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UMA ANÁLISE DO PERFIL DE GESTOR NA ADMINISTRAÇÃO

PÚBLICA
Daniele de Oliveira dos Santos Freire1

Ma. Celina Maria Farias Leal Martins2

RESUMO

Visto a necessidade de contribuir para formação de gestores, fez-se um


levantamento bibliográfico com artigos e livros, material disponibilizado na internet,
teve seu objetivo geral de identificar o perfil de gestor a partir dos princípios da
Administração Pública e seu objetivo específico, descrever a importância de um
gestor apto para exercer a função no órgão público. O gestor público, por sua vez,
deve ser um administrador bem preparado para exercer o cargo de gestão. Ter
vocação como habilidades de compreender, entender, liderar, lidar com a
complexidade da organização como um todo, planejar, ser humano, avaliar
desempenhos e tomar decisões, foi pensando na necessidade do interesse coletivo
que este artigo se justifica para refletir no modelo de gestão na Administração
Pública. O presente artigo apresenta conceitos, finalidade e uma análise do perfil de
gestor na Administração Pública que teve a coleta de dados como base os autores:
Maximiano e Nohara (2021), Maximiano (2019), Nascimento (2021), Almeida (2022),
Alves (2018), Chiavenato (2012), Maçães (2017), Ferreira (2015), autores que
contribuíram para coleta de informações e para que este trabalho fosse realizado.
Adicionalmente, o presente estudo tem o propósito em contribuir para uma gestão
de competência em conhecimento, habilidade e atitude e a partir dos princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, fundamentos de
suma importância para execução de serviços na gestão pública para que a
sociedade tenha mais qualidade de vida, saúde, educação e segurança, sendo este
atendendo de maneira transparente, probo e honesto. Gerir não é uma atividade
fácil, principalmente quando as atribuições e exigências são muitas para atender as
expectativas como um todo.

Palavras-Chave: Administração Pública. Princípios da Administração. Gestão.

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo começa com a definição da Administração e os termos


correlatos. De acordo com Maximiano e Nohara (2021), a administração vem de
administratio, administrationis, e significa “cuidar, assistir, ajudar”, “direção,
gerência”.
1
Aluno concluinte do curso de Bacharel em Administração da Universidade Estácio de Sá.
2
Orientador(a) do artigo da Universidade Estácio de Sá.
Os termos correlatos são: Gestão, gestor, gerenciar, que também significa
cuidar, direcionar, conduzir, manejar.

Para Chiavenato (2012), a administração é o processo de planejar, organizar,


dirigir e controlar o uso de recursos, afim de alcançar objetivos organizacionais.

A Administração envolve e definição de meta e objetivo organizacional, bem


como a criação de estratégias e planos para alcançá-lo. A administração evoluiu
muito desde os princípios da Administração Científica de Frederick Taylor, pois há
críticas e limitações em relação a essas teorias que serão discutidas no decorrer
deste trabalho.

A Administração Pública, segundo Maximiano e Nohara (2021) é a estrutura


de órgãos e cargos em sentido subjetivo e o processo ou atividade especializada em
sentido objetivo. Esta definição, por sua vez, será mais detalhada na parte do
desenvolvimento.

Na empresa privada, a seleção para um cargo de gestão é criteriosa e


exigente. Selecionam o melhor candidato para a exercer a função na empresa que
tenha conhecimento e habilidades na área em que vai atuar, exemplo disso é um
gestor comercial, pois precisa conhecer a carteira de cliente, conhecer o produto,
preço, canais de distribuição, etc. No Órgão Público, não funciona assim, o gestor,
geralmente é aprovado em concurso público ou nomeado em cargo comissionado,
podendo ser indicado pelo governador, diretor-presidente, que também é chamado
de servidor público.

Este artigo levanta o seguinte questionamento: “Como o gestor público está


apto para exercer a gestão dentro dos princípios da Administração Pública
somando às competências de conhecimento, habilidade e atitude para
contribuir para melhoria e benefícios das necessidades do interesse coletivo?”

O ato de administrar muito bem uma organização, vem de um preparo muito


bem definido para exercer o cargo de gestor, pois a gestão exige conhecimento na
área em que vai atuar, habilidade de lidar com as situações e atitude para querer
fazer o que se conhece para agir de forma autônoma e eficiente.
A saúde, segurança e educação são serviços essenciais disponibilizados pelo
governo, por isso, a importância de ter uma organização muito bem administrada.
De acordo com Maximiano e Nohara (2021), a ação do governo é, portanto,
diretamente responsável pela qualidade de vida das pessoas.

Para Nascimento (2021), gestão é a prática que deve ser aprimorada para o
alcance de determinados fins: no caso do setor público, a gestão existe para reduzir
a pobreza, para melhorar a educação, para aumentar a competitividade da
economia, para elevar a conservação de recursos naturais, para preservar, estender
e expandir a cultura etc.

O estudo em questão consiste em uma análise dos perfis dos gestores da


administração pública a partir de um desenvolvimento bibliográfico. A metodologia
utilizada é uma revisão sistemática da literatura que envolve a coleta e análise de
informações de diversas fontes bibliográficas. Autores proeminentes como Peter
Drucker (2001) enfatizam a importância do papel dos gestores na administração
pública e a necessidade de competências de liderança, tomada de decisões
estratégicas e adaptabilidade para enfrentar desafios complexos e em constante
evolução. O objetivo desta pesquisa é aprofundar nossa compreensão das
qualidades e habilidades exigidas dos gestores na administração pública moderna.

Considerando a necessidade de contribuir para a formação de gestores, o


trabalho e feito através de artigos, livros e na internet com o objetivo geral de
identificar o perfil dos gestores com base em princípios administrativos e descrever
seu conteúdo específico.

Refere-se a um gestor que pode exercer suas funções em uma instituição


pública. Por outro lado, os gestores públicos devem ser gestores bem-preparados
para exercer cargos de liderança. Dada a sua missão de compreender, liderar, lidar
com a complexidade das organizações, planejar, humanizar, avaliar o desempenho
e tomar decisões, este artigo explora o interesse coletivo considerando a
necessidade.

Justifica-se pensar em modelos de gestão na administração pública. A gestão


não é uma tarefa fácil, principalmente quando há muitas responsabilidades e
exigências para atender às expectativas gerais.
Este trabalho está dividido da seguinte forma: a primeira parte fala de
conceitos, finalidades, e a segunda parte destaca os princípios da Administração
Pública, competências e gestão pública e o modelo gestão, a terceira parte está
conclusão deste trabalho.

2 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

2.1 CONCEITO E FINALIDADE


A Administração Pública tem características específicas que se diferenciam
administração no setor privado.
A administração Pública é definida como subjetiva e objetiva. Segundo
Almeida (2022), a Administração Pública, em sentido subjetivo, corresponde às
pessoas jurídicas, aos órgãos e aos agentes públicos que executam a atividade ou
função administrativa. Com isso, pode-se referir as diversas atividades
administrativas exercidas pelo Estado, mas pode ser utilizado como conjunto de
agentes, órgãos e pessoas jurídicas que executam os serviços públicos, ou seja,
tem como principal propósito em atender o interesse público e o bem-estar coletivo.
Ainda na sua definição da Administração Pública, Almeida (2022), agora no
sentido objetivo, consiste na atividade ou função administrativa executada pelas
entidades, órgãos e agentes públicos que compõem a Administração. Um exemplo
disso, o fomento, a polícia administrativa, os serviços públicos e a intervenção.

2.2. ORIGENS E PRINCÍPIOS DA ADMNISTRAÇÃO PÚBLICA

Segundo Nascimento (2021) os princípios fundamentais das teorias de Taylor,


Fayol, são conhecidos como os pilares da evolução e do desenvolvimento da ciência
da administração. A abordagem clássica da administração divide-se em:

 administração científica com o americano Frederick Winslow Taylor;


 teoria clássica com o europeu Henry Fayol.

Destacam-se algumas ideias e Taylor e Fayol que contribuíram para a


Administração Clássica e Administração Científica, de acordo com Nascimento
(2021), são elas:

2.2.1 PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CLÁSSICA DE FAYOL


 Divisão do trabalho: a especialização dos funcionários, desde o topo da
hierarquia até os operários da fábrica, favorece a eficiência da produção, com
resultados positivos sobre a produtividade.
 Disciplina: é necessário que a empresa estabeleça regras de conduta e de
trabalho válidas para todos os funcionários.
 Centralização: as atividades vitais da organização e sua autoridade devem
ser centralizadas em gestores especializados.
 Hierarquia: a administração clássica defende a estrutura hierárquica,
respeitando à risca uma linha de autoridade fixa.
 Estabilidade dos funcionários: uma rotatividade alta pode trazer
consequências negativas sobre o desempenho da empresa e o moral dos
funcionários.

2.2.2 PRINCIPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA DE TAYLOR


 Princípio do planejamento: envolve a substituição de métodos empíricos por
procedimentos científicos, substituindo o improviso e o julgamento individual. O
trabalho em uma empresa deve ser planejado e testado, e seus movimentos
decompostos a fim de reduzir e racionalizar sua execução.

 Princípio de preparo dos trabalhadores: a empresa deve selecionar os


operários de acordo com as suas aptidões e então prepará-los e treiná-los para
produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado para que atinjam as
metas estabelecidas.

 Princípio de controle: a administração deve controlar o desenvolvimento dos


trabalhos para se certificar de que está sendo realizado de acordo com a
metodologia estabelecida e dentro das metas estabelecidas.

 Princípio da execução: a empresa deve distribuir as atribuições e


responsabilidades para que o trabalho seja o mais disciplinado possível.
As teorias de Henry Fayol e Frederick são fundamentais para a compreensão
da administração e da gestão organizacional, mas também são criticadas por
algumas limitações.
A teoria de Fayol propôs princípios de administração que enfatizam a
hierarquia e a estrutura organizacional rígida. Nas organizações modernas, a
flexibilidade e a capacidade de adaptação são valorizadas. Modelos organizacionais
muito formais podem impedir a inovação e a agilidade.
Já a teoria de Taylor enfatiza a eficiência e a maximização da produção,
muitas vezes às custas do bem-estar e da motivação dos trabalhadores. Podendo
levar a problemas de saúde, e alta rotatividade de funcionários.
No entanto, Nascimento (2021), enfatiza que mesmo os maiores opositores
das teorias clássica e científica da administração reconhecem nos trabalhos desses
pioneiros o início de uma nova fase no estudo das relações que envolvem os
homens e as empresas.
Maximiano, Nohara (2021), relata que em meados da década de 1920, as
ideias sobre como organizar empresas já estavam maduras e tinham assumido a
estatura de teorias sustentadas pela experiência de sucesso das grandes empresas.
A administração Pública evoluiu em resposta às necessidades complexas das
sociedades modernas. Ela se concentra na gestão de organizações governamentais
e sem fins lucrativos, buscando alcançar objetivos sociais e políticos.
Em resumo a este tópico, a Administração Científica, Administração Clássica
e Administração Pública continuam a evoluir em respostas às mudanças sociais,
políticas e tecnológicas, refletindo uma busca contínua por maneiras mais eficazes e
eficientes de gerenciar organizações e atender às necessidades da sociedade.

2.3 PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: DIRETA E INDIRETA

A administração Pública Direta e Indireta está definida no Art. 37 da


Constituição Federal do ano 1988, que diz:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes


da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência (Federal, Constituição, 2015, p. 54)

Os cinco princípios constitucionais da Administração Pública, explícitos na


Constituição Federal de 1988, são para ser observados e obedecidos conforme a
CF/88, é de fundamental importância que o gestor conheça muito bem os princípios
que regem a Administração Pública para que tenha uma gestão eficaz transparente.
Os Princípios da Administração Pública (Figura 1), formam a sigla LIMPE –
Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência, abaixo descritos
cada um:
 Princípio da Legalidade: O conceito de Legalidade é que o servidor só pode
fazer algo dentro da Lei, nada mais além disso. Segundo Nascimento (2021), a
Administração Pública possui limites, que não está livre para fazer ou deixar de fazer
algo de acordo com a vontade somente do governante, mas que deverá obedecer à
lei em toda a sua atuação.
 Princípio da Impessoalidade: a Administração Pública tem o papel
importante neste princípio, conceitua-se, segundo Nascimento (2021), o objetivo de
fazer a administração pública atuar na efetivação precisa do interesse público, por
meio de um caráter eminentemente impessoal. Os administradores públicos tem a
finalidade de tratar todos de forma igual, não podendo beneficiar ninguém, o
interesse deve ser coletivo e não privado.
 Princípio da Moralidade: Este princípio exige postura ética, segundo
Nascimento (2021), o agente público deverá distinguir não só a legalidade da
ilegalidade em sua atuação, mas principalmente é importante ter bem consignada
em sua consciência a diferença entre o honesto do desonesto, segundo o Código de
Ética do Servidor Federal – Decreto n. 1.171/94, inciso II:

O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua


conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o
injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas
principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas
no art. 37, caput, e § 4º, da Constituição Federal.

 Princípio da Publicidade: é o ato de publicar as informações da


Administração Pública através de Diários Oficiais, pois o cidadão tem o direito de
conhecimento das atividades administrativas e o Poder Público tem a obrigação de
ser o mais transparente possível. Nascimento (2021), relata que por esse princípio a
atuação administrativa deverá, em regra, ser pública, como forma de permitir o
conhecimento e o respectivo controle pela coletividade.
 Princípio da Eficiência: Alves (2018) conceitua que o princípio da eficiência
zela pela “boa administração”, aquela que consiga atender aos anseios na
sociedade, consiga de modo legal atingir resultados positivos e satisfatórios, como o
próprio nome já faz referência, ser eficiente.

É dever do servidor público atender a população com presteza e


transparência, buscando solucionar suas necessidades e satisfazê-las, cumprindo
com o seu dever de forma parcial, neutra e sempre em busca da qualidade.

Castro e Castro (2017), entende que o Princípio da Eficiência foi criado


com o objetivo de eliminar toda essa problemática em relação à má qualidade no
serviço, já que com esse princípio a finalidade é dar maior praticidade em todos os
âmbitos da Administração Pública.

Figura 1 Princípios da Administração Pública. https://www.researchgate.net

São características da administração pública gerencial, de acordo com


Nascimento (2022):
 ser voltada para o cidadão;
 ser orientada para obtenção de resultados;
 presumir que políticos e funcionários públicos sejam merecedores de grau
limitado de confiança;
 como estratégia, servir da descentralização e do incentivo à criatividade e à
inovação;
 utilizar o contrato de gestão como instrumento de controle dos gestores
de recursos públicos

2.4 COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS AO ADMINISTRADOR/GESTOR


A organização pública conta o DRH - Departamento de Recursos Humanos
para selecionar candidatos para exercer o cargo vago em um determinado setor,
seja ele: estagiário ou bolsistas. O DRH tem a missão de promover treinamentos,
cursos, palestra para auxiliar, orientar, ajudar na formação e outros cursos advindos
de outras profissões, atribuindo de forma positiva para a evolução de
conhecimentos.
As competências variam de acordo com a atuação na área, hierarquia e
organização, porém, não importa o nível hierárquico ou organização, o gestor deverá
ter conhecimento, habilidade e atitude para exercer qualquer função, seja supervisor
de máquina, líder de vendas, gerente de compras ou diretor-financeiro.
Bergue (2019), pensa que as competências gerenciais que potencializam a
liderança no âmbito das organizações públicas requer uma abordagem diferenciada
que, em termos de procedimentos de mapeamento e resultados, seja capaz de
produzir uma pauta dinâmica dos correspondentes conhecimentos, habilidades e
atitudes com identidade institucional.
Essa identidade parte das 3 competências que já conhecemos –
conhecimento, habilidade e atitude que logo será detalhado.
De acordo com Ferreira (2015), define que a competência é a capacidade de
mobilizar um conjunto de recursos cognitivos (saberes, capacidades, informações
etc.).
Segundo Reis e Matos (2012), o conjunto de elementos que compõem as
competências é denominado de CHA. Esses elementos têm interdependência e
complementaridade nas relações de trabalho, geram o desempenho profissional,
exprimem os comportamentos da pessoa em suas relações laborais e promovem as
realizações e resultados.
Para o desenvolvimento de uma boa administração, o gestor deve conter
elementos essenciais para um bom perfil do gestor, são elas: conhecimento,
habilidade e atitude, que formam a sigla CHA, ou seja, esses elementos são
competências essenciais para um bom desempenho de uma gestão. Vejamos a
seguir alguns conceitos de cada elemento.
 Conhecimento: envolve o acervo de informações, conceitos e ideias que o
administrador possui a respeito de sua especialidade, Chiavenato (2012).
O conhecimento é o aprendizado contínuo que o administrador não poderá
deixar de fazer e se atualizar para aprimorar novos conhecimentos e,
consequentemente, adquirir outra competência que é a habilidade.
 Habilidade: esta competência desenvolve a partir do conhecimento adquirido
colocando em prática o que se aprendeu, com o tempo essas habilidades vão se
aperfeiçoando através da experiência. Segundo Chiavenato (2012), trata-se de
aplicar o conhecimento na análise das situações e propor soluções criativas e
inovadoras para os problemas e condução do negócio.
A habilidade envolve dentre outros, a experiência do dia-a-dia como: ter foco
em resultado, ser resiliente, ser comunicativo sendo este uma competência
importante, se comunicar vai além de saber falar em público, está na forma de como
se fala e quando se fala, transmitir ideias, capacidade de ouvir e entender o que foi
dito, por outro lado também é importante destacar a inteligência emocional, pois o
gestor precisa saber lidar com os problemas que surgirão para não perder o foco
nos objetivos. Reforça-se que a habilidade vem através do conhecimento, da busca
incessante dos estudos, como expressa o autor Chiavenato, é a partir da vivência
que evolui a competência.
 Atitude: de acordo com Chiavenato (2012), é o comportamento diante das
situações que enfrenta no trabalho. A atitude é, por sua vez, a mais importante de
todas, pois não adianta ter conhecimento e habilidade e não ter atitude em fazer
acontecer. O gestor precisa interligar as três competências para que ter resultados
positivos, ou seja, para ter sucesso, conforme a figura 2.
Figura 2. Tríade da Competência: Conhecimento, Habilidade e Atitude. Ferreira, 2015

2.4.1 HABILIDADES GERENCIAIS

As habilidades gerenciais trata-se da união das competências, ou seja,


conhecimento, habilidade e atitude que o gestor precisa ter para liderar sua equipe.
Segundo Chiavenato (2012), as competências são frutos de conjuntos de
habilidades, que nada mais são que a capacidade de transformar o conhecimento
em ação, produzindo o desempenho desejado. Ainda em seu livro, Chiavenato
menciona a teoria de Katz que contribuiu para a habilidades gerenciais, nota-se que
existem três tipos de habilidades indispensáveis para o gestor, são elas:

 Habilidades Técnicas: esta habilidade requer conhecimento na área


especifica que o gestor irá atuar, utilizando métodos e equipamentos necessários
para o desenvolvimento das tarefas que estão dentro de sua especialidade. De
acordo com Chiavenato (2012), as habilidades técnicas estão relacionadas com o
trabalho que envolve processos materiais e objetivos físicos e concretos. São
habilidade em contabilidade, uso do computador, saber planejar, organizar, etc.
 Habilidades Humanas: abrange a capacidade de trabalhar bem com
pessoas e de se fazer compreender, Maximiano (2019). Trabalhar com pessoas é a
expressão da capacidade humana do gestor, relacionamento interpessoal e grupal,
o gestor tem o propósito de envolver a equipe de trabalho para ter o melhor
resultado, como ter uma boa comunicação, motivação e saber lidar com os conflitos.
 Habilidades Conceituais: está relacionada com o pensamento sistêmico e o
estratégico e a capacidade de fazer análises e tomar decisões, Maximiano (2019).

Na figura 3, analisa-se que as habilidades técnicas, está ligada ao


trabalho operacional, é o conhecimento especializado em uma área específica, por
exemplo, um gerente do departamento pessoal, deve conhecer os métodos de
pagamento da folha, férias, licença maternidade, desconto de falta e sobre a
legislação vinculada ao regime trabalhista. A habilidade humana abrange a
compreensão e necessidades das pessoas, a capacidade de entender e liderar
pessoas. Habilidade conceitual é a parte complexa da organização, formular
estratégias, criatividade e planejamento.

Figura 3. Habilidades Gerenciais segundo Katz, Maximiano (2019).

2.5 GESTÃO PÚBLICA


Maçães (2017), define que a gestão é o processo de coordenar as atividades
dos membros de uma organização, através do planejamento, organização, direção e
controle dos recursos organizacionais, de forma a atingir, de forma eficaz e eficiente,
os objetivos estabelecidos.
Lima (2020), A Gestão Pública é o principal elo entre os recursos públicos e
os interesses da sociedade e com o passar dos anos foi ganhando conceituações
diferentes, uma vez que os acontecimentos surgidos e impactados sobre ela foram
absorvidos pelas revoluções sociais e pelas mudanças econômicas e culturais.
Gerenciar é uma atividade que poucos sabem realizar, muitos “gerenciam” no
achismo. Gerenciar em um órgão público requer mais conhecimento, habilidade e
atitude de fazer acontecer, pois os princípios da Administração Pública, são
fundamentos essenciais e que não podem deixar de cumpridos pelo servidor. Muitos
utilizam os princípios da Administração, apenas quando vai realizar a prova de
concurso, depois esquecem que a Lei existe, mas os princípios da Administração
Pública é o dever e obrigação de todo e qualquer servidor conforme o artigo 37 da
CF/88.
Para ter um resultado positivo os objetivos alcançados requerem um trabalho
em equipe e de uma boa gestão. Com isso, é necessário ter um bom desempenho e
estratégias para que os processos administrativos fluem com mais leveza e atinja
seus objetivos.
A gestão leva consigo a responsabilidade, o compromisso, a transparência, e
a competência. A gestão pública está escassa de gestores que tenham
conhecimento, habilidade e atitude.
O gestor em órgão público contribui para o melhor funcionamento através dos
princípios da Administração Pública para que oferecer um serviço eficiente à
sociedade.
Segundo Reis e Matos (2012), com esse entendimento, depreende-se que é
premente a necessidade de mudanças conceituais e que os gestores públicos
devem estar capacitados em promoverem estas mudanças.

2.5.1 ÁREA DE ATUAÇÃO DO GESTOR PÚBLICO


De acordo com o artigo 37 da Constituição Federal (1988), a Administração
Pública se divide em duas partes, são elas:
 Administração Pública Direta: Compreende as pessoas jurídicas políticas,
isto é, União, Estados, Distrito Federal e Municípios, e órgãos que integram tais
pessoas por desconcentração, sem personalidade jurídica própria, aos quais a lei
confere o exercício de funções administrativas, Maximino e Nohara (2021).
De acordo com Carlos (2019), é conhecida como centralizada e apesar da
função administrativa seja realizada principalmente pelos órgãos do Poder
Executivo, os outros poderes também tem a sua parte administrativa direta.
Administração Direta é uma forma de organização e gestão no setor público,
na qual o governo federal, estadual ou municipal exerce diretamente a prestação de
serviços e a tomada de decisão em diversas áreas, sem intermediação autônomas,
empresas estatais ou outras organizações.
 Administração Pública Indireta: envolve o conjunto de pessoas jurídicas, de
Direito público ou privado, criadas por lei, para desempenhar atividades assumidas
pelo Estado, seja como serviço público, seja a título de intervenção no domínio
econômico, Maximiano e Nohara (2021).
Segundo Carlos (2019) é conhecida como descentralizada. Seu objetivo é
executar tarefas de interesse do Estado, mas que não quer executar diretamente,
então ele transfere sua execução para outras entidades (pessoas jurídicas).
Essas entidades atuam de forma independente do governo federal, estadual
ou municipal, embora ainda estejam sob controle e supervisão do governo. Alguns
exemplos de organização de administração pública indireta incluem as empresas
públicas, autarquias, sociedade de economia mista e fundações públicas (Figura 4).
Conforme a figura 4, a Administração Direta é composta pelo Entes
Federativos compreende a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal e
Administração Indireta que possuem personalidade jurídica própria.

Figura 4. Administração Pública e suas divisões: Administração Direta e Indireta. Carlos, 2019.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A trilha para o desenvolvimento profissional do administrador público, é uma


trilha em constante aprendizado e aptidões voltadas para a capacitação do gestor.
As exigências e cobranças são muitas, visto que a sua função tem o principal foco
em servir à sociedade para que a mesma não seja prejudicada.

O presente estudo mostrou a importância de um gestor bem-preparado, com


utilização das ferramentas e métodos aplicados. Diante disto, o gestor público, deve
desempenhar o papel de gestor buscando incluir a capacidade de conhecimento,
pois é a base característica fundamental para sua gestão.

Portanto, o gestor além de se capacitar, buscando competências deve-se


aplicar os princípios da Administração Pública que são os mandamentos, diretrizes e
valores que conduzem a sua gestão e de como agir conforme a lei.

A Administração Pública desenvolve e implementa políticas sociais que


melhorem a qualidade de vida, incluindo saúde, educação, segurança e habitação,
pois cada decisão tomada impacta diretamente a vida da comunidade.

Cada princípio administrativo impõe ao gestor público que não dispense a


conduta ética. O gestor eficaz deve adotar uma série de princípios da Administração
pública para garantir a eficiência, transparência, responsabilidade e equidade em
suas ações. A legalidade, por exemplo, o permite agir apenas dentro da lei e não
pode fazer nada além do está escrito no art.37 da CF/88, ou seja, deve agir dentro
dos limites legais.

O princípio da Administração Pública orienta ao agente público que deve ser


imparcial para não haver favorecimento pessoal ou discriminação, a ética deve
orientar todas as decisões e ações do gestor público, ser transparente e acessível
ao público.

Administração Pública como fundamento, conclui-se que o gestor público, é


aquele que atua com integridade, transparência, responsabilidade e eficiência
sempre com o objetivo de servir ao interesse público e melhorar a qualidade de vida
da comunidade que ele serve.

4 REFERENCIAS

ALVES, J. A. Atribuições do Gestor Público. Trabalho de Conclusão (Pós


Graduação - Gestão Pública). São João del-Rei, 2018.

BERGUE, Sandro Trescastro. Gestão de Pessoas: Liderança e Competência


para o setor público. Enap Escola Nacional de Administração Pública. 2019
Brasília.
BRASIL, Constituição Federal. Atualizada até a ECN. 84/2014 – 7ª Ed. Barueri,
São Paulo: Manole Editora, 2015.

CHIAVENATO, Idalberto. Princípios da Administração: o essencial em teoria


geral da administração – 2. Ed. Barueri, São Paulo: Editora Manole Ltda, 2012.

EDER, Carlos. Administração direta e indireta. Disponível em:


https://centraldefavoritos.com.br/2019/09/24/administracao-direta-e-indireta/
Acesso: 30 set. 2023.

LIMA, Larissa Souza. Gestão Pública: Como realizar uma gestão aos
princípios da lei. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento.
Ano 05, Ed. 07, Vol. 05, pp. 90-108. Julho de 2020

MAÇÃES, Manuel Roberto Ramos. Da Gestão Tradicional à Gestão


Contemporânea. Lisboa, Portugal: Conjuntura Actual Editora, 2017.

MAXIMIANO, Antônio César Amaru. ADM por Competências - Você Gestor.


São Paulo: Editora Altas Ltda, 2019.

NASCIMENTO, Edson Ronaldo. Gestão Pública – 4ª Ed. São Paulo: Saraiva


Educação, 2021.

REIS, Rita. C. S, MATOS, Carlos. R.N. Perfil do Gestor Público: Elementos


para formação e mudanças. Anais Eletrônicos da I CIEGESI / I Encontro
Científico do PNAP/UEG, Goiânia, 2012.

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