses biens et les abandonne à sos proches.
Ainsi dégagés de tous les intérêts h u m a i n s , ils quittent les
cités pour aller vivre dans les campagnes désertes ; car, suivant
eux, le commun des hommes et leur fréquentation sont des
obstacles à l'étude de la sagesse.
» Les représentants de cette doctrine se sont répandus sur
tous les points du monde. Nulle race, grecque ou barbare, ne
devait être privée de cette bienfaisante i n s t i t u t i o n . Cependant
c'est en Egypte, parmi les diverses préfectures de ce pays, et
surtout aux environs d'Alexandrie, qu'ils se sont multipliés.
Leur centre et comme leur patrie est situé près du palus Ma-
riotique, dans une délicieuse campagne, qui réunit à la fois les
avantages d'un sol fertile, du calme le pins profond et d'un
climat enchanteur. C'est là que viennent habiter, de tous les
points du monde, les plus parfaits des Thérapeutes.
» Dans chacune de leurs demeures se trouve un sanctuaire
qu'ils nomment Semnèion ou Monastère, et où seuls, sans t é
moins, ils se livrent aux mystérieux exercices d'une vie sainte.
» Dans cette solitude, ils n'emportent ni aliments, ni b r e u -
(11 Oc, passaao ost un do ceux qui montrent que 1ns Thérapeutes étaient
Juifs. Philon, contemporain do S. Pierre, qu'il connut h Rome, n'aurait pu
parler des avrims fondateurs des Thérapeutes s'ils avaient été chrétiens.
Autre part, il est dit qu'ils se réunissaient lo jour du sabbat, ce qui ost
contraire aux usages dos premiers chrétiens qui, comme tout le monde sait,
choisirent le dimanche comme jour de repos.
LES ESSÉNIENS ET LES THÉRAPEUTES 153
jusqu'à six jours entiers, et seulement alors consentent à goû
ter quelques aliments d ) .
» Un grand nombre de femmes embrassent ce genre de vie
et persévèrent dans la virginité jusqu'à une extrême vieillesse,
bien différente de la contrainte légale que subissent certaines
prétresses du paganisme. Les vierges dont j e parle n'ambition
nent d'autre alliance que celle de la vérité et lui consacrent
toute leur vie. Dans leur mépris pour les voluptés do la terre,
elles renoncent aux joies de la maternité, afin do produire des
fruits immortels de v e r t u , dans l'union avec l'Esprit divin qui
les anime et les vivifie ( 2 ) . »
(1) Il est dit dans un antre passage qu'ils ne vivaieul que de paiu et de
sel, assaisonné quelquefois d'un pou d'hysopp.
(2) Philon, cité par Eusèbe, Jïîsf. pccles.. liv. IL chap. XVII.
XXVTI
L E S M O I N E S DU CARMEL
il
156 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
(1) Mgr Mislin, Les Saints Lieux, tome IL pag. 45 et suivantes, passim.
(2) Brev. r o m . Ofpcium B. M. V. de. Monî-Garmelo XVI. Jnl.
s
0
(1) Guiđe-Indicafeur de la Terre-SaMe, par le F. Liévln. III partie,
pag. 206.
(2) Le Mont-CarmeK déjà cité, pag. 50.
(3) Le P. Philippe. Décor Carmeli, pag. 28. — Paléonidore, Antiquitates
eremit. Manlis-Garmeli, Hb. II, c. 2 .
(4) J. n. de Lezana. in Annalibus CarmeWnrmn* tom. I, pag. 067;
tom. II, pag. 196. — Marc. Antonin. Alegri de Cœsauati, in Paradiso Car-
melitici decoria, st. Il, œt. II, cap. XVIIL
XXVIII
LE DOMESTIQUE DE LA T. S. VIERGE
(1) Dicnnt quidam, qitod beatus Amator famulus beatœ Marùe, ati-
quando bajulus et nutritius Domini fuit, et assumpta piissima Matre
Domini ad œlhercas mavsiones, ipse Amaiar prmmanilns ah en ad Gai lias
transfretavit. — Robert du Mont. Appendix ad Chronicon SigiheiiL ad
annum Ghristi 4110. — Robert du Mont (Robcrtus à Moule) ou Robert de
Thorigni en Normandie (Robertus à Toriueo) était né dans nette localité.
Il fut abbé du Mont-St-Michcl. Il composa un grand nombre d'ouvrages dont
il ne nous reste que la Chronique de Higebert et un Traité des Abbayes.
Melchior Canus. dominicain, dit dans son traité de Locis théologieis
(liv. XI. cliap. XI) que Robert du Mont s'est efforcé rte recueillir avec soin
les traditions qu'il trouvait consignées dans les divers manuscrits, mais
qu'il ne s'est pas occupé d'en faire la critique.
(2) Bajulus en basse latinité peut signifier aussi bien porte-faix* domes
tique porteur de fardeau, que gardeur d'enfant. Nutritius peut aussi légi
timement être traduit par cuisinier, qui prépare la nourriture, que par
pore nourricier. Cela dépend du contexte.
(3) Sanclus Amator, conjux Veronir.w cui Dominas faciem suam c.r-
pressam dédit, famulus sanctm Virginis Maria' et Joseph, et Domini
bajulus ac nutritius, post discrssionem ejns ad crrtns. rjus hortatu sanc-
ium Marlialem cum conjnge secutus est ad Galfias ubi sicut riderai
prope Nazareth eremitas Nantis Carmeii, eam vitam in, edilissimo monte
secutus ad Gat lias. — Le 20ï)° des Fragments do Malrilus. imprimés à la
suite rte la chronique de Luilprand en 1<>35.
Lnitprand avait été sous-diacre a Tolède. Diacre à l'avic, il devint
évêque de Crémone. Il fut, vers le milieu du x° siècle, employé dans des
négociations importantes. U a laissé en particulier une histoire de ce qui
est arrivé de plus important en Italie et en Allemagne depuis l'an 8G2
jusqu'en 9f>4. Les ouvrages historiques de Lnitprand sont remarquables.
Vers le comiuencemcut du x v i r siècle, ou anuonca bruyamment eu Es-
1G2 SAINT AMADOUR ET SAINTE VERONIQUE
pag. 28f».
L E D O M E S T I Q U E D E LA T . S. VIERGE 1G3
NOTRE-DAME DU MONT-CARMEL
f
cune.
mots sur la T. S. Vierge. Les quelques indices qu'il donne
et la tradition p e r m e t t e n t cependant de combler cette l a
(1) Cette tradition est signalée dans les deux passages latins de Robert
du Mont et des fragments de Matritus que nous avons cités dans le para
graphe précédent. Page 161.
170 SAINT AMADOUR ET S A I N T E VÉRONIQUE
(1) Vie rie 8. Ansfremoinr. premier apôtre rt premier évoque rte Cler
mont, an premier siècle, écrite au septième siècle, p a r s . Préject, évéque
de Clermont.
(2) Les Vies de Ions les Saints de France, par Ch. Harthélemv. lome I.
pag.'438 et 430.
12
172 S A I N T A M A D O U rt HT S A I N T E VÉRONIQUE
(1) Bethaiiim est capella in quâ est sepnlcrum Lazari... in kac capella
esicaverna decamta in lapide, et est carcer Mariœ Magdalena*, uhi post
Asccnsionnem Domini... m an sit inclusa lotalifev (Fra 1er Ansclmus niino-
riter, in terra? sancta doscripUouc. Monuments inédits^ par M. Paillon,
col. 273.)
174 KAINT AMAUOUIi RT SAINTK VKli-ONl^ll-;
t0
(\) Vie daS Marie-Magdeleine, par Un han Maur, ch. XXXV.
(2) Vie de Sle Marie Magdeleine,. par Raban Maur. Lnc. cil.
LA P l i l l S K C U T I O N DP: S A l ' L
Philippon, d'Avignon. Des extraits ont été traduits et publiés dans la Sta
tistique des BoHcheS'dn-Rhône,, en 1826. L'auteur pince l'arrivée de la
barque miraculeuse en Provence, un an et demi après 1"Ascension.
(1) D'après des souvenirs locaux, une partie de la Camargueanrait été boi
sée du temps des Romains, entre autres le lieu où se trouve actuellement
rotang de Vaearés. La Camargue a été formée par les alluvions déposés par
la partie supérieure- des eaux du Hhône. C'est ainsi que l'on explique ce lait-
peu ordinaire que. si bas que l'on creuse, an ne rencontre pas une, seule
pierre. Plusieurs auteurs font dériver le mot de Camargue de Campus
Mariarmn. Cette étymologie parait aussi légitime que celle de Campas
Caii Marii* à cause des canaux qu'y aurait fait creuser le général romain
Marins.
(2) Cervais de Tilbury, De. otio iniperiali siècle). — finillauinc Du
rand, évêque de Mendc, Hat iona l des divins offices (\m° siècle».
S A I N T AMAIlOirU ET S A I N T E VERONIQUE
(1) La colonne de pierre fut, par mégarde, brisée par les ouvriers. La
plaque de marbre s'est conservée jusqu'en 1 Tï'-Ï.
(2) L'une de .ces plaques de marbre, nommé causai» des Saintes, était
incrustée dans le mur de l'église. Il fut choisi pendant la Révolution pour
servir de pierre fondamentale à l'un des deux arbres de la liberté planté
dans le pays. Depuis il a été remis à sa place primitive. Les reliques des
saintes furent sauvées par un honnête homme des environs, Antoine
Mullnicr.
SAINT AMADOrK KT RAINTK VLIin.MQU
LE CORPS DE S A I N T E ANNE
(1) La Vie tle tous les Saints de France, par Ch. Barthélémy, pag. 124.
Celte mémo tradition est rapportée dans la vie de Sic Magdeleine par Ranan
Maur, chap. 36 et 38.
13
188 SAINT AMADOUR ET SAINTE VERONIQUE
(1) Oc nom visigotb. dondooh, ne peut pas avoir été IP vrai nom du Ti-
înuque marseillais. Il devait être romain ou plus probablement grec. Nous
l'avons, malgré cola, conservé afin d'abord de faciliter le récit, et ensuite
parce que cette altération de nom nous servira dans une discussion ulté
rieure.
(2) Un baptistère qu'on disait avoir servi au cbef marseillais, baptisé par
S. Lazare, NC montrait autrefois à Angers. Le roi René, comte de Provence,
due d'Anjou, l'y avait fait transporter, 11 était en marbre blanc. C'était,
d'après la tradition, le bassin aux ablutions qui se trouvait devant le graud
temple de Diane, PKphésium, de Marseille.
I.E CORPS DE SAINTE ANNE 191
(1) Smii el hic mnllm de mnlieribus nos! ris Mariam Jesu nid ere
cnpientes et quatidiè à nabis ad vos discurrere voient es... Prodereà mufti,
mulla référant de eadem... Si ticituni est inih i apud te« ad iïierosnfnnw
varies volo ascendere, et videre pdv.ies sanrtos qui ihi snnt, prtrcipvè
Mariant Jcsn, quant divnnt itniversis odmirandaiih et cunctis desidera-
, r
bilem. Quem enim non détente! e! ridere eam et alfoqui. — l lettre de
S. Ignace a S. Jean.
(2) Diversi per Hispanias mnrfem Christi resureclionnrmque dennn-
tiant et Marifp vilam* ad quant frequens e.r Hispanià peha! peregrina-
\io. — Clirou. de Dexter. An. 35.
(3) Le corps de S. Joachim est actuellement à Jérusalem.
102 SAINT AMADOUR. ET SAINTE VÉRONIQUE
(\) Crawls Dnllandistcs, 2(î juil. Toni. X\ pag. 252, d'uprès une relation
de Chilflol s'appnyant sur l'ancien bréviaire do l'Eglise d'Apt. — Petits
Uollandistes. loin. IX, pag. :19. — De i m m t c que tant d'antres, la relation
faite sur l'ordre de Gharlcmagne n'est pas parvenue jusqu'à nous.
(2) Comme toutes colles qui ont trait à Pévangélisalion de ta Gaule au
r
r siérle. la tradition relative au corps de Ste Aune a été attaquée. Nous
réfuterons ultérieurement les objections qui ont été faites, quand nous par
lerons du corps de Ste Magdeleine, de ste Marthe, de Ste Véronique, de
S. Amadour, etc.
LE CORPS DE SAINTE ANNE 195
L'ILE DE ZANTE
(1) Noua sommes obligés de nous engager dans celle voie forcée, mais qui,
nous l'espérons, sera loin d'être une voie périlleuse. Nous trouverons dans
la nécessite de ce lait, qu'impose.:! les dates et l'analyse des traditions, une
preuve nouvelle P| très Torte de l'authenticité fin voile de la Sle-Facc et de
l'identité de la Véronique du Calvaire et de la Véronique de Soulac.
(2i Elles seront énumérées au fur el à mesure que Véronique les dépo
sera dans les églises fondées par S. Martial.
Ci) Act. XI. 10.
(4) Chron. de no\t. An. .14.
ï / l L E DE Z A N T E 199
(1) Douloureuse Passion, par Cath. Enim., éd. Casterman, ch. XX,
note pa^. 302.
(2) Géographie universelle d'Elisée Reclus, Tom. I, pag. 111.
(3) Liv. IV, ch. 12.
L'lLE DE ZANTE 201
fils de Dardanus (1). Ses rivages sont en partie hérissés de
rochers. Ses ports, peu nombreux, ne présentent pas de sécu
rité. Le plus important est celui de la ville de Zante, capitale
de l'île; ce n'est, à proprement parler, qu'une baie.
L'île de Zante n'a qu'une population de 40 000 habitants
environ ; mais son climat est si doux, son terrain si riche, son
séjour si agréable, qu'elle a mérité le nom de « Fleur du
Levant. »
Elle est flère de cette appellation, l'île de Zante ; toutefois,
elle se félicite d'un titre de gloire beaucoup plus beau, celui
t0
d'avoir reçu les prémices de la Foi do S Véronique et de
S. Amadour.
Nous devons à l'extrême obligeance de Sa Grandeur Mon
seigneur Denys Nicolosi, évéque latin de Zante (2), les docu
ments, précieux pour notre sujet, que nous allons mettre sous
les yeux du lecteur. Leur importance n'échappera à p e r s o n n e .
Nous exposerons d'abord, tel qu'il est, le texte original qui
nous fut communiqué, tout traduit. C'est un e x t r a i t des
« Mémoire* historiques de Vile de Zante 1R58) par l'historien
» grec, P . Chioti. » Nous nous permettrons ensuite, après
l'avoir cité, d'en faire la critique.
La tradition de Pile de Zante se compose de deux parties,
e
Tune confuse, si l'on v e u t la r a t t a c h e r au voyage de S'
Véronique à Rome sous Tibère et l'autre, très nette, concer
nant l'évangélisation proprement dite de cette contrée par les
deux Sainis dont nous retraçons la vie. La première a dù s'alté
rer en t r a v e r s a n t les siècles (3). Voici, à son sujet, ce qu'on lit
dans les Mémoires du P. Chioti :
(1) Sagonte en Espagne fut, d'après la tradition, fondée par une colonie
de Zantioles.
(2) Dans l'opuscule sur la Sainte-Face du l\ Janvier, il est. dit en note,
que Ste Véronique, évangélisa Pile de Zante, et qu'elle y aurait laissé un des
triples de son voile. Dans les Biographies Évangéliques de Mgr dan me, à
la vie de Ste Véronique, il est également question de celle évanuélisaliou.
Nous nous permîmes de demander quelques renseignements à Tévéché de
Zante. Le 30 janvier 1887. Monseigneur Nicolosi avait la bonté de nous
faire parvenir les détails qu'on va lire et dont nous ne saurions trop être
reconnaissant à Sa Grandeur.
(3) L'église latine n'a été établie dans File de Zante qu'au commence
c
ment du x m siècle. Il n'est pas surprenant que pendant les longs siècles
202 S A I N T AMADOUR ET S A I N T E VÉRONIQUE
où cette île fat sons le joug de l'erreur, quelques traditions aient éprouvé
des altérations de détail, tout en persistant plus ou moins comme Tond, à
cause des monuments.
(!) A la suite de ce passage, le P. Chioti cite Cédrénns qui. en effet,
parle du voyage de Rte Magdeleine à Home ; malheureusement, il le fait
dans des lignes où pullulent les anachronisme*. Cet auteur, très peu sur,
fait rappeler Pilate de Judée par Tihère sur la dénonciation de Magdeleine.
C'est absolument faux, comme nous aurons occasion de l'indiquer quand
nous signalerons l'exil et le suicide, sous Caligula, du gouverneur déicide
de la Judée.
(2) Page 101.
L'ILE OE ZANTE 203
(1) Le nom de Mario, très rare chez les Romaines, était tres commun au
contraire parmi les Juives. Dans un groupe assez restreint, nous trouvons
cinq personnes do co nom; la T. S. Vierge Marie, Maric-Magdoicine, Marie
Saloniê, Marie Cléophée, Marie, mère de Jean-Marc.
14
204 S A I N T A M A D O U R ET S A I N T E VÉRONIQUE
Nous avons fixé avec tout le soin dont nous avons été capable,
avec la plus délicate précision, avec des détails qui o n t pu
sembler des longueurs (1) la date de la vocation des Gentils e t
par suite celle de l'épiscopat de Zachée à Césarée.
De là dépendait l'identité de Zachée et d'Amadour, de la
Véronique de Soulac et de la Véronique du Calvaire.
En plaçant ce fait, la vocation des Gentils, à la date que nous
avons déterminée, nous avons rendu possible le départ de
Zachée de l'Orient avant la persécution d'Hérode, c'est-à-dire â
l'époque où le quitte S. Amadour. Nous justifions de même
t e
par ce moyen l'évangélisation de l'île de Zante par S Véroni
que d u r a n t son trajet de l'Asie Mineure directement, vers les
Gaules, sans qu'il soit nécessaire de la faire passer par
Rome, où n'était pas encore S. P i e r r e . La prédication a u x
Gentils était autorisée au moment où l'enchaînement des faits
nous montre qu'elle a dû avoir l i e u .
Tout en acceptant l'évangélisation de Pile de Zante à l'épo
que indiquée, on se posera p e u t - ê t r e cette question : Pourquoi
cette prédication dans cette contrée à ce moment ? Qu'est deve
nue cette chrétienté naissante après le départ de S. Amadour
10
et de S Véronique ?
Comme pour l'évangélisation de la Sardaigne par S. Jacques
le Majeur, on peut expliquer la prédication de S. Amadour et
le
de S Véronique dans Zante par un coup de temps, u n e escale
nécessitée par la mauvaise saison ou un a r r ê t voulu et ordonné
par S. P i e r r e . Cette dernière opinion est celle qui semble la
plus rationnelle.
On se rappelle que les Juifs chassés de Rome (2) p a r Tibère
avaient été envoyés dans Pile de Sardaigne. En se r e n d a n t en
Espagne, S. Jacques s'arrêta dans cette ile et Pévangélisa.
N'était-ce pas sur la recommandation du P r i n c e des Apôtres,
pour annoncer à ces Juifs persécutés la Bonne N o u v e l l e ? De
retour dans la capitale de l'Empire, ils formeront le noyau
auquel S. Pierre pourra s adresser dès son a r r i v é e .
Les Zantiotes avaient été les témoins du triomphe de Véroni-
I T I N E R A I R E DES DliUX S A I N T S
, e
OUR retrouver l'itinéraire de S. Amadour et de S Véroni-
| p que se rendant de l'Orient en Gaule, nous avons eu comme
er
ÇOL guides les usages du i siècle relatifs â la navigation et les
itinéraires officiels des Romains qui sont parvenus jusqu'à
nous, le tout corroboré, relativement â son exactitude, par les
considérations tirées de la géographie moderne. Les données
fournies par l'histoire et la tradition n ' o n t pas moins d'impor
tance.
La chronique de Dexter, à laquelle encore une fois nous ne
donnons d'autre valeur que celle d'un recueil de traditions
(voir la fin de la note 3, page 101,) parmi lesquelles nous nous fai
sons scrupule de ne choisir que celles qui sont encore couram
ment reçues en Espagne, la chronique de Dexter, disons-nous,
porte que les Espagnols, à peine convertis, se rendirent en grand
nombre en Asie Mineure pour voir la T. S. Vierge. A cause des
discussions auxquelles a donné lieu cet ouvrage et par suite de
son manque d'autorité, nous avons cru devoir démontrer l'exis
tence des relations qui s'établirent, dès leur fondation, e n t r e
S. Pierre et les Eglises naissantes et qui persistèrent ensuite.
Nous l'avons fait au moyen de documents plus solides, la venue
10
de S. Lazare en Provence postérieurement à S Magdeleine, la
e
tradition des Gaules relative au corps de S' Anne, les lettres
de la T . S. Vierge à Messine et à Florence.
Les Disciples et les Apôtres n'allèrent pas, comme on est
peut-être porté à lo croire si l'on ignore l'état de la question,
annoncer l'Evangile au hasard et sans direction. Bien que,
individuellement inpirés par l'Esprit-Saint, ils e u r e n t toujours
à l'égard de S. Pierre la plus entière soumission.
210 SAINT AMADOU» ET SAINTE VÉRONIQUE
il) On retrouve fies souvenirs do ce fait dans les légendes cl les romans
de la Bretagne sur le Saint-Uraal.
(2) La tradition relative à la prédication de Joseph rVAmnalliie en Espa
gne est rapportée dans le Martt/raloge universel ries Saints (VEspagne, do
ïamayo île Salazar (17 mars) et dans les commentaires de la chronique de
e
Dexior, par Bivar (An. 48. muni. I ) . Celle qui concerne l'évangélisation de
l'Armoriquc se trouve dans les Vies des Saints de Bretagne, par Albert le
Crawl, de MnrlaK, religieux dominicain, mort en KvK). Haronius (XXXV-5)
signale relie qui concerne Marseille et l'Angleterre. Cette dernière se
trouve également affirmée par (iuillniimo de Mahneshury (De anliquit.
lilaslnniens. ICrrd. Patrolo, t. CLXXV11. p. Joseph d'Arimathie,
n'ayant que traversé pour ainsi dire les pays qu'il a évaugélisés. a laissé
très peu de traces de son passage. Sou souvenir est resté plus vivacc en
Angleterre à cause des Saintes-Ablutions qu'il y déposa et qui se trouvent
aujourd'hui à Hruges (Belgique) et â cause d'une partie de son corps vénéré
encore à Itath, près Bristol.
(3) Vies des Saints de Bretagne, par Albert le Grand et traditions locales.
ITINERAIRE DES DEUX SAINTS 213
rentrer dans sa patrie, à peu de chose près, la même route que
S. Jacques le Majeur (1).
L'exposé des circonstances qui accompagnèrent la p r e m i è r e
t e
évangélisation de la Provence par S Magdeleine et celle de la
Péninsule Ibérique par S. Jacques, la confrontation des dates
auxquelles q u i t t è r e n t l'Orient le grand Apôtre de l'Espagne, les
Saintes-Mariés et S. Lazare, avec celles de Tépiscopat de
Zachée à Césarée et celle de l'expulsion d'Amadour de la
Palestine, l'évangélisation en elle-même de l'île de Zante et
son époque, la route suivie par Joseph d'Arimathie pour se
rendre à l'embouchure de la Loire, le moment où ce dernier
évangélisa l'Armorique, tous ces faits rapprochés forment un
ensemble qui a déjà dù indiquer avec clarté, croyons nous, et a
ne pas s'y méprendre, l'itinéraire que d u r e n t suivre S. Amadour
lc
et S Véronique pour venir d'Orient à Pcmbouchure de la
Gironde. Il ne peut avoir été a u t r e que celui de Joseph
d'Arimathie.
De Zante, cet itinéraire nous conduit à Marseille (2), en
contournant l'Italie.
Qui trouvera une objection contre la possibilité de cette e n
trevue de l'avenante et hospitalière famille de Béthanie avec
les opulents époux de Jéricho, de Magdeleine et de Zachée,
des deux grands pénitents de PEvangile, de l'Amante et de
(1) Les auteurs tels que Tama>o de Sa laza r, qui rapportent les traditions
d'Espagne relatives à Joseph d'Arimathie. le lonl venir avec, S. Jacques,
repartir avec lui et rentrer à Jérusalem parla mémo route. L'on fait ainsi
,n
se rendre S. Jacques en Angleterre avec lui. Partisans du départ de S Mag
deleine sous la persécution dllerode. pour concilier les traditions d'Espagne
et de Provpnce, ils font revenir Joseph d'Arimathie dans la barque miracu
leuse. Sur U route qu'aurait dù suivre S. Jacques pour se rendre d'Angle
terre en Palestine, c'est-à-dire à TEst de la France, en Véuitic et en Illyrie,
ou retrouve trace du passage de Joseph d'Arimathie et souvenir du Saint-
Ornai. S. Jacques étant mort avant que Joseph d'Arimathie parvienne en
Angleterre et les Saintes-Mariés ayant été chassées pendant la persécution
de Sauf, il n'y a pas d'autre synthèse possible des traditions relatives à Jo
seph d'Arimathie que celle que nous présentons.
p
(2) N'ayant fait que traverser Marseille. S. Amadour et S' Véronique
ne purent pas y imprimer de traces. On retrouve cependant un souvenir
t0
de S Véronique sur le tombeau de S. Sidoine datant, d'après Kaillon, du
iv° siècle. Sur l'une des faces, on remarque un bas-relief représentant la
p
guérison de l'hémoroisse, or. au iv siècle, eu (iaulc, on confondait la
Véronique de Snulac avec l'hémoroisse, bien qu'on la considérât nettement
et avec juste raison, comme étant la Véronique de la Sainte-Face.
214 S A I N T AMADOUR ET S A I N T E VÉRONIQUE
N O T R E - D A M E DEL PILAR
LA BATAILLE DE L A S N A V A S
ù
(1) Bévue religieuse de Gahors et de Roc-Amadour, V' année, pag. 603.
(2) Caillau. Histoire de N.-D. de Roc-Amadonr. — Revue religieuse de
ns
Cahors et de Roc-Amadour,2° année, n M el 35, « Le miracle du Gave. »
(3) Caillau.—llist. de N.-P. do Hoc-Ainadour.— Un de nos meilleurs
correspondants, M, l'abbé Simnnet, professeur de langue arabe à Gre
nade, a eu entre les mains, au mois d'octobre dernier, à la hihliothôcruo
nationale de Madrid, un testament olographe provenant des archives do
l'église de Tolède, eu faveur de Hoi>Ainndour. Ce document, dont il est
question à la page suivante, vient corroborer ce que dit Caillau, d'après lo
savant historien tialuze.
224 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
(1) Nous ferons bien remarquer qu'il est impossible que c e soit S. Domi
nique qui ail répandu la dévoliou à N.-D. de Roc-Amadour eu Espagne. Kilo
y existait avant la naissance de ce saint. — Le» don d'Alphonse IX fut ratifié
par sou successeur S. Ferdinand, en 1217. Ce dernier prince faisait, dans
s e s conquêtes, porter constamment devant lui une image de la T. S. Vierge,
Notre-Dame des Hatailles. Il repose a Srville, qu'il reconquit, aux pirds de
Notre-Dame des Mois, qu'il avait en grande vénération.
Les rois n'étaient pas les seuls A. faire dos laraessesà Notre-Dame de Roc-
Amadour. On conserve à la itihliothéque royale de Madrid le testament d'un
noble personnage du n o m de Rodoric. dans lequel es! fait un legs important
ad fratre* de Hncamadar. Ce document sans date oM. estimé avoir été rédi
gé entre i\W2 et l l f t f . fKol. 75 en el Hecerrn l de la cathedral de Tolerto s
cod. en vifel.i, de 104 fol. escrito a dos col. cou initiales iluminados).
(2) Le 12 juillet, les Espagnols célèbrent, u n e fête en l'honneur de la vic
toire de las Navas qu'ils appellent El Triomfo de ta Santa Critz. Elle fut
concédée par le pape Innocent III.
LA BATAILLE DE LAS NAVAS 225
Dame de Roc-Amadour avait été envoyé du Quercy en Castille
à la suite d'une révélation qu'avait eue un prêtre attaché à la
chapelle miraculeuse (2).
Qu'il nous suffise à présent de rappeler que Saragosse était
aux mains des rois chrétiens et qu'elle était capitale d'Aragon
depuis 1118. Depuis cent ans Notre-Dame del Pilar était r e l e
vée de ses r u i n e s . Pourquoi cette préférence, des rois de Cas
e
tille et de Navarre pour la Vierge de Roc-Amadour, au x i
siècle, si son antique origine n'avait pas été considérée h cette
époque comme équivalente au moins à celle de Notre-Dame
del Pilar ?
Nous nous permettrons d'ajouter encore à ce que nous
venons de citer quelques lignes extraites d'un ouvrage belge,
énumérant les sanctuaires espagnols dédiés à la T. S. Vierge
et devenus célèbres. « Dans plusieurs églises épiscopales,
» est vénérée Notre-Dame de la Victoire (S) à cause d'une
» victoire signalée que remporta s u r les Maures, en 1212,
» Alphonse IX, roi de Castille, après avoir fait porter au
» combat un drapeau sur lequel était peinte une image de
» Marie (4). » L'un de ces sanctuaires existe à Tolède, ancienne
capitale de la Nouvelle-Castille (5).
Nous appelons l'attention des érudits espagnols sur la dévo
tion de leurs ancêtres à l'égard de Notre-Dame de Roc-Ama
dour. Le souvenir s'en est perdu. Les statues et les tableaux
représentant, en Espagne, la Madone de Zachée sont presque
devenus aujourd'hui une énigme.
Dans le voyage fait en Espagne, pendant les mois de septem
bre et d'octobre 1891, par la société archéologique de T a r n - e t -
Garonne (0;, notre sympathique et érudit compatriote, M. Paul
(1) ï«i Vierge pointe sur ce tableau, dans le lias duquel est écrit en tontes
lettres le nom de Notro-Damo de Koc-Amadour. ne ressemble en rien à la
statue miraculeuse. En étudiant les Madones espagnoles, dont le culte
pourrait se rat tacher A celui de Notre-Dame de lîoc-Amadour. la ressem
blance ou la dissemblance ne peuvent pas être considérées tomme une
preuve.
XXXVIII
J
RÉFUTATION D U N E ERREUR
(1) Corpus ejus annn 862 à terra levahun. nule in ecclcsiam majorent
ser.ufo A7 translatnm esl. fOallla Chrisliana, ioni. XII. pag. 202.)
(2) Quoi miracnla hwc in loco palrari solerenl testis est fide dignissi-
mus S. Nicefius Trer.crornm episcopus. — S. Germani sepnlchriim vio-
lare non pndnit sertui Galrinianœ hœrelicos qui cjus projecerunt et
dissiparunt. f(rallia christiana, tom XII, pag. 2G5.)
(3ï M. lo chanoine Blondel, auteur de l'ouvrage : Tradition historique
et fausse science.
RÉFUTATION D'UNE ERREUR 231
LIîS D I V E R S S S . AMATOR
(1) Le plus ancien martyrologe qui nous soit parvenu est celui de Bède,.
e r
inséré au 1 vol. do Mars des Urands-Bollandistes. Il ne peut pas être pos
térieur A 731. Le nom de S. Amator d'Auxerre n'y figurait pas. Il y fut
ajouté par S. Cyriaquc.
LBS P I V K R S S S . AMATOR 235
LE P A L - Pli - OU AVE
(1) Cette question, qui n'est qu'effleurée en cet endroit et indiquée pour
le besoin du sujet, sera, ainsi ipie la suivante, ultérieurement examinée
avec prouves k Pappui.
(2) Vetustiss. kalenrl. op. S. Hieron.. t. XI.
242 S A I N T AMADOUR ET S A I N T E VÉRONIQUE
(1) La comparaison ries deux textes donne lien a- des considérations im
tr
portantes. On trouve clans l'Evangile au sujet de S. Zachario et de S Elisa
beth : « Erant antemjHsfi ambo ante Deu.ni incedentes in omnibus man
datas etpistifîcalionibus Domini sine quercla, et non eraf if/is filins, eo
quod esset Elisabeth sterilis {'Luc, I, cap. 7). (Juant à nos deux saints, on
lit dans les Actes de S. Amadour : « ...Dit.r.it wrore.m, nomine Veronicam
moribus et fi.de sibi non disnarem soriam, inventes igilnr in juslificatio-
nibus Domini sine qnerela... ab Oriente alto visitari m i seri cor di ter
meruerunt. La promise partie de l'éloge est do beaucoup supérieure pour
Ln
S. Zacbaric et S Elisabeth ; c'est la justice .dans ton Le, sou étenduo, c'est
l'accomplissemout total dos commandements de Dieu. Pour S. Amadour
,n
et S Véronique, avant leur conversion, ce n'est que la foi et la pureté des
mœurs. La seconde partie de l'éloge, relative à la sainteté de leur union,
est identique. Cette distinction doit aider a faire tomber l'objection liréo do
ce passage contre Punite des deux personnages, Zacbée et Amadour. Il ne
répugne en rien d'admettre que Zacbée put être a la fois un homme très
attaché a l'argent et un époux chaste et craignant Dieu.
(2) Voir § XV.
246 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
(1) Vio rie S. Amadour d'Auxerre écrite par Etienne, sur Tordre de S.
e r
Annaire mort en 003 (tïrands ttollandistcs. 1 mai, Tom. 14, pag. 5 1 ) .
—«»--11 >a-1K(«é|)<$(g^|>4!>4MEM»»«—.
LXI1
DE PALESTINE A ROME
(\) Euseb. liist. liv. II. cap. VII ot IX. — Ado. in chrouic. Daronius
Annal. XXXI. n. 91-92.
(2) I/Hérwlo de la Passion.
(3) L'Hcroilc des Sitiats-Innocents.
DE P A L E S T I N E A ROME 251
Hérode et ïlérotliade s'échappèrent de cette ville et s'enfui
rent en Espagne où ils m o u r u r e n t tous deux misérablement à
Lérida il).
A peine arrivé en Palestine, Agrippa voulut donner des gages
aux Juifs. Il lit saisir et décapiter S. Jacques le Majeur l'an 40.
S. Pierre lui-même, qui à ce moment visitait l'église de
Jérusalem, fut incarcéré en même temps, mais délivré aussitôt
par un ange.
C'est à cette date, l'an 40, qu'il faut placer la rédaction du
Symbole et la dispersion définitive des Apôtres, treize ans et
demi après la Passion.
S. Pierre r e t o u r n a pour peu de temps de Jérusalem à Antio
che. La deuxième année du règne de Claude, (monté sur le trône
le 25 janvier 41;, il arrivait à Rome (2).
Les Juifs chassés de la Ville-Éternelle par Tibère avaient pu
y rentrer sous le règne de Caligula. Comme au temps d'Au
guste, ils occupaient la région située a u - d e l à du Tibre, le
Transtevère.
Suivant l'usage constamment suivi p a r l e s Apôtres et d'après
les recommandations mêmes du Sauveur, S. Pierre s'adressa
d'abord aux Juifs de Rome et s'établit au milieu d'eux. Les
heureux hôtes du Prince des Apôtres furent deux Israélites
du nom d'Aquila et de Priscille. Leur maison fut transformée
en un sanctuaire, l'église de St-Pierre in Montorio.
Peu de temps après son arrivée, S. P i e r r e transporta sa
demeure sur le mont Viminal, dans ce que nous pourrions
appeler le q u a r t i e r aristocratique de Rome. Il reçut l'hospita
lité chez le sénateur Pudens.
S.Pierre conduisit à Rome une pléiade de jeunes athlètes.
En fixant sa chaire dans la capitale de l'Empire, le Prince des
Apôtres venait p r e n d r e possession du Monde.
Trois villes, à cette époque, jouaient u n rôle prépondérant
dans l'univers connu : c'était Rome, Antioche et Alexandrie.
Antioche avait été le premier siège occupé par le chef de
(1) Joxèphe. Anliq. .Ind. Liv. XII, ch. 4 ; Nicéphore. Hist. liv. I.
(2) Tour tous les détails sur l'arrivée de S. Pierre a Rome :$te Cécile,
par dom Guèranger.
17
252 S A I N T AMADOUR ET S A I N T E VÉRONIQUE
(\) P. 511 et 510. et loinn H, p. 142 et 113. — Non content de celle co
pie, M. le chanoine Arlmllot pria M. l'îihbé Ronard, qui se rendait n Homo
au mois de juin 1853. de vérifier l'authenticité de cette pièce. « M. rahbé
» Rouard l'a trouvée., en elïot, daus un manuscrit des archives de Saiule-
» Marie in Vin Latù... et dans un recueil de la bibliothèque du Vatican. »
(2) Dissertation sur l'apostolat de S. Martial, p. î)7 et
256 S A I N T AMADOUR ET S A I N T E VÉRONIQUE
(1) L'opinion personnelle dn savant abhô Arbellot, qui discute nvor. beau
coup d'orudiliou et rte sagacifé l'ancienneté et la valeur hisloriquo de c e l t e
tradition relative à saint Martial, est que cet'.e légende a été rédigé dn v i r
p
au ix° siècle. Saint JéWunp. nu i v siècle, fnit clairement allusion à l'ora
toire de Sainte Marie in vid Ldla. CEpist., ad Pkilem.. v. 2f.)
XI,IV
N O T R E - D A M E DE FRANCE
(1) Sous le 3" consulat fie TU). Claudius César et celui de L. Vitcllins.
(2) Nous donnons, avec quelques détails, la vie de S. Front, parce que
nous y trouverons la clef de la plus graudo difficulté relativement à la vie
de S. Amadour et do Sto Véronique, Jour arrivée on (Jaule vouant de Home
à la suite de S. Martial.
(3) Nous détachons S. Front du groupe qui accompagna S. Martial. Nous
le faisons arriver eu Gaule le premier. Il suffira de lire les paragraphes qui
vont suivre pour se convaincre de la vérité de celle assertion. Nous avons
également fixé, son départ a l'an 42, car d'après les documents les plus sé
rieux, la 4° année du régne de Claude, c'est-à-dire l'an 44. Périgueux et ses
environs étaient déjà évaugélisés.
2G0 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
(1) Les détails qui suivent sont extraits de la Vie anonyme de S. Front,
insérée aux Grands RoIIandistes, 25 oct.. tome 50, p. 410.
(2) Vellavia ou Ruessium, aujourd'hui Saiut-Paulien.
NOTRE-DAME DE FRANCE 261
LA TOUR DE VÉSONE
[\) Nous passons lo mirarlo fies dragons et des sept personnes ressusci-
tées p a r s . Front, nous contentant de ce qui va se rattacher immédiatement
à l'un des épisodes les plus importants de la vie de Ste Véronique, la guê-
rison par cette saime du gouverneur de Bordeaux.
(2) La Vie de .S. Front, par Panne A.-IL Pergot, pag. 212-216.
(3) Dictionnaire Larousse au mot Périgueux.
XLVI
LE DKUIDISMIi
nn
(1) Elhnogénie Gauloise. — Le Génie Gaulois, par llogel \ \ de Bello-
guct, sert. VU, XVUI. Quelques auteurs veulent que les populations abori-
géues des Gaules aient été d'origine finnoise. Voir la réfutation de celte
opinion dans le même ouvrage (loc. cit. XVI) et dans les Types Gaulois, du
même auteur. (iv° section").
(2) Tableau chronologique et universel de la vie dos peuples, par l'abbè
et
A. Michel. — Histoire de France, par Amôrtee Gabourg, l ' vol.
LE DRUIDISME 271
pouvait manquer de conserver un fond d'analogie ; c'est ce que
Ton a constaté.
Quand la géologie fut créée vers le commencement de ce
siècle, on c r u t avoir trouvé dans cette science une arme contre
la véracité de la Bible. C'est le contraire qui a eu lieu. Il en a
été de même des prétendues e r r e u r s scientifiques de nos Livres
Saints. Souvent c'est l'objection qui est devenue la vérité, et le
triomphe a toujours été pour le dogme catholique. Aujourd'hui
la lutte a été transportée sur u n a u t r e t e r r a i n , Y Histoire des
Religions. On veut représenter la doctrine du Christ comme
une résultante des croyances orientales. Encore ici, c'est le
contraire qui doit être adopté.
La vérité fut connue primitivement de l'homme. Elle s'altéra
chez tous les peuples, excepté chez le peuple hébreux. La p r é
dication de l'Evangile ramena les peuples à la connaissance de
cette v é r i t é .
Nous allons constater ce fait d'une manière frappante pour la
Gaule. Cette constatation, bien que nous no l'ayons pas p r i n c i
palement en vue, nous la signalons cependant à cause de son
actualité. Il en est de même d'une a u t r e , à cause de son oppor
tunité pour le sujet que nous traitons, c'est la très grande
e r
probabilité de l'évangélisation des Gaules au 1 siècle, qui se
dégagera des quelques lignes qui vont suivre.
Pour étudier la religion des Gaulois dans ce qu'elle avait de
caractéristique, il faut s'éloigner le plus possible, en r e m o n t a n t
le cours des siècles, de l'époque où ils furent envahis par la
civilisation romaine. On les trouve alors formant u n peuple
puissant, belliqueux, énergique. P a r m i les lambeaux de vérité
qu'ils avaient conservés, on voit alors compter pour beaucoup
dans le mobile de leurs actions, la croyance à l'immortalité de
l'àme. C'est ce qui leur valait leur sauvage fierté et leur
faisait mépriser si facilement la mort.
S. Augustin, dans la cité de Dieu ( l ) , é n u m è r e les philosophes
Gaulois parmi ceux dont les doctrines se rapprochaient le plus
des dogmes chrétiens. Dans un passage, conservé par Diogène
Laerte (1), Aristote dit que les Druides, qu'il nomme Semno-
thées, furent les premiers philosophes et que la Gaule fut l'ins
titutrice rie la Grèce ,2).
Les Gaulois, à l'époque dont parle Aristote, n'avaient pas de
temples. Ils r e n d a i e n t un culte à leur dieu flans des forêts ou
s u r des montagnes. Les prêtres de cette religion portaient,
comme on v i e n t de le dire, le nom de Druides.
Si on dégage la roligion des Gaulois des superstitions du
vulgaire, en un mot si l'on recherche ce qui faisait le fond de
la croyance des Druides fi une époque suffisamment reculée,
on trouve le monothéisme le plus net ou la croyance à un dieu
unique, à un être immense, indéterminé.
Ce dieu unique formait une triade. Lucain nous a conservé
le nom des membres qui la formaient, c'était Teutatès, Esus
o t T h a r r a n (3).
La triade gauloise est loin cependant de pouvoir être comparée
à la trinîté chrétienne. Ce n'est même pas un souvenir confus.
Teutatès, T e u t - t a d ( 4 ) , c'était le dieu-puissance. Esus, le
second terme, était également connu sous les noms de Belen
ou d'Ogmios, suivant l'aspect selon lequel on le considérait.
T h a r r a n , le troisième, c'était le t o n n e r r e , la puissance néfaste.
En so corrompant, cette notion d'une divinité unique, formée
au commencement de la réunion de trois êtres, se décomposa
donnant naissance à d'autres êtres s u p é r i e u r s . On subdivisa
les attributs do la divinité et on les personnifia.
En habiles vainqueurs, les Romains profitèrent de cette mul
tiplication des dieux chez les Gaulois, déjà faite quand ils arri
vèrent, pour substituer leur religion à la leur.
On admet généralement que la religion des Gaulois compre
nait primitivement deux séries de croyances, les unes réser-
10
(\) Le Génie Gaulois, par Roget B* de Bclloguet, section III.
(2) L'existence de ce chef suprême est affirmée par Cčsar (VI, 12).
274 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
L'ISIS GAULOISE
trice, furent les mêmes que ceux que les Romains accordaient
à Isis, à Diane et à Minerve et qui, en Gaule, lui v a l u r e n t les
différents noms de Dite, de Bélisama, Sulioia ou Sirona,
ù'Andrastô ou Andarte (1).
Sous les noms de Belisama et d'Andrasté, c'était la déesse des
combats et de la victoire, la Palias-Athèné des Grecs (2).
Au-dessous des divinités principales de la Triade et de la
Maïa, il existait dans la religion druidique un grand nombre
de dieux secondaires, des génies formant deux groupes : les
génies hommes et les génies femmes.
L'antiquité nous a gardé le souvenir des génies hommes sous
les noms de Dioscurcs, de Su lèves ou Su/fes, de Dusii.
C'étaient des lutins, les analogues des Cabines des orientaux
et des Cabales (3) des Romains, de ces esprits bons ou m a u
vais, utiles ou nuisibles, à l'existence desquels on croit encore
dans bien des localités.
Les génies femmes portaient le nom de déesses Maires, de
Nonnes, de Jumelles, de Fées ( 4 ) .
D'après l'opinion la plus probable, corroborée p a r l a croyance
des Gaulois à l'immortalité de l'âme, les génies hommes étaient
les héros tombés vaillamment sur le champ de bataille ou les
victimes des sacrifices humains. Les génies femmes étaient les
druidesses mortes dans leur v i r g i n i t é .
La Vierge qui devait enfanter était la reine des Nonnes,
des Fées.
Il ressort de ce que l'on vient de voir, que les hommages
rendus par les Gaulois à la Vierge qui devait en fanter, à la
Virgini pariturœ, n'étaient point u n culte local, un culte spé
cial aux peuples h a b i t a n t les environs de C h a r t r e s .
Qu'on ne croie pas cependant que nous voulions, en le fai
sant r e m a r q u e r , diminuer en rien la gloire du sanctuaire où
est vénérée la statue de Notre-Dame de Chartres. Sous ce r a p
port, on doit incontestablement lui céder la primauté.
C'est, en effet, non loin d e l à grotte où fut trouvée cette statue
(1) ÎJI religion des Gaulois, par Dom Martin. U v . IV, ch. XXII.
XLVIII
19
284 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
(1) Voici ces vers tels qu'ils nous ont été conservés :
Quomodo tam mollem genuil durissima mater ?
Vix nata. morior. Do per mea fanera vitam.
Plus quam Sysiphum crudeles votvere saxum
Cogitis insontem. Nostrarmn bine murmure rauco
ïrarum flnctus, spnmtpque oriuntur. Honori
Nec snperesse volens Tnmuhnn mihi quœroper undas.
Voici la réponse que le jeune poète fait à la fontaine :
T. pete, snppositas tnmvlvm tihi quatre per nndas
Al non perfides inhonesio fun ere, cursnm :
Non tibi Blandusie, vitro q\m purior exit,
Non Arethusa su os au sit con ferre liqnores.
Nam ficet kane nrbem generosi mu »era Bacchi nobilitent,
Cnnctis qnœ circnm parturil arvis :
llli Carlhusiœ major laus surgit ab undà.
Voici Pcxplicatinn do l'énigme :
L'eau rie la fontaine est étonnée de ce que étant fluide, elle a pour auteur
de sa naissauce un rocher. A peine née, elle mcurl, parce quo de son vaste
bassin elle tombo dans In Lot. Si en mourant elle donne la vie, c'est qu'elle
fait tourner un moulin à farine et a trois meules, supplice bien plus grand
que celui de Sysiphe, qui ne roule qu'un rocher. Mais elle no terminera pas
sa course par une mort sans honneur, car elle sort de sa source plus pure
que celle de Blanduse et iPArétliuse ; elle voit aussi les coteaux de la ville
LES DEUX DIVONA 285
(1) Uv. 3, c h . 6.
(2) Vie de S. Césairc d'Arles.
LES DEUX DIVONA 287
(1) Histoire du Qnercy. par Guillaume Lacoslc. tome IJ. page 351.
(2) Id., pag. 352.
(3) Que le vulgaire*considérait comme jumelles.
LES DEUX DIVONA 289
ARTÉMIS ET ARDOINE
c
écrivait au commencement du x v n i siècle, n'osa pas se prononcer sur la
divinité représentée par ces statuettes. Eu égard aux progrés faits depuis
par la mythologie et l'archéologie, il ne doit pas y avoir de doute; elles
représentaient dos Isis. Dans les unes, la femme assise lient simplement
l'enfant, sur ses genoux et dans les autres elle lui offre le sein.
(1) Beautés et merveilles će la nature en Suisse, cité par Nicolas (Etud.
philos. Tom. II, liv. II, ch. IV, p. 110).
294 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
(1) Génie, gaulais, sect. TU, LXXI. — La Religion des gaulois, liv. IV,
ch. XII.
(2) Glossaire gaulois, 410.
(3) ftreg. Tur.'hist. 1. 8. c. 14. col. 387.
(4)11 existe a Oahors deux " faubourgs opposés l'un a l'antre, l'un à
POrient et l'outre A l'Occident; le premier se nomme Gabessnt et l'autre
Gabazut. Leurs élymologes ne seraient-elles pas Gab-Esu et Cab-Azal
La racine c.<\\t\qnn mmb se traduit par courbe. En sanscrit Asu signifie
dieu-créateur et Aza, d'après le Zahah\ vent dire démon. D'après cela,
Oabcssnt. situé h rorienl. signifierait la courbe d'Asti dii dieu créa leur et
Oabazat la courbe d'Aza ou du principe destructeur, du démon. C'est en
face Oabazat que débouche lo pont Valt»nlrô ou le Pont du diable. D'après
le manuscrit do Salvat (Ulhl. uinuic. de Cahors), avant l'existence du pont
Valcntré. il y aurait ou au même lieu un pont de bois, lequel transmit pro
bablement au pont actuel le nom qu'il avait do Pont du diable.
Ou a essayé d'expliquer ce uom de Pont du diable en s'appuyant sur
l'origine des fonds qui servirent à pourvoir aux frais de sa construction. Il
fut bâti au moyeu des amendes prélevées sur les Lombards, qui exigeraient
plus de 20 0/0 par au. Ils prenaient jusqu'à 20 0/0 par mois. On sait la va-
ARTËMIS ET ARD01NE 293
leur qu'il faut donner a la légende, analogne à relie de tous les Ponls du
diable, d'après laquelle le pont Valcntré aurait été biiïi par Satan. D'après
cette fable, le diable, mécontent de n'avoir pu s'emparer de l'Ame de
Valentré, aurait donné un coup de pied à. l'angle Nord-Est de la tour du
milieu et emporté une pierre qu'où a enfin pu remettre il y a quelques
?
années. Ou y voit sculplé un diable s eJTorraiU de l'arracher. Nous donne
rons ultérieurement d'autres preuves établissant qu'après que le christia
nisme se fut définitivement établi à Cahors, la fontaine de Valcntré fut
considérée comme un lieu («dis consacré au démon. Celle croyance, jointe
à celle de l'apparition de VLùnpusc, doit être considérée comme la vérita
ble origine de ce nom, Pouf du diable, porté par le pont de bois qui a
précédé le pont actuel, appellation qui passa du pont de bois au pont de
pierre.
(t) Religion des gaulois, livr. IV, ch. V. — Génie gaulois, sec. III,
LXVI et LXV1I.
(2) Alfcas signifiait béte cornue (Glossaire gaulois, 248).
(3) On voit un Alkas avec sa barbo do bouc, bâti dans les murs de Tune
des églises de Rodez.
29G S A I N T AMADOUR KT S A I N T E VÉRONIQUE
LE GOUVERNEUR DE BORDEAUX
(1) La Vie de S. Front, par l'abbé" A.-B. Pergot, p. 210. — Col; ouvrage a
mérité d'être plusieurs fois cité par les grands Bollandistes, 25 oct. t. 50,
page 396.
LE GOUVERNEUR DE BORDEAUX 299
même de ce troupeau, dans la persuasion que ce troupeau ne
tarderait pas à se disperser. Toutefois, comme les chrétiens
étaient déjà nombreux, i! jugea prudent de les ménager... Il se
contenta de prononcer contre le saint évêque une sentence
d'exil » (1).
S. Front obéit et de Périgueux il se rendit à Angoulême
puis à Saintes. De Saintes, l'apôtre se dirigea sur Bordeaux.
« Il arrive en face de la ville, sur les bords du fleuve, et,
n'ayant point de barque pour le traverser, il se souvient que
le Dieu qu'il prêche ouvrit autrefois la Mer Rouge pour donner
passage aux enfants d'Israël et les délivrer des poursuites de
Pharaon. Il se prosterne et le conjure avec foi et amour, de
lui donner le moyen de t r a v e r s e r le fleuve et d'entrer dans la
cité avec ses disciples pour y annoncer son saint Nom. »
« A peine a-t-il prié qu'une barque se détache d'elle-même
du port. Poussée par u n vent favorable et guidée par une main
invisible, elle vient aborder à l'endroit où se trouve S. F r o n t .
L'apôtre y e n t r e avec ses disciples, et aussitôt la barque se met
en mouvement retourne vers le port et va reprendre la place
qu'elle occupait auparavant. »
« S. F r o n t ne vient que d'entrer dans Bordeaux et déjà les
idoles des faux dieux gardent le silence, et les oracles ne
répondent plus à ceux qui les interrogent. Les prêtres des i d o
les stupéfaits se demandent les uns aux autres d'où peut prove
nir le silence de leurs dieux, quelle cause leur a subitement
fermé la bouche. Et pendant qu'ils se questionnent ainsi dans
le trouble et l'agitation, ils a p p r e n n e n t par la rumeur publique
qu'un homme, venu des lointains pays, est dans la ville, p r ê
chant une nouvelle religion et l'abolition du culte des
dieux...»
« Ils se mettent à l'instant à faire des recherches par toute
la ville, et S. F r o n t , la t e r r e u r des faux dieux, est enfin d é
couvert. Aussitôt on l ' i n t e r r o g e ; on lui demande quelles affai
res si importantes lui ont fait quitter son pays pour venir dans
cette ville. L'apôtre s'empresse de répondre que son Maître et
son Seigneur l'a envoyé pour prêcher l'unité de Dieu, la divi-
(1) Itnlia sacra (p. 2(51, Colles)* par Ughelli. savant cistercien qui, on
1647, dota l'Italie d'un ouvrage analogue à la Cailla, christkma que la
France doit aux Uénodiotins.
(2) Lettre synodale adressée en 450 au pape S. Léon par dix-sept évêques
de la province d'Arles réunis en Concile où ils exposaient les titres et les
privilèges de leur métropole attaqués par l'Eglise de Vienne. Ce titre est
antérieur de plus de peut ans aux allégitlons plus on moins hésitantes de
Grégoire de Tours (514-505).
304 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
LA S A I N T E FACE DE ROME
10
E voile de S Véronique, nommé la Sainte-Face, fait partie
des trois insignes Reliques appelées « Majeures », conser
vées à Rome. Elles sont aujourd'hui gardées dans une
niche ou oratoire situé h l'intérieur de l'un des quatre piliers
pentagones qui supportent la grande coupole de Saint-Pierre,
au côté de l'épitre de l'autel papal.
lc
Ces trois « Reliques Majeures» sont le voile de S Véroni
que, la Sainte-Lance et la vraie Croix.
« L'édifice qui les renferme est orné e x t é r i e u r e m e n t d'un
bas-relief représentant la Sainte-Face. Au-dessous, placée sur
te
un soubassement, apparaît la statue de S Véronique, h a u t e
de quinze pieds, tenant la Sainte-Face dans ses mains; elle est
due au ciseau de Mochi, sculpteur italien du xvn° siècle. Elle
occupe u n e des quatre niches inférieures taillées dans les gros
piliers qui soutiennent le dome, h o n n e u r qu'elle partage avec
le
S Hélène dont la statue porte u n e grande croix, avec S. L o n -
gin qui tient une lance, et avec l'apôtre S. André, frère de
le
S. Pierre. Une porte ménagée au pied de S Véronique, donne
entrée à deux passages : l'un conduit, en montant, à la niche
où sont déposées les saintes Reliques, et l'autre, en descendant
quelques marches, conduit à ce qu'on appelle les « Grottes
Vaticanes. » On nomme ainsi l'espace souterrain qui se t r o u v e
le plus voisin de l'ancien cimetière ou « Arénaire Vatican »,
entre le pavé de la basilique actuelle et une partie du plan de
l'ancienne...
» Mentionnons l'autel de la S a i n t e - F a c e .
» Le tableau de cet autel représente Véronique offrant son
voile au Rédempteur.
» Sur les murs du corridor, du côté de l'Evangile, on voit
308 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
e
(1) Le culte de la Sainte-Face, par M. l'abbé Janvier. 4 édit. 1886,
pag. 48 et suiv.
LA SAINTE-FACE DE ROME 309
^ ^ ^ ^ ^
LUI
tc
N a objecté contre la réalité de la S Véronique du Cal-
(1) Voir pago 241. Cette opinion est spécialement formulée dans nue His
toire du Christ écrite en Persan. — Hist. Ghrisli Persice canscripla à P.
H. Xaverio, soc. .les tatine redila à Ludov. de Dieu. Lugduu. Hnfav, Ki;î9
p. 474. — Hivarius in Dextri chronic. an. 48, note, col. 1G2. — Mgr Cirot
de La Ville. Origines chrétiennes pag. 3 9 .
(2) Les grands liollandistes à la vie de Ste Véronique (4 fév., t. IV, p . 4f>3)
rapportent qu'on prétendait qu'un des doubles avait été laissé par Ste Vé
ronique dans Pile de Zante. Dans sa lettre du 30 jauvier 1887, Sa Grandeur
Monseigneur Nicolosi nous apprenait qu'il n'était reste dans son diocèse
aucun souvenir de cette relique.
I.A S A I N T E - F A C E DE JAEN 315
si
S A I N T A M A D O U R ET S A I N T E VERONIQUE
fi) liahan Maur. Vie de Ste Magdeleine, ch. XXXVII et Grands Bollan*
distes. 15 mars. t. 16. p. 440.
LA SAINTE-FACE DE JAKN 3ir
Nicolas de Biedna, lorsqu'il devint évéque de Jaen et visiteur
apostolique de t o u t e l'Andalousie.
Le culte de la Sainte Face de Jaen a été approuvé par le pape
Clément VII, dans une bulle de 1520 et par le pape Jules III,
dans une bulle de 1553 (}).
(1) Les prouves de l'authenticité <Io In Sainte-Fare do Jaon, que nous ne,
pouvons inćune pas eimniGrer. se trouvent, ivunics dans le remarquable
ouvrage auquel nous sommes nbligés de renvoyer : Xafirias del Santo
Rosira de nuestro senor Jesncrislo que se rrnera en la santa igtesia cale-
drul de Jaen, par cl Isto. 1). Federico de Palm a tj Catnacho. ratedratien
del insli/ttfo provincial de esta cindad. Jaen. INSïL
L'auteur y adopte nos traditions d'Aquitaine i p. 12 olsuiv. *. On y lit entre
autres passages : San Marc ta L enviadn par el Principe de los Apostates a
evangelisar las fiai tas liera en sa. companta. enn ofros dos discipulns. a
Zatfiien. flamado lu ego Amador, u a sa espasa Veranica... Zaqiwo... />«»-
do dos Iglesias en Medvc g fné à concluir su rida en Quercy en una roca
solitaria, ({ne. de $n nombre, se llamo Rocamador. Tal es, en sustancia,
la vénérable y anliquisshna tradicion que se conserva en los Iglesias de
Aquitama, robustecida por toda suerte de praebos*
LIV
KN PROVKNCK
(1) Raban Maur. Vie de Sle Magdeleiuc. Ch. XLVïII. — (2) ïd.
M) Tradition orale que contlrninil les données fournies par les reliques
de la Sainte
(4) Vie rie S. Front, par l'abbé Pergof. S. Knmt visite Ste Marthe mt ni\
avant sa mort, (p. 327). Entre, celte visite et la mort de Ste Marthe a lien le
martyre de S. Pierre, (p. 3îM>).
(5) Cela ressort de la lecture d e l à Vie anonyme de S, Front (Grands
1
Bollandistes ). Cette opinion a élé adoptée par les Polils ïlollaudistes.25 ocl.
La Vie anonyme affirme que S. Front mourut la 12'" année après la Passion.
i6) 11 y a unanimité sur ce point. — Sainte de France, par Uarthélemy.
1.1, — Monuments inédits, par Faillon, t. J.
S A I N T AMADOUR ET S A I N T E VÉRONIQUE
0 le
G S Magdeleine commença à tomber dans le désordre la
quinzième année de son âge (1).
tp
?° S Marthe était r a i n é e de Lazare et de Magdeleine ; cette
dernière était la plus j e u n e .
Si Ton adopte la chronologie dj-onysiaque, ces affirmations
deviennent la source d'un imbroglio inextricable. On est obligé
,e
de faire partir S Magdeleine de Palestine sous la persécution
d'Hérode, l'an 40. E n t r e son arrivée en Provence, l'an 40, et sa
mort, l'an fis, il n'y a même plus les trente ans nécessaires
pour son séjour à la Sainte-Baume. D'après cette manière de
compter, cette sainlo a u r a i t eu 25 ans au moment de la Passion
du Sauveur. A cet âge, une femme est une vieille personne en
Orient.
Quelque aride que soit la vue d'un tableau synoptique, qu'on
veuille bien r e p e n d a n t être assez indulgent pour j e i e r un coup
d œil sur celui que nous nous permettons d établir pour montrer
les ressources qu'offre la réforme de la chronologie chrétienne
par San-Clementi.
L'on 68 npr.'-s n. s. Mort do S. F r o n t (le 25 oct.), la 42* année après
la Passion du Sauveur.
ffl
Mort de S Marthe âgée de 05 ans (le 22 juillet).
1
Mort de S ' Magdeleine âgée de 00 ans (le 2\) j uillet).
10
38 S Magdeleine se retire à Ja Sainte-Baume après
dix ans d'apostolat en Provence.
lP 10
28 Arrivée de S Magdeleine, de S Marthe et de
S. Maximin en P r o v e n c e .
26 Passion de Notre-Seigneur.
S'° Marthe est âgée de 23 ans et S'° Magdeleine
de 18 a n s .
Quelques semaines avant, Lazare, âgé de 20 ans,
ans, est ressuscité.
25 Deuxième année de la vie publique de Notre-
Seigneur. Conversion de Magdeleine, âgée de
17 a n s .
23 Année qui précède la vie publique du Messie.
Magdeleine, âgée de 15 a n s , commence à t o m
ber dans ses désordres.
(1) Biographies r ran g cliques, par Mgr (i.iuino, p. 340, d'après un ancien
auteur. — l'ie de Sainte Magdt>teine par Haban Maur, ch. i l .
9
EN PROVENCE 323
(1) Presque dans toutes les villes importantes dont nous aurons à nous
occuper, nous trouverons des cimetières clin-tiens dont on fail remonter
r
l'origine au l" siècle.
LVÏ
N O T R E - D A M E D E S DOMS (AVIGNON)
1
(1) Attestamur Deum omnipatentem erxiesiam B. Maria de Donis
proiU communiler et absquc dnbitationem tenetnr. admirabi filer fuisse
covsecratam.
N O T R R - D A M K DKS DOMS
22
LVÏ I
BORDEAUX
(1) Vie de S. Martial, ch. V. — Vie de tous les Saints tic France, par
Barthélémy, t. I, col. 533.
(2) Origines chrétiennes de Bordeaux, par Mgr Cirot de la Ville, p. 5.
S A I N T AMADOUU ET S A I N T E VÉRONIQUE
SAINTE RlîNKDICTK
i&jis ly.sïo ( l i .
» Apprenant que le duc (2) Etienne avait commandé de
détruire dans la Gaule entière tous les temples dos idoles et de
construire, — nombreuses et grandes, — des églises au Christ-
Seigneur, il appela près de lui son épouse Bénédicte, et lui
dit :
» — Pourquoi, très chère épouse, ne v a s - t u pas trouver
û
l'homme de Dieu, par les prières duquel non-s -uIoment toutes
les espèces d'infirmités et de douleurs sont mises en fuite, mais
encore les morts m^rao, rappelés des enfers r e v i v e n t ? Nos
dieux ne peuvent faire céda ; écoute donc mon conseil et prends
vingt-cinq livrps d'or, — tout ce qu'il en faudra, — et vas le
t r o u v e r ; peut-être qu'il me sera propice.
» Dès que la vénérable Bénédicte eut entendu ce discours,
elle prit sur-le-champ la somme qui lui avait été indiquée par
l'ordre do son époux, ot elle se hâta avec une grande rapidité
d'arriver jusqu'à l'homme de Dieu (S. Martial) et é t a n t arrivée
on sa pre^enf'O olh» lui dit :
:
(\ ) Ce pas-sage. (M extrait de J.) »' tt de, S . ?larlial, a l i f i l u é e S . Anrùhen.
Il c o m p l è t e la vin de, s . Amadour relativement à la conversion et à la gué
rison du gouverneur do Jtordeauv.
c
(2) Non* l a i s - t i n s volontairement IP - dénomination* fautives de due et fin
catn'e. ainsi qm* les n o m s propres de Sifjisbeti et iVEUevne. Ces traductions,
mal l u e s . (Vabrrriafiaus. de sifflas on An notes lironnienes. nous permet
tront de fixer incessamment l'époque où durent être é r n l s les Actes de
S. Amadour.
(3) O due, Kiionue était un p e i v o i i n a g R romain ayant s o n s sa domination
tout le Midi d e Cattlcs cl qui v m n i l d'être converti par S. .Martial.
đ
SAINTE BÉNÉDICTE 337
» -• Je sais, Seigneur, que vous n'ignorez pas co que j e viens
vous demander, car (ainsi que j e l'ai appris) vous avez la claire
intelligence des consciences des hommes.
» Le très h e u r e u x Martial lui dit :
» — Je sais certainement ce que vous venez me demander ;
il fj a six ans que votre époux est travaillé de la paralysie.
» Bénédicte lui dit :
» — Il en est ainsi, Seigneur, que vous l'assurez; il n'a le
pouvoir d'aucun de ses membres du corps, sinon seulement de
la langue. C'est pourquoi, 6 bon pasteur, j e suis venue vous
trouver avec confiance, s a c h a n t certainement que vous chassez
du corps humain toutes ses langueurs et que vous rappelez les
morts, — des enfers à la vie, — ainsi que nous l'avons appris
dans notre pays, et vous pouvez aussi guérir mon époux de la
douleur qui afflige ses membres. Donc, j e vous supplie de ne
pas rendre vaine sa foi et la mienne, mais par votre ordre de
le rétablir en santé, afin qu'accompagné de tous les serviteurs
qui composent sa maison il vienne à vous pour être purifié
dans l'onde du saint baptême.
» Alors l'apotre, voyant le sincère dévouement de sa foi,
lui dit :
» — Puisque j e vois que telle est votre foi et celle de votre
époux, retournez à votre demeure, posez mon bâton sur votre
époux et aussitôt il sera guéri.
» Mais il ne voulut pas accepter l'or et l'argent que la noble
dame Bénédicte lui avait apporté; car il avait toujours présent
à la mémoire cette sentence que le Seigneur avait souvent
dit:
«Vous avez reçu gratuitement, donnez de même (1). »
(l) Vie d e s . Martial, ch. V et VI.— Vie de tous les Saints de France, col.
536 et 538.
LE BATON DE S- MARTIAL* 341
Ce bâton précieux a été conservé à Bordeaux jusqu'à la
Révolution, dans l'église S t - S e u r i n , continuant d'accomplir
des merveilles.
« Le bâton de saint Martial, disait le P . Bonaventure, est
conservé avec g r a n d e vénération dans l'église de St-Seurin,
aux faubourgs de Bordeaux, selon Spondan, et j e l'y ai vu
moy-même. 11 y a e n t r e les autres, deux miracles qui ne m a n
quent jamais et dont j e suis moy-même témoin : c'est que dans
l'extrême sécheresse, étant plus puissant que la verge de
M o y s e . . . , i l fait descendre les eaux célestes pour arroser les
campagnes, et dans l'inondation des plages il ferme les cieux...
Et pour ces deux miracles opposés, il ne faut que porter cette
verge à la fontaine de Figueyroux, proche des Chartrons, en
procession (1). »
Mgr Girot de la Ville, dans son ouvrage sur les Origines
chrétiennes de Bordeaux, s'occupe longuement du bâton
de S. Martial et de l'usage dont il vient d'être question. « Le
culte, dit-il, constamment rendu a la verge, ôte surtout toute
raison au doute (2). » A la suite de cette phrase, ce r e m a r q u a
ble auteur cite un certain nombre de faits authentiques où la
pratique dont il est question avait été suivie d'un h e u r e u x
résultat.
Mgr Cirot de la Ville recherche ensuite l'origine de cette
dévotion.
On nous p e r m e t t r a de ne pas nous prononcer entre le mot
dévotion ou superstition, vu notre incompétence. On nous
permettra également de nous écarter de l'explication donnée
par l'auteur que nous citons.
La comparaison des usages de Cahors et de Bordeaux et l'exa
men de ce q'ii se passe encore en bien dos lieux en France, s u r
tout en Bretagne, donneront une solution des plus plausibles.
Cette pratique était un reste de culte druidique et la t r a n s
formation d'un usage païen en un usage chrétien.
Mgr Cirot de la Ville rapporte plusieurs exemples de p r a t i
ques analogues à celle qui était usitée à Bordeaux.
muni quant son nom au beau pont qui lance dans les airs ses
trois tours hardies au-dessous do son courant. N'en fut-il pas
de même de la Divona de Bordeaux ?
Pourquoi allait-on plonger la verge de S. Martial à font
Figueyrau et non à font d'Audège ? N'était-ce pas la même rai
son qui, à Gahors, fit consacrer à un saint la fontaine secon
daire et non la Divona
S. Georges, martyr sous Dioctétien, ost considéré en Quercy
comme un raratior (1), c'est-à-dire comme l'un des saints qui,
au printemps, a m è n e n t la pluie. A une époque très reculée et
que nous essaierons plus tard de fixer, on lui consacra la fon
taine do Gahors dont il est question en ce moment (2i.
C'est â cette fontaine que pendant longtemps on est allé,
dans la capitale du Quercy, demander la cessation do la séche
resse.
La ressemblance des usages de Bordeaux et do Cahors ne
doit pas être indifférente. La proscription de la Divona, la
flétrissure que lui imposent les premiers apôtres, la substitution
d'uno deuxième fontaine, consacrée à un saint, à la première
autrefois si importante, qu'on regarde ensuite comme dédiée
au démon, tous ces petits détails m o n t r e n t l'identité du mode
d'évangélisation du Quercy et du Bordelais, évangélisation qui
d u t être faite par les mêmes personnages et a la même époque.
Les cérémonies qui s'accomplissaient â la fontaine de Saint-
Georges de Cahors pour obtenir la pluie (étaient, sur la fin,
devenues fort curieuses et entièrement superstitieuses.
Les enfants seuls faisaient partie de la procession. Ils dispo
saient leur mouchoir en bannière et allaient prendre à l'église
paroissiale St-Urcisse une statue de S. Roch qu'ils portaient à
la fontaine de St-Gcorges. Cette statue de bois était lancée dans
la fontaine et ressaisie lorsqu'elle était r a m e n é e p a r l e courant.
On recommençait ainsi pendant trois fois.
Cl) Nous avons donné p. 201. note î> l'origine de ce mot cavalier et mon-
tn» que c'était encore un souvenir druidique.
(2) Nmis nous demandâmes si la fontaine dont il est question n'aurait
1
pas été ronsaoréc à S. Ocortfes. disciple de S. Front, ressnsrih lui aussi par
le kl h m de ro dernier. Des raisons que nous exposeront plus lard nous uni
lait adopter l'opinion que nous suivous.
LE BATON DE S. MARTIAL 345
LA MORT DK LA T . S. VIKROli
mome nom de figurer dans d'autres écrits. C'est pour cela qu'il
nous est arrivé souvent de raconter des épisodes dont il était
Pâme, sans avoir à peine à parler de lui, à prononcer son nom ;
v e r t u des v e r t u s , humilité sans rivale et bien digne d'admi
ration !
Bordeaux venait d'être converti par les soins de nos deux
époux, Amadour et Véronique; une cérémonie dos plus solen
nelles, la consolidation dû leur œuvre, va avoir lieu, la consé
cration du cimetière chrétien et de l'oratoire de cette ville.
Les auteurs ont célébré avec enthousiasme cet événement
dans lequel les labeurs de nos deux saints seront c o u r o n n é s ;
encore et toujours leur nom va être passé sous silence.
Ne citant que des textes, nous serons obligés de faire comme
le? autours d'aulrefois; mais, à leur encontre, nous ne per
drons pas de vue Amadour et Véronique et nous ios aurons
présents il la pensée, puisqu'ils étaient présents à ces événe
ments et que, bien plus, ils en étaient acteurs principaux.
« Il y a dans le monde deus: cimetières célèbres et sacrés
» entre tous, lisait-on autrefois gravé sur la pierre, l'un à
» Arles dans les Champs-Elysées, l'autre à S t - S e u r i n . Notre
» Seigneur Jésus-Christ, apparu sous la forme d'un a r c h e v é -
» que, en a fait la consécration, assisté de sept évéques ci-
» dessous nommés. Aucun n'osa lui demander qui ètes-vous ?
» sachant bien que c'était le Seigneur, j u s q u ' à ce qu'il disparut
» à leurs yeux. Les noms des susdits évêques sont ceux-ci :
» Maximin d'Aix, Trophime d'Arles, Paul de Narbonne, Sa-
v t u r n i n de Toulouse, Front de r é r i g u e u x , Martial de Limoges,
» Eutrope de Saintes (1) »
« De quelle célébrité a toujours joui, dans tout l'univers
» c h r é t i e n n e cimetière d'Arles, dit encore le Propre des Saints
» de ce diocèse, nous le savons non-seulement par la pierre sur
» laquelle est gravé son éloge dans l'église Saint-Seurin à Bor-
» deaux, ou par les innombrables tombeaux qu'on peut encore
» y voir, mais aussi par le tombeau de saint Trophime, fonda-
» tour de l'Eglise d'Arles. Il est en effet prouvé par d'anciens
(1) Prop. SS. Arolat. Eccles. 1612. p. 80-82. — Faillon, Mon. tno'cL, 1.1.
col. 628.
(2) Origines chrëtiennnes de Bordeaux. p. 187.
LXII
L'ÉPÉE DE ROLAND
» que constance, ils ont aussi fourni des vases et des médailles;
» et cependant, sur plusieurs centaines de ces monnaies anti-
» ques, on n'en a point reconnues de postérieures au £° siè-
» cle. Nous ne prétendons pas déduire de ce fait, la date de
» l'établissement du christianisme à Bordeaux ( 1 ) , mais seule-
» ment fournir à ceux qui le chercheront une des données du
» problème ( 2 ) . »
Cette donnée du problème est non seulement importante
mais concluante, aujourd'hui où l'on considère comme étant de
si grande valeur tous les appoints fournis par la numismatique.
Venant de constater des preuves de première valeur faisant
r r
remonter au i siècle le cimetière chrétien de St-Seurin et par
suite la fondation de l'oratoire de S. Etienne qu'il entourait,
nous avons h â t e de prononcer et de mettre cote à côte le nom
des deux époux Amadour et Véronique. Empressons-nous de
lier le souvenir de ces deux saints, comme Ta toujours été leur
culte ; montrons surtout qu'il en a toujours .été ainsi, et cela
dès les temps reculés.
Franchissons d'un bond le moyen-âge et passons brusque
ment au siècle de Charlemagne.
Rapprochés dans leur origine, le cimetière d'Arles et celui
de Saint-Seurin de Bordeaux, fait remarquer Mgr Cirot de la
Ville, nous les trouvons tout aussi unis au temps dos vaillants
preux. C'est à ces terres t o u t particulièrement saintes qu'ils
veulent confier leur dépouille mortelle. Suivent aussitôt des
citations importantes.
Rapportons ce que dit Pérudit Vincent de Beauvais des preux
de Charlemagne : « Un grand nombre furent ensevelis à Bor-
» deaux, lit-on, Gayfer, roi de B o r d e a u x ; Engelère, duc
» d'Aquitaine ; Lambert, roi de B o u r g e s ; Galère, Raynaud
» avec cinq mille autres. En aumône pour leurs âmes, Charle-
» magne distribua aux pauvres douze mille onces d'argent et
» a u t a n t de talents d'or, des vêtements et des v i v r e s . . .
» A Arles furent ensevelis Escoult, comte de L a n g r e s ; Salo-
(1) Et pourquoi donc fuir devant cette conséquence ? ajoute avec rai
son Mgr Cirot de la Ville.
(2; Statist, de la Gironde. 1.1. Bordeaux.
356 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
LE BRÉVIAIRE ROMAIN
L E S A C T E S D E S, AMADOUR,
f=$j N lîi dans les Origines chrétiennes fie Bordeaux, par Mgr
Oirot de la Ville, page 40 : « Considérée dans son origine, la
~<S) » légende de Roc-Amadour, (autrement dit \e& Actes rte S.
y> Amadour), a obtenu place dans les Bollandisfes auxquels
» elle fut envoyée de Toulouse en 1043, par le P . Poussines,
» qui l'avait prise lui-même dans les œuvres posthumes du
» P . de Gisscy. Le P . de Gissey l'atteste ; il en avait vu l e m a
ju nuscrit d'Hugues, évèque d'Angoulème, mort en 991, m a n u s -
Acta e \ seuedis posthumis 1'. Odonis (ïissey soeietatis Jesu qnarum apo-
grnphum P. Pi'lrus POSSÎIKIS nus ter anuo 1 0 * 1 3 ad Bullandum ïolosa niisit.
(Grands Hotlandistes, t. 3 8 , p. 2 1 . ' J
LECTÏO i. « Ranctus ifaque n o s t e r Amator/> (1) Hebrœus
» vere et Israelitica fuit r e l i g i o n o / : qui secundum legem
» Mosaïcam dwxit u x o r e m p , » nomine Veronicam, <c moribus
» et flde sibi non disparom sociam t ? (2). Vivpntes igitur in
» justificationibus Domini sine quer^la /) e t S a l v a t o r i s a d v e n -
» tu m /' à sanrtis Patribus (3i prœnuntiatum devotius e x p e c -
» t a n t e s c, ab Orieute ex alto visitari m i s e r i c w d i t e r m e r u e -
(\) Los parties mises rnl.ro « » sont colles qni remontent à une
époque antérieure a l'an 500. Les voyelles imprimées en caractères g r a s
sont celles qui portent l'accent tonique. Nous expliquerons, dans le pro
chain article, la signification dos lettres /). t. ou r. pincées a la fin des pério
r
des de la partie que uous animions dater du iv ou du commencement dn v°
siècle.
(2) Nous faisons suivre les lettres ]i. t. ou i\ d'un ? lorsque les finales
présentent le rythme voulu, mais offrent nim espèce d'imperfection à cause
1
du nomhri do syllabes des mots où ïi«urc ce rythme. Nous conservons ces
phrases malgré cette irrégularité. Nous avons trouvé des exemples analo
gues dans des pièces qui pourront aider à préciser complètement l'époque
où remonte ce texte.
( 3 ) Paires mis dans le sens de prophète ou de patriarche. Ce doit être le
sigle P. qui aura été niai lu. S. Didier dounait à l'archevêque de Huurges le
titre de Patriarcha (Ulossaire de Du Gange au mot Puiriarcfia).
LA MORT DE LA T. S. VIERGE 365
» crit cité au concile de Limoges de 1031, comme une copie
» d'un écrit bien antérieur, et comme une partie de la légende
» même de S. Martial. »
Ce manuscrit, nous ne l'avons p l u s ; mais son existence nous
est encore attestée par Doininicy (Manuscrit du Grand-Sémi
naire de Cahors, p. 34 et p. 230) ainsi que par le P. Bonaven-
ture de S. Amable (t. II. p. 204). Nous donnons ci-dessous ces
Actes de S. Amadour avec leur critique.
Le passage de Mgr Cirot de la Ville contient trois affirma
tions, échos de la tradition do Roc-Amadour au xvn° siècle.
Nous allons les vérifier.
Nous avons établi dans le numéro précèdent que les Actes
(1) Reliquias fie heata Virgine. faute de grammaire qu'on trouve fré
quemment dans les lettres rie s. niilior v. g. Et lient de noslro caflegin
e
duos jam ainiserim germanos (10 lettre à Lévéque Onrion). — flanc îihi
histoh'am de Erangelio egregite illius femina> deslinavi (l 1° lettre à As-
pasie). — D'après les lettres de S. Didier, cette tournure do Palliatif procédé
de la particule de mis A la place du génitif, semhle, sous la plume de cet
évêque, un signe de respect.
On peut déjà remarquer dans les passages (pin nous retranchons dans
fi
cetto m leçon que les parties ajoutées ont rte mises eu général comme
explication ou amplification. On constatera plus spécialement co fait lors
qu'il s'agira de reliques. Nous appelons l'atteulion sur la beauté et la solen
nité du rythme qui compose les finales des fragments ici conservés, ainsi
que la longueur des passages intacts qui précédent et qui suivent. Ce sont
les raisons qui militent en faveur de leur authenticité. Sur la lin, les leçons
contiennent encore beaucoup moins que celle-ci des restes du texte antique.
366 S A I N T A M A D O U R ET S A I N T E VÉRONIQUE
ges sur des sujets anciens, avaient dans leurs écrits la même
méthode que dans leurs peintures ; ils habillaient les person
nages à la mode de l'époque. C'est ce qui a e u lieu dans la vie de
S. Martial, que nous possédons actuellement, faussement attri
buée à S. Aurélien, disciple et successeur de S. Martial. Les
personnages y agissent à la mode mérovingienne. C'est, en
effet, à cette époque qu'elle a été écrite.
Dans les Actes de S. Amadour, on ne trouve de mérovin
gien que ces seuls mots Sigebertum Ducem, Sigebert Duc.
Ce fait prouve déjà en lui-même qu'ils n'ont pas été composés
à l'époque mérovingienne, mais simplement lus.
Il y avait, en effet, dans les premiers siècles de l'Eglise, une
écriture spéciale, secrète, une espèce de cryptographie qu'on
nommait les notes lironiennes. « Au iii" siècle, S. Cyprien,
» évèque de Carthage, étendit le recueil des notes tironiennes
» en y ajoutant les signes qui convenaient à l'usage particulier
» des c h r é l i e n s . . . On trouve des livres entiers de cette espèce
» d'écriture, en particulier l'éloge de Cassien au iv° s i è c l e . . .
» Lo concile de Nicée eut recours à ces caractères secrets. »
(Eléments de paléographie, par Natalis de AVailly, tome I,
p a r t . III, ch. III, p. 410).
(\) Camisia, mot quo l'on trouve pour la première fois dans 1rs écrits
fin S. Jérôme et. auquel il faut donner lo sens do tunique et non de chemise.
(2) Même observation que précédemment sur les ablatifs précédés de la
particule de.
(3) Mannsterinm. au r v siècle, signille. d'après du Canire, ermitage*
lieu où se trouvent, des cellules de solitaires (Cass. coll. 18 c. 0. 5. — S. Hie-
ron. Vita Paul). Couvent se disait cœnobium.
370 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
fice divin était quotidien en Gaule, les fêtes des saints très peu
nombreuses, leur culte local, leur office spécial et n'éliminant
pas, au moins totalement, l'office férial.
Si les Actes de S. Amadour remontent au-delà du x° siècle,
nous devons y r e t r o u v e r le coup de plume de S. Didier, dont
quinze lettres ont été conservées. Nous avons fait la comparai
son et nous avons mis on évidence, dans les notes ci-dessous,
les points de ressemblance.
Restaient les passages écrits en beau latin. Ils ne sont pas de
l'époque carlovingienne et ils ne peuvent pas être attribués à
S. Didier. (Son latin est barbare et présente constamment des
fautes de grammaire ou des t o u r n u r e s vicieuses). Quelle consé
quence tirer, sinon que ces passages étaient d'une époque
antérieure.
Mais comment effectuer le triage sans faire crier à l'arbitrai
e
re ? Comment discerner ce qui était antérieur au v i siècle de ce
qui était postérieur de manière à ne pas s'attirer des répliques?
comment retrouver un t e x t e parfaitement authentique, indis
cutable, remontant vraiment au iv° siècle, au moins ?
I.E C U R S U S OU R Y T H M E PROSAÏQUE
(\) Nous disons enfin, car à part les Actes du concile d'Arles, qui
n'ont trait qu'A S. Tropliimo, nous estimons que ce document est le plus
ancien de ceux que nous possédons actuellement, ou du moins Pun des
plus anciens.
LE CURSUS OU RYTHME PROSAÏQUE 379
TRADUCTION
Ainsi notre saint Amadour fut vraiment Hébreux et pratiqua
la religion des Israélites II prit, suivant la loi de Moïse, une
épouse, compagne qui ne lui était en rien inférieure, au point
de vue des mœurs et de la foi. Vivant en paix dans la justice
du Seigneur, attendant dévotement l'arrivée du Sauveur, ils
méritèrent d'être miséricordieusemeut visités d'En-Hant P e n
dant que Notre-Seigneur Jésus-Christ répandait dans ses p r é
dications la semence de la divino parole, comme une bonne
terre purgée par les ans et devant vendre le centuple, ils hi
laissèrent avec piété déposer d;ms leurs cœurs. Aussi à cause
d'une très grave infirmité dont fut avec clémence guérie la
bienheureuse Véronique en touchant la frange du vêtement
du Seigneur, lo susdit Amadour «t Véronique s'enflammèrent
(t) Comme daus les articles précédents, les s> Italie* accentuées ?oul im
primées eu caractères GRAS. Les cursus plaints, fard us cL rr/o.i* FOIII dis
tingués au moyen des lettres p, f ou p. JLcs cursus impartait* lois qu'où
p
les rencontre dans les écrits du iv siècle, sont indiqués au moyeu d'un ?.
Les parties supprimées sout remplacées par des . . .
3S4 S A I N T AMADOUR ET S A I N T E VÉRONIQUE
(1^ Nous remplaçons les mots Sigehert duc par ceux (pie nous croyons
devoir être la traduction des siglos mnLemis dans le manuscrit primitif et
l
(pie nous insérons dans le texte latin (Voir n° LXIV, p. M'û et WS).
386 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
sinage, que les peuples de cette contrée, bien que cruels sau
vages et indomptables, accouraient à lui dans Imirs nécessités,
et Pimplorant fidèlement, lui demandaient ses prières avec des
larmes et des soupirs.
Mais, progressant de j o u r en j o u r dans ses saintes résolu
tions, rempli de piété, plein de toutes les autres v e r t u s , atteint
de la fièvre, connaissant son appel par révélation du St-Esprit,
muni des divins Sacrements, le bienheureux Amadour s'envola
heureusement vers le Christ le XIII des calendes de septembre.
^ ^ ^ ^ ^
LXYII
LA DAME BAZADAISE
(i) Voir la dispprlalion sur ce sujet qui ?e trouve dans les Origines chré
tiennes de Bordeaux, p. 180 et suivantes.
^2) Voir : XII Joseph d'Arimathie et Nicodème, p. 70.
LA DAME BA.ZAĐA1SE 389
en effet, veut que Sigibert fût gouverneur de Bordeaux et 1 a u
tre grand prêtre des faux dieux ( 1 ) . La charge de grand prêtre
et celle de préteur ou de proconsul ne semblent guère pouvoir
être attribuées au même personnage. Il n'en est pas ainsi du
titre de décurion.
Sigibert converti, devint donc évèque de Bordeaux. Mgr Cirot
de La Ville (2), qui admet ce fait, pense do plus, que c'est le
même pontife que Saint Fort, dont le tombeau se voit dans les
cryptes de St-Seurin de Bordeaux, où il est en très grande
vénération.
Aux raisons de grande valeur que met en avant l'auteur
des Origines chrétiennes, nous allons nous permettre d'ajou
ter deux légères observations.
Nous ne pensons pas d'abord qu'on doive chercher ni l'ori
gine, ni la traduction du nom de S. Fort dans le sens du mot
Sigibert. La raison d'un changement d'appellation se trouve
suffisamment dans l'usage existant, dès le 1" siècle, de prendre
un nom nouveau et symbolique au baptême (3). Nous en avons
u n exemple dans le proconsul Sergius qui, par reconnaissance,
prit le nom de T a p j t r e S. Paul qui l'avait converti. Fort, le
nouveau nom de Sigibert converti, pouvait faire allusion à son
énergie personnelle on bien cà sa guérison.
Nous adopterions plus aisément la deuxième manière do voir.
Il est, en effet, — et c'est notre seconde observation, — un
usage immémorial à Bordeaux, de faire passer sous le tombeau
de S. F o r t , le j o u r de sa fête, les enfants infirmes ou qui, par
suite de faiblesse organique, tardent à marcher. L'on sait,
qu'en général, on attribue comme pouvoir spécial aux saints
celui de guérir les maladies dont ils ont été délivrés e u x -
mêmes durant leur vie-
Nous laissons donc S. Fort sur le siège épiscopal de Bor
deaux.
Est-ce à dire que l'évangélisation de cotte contrée soit t e r m i
née ? Loin de là.
(1) Greg. Tnr. De Glor. Martyr. Lin. I. 0. XII. — Co récit est développe
dans le Baptista Salvatnris, rédigé vers 1140 par Garcias. évêque de Bazas,
et dans le Chronicon vasalense de Géraud Dupuy, archidiacre de Dazas.
392 SAINT AMADOUR ET SAINTE VERONIQUE
S. S A T U R N I N DIî TOULOUSE
(t) Nous donnons en ce moment la tradition telle qu'elle est, nous pro
posant fie l'élucider on parlant de révangélisation du Quercy. C'est beanconp
plus tard que S. Firmin eut à régir l'église d'Agen.
26
39G SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
e r
objections à révangélisation des Gaules au I siècle. L'une
d'elles était la date inscrite dans la passion de S. Saturnin de
Toulouse. La seconde se basait sur l'existence à Ephèse d'un
tombeau que Ton prétendait être celui de la Magdeleine de
l'Evangile.
S. Grégoire de Tours se prononça en faveur des objections.
Annihiler ces deux objections, montrer que l'appui moral
fourni par leur adoption de la part de S. Grégoire de Tours est
nul, tel est le but que nous allons p o u r s u i v r e .
Montrons d'abord que l'autorité du témoignage de S, Grégoi
r e de Tours est sans valeur. Nous éluciderons ensuite les deux
autres questions.
Certes, nous n e voulons pas nier l'autorité de S. Grégoire de
Tours relativement aux faits d'histoire qui lui sont contempo
rains et Dieu nous garde de m a n q u e r de respect à cet illustre
évéque, de douter de sa sincéi-ité. La France lui sera toujours
reconnaissante de ses écrits et c'est à j u s t e titre qu'on Ta sur
nommé le Père de notre histoire nationale.
Toutefois, nous sommes obligé de le constater, de l'avouer
dans l'intérêt -de la vérité, Grégoire de Tours fut u n mauvais
chronologiste.
Vu l'état de la science à son époque, cet écrivain ne sut pas
toujours adapter l'histoire ecclésiastique à l'histoire profane.
Les e r r e u r s de date pullulent dans la partie de VHistoire des
Francs de S. Grégoire de Tours qui se rapporte à l'histoire
romaine.
Relevons quelques-unes de ces e r r e u r s .
Dans les quatre premières lignes du chapitre où S. Grégoire
de Tours met la venue de S. Martial en Gaule sous l'empereur
Dèce, on trouve jusqu'à cinq.
Cet historien place au nombre des plus illustres victimes de
la persécution de Dèce, en Occident, le pape S. Sixte et son
diacre S. L a u r e n t . Or S. Sixte II ne fut élevé au souverain
pontificat qu'en 257; il fut martyrisé sous l'empereur Valérien.
S. Hippolyte est ensuite désigné comme ayant également souf
fert sous Dèce. Il souffrit pour la foi sous Claude-le-Gothique,
environ vingt ans après la mort de Dèce. « Sous l'empereur
» Dèce, ajoute S. Grégoire de Tours, Valentinien et Novatien,
S. SATURNIN DE TOULOUSE 399
» cédant aux suggestions de l'homme ennemi, répandent leurs
» e r r e u r s contre notre foi. » Valentin (car on ne connaît pas
d'hérésiarque du nom de Valentinien), vivait sous Antonin-le-
Pierre, en 141, et Novatien sous Gallus et Volusion.
Ailleurs, S. Grégoire de Tours raconte « que S. Paul mourut
à Rome, le même j o u r que S. P i e r r e , mais après que Van fut
révolu. » On sait que les deux apôtres souffrirent le martyre
le même j o u r .
Nous pourrions multiplier encore ces exemples, mais nous
préférons appeler l'attention s u r un autre point, sur ce passage
de l'histoire des Francs, qui mettrait S. Grégoire de Tours
absolument en contradiction avec lui-même, si l'on supposait
que cet historien admit que l'évangélisation des Gaules n'avait
commencé qu'à l'époque de l'empereur Dèce.
S. Grégoire de Tours dit, en effet, quelques lignes avant de
parler de l'arrivée de S. Saturnin, que sous Marc-Antoine,
qu'il confond avec Marc-Aurèle, « en Gaule, de nombreux fidè-
» les souffrant pour le nom du Christ, reçurent la couronne
» céleste du martyre comme le racontent les histoires de leur
» Passion fidèlement conservées jusqu'à ce jour (1). »
Que déduire de tout ce que nous venons d'exposer, si ce n'est
ce que bien d'autres en ont déjà conclu avant nous et depuis
longtemps.
Quel est l'auteur qui, aujourd'hui, en dehors d'une question
qui passionne, oserait s'appuyer sur S. Grégoire de Tours afin
de déterminer, d'affirmer d'une manière absolue u n e date
d'histoire profane relative à la période romaine ?
Qu'on n'exagère pas cependant notre pensée, car nous accor
dons à cet historien toute autorité relativement aux faits qui
lui sont contemporains, à part les quelques écarts toujours
inhérents à la faiblesse de l'intelligence humaine.
Afin même de prouver notre confiance sur ce dernier point,
sans rien préjuger des conséquences, nous allons dire immédia
tement que nous considérons comme entièrement avérées, sur le
Ci) Scd et in Oallna multi pro Christi uomino sunt per martyrium com
mis crolfislimis corounti, quorum passiomim historié apml nos iidrlHcr
usque Uorfic retinentur. fGrpR. Turon. Ilfst. Franc lib. I, cap. XXIV;
PatroL lat. t. LXXXI, coi. i?:*).
400 S A I N T A M A D O U R ET S A I N T E VÉRONIQUE
LA P A S S I O N DE S. SATURNIN
f
,
promis à nos lecteurs de les faire assister à un combat
singulier, à une lutte corps à corps, qui pourrait bien être
décisive, entre les Actes de S. Amadour et la Passion de S.
Saturnin.
On a eu déjà un aperçu général du champ de bataille. Nous
avons fait des excursions dans les œuvres de S. Grégoire de
Tours.
C'est l'heure de rapprocher les combattants, de vérifier les
armes, de fixer les positions.
Commençons par déterminer, avec tout le soin possible, la
situation de l'ennemi.
o r
Les adversaires de l'évangélisation de la Gaule au l siècle
n'ont en leur faveur qu'un seul auteur, S. Grégoire de Tours.
Dans cet auteur ils n'ont, corroborant leur thèse, qu'un seul
passage, une citation tirée de la Passion dn S. Saturnin de
Toulouse, citation contenant une date, il est vrai, mais une
date indiquée non au moyen de chiffres, mais par les noms des
consuls désignés pour cette année-là, suivant la méthode des
Romains.
Pour être précis et j u s t e , nous avons accordé largement
aux partisans de la venue de S. S a t u r n i n sous l'empereur
Dèce (249-231) une chose des plus précieuses pour e u x , c'est la
preuve inattaquable fournie par S. (îrégoîre de Tours de l'exis
tence au v r siècle de la Passion de S. Saturnin de Toulouse et
de l'existence surtout dans ce document d'une phrase qui avait
été lue « sous le consulat de Dèce et de Gratus ».
Nous l'avons accordé et nous l'accordons toujours, mais
nous n'accordons que cela.
402 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
DES PRÉLIMINAIRES
([) De re diplomat ira. cih> pnr Nnlnlis do, Wailly. — Éléments de Pale'O'
graphie. 1.1, part. chap. III, p. 410.
DES PRÉLIMINAIRES 415
(1) DGCO. Si l'on admettait que le mot pluriel cmmitibux ovail cle re
présente, par. une sente lettre. U taudrail supprimer le *1 Huai.
Nous avons adopté la forme des lettres onrinles du u" l de la plainMie ï.
du tome II des Eléments de paieotjrapine de Nalali* do Wailly. iHcu que
l'ENSEMBLE do col alphabet soit lin* d'un mamn-cvil du v r siècle, 1rs lettres
n
que nous eu avons extraites mil la forme des ouci.ilns du iv .
418 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
(1) Cocl. ï (îorin. Sub Decio et Germanico. Concb. vero Sub Decio Ger
manico et Grato. Dom Ituinart, Acla sincera, jiote.
La version Sub Decio Germanico et Grato consulibus est celle qui avait
coursau xi° siècle, comme le montrent les Actes du concile de Limoges de
1031. On faisait même de ces consuls des personnages ayaut vécu sous Dio
ctétien. « In tempore Diocletiani et Muximiani* Decio Germanico et
Grato consulibus passas est. » Labbo, t. IX, p. 880.
(2) Florus, Additions au martyrologe de Bède, 29 nov. PatroL lut.
T. XCIV, col. 1118.
LES SIGLES MAL LUS 419
semble-t-il, toutes les garanties désirables, répondant à tous
les desiderata de lecture et concordant entièrement avec toutes
les données paléographiques établies.
Cette forme unique est la suivante :
(t) Hist. (1rs Inslit. de ta ville de Toulouse par du Muge, Proie». III.
pag. 83.
422 S A I N T AMADOUR ET S A I N T E VÉRONIQUE
Cl) Nous nous sommes servi pour ce résumé ries Mémoires du langue-
doc par «îuillaume CAlcl.de la Vie de S. Saturnin par l'abbé Lalou et des
l'etils-nollaudistcb (30 novembre». Ces auteurs s'appuient sur ce que ra
conte Bernard (iuidonis.
LES SIGLES MAL LUS 423
CAUSES DE L ' E R R E U R
(1) Siib Anrefio deinde Anton in i fjlio persecnlio quint a agit nia. Ac
lune primum in Ira Gallias martyria visa, sérias trans Alpes Dei reli-
gione snscepfd {Sulp. Se'v. Hisl. sacr. Iil>. Il, cap. XXXII).
Nous traduisons le verbe susripere par accepter facilement. Ce sens res
sort de rétyinoloyie du moi qui signifie eu rnalitf accepter en se plaçant
dessous, a la manière de celui qui reçoit un fardeau sur ses épaules.
CAUSES DE L'ERREUR 429
(Mon. ined.; tome II, pag. 40G et suiv.) le démontre, et ce passage n'est
pas le moins beau Me sou œuvre. Les criteria que nous avons adoptés
viruuont entièrement corroborer son argumentation.
Dans le Livre des Confesseurs, S. Grégoire de Tours se lait sur les dé
tails relatifs à la vie Me ce saint. 11 les Momie, au contraire. Mans {'Histoire
des Francs. Seulement, d'après le contenu du TÂvre des Confesseurs, ch,
LXXVj ces Actes ne peuvent pas être antérieurs à l'épiscopat Mo Prnbianus,
vers l'an 540.
Ces Acles sont encore marqués du cursus. "Nous rappelons que ce n'est
qu'a la fin Mu vi° siècle (pie disparut le cursus, disparition occasionnée sans
nul doute par la décadence de la langue latine. C'est à Pépoque do S. Gré
goire de Tours que commence à décliner totalement, l'usage Mu cursus. Nous
pourrions donner comme nouvelle preuve les Actes.des Sept-Dormants et la
Passion de ,V. Julien de Hrionde, pièces liturgiques généralement attribuées
à S. Grégoire de Tours. On y trouve encore largement la trace du cursus,
mais très fréquemment il fait défaut à la lin des périodes, et souvent même
a la lin des phrases. Dans la Passion de S. Julien, il v a huit finale» de
phrases sans rythme et plus Me vingt dans les Actes des Sept Dormants.
LXXIV
(1) Greg. TUT. Lib. de Glor. Martyr. Cap. LVI. — On trouve la rw'me
chose relativement à S. Agricole et S. Vital (Lib. de Glor. Martyr, c. XLIV.)
440 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
p
(t) Nous avons déj& parlé de la vin de Sle-Martho, du iv siècle, décou
verte A Rome par l'abbé, Faillon sur la fin de sa vie. postérieurement A la
publication des Monuments inédits. L'existence do l'épisode en question
dans les anciennes Vies de Sto-Marihe est d'ailleurs affirmée dans un docu
ment plus ancien que Fmtrnducliou en Gaule do la réforme du bréviaire a
l'époque carolingienne. Elle est indiquée dans la vin de S. Front insérée
dans les Grands lïollandistrs. attribuée par quelques-uns A Févéque Sébaldc.
On y lit : « Hic est ille Fronto, qui healam Mari liant mm Safvatare sepi-
Iwitvt supra in Legenda sancl/p Marllve plenius conlinetur. * (Gr. Bol.
Vie de S. Front, 25oct. tom. 2il, p. 412, 18.
(2) Prélace aux couvres de S. Grégoire do Tours, par dom Ruinart u» 61.
Patrol. lat. tom. LXXXI.
29
444 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
T
(1) I num deuique circa (ïregorii libros do Miracnlis sanctonim obser-
vari velim, quoi! seilicel ea solum sauctorum et miracula retuierit quœ in
aliis anctoribus soripta non erant. Undc mirum non est, si quandoqne
omissis sauctorum gestis. uh.seura quœdam l'aota commémorât.
ïlinc ctiam palet quain incauto -fecerint iionmilli, qui res aliquot sancto-
rum gestas in tlnbrom rovocarent ol> id solum quod à Uregorio non memo-
rantur ; cum, nt ipso teslatnr, extra ojus institution fuissel do ejnsmodi
robns dissercre...
1
Non itaqnc srripsit de sanclorum qua aliunde nota erant aut quorum
vit«T. Uabelianhii'. (Praof. ad. oper. (îreg. Tur. auct. dom Ruinart 11*71. —
Pair. bit. Tome LXXXI.)
(2) Mon, hier!, tome I, ch. 1, col. 420.
(3) C'est dans la vie de ce saint que l'abbé Faillon trouverait une objec
tion (que d'ailleurs il détruit lui-mrme) à la rigoureuse application de l'opi
nion do dom Huiuarl.
LE SILENCE DE S. URKGOIRK DE TOURS 445
(1) Amor limorque Chrisli impellil ni referai (fireg. Tur. Lib. de Glor.
conf. prief. iu fin.)
LE SILENCE DE S. GRÉGOIRE DE TOURS 447
te
faisons de même et aussi vivement pour S Marthe, pour
S, Lazare, pour S. F r o n t , et nous le ferons bientôt pour
c
S. Amadour et S' Véronique.
N'insistons pas davantage, ce serait inutile, car S. Grégoire
de Tours a été loin de mériter un reproche, tel que celui que
nous énonçons plus haut. S. Grégoire de Tours s'est tu, il est
vrai ; mais s'il s'est tu, c'est qu'il a cru en conscience n'avoir
rien à ajouter.
Chaque fois qu'il y a eu une lacune qu'il croyait utile de
combler, n a-t-il pas pris la plume ?
N'a-t-il pas fait sentir que, pour lui, la Magdeleine de P r o
vence n'était pas la Grande Pécheresse de l'Evangile, mais une
autre pécheresse, la sœur de Marthe et de Lazare ?
t(1
N'a-t-il pas fait de mémo pour S. Martial, S Véronique, en
un mot chaque fois qu'il a trouvé an détail qu'il a cru devoir
redresser ?
Pour en revenir toujours à notre conclusion, S. Grégoire de
Tours n'a j a m a i s gardé le silence au sujet de faits connus de
lui si ce n'est pour les a p p r o u v e r .
Et c'est ainsi, par le silence, que les traditions de Provence,
les traditions relatives à S. Front, par suite à S. Georges et à
Notre-Dame du P u y , ont été laissées intactes, bien plus, ont
été approuvées par S . Grégoire de T o u r s .
En a-t-il été de même des traditions relatives à Roc-Ama
dour ?
Au sujet de cette question, la question capitale pour nous, à
savoir si les traditions de Roc-Amadour ont été tacitement
approuvées par S. Grégoire de Tours, qu'on nous permette
d'abord de poser un dilemne.
Ou les « Anciens Gesta » de S. Amadour ont été connus de
S. Grégoire de Tours, ou ils n'ont pas été connus.
La première supposition est possible. Les Gesta de S. Ama
dour ont pu n'être pas connus de S. Grégoire do Tours. Le
Quercy venait, en effet, d'être ravagé en 573 et Cahors entiè
rement détruit. Quant au Bordelais, nous voyons que pendant
quelque temps S. Grégoire de Tours ignora l'existence des
Actes de S. Scurin.
Dans ce premier cas, en a d m e t t a n t que S. Grégoire de Tours
448 S A I N T AMADOUR ET S A I N T E VERONIQUE
(1) Nous donnerons les raisons quand nous établirons l'identité de Za-
schée et de S. Amadour. Elles seraient oiseuses eu ce moment.
LE SILENCE DE S. «IRÉfiOIRE D E
TOURS 440
0
LÀ CRITIQUE AU I V SIÈCLE
donnée par S. Jérôme : « Qui soli habitant per deserta (Episl. 22, ad Eus-
p
tocli.) » Cette locution indique clairement les usages et le faire du iv siècle.
D'autre part, Pliistoiro de l'Eglise de Cahors veut que ce document litur
gique ne soit pas antérieur à l'épiscopat rie S. Florent, ni postérieur à, l'in
vasion wisigothe. fixant par suite, elle aussi, sou origine sous l'épiscopat
de S. Florent (370-409) ou an plus tard sous celui de S. Aiithe ('109-410).
La Gallia chrisliana admet une interruption dans la série dos évéques
de Cahors pendant l'occupation wisigothe.
450 S A I N T AMADOUR ET S A I N T E VÉRONIQUE
(1) Exemple de questions posées par He'âihie (S. Hieron. opera, Paris.
1578. épist. CL tom. III, p. 221).
2. Quomodo nccipiendnm sit illnd Salvatoris apudMath., Dico autem vo-
bis : Non bibam auiorio de hoc genimiuc vitia usuuo ad diem illnui, quo fai-
batn illud iiovum vobiscuni in regno patris mei.
3. Quae causa sit, ut de resurrcctioiic Domini et apparitione evangelist«
diversa narraverint... Cur Matth. dixerit : Vespere autem sabbati Hlusces-
cente in uua sabbati Dominu ni surrexisse; et Marcus roane resurrectiouem
ejus factain esse commcmoret.
4. Quomodo juxU Matth., vespere sabbati Maria Magdclenc vidit Domi-
mim resurgentcw ; et Joannes evaugelista refert eam maue una sabbati
juxta sepulcrum flore.
5. Quomodo juxta Matth., Maria Magdalena vespere sabbati cum altéra
Maria advoluta sit pedibus Salvatoris ; cum. secnndum Joannem audierit k
Domino : Noli me tangere, necdum eniin asceudi ad patrem meum.
6. Quomodo, custodiente militum turba, Pelrus et Joannes libère ingressi
sunt sepulcrum, millo prohibente custodum.
7. Quomodo Matthœus et Marcus scribant, apostolis maudatum per mu-
lieres, ut irent in dalilacam Dominum revisuri ; cum Lucas et Joannes, Hie-
rosolymis ab illis visnm esse, perhibeat.
9. Quomodo Salvator, secnndum Joannem, insuffîavit spiritum sanctura
in sanctos apostolos et secundo m Lucam post ascensionem se misuram
repromittit.
11. Quod sit, quod apostolus scribit ad Gorinthios in secunda epistola :
Aliis odor mortis in mortem, aliis odor vitao in vitam : et ad hmc quis tam
idonens ?
12. Quid sit, quod in epistola scribit ad Thessalonicences prima : Ipse
autem Deus pacis sanctifioet vos per omnia ; ut iuteger spiritus vester, et
anima et corpus, sine qnercla in adventu Domini nostri Jesu-Gtiristi servetur.
Exemple de questions posées par Algasie (Loc. cit. Epist. GLI).
1. Cur Joannes discipulos suos mittit ad Dominum, nt interrogent eum ;
Ta e s , qui vculurus es, an alinm cxpcctanuis ? Gum prins ipse de eodem
dixerit, Kcce aguus Dei, eccc qui tollil peccata mundi.
5. Quod sibi velit, quod scriptum est in evangelio secnndum Lucam : Et
non rcocpcruut cum : quonîain faciès ejus erat obfirmata vadens in Jéru
salem.
ft. Quis sit villicus iniquitatis, qui Đomini voce laudatus est.
7, Quo sensu aocipicndum sit, quod in epistola legim in Uomanos ; Yix
eniin pro jnsto quis moritur, nam pro bono forsitan quis audeat mori.
8. Quid sibi velit, quod ad Romanos scribit Apostolus : Occasiono accep
ta, peccatuin por maudatum operatum est in me onmem concnpiscentiam.
LA CRITIQUE AU I V e
SIÈCLE 459
Elles dénotent un tel savoir en matière religieuse, une telle
délicatesse d'investigation chez ces deux femmes, que nous
nous demandons ce que devait être la manière de scruter
l'Ecriture Sainte chez les hommes instruits de l'époque, chez
les clercs, chez les évêques.
Serait-il bizarre, pour renverser nos traditions, en face de
l'érudition d'Hédibio et d'Algasie, si quelqu'un osait encore le
mettre en avant, l'argument favori de Launoy, qu'il appliquait
c
surtout, il est vrai, au x u et au xta° siècle, l'argument de
crédulité chez le peuple et de pieuses fables chez les auteurs
des documents liturgiques.
Lorsque deux dames, malgré la présence dans leur contrée
d'un S. Alithe, le futur évêque de Cahors, dont la science est
vantée dans la réponse même â Algasie, lorsque deux dames ne
craignent pas d'envoyer un messager j u s q u ' à Bethléem pour
consulter S. Jérôme sur des points relatifs au contenu des
Evangiles eux-mêmes, lorsquelles posent des questions allant
jusqu'à embarrasser le grand docteur, nous nous demandons
ce qui serait advenu des Gesta de S. Amadour s'ils avaient
présenté des points douteux.
Nous nous demandons ce qui serait arrivé dans une assem
blée ayant une pareille science (science qui dura jusqu'à l'in
vasion des Barbares), le j o u r où dans des vigiles, dans des
veilles, aussi pénibles que rares et solennelles à cette époque,
on aurait chanté en public, pour la première fois, le contenu
d'une vie de saint qui n'aurait pas été d'une certitude incon
testable .
Qu'on ne dise pas qu'on se serait t u .
Avec nous qu'on revienne aux œuvres de S. Jérôme ( l ) .
N'est-ce pas à l'époque où vivaient Hédibie et Algasie qu'ap
parut en Gaule la première hérésie, celle de Vigilance, p r ê
tre natif de Comminges, dans le Midi des Gaules? Et sur
quoi porte cette h é r é s i e ? Ne porte-t-clle pas sur le culte dos
saints ?
Vigilance trouve ce culte exagéré. Il désapprouve l'usage des
V I J R S LE QUERCY
î l
m?" ê'° laisser tomber un souvenir et des larmes sur une
tombe.
En 1887, après déjà de longues années de r e c h e r c h e s , nous
n'avions abouti qu'au découragement. Les contradictions abon
daient de plus en plus à chaque pas que nous faisions en avant-
Manquant de hardiesse, nous n'avions pas brisé avec des
notions généralement admises.
A ce moment, nous fûmes mis en relation avec un religieux
dont la modestie n'avait d'égale que la science, le R. F. Fulgen-
ce, de Oarcassonne, des frères mineurs capucins de Toulouse.
Quelques correspondances échangées nous m o n t r è r e n t rapi
d e m e n t que nous poursuivions le même but, prouver que la
F r a n c e est bien le royaume de Marie.
C'est au R. P . Fulgence que nous devons d'avoir osé rompre
en visière avec la chronologie communément reçue et d'avoir
adopté celle de San-Clementi.
C'est ce bon religieux qui soutint nos premiers pas.
En 1892, il rendait sa belle à Dieu, hélas ! beaucoup trop tôt.
Cette triste nouvelle nous parvint pendant le pèlerinage natio
nal, devant la grotte fie Notre-Dame de Lourdes.
Cet événement nous affligea grandement.
Durant plus de quarante ans. le R. P. Fulgence avait étudié,
avec une ténacité et une patieuce inouios, nos traditions des
Gaules. Il avait accumulé notes s r notes. Elles ont été conser
vées précieusement. Pourra-l-on s'y reconnaître ?
L'unique fois que nous avons vu cet erudit et causé avec lui,
en 1X91, c'était déjà bien tard. Les infirmités l'accablaient.
Ses efforts, après avoir embrassé l'évangélisation du monde
VERS LE QUERCY 4G5
P r
entier au l siècle, dans son ensemble, s'étaient ensuite portés
plus particulièrement sur la Gaule et enfin s'étaient concentrés
sur Toulouse et sur la P r o v e n c e .
Les recherches du P. Fulgence sur Roc-Amadour n'avaient
pas été poussées fort loin, aussi fut-il h e u r e u x des matériaux
que nous apportions à son édifice principal.
Get édifice, il n'a pu le mener à bonne fin.
Nous croyons utile de dire, pour celui qui voudrait le r e
prendre, que nous étions tombé entièrement d'accord sur les
grandes lignes, sur les dates principales, excepté pour une
e s
seule qui a peu d'intérèl pour n o u s il t vrai, colle de la mort
de S. Denys Taréopagito (1;.
Nous acceptons le contenu de la vie de S. Donys par Ililduin,
c'est-à-dire le martyre de S. Denys sous Domitien, tandis (pie
le P. Fulgence le reculait j u s q u ' à l'époque do Marc-Aurèlo,
suivant une opinion contraire.
Quant aux autres dates, elles furent établies après discus
sion, quelquefois assez longue, soit de vive voix, soit par cor
respondance.
A ses derniers moments, nous a t-on rapporté, le R. P. Ful-
gence aurait été consolé par la pensée que tout le fruit de ses
travaux n'était pas perdu et qu'une plume essayait en ce m o
ment de soutenir la thèse favorite de toute sa vie. 11 savait
que nous nous efforcions d'établir que dès les premiers j o u r s du
christianisme la Bienheureuse Vierge Marie s'était choisie une
terre favorite et que cette t e r r e était celle de F r a n c e .
Puisse la bénédiction de ce vieillard mourant, de ce v e r t u e u x
et si édifiant disciple do S. François nous porter bonheur !
Le R. P. Fulgence s'était surtout occupé des amis de Jésus,
de la famille chérie par le Rédempteur, de Lazare, de Marthe,
de Magdeleine.
LA ViLLli DE CAHORS
(1) Rien des auteurs veulent que le nom de Caorsins, donné aux ban
quiers du moyen-Age, vienne de la villo de Caorsa en Italie et non do Caors
en Quercy. Lo Dante aurait, par conséquent, damné sans le vouloir ses pro
pres compatriotes
(2) La livre avait 210 deniers. A deux deniers par semaine, le revenu
s'élevait a. 10 °/a environ.
LA. VILLE DM CAHORS 473
Les eaorsius no prêtaient que sur gage. Ils allaient jusqu'à
prendre 20 "/o par m o i s .
Juif» et eaorsi/is, ou du moins leurs exactions, disparurent
e
par suite de l'institution des Monts de Piété, inventés au x v
siècle par un franciscain, le bienheureux Barnabe de Terni.
Les bienfaits des Monts de Piété furent tels que depuis, les
Papes, dans les bulles d'institution canonique des évêques,
leur enjoignent d'en fonder un dans leur ville épiscopale (1).
L'usage de marchander le taux de l'intérêt se continua quel
que temps à Cahors, même après la Révolution. C'est ce qui est
cause que les termes, lauriers de Cahors, ont été prononcés,
encore dans ce siècle (2).
Nous voudrions les effacer du vocabulaire par les explica
tions que nous donnons, car Juifs, caorsins, usuriers, ont
totalement disparu de Cahors, et depuis déjà assez longtemps.
Ils furent d'ailleurs toujours relativement peu nombreux.
II n'en fut pas de même des victimes.
le fait avec un tel fracas, qu'il semble qu'il n'y a de place que
pour elle, brisant tout, démolissant t o u t .
Dans ce rocher était une grotte.
D'après une tradition constante, S. Martial et ses compa-
gnons, persécutés à Cahors, s'étaient, pendant quelque temps,
réfugiés dans ce lieu.
T r a v e r s a n t la rivière, S. Martial venait, dit-on, célébrer le
Saint-Sacrifice là où se trouve l'église de P r a d i n e s .
Dans ce dernier détail que nous signalons, il semblerait, au
premier abord, qu'il y ait quelque invraisemblance. Deux ou
trois mots d'explications la feront disparaître.
Dans toutes les villes, ou à peu près dans toutes, aussi bien
en Orient qu'en Occident, les premiers évangélisateurs furent
toujours persécutés. Suivant les préceptes du Sauveur, bien
souvent ils n'insistèrent pas. Secouant la poussière de leurs
pieds, ils se r e t i r a i e n t plus ou moins loin et attendaient un mo
ment plus favorable.
La plupart du temps on les voit se fixer non loin de la loca-
calitê qu'ils veulent a t t i r e r a la vraie foi, convertir une ou
plusieurs familles, gagner peu à peu du t e r r a i n et reprendre
ensuite l'évangélisation de la ville.
C'est le procédé que nous avons vu employer à Rome par
S. P i e r r e .
D'autres fois, l'apôtre, surveillé de plus près, est poursuivi,
saisi et devient, avec ses hôtes, l'objet d'une persécution plus
ou moins violente, allant parfois jusqu'à la m o r t .
Nous croyons inutile de citer des exemples. Un grand nom
bre d'évêchés de France ont conservé le souvenir d'épisodes
relatifs à l'époque de leur première évangélisation. Nous pour
rions puiser l a r g e m e n t dans ces récits. Au besoin encore, la vie
elle-même de S. Martial nous viendrait en aide au sujet de la
Corrèze et du Limousin.
L'emplacement de l'église actuelle de P r a d i n e s est-il celui
de l'habitation d'un hôte, nouveau converti, qui aurait accueilli
S. Martial ? Cela ne semble pas devoir faire de doute. En voici
les raisons.
La situation de l'église de Pradines est des plus désavanta
geuses pour le service de la paroisse. Depuis des siècles et
LÀ GROTTE DE S. MARTIAL
(1) Histoire des e'vêqnes de Cahors^ par Guill. Lacroix, traduite par M.
e r
Àyma, t. 1 , 1 f a s c , p. 54 et suiv.
478 S A I N T A M A D O U R ET S A I N T E VÉRONIQUE
D E V A N T LE JUGE
(1) Nous ferons remarquer que l'auteur de la légende distingue entre les
compagnons proprement dits, de S. Martial, arrives avec lui et les nou
veaux convertis.
480 S A I N T AMADOUR ET S A I N T E VÉRONIQUE
(1) Ce nom lombard Indiquerait, comme date du document que nous ana
e
lysons, le v m siôclo. Dans ce cas, il aurait une réelle valeur. Nous n'osons
nous prononcer, car nous craignons une imitation.
Tout, a part cela, indiquerait la manière do faire de l'époque où fut com
posée la vie de S. Front attribuée à Sébaklo.
Malgré nos craintes, peut-ôtre exagérées, nous avons cru utile de mettre
des extraits de cette pièce sous les yeux, ue fût-ce qu'eu raison de la beauté
de l'ensemble.
D E V A N T LE JUGE 481
prit divin qui enflamma les apôtres le j o u r de la Pentecôte, va
trouver le président et lui dit avec un courage intrépide :
— « Misérable, que penses-tu faire de ces vrais serviteurs de
Dieu que tu as renfermés clans la prison ? Tu as cru les affai
blir par la faim, la soif et la douleur. Viens à la prison, tu
trouveras ces généreux athlètes du Ciel sans meurtrissures,
joyeux et nourris par les anges \ alors convaincu par tes j'eux,
tu abjureras tes e r r e u r s . Embrasse avec nous la pureté de la
foi et reçois le saint baptême en signe de ta créance.
— « Tu es chrétien ? répond le j u g e furieux.
— « Oui, j e suis chrétien e t l a mort ne m'y fera pas renoncer !
— « Qu'on lui tranche la tête !
— « T u combles tous mes souhaits, tu ne saurais me faire
une plus grande faveur.
» P e n d a n t qu'on le mène au supplice, S. Martial apprend ce
qui s'est passé ; il recommande aux martyrs de se mettre en
prière, afin de demander à Dieu de faire éclater sa puissance
pour la conversion des Gentils.
» Le bourreau dégaine son épée, mais en v a i n ; le glaive
respecte la tête du nouveau baptisé.
» Le président ordonne de le r a m e n e r en prison. »
Peu après, il se présente de nouveau devant le j u g e et lui
tient un langage très ferme. Ayant fini de parler, il revient
vers S. Martial sans qu'aucun des bourreaux puisse l'arrêter.
» Le président confus convoque les prêtres et ses amis afin
de prendre les mesures nécessitées par les circonstances. Ils
conseillent de consulter l'idole de Mercure : le démon reste
muet... »
Le président est étonné, mais sa rage devient plus opiniâtre.
Il fait appeler S. Martial et ses compagnons et procède à, u n
nouvel interrogatoire. Irrité par la solidité de leurs réponses,
il ordonne à ses satellites de les traîner au temple des idoles.
» Les satellites sont impuissants. Le président et le peuple
demeurent interdits à cette nouvelle merveille.
— « Ne vois-tu pas, ô tyran sans raison et sans jugement,
s'écrie S. Martial, que tes efforts sont trop faibles pour nous
vaincre ? Tu n'auras que la honte d'être vaincu par nous, parce
que tu as voulu t'attaquer à Dieu lui-même ! As-tu la pensée
482 .SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
M E N H I R S ET DOLMENS
ception, par les efforts qu'il a fallu faire pour les dresser.
Longtemps ces monuments ont été des énigmes. Dans ce
siècle, on a essayé de les faire parler. On a voulu leur arracher
le secret, l'idée première qui avait présidé à leur élévation.
Un savant anglais, Piazzi Smyth, en étudiant la Grande
Pyramide d'Egypte, lui a fait révéler des choses fort curieuses.
Dans ce vieux monument, construit plus de 2000 ans avant
la venue de Notre Seigneur Jésus-Christ, on a trouvé, i n c r u s
tées en quelque sorte dans la pierre, des notions que l'on ne
pensait avoir été découvertes par l'homme que peu de siècles
avant l'ère c h r é t i e n n e .
Le rapport du périmètre de la base à la h a u t e u r , est e x a c t e
m e n t le même que celui d e l à c i r c o n f e r e n c e a u d i a m e t r e . i l
existe un rapport très simple e n t r e la h a u t e u r de la Grande
Pyramide et la distance de la terre au soleil, e n t r e son péri
mètre de base et la courbe que décrit la t e r r e dans sa révolu
tion annuelle. Chaque côté du c a r r é , servant de base, contient
3 6 5 coudées et 1/4, nombre exact des jours de l'année. La cou
dée, unité de mesure employée pour la construction de ce
e
monument, est exactement la 10,000,000 partie de la distance
du centre de la terre au pôle. La Grande P y r a m i d e est mieux
orientée qu'aucun des observatoires de l'Europe. Nous négli
geons une multitude d'autres remarques (1).
(1) Nous avons lu ce fait, dont nous sommes sûr, dans une Revue scien
tifique. Malheureusement, nous avons égaré la référence.
MENHIRS ET DOLMENS 487
L'historien Josèphe rapporte que, de son temps, on montrait
en Orient deux colonnes, u n e en pierre et l'autre en brique,
sur lesquelles étaient gravées des notions astronomiques. Ces
colonnes, on les faisait remonter à une époque très reculée.
P e r s o n n e n'a j a m a i s émis de doute sur la science astronomi
que des Druides.
Les opinions sont partagées, il est vrai, pour savoir si les
monuments mégalithiques sont d'origine exclusivement celti
que ou s'ils ont été dressés par les peuples qui "ont précédé les
Celtes en Gaule ; mais quelle que soit l'opinion adoptée, elle
n'influe en r i e n sur les conséquences que nous avons l'intention
de t i r e r de l'observation que nous signalons.
Que ce soit les premiers h a b i t a n t s des Gaules venus de
l'Orient, ou que ce soit les Druides qui les aient fait élever,
nous avons l'intention de constater simplement qu'il existait
en Gaule, à l'époque celtique, des alignements de monolithes
servant de repère astronomique et fixant en particulier le
moment de l'équinoxe.
Après les m e n h i r s , viennent les trilithes et les dolmens.
Les t r i l i t h e s ou lich'avens se composent de trois pierres.
Deux servent de supports, la troisième est placée par dessus.
Les supports sont disposés parallèlement à la longueur de la
pierre s e r v a n t de table.
Le plus remarquable est celui qui se trouve sur la commune
de Livernon, dans notre département du Lot. On le connait
sous le nom de Pierre Martine. La table est branlante ; elle a
m m
plus de 7 de long et 3 de large. Ces pierres branlantes étaient
considérées comme des oracles par les Celtes.
Les dolmens sont formés de deux pierres faisant fonction de
supports et d'une troisième s e r v a n t de table. Les supports sont
perpendiculaires à la longueur de, la table. Souvent une q u a
trième pierre placée par côté et une cinquième déposée sur le
sol donnent à l'ensemble du dolmen l'aspect d'un coffre.
A quelle époque remontent les dolmens et quel était leur
usage ?
Monseigneur Freppel, alors abbé, dans son cours d'éloquence
sacré (1800-61) rapporte d'abord les passages suivants de
l'Ecriture sainte :
488 S A I N T AMADOUR ET S A I N T E VÉRONIQUE
T U M U L U S E T CAIRN
monument, les cairn* qui semblent, quand ils étaient des tom
beaux, avoir servi exclusivement pour certaines victimes hu
maines, pour des victimes expiatoires.
Les victimes humaines immolées par les Druides étaient de
plusieurs sortes.
Il y avait d'abord les prisonniers de guerre qu'on sacrifiait,
d'après certains auteurs, à Mars ou Bélen et à la déesse An-
drasté. Il y avait ensuite les coupables ou les condamnés de la
j u s t i c e humaine.
Les restes de ces deux sortes de victimes ne semblent pas
avoir été l'objet d'un culte. Le contraire parait même probable.
D'après quelques traditions, il a u r a i t été d'usage de les brûler
ou de les j e t e r dans des puits, dans des précipices.
P a r m i les victimes sacrées proprement dites, les unes ser
vaient pour l'aruspicine, ou la divination, et les a u t r e s étaient
des victimes expiatoires.
Les scènes d'aruspicine gauloise font dresser les cheveux sur
la t è t e . La victime h u m a i n e était conduite devant l'autel, en
présence du peuple. Les Druides la frappaient alors avec une
épée au-dessus du diaphragme, et annonçaient l'avenir d'après
la manière dont elle était tombée, celle dont s'écoulait le sang
et le mouvement convulsif de ses membres (1).
Quant a u x victimes expiatoires, tout le monde sait que dans
les grandes calamités, les Gaulois remplissaient, avec des créa
t u r e s humaines, de grands mannequins d'osier et y mettaient
le feu.
Il est un a u t r e genre de victime expiatoire, qui avait échappé
à l'attention et qu'a signalé le baron de Belïoguet; il est de
la plus grande utilité pour nous de le mettre en évidence.
« Il nous reste, dit cet auteur, à dissiper un d e r n i e r doute
» que pourrait faire n a î t r e un texte peu connu, mais très posi-
» tif, du commentateur do Stace, Placide Lactance. Ce texte
» qui a échappé à D. Martin, porte que c'est, — gallicus nios
» est, — une coutume gauloise de sacrifier un h o m m e pour
» accomplir la purification religieuse d'une ville. A cet effet,
» on décidait, par de grandes récompenses, un citoyen des
LA CATHÉDRALE DE CAHORS
(1) Rel des ave. Gavl. dans los m r m . do PAead. d e s l U F c r l p t . cité par le
baron de Bciloguet. Le Génie Guidait, sect. III, LXXXVII, p . 295.
LA CATHÉDRALE DE CAHORS 499
LES CROMLECHS
(1) Monuments mégalithiques de tous les pays, traduit par l'abbû lia-
mard. p. 101.
506 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
(1) Le dénie dnu lois, sect. IV. XXIIï. p. 210. — Ce qui prouve d'une
manière absolue que l e s cromlechs étaient des observatoires astronomiques,
c'est q u e , au m o y e n de celui de S l n i i c h o n g c les Druides auraient e u con
naissance du cycle rie Metou. D'après un passage d'IIecatco d'Abdère, Ap-
pollon venait visiter son peuple (les Hyperboreens) tous les [{) ans, lorsque
les astres se retrouvaient à là même place après avoir accompli leurs
révolutions respectives. (Génie Gaulois, sect. IIF, LX. sect. IV, XIX. — Ou
admet que Stmichouge est le fameux temple des Ilyperlioreens dont parlent
les anciens").
(2) Pline, Hv. XV. 05.
(:ti Génie doutais, sect. IV. XXI, p. :i 12.
( 4 i Au m o m e n t d e s solslires, le soleil se lève au m ê m e point du ciel
pendant trois jours consécutifs. Pendant les jours qui précèdent ou qui
suivent l V q u i n o x c . la déclinaison du soleil varie de plus de 2 0 ' do degré par
2 1 heures de t e m p s . Celte dernière considération nous n fait regarder com
me suffisamment approchés les calculs dont nous avons donné le résultat
précédemment.
LES CROMLECHS 501)
Le repère que nous avons trouvé dans la cathédrale de Cahors
a u r a i t donc servi, d'après co qui précède, à fixer le commence
ment de Tannée druidique.
Nos preuves, nous les avons prises au loin. Il nous a été per
mis de les consolider par des observations faites à deux pas de
Cahors, au cromlech de Roquebert, situé non loin do Prayssac,
observations que nous croyons utile de faire connaître.
Plus nous rapprochons la religion catholique du Druidismc
et plus nous consolidons notre thèse en faveur de la fondation
r
de l'Eglise des Gaules au r siècle.
LXXXIV
ROQUERERT
posé sur une surface plane. Nous ne nous étions pas muni
d'instruments géodésiqucs ; nous n'avions emporté qu'une bous
sole. Par suite, nous ne pûmes prendre, sur certains points,
que des mesures incomplètes. Toutefois, d'après les indications
que nous avons recueillies, cet alignement parait devoir donner
la direction du point où a lieu le coucher apparent du soleil
vers l'équinoxo.
Quant à la pierre dressée, sa direction forme avec la méri
dienne un angle d'environ 30° en comptant les degrés dans le
sens inverse du mouvement des aiguilles d'une montre, à par
t i r du point Sud.
Au moment du solstice d'été, très peu de temps après son
lever, lorsque l'ombre devient suffisamment sensible, le soleil
se trouve dans une direction rigoureusement perpendiculaire à
celle de la pierre en question. Un phénomène analogue se pro
duit au solstice d'hiver, mais pour le coucher du soleil.
Comme nous avons eu occasion do le dire déjà, les Gaulois
célébraient des fêtes et des réjouissances à l'époque des sols
tices. Elles duraient assez longtemps.
P o u r ceux qui voudraient se former une opinion,nousrappel-
lerons qu'à l'époque des solstices le soleil se lève et se couche
p e n d a n t trois j o u r s au même point du ciel. A ce moment, lors
que le soleil est dans une direction perpendiculaire à celle de la
pierre de Roquebert, l'ombre de cette pierre doit avoir plus de
quarante mètres de'longneur (1). Cette pierre est terminée en
pointe. Il suffisait, par conséquent, d'un bloc placé en un point
convenable sur la perpendiculaire élevée au milieu de la pierre
et indiquant l'extrémité de l'ombre,pour constituer avec la pier
re elle-même un repère astronomique.
Nous nous sommes demandé si la direction de cette pierre
elle-même n'aurait pas également quelque relation avec des
données astronomiques se rapportant à l'équinoxe.
D'après des affirmations certaines, l'année gauloise"commen
çait le sixième j o u r de la lune. On ne sait pas si les Gaulois
(1) Cette longueur d'ombre, lorsque le soleil est dans une direction per
pendiculaire à la pierre de Rorjuebcrt. varie d'uu jour a\ l'autre, eu même
temp que se déplace le point où se Itive le soleil.
IlOgiïKBURT 513
faisaient partir leur lunaison du moment précis do la conjonc
tion de la lune avec le soleil, ou bien du moment où cet astre
redevient visible, suivant l'usage de certains peuples de
l'Orientot comme le fait encore l'Eglise catholique pour lo
calcul de Pâques.
Le jour de Péquinoxe, l'ombre est sur le prolongement de la
pierre de Roquebert vers 10 heures du matin.
P a r suite de ce dernier fait, il y aurait bien des probalités
en faveur de l'opinion d'après laquelle les Druides a u r a i e n t
jugé que la lune était â son sixième j o u r , h l'époque des èqui-
noxes, lorsqu'elle se levait après que l'ombre de la pierre en
question s'était trouvée sur le prolongement de sa direction.
Les incertitudes sur le moment précis où les Druides fai
saient commencer leurs lunaisons, ne permet pas une affirma
tion catégorique. Il est permis cependant d'avancer sans témé
rité que la pierre de Roquebert a pu servir de ropère à la fois
pour les deux faits astronomiques signalés plus haut.
Quant à l'alignement formé par les pierres rangées sur le
flanc de la montagne et relatif au coucher du soleil lo j o u r
de Péquinoxe, si l'on venait à le vérifier définitivement, il
aurait une t r è s grande importance. De trop nombreuses occu
pations nous ont empêché d'entreprendre encore ce travail.
Quoiqu'il en soit, les données que nous a fourni le cromlech
de Roquebert ne font que corroborer l'opinion de presque tous
les savants, que dans leurs m o n u m e n t s religieux les Druides
avaient coutume d'établir des repères astronomiques. S'il en
existe dans le cromlech du Quercy, ils ont rapport au moment
de Péquinoxe ou au moment des solstices.
La coutume d'établir des repères astronomiques dans les édi
fices religieux existait-elle aussi chez les Romains ?
On doit répondre par l'affirmative, mais en faisant r e m a r
quer en même temps que les indications qu'ils fournissaient
avaient un caractère purement religieux et se trouvaientdepuis
longtemps dégagées de toute notion astronomique, i
P r i m i t i v e m e n t en Italie, chez les Etrusques, les temples
avaient la forme d'un carré ou d'un rectangle. Ils étaient divi
sés en q u a t r e parties par deux perpendiculaires élevées au
milieux des cotés. L u n e d'elles, appelée etectunanus, était d i -
514 SAINT AMADOUR ET SAINTE VÉKONIQUE
Rn
(1) B . de Belloguet. — Le Génie gaulois.
LXXXVI
LE CIMETIÈRE DE LA DAURADE
(1) Rapport sur les fouilles faites dans les ruiurs tic l'ancien théâtre
romain de Cahors. — Annuaire du Lot 1840.
522 S A I N T AMADOUR ET S A I N T E VÉRONIQUE
e r
( i ) Statistique du département du Lot par Delpon, tome I , page 520.
LE CIMETIÈRE DE LA DAURADE 523
34
LXXXVII
LES SARCOPHAGES
(1) Dictionnaires tics Antiquités chrétiennes par l'abbé Martigny, page 716.
(2) Manuscrit de Dominicy. — Grand Séminaire.
n
(3) Histoire du Quercy* par Raphaël Périé : Tom. I., l partie pag.
121.
LES SARCOPHAGES 527
(1) Sur la face nord de la cathédrale rie Cahors. existe un portail re
fl
marquable qu'on fait remonter au XH siècle. Pour soutenir les sculptures
il existe deux portes jumelles dout la maçonnerie est en grés. Nous appe
lons l'altonlion sur les ornementations qu'elles contiennent. Dans les Jonil-
Iures de colle de droite, sur le moulant de gauche se voit un poisson suivi
en moutant du pain crucifère. Les antres ornements sont également bizar
res et sans symétrie et semblent des symboles remoulant, comme lo pois
son et le pain crucifère, <i l'époque de la discipline du secret. Ils méritent
d'fitre étudiés.
528 S A I N T AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
e
LES « PARCECT/E » AU I I SIÈCLE
f armi les mots que nous avons mis en évidence dans la tra
duction du texte d'Eusèbe, le premier de tous et le prin
c e cipal est le mot paroisse, traduction du mot parœcia.
C'est le plus important.
D'après Du Cange le mot parœcia signifie, Territoriaux et
districùus Episcopi, ut prooincia et diocœsis Métropoli
tain cl Arc/iiepiscopi c'est-à-dire, Le territoire et le district
d'un, évéque, de même que la province et le diocèse d'un
métropolitain et d'un archevêque. C'est dans ce sens
qu'il est employé dans les Canons Apostoliques, (14,15, 34 et 35),
dans le canon 16 du concile de Nicée et dans le canon 9 du
concile d'Antioche. Conformément aux usages de son temps,
c'est également dans ce sens que l'emploie constamment E u -
sèbe, auteur dans lequel on le rencontre fréquemment.
11 n'y a pas de discussion possible sur ce point, c'est-à-dire
sur la significatioudumot parœcia, aussi n'était-ce pas là que
devaient se porter les investigations ; mais plutôt sur la q u e s
cr
tion de savoir si la poTcecia existait au i siècle, et en second
e
lieu, q u e l l e était son étendue et son importance au n siècle,
époque où son existence ne peut ê t r e contestée.
Au temps d'Eusèbe la parœcia correspondait à ce que nous
appelons aujourd'hui un diocèse proprement dit. Elle avait à sa
tête un évéque à poste fixe ne pouvant changer de parœcia
que dans des circonstances très graves. A cotte môme époque,
pendant la première moitié du iv« siècle, la plus grande partie
des anciens usages existait encore.
L'évêque habitait la ville principale ; les autres cités ou villes
étaient confiées aux soins des choréques, qui se distinguaient
des évêques proprement dits en ce qu'ils n'étaient pas à poste fi-
LES « P A R Œ C f / E » AU II* SIÈCLE 535
x e . Ils étaient envoyés p a r l ' é v ê q u e , pendant un temps plus ou
ou moins considérable, dans une ville puis dans une autre, mais
sans pouvoir dépasser le territoire de \&parœcia. Ce que nous
appelons aujourd'hui paroisse rurale n'a commencé d'exister
qu'à l'époque de St-Martin, mort en 397.
Il est possible de suivre dans Eusèbe l'évolution de la pa
rœcia, comme étendue de territoire, depuis les origines du
christianisme jusqu'à l'époque où il vivait. C'est ce que nous
allons faire.
Au début, la parœcia pouvait comprendre un pays tout e n -
tier,confié à un disciple ou à un apotre chargé de l'évangéliser
et de le gouverner. Elle renfermait plusieurs églises placées
sous la surveillance de l'évéquo mis à sa tôle.
Quand il parle de Thimothée disciple do S. Paul, on trouve
en effet dans Eusèbe : « Timothœus sane primus Ephesianœ
» parœciŒ! sicut et Titus cretensium ecclesiarum, episcopatum
» sortitus scribitur. (Lib. II, c. IV) ». « II est écrit que Timo-
thée fut chargé de la paroisse d'Ephèse, de même que Tite fut
Pèvêque des églises de Crète ».
Au début donc, d'après ce texte, Pile de Crète, malgré sa
grande étendue, ne forma qu'un seul diocèse, confié au disci
ple de S. Paul, Tite, bien qu'il y eut plusieurs église s u r son
territoire. La comparaison que fait Eusèbe montre que le dio
cèse d'Ephèse devaitégalement comprendre tout le pays dont
cette ville était capitale au point de vue civil. Le même
t e x t e prouve de plus que dès les débuts du christianisme
il y eut des territoires délimités confiés à des évêques t i t u
laires.
On comprendra facilement qu'au fur et à mesure que la r e
ligion catholique fit dos progrès l'étendue des parœciœ se soit
resserrée et que l'église de Crète, par exemple, au lieu de ne
faire qu'une parœcia se soit subdivisée et dans la suite en ait
formé plusieurs. Cette subdivision, il est plus difficile de la s u i
vre pas à pas. On a cependant quelques points de repères c e r
tains qui permettent de se former une opinion précise.
Ainsi au sujet de l'île de Crète on trouve au livre IV, ch. 23
e
qu'au i i siècle Denis évêque de Corinthe écrivit à Péglise de
Gortines et aux autres paroisses répandues dans l'île de Crète,
53G S A I N T AMADOUR ET S A I N T E VÉRONIQUE
E
ou comme primat, peu i m p o r t e . D'après ce texte à la fin du 11
siècle il y avait une hiérarchie établie,il y avait un intermédiai
re entre les évèques ordinaires et l'évêque de Rome.
Citons enfin S. Jérôme qui dans le Catalogue des auteurs
ecclésiastiques, nous apprend que St Jean établit S. Polycarpe,
évèque de Smyrne et de toute la province d'Asie, et nous ver
rons que cette hiérarchie était a n t é r i e u r e à Marc-Aurèle.
Quelle était l'étendue des territoires sur les parœciœ du
quel s'exerçait la juridiction de ces sortes d'archevêques à la
E
fin du 11 siècle?
Le terme à"archevêque ne date que du vin* siècle ; malgré
cela nous l'employons ici, comme nous l'avons déjà fait une
fois pour S Martial et S. Trophime, parce que nous n'avons
pas d'autre mot pour exprimer exactement notre pensée dans
cette circonstance. Celai de primat ou de patriarche dirait
trop à n o t r e avis.
Conformément au texte cité des Canons apostoliques, suivant
le texte de S. Jérôme et les divers passages d'Eusèbe, que
nous avons mis sous les yeux du lecteurs, l'étendue de ce t e r
e
ritoire devait être très grande au n siècle et comprendre au
moins toute une province, sinon toute une contrée.
On lit, en effet, que l'archevêque St Polycarpe„ avait autori
té sur toute l'Asie mineure. Alexandrie avait sous sa j u r i d i c
tion l'Egypte entière. L'évêque de Gortyne semble avoir eu
l'autorité sur la Crète entière puisque c'est à lui qu'écrivait
Dèmètrius èvêquede Corinthe et par son intermédiaire a u x au
tres églises de l'île de Crète.
Il est douteux que l'évêque de Corinthe ait eu ces mêmes
pouvoirs ; dans tous les cas ils se seraient étendus sur tout le
Péloponèse. L'évêque d'Ephèse dans la question d e l à Pàque a
toutes les allures d'un chef ayant autorité ; la province sur
laquelle se serait exercée sa j u r i d i c t i o n , la même que celle de
S. Polycarpe (I), forma plus tard, sous l'empereur Léon VI
le Philosophe (88G-91I), trente-cinq évéchés.
35
XG
Cl) Lettre de S. Eypricu nu pape Etienne, livre 111, lettre XIII de la col-
lectiou d'Erasme.
1 1
*Ï<Q7-SJC>'** -
XCI
RR
l/ÉVANfiKLISAT10N AU I SIÙCLK
AVANT S. l'OTIMN
t e n a n t les vies des Saints ayant vécu en Gaule pendant les deux
ou trois premiers siècles de l'Eglise, on est frappé de la facilité
et de la netteté avec laquelle on peut en général les classer.
La méthode employée par les auteurs de ces vies pour fixer
l'époque où vivaient leurs personnages, a été des plus simples et
t o u t e n a t u r e l l e . Ils déterminent les dates uniquement en
disant de qui leurs personnages ont été les disciples ou
les compagnons. — Voici les résultats obtenus au moyen de cette
remarque.
Un premier groupe, le plus ancien, se forme très vite au
moyen des Disciples même de Notre-Seigneur.
Qu'on ne pense pas que cette dénomination de Disciple de
Jésus-Christ soit une confusion ou une exagération. S'il en
é t a i t ainsi, pourquoi tous les évangélisateurs de la Gaule,
au commencement de l'Eglise, n'auraient-ils pas été tous
appelés ainsi? Un très petit nombre au contraire sont décorés
de ce t i t r e glorieux.
Là où il y aurait peut-être un peu d'exagération, c'est dans
la tendance à vouloir que tous les membres ce ce groupe aient
a p p a r t e n u au collège des soixante-douze. Si elle existait,
ce ne serait qu'un excès de précision de la part de la tradition,
ou des écrivains, voulant m o n t r e r qu'il s'agissait bien de
T
personnages du v siècle et de contemporains du Sauveur.
D'ailleurs elle n ' a u r a i t pas grande conséquence, car d'après la
t r a d i t i o n , sept apôtres des Gaules au plus a u r a i e n t eu cet
honneur.
Les évangélisateurs n'ayant pas eu l'avantage d'être comptés
parmi les disciples directs de Notre-Seigneur, sont désignés sous
le t i t r e de disciples de l'un des sept premiers évangélisateurs
des Gaules, ou de l'un des grands apôtres de l'époque. Ils sont
appelés par exemple disciples de S. Martial, disciples
de S. Paul, disciples de S. Jean-
Nous savons que cette dénomination de Disciple même de
Notre-Seigneur, décernée à quelques saints, on a voulu l ' a t t r i
buer a u t a n t à une pieuse fraude qu'à l'erreur.
Ici encore il nous semble que cette manière de voir doit ê t r e
rejetée à priori. Nous voulons bien cependant l'examiner, mais
nous déclarons immédiatement que, si des faits particuliers, et
A V A N T S . POTHIN 559
isolés, de supercherie, ont été constatés, il est impossible
malgré cela que ce système ait été absolument général- Comme
il est également impossible que Verrcur générale ait pu
provenir d'une fraude isolée.
Pour reconnaître l'authenticité d'un t i t r e historique il faut
être, il est vrai, un é r u d i t ; mais, par contre, le premier venu
peut constater par lui-même, et très facilement, si on introduit
une tradition nouvelle, ou si l'on dévie une tradition existant
déjà.
Sous les Capétiens, comme sous les Carlovingiens, le texte
de S. Grégoire de Tours existait et, comme une sentinelle, était
là pour veiller et empêcher l'introduction de toute manière de
voir nouvelle. Si donc, tout le Moyen-Age a lutté contre
ce t e x t e , si S. Louis, S. Thomas d'Aquin, S. Dominique,
S. Antoine de Padoue, le pape Jean XXII, ont cru à nos vieilles
traditions, malgré la Passion de S. Saturnin et S. Grégoire de
Tours ; si, avant et après Charlemagne, royauté, noblesse,
clergé séculier et moines ont laissé vulgariser par une entente
commune, les croyances qui, à ce moment-là. se mettaient par
écrit, ce n'est pas à la suite d'une malhonnêteté ou d'une e r r e u r
commune, mais pareeque ces traditions et ces croyances avaient
un fondement sérieux. Admettre le contraire ce serait aller
contre toutes les règles du témoignage humain.
Ce n'est pas à dire pour cela qu'il faille accepter absolu ni ent
à la lettre tout ce que contiennent les vies de Saints écrites à
Pépoque carlovingienne. Comme tout a u t r e document h i s t o r i
que elles doivent être soumises à la critique. Il faut tenir
compte du mode d'écrire en usage à cette époque. Ces vies ne
ne sont que des canevas vrais, encadrés dans une n a r r a t i o n
plus ou moins brillante dont il faut la plupart du temps
les débarrasser. Mais cette narration est loyale et de
bonne foi.
Parmi les Disciples de Notre-Seigneur venus en Gaule, trois
seulement nous intéressaient plus particulièrement, S. Martial,
S. Saturnin et S. F r o n t . Nous avons porté nos efforts du côté
de S. Saturnin, car établir l'apostolicité de ce disciple c'était
établir l'apostolicité des deux a u t r e s .
Le texte de S Grégoire de Tours est trop précis pour
560 S A I N T AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
I/ÉCLISE DE CAHORS
(1) Nous avons adopté l'opinion qui fait mourir S. Firmîu à l'âgo do
47 ans, sous l'cmpcrour Trajan. Il y a deux versions relativement à l'Age ot
à l'époque de In mort, de S. Finnin, ce qui indiquerait qu'il y a eu deux
saints coufondus dans un m fane personnage, S. Firmin dont la irHn a lieu le
25 septembre, celui dont nous parlons et un autre S. Firmin. dont on célè
er
bre la tfte le 1 septembre, (voir Grauds Itollnndlstes, 25 septembre, tome
Pr
47. page 23 et I septembre, tome 41. page 1751. l)\npivs la vie insérée au
Grands Bollaudistcs, tome 47, page 23. S. Firiniu aurait été ôvrquc a Agcu
à Page de 31 ans.
566 S A I N T AMADOUR ET SAINTK VÉRONIQUE
RODEZ ET M EN DE
IM P U Y KT CLERMONT
SOULAC
ROMK
a r
cienne P l'Evangile (Marc VII, 26. — Matt. XV, 22; avec
l'hémorroïsse.
D'après les trois évangélistes, qui en parlent, l'hémorroïsse
a r r i v a p a r - d e r r i è r e , rétro ;Matt. IX, 20 —- Marc V, 27 — Luc
VIII, 44) et pour ainsi dire furtivement. La syro-phénicienne
au c o n t r a i r e , supplie Notre-Seigneur d'abord debout et dehors
(Matt. X V , 22). Le Sauveur e n t r e dans une maison (Marc VU,
24) ; elle y pénètre aussi V. 25), et se prosterne à ses pieds,
(Marc VII, 25 — Matt. XV, 25).
La d e u x i è m e statue représentait Notre-Seigneur d o n n a n t la
main à la suppliante et la relevant. Ce geste peut s'appliquer
aussi bien, et peut-être mieux, à la s3To-phénicienne qu'à
l'hémorroïsse.
On p o u r r a i t j o i n d r e à cela une a u t r e considération celle de
la distance. Quand Notre-Seigneur exauça la Syro-phénicienne
il était, dit l'Evangile, dans les environs de Panéade, v e n a n t
du pays de Tyr et de Sidon. L'hémorroïsse au contraire fut
g u é r i e sur les bords du lac de Tibériade à GO kilomètres, au
m o i n s , des sources du Jourdain.
L a statue signalée par Eusèbe comme représentant l'hémor
roïsse n e supporte pas la critique.
L'auteur des Actes de S. Amadour a été, selon son habitude
très p r u d e n t . Il ne s'est pas prononcé. Il a employé des ternies
généraux qui peuvent s'appliquer aussi bien à l'hémorroïsse
q u ' a u x a u t r e s malades dont parle S. Marc (ch. VI, 56) et
qui étaient guéris en touchant la frange du vêtement du
Sauveur.
Nous croyons que la tradition orientale que nous venons de
prendre en défaut, doit être sacrifiée et qu'il y a lieu de r é p r e n
dre l'ancienne tradition des églises latines consignée dans le
bréviaire ambroisien et a u t r e s documents (page 17, note 1).
On pourrait soulever deux objections. L'évangile dit que
l'hémorroïsse avait employé t o u t e sa fortune pour se soigner.
Peut-on alors faire de Véronique l'épouse de l'opulent Zachée ?
Nous ferons observer que chez les Hébreux, peuple polygame,
la fortune de la femme était absolument distincte de celle du
mari, et que d'autre part, suivant les coutumes hébraïques,
elle n'avait pu dépenser que son avoir mobilier.
ROME 587
La deuxième objection se trouverait dans la nature de la
maladie et les prcscriplions de la loi mosaïque. Nous ne pen
sons pas que l'on puisse déduire do cela l'impossibilité de voir
l
S ° Véronique mêlée aux groupes des saintes-femmes. On de
vrait au contraire, dans les prescriptions de la loi mosaïque,
trouver peut-être l"un des motifs de la facilité avec laquelle
,p
S Véronique put se séparer de Zachée et devenir la compagne
assidue de la T. S. Vierge pendant la vie apostolique de
Notre-Seigneur.
Nous venons de lier définitivement Soulac avec Rome ; lions
encore Rome avec le Midi des Gaules.
C'est dans les années qui précédèrent sa mort qu'il faut
placer le voyage de S. Paul dans le Midi des Gaules et jusqu'en
Espagne.
Ecoutons S. Jérôme au sujet de ce voyage. « L'apôtre des
» nations le sublime P a u l , s'elança en conquérant et sillonna
» la t e r r e . II prêcha l'Evangile depuis Jérusalem jusqu'en
» Illyrie, et de là jusqu'en Espagne : » fComm. in Amos. ch.
V.). — « Des navires étrangers le transportèrent en Espagne
» dit le même a u t e u r . » (Comm. Isaïœ, ch. II).
Nous pensons que c'est au retour que S. Paul visita les
chrétientés du Midi des Gaules.
Pendant son séjour à Romo S. Amadour aurait, d'après
certaines traditions, visité S. Pierre dans sa prison. Au
premier abord cela semble difficile.
La prison Mamertine, où fut enfermé S. Pierre se compose
de deux cachots souterrains superposés. On ne descendait
qu'au moyen de cordes dans le cachot inférieur où fut mis le
Prince des Apôtres. L'abord devait en être bien difficile. Il faut
toutefois tenir compte des traditions relatives à S. Processus
et à S. Martinien.
Ces deux saints, geôliers d e S . P i e r r e , furent convertis par
lui dans sa prison. On montre la fontaine que le Prince des
Apôtres fit jaillir miraculeusement auprès de la colonne où il
était enchaîné, afin de pouvoir les baptiser.
Ce serait, par conséquent, grâce à S. Processus et à S. Marti
nien que S. Amadour a u r a i t pu parvenir jusqu'au Prince des
Apôtres, pendant son séjour dans la prison Mamertine.
as
XOVIII
l.A SAINTK-BAUMK
ZA CÎH EU
(1) II faut lire page 244, note (1). Le R. P. dom Bernard Maréchaux
et Bulletin de VŒuvre de N.-D. de la Sainte-Espérance.
ZACHKE 595
(1) La Religion des Gaulois par dom Martin, tome II, livre IV, ch. XXII,
011
XXIV et XXV. — Le Génie Gaulois, par le H de Bello< 'uet, Sect. III, LXII
r
et LXXV.
(2) Glossaire Gaulois, par le n°" de Belloguet, n» 300, page 301.
ZACHEE 507
point de disparaître.
Cette identification, absurde en elle-même, contraire à
l'Evangile et à toutes les traditions, uniquement basée sur la
signification transitoire d'un mot, doit être entièrement rejetée.
Elle ne repose sur rien de sérieux.
La deuxième identification est celle qui fait de S. Amadour
le Zachée de l'Evangile.
• Commençons par nous débarrasser d'un ennemi. On ne peut
pas nous reprocher de n'avoir pas été respectueux des tradi
tions. Nous nous sommes peut-être mis parfois en mauvaise
position plutôt que de les sacrifier. Aussi sommes-nous sûrs
d'être cru, en affirmant que si nous nous permettons d'en
attaquer une, c'est uniquement l'intérêt de la vérité et non
celui de notre sujet qui nous guide.
Il existe en France, un corps, a n t r e que celui que l'on a
vénéré pendant de longs siècles à Roc-Amadour, et que l'on pré
tend également être le corps du Zachée de. l'Evangile. C'est le
corps de S. Sylvain de Levroux, actuellement conservé à Celle-
Bruere, dans le Berrv.
La confusion des reliques de divers saints est malheureuse
ment une chose qui a été trop fréquente. L'identité de nom
dans des inscriptions trop laconiques ont donne lieu à ces
méprises. Tous les corps de S. Cyprien sont certainement les
restes d'un saint de ce nom ; un seul toutefois, a été celui du
grand évèque de Carthage. Dans les cas de ce genre la critique
est parfois bien embarrassée.
Au sujet du corps de Zachée, on est en présence d'une ques
tion identique, mais offrant moins de difficulté.
Pour concilier les traditions de Levroux et de Roc-Amadour,
on a essayé de mettre en a v a n t dans ces derniers temps
une opinion nouvelle. Elle consiste à révoquer en doute l'au
thenticité du corps découvert à Roc-Amadour en 1166.
D'après cette opinion, à son r e t o u r de Rome, après le martyre
de S. P i e r r e , Zachée serait allé évangéliser le Berry où il serait
mort. Autrement dit, on identifie les trois personnages Zachée,
S. Amadour et S. Sylvain.
600 S A I N T AMADOUR ET S A I N T E VÉRONIQUE
(1) Nous dormons ici cet ornmtis. afin l'on puisse juger Nous rappelons
que flans les oremus le Cursus persisla jusqu'à la fin du Moyen-Age. Les
endroits ou devrait se trouver ce Cursus sont marques d'un 1. Les deux
planus qu'on remarque sont fortuits.
Deus quem Zachœum voćare I et cum eo liospitari digualus e s in terris I
ipsuniquc coruscantem miraculis gloriosum ostcudis in sanctis, I p r œ s t a ,
ut pro cujus amore langnores iguiuni sanas in m e m b r i s I vilîorum n o s t r o -
rum fia mm as extinguerc digneris.
7.ACIIE1Î 601
(1) Deusqni intor rlilectos filii lui rliscipulos et amicos v dilcclum con-
fcssoreni tiiiuu Amatoirm. etc. II faudrait, tanin Zaclioenm p.
602 S A I N T A M A D O U R ET S A I N T E VÉRONIQUE
(1) Nous avons signalé (page ÎG'I) qu'il pourrait y avoir lieu d'essayer
l'identification de Véronique et de Marte, mon* de .Jean-Marc. Seulement la
seule base (pie Ton aurait. Jean fils de Zarcat, d'après le Talmud, u'est
pas solide. Co Jean semble être le persécuteur sigualé aux Actes des Apô
tres (Cliap. IV. vers. (î). Jean, Ills de Zarhée, non converti, mfrnc après la
Passion, serait en contradiction avec le texte de S. Luc. (Chap. XIX. vers
9) : quia hodie salus tlomui finie fada est.
ZACHÉE 609
(1) Ce discrédit doit remonter un peu haut, puisqu'il parait jusque dans
la vie liturgique do S. Martial, découverte par M. le chanoine Arbellot.
Pour montrer qu'elle n'avait lias été copiée dans la Vie, attribuée à Auré
lien, au milieu du passage commun aux deux textes, que nous allons citer
tout à l'heure sous la lettre (c). on a glissé le membre de phrase suivant,
interpolé puisque la finale n'est pas marquée du cursus: « ut vulgi fama
tes tatu r ».
610 S VÎNT AMADOUR ET S A I N T E VÉRONIQUE
(1; C'est par erreur qu'à la page 37Ï), note (1), on a imprimé 600. — (2)
Lettre a Celse (liv. H, épist. 24).
ZACHÉE 6J7
Faire naître la tradition de S. Martial au ix° siècle, est
au moins une impossibilité. Admettre qu'elle a u r a i t pu,
e
au VI , résister aux attaques de S. Grégoire de Tours, sans être
appuyée sur des témoignages écrits bien solides, doit être traité
de la même façon. De môme on est forcé d'accepter qu'il y avait
dans les titres que Ton possédait alors, matière à discussion.
Nous la trouvons d a n s les usages de l'époque. Nous la faisons
c o n s i s t e r d a n s r é c r i t u r e en s i g l e s , et s p é c i a l e m e n t d a n s l ' e x i s
tence dans la v i o de S. Martial, des s y m b o l e s P. APO.
I^es uns lisaient Petra apostola, Pierre apôtre, et l e s autres,
avec S. Grégoire de Tours. Pra>sulc apostolico, l'Evêque
apostolique. A cette é p o q u e les évèques portaient le titre
d''apostolique. (Voir glossaire de du Gange, au mot apostoli-
eus). Ils l'avaient déjà a u i v siècle.
Nous semblons en c e moment annuler la portée de la phrase
où se trouve le nom d e Zachée. Qu'on la mette en s i g l e s , elle
aussi, et aussitôt on s e trouvera également en p r é s e n c e d'une
amphibologie. On d é t r u i r a la solidité des mots appliqués
à J o s e p h d ' A r i m a t h i e , Oui postea dominum sepeliriù. « Celui
qui e n s e v e l i t le Seigneur. » Nous i g n o r o n s l e s p h r a s e s qui p r é
cédaient. Mises en s i g l e s , du moins pour S. Grégoire de Tours,
elles ne devaieut être guère .plus précises, puisqu'il résumait
le tout, par les termes, venu.", de l'Orient.
Ce qui n'était pas précis pour S. Grégoire de Tours était-il
également indécis pour F o r t u n a t le poète ?
Il y a un élément dont, certainement ne dut pas tenir suffi
samment compte S. Grégoire de Tours, un élément capital, la
nécessité du cursus.
Qu'on fasse de la finale rythmée une règle absolue pour
c
c h a q u e m e m b r e de p h r a s e , t e l l e q u ' e l l e . e x i s t a i t a u i v s i è c l e , et
il n'y a plus d'indécision possible.
La phrase de la Passion de S. Saturnin de Toulouse, devient
interpolée, et doit disparaître. Elle laisse la place libre au
<c P c t r o apostolo /) » et au « qui postea dominnm sepilâvit o »,
de la vie de S. Amadour et de S. Martial.
Fortunat comprit et admit cette n u a n c e ; ce que ne fit
pas S. Grégoire de Tours.
Fortunat fit école et son opinion l'emporta sans hésitation
G18 SAINT AMADOUR ET S A I N T E VÉRONIQUE
e
» est par conséquent antérieure au X siècle. Pour les époques
» précédentes on ne peut rien préciser. »
Au lieu de discuter cette statue, ne serait-il pas mieux de se
souvenir qu'à ses pieds se prosternèrent et prièrent S. Bernard
Blanche de Castille, S. Louis ; qu'en sa présence S. Domini
que e u t la première révélation du Rosaire. Qui pourrait alors
ne pas imiter de tels exemples, ne pas tomber à genoux, ne pas
égrener quelques prières.
Ceux qui le feront nous pardonneront si nous osons d e
mander à ce moment-là, quelques Ave Maria h l'intention des
personnes qui nous ont aidé à conduire cette œuvre à bonne fin,
et même à l'intention de celui qui a tenu la plume.
Dans l'énumération des illustres pèlerins de Roc-Amadour,
un nom a été certainement oublié, celui de S . Antoine de
Padoue. Il est impossible que pendant son séjour à Brive
et à Limoges, ce saint n'ait pas connu Roc-Amadour et
ne l'ait pas visité. Qu'on nous pardonne, encore cette dernière
fois, si nous réparons cette lacune. En le faisant nous accom
plissons u n acte de reconnaissance. Dans nos recherches nous
avons fréquemment invoqué ce grand saint ; nous Pavons
fait avec succès. Les enfants de S. Dominique ont leur nom lié
à celui de la Sainte-Baume. Est-il surprenant de constater les
sympathies des Enfants de S. François pour l'asile de Zachée,
le disciple du Sauveur, qui, plus que tous les autres, tut,
lui aussi, un amant de la pauvreté.
Avant de quitter l'oratoire miraculeux le pèlerin devra lever
les yeux vers la voûte. Il apercevra la petite cloche qui jadis
sonnait lorsqu'un miracle s'accomplissait au loin. La forme, le
fer, métal employé, tout montre qu'on est en présence
d'un objet de la plus haute antiquité.
Les cloches ayant été en usage dans les monastères avant de
l'être dans les églises paroissiales, celle de Roc-Amadour vient
corroborer ce qu'affirment les Actes de S. Amadour, c'est-à-dire
628 SAINT AMA DO U H ET SAINTK VÉRONIQUR
(1) Ou appelait anglais ceux qui avaieut embrassa le parti du roi d'An
gleterre.
Les pèlerins portaient, cousue a leur habit, une image en plomb de
N.-D. de Roc-Amadour, nommé sportelle, semblable a celle qui est an fron
tispice de ce livre. (Revue Religieuse de Cahors et de Roc-Amadour, 1800,
no 4 pag, 54. — La Sportelle et la Confrérie de N.-D. de Roc-Amadour. par
â
Henri d'Orgéres).
(2) A cette époque, à Cahors, l'année commençait à Pâques. A la mi-
carême suivant, l'année 1428 n'était donc pas encore finie.
(3) Extrait du livre tane\ l'un des livres consulaires de Cauors au Moyen-
Age. Fol. CLXIH.
(4) On n'a plus à Roc-Amadour que le fac-similé de la Durandal. (Revue
Religieuse de Cahors et de Roc-Amadour, 1893, n° 39, pag. 014. — La
Durandal, par l'abbé Justiu Gary).
S A I N T AMADOUR ET SAINTE VÉRONIQUE
Introduction V
I Jeunesse des deux, époux 1
II Conversion de Bérénice 0
III Le travail de la Grâce 12
IV Conversion de Marie-Magdeleine 17
V Conversion de Zachée, 22
VI Zachée et Amator 28
VII Béthanie 33
VIII Du Cénacle au Prétoire 39
IX Le Chemin de la Croix 49
X Le Calvaire 59
XI Le Cœur sacré de Jésus 66
XII Joseph d'Arimathie et Nicodème 70
XIII La descente de la Croix 73
XIV L'Ensevelissement 79
XV L'âge des deux époux 85
XVI Après la résurrection 89
XVII Tibère 95
XVIII Guérison de l'Empereur 101
XIX La chronologie des Acte 106
XX Vocation des Prosélytes de la Porte 115
XXI La vocation des Gentils 119
XXII Les Actes de S. P i e r r e 125
XXIII Les Récognitions de S. Clément 130
XXIV Césarée, 135
XXV Premier épiscopat de Zachée 140
XXVI Les Esseniens et les Thérapeutes 147
XXVII Les Moines du Carmel 154
632 TABLE DES MATIÈRES
Lire page 21, ligne 25 : son sang précieux dans une conque
d'argent.
— page 42, note (2), ligne G : La cause de la béatification do
Marie d'Agréda fut introduite le 21 j a n v i e r 1673.
— page 92, note (2), ligne 4 : Il s'appuyait, sans doute, sur
l'Evangile apocryphe de l'Enfant Jésus dont l'auteur
admet...
— page 374, ligne C : de la prose épistolaire et parénétique.