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O utur . portaoc . rei 1.rj u nt"i n> c.b P' n, I.X.


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~\. X..~OÓ.)-o a.5,l1m co m e) um
re"\. pen.<Jn:1gen~ s,nn ...:p-:11s e • tu. , utc.., "b ·., 1 ,::-ultu; J br:i 1·e1·
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que ni o l6 1oter.1ge <.
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Rcg1naldo Pran<.J1Os ( 'andonrl)~·{ } de1 '\t:o P :.ulo: a 11.."'lhi 111a6·1.1 n,i


1netropvle no\(l . São Paulo. Hut tlt:CtEdu,p , l\.><l, : , l p.

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o ri.lJJ., 0 panrd o ~fru-br:uileu , .. , ..~t oci n u:i ... tk:t.s0 11:"C,l! e de f' US ·1i1h J~k1c1.; ...s e
Kmel~nças w m rcl~çào a ~cult , ün -:..1no. t) p.•pd dt, r. ui . ~"-.. h 1 •• 1>p1f ..i w m ~·a,
as trocas materiais e simbóli cas entre os pais e mães -de-santo de todo o território brasileir o, a relação
co m os clientes, as mudanças de filiação e o parentesco religioso . Mas o livro apresenta mais do que
isto , dirigindo -se so bretudo ao leitor já "iniciado" . Apresenta uma' an,lise crítica e inovadora da
religião em seu co ntexto social , marcado por um estilo de subjetividade próprio .

Co ntinuidade e ruptura : dois procedimentos fundamentais, tanto com relação aos aspectos
co nstrutivos do livro , como quanto à forma segundo a qual o candomblé se instalou e se reproduziu na
capita l paulistana . É justamente na relação entre a tradi ção e o novo que se enco ntra a riqueza des ta
análise que , sus tentada por uma pesquisa de campo minuciosa e abrangente , busca responder uma
ques tão fundam ental : co mo o candomblé - religiã o tradicionalmente identifi ca da com a po pulação e a
cultura negras - começo u a se instalar , em São Paulo , há pouco mais de vinte anos, e multipli co u-se
co mo religiã o unive rsal, transformando -se numa alte rnati va religiosa dem ograficamente importante e
socio logicamente expressiva , deixando de se cara cterizar co mo religião restrita à "comun idade negra".

Ao co loca r esta questã o no ce ntro de sua reflexã o, Reginaldo Prandi propõe uma abordagem
que se distancia daquela que enco ntram os em grande parte da bibli ogra fi a socio lógica e antropo lógica
sob re o candomblé, que dá enfas e ao vínculo da religiã o com o grupo étnico ao qua l ela se liga, e que
acabo u por eleger oo terreir os baianos de filiação jeje -nagô como mode lo paradigmático de culto aos
o rixá s, tanto entre os pesquisadores co mo entre os próprios grupo s religios os, oo quais toma m essa
bibliografia nã o só co mo fonte através da qual recuperam mit os , prát icas rituais , cantigas e
signifi cados esq ueci dos, mas também co mo fonte ca paz de legitimar e va lorizar sua práti ca religiooa
(as pecto rarao qual o próp rio autor c hama a atenção) . Na definiçã o de seu universo de pesquisa ,
Pra ndi proc ura ab ranger a maior d ivers i<laue <le ritos ou "nações " ue c.1nuomblé presentes em São
Paulo na se leção de te rreiros pesquisados , dand o importân cia a to<los eles, co m a inten ção de mostrar
as uife renÇ<'\Se semelhan ças entr e as diversa s "nações " e a di sputa co m relação à "legitimidade ",
o rigem, tradi ção, que remetem a África não mais co mo espaço da neg ritud e, mas co mo lugar de o nde
provém o "fununmento" do ca ndombl é.

A exfYcl
nsão do ca ndombl é, enq uan to religião que se ap resenta como uma ent re as muitas
opções de co nta to co m o sagrado e <le expl icaÇ<10ue uimensões do mundo co ntempor âneo das quais o
pensa ment o puramente racionaJ não co nsegue <lar co nta, passa a ser co mpr ee ndida não só a parti r dos
ele mentos in ternos ao candomblé, ma s também de co mo estes elementos foram e têm sido trabalhados
cria tiva mente na elaboração de uma nova prática religi osa que, embora mantenha vínculo s estreitos
com a tradiçã o, to rna-se o utra no se u processo <le expa nsão, à medida que dialoga c.om as demandas
exte rnas e co nstrói novos vínculoo sociais, segunuo o autor , os candomblés paulist.1nos reinventam a
trad ição, sobretudo vo ltand o-se para a ÁJrica , já que s ua expansão em São Pau lo é bast.1nte recente e
teve o rigem a partir da umbanda , <la qual procuram hoje se distanciar ca<la vez mais . E.ste
distanciamento representa também uma nega Ç<10do cóc.ligo moral ocide ntal prese nte na umbanda ,
conside rand o a questão moral co mo ex ten o r à religiã o.

As respostas à quest ão ce ntral do livro vão se expli citando através da con textualização
crescente do candomblé no co njunt o <las relig iões e na socie dad e, além <lo aprofundament o da
descrição e análise das prática s e das co ncepções específicas desta religi ão, dentro de uma perspectiva
histórica e comparativa . Algum as teses fundamentais são tomada s co mo pano de fundp rara a análise.
Se a reUgião é, para o seu adept o , a decifr ação d1 sociedade (" a privação da dóvida "), para o cientista
social é a soc iedade que fornece a chave para a com preensão da religião : "A sociedade é a esfinge" , a
fonte gerador a de perguntas para o pesquisador. A análise das mudanças na religião permite

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compreeo<ler as mudaoç.as n:l socitxfade. As tmnsformações no mo<lelo <lc sociecfade co locam novas
n~idades ?ira ~ sujeitos indivi<luais e acab:lm se reOetin<lo nas escolhas religiosas. É sob e.sta
pcnpcctivn que vemo.s a entrada do kan.leci.smo no Brasil. as transformações no culto e uoutriua
católica, a expinsão do pentocostnlismo, o movimento histórico de expansão primeiro da umbanda e
depois do candomblé, cada qual respondendo a demandas sociais e individuais es pecíficas.

A valorização do eu, do individualismo , a busca constante pela mobilidade social asceDl.lente


são valores que encontram ressonância no candomblé, que concebe a felicidade neste mun<lo como
um valor sagrado a ser realizado. Por não imJX>rum código moral aos seus adeptos, co nstitui -se como
religião a..cética, que opõe n manipulação do mundo através da magia à <loutriua de mudan~'\ de
mentalidade e c.ooduta propagada principilmente pelas religiões cristãs. Assim, o candomblé permite
ao iniciado ser o que ele é, além de permitir uma expansão do seu "eu" através <las qualidades dos
orixás, do transe, da participação na comunidade de culto.

A análise se aprofunda cada vez mais nos significados das ações do "povo-de-santo",
chegando a abranger a relação entre o canuomblé e a economia informal. São exploradas su.1s
dimensões econômicas de meio de mobilidade social, de trabalho, lúdicas , mas tudo isto sem
descaracterizá-lo como religião, uma religião iniciática , de mistérios, de trans e e que, neste muo<lo
dcsmagicizado, tem a magia como elemento con.stitutivo. Ao chegar à última página oolivro, o leitor
pode realmente dizer que compreendeu um pouco o candomblé, mas também a sua sociedatle: religião
e sociedade iluminam-se mutuamente.

Luciana Ferreira Mourn Men<lonç.1


(Mestrnn<la do Oe[Xlrtamento de Antropologi:l -USP)

** *

Vidal, Lux (org.). Grafis,no indígena. Ensaios de antropologia estética.


São Paulo, Studio Nobel/Edusp, FAPESP, 1992.

&te livro sobre grafismo ind1gena ~ sem tlúvida, um belo estudo e.la estética. Mas é muito
mais que isso: juntando trabaJbo.s de etnólogos com granue experiência em campo e amplo
conhecimento das sociedades estudadas, é um trabalho sério de antropologia - sem ser, por isso ,
menos belo.

O interesse da atividade estétic.1 indígena não se limita à pro<luç..10 em si: sem Jeixar <le lado
um estudo detalhado dessa produ~o quanto a materiais, suportes e motivos, ele se dá,
complementarmente, na verificação do que essa ativiua<le nos conta sobre a sociedaJe, ou seja, do que
~ dito oda. Tendo sido esse um estudo relegado a seguntlo plano por se ter considerado as atividades
artútica.s independente do contexto, o trabalho aqui é o <la <lemonstração de que nelas estão presentes
"idéi~ subjacentes a campos e domínios sociais, religiosos e cognitivos <le mo<lo geral" (p. 13). É ao

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