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QUE SAIS-JE ?

Le

MICHÈLE SIMONSEN
Maître de conférences à l'Université de Copenhague

Troisième édition mise à jour

2 0 mille
ISBN 2 13 045917 x

Dépôt légal — 1 édition : 1981


3 édition mise à jour : 1994, janvier
© Presses Universitaires de France, 1981
108, boulevard Saint-Germain, 75006 Paris
AVANT-PROPOS

Depuis une dizaine d'années, on assiste en France


à un regain d'intérêt pour le folklore, et surtout
pour les contes populaires qui, plus qu'ailleurs, ont
longtemps été considérés avec dédain par les lettrés,
avec méfiance par les pédagogues. Naguère encore,
hormis « La Belle et la Bête », « L'Oiseau bleu », et
une dizaine de contes dits « de Perrault », les
richesses de la tradition orale française étaient
inconnues hors du cercle restreint des spécialistes.
Combien de Français connaissent encore « Jean de
l'Ours », « La Montagne verte », « La Bête à sept
têtes » ou « Jean le teigneux », contes dont les
folkloristes du siècle dernier ont cependant ras-
semblé plusieurs dizaines de versions dans les cam-
pagnes françaises ?
Quant aux quelques contes encore connus de tous, « Cen-
drillon », « La Belle au Bois dormant », « Barbe-Bleue », etc.,
dont on attribue parfois, à tort, l'invention à Charles Perrault,
ils sont désormais réservés aux enfants, pour qui on publie
d'innombrables adaptations expurgées. Ces albums, réécrits
dans une langue d'une pauvreté souvent affligeante, ne doivent
plus grand-chose aux récits très littéraires de Perrault, et moins
encore à la tradition orale. En effet, Perrault a profondément
remanié et édulcoré les contes populaires dont il s'est inspiré
pour les adapter au goût du public galant auquel il les destinait,
transformant souvent des épisodes entiers.
Or, les vrais contes populaires sont anonymes, et leur origine,
parfois très lointaine, est impossible à préciser. Si de nos jours
les contes populaires sont avant tout des textes, fixés par
l'imprimé dans des revues folkloriques ou des livres pour
enfants, c'est que la pratique du contage, très longtemps
vivante parmi les paysans, les soldats, les marins au long cours,
a presque entièrement disparu en France. Mais ayant long-
temps fait partie d'une culture vivante, transmis oralement
pendant des siècles, les contes ont subi bien des transforma-
tions, et ils se présentent à nous sous de nombreuses variantes,
sans qu'aucune puisse prétendre représenter le « véritable »
conte.
Cet ouvrage est une simple introduction à l'étude du conte
français. Nous avons cherché d'abord à préciser la notion,
souvent imprécise, de conte populaire, et à orienter le lecteur
dans le vaste champ des collectes des folkloristes français. Nous
donnerons ensuite un aperçu rapide des recherches entreprises
sur l'origine, la diffusion, le contexte ethnologique, la morpho-
logie et l'interprétation des contes populaires en général. Pour
ce faire, nous avons dû parfois nous attarder sur des travaux
théoriques ou méthodologiques faits à l'étranger, essentiels à
l'étude du conte, notamment pour leur interprétation psycha-
nalytique ; mais chaque fois que cela était possible, nous nous
sommes référée à des contes ou motifs de contes particulière-
ment répandus en France.
Nous avons essayé de ne pas prendre parti dans les polé-
miques qui ont affronté les chercheurs et d'être aussi objectif
que possible dans la présentation des différentes écoles folklo-
riques, pour faciliter au lecteur les recherches ultérieures. A lui
d'exercer alors son esprit critique en connaissance de cause.
Les contes sont souvent connus sous un titre général qui ne
correspond ni au titre particulier de chaque version concrète
rassemblée par les folkloristes, ni au titre du conte type auquel
cette version appartient d'après la classification internationale
Aarne-Thompson (voir chap. III). Nous avons donc adopté la
typographie suivante : guillemets pour le titre connu de tous,
minuscules italiques pour chaque version concrète, petites
capitales non soulignées pour le titre du conte type traduit en
français, selon l'usage adopté par le catalogue français Delarue-
Tenèze. Ainsi, La Fille du pellegrilleur (1) est une version gas-
conne, recueillie en 1899, du conte dit de « La Belle et la Bête »,
qui appartient au conte type T. 425 LA RECHERCHE DE L'ÉPOUX
DISPARU / PSYCHÉ.

(1) Antonin PERBOSC, Contes de Gascogne, Paris, Erasme, 1954,


p. 29-38.
INTRODUCTION

SPÉCIFICITÉ

DU CONTE POPULAIRE FRANÇAIS

Il p e u t sembler p a r a d o x a l de consacrer u n livre


a u conte populaire français, puisque la p l u p a r t des
c o n t e s q u i se d i s e n t chez n o u s a p p a r t i e n n e n t à u n
fonds c o m m u n que l'on retrouve sous diverses
variantes dans toute l'Europe et dans d'autres
parties du monde. On p e u t toutefois déceler des
traits particuliers à la F r a n c e , c o n c e r n a n t s o i t le
répertoire, soit le style.

I. — Traits particuliers
du répertoire français

1. C o n t e s s p é c i a l e m e n t r é p a n d u s e n F r a n c e . — A ) LA BÊTE
À SEPT TÊTES (T. 300) e t LE ROI DES POISSONS (T. 303) s o n t
répandus chez nous au point que K u r t R a n k e , qui a comparé
p r è s d e 1 000 v e r s i o n s d u m o n d e e n t i e r , e s t i m e q u ' i l s o n t d û
n a î t r e e n F r a n c e (1). I l s ' a g i t d ' a i l l e u r s d ' u n r é c i t t r è s a n c i e n ,
p u i s q u e le m o t i f d e l ' o b j e t m e r v e i l l e u x q u i a v e r t i t le f r è r e
resté à la m a i s o n des dangers que c o u r t son j u m e a u est a t t e s t é
e n E g y p t e a u X I I I siècle a v a n t J . - C . e t q u ' o n a p u le r a p p r o -
c h e r d u m y t h e grec d e « P e r s é e e t A n d r o m è d e », l u i m ê m e
version incomplète d ' u n récit encore plus ancien qui survit
d a n s n o s c o n t e s (2).

(1) K u r t RANKE, Die zwei Brüder, F F C , 114, Helsinki, 1934.


(2) HARTLAND, The Legend of Perseus, London, 1894-1896.
B ) J E A N DE L'OURS ( T . 3 0 1 ) . — A l o r s q u ' à l ' é t r a n g e r , le
h é r o s q u i d é l i v r e les t r o i s p r i n c e s s e s d u m o n d e s o u t e r r a i n est
le p l u s j e u n e d e t r o i s f r è r e s q u i s e u l a d é c o u v e r t le v o l e u r d e s
f r u i t s m e r v e i l l e u x d e s o n p è r e , e n F r a n c e , c ' e s t le p l u s s o u v e n t
u n j e u n e h o m m e d ' u n e force prodigieuse, né d ' u n ours et
d'une femme.

C ) LA F I L L E D U D I A B L E ( T . 3 1 3 ) . — C e c o n t e e s t t r è s p o p u -
l a i r e e n F r a n c e , o ù il a s o u v e n t p o u r t i t r e L a M o n t a g n e v e r t e
ou L a M o n t a g n e noire. L'histoire d ' u n héros entré a u service
d ' u n m a g i c i e n , p a r q u i il s e v o i t i m p o s e r d e s t â c h e s i m p o s s i b l e s
et q u i les e x é c u t e g r â c e a u x p o u v o i r s m a g i q u e s de la fille d e
celui-ci, a fait r a p p r o c h e r ce c o n t e d u m y t h e de M é d é e et
J a s o n . Ce c o n t e est l'un des plus a n c i e n s d u r é p e r t o i r e indo-
européen, c o m m e l'indique l'abondance des éléments magiques :
p â t é s m a g i q u e s o u g o u t t e s d e s a n g q u i r é p o n d e n t à la p l a c e
des fugitifs, o b j e t s j e t é s en r o u t e qui se t r a n s f o r m e n t en
obstacles, m é t a m o r p h o s e m o m e n t a n é e des héros poursui-
vis, etc.

2. C o n t e s s e p r é s e n t a n t e n F r a n c e s o u s u n e f o r m e t r è s d i f
férente. — A ) BARBE-BLEUE (T. 312). — E n F r a n c e , ce c o n t e ,
qui a p e u t - ê t r e é t é i n f l u e n c é p a r les l é g e n d e s r a p p e l a n t les
c r i m e s de Gilles d e R a i s , a p o u r h é r o s u n m a r i m o n s t r u e u x ,
m a i s d e f o r m e h u m a i n e . A i l l e u r s , il s ' a g i t d ' u n a n i m a l f a b u -
l e u x q u i e n l è v e s u c c e s s i v e m e n t t r o i s s œ u r s e t les s o u m e t à l a
t e n t a t i o n d e la c h a m b r e i n t e r d i t e . L a c a d e t t e , p l u s r u s é e , v i e n t
au secours de ses aînées.

B ) L E S E N F A N T S É G A R É S DANS LA F O R Ê T ( T . 3 2 7 ) . — C e
c o n t e est c o n n u d e n o s j o u r s s o u s le t i t r e d u « P e t i t P o u c e t »
d e p u i s q u e le r é c i t de P e r r a u l t , q u i l ' a p e u t - ê t r e c o n f o n d u a v e c
« T o m P o u c e » (T. 700), a éclipsé les v e r s i o n s d e la t r a d i t i o n
orale. Celles-ci o n t g é n é r a l e m e n t p o u r h é r o s u n frère e t u n e
s œ u r , « F i n o n e t F i n e t t e », « F u r o n e t F u r e t t e », e t c . , c e q u i l e s
r a p p r o c h e d e l a v e r s i o n d e G r i m m , H a n s e l et Gretel. M a i s là
s ' a r r ê t e l a r e s s e m b l a n c e , p u i s q u e c h e z G r i m m les h é r o s a r r i v e n t
à la m a i s o n d e s u c r e r i e s d ' u n e s o r c i è r e qui les f a i t p r i s o n n i e r s .
A u m o m e n t d ' ê t r e r ô t i , le frère est s a u v é p a r sa s œ u r qui, fei-
g n a n t la maladresse, e n f o u r n e la sorcière.
E n F r a n c e , les e n f a n t s a r r i v e n t c h e z u n o g r e o ù ils p a s s e n t
la n u i t . A y a n t é c h a n g é d e s signes d i s t i n c t i f s a v e c les e n f a n t s
d e l ' o g r e , q u i s o n t t u é s à l e u r p l a c e , les h é r o s s ' e n f u i e n t , t r a -
v e r s a n t u n e r i v i è r e a v e c la c o m p l i c i t é d e l a v a n d i è r e s . L ' o g r e
p a r t à leur p o u r s u i t e e t se noie.
C) L E P E T I T CHAPERON ROUGE ( T . 3 3 3 ) p r e n d u n e t o u t a u t r e
f o r m e c h e z n o u s q u e d a n s la v e r s i o n r e c u e i l l i e p a r les f r è r e s
G r i m m , q u i est la p l u s r é p a n d u e d a n s les p a y s a n g l o - s a x o n s
et q u i sert de b a s e à t o u t e s les i n t e r p r é t a t i o n s p s y c h a n a l y -
t i q u e s (3). C h e z n o u s , l ' e n f a n t n ' e s t p a s s a u v é e p a r u n c h a s s e u r
q u i o u v r e le v e n t r e d u l o u p ; o u b i e n le c o n t e s ' a r r ê t e à la
m o r t d e l ' e n f a n t , o u b i e n celle-ci, p r é t e x t a n t u n b e s o i n n a t u r e l ,
d e m a n d e à s o r t i r ; le l o u p lui a t t a c h e u n lien à la j a m b e , m a i s
elle l ' a c c r o c h e à u n p r u n i e r e t s ' e n f u i t (4).

II. — Caractères stylistiques

1. L e m e r v e i l l e u x . — E n g é n é r a l , l e s c o n t e s f r a n ç a i s s o n t
moins étranges, plus familiers que ceux des autres pays. Les
êtres surnaturels y sont moins n o m b r e u x qu'en Allemagne ou
q u ' e n R u s s i e . A l o r s q u ' a i l l e u r s , les h é r o s s o n t e n p r o i e a u x
géants, magiciens, sorciers, nains, sirènes, esprits et m o n s t r e s
d e t o u t e s s o r t e s , e n F r a n c e ils o n t s u r t o u t a f f a i r e a u x o g r e s
et au diable. Les ogres sont parfois des géants, mais leur carac-
t é r i s t i q u e essentielle est d e se n o u r r i r d e c h a i r h u m a i n e . Q u a n t
a u x fées, elles s o n t b e a u c o u p p l u s r a r e s q u ' o n n e p e n s e d a n s
la t r a d i t i o n orale. C e p e n d a n t , les h é r o s p e u v e n t a u s s i a v o i r
affaire au « Sarrazin » ou a u x korrigans — petits nains —, en
Bretagne ; au Drac, monstre aquatique, en Gascogne ; au
Tartaro, sorte de cyclope, au pays basque ; ou bien au « Bzou »
o u a u « B r o u », c ' e s t - à - d i r e a u l o u p - g a r o u , c o m m e l e p e t i t
c h a p e r o n r o u g e o u la p e t i t e fille q u i c h e r c h e ses f r è r e s ; à u n
l é z a r d o u à u n e « g r o s s e b ê t e ».

2. T o n f a m i l i e r . — L e s c o n t e s t r a d i t i o n n e l s , a u c o n t r a i r e
de ceux de Perrault, sont situés dans u n milieu modeste,
s o u v e n t p a y s a n . L a b e r g è r e é p o u s e le fils d u roi, « e t le r e p a s
d e n o c e s e u t l i e u à m ê m e la p r a i r i e » (5). L a C e n d r o u s e se r e n d
n o n p a s a u bal, m a i s à la messe. Le père de la Belle r e n c o n t r e
la B ê t e a u r e t o u r d e la foire. L e loup, a p r è s a v o i r t u é la g r a n d -
mère, m e t « sa t ê t e sur u n e assiette, sa v i a n d e d a n s l'arche et

( 3 ) C e c o n t e , q u i se d i t d e l a m ê m e m a n i è r e d a n s le T y r o l e t d a n s
le n o r d d e l ' I t a l i e , s e m b l e e n r e v a n c h e n e p a s a v o i r f a i t p a r t i e d e l a
t r a d i t i o n a l l e m a n d e a v a n t l a c o l l e c t e d e G r i m m , q u i le t e n a i t d ' u n e
conteuse d'origine française.
(4) V o i r P a u l D E L A R U E , L e s c o n t e s m e r v e i l l e u x d e P e r r a u l t e t
la t r a d i t i o n p o p u l a i r e , Bulletin folklorique d ' I l e - d e - F r a n c e , 1951
et 1953.
(5) L a M a r g a r i d e t t a , G a s t o n MAUGARD, C o n t e s des P y r é n é e s ,
P a r i s , E r a s m e , 1955.
son sang dans la bassie », ou en réserve dans des bouteilles sur
le dressoir, accroche ses tripes à la porte : on a remarqué que
c'est là la manière traditionnelle d'apprêter le cochon fraîche-
ment tué (6). La bonne et la méchante sœur dont la complai-
sance est mise à l'épreuve sont priées d'épouiller la Sainte
Vierge, et les prétendants bernés par la fille du Diable (T. 313)
passent la nuit à vider le pot de chambre. Le style des conteurs
est souvent familier, quels que soient les événements qu'ils
racontent. La fille du Diable s'appelle « la blonde », et la prin-
cesse, sauvée des dents du dragon par le héros, un jeune homme
qui fait son tour de France et qui passait par là, s'étonne des
menaces de l'imposteur dans les termes suivants : « Mais j'ai
pas de sous ! Je viens de pouvoir être mangée par la bête à
sept têtes, alors j'ai pas de sous sur moi !... (7). La mère qui
veut donner son fils à manger à son mari « met la marmite sur
le feu, prit une hatsou (une hache) et a coupé son petit en
morceaux, le met dans sa marmite et ramasse les petits mor-
ceaux, les orteils de ses pieds et de ses doigts, et sa langue et
ses yeux, et les a mis cuire dans une casserole pour faire une
petite sauce... » (8).

(6) Yvonne VERDIER, Grand-mères, si vous saviez..., Cahiers de


littérature orale, 4, 1978.
(7) La Bête à sept têtes, G. MASSIGNON, Contes de l'Ouest, Paris,
Erasme, 1953.
(8) La Mayrastre, DELARUE-TENÈZE, Catalogue, II, p. 690.
CHAPITRE PREMIER

QU'EST-CE
QU'UN CONTE POPULAIRE?

« Populaire :
« 1. Qui appartient au peuple, émane du
peuple.
« 2. Propre au peuple.
« 3. Qui plaît au peuple, au plus grand
nombre. »
(Dictionnaire Robert.)

1. Définition. — La langue courante parle de


littérature populaire, dans le troisième sens indiqué
par le Dictionnaire Robert pour désigner toute litté-
rature qui jouit d'une vaste audience en dehors du
cercle des lettrés, comme le roman policier ou la
bande dessinée. Les folkloristes, eux, utilisent le mot
dans les sens plus restreints 1) et 2) et désignent
par « conte populaire » un certain type de récit en
prose d'événements fictifs transmis oralement. On voit
que les contes de Perrault, auxquels on a tendance
à réduire le répertoire français, et qui s'appuient, à
deux exceptions près (1), sur la tradition orale, ne
sont pas des contes populaires, mais des adaptations
très littéraires, largement expurgées et remaniées.
(1) Griselidis et Riquet à la houppe.
2. Conte populaire et folklore. — Le conte popu-
laire relève donc du folklore au même titre que :
— les fêtes, les danses, les jeux, etc. ;
— les costumes, les instruments de musique, les arts plas-
tiques populaires, etc. ;
— les croyances populaires et les superstitions, les prières,
les exorcismes, les rites, etc. ;
— les recettes de cuisine, etc.

Le conte populaire relève du folklore verbal, au


même titre que :
— les chansons (berceuses, ballades, etc.) ;
— les proverbes et les dictons ;
— les rondes, comptines, devinettes, formules pour amuser
les bébés, etc. ;
— les salutations, bénédictions, jurons, etc. ;
— les formules juridiques, météorologiques, les formules de
médecine populaire, etc.
Le conte populaire est un récit, au même titre que :
— les mythes, les légendes, les sagas (récits épiques), les
anecdotes biographiques, etc.

Mais c'est un récit en prose, à la différence des


sagas, et qui raconte des événements fictifs et
donnés pour tels, à la différence des anecdotes bio-
graphiques et des souvenirs, d'une part, des mythes
et des légendes, d'autre part. En effet, le mythe,
bien qu'étant le récit d'événements fabuleux qui
n'ont sans doute jamais été considérés comme litté-
ralement vrais, symbolise les croyances d'une com-
munauté. La légende est le récit d'événements consi-
dérés par le locuteur et les auditeurs comme véri-
diques, qu'il s'agisse d'êtres surnaturels liés aux
éléments (fées, ondins, lutins, follets), de person-
nages ou d'événements locaux, ou des miracles des
saints.
Le système populaire des genres ne recoupe que
partiellement celui des folkloristes. Ainsi, on peut
douter si le contenu des légendes était vraiment
tenu pour entièrement véridique par tous les usagers.
D'ailleurs, nous connaissons encore mal les moda-
lités d'énonciation des légendes dans leur pratique
sociale ; peut-être la majorité des légendes n'ont-
elles jamais été racontées d'un bout à l'autre ;
peut-être faisaient-elles simplement partie du savoir
commun local, parce qu'elles étaient l'objet d'allu-
sions constantes. En tout cas, il semble bien qu'à
la collecte les légendes soient comme immergées
dans le reste du discours de l'informateur (2). Le
conte, au contraire, semble nettement circonscrit
dans la conscience des usagers. Il est d'emblée lié à
l'acte de conter — il est donc l'objet d'une perfor-
mance (3) jugée et appréciée comme telle — et à la
fictivité : c'est un récit qui avoue franchement
n'être pas « vrai ».

3. Différents types de contes populaires. — L'étude


des contes populaires présente certaines difficultés
d'ordre terminologique. D'une part, la langue cou-
rante emploie les mots de « conte », « légende »,
« conte de fées », « histoire », etc., d'une façon peu
rigoureuse. D'autre part, les folkloristes ont tenté
de classer les contes selon des critères souvent hété-
rogènes, ou bien multiplié à l'excès les sous-divi-
sions. Les termes les plus généralement acceptés
sont parfois impropres, et ne se recoupent pas exac-
tement d'une langue à l'autre.
Cependant, le catalogue national Delarue-Tenèze,
suivant en cela l'usage établi depuis le catalogue

(2) Cf. M a r i e - L o u i s e T E N È Z E , I n t r o d u c t i o n à l ' é t u d e d e l a l i t t é -


r a t u r e o r a l e : le c o n t e , A n n a l e s , s e p t . - o c t . 1 9 7 9 .
( 3 ) Cf. R i c h a r d BAUMAN, V e r b a l A r t a s P e r f o r m a n c e , R o w l e y ,
M a s s a c h u s e t t s , 1978.
Imprimé en France
Imprimerie des Presses Universitaires de France
73,. avenue Ronsard, 41100 Vendôme
Janvier 1994 — N° 39837

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