Vous êtes sur la page 1sur 33

OS DEUSES MARCIAIS – QUIRINO, por Artur Felisberto.

G. Dumézil croit découvrir, derrière la triade divine Jupiter-Mars-Quirinus,


vénérée dans la religion romaine la plus archaïque (et notamment par les trois flamines
majeurs), trois catégories fonctionnelles que l’on retrouve dans l’Inde védique: les
prêtres, les guerriers et les producteurs. Cette tri-partition primitive subsista, quoique
estompée, dans de nombreux vestiges, et G. Dumézil pense la retrouver dans les trois
tribus archaïques de Rome, dans diverses formules sacrées (Populus Romanus
Quiritesque), et même dans des textes littéraires comme l’élégie de Properce citée plus
haut ou le deuxième chant des Géorgiques (vers 532 sq.), qui associe «les anciens
Sabins, Rémus et son frère et la vaillante Étrurie». Car l’esprit concret des Romains
recouvre cette vieille structure d’une apparence ethnique (Latins pieux, Étrusques
guerriers, Sabins éleveurs ou agriculteurs), voire d’une répartition topographique dans
le cadre de l’Urbs (Romains du Palatin, Étrusques du Caelius, Sabins du Capitole ou
de l’Esquilin), ce qui ne va pas sans de multiples hésitations. -- Série «Histoire
ancienne» dirigée par Pierre Lévêque.
Parece que entre los Romanos había una cierta tendencia a reunir a los dioses
en grupos de tres, y fruto de esta tendencia son las distintas "tríadas" que aparecen a
lo largo de la historia.
La primera Tríada estaba formada por Júpiter, Marte y Jano, pero muy
pronto Jano es sustituido por Quirino. Su culto era importante, como lo atestigua el
nombre dado a los tres principales sacerdotes ("Flamines".)
La Tríada clásica, que por tener su templo en el Capitolio era conocida con el
nombre de "Tríada Capitolina", estaba formada por Júpiter, Juno y Minerva.
A tríade que comanda o panteão etrusco é composta por Tínia, Uni & Menrva.
De Tinia derivou termo etrusco tin que significava dia e não o oposto como a maioria
dos eruditos postula. A origem etimológica de Tinia, literalmente Te-Anu, parece
óbvia e estranha-se que nunca tenha sido evidente para ninguém que poderia ser o deus
sumério do céu, Anu. Tinha vários epítetos, três deles relacionados com as fases dos
dias ou das estações do ano.
Tin | Thneth < Thaun-te = The-Taun | > Jupiter Tonans.
Tin | Thufl < The-Ful = Dius Ful | > Jupiter Fidius.
 Tin Θuf = dues dos votos
Tin | Cilens < Cel-Ens = Senhor da deusa mãe da terra, Ceres ou *Ker-Tu|
=> Júpiter Summanus = Zeus Ctônio, Zeus Catactônio
e Zeus Plúteo, o deus serpentino.
Tin Thneth 'Thundering Sun' = Tin Thneth may be conceived of as
fundamentally the sun towards the evening with aggressive elements of storm, thunder
and lightning added to emphasize a warrior role. The giver of rain and reliever of
droughts (cf. also Roman Iupiter Pluvius). I interpret θne as an abbreviation for the
word *θneθ 'thundering', a stative participle of *θun 'to thunder' which in turn is an
early borrowing from Latin tonēre. In this way, Tin Thneth means precisely the same as
Latin Iupiter Tonans and refers to the same specific god, an originally Etruscan one. -- 1
Tinia era casado ora com Dalna, a deusa da aurora e do parto, ora como Uni,
variante no feminino de Anu. Dalana ou Thalana era seguramente uma arcaica deusa
telúrica, do mediterrâneo ocidental, relacionada com as grandes taulas de pedra dos
templos megalíticos malteses e que, curiosamente, pode estar relacionada com a língua
hitita pela variante virtual *Tel-Ana, a “altíssima senhora do céu” e que por isso era
esposa do deus do céu, Te-Ano / ou Tinia, a cobra solar alada. Assim, não será por
mero acaso que o primeiro deus sabino a ser adorado no Capitólio seria Saturno...e
possivelmente Ceres, na forma etrusca Ati Cel ou Cilens! Quanto a Tins Θne, parece
ser uma redundância relativa a uma característica sagrada de Tinia que derivaria do
seu nome e que segundo alguns autores seria Thneth, ou seja, Tinia do tonitruante
trovão!
Tins | Θne < The-ne(th) < Te-Anu-te, lit. deus Anusho > Xu-an.
> Xu + Anu |-te < at ash | > Janu-ush > Janus.
Também não parece haver dúvidas de que o arcaico deus latino Jano seria
apenas a sobrevivência de Xu-an na cultura romana de que Uni seria variante elíptica
dum virtual *Iuni, tal como o deus Inuus romano teria sido *Iunus e que teriam tido
por variantes femininas a latina Juno depois de ter sido Jana esposa de Jano.

Ver: PAN (***)

A razão pela qual Jano acabou vencido pela a variante local romana Xu-pater
da tribo capitolina é difícil de explicar porque a lenda e a história se confundem com o
mito.
Secondo la leggenda il primo insediamento sul colle fu fondato dal dio
Saturno, nel quale furono accolti i Greci guidati da Ercole.
La Colina Capitolina (Capitolinus Mons), entre el Foro y el Campo Marcio o
de Marte, es una de las más famosas y altas de las siete colinas de Roma. (...)
Primitivamente era llamado monte de Saturno, que era la principal divinidad de
Roma. En una de las cimas, pues consta de dos (llamadas Arx, la del norte, y

1
http://paleoglot.blogspot.pt/2010_04_01_archive.html
Capitolium, la del sur), se erigía en lo que se cree fue anteriormente un templo
etrusco dedicado a Veiovis, un templo dedicado a la Tríada Capitolina compuesta por
Júpiter-Saturno-Minerva (...). La edificación fue destruida y posteriormente
reconstruida en varias ocasiones, siendo la primera bajo el reinado de Lucio
Tarquino Prisco y la última obra de Tito y Domiciano. Del templo etrusco de Veiovis,
una especie de Júpiter infernal, se conservaban la estatua y algunos restos.
Se o templo da primeira tríade capitolina foi erigido por um rei etrusco teria
sido dedicada a Tinia / Jano, Uni / Jana & Menrva / Minerva e pelos vistos
aparentemente sobre um templo dedicado a um deus infernal Veiovis até porque
parece que o local era um cemitério e por perto ficava a Rocha Tarpeia onde se faziam
execuções por precipitação!
Possivelmente por ter sido local de aplicação da justiça capital cruel e vingativa
pela precipitação na Rocha Tarpeia é que o monte capitolino foi primitivamente
dedicado a Saturno e a Vejove, o primeiro relacionado com os sacrifícios humanos e
o segundo com a odiosa vingança na guerra.

Ver: AGONIO (***)

Figura 1: Le temple de Jupiter sur le Capitole sous la République romaine


(illustration de Friedrich Polack, 1896).

(Varro div. 1 fr. 42 C. = Aug. civ. 4.23): Romani veteres (…) Summanum, cui nocturna
fulmina tribuebant, coluerunt magis quam Iovem, ad quem diurna fulmina pertinerent. Sed
postquam Iovi templum insigne ac sublime constructum est, propter aedis dignitatem sic ad eum
multitudo confluxit, ut vix inveniatur qui Summani nomen, quod audire iam non potest, se saltem
legisse meminerit.
Os antigos romanos (...) veneravam Summanus, a quem atribuíam os raios
noturnos, mais do que Júpiter, a quem pertenciam os raios diurnos. Mas depois da
construção do distinto e elevado santuário para Júpiter, devido ao esplendor do
santuário a multidão correu para ele de modo que dificilmente alguém pode ser
encontrado que se lembre de ter lido até mesmo o nome de Summanus, que não pode
mais ser ouvido (por ter sido esquecido).
O nome Summanus julga-se ser de Summus < Proto-Italic *sup®emos <
*suprezmo- < *superezemo- < *superisemo-, < proto-itálico *superisemos = superus +
-issimus.  Summus (Monte) + Manium = "o maior dos Manes".
De acordo com Martianus Capella, Summanus é outro nome para Plutão como
o "mais alto" (summus) dos Manes. Esta identificação é retomada por escritores
posteriores, como Camões ("Se no reino sombrio de Summanus / Castigo mais severo
você agora suporta ...") e Milton , em um símile para descrever Satanás visitando
Roma: "Just so Summanus, envolto em um redemoinho fumegante de chama azul, cai
sobre as pessoas e cidades". (...)

Figura 2: Monte Summano.


O Monte Summano (elevação 1291 m), localizado nos Alpes perto de
Vicenza (Veneto, Itália), é tradicionalmente considerado um local dos cultos de
Plutão, Júpiter Summanus e Manes. (...) O topo da montanha é frequentemente
atingido por raios. A própria montanha tem uma gruta profunda chamada Bocca
Lorenza, na qual, segundo a lenda local, uma jovem pastora se perdeu e
desapareceu. A história pode ser uma adaptação do mito de Proserpina, que foi
abduzida por Plutão.
Aulu-Gelle décrit la statue du culte dans le temple du Campidoglio, comme un
dieu jeune, armé d'arc et de flèches près d'une chèvre qui lui avait été sacrifiée.
Maître des volcans, des marais et des tremblements de terres, de toutes les
forces profondes et cachées, il représente aussi la face sombre de l'amour et
d'Apollon. Considéré d'ailleurs comme un Apollon guérisseur, on le compara même à
Pluton.
Aulus Gellius, in the Noctes Atticae, speculated that Vejovis is the inverse or
ill-omened counterpart of Jupiter; compare Summanus. Aulus Gellius observes that
the particle ve- that prefixes the name of the god also appears in Latin words such as
vesanus, "insane," and thus interprets the name Vejovis as the anti-Jove.
Aulus Gellius informs us that Vejovis received the sacrifice of a female goat,
sacrificed ritu humano; this obscure phrase could either mean "after the manner of a
human sacrifice" or "in the manner of a burial."
Romans believe that Vejovis is one of the first gods to be born.

Figura 3: Roman Republic. Silver denarius of 85 BC. Laureate, draped and winged
head of Genius or Apollo Vejovis right, control-mark & trident behind.
Figura 4: Denarius. 85BC. Reverse: Genius on goat in wreath, caps left and right,
thyrsus of Bacchus below.
Os romanos já pouco ou nada saberiam do culto original de Veiove mas
algumas tradições orais existiriam a justificar a estranheza do seu culto.
Na Figura 4 Vejove aparece como uma mistura de Apolo laureado e de Hermes
psicopompo o que nos indicia que não seria nem um nem outro ou ambos seria
enquanto verso e reverso do mesmo deus solar e dos mesmos irmãos gémeos que eram
os Dioscuros representados na moeda seguinte. O mais interessante nesta
representação é, no entanto, o facto de o símbolo de Veiove não ser o feixe de raios
mas o tridente e a roda solar o que nos deixa a suspeita de que este deus seria de
origem marinha como Posseidão de quem seria realmente a representação enquanto
jovem. Na verdade, sempre se suspeitou que Zeus Velcheno, enquanto cretense, fosse
de facto o jovem Posseidão / Neptuno, o sol-posto no mar da talassocracia cretense, e
que os três irmãos e primeiros filhos de Crono fossem a mesma entidade enquanto
meras variantes das três fazes solares: o sol da manhã, o sol do meio-dia e o sol do fim
da tarde, e óbvias analogias paternalistas das três fases visíveis da lua. Na verdade, as
tríades divinas, depois das díades do tipo mãe filho / filha, casal, e irmãos gémeos
como os Dioscuros, reportavam-se a aspectos cosmológicos patentes na natureza e a
uma mera forma simples de classificar o que se supunha ser a ordem mais natural do
mundo. O facto de no reverso de algumas moedas sobre Veiove aparecer uma criança
cavalgando uma cabra com os símbolos misturados dos Dioscuros e de Baco
reportam-nos para a mesma confusão revelada na moeda anterior a respeito da
verdadeira natureza de Veiove que pelos vistos seria primordial como Eros / Amor,
“deus menino” como Dionísio / Baco e de natureza dual como os Dioscuros.
A insegurança do mito de Veiovis era muita! Se aceitarmos que este deus era de
origem cretense e seria Velcheno seria também o primeiro deus cronida alimentado
pela cabra Amalteia, ou seja pela Deusa Mãe do Mar e do Amor e portanto seria
também Dionísio e Eros / Ares ou seja Marte, o filho unigénito da Deusa Mãe e
sempre eterna Virgem Maria.

VEIVE
Veive = Dios de la venganza y asociado a Maris. En el arte, era descrito como
un joven que sostenía una corona de laurel y algunas flechas, parado al lado de una
cabra.
Ve-tis = Dios del inframundo, de la muerte y la destrucción.
Ve(r)ive < Ve(r)-Hiwe < Ve-Kiku > Ve-isho > Ve(r)-tis > Ve(r)-Dis
> Vē-dius > Vē-diovis > Vē-iovis.

Figura 5: Piazza del Campidoglio a sul da colina do Capitólio, projectada na forma


actual por Miguel Ângelo, abre-se em frente por uma grande escadaria, a Cordonata que,
no alto, dispõe Castor e Pólux em duas grandes estátuas.
Tanto em etrusco quanto em latim o nome de Vejove, de que nada se sabe a não
ser segundo Aulus Gellius a sua natureza inversa como em vesanus, que significa
insano, mantém de forma persistente a raiz Vē- com um «e» longo o que é indício de
ter contido uma vogal surda, como por exemplo o «erre». Ora, tal como o português
«avesso» deriva do Lat. Aversu, suspeita-se intuitivamente que vesanus teria sido
*aver-sanus o que confirma a aversão e o ódio vingativo de Veive que por ser um
deus criança e jovem seria «verde» e que por ser infernal seria também um deus da
«verdade» e da «virtude». Assim sendo, Vejove seria uma corruptela de *Wer-jove
iniciada pelos etruscos o qual mais não seria que o jovem Zeus cretense na forma de
Velcheno o deus que escapou a ser sacrificado por seu pai, Crono / Saturnoe de ser
comido vivo por os seus vagidos taurinos infantis ter sido protegido pela casta
guerreira e aristocrática dos curetes. Também assim se começa a entender a relação da
tríades do Quirinal com Quirino que mais não seria do que a forma oculta do jovem
Zeus Velcheno (chamado “o grande kouro” em hinos cretenses) e também ele
protegido pelos curetes, ou pelos coribantes, ou cabeiroi ou Dioscuros. Estes últimos
irão aparecer ligados ao culto de Quirino que Vejove seria estando ainda hoje
majestosamente presentes no Quirinal.
Quirites = Quir-ites = Dios Cures = Dióscuros.

Ver: GÉMEOS (***) / DIÓSCUROS = CASTOR & PÓLUX

Importa também referir que os curetas, coribantes e cabeiroi estiveram


relacionados com seitas secretas guerreiras e aristocráticas reconhecidas como adeptas
da pederastia iniciática.
Os primeiros curetes, às vezes considerados o mesmo que os dáctilos, eram
três, cinco ou nove daimones rústicos nomeados por Réia para guardar Zeus criança
em uma caverna do monte Ida, em Creta. Para mantê-lo escondido de seu pai canibal,
o titã Cronos, eles abafavam o choro e os gritos de Zeus com uma dança frenética na
qual chocavam ruidosamente suas lanças e escudos. Esses curetes mais jovens eram
cem em número e se casaram com suas irmãs melíades e de ramos fizeram as
primeiras lanças.
Mais adiante se verá que a relação de Quirino com a lança não será assim
dispicienda sabendo-se desde já que foram os curetas cretenses os primeiros a usá-las
no pastoreio do gado taurino a partir de varas a que terão intuitivamente adicionaram
pontas de metal.
A tríade capitolina consagra a devoção da velha tríade matriarcal capitolina ao
patriarcado pela transformação de Minerva em filha unigénita de Zeus que em vez de
dores uterinas de parto teve enormes dores de cabeça para a conceber como pura ideia
transcendental do patriarcado misógino. Na mesma linha a tríade do Quirinal consagra
o delírio homófilo do patriarcado onde reina o deus pai do céu, Jove, o seu filho
guerreiro, Marte e o filho deste na versão de neto igualzinho ao avô quando jovem.
A cultura que iniciou a regra de que “três foi a conta que Deus fez” agrupando
os deuses em tríades familiares, geralmente pai, mãe e filho ou filha foi a do Egipto
antigo. Sabendo-se de fonte calara que a mais antiga tradição latina ignorava por
completo o Egipto podemos especular que este hábito religioso dos romanos de
“reunir a los dioses en grupos de tres” deve ser muito arcaico, quiçá de origem
italiota pré etrusca suspeitando-se então que tenha feito parte do substrato cultural
arcaico que reunia a cultura egeia com a egípcia por intermédio da talassocracia
cretense ou outra similar peri-mediterrânica tanto mais que sabemos que a religião
matriarcal de Creta cultivava a tradição do culto às tridivas, trios femininos compostos
por Mãe, filha e neta porque presidiam a vários aspectos da vida religiosa ao longo da
vida da mulher e da família. De resto a suposta mania que os romanos tinham pelas
tríades começa logo no mito fundador das três tribos da cidade de Roma e continuou
na divisão administrativa trinitária que deu nome genérico às tribos romanas o que
nada tem de trifuncional mas de mera classificação simples e prática (mesmo na
“Roma Quadrata” inventada por Varro).

QUIRINO

Figura 6: Temple of the god Quirinus.


Na mitologia romana, Quirino (o mortal Rômulo) era um misterioso deus. Veja
também Jano Quirino. De início ele foi provavelmente um deus sabino. Os sabinos
tinham uma povoação perto do futuro sítio de Roma, e eles chamaram um de seus
sítios, em que eregiram um altar, a Collis Quirinalis ("monte Quirinal") após
Quirino; aquela área foi mais tarde incluída nas sete colinas de Roma, e Quirino
tornou-se um dos mais importantes deuses do estado como a forma deificada de
Rômulo, o fundador e primeiro rei de Roma. Seu nome deriva de co-viri ("homens
juntos"); tão como, ele personificava a força militar e econômica do populus romano
coletivamente. Ele também alertava a curia ("casa do senado") e comitia curiata
("assembléia tribal"), os nomes de quem são cognatos com ele próprio. A esposa de
Quirino era Hora. Em arte, ele era representado como um homem com barba e com
roupa religiosa e militar. Ele era às vezes associado com a murta-comum. Seu festival
era a Quirinália, no dia 17 de Fevereiro. Quirino foi citado na Eneida, de Virgílio.
Se Quirino era de origem sabina teria que ser anterior a Rómulo e logo a lenda
que faz de Quirino a deificação de Rómulo não estará senão a fazer, de forma mítica,
justiça à história: Foi Rómulo que levou este deus Sabino para Roma, possivelmente
aquando do rapto das sabinas. Este episódio romântico da fundação de Roma
fundamenta a tese antes exposta de que a trindade suprema do panteão capitolino
reflecte a realidade sociológica de uma cidade que foi de início um quartel sem bordel,
e por isso mesmo uma trindade exclusivamente masculinos como veio a ser a tríade
católica!
Figura 7. Quirinal em gravura do sec. XVIII com a praça do monte cavalo assim
denominada por causa das estátuas da fonte dos Dioscuros.
Ennio nos ofrece — entre el año 250 y el 200 a.C. — el más antiguo de los
documentos conocidos acerca de la suerte póstuma de Rómulo. El testimonio de Ennio
abarca desde la condición divina de Rómulo, fundamentada ya en su propio na-
cimiento («¡oh sangre emanada de los dioses!»)1, y confirmada tras su presupuesta
ascensión a los cielos («Rómulo pasa el tiempo sin fin en el cielo con los dioses»)2,
hasta la mención de Quirino, cuya identificación con Rómulo no afirma expresamente,
y la veneración sagrada que recibe en unión de su esposa Hersilia: «Yo te venero a ti,
Quirino, y a ti Hora, esposa de Quirino»3. La ascensión de Rómulo a los cielos,
implica, a su vez su caracterización como rey bueno y benemérito por excelencia 4.
Véase el contraste con el belicoso y cruel rey Tulo Hostilio, quien a pesar de ser
transportado por una tormenta a los cielos no recibió el trato apoteósico del mismo
Rómulo. – Muerte, despedazamiento y apoteosis de Rómulo: un estudio sobre la
realidad histórica del primer rey de Roma2 ÁNGEL LUIS CASQUILLO FUMANAL.
Portanto, quando Enio exalta Rómulo como rei bom e benemérito por exelência
estava já a acender a fogueira da exaltação política onde Georges Dumézil ser viria a
queimar porque foram os próprios clássicos que quiseram enfatizar o papel de “povo
eleito” dos romanos com a criação do mito fundador de Rómulo transformado num
semi-deus da tríade do Quirinal ao faze-lo incorporar o deus Quirino. E assim
apareceu entretanto a tríade arcaica romana venerada no monte do Quirinal que
poderia ter sido mais poderosa do que a capitolina e que seria composta por Júpiter,
Juno...e Quirino.

2
Death, dismemberment and apotheosis of Romulus: a study about the reality of the first king of Rome ÁNGEL
LUIS CASQUILLO FUMANAL
Figura 8: Denarius picturing Quirinus on the obverse, and Ceres enthroned on the
reverse, a commemoration by a moneyer in 56 BC of a Cerialia presented by an
earlier Gaius Memmius as aedile.
Según una leyenda romana, el monte Quirinal habría sido el emplazamiento de
un pequeño pueblo de los sabinos, quienes habían erigido altares en honor del dios
Quirinus (dando nombre a la colina) y allí habría vivido el rey Titus Tatius tras la paz
entre los romanos y las sabinos.
Se han descubierto tumbas fechadas entre los siglos VIII y VII a. C. que
confirmarían la probable presencia de un asentamiento de sabinos; la tumba de
Quirinus, que Lucius Papirius Cursor transformó en templo de su triunfo tras su
tercera guerra contra los samnitas, estaba en esta colina. Algunos autores consideran
plausible que el culto a la Tríada Capitolina (Júpiter, Minerva y Juno) hubiera sido
celebrado aquí, mucho antes que en el Monte Palatino.
O que sabemos sobre o deus Quirino é mais mito do que lenda que pouco ou
nada tem de confirmação histórica. No entanto muitas especulações tem sido feitas,
precisamente em torno da tríade do Quirinal suposta mais arcaica que a capitolina ou
pelo menos mais original.
Dans un article de la Revue des Études latines, M. J. Paoli, professeur à la
Faculté de Droit de Dijon, vient de proposer une interprétation nouvelle du sigle №,
vieille énigme des calendriers romains1. Parmi les jours de feriae publicae qualif iésл
néfastes», pense-t-il, ceux qui reçoivent ce sigle double (qu'il lit, avec beaucoup
d'auteurs, Nef asti Posteriores), pro viennent d'une révision du système des temps
sacrés posté rieure à l'union Quirinal-Septimontium, postérieure par consé lqeuse' nt à
la constitution de la triade Jupiter-Mars-Quirinus; autres, marqués simplement d'un N
(Nefasti), seraient des survivances du plus vieux système, centré sur le grand dieu de
l'époque, Janus. -- Jupiter, Mars, Quirinus et Janus”, Georges Dumézil.
No seu opúsculo “Jupiter, Mars, Quirinus et Janus”, Georges Dumézil ataca a
proposta, aliás interessante, do professor da Faculdade de Direito de Dijon com uma
tareia teórica de tal modo severa que se fica com a sensação de que a história mítica é
uma ciência mais exacta do que a matemática e a mitologia uma disciplina tão bem
certificada como o catecismo católico.
b) Quirinus sabin ? Cette dénationalisation du dieu romain n'est risquée, dans
l'antiquité, que chez quelques savants, par jeu de mots avec «Cures»; pour Ennius,
Horace, Virgile, Properce, Ovide, pour Cicéron comme pour Tite-Live et pour bien
d'autres, Quirinus est le Latin, le Romain Romulus divinis é. En outre, il n'y a pas
trace d'un culte de ce prétendu «Mars sabin» en pays sabin, alors que les dieux
authentiquement provinciaux sont attestés dans l'épigraphie de leur pro vince. Enfin, la
forme même du nom, avec qu-, ne peut être sabine: on aurait p-3; même M. H. J. Rose,
dans son dernier livre, s'incline devant ce verdict de la linguistique : «Ancient tradition
had it that he was of Sabine origin, an odd fact, for the Sabine dialect lacked the sound
expressed by qu*». -- Jupiter, Mars, Quirinus et Janus”, Georges Dumézil
Claro que Georges Dumézil parte do pressuposto que a língua sabina era muito
diferente da latina mesmo no caso de coabitantes dos mesmo montes, que esta era
Úmbria mais precisamente Osca e que nunca poderia ter tido um deus chamado
Quirino porque não tinham o grafema qu*. No entanto tinham, como os gregos, o K e
vários U e então quem pode provar a Dumézil que a grafia autenticamente sabina de
Quirino não seria *Kyrinus, á boa maneira helénica, aliás?
Oscan was written in the Latin and Greek alphabets, as well as in a variety of
the Old Italic alphabet. The native Oscan alphabet transliteration is as follows.
A B G D E V Z H I K L M N P Ś R S T U F Ú Í.
M. Paoli néglige enfin le fait, assuré par l'analyse de l'homologue ombrien
Vofîonus qu'ont donnée MM. Pisani1 et Benveniste, que Quirinus porte un nom bien
latin, issu de *couirinos, et que, dieu du *couiriom ou des *couiriai (curiae), il a une
valeur non pas ethnique, mais sociale; -- Jupiter, Mars, Quirinus et Janus”, Georges
Dumézil
Obviamente que ao chegar a este ponto a argumentação a Georges Dumézil
deixa de ser científica para ser tipicamente ideológica e politica. Na verdade, a teoria
da trifuncionalidade indo-europeia é uma ideologia fascista encapotada de
cientificidade e de tipo racista que tem contra ela o argumento básico de que se fosse
um facto sociológico arcaico estrutural estaria patente em toda a história europeia
antiga e não apenas na medieval e não teria sido preciso a perspicácia delirante de
Dumézil para descobrir que a estruturação mitológica das trindades arcaicas
procuravam difundir na sociedade a organização social ideal dos povos indo-europeus
quando a mais bem organizada das sociedades antigas, a egípcia, era piramidal e usava
as tríades divinas apenas para demonstrar que esta se baseava na evidência socialmente
empírica de que a unidade social fundamental é a célula familiar composta por pai,
mãe e filhos. Por outro lado as tríades arcaicas pré patriarcais, suspeitas na Tridivas
arcaicas das culturas de origem egeia e cretense, eram baseadas nas três idades da vida
da mulher: Mãe & avó, mãe & filha e filha & neta.
E quando se pretende demonstrar o indemonstrável duma tese cujo suporte
fundamental é ideológico pode chegar-se ao extremo da falta de rigor afirmando:
Quando se conhece o panteão, ou o essencial do panteão, de outras cidades
itálicas, verifica-se que ele se adapta sem esforço ao quadro trifuncional. Em Iguvium,
antiga cidade religiosa dos ûmbrios, na Itália central, textos (as Tábuas Eugubinas)
deram a conhecer o grande ritual durante o qual são adorados três deuses,
denominados colectivamente Grabovii, e os seus comparsas respectivos: um é Júpiter,
o segundo é Marte, o terceiro chama-se Vofionus, do qual se deriva o nome, em virtude
de uma análise fonética rigorosa, conforme ás leis do úmbrio, de um *leudhyon-, do
radical do alemão Leute, «as gentes», próximo sem duvida pelo sentido do latim
(aparentado também) liberi, «os homens livres» (P. Kretschmer). é o equivalente de
Quirinus.3
Se for possível navegar nos mares prosaicos da fonética de Vofionus a
*leudhyon- sem nos afundarmos em passagens estreitas intermédias, que o autor nem
sequer se atreve a enumerar, é porque a fonética não é de facto uma ciência radical
com vagas muito grandes, pois qualquer um ali pode surfar à vontade, e tão aleatória
que chega a bastar a intuição para encontrar analogias étmicas inaudíveis como é o
caso de *leudhyon-.
Pelo contrário, o mais plausível é até que o nome da tribo dos Grabovii seja
uma evolução de *Karbowis, literalmente os bois ou os boieiros de *Kar (tal como os
deuses sumérios eram representados como touros). Por isso é que o seu deus tutelar
seria Vofionus, “literalmente o senhor boi”. A troca dos bês pelo vês terá sido uma
pecha linguística arcaica cretenses que teria sido partilhada tanto pelos falares
nortenhos lusitanos particularmente minhotos como por alguns dilectos itálicos.
Dans un récent article de la RHR (CXXIX, 1945: Symbolisme social dans les
cultes gréco-italiques), M. Benveniste a fait faire un progrès considérable à
l'interprétation de la triade ombrienne des dieux Grabovii (Jupiter, Mars, Vofîonus)
correspondant à la triade romaine archaïque Jupiter Mars Quirinus: Vofîonus est issu
de *leudhyono-; il est donc le dieu de la masse populaire organisée (cf. allemand
Leule, etc.) etrépond exactement au Quirinus romain, proprement dieu du *co-uirio-,
des «hommes réunis». - «Tripertita» fonctionnels chez divers peuples indoeuropéens,
Georges Dumézil.
A afirmação de que “Vofîonus est issu de *leudhyono-“ é mais dogmática e
inexplicável do que a teoria da consubstancialidade da Santíssima Trindade que
incendiou o mundo quando Ário colocou um i em homoousios transformando a
igualdade divina em mera semelhança.
Le dieu s'appelle Vofîonus Grabovius, et comme à tous les dieux Grabovii, on
lui immole trois bœufs. Sur ce nom de Vofîonus nous n'avons rien à dire, sinon qu'il a
l'air d'être une formation comme Epona, Pomona. On peut donc soupçonner que la
première partie du mot indique les êtres ou les objets auxquels il préside. Les boeufs qui
lui sont sacrifiés portent l'épithète kaleduf calersu (ce dernier mot a perdu son f final,
ou plutôt il le partage avec fétu, auquel le graveur l'a joint par erreur). Kaleduf a
trouvé, grâce à Grotefend, une explication aussi inattendue que satisfaisante. Isidore,
Orig. XII 1. 52, nous apprend qu'on nommait callidi (probablement calidi) les chevaux
ayant une tache blanche sur le front. Equi, qui fronlem albam habent, calidi
appellantur. - Les tables Eugubines (1875), texte, traduction et commentaire, avec une
grammaire et une introduction historique, par Michel Bréal.
Se a impiedade já era apanágio dos cépticos racionalistas clássicos ainda mais o
tem sido com os positivistas e ateus modernos.
Ao procurar saber alguma coisa mais sobre Vofîonus ficamos impressionados
com o poder profético da hermenêutica do trifuncionalismo porque a pobreza
informativa sobre os deuses Grabovii é tanta que os torna quase inefáveis.
De facto, texto, das tábuas iguvinas, muito poucas ilações permite:
L'officiante dia inizio a questa cerimonia dopo il rito della rilevazione degli
uccelli, quelli di fronte e quelli alle sue spalle. Davanti alla porta Trebulana faccia
3
As Primeiras Civilizações Volume III - Os Indo-Europeus e os Semitas de Pierre Lévêque.
sacrificio di tre buoi a Giove Grabovio. Presenti i prodotti della terra. Consacri le
vittime sul tavolato sia con il vino sia con la farina: le consacri per la Rocca Fisia e
per la Città di Gubbio. Preghi sempre in segreto, sulle carni e sui prodotti della terra.
(...)
Davanti alla porta Tessenaca faccia sacrificio di tre buoi a Marte Grabovio.
Li consacri per la Rocca Fisia e per la Città di Gubbio. Presenti i prodotti della terra.
Consacri le vittime sul tavolato: le consacri con la farina. Preghi in segreto sulle
carni e sui prodotti della terra. (...)
Davanti alla porta Veia faccia sacrificio di tre buoi bianchi a Vofione
Grabovio, per la Rocca Fisia e per la Città di Gubbio. Consacri le vittime sul
tavolato, sia con il vino sia con la farina. Presenti i prodotti della terra. Preghi in
segreto sulle carni e sui prodotti della terra.
Entretanto vão aparecendo outras entidades divinas: Trebo Giovio, Fiso Sancio;
Fisovio Sancio (Fisovius = Fiducius), Tefro Giovio, Torsa Giovia, Hondos Giovios,
Marte Horse, Hondos Çerfios, Çerfos Martios, Prestata Çerfia, Tursa Çerfia, Marte
Hodie, Giove Pater, Puemonos Popricos & Vesuna.
Trebo / Tefro Giovio indicia um deus que na Lusitânia foi Trebapolo e que
estaria relacionado com os trovões.
Trebo < Tefro > Te-Fero => Ferónia,
literalmente a deusa das feras como Potnia Teron.
Torsa / Tursa < Taurusha  Istar > Turan.
Vesuna < Venusa > Vénus.
Çerfos / Cerfios/ Çerfia => Ceres.
Popricos = públicos.
Hodie < Pho-Dius, Lúcifer, deus da luz!
Horse < Horte > Horta ou Hora.
Hondos < Phondus > Pontos >Fundus.
A suspeita com que se fica é a de que, de acordo com a tradição da Úmbria, o
nome de Jove seria um mero epíteto dos deuses das tempestades que na tradição
anatólia tinham o nome da cidade que os adorava.
Obviamente que o senso comum parece identificar Pomona com os pomos e
Epona com os póneis e do mesmo modo Bofiano com os «bofes» dos bois mas o mais
sensato é pensar que aconteceu tudo ao contrário. De resto, por esta lógica os
Grabovius seriam todos deuses boieiros já que seriam seguramente taurinos com a
única diferença de que os bois de Vofîonus eram brancos como os que pertenciam a
Neptuno.

-- The Text of the Iguvine Inscriptions with Interlinear. Latin Translation and
Notes. By Francis W. Newman.
Preveres vehiies tref buf kaler¨uf fetu vufiune krapuvi -- Tavola I a,
Trascrizione -- Associazione Culturale Istituto di Ricerche e Documentazione sugli
Antichi Umbri
Lat. Gra-Di-vus < Lat. Gra-bo-vius < Iguv. Kra-puvi < Cra-pi-(lu)
> Etruc. Cra-ps-ti
Cra-pi-lu "gravador, gravador" [az96] crap-s-ti "gravura, incisão, fenda (no
fígado divinatório" [az96] locativo? [az96] divindade Crapsti ver Grabouie deidade
da Úmbria [g/lb83 91, 85: 126] craufa, craupania "dobrar" [az96] craup-z-n- "maça
dobrada, porrete" [az96] < *craupsta [az96].
Gravō; gravāre, gravāvī, gravātum; < gravis < gradus > «grau».
Sobrecarregar, pesar, oprimir; en-gravidar.
Sinônimos: aggravō, ingravō, premō, opprimō  Cognato com grego antigo
βαρύς (barús), gótico kaurus, “pesado”, persa gerân e sânscrito gurú. Veja-se também
o brūtus latino.
Assim sendo não sabemos de a divindade Úmbria seria Vofîonus, Wofine,
Vofione ou Vufiune. Nem sequer sabemos se seria masculina ou feminina. De facto,
tudo aponta para que se trate de uma Vaca Sagrada cujo nome mais arcaico seria
*Kaukina, variante da suméria Damkina, esposa ou mãe de Enki, e que pode ter
evoluído para Anat / Atena.
Em Coptos, no antigo Egipto, Ka-hedj (alma brilhante) era um touro branco
dedicado ao deus Min, que representava a energia cósmica, ou seja, sem qualquer
relação com a 3ª função de Dumézil.
Ka-hedj < *Ka-Ketz < Kauketish > Kophetus > Coptos
> Wauphe-(tis /An) > Vofian > Vofione.
Bom, mas Dimezil entenderia que o Egipto, se bem que de cultura muito mais
arcaica, ou por isso mesmo, não saberia diferenciar o clero da nobreza e esta do povo
e, ainda que bem organizada e piramidal não era de cultura indo-europeia.
Concedamos então que Vofionus / Bovião poderia ser Ka-hedj mas não era o touro
branco de Min mas o boi Ápis que, apesar de negro tinha um triângulo branco na testa
e que tinha um culto funerário osiríaco de grande popularidade nacional!
Ápis (Hapi-ankh) < Ka-phi-an(kish) > Waufianush > Vofîonos.
< Kau-pha-An
= An-Haupha > Anapa = Anoub(a)  In-pou  Anub(is).
Tanto pela etimologia como pela semântica podemos fazer correlacionar
Vofionus / Bovião tanto com o boi Ápis como com Anubis que era reconhecidamente
Apolo Liceu o deus que por ter um gado de nuvens, que Hermes roubou, era boieiro
também, ainda que descuidado. Ao identificar Vofionus / Bovião com um deus jovem
e viril como Apolo ou Zeus Velchenos podemos estar no caminho certo confiando nos
falares ibéricos a polícia é «bó-fia» quando incomoda a «má-fia» calão de que
ninguém sabe a etimologia por não ser termo digno de erudição mas que por isso
mesmo será primitivo, rústico e arcaico. Mesmo assim, sendo a «bófia» um conjunto
de «bofes» e estes jovens másculos e adultos derivará a sua origem do arcaico culto
esquecido a Vofionus / Bovião.
«Bofe» = Homem, macho, rapaz. «Bófia» = gíria para polícia.
Apolo < Apolónio < Apaliunas < Kaphurano  Kurkiano > Vulcano
> Velcheno. > Wophe(r)ano > Vo(r)fîono.
The triad is composed by Iove or Iove Patre, Marte and Vofionos. The identity
of the last has been understood as corresponding to Roman gods Quirinus or Liber,
the former from an IE root *leudh- meaning people, [Vittore Pisani "Mytho-
Etymologica" Revue des études Indo-europeennes (Bucarest) 1, 1938; Émil Benveniste
"Symbolisme social dans les cultes gréco-italique" Revue de l' histoire des religions
129 1945 p.7-9. Cited by Georges Dumézil ARR It. tr. La religione romana arcaica
Milan 1977 p. 144. Olivier de Cazanove "Religion in Preroman Italy" in Jörg Rüpke
(editor) A Companion to Roman Religion 2008.] the latter either directly from the
Italic theonym Loifer or through the intermediary of the Italic or Etruscan
interpretation of Greek god (Dionysos) Eleutheros, recorded also in the Etruscan
theonym Tin Luth (= Iuppiter Liber) of the Piacenza Liver. – Iguvine Tablets, from
Wikipedia, the free encyclopedia.
Seja como for, neste périplo especulativo pelas cercanias etimológicas de
Vofîonus ainda não encontramos a sombra nem de Quirinus, nem de Janus, nem de
nenhuma função de particular peculiaridade popular que se pudesse encaixar, nem que
fora à podoada, no mito dumeziliano da trifuncionalidade que se de facto fosse
essencial à estruturação do pensamento mitológico indo-europeu teria deixado marcas
indeléveis nos panteões conhecidos e que os clássicos já teriam identificado há muito!
Se mais nenhuma objecção houvesse contra a banalidade inútil das teorias de recorte
fascista de Georges Dumézil bastaria referir que no único exemplo na mitologia
clássica que poderia servir de prova se esvai depois duma análise crítica superficial.
Na falta de provas arqueológicas decisivas a análise da verdade sobre a
realidade do deus Quirino deve seguir as linhas das diversas propostas feitas até hoje
de acordo com a lógica da razoabilidade.
Quirinus não é de facto um mero epíteto de Marte mas é duvidoso que seja
menos belicoso do que este.
O facto de Quirinus ter desaparecido praticamente de cena e de não fazer parte
do panteão clássico tem deixado desde a antiguidade a suspeita de que ele nunca terá
sido um deus autónomo mas um mero epíteto de um deus guerreiro como Marte. No
entanto, alguns historiadores gregos conseguiram identificar o latino Quirino com o
grego Eniálio.
The work of Greek historians unfortunately cemented the character of Quirinus.
The Greeks naturally assumed that Ares and Mars were equivalent deities. When trying
to translate Quirmus into an appropriate Greek title, the writers sought a Greek god
with a relationship to Ares similar to the relationship between Mars and Quirinus,
hence, Enyalios, a lesser Greek war-god. Sadly, however, Quirins's responsibilities are
not purely war-related, nor are they clearly defined in any one canon. Thus, the Greek
manipulation aggravated the corruption of Quirinus already incipient in his association
with Mars. Furthermore, if Quirinus is little more than another epittet of Mars, as
Pahner asserts, Quirmus's equation with Enyalios is tragic, for Quirmus loses his own
significance within his context of the many facets of Mars and is endowed with foreign
characteristics leading to more disturbing and confused distortions. -- Romulus and
Quirinus: An Etruscan Deity in Ancient Rome, Rebecca A. Allen
Polybius' history renders the Roman god Mars by Greek Ares but the Roman
god Quirinus by Enyalius, and the same identifications are made by later writers such
as Dionysius of Halicarnassus, perhaps only because it made sense that a Roman god
who was sometimes confounded with Mars and sometimes differentiated should be
represented in Greek by a name that was similarly sometimes equated with Ares (who
definitely corresponded with Mars) and was sometimes differentiated.
Josephus in his Antiquities 4, (3)[115] states after telling the story of the Tower
of Babel: But as to the plan of Shinar, in the country of Babylonia, Hestiaeus mentions
it, when he says thus: "Such of the priests as were saved, took the sacred vessels of Zeus
Enyalius, and came to Shinar of Babylonia."
Enyalius or Enyalio (Greek: Ενυάλιος) in Greek mythology is generally a
byname of Ares the god of war but in Mycenaean times is differentiated as a separate
deity. On the Linear B Knossos Tablet KN V 52 the name E-nu-wa-ri-jo is interpreted
to refer to this same Enyalios.
Será que até os homens que matam e os que são mortos, as armas e os dardos,
os assaltos a muralhas e os saques tem a tutela e protecção de um deus, Emílio e
Estracio (Dois epitetos de Ares que, a letra, significam “O Belicoso” e “O Guerreiro”) , enquanto
que ao desejo de casamento e ao amor, que se traduz em concórdia e união autêntica,
nenhum dos deuses se fez sua testemunha, seu protector, guia e colaborador? –
Plutarco. Diálogo sobre o Amor, Relatos de Amor. Tradução do grego, introdução e
notas de Carlos A. Martins de Jesus.
Quirinus < Kyrinus < Kaur-an-us = An-Kaur-us < Anu-Wer-ush
> E-nu-wa-ri-jo > En- | War-ius > valios > | Enyalios.

Quirino é de facto a sobrevivência do deus *Kaurano postulado noutras


reflexões sobre os antigos deuses da caça e guerra dos povos neolíticos egeus e
anatólios. Pode ter sido Crono, o arcaico deus grego da segunda geração, que na Itália
era Saturno e que terá feito parte da tríade capitolina em vez de Juno.

Ver: KAURAN, «ET VERBUM CARO FACTUM EST!» (***)

There are numerous assumptions about the relationship between Quirinus and
his fellow deities, but I shall concentrate on one in particular, Mars. By the Augustan
period, Quirinus had become firmly attached to his role as an epithet. Historians simply
assumed that Quirinus was anotl1er title for Mars, a position that Pahner also holds.
"When Mars rages, he is called Gradivus, when he is tranquil he is called Quirinus. --
Romulus and Quirinus: An Etruscan Deity in Ancient Rome, Rebecca A. Allen
Marte Gra-divus era o deus das marchas guerreiras por ter sido o deus solar
*Kar de que derivou também Car-io-ceco ou Marte Carioceco que era o deus lusitano
da guerra. Tal como os Gra-bovios seriam os bois de *Kar como eram os bois do
gado de Apolo.
Embora se suspeite com boas razões que Marte nunca tenha tido o epíteto de
Silvano e por isso as inovações a estes deuses revistam a forma de Marte Silvano por
mera perda da & de separação a verdade é que o simples facto de a aceitação de um
culto particular a Marte & Silvano ter tido livre curso significa que havia boas razões
para acreditar no lado pacífico de Marte enquanto guardião da agricultura.
De resto, na Roma antiga, Belona era a deusa da guerra herdada do tempo do
matriarcado como Minerva e Marte era inicialmente um deus agrícola ligado à
fertilidade da terra. Pelo menos assim foi na sua origem etrusca.
Maris = Dios de la agricultura y fertilidad y deidad salvadora. Posteriormente
fue asociado con — y probablemente la fuente del nombre — del dios romano Marte.
Marte a su vez fue asociado posteriormente con el dios griego Ares, incidiendo con el
tiempo en que el aspecto agrícola de Marte encogiera en proporción a su aspecto de
guerrero.
Por outro lado, é duvidoso que Quirino, enquanto derivado do culto do deus
*Kaurano, não possa ter sido o deus guerreiro dos sabinos.
During the Augustan Age, Latin writers were eager to connect the glorious tales
of Rome's birth to her present supremacy and to show that his supposed divine origins
had ensured her success. During this flourish of literature, a curious character emerges
Quirinus, whom most say is the deified Romulus. Those writers would have us believe
that Romulus's apotheosis had been known since time immemorial, but evidence
suggests otherwise. The tale was known at least as far back as Ennius but is of
relatively late origin. Then, indeed, who is Quirinus, and why was his character so
nicely molded to the heroic figure of Romulus? Moreover, why are there two tales of
Romulus's death? There are indications that Quirinus was an ancient grain god, one of
Rome's oldest deities. The legends of Romulus portray him as the war-loving founder of
Rome. To connect the two, we must return to Rome's earliest organizational system, the
curiae, and thence to a brief discussion of Etruscan religion to see that Romulus's death
and apotheosis bear heavy Etruscan overtones. In all probability, Quirinus is simply
one of the many faces of Mars, whose Etruscan origin, like Romulus's, has been shaded
with foreign influences and so altered that his original intents are almost imperceptible.
-- Romulus and Quirinus: An Etruscan Deity in Ancient Rome, Rebecca A. Allen.
Claro que temos pena de não ter tido acesso aos indícios de que Quirinos teria
sido um antigo deus do cereal dos latinos, como Dagon teria sido dos povos egeus,
mas aceitemos que era assim no caso de todos os jovens deuses activos do mundo
arcaico: guerreiros por tradição paleolítica e agricultores incipientes por estarem a
começar a revolução do neolítico. Quando Rebecca A. Allen afirma que “Quirino é
simplesmente uma das muitas faces de Marte, cuja origem etrusca, como Romulus, foi
ensombrada por influências estrangeiras e tão alterada que as suas intenções
originais são quase imperceptíveis” lamentamos também que seja quase tudo evidente
menos a possibilidade de Quirino ter sido uma entidade autónoma e neste caso de
origem não etrusca mas possivelmente sabina ou de qualquer modo centro itálica de
arcaica origem pelágica ou egeia.
Dionísio de Halicarnasso, escreve um dos vários mitos sobre Quirino. Durante
um festival de Sabino ao deus Quirino, uma rapariga de linhagem nobre dançou em
honra do deus. Ela foi inspirada pelo deus e entrou no santuário de onde ela surgiu
emprenhada por ele. Ela deu à luz um filho, Módio Fabidius que quando crescido se
distinguiu por façanhas guerreiras. Ele decidiu fundar uma cidade e reuniu um grupo
de companheiros. Depois de viajar uma certa distância, eles descansaram e neste lugar
fundou uma cidade a que deu o nome Cures. (...)
Dionísio de Halicarnasso, cotejando Varro, escreve que o nome de Quirino
deriva de Cures, de cuja cidade ele é reivindicado ser o deus. E prossegue dizendo que
Cures deriva da palavra Sabina de farpa ou lança, curis o que implica, assim, uma
associação com a deus guerra Sabino. Tito Lívio, Plutarco e Ovídio também incluem
esta associação etimológica com Cures. 4-- Romulus and Quirinus: An Etruscan Deity
in Ancient Rome, Rebecca A. Allen.
Cures de los Sabinos, Curi o simplemente Cures es una antigua ciudad sabina
citada por Cicerón, Virgilio, Estacio, Estrabón y Plutarco, probablemente fundada
por los sabinos era su ciudad más importante. Sus restos se encuentran en el
municipio de Fara in Sabina, provincia de Rieti. (...)
The ancient derivation of Quirites from the Sabine town Cures and the modern
derivation from an unattested *Quirium are not convincing. In the former case it
appears absurd that a state of admitted racial mixture adopted the name of a minority
in order to express what we call today nationality. The Sabines of Cures always called
themselves Curenses so far as we know. Sabine and Latin are two markedly different
tongues. Since the Romans spoke Latin, we can consider the majority of Romans as
Latins and not Sabine or Etruscan. In favor of *Quirium little can be said. At least in
the case of Romani we are secure in our knowledge of a Roma whether or not we know
what or where Rome was originally. This security is entirely lacking in the case of
*Quirium particularly because its proposed location, Collis Quirinalis, could not have
directly derived its name from *Quirium and more importantly because excellent
evidence points to the fact this hill had an earlier name which has nothing at all to do
with a root *quiri-. On the other hand, a derivation of 'Quirites' from *co-vir-yom or
*co-vir-ya remains hotly argued because it stands in unparalleled isolation.
Linguistically it is possible. For our purposes the relation of Quirites to curia must be
demonstrated in the framework of earliest Roman history. -- THE ARCHAIC
COMMUNITY OF THE ROMANS BY ROBERT E.A. PALMER.
Obviamente que os argumentos pelo absurdo não se fazem ao modo proposto
por Palmar quando este refere “in the former case it appears absurd that a state of
admitted racial mixture adopted the name of a minority in order to express what we
call today nationality” porque de histórias absurdas está o inferno da política cheio!
De resto, como não sabemos se Palmer fala de Quirino, se de quirites e como as
cúrias foram criadas depois do rapto das sabinas no preciso número mítico destas fazia
sentido no meio de tanta política diplomática realística e pacificadora que o membros
das cúrias fossem nomeadas a contento das sabinas que falariam uma língua que não
seria muito diversa da romana uma vez que eram tribos vizinhas pelo menos desde a
queda de Tróia, ou seja há mais de 400 anos.
Mas na verdade, não faz muito sentido fazer derivar Quirino da cidade sabina
de Cures, não tanto pelas razões apontadas por Palmer como indo contra o orgulho
nacional emergente dos romanos, mas pela incoerência dos que o invocam a partir de
um mito que torna tal pretensão impossível. Se a jovem sabina foi engravidada por
Quirino de quem teve um filho que veio a fundar a cidade de Cures, Dionísio de
Halicarnasso pensa mal quando postula que esta cidade veio a dar nome a Quirino, pai
do fundador da cidade de Cures.
4
Dionysius of Halicarnassus writes one of the very few myths regarding Quirinus. During a festival of the
Sabine god Quirinus, a girl of noble lineage danced in honor of the god. She was inspired by the god and went
into a sanctuary whence she emerged, pregnant by him. She gave birth to a son, Modius Fabidius who when
grown distinguished himself by exploits in war. He decided to found a city and gathered a band of companions.
After journeying some distance, they came to rest, and at this spot he founded a city naming it Cures. (…)
Dionysius of Halicarnassus, borrowing from Varro, writes that the name of Quirinus derives from Cures, whose
god he is claimed to be. He continued that Cures derives from the Sabine word for spear or lance, curis thus
implying an association with the Sabine god of war. Livy, Plutarch, and Ovid also include this etymological
association with Cures.
QUIRINUS: From Quirites we turn to Quirinus. Quirinus is an adjective. Those
who maintain Quirites is an alternative to Curenses believe Quirinus is the god of
Cures. Those who believe in *Quirium consider him the god of that place. However he
may be viewed in this light, he joins the company of such famous gods and heroes as
Romulus, Latinus, Lavinia, and Sabus. Quirinus, the god, cannot derive his name from
Collis Quirinalis and *Quirium does not parallel Palatium which yields mons
Palatinus, not *Palatinalis. The hill ought to have been collis Quirinus; it was not.
QUIRITES (…) The curias of a united community represented disparate
elements in the primitive state which had no common generic name unless it be Rome.
Throughout Roman history the citizens of the city had but one official designation
'Quirites'. For this and other reasons I subscribe to the opinion that the Quirites
designates the members of the curias, the later curiales. -- The Archaic Community Of
The Romans By Robert E.A. Palmer.
La genèse de la légende des Horaces et des Curiaces s'explique aussi, selon R.
Palmer, dans le cadre archaïque des curies (p. 137).
Le tigillum sororium qu'on célébrait le 1er octobre, au terme de la saison
agricole et guerrière, se trouvait entre les deux autels de Janus Curialius et de Juno
Sororia; le rite de «la poutre» consacrait les jeunes gens éprouvés comme citoyens
curiates (curiati); or, parmi ces curiali comptaient des membres d'anciennes familles
albaines ou qui passaient pour telles: d'où l'idée de rattacher ce cérémonial d'origine
initiatique aux circonstances historiques de la défaite albaine.
It is notable that the nomina gentilicia of both the Horatii and the Curiatii
specify their 'Sabine' origin. The name of the Horatii looks like a derivative of the name
Hora, which is considered as Sabine and perhaps had been used as an epithet or
attribute of the goddess similar to the Latin Juno. The etymology of the name Curiatii
often is sought among such words as (Juno) Curitis, Cures, Curtius, curis (quiris),
curites (quirites), currus, supposedly accounted Sabine. A lance (curis) was an ancient
attribute of Juno, which perhaps promoted the etymology of the word quirites (Curitis
vires) and of the name Mettius Curtius (meddix curiatius = chieftain of curiatii, i.e.
quiritium). Perhaps the 'Sabine' colour of the names of both sets of triplets was a reason
for the ancient confusion in determining their nationality. The connection of both names
with the goddess Juno is striking. The names of the Horatii and Curiatii pertained to the
circle of epithets of Juno Sororia (Hora, Curitis) as well as the brothers themselves
related to the sister (soror) Horatia. -- R. E. A. Palmer. The Archaic Community of the
Romans, bay Robert Turcan In: Revue de l'histoire des religions, tome 183 n.° 1, 1973.
pp. 67-70.
Figura 9: Juno Lanuvina, Sospita / Sispita ou Curitis.
Estamos a falar de assuntos que começaram a ser registados por volta do 3º
século antes de Cristo e que por isso não justificam tantas divergências fonéticas. A
existência de Juno Curitis parece por água na fervura dos delírios etimológicos em
volta do termo dos quirites.
Curitis was originally a Sabine Goddess of Protection who especially guarded
or watched over the clans of the people. She was worshipped by the neighboring
Faliscans, an Etruscan people whose main city was called Falerii, and who though
Etruscan spoke a dialect closely related to Latin. She was the main Deity of Falerii
and considered their patron Goddess who protected the city. Curitis was assumed to
be a form of Juno by the Romans, who called Her (oddly enough) Juno Curitis; but
considering the manner in which She was usually depicted, an identification with
Menrfa (Roman Minerva) or Athene would seem more logical. Like Minerva, who
adopted Her image from the Greek Athene, Curitis was depicted as a martial Goddess
who carried a spear and shield, and who wore a goat-skin mantle much like the aegis
of the Greek myth, which was a short goat-skin cape or shield probably symbolic of
the thunderclouds, as the spear was of the lightning. Curitis's name is from the Sabine
word curis and means "Of the Spear"; in addition to its stormy associations, the spear
was also seen as representing authority or command, emphasizing Her role as the
ruling Goddess.
(…) As I said above, Curitis certainly does share more than a few similarities
with Menrfa; but according to tradition, when Falerii was destroyed by the Romans in
241 BCE, their Menrfa was officially brought to Rome under the name Minerva
Capta, or Minerva the Captive. Falerii was home to a cult-center of Menrfa, though it
has not been determined which of the several temples found there was Hers. The
temple of (Juno) Curitis, however, has been identifed with the largest temple there,
and dates to the 5th century BCE. It is of a tripartite Etruscan design, much like the
Temple of the Capitoline Triad in Rome which housed, with Jupiter, both Minerva and
Juno.
(…). Curitis may have been brought to Rome at the same time as Minerva
Capta with the destruction of Falerii; by that time, Curitis and Menrfa were
evidentally seperate deities (if they ever were the same): the evidence is quite tangled,
but perhaps they had originally derived from a common Goddess. At any rate, both
Minerva and Juno were Sky-Goddesses who traditionally had the power to throw
thunderbolts.
In Rome, Juno Curitis was considered the Goddess of the curiae, the political,
religious, and familial divisions or clans of the people of Rome. Curia most likely
derived from the same Sabine word curis, "spear", as the Goddess's name; and a
related word quirite, "spearman" or "warrior", was used of the oldest tribal peoples
of Rome.
Se a cidade de Faleri era o centro de um grande culto a Minerva que os
romanos levaram para a sua cidade como Minerva (Capta) é possível que tivessem
levado também aquela que era a patrona de todas as cúrias, Juno Curitis, o que deixa
a suspeita de que a tríade que ali era adorada seria à maneira cretense exclusivamente
feminina formada por Minerva, Juno & Curitis, sem qualquer espanto porque esta
última é obviamente Perséfone / Corê que noutras circunstâncias pode mesmo passar
por Atena Core. Juno Curi-tis tinha como parédro Jano Cúria-tius, literalmente o
deus das cúrias o que confirma que inicialmente este deus estava casado com
Juno...porque era a forma mais arcaica de Jove.
Do mesmo modo, Quirino seria a versão masculina de Curtis e por isso mesmo
uma variante de Pluto, um “deus menino” dos infernos do Kur sumério e deus que
está no fundo de toda esta etimologia desde *Kar, do lusitano Carioseco, de Curitis e
de Quirino.
Um aspecto que importa relevar é que a etiologia italiana confirma a
persistência de arcaicas tradições cretenses como sejam, neste caso, a de um “deus
menino” do amor do vinho e da guerra e que na qualidade de Zeus Velcheno seria
simultaneamente deus do céu, do mar e dos infernos subterrâneos antes de se
diferenciar nos respectivos deuses olímpicos. Obviamente que tanto Juno Curitis das
cúrias romanas como Quirino deus dos lanceiros sabinos, os quirites, permitem
esclarecer a raiz da tradição cretense que evoluiu para os kouros gregos.

Ver: KOUROS (***)

This Plautine play evidently influenced Varro who researched the authenticity of
all plays passing for Plautus5 own.3 In two different works he derives curia < cura.'
Furthermore, Varro's researches into the curias doubtless led him to examine the great
annual festival of the Greek phratries, the Apatouria. One of its sacrifices was called
koureion and one of the days of the festival was the koureotis (hemera) that is the day
of cutting boys5 hair before they enter their phratry. Did Varro know the name of this
day and add it to his etymological baggage? He read his Plautus and found a sacrificial
agnus curio, a pun which he turned to his advantage. One Roman scholar thought the
Plautine magistri curiarum were the divisores of the thirty-five Roman tribes. But
Plautus intended his curia and curiales to represent a demos and its demotes. -- The
Archaic Community Of The Romans By Robert E.A. Palmer.
Lat. Curiones < Grec. Koure-ion  koure-otis
 Quir-ites < Kour-ites < Kour-ya > Kyria > Lat Cúria  H. Curinus.
Na época lendária de Rómulo as cúrias eram dominadas pelos patrícios e por
isso mantinham ainda a sua origem patriarcal anatólica. Do mesmo modo, na Grécia a
Apa-turai revelava a festa da longa linha familiar do pai (apa) onde tur /kur expões a
raiz cretense e taurina das cúrias bem como a relação do deus Quirino com os infernos
do *Kur, génese dos «curros» e «corrais» ibéricos.
The discovery at Sulmona of a sanctuary of Hercules Curinus lends support to
a Sabine origin of the epithet and of the cult of Juno in the curiae.
Na verdade existe um grave equívoco na etimologia de Quirino baseada nas
cúrias romanas. Se Quirino e quirites parecem derivar da mesma raiz quir- já «cúria»
está longe de parecer ter a mesma raiz.
«Cúr-ia» < Cures < Curis > J. Curitis > curites > cur-iates > curiali
 *Cur-ino <?> Quir-ino > quir-ites < *Quir-ia < *Kyria
Não estamos seguros que a palavra «curia» se teria formado por mera sufixação
como a romana cen-túria e a grega apa-túria porque de facto não teria tido na origem o
significado de divisão administrativa como a centúria nem de festival como a apa-túria
e estaríamos assim perante falsos cognatos.
O facto de os gregos conservarem um termo de formação igual deixa a suspeita
de se tratar de um termo arcaico quiçá de origem micénica relacionado com o início da
estrutura patriarcal da civilização mediterrânica depois da queda da talassocracia
cretense.
No entanto, também não sabemos a etimologia exacta dos termos comparados.
É certo que os romanos terão adquirido o termo «cúria» dos vizinhos tendo-o
apropriado como se intuitivamente tivesse a semântica de uma reunião de dez famílias
patrícias. No entanto se tivesse tido de facto esta origem etimológica por formação
neologista seria uma *decaturia e nunca uma «cúria». Isso, no entanto não obsta que a
analogia com a centúria não estivesse subjacente aos espíritos dos falantes como se de
uma *decaturia. Na verdade, em todas as línguas muitas palavras novas são assim
assimiladas e velhas palavras são de novo alteradas para ressoarem ao que melhor
parecem ser sendo possivelmente esta uma das principais razões para certas
etimologias arrevesadas ou de origem obscura.
Tudo aponta, sobretudo a realidade actual remanescente, que as cúrias se
reportassem não aos seus membros, hoje cardeais, mas o local dos curros taurinos
onde se realizavam as suas reuniões.
Corte no contexto das monarquias é o nome que se dá ao lugar onde o rei
reside, seja permanentemente ou de passagem, assim como às pessoas da casa real e
às que as acompanham. O nome parece derivar do latim cohors, que significa
ajuntamento de gente em acto de guerra, debaixo do governo de uma pessoa.
É um facto que o conceito da corte portugueses resulta de uma semântica
militar própria de uma colónia ocupada primeiro pelas legiões romanas e depois pelos
visigóticos. Dito de outro modo, a fonética do termo é de origem militar mas a
semântica evoluiu por ressonância com a cúria régia derivada da cúria católica e esta
da romana.
Figura 10: Reconstrução da Cúria Júlia que foi durante muito tempo a sede oficial
do senado Romano na época dos Césares, que eram da cúria Júlia.
«Corte» < Cohors < Cum + horta = horto comum, campo comunitário,
cercado, «curro» > curral < esp. corro.
| Grec. Oikos > Lat. Hic | + turia  *(de)c-turia  *Curria > «Cúria».
Será então que os quirites pré-existiram às cúrias e ambos estes termos podem,
por isso, ter uma origem etimológica diferente?
Fraschetti se ahorra, con razón, el caer en la tentación de hacer derivar
Quirîtes de curı˘a (<co-uiria, «asociación de varones»), étimo en el que no hay
ninguna base para la -i- larga de Quirites. Pero no es cierto que, independientemente
de la etimología, los Quirites, que incluyen a todos los ciudadanos de Roma, se deban
identificar con los miembros de las curias, que sólo incluyen a los patricios19. A
propósito de las curias, A.Fraschetti cita de forma imprecisa a Robert E. A. Palmer
1970 sin concretar páginas. Pero Palmer deja claro en el texto que en las curias no
entran todos los ciudadanos, al contrario de lo que sucede en cuanto al término
Quirites: «The Quirites, a term by which was then (en la época monárquica)
understood all ‘cives Romani’, participated in Quirinalia whereas at Fornacalia only
‘curiales’ celebrated with their curias» (Palmer 1970:161). Es evidente la conclusión
de que ‘curiales’ (patricios) es un término más restrictivo que Quirites (patricios y
plebeyos). Tal concepción de la pertenencia a las curias era ya entonces un tópico en
los manuales al uso, que no se puede abandonar sin un acervo de pruebas fehacientes.
Por ejemplo, Jacques Ellul, entre los que estudian las antiguas instituciones, dice que
«sólo pertenecían a las curias los miembros de las gentes» (1967:183); y los miembros
de las «gentes» eran, como es sabido de sobra, exclusivamente patricios. – Muerte,
despedazamiento y apoteosis de Rómulo: un estudio sobre la realidad histórica del
primer rey de Roma5 ÁNGEL LUIS CASQUILLO FUMANAL.
A constatação de que as cúrias eram patrícias e possivelmente de origem
arcaica, ou pelo menos micénia, exclui a possibilidade, aliás lendária, de que estas
tenham sido criadas por Rómulo.
Como se viu o termo «cúria» é o único que foge à relação etimológica que é
inegável entre Quinino e quirites. Por isso não é possível seguir Robert E.A. Palmer
na sua consideração de que o hipotético *co-viria está relacionado com os quirites.
Isso não significa necessariamente que a instituição dos quirites romanos sejam um
instituto arcaico e autóctone de Roma. Pelo contrário, nada desaprova o que dizem os
autores antigos romanos de que os quirites derivavam da cidade de sabina de Cures
onde afinal mais não seriam do que boieiros ou forcados de origem sabina e
adoradores de Juno Quirites e de Jano Quirino caracterizados por serem portadores
de forquilhas e varas de ferrão ou «aguilhadas» de picar os bois chamadas curis por
eles.
«Aguilhada» = • s. f. vara delgada e comprida com ferrão na ponta (aguilhão
< Lat. aculeone), para picar e conduzir os bois.
A «aguilhada», pela sua estrutura tem aspecto de ter evoluído tanto para a lança
como para o pilo, arma de mão branca que fez a fama e a fortuna das milícias romanas.
«Aguilhada» por aguilha < agulheta < Franc. Ant. Aguillette
< Agulha < Lat. Acucla < acus => acer, acris, acre.
«Aguilhão» < Lat. Acule-one
< *acure < acuris < cur-is < Kyr < Sumer. Kur.
Por su parte, Carandini hace remontar a la Roma proto-urbana, anterior a
Rómulo, también la existencia de los Quirites 21. Media verdad y medio error: Sí, los
Quirites son anteriores a Roma, pero seguramente — como afirma la analística y la
antigua arqueología latina — preexistentes en la proto-historia de los sabinos, no en
Roma, pues las noticias nos han transmitido que los Quirites vinieron de Cures con el
pueblo sabino que se instaló en Roma tras el legendario rapto de las sabinas. Por eso,
está perfectamente justificado el orden jerárquico que establece la conocida fórmula de
Populus Romanus Quiritium, contra lo que impondría la lábil tesis de Carandini. (...)
Es verdad que no hay que excluir que el nombre de las curias provenga de vir, «varón»,
pertenencia que en el caso que nos ocupa (ver supra) queda restringida a los patricios.
Pero ni Quirites ni Quirino están irremisiblemente emparentados con vir ni con curia.
(…)Pero no es cierto que, independientemente de la etimología, los Quirites, que incluyen a todos los
ciudadanos de Roma, se deban identificar con los miembros de las curias, que sólo incluyen a los
patricios. (...) A la curia se pertenecía por nacimiento, pero por nacimiento noble. Precisamente en base
al nacimiento (noble) las curias sólo comprendían ciudadanos patricios. Los Quirites no existen por el
hecho de que existan las curias. Como demuestra el texto de Dionisio de Halicarnaso (II,7) — que no
encuentra ningún obstáculo en anticipar la creación de las curias por Rómulo antes de la fusión de
latinos y sabinos—, de la existencia de las curias no se sigue para los romanos el título de Quirites. Tal
título se debe a la incorporación a Roma de una masa de población sabina (procedente sobre todo de
Cures) ajena —¡ella sí!— a la distinción patricia (los sabinos accederían al orden patricio por el solo
hecho de ocupar los cargos públicos de Roma y adquirir el rango de Patres). – Muerte,

5
Death, dismemberment and apotheosis of Romulus: a study about the reality of the first king of Rome ÁNGEL
LUIS CASQUILLO FUMANAL
despedazamiento y apoteosis de Rómulo: un estudio sobre la realidad histórica del
primer rey de Roma6 ÁNGEL LUIS CASQUILLO FUMANAL.
No entanto, é pouco credível que os quirites fossem apenas curenses.
The arcaic legal system of the Romans (VI century-367 BC) was known as "Ius
Quiritium"(right of the Quirites) and according to its law, only free citizens, especially
patricians, were allowed to carry the title of Quirites; therefore the Ius Quiritium
disciplined only the rights of the patricians. When the Ius Quitium was discarded in
favour of a more lay legal system (thanks to the plebs) most of its content was
discarded, but something survived inside the new Ius Civile: the expression "Ex iure
Quiritium"(according to the law of the Quirites) was still used by the Romans even
during the Empire, while many of its citizens still called themselves Quirites.
According to one theory, Quirites means "those who enjoy the same rights" and
therefore bear the same "essence" of the God Romulus.
A única maneira de salvar alguma historicidade da lenda da instituição das
cúrias por Rómulo seria a de que terá sido este ou por essa altura que os direitos de
cidadania romana, até então exclusivos dos patrícios curiais, começaram a ser dados ao
quirites. No entanto este alargamento dos direitos dos patrícios não terá ocorrido sem
resistência e Rómulo terá acabado por pagar um elevado preço com a sua morte
estranha, suspeita e macabra. A reacção ideológica dos beneficiários da filantropia de
Rómulo, que eram sabinos, foi a incorporação da alma deste herói lendário do rapto
das sabinas no deus sabino dos boieiros e guerreiros que era Quirino.
Tite-Live encore, après avoir rappelé que “Romulus comptait plus de partisans
dans le peuple que parmi les patriciens”, rapporte une rumeur plus sordide d'après
laquelle Romulus aurait été tout simplement massacré par les patriciens, et suppose
que son apothéose sous le nom de Quirinus fut un stratagème politique destiné à
apaiser le bon peuple. Après la mort de Romulus, une mort un peu suspecte, (on dit
qu'il a disparu dans un orage) les sénateurs dirent qu'il avait été enlevé au ciel par
Mars son père. Le peuple n'y crut pas et demanda des preuves c'est alors qu'un
citoyen digne de foi déclara qu'il avait vu en songe Romulus qui lui avait dit qu'il
désirait être adoré sous le nom de Quirinus. Alors, le peuple se calma et se mit à
l'adorer comme protecteur de la cité. – Romulus et Rémus, Wikipédia.
Sendo assim, o mais plausível é que o lendário Rómulo alargou o número de
cúrias aos sabinos integrados na urbs romana adoptando, por respeito à tradição das
sabinas raptadas, o costume de consagrar todas as cúrias a Juno Quirites aparecendo
assim o jus quiritis que, contrariamente aos pressupostos de Dumezil, sempre foi
aristocrático e não popular. O mito de um Rómulo benfeitor começado por Enio já na
era republicana terá sido refundado precisamente para justificar a bondade da
república romana que as constantes guerras civis parecia não confirmar.
Fraschetti, mal documentado, afirma lo contrario con apodíctica seguridad:
«No le ha resultado difícil a André Magdelain contradecir y casi subvertir
(capovolgere) la hipótesis avanzada por Georges Dumézil a proposito de un Quirino
‘agrario’ y en cuanto tal divinidad de la ‘tercera función’ indoeuropea, reivindicando
con fuerza sus características de dios de la comunidad de Qurites a partir de su propio
nombre (*Covirino) indudablemente conectado a *co-viria, la curia» (2002: 103). Pero

6
Death, dismemberment and apotheosis of Romulus: a study about the reality of the first king of Rome ÁNGEL
LUIS CASQUILLO FUMANAL
la etimología que le suministra A. Magdelain (y, antes, P. Kretschmer) está muy lejos
de ser cierta. Augusto Fraschetti (no sé si siguiendo a A. Magdelain) se acoge a la
autoridad de P. Kretschmer, a la que califica de «todavía fundamental». Pero, aunque
Kretschmer haya afirmado que Quirinus provenga de *co-virinus —y Quirites de *co-
virites— se trata de una tesis oscura y no unánimemente aceptada, ni mucho menos. Al
menos, si hemos de creer a Ernout-Meillet, que en su Dictionnaire Étimologique de la
Langue Latine (Klinksieck, 1962) asegura a propósito de Quirinus (s.v.), después de
referirse a Kretschmer (1920), que «l’étymologie par *co-virı¯ est insoutenable» (s.v.).
En efecto, las dificultades surgen tanto por la morfología del prefijo cum- como por la
cantidad de la larga de la palabra llana Quirînus. a) por la morfología del prefijo, que
(ante semiconsonante) debería ser con- (<cum), esperándose así un con-uirinus (como
conuiva, conuincere, etc.) que no sincoparía en Quirinus; los que se remontan a *Co-
uirinus en lugar de *Con-uirinus, reivindican gratuitamente un prefijo co- (<cum),
cuya aparición es exclusiva de las formaciones ante vocal (como co-adiuvare, co-
operare, etc.). b) por la cantidad, el resultado normal de un compuesto de viro-,
«varón», precedido del prefijo con- (<cum), hubiera sido *Convirı˘tes - *Convirı˘nus.
Para la formación de una -i- larga (*Convirı¯tes-*Convirı¯nus) es necesaria (en vez de
viro-) una raiz del tipo virio-, según acertadamente argumenta Deecke, Falisker 86: «-
ı¯- aus Kontraktion von -ii- aus -io-», que justifica Samnı¯tes (frente a Equı˘tes de
equo-) en base a Samnio- (Samnium). *Convirı˘tes -*Convirı˘nus (y no *Convirı¯tes-
*Convirı¯nus) hubiera evolucionado en todo caso a *Quirı˘tes -*Quirı˘nus (como
equites de equo- y dominus, de domo-, etc.. Para conseguir ese tema en -io-,
Kretschemer propugna un antiguo *co-uiriom (de donde también surgiría el colectivo
curia en antiguo plural neutro ), que naturalmente no encuentra. Pero se apoya en el
volsco covehriu- (toticu covehriu sepu, Ley de los Velestri, pueblo volsco), que
interpreta como tota publica contione sciente; «sabiéndolo toda la reunión de
varones». Contra volsco covehriu- correlacionado con uiro- surgen (además de la
ilógica variante co- en vez de con-) otras dos objeciones: 1) la -h- del radical no se
explica por viro-, y 2) igual que en el caso del osco vereiia (ver vereiai Púmpaianaí,
interpretado como «civitati Pompeianae», en Kretschmer, loc.cit. p.150), la -e- en lugar
de -i- hace esta etimología insegura en relación a uiro-; «varón». Con razón Ernout-
Meillet (s.v. curia) no está seguro de la etimología de «curia», y concluye que el volsco
covehriu es una palabra de oscura etimología. A falta de seguridad en una nueva
etimología de Quirites-Quirinus, parece más sabio remitirse a la etimología
tradicional, tal como nos la entregaron los anticuarios romanos, que no dudaron —c on
sorprendente unanimidad — en relacionar ambas palabras con los sabinos. Eso
conlleva dejarse calificar como «renovador de la hipótesis varroniana », lo que no deja
de ser un honor. Después de todo, Varrón alguna vez tiene razón; el mismo Kretschmer
le sigue a veces; y le sigue precisamente en la segunda parte del artículo que aquí
estamos criticando (pp.152-157), cuando deriva de Quirites el verbo quiritare. Dice
Varrón: «Se dice que da gritos de auxilio (quiritare), el que implora a gritos la
protección de los Quirites» (VARR. L.L. 6,68). Pero el traductor comenta: «Falsa
etimología popular (retomada, sin embargo, por algún importante autor moderno) » (L.
A. Fernández Miguel, en Varrón. La Lengua Latina. Libros V-VI. Gredos, Madrid 1998,
p.333). Conclusión: si uno puede equivocarse siguiendo a Varrón, obviamente también
se puede equivocar no siguiéndolo. Y, sobre todo, uno se equivoca siguiéndolo cuando
no hay razón para hacerlo. En todo caso, nada mejor que mantener la «hipóteisis
varroniana», si ésta es sólida. – Muerte, despedazamiento y apoteosis de Rómulo: un
estudio sobre la realidad histórica del primer rey de Roma 7 ÁNGEL LUIS
CASQUILLO FUMANAL.
Como quem fala assim é hermano mas não é gago só nos resta fazer nossas as
suas sábias e talentosas palavras que de uma fiada destroem as bases frágeis da tão
inútil e lapaliciana quanto racista trifuncionalidade dumezileana reponde a verdade e a
etimologia no seu devido lugar. De facto, a inscrição úmbria covehriu- de Veletri, foi
sempre considerada de difícil tradução.
Em princípio, o rigor das leis fonéticas tem pouca utilidade na análise
linguística de falas desconhecidas, de línguas mortas ou muito antigas, mas
obviamente que no caso de línguas recentes e bem conhecidas a fonética é quase tudo
no estudo da sua evolução linguística.
«Es necesario que los historiadores estén dispuestos a admitir, en ciertos casos,
su incapacidad para llegar a conclusiones seguras, porque los elementos de
información son insuficientes. Los historiadores deben estar dispuestos a sentenciar,
como si fueran jueces: No ha lugar, faltan pruebas». ARNOLDO MOMIGLIANO
Quando Bernard Sergent trata da génese e da expansão da cultura indo-
europeia, abordando a organização socioeconómica, as instituições, e analisando em
pormenor as suas raízes linguísticas e estabelece no livro “as Primeiras Civilizações
(Volume III - Os Indo-Europeus e os Semitas de Pierre Lévêque) que Quirinus
provem de *co-vir-inos está possivelmente a forçar a etimologia para provar a sua tese
de ser este o deus da terceira função, e por isso um deus de paz ou, no mínimo, um
deus guerreiro de tempo de paz e armistício.
*Co-vir-inos = co + vir-inos, ou seja, o conjunto dos crentes em Wir-inus
< Kurinus > Quirinus.
No entanto a equação *Co-vir-inos = co + vir-inos é redundante e desnecessária
e tem o inconveniente de ser uma forma composta que teria que ser recente, obedecer à
derivação linguística latina bem conhecida para ter a antiguidade adequada para fazer
parte do mito fundador de Roma muito posterior à idade heróica dos deuses
homéricos.
Esta tese só tem a seu favor o facto de ser politicamente correcta o que incorre
na falácia histórica das “causas actuais”. É duvidoso que este princípio se possa aplicar
sem as devidas adaptações a pessoas e comunidades de épocas passadas cujos
preconceitos e modos de ver e sentir o mundo e as coisas eram completamente
diferentes dos modernos. Os princípios da fraternidade republicana actual devem ser
encarados com prudência ao analisar a república romana que nos tempos lendários de
Rómulo ainda não existiam porque as cúrias eram formadas apenas por patrícios e por
isso mais patriarcais que fraternais.
Selon Littré, le terme latin co-viri, littéralement «homme vivant avec un
autre» soit: «union des hommes», n'aurait pas la même étymologie que quiris, mais
viendrait plutôt du terme indo-européen: vir signifiant «mâle», dérivant lui-même du
sanskrit vira signifiant : «héros», «fort» (voir aussi l'étymologie sur l'article Virilité)
et du terme latin co, venant de cum, «avec».

7
Death, dismemberment and apotheosis of Romulus: a study about the reality of the first king of Rome ÁNGEL
LUIS CASQUILLO FUMANAL
Outros tentaram ir mais longe no conceito de irmandade de cama e mesa grato
aos anarquistas pós modernos refundando a gaicidade muito para além de Gaia e indo
bem mais longe do que a fundação da homofóbica Republica Roma. De facto, a
relação atribuída a E. Littré de que “o termo co-viri significaria literalmente um
homem vivendo com outro” é possivelmente um abuso interpretativo ao gosto homo-
erótico moderno. Por estes pareceres tomados nos seus termos mais plausíveis, os
quirites seriam boieiros e compadres que andavam e viviam juntos como em certas
castas guerreiras orientais aristocráticas que praticavam a pederastia iniciática e a
fidelidade a cultos arcaicos à deusa mãe. Os grupos iniciáticos que sobreviveram até
mais tarde proclamavam-se descendentes de cabiros, curetes e coribantes. Assim
sendo, é muito possível que os romanos primitivos fossem um quartel etrusco sem
mulheres que para sobreviverem tiveram que raptar sabinas chefiadas por curiões.
Nesta mesma linha desta tradição xamânica apareceram mais recentemente os «curas»
das aldeias católicas.
Estes cabiros que viriam a ter em latim o nome de curios ou curiões seriam
primitivamente curetes e é então que as dúvidas ou esclarecimentos por causas
segundas aparecem. Os equivalentes aos pupilos dos curiões latinos seriam entre os
sabinos os quirites que segundo alguns autores derivavam de co-viri ("homens juntos")
personificando a força militar do populus romanus. A sua messe de oficiais teria sido
a curia (depois, "casa do senado") onde se teria reunido a comitia curiata litralmente a
*curetada ou "assembléia tribal" dos curetas.
Sendo assim, é Quirites (cidadãos) que vem de Quirinus e não a inversa
porque, neste caso, como nos demais, a regra é sempre a mesma: são os deuses que
dão o nome às coisas que com elas se relacionam e só excepcionalmente acontecerá o
inverso, e, neste caso apenas quando as coisas se transformam em atributos divinos!
Quirites também só pode ser o equivalente fonético do helénico koureta, que
todos os cidadãos romanos seriam enquanto recrutas ou reserva disponível em tempo
de paz, mas mobilizados em tempo de guerra nos exércitos solares de Kar.
De facto, todos os autores apontam Quirino como sendo um deus da guerra e
de origem recente em relação à fundação de Roma para a qual apela o mito.
Para Thomas Bulfinch, Quirinus “was a war god, said to be no other than
Romulus, the founder of Rome, exalted after his death to a place among the gods. 8”
Outros apontam-no como uma importação relacionada também com as vicissitudes da
fundação de Roma.
Quirinus = of Cures, of the Quirites.9
Se Quirino seria o deus dos curiões significando inicialmente senhor ou deus
kouro quiri-tes significaria o mesmo mas talvez no plural ou seja literalmente kouroi.
Na mitologia romana, Quirino era um misterioso deus provavelmente de
origem sabina que enquanto Janus Quirinus era também um epíteto de Jano com
funções de deus supremo das tempestades e da guerra. Os sabinos tinham um templo
que lhe era dedicado no "monte Quirinal", que foi mais tarde incluído nas sete colinas
de Roma. Por vicissitudes políticas de história de Roma Quirino tornou-se um dos
mais importantes deuses do estado como forma deificada de Rômulo, o fundador e
primeiro rei de Roma. E é então que a retórica mítica e a pseudo etimologia se
8
Thomas Bulfinch, in THE AGE OF FABLE OR STORIES OF GODS AND HEROES
9
Charlton T. Lewis, Charles Short, A Latin Dictionary
misturam. Se Quirinus era o deus da guerra das sabinas raptadas passou a ser o deus
da paz dos futuros quirites filhos dessas mães sabinas pois que para deus da guerra
Rómulo, e a cidade de Roma, tinham já o seu Marte e depois...um deus de mulheres,
para mais de origem estrangeira e rival não poderia fazer grandes guerras!
A casta sacerdotal dos Salii Collini estava associada com Quirino enquanto os
Salii Palatini eram dedicados a Marte Grã-divus, supostamente o que marcha para a
guerra mas que teria uma origem menos retórica.
Grã-divus = Gra | Kra < Kar < Kaur | -divus < Kur-tius
=> Quiri-tes  Quir-inus.
E é então que mais uma vez se suspeita que talvez Pierre Lévêque não terás
inteira razão quando afirma:
«Iuppiter não é uma palavra aparentada com Mitra, nem com Varuna; Mars
não é Indra; Quirinus é uma palavra de formação estritamente latina, os Nasatya são
já iranianos, mas de modo nenhum indo-europeus». 10
Que Mitra não é foneticamente aparentado nem com Júpiter nem com Varuna
é, de facto, fácil de ouvir...e aceitar! Porém, talvez Marte e Indra tenham a mesma
origem étmica e Quirinus não seja assim tão tipicamente latino!
Não é de negar o parentesco funcional entre os vaísya e os quirites enquanto
“homens do clã”, já que de semântico terão muito pouco entre si, quanto mais não seja
para exemplificar a teoria da trifuncionalidade contra a qual nada há a opor, até
mesmo...pela sua banalidade.
De facto, vaísya < Wa®-íshya, eram lit. “a soberania dos filhos dos guerreiros”
que o clã era, afinal, mas apenas por condição do seu desenvolvimento sócio cultural.
Os quirites  kauretas (=> mancebos «recrutas») têm o mesmo significado
funcional derivado do Cures latinos ou do Kauros Grego.
Quirites < Kwir-it(es) < Kawur-itu, lit. «filhos da *kafura»
 Ka-Wer-it > kawrit > Kaur-et > Kaureta.
> «cabrito»!
Relacionando exacta etimologia com o nome de uma outra epopeia relativa à
guerra de Troia, a Kafiria, podemos ficar com a quase certeza de que este termo
significou armada, nome seguramente herdado da época da talassocracia cretense na
qual todos os guerreiros eram marinheiros, como mais tarde no caso dos vikings.
Interessante é verificar que o nome do cabrito, animal do capricórnico Enki, o deus dos
marinheiros sumérios, prece ter etimologia por esta origem.
Já os Nasatya (quem o poderá saber?!) podem ter sido sátiros por uma ambígua
confusão metafórica idêntica à que teria permitido a criação do mito dos sátiros a partir
dos primeiros cavaleiros.
Nasatya  Satyana < Saty®an < Iscuran > Saturan > Saturno.
Seriam os Satyros seguidores do deus Saturno, filho de Enki, quando este foi
deus da guerra e dos mares e que se tornaram mais tarde pastores das cabras de Enki?

10
As Primeiras Civilizações Volume III - Os Indo-Europeus e os Semitas de Pierre Lévêque
Figura 11: Silver and bronze
ceremonial symbols, Alacahöyük
(2200 B.C.) Museum of Anatolian
Civilizations, Ankara.
Nos túmulos reais de Alaca Hüyük,
na Anatólia, encontram-se
ornamentos terminais de
«estandartes» que prefiguram
trindades divinas formadas por um
veado central entre dois touros.
Se aceitarmos que a recordação do veado das tundras nórdicas acabou por
desaparecer com o tempo à medida que os povos indo-europeus se iam fixando em
torno do mediterrâneo e que o veado deve ter sido substituído pelo touro pode ter
acontecido que as trindades divinas tenham passado a ser representadas por um touro
entre vacas ou bois e daí o nome de Grabovii.
Mas, antes de ter sido boi foi cobra de nome Phian.
Quanto a Bofionus, temos:
Bofionus < War Phian(us)
=> Warkianos => warkia > vaísya e bowian > «bovino».
Restando apenas estabelecer a ligação que terá que existir entre o bos, bobis e o
radical indo-europeu para «boi», *Kwaus- => Hwauran < Kau®an, não será então
necessário meter o povo a martelo onde nunca esteve. 11 E mais do que evidente que
numa fase de organização social pré-histórica do tipo caçador recolector todos os
cidadãos eram guerreiros e o povo era uma comunidade para a guerra!
Quando o Irão fala do mal, da druj, «mentira», sabe-se que isso designa
explicitamente, tanto nos hinos religiosos como nas inscrições políticas acménidas,
homens, povos estrangeiros ou rebeldes.
Que druj > truj é indo-europeu percebe-se dando conta que em português
«intrujar» é também mentir e trair o que seria apanágio de rebeldes e estrangeiros!12
É corrente entre o povo afirmar que a trindade foi a conta que deus fez e não se
entende muito bem porque possa ser uma descoberta semiológico dos indo-europeus.
Que a estrutura política dita indo-europeia tenda para uma estratificação trinitário com
base no clero, nobreza e no povo é de facto banalidade que tende para a asneira na
medita em que tal estrutura se encontra por toda o tempo e lugar onde existem as
mesmas condições de militarismo sagrado. Reconhecer que antes de Aristóteles a
lógica classificativa dos homens de cultura primitivos passava por processos mentais
de redução à dinâmica dualista das antinomias e à estática das trindades piramidais
deste tipo não será grande novidade mas, é de salientar quem o salienta em estudos
históricos ou antropológicos. Se algum acréscimo substancial aos dados da mitologia
clássica existe nesta postura metodológica é o de nos permitir ter a certeza daquilo de

11
Os bofes ainda hoje são o nome dos pulmões dos bois que se fartam de bufar de fúria quando raspam o chão
antes de atacarem!
12
Se bem que os etimologistas portugueses nunca se tenham apercebido disto uma vez que ficam indecisos
quanto à origem étmica do termo «intrujar» entre uma origem latina a partir de «intruso» e do castelhano
«antuejar»!
que já suspeitávamos. Reduzir estas formas e estruturas antropológicas aos indo-
europeus é arriscar dar uma mão ao racismo cultural.
A mitologia releva dum esforço intelectual colectivo para por ordem no mundo
das representações sociais pelo que dificilmente saberemos o que seria uma religião
primitiva sem artifícios culturais! Quer isto dizer que Quirinus pode ter outra
explicação nesta história. O mais plausível é ter sido o nome do deus supremo dos
Sabinos que, uma vez associado ao panteão romano, já que vinha no dote das mães
sabinas raptadas, teve que descer de posição, perder a função marcial e passar a ser um
deus pacífico, agrário e de fertilidade, o que não seria difícil de entender pelas razões
anteriormente expostas. Mas isso acontecia com Marte bem como com todos os
“deuses manda chuva” que ou trovejavam na guerra ou armavam tempestades em
tempo de paz para fertilizar a terra e os campos. De facto, o deus da terceira função
romana aparece em cena por mera aquisição de ocasião!
Esta assimilação de deuses supremos de povos associados ou conquistados teria
inevitavelmente que multiplicar o politeísmo o que contribui para a confusão aparente
dos panteões, sobretudo entre as grandes potencias culturais como foi o caso da
Babilónia e, mais tarde, de Roma.13
Depois, Khiron, nome do bom centauro grego, iniciador sexual e militar de
jovens e semideuses tem um nome que se parece por demais com Quirino (Khirin) e
ambos com o barqueiro das almas Caronte e, por este, com Crono!
Khiron < Kheiron < Kairon < Kauran.
Charon < Kharon > Chron > Crono.

Figura 12: O jovem Aquiles é entregue ao centauro Quirão para se educação e


iniciado nas artes da caça e da guerra.
Este encontro de deuses marciais nas profundidades infernais dos cemitérios
vem já dos tempos sumérios dos deuses de Kur.

13
No Egipto chegaram a recensear-se cerca de 3000 deuses!
E não é de espantar pois nenhum deus mandava mais gente amada para a paz
tumular das necrópoles do que os deuses dos exércitos!
Que deidades de personalidades tão diversas se confundam num mesmo étimo
deixa a suspeita de que o politeísmo tenha sido, também, uma consequência da
evolução linguística por mutações fecundas, primeiro, porque enriquecedoras nas
variantes do nome de deuses ancestrais e depois, na criação de novos deuses a partir
das variantes desses mesmos nomes. Este fenómeno linguístico, reportado a outras
palavras, deve ter sido fundamental no enriquecimento semiológico das línguas. Dada
a tendência natural para a conservação dos étimos como forma de resistência à
dissolução dos significados no ruído de fundo da oralidade, o erro fonético, que, por
ser necessariamente comum e anterior à escrita pode ter a origem mais diversa
(dislexia, aliteracia, más práticas e facilitismo juvenil, contaminação entre dialectos,
pressão cultural de línguas dominantes, modismos e neologismos e jogos de palavras,
gíria ou calão e códigos secretos, etc…), só aparece como neologismo desde que a ele
possa ser associada a formação de um novo conceito!
A este propósito pode aqui introduzir-se uma reflexão sobre a dialéctica da
evolução linguística verificando que as línguas actuais são a resultante da pressão
conservadora negentrópica do saber dominantes contra a acção da entropia do
“princípio do menor esforço” sobre a memória social, ou seja, da austera autoridade
imposta pela economia social sobre tendência libertina da indolência individual.
Obviamente que as línguas são mutáveis porque a fonologia o permite mas também
porque as línguas, não sendo inatas, têm que ser aprendidas correndo o risco de o
serem de forma errada.
Como códigos de construção por interacção social as línguas sofrem as
vicissitudes da cultura e só existem substancialmente pela acção hipercorrecta dos
gramáticos que constantemente têm que lutar contra as forças dissolventes da
ignorância por deficiência congénita ou por erro de aprendizagem o que justificou a
existência de vários tipos qualitativos de linguagem que já na Suméria eram
identificadas como próprias de crianças e de mulheres em contraponto com a língua
escrita factos que os gramáticos modernos dicotomizaram em língua erudita e popular.
Assim, a linguagem como código de transmissão da cultura enquanto
memória do adquirido histórico entra nos jogos sociais envolvendo-se e perdendo-
se nas querelas de poder e nas guerras religiosas gerando escravidões em nome
dos deuses e provocando revoluções por equívocos de linguagem. De qualquer
modo a linguagem como a vida é sempre uma luta termodinâmica de
produtividade neguentrópica em resultado da luta constante contra a força
dissolvente da entropia sobre a memória cultural.
Mas, ainda assim, as variantes dos nomes de deus acabariam por ser fecundas
no plano linguístico e geradoras de novos deuses no plano da mitologia pagã!
Ki Ur An (us) > Kiwrenus > Kwirinus > Quirinus.
Quirinus a formé Quirinalis, adjectif qui désigne tantôt un des trois grands
flamines7 tantôt le Quirinal, la résidence primitive de la tribu des Titienses, redevable
de son nom au roi Titus Tatius le Sabin. Cette colline, toutefois, ne fut ainsi désignée
que postérieurement à la division de la ville par régions sous Servius Tullius, où elle
s'appelait simplement Collina.
Por mais estranho que pareça Collina, antes de se transformar no genérico de
pequeno monte da latinidade já era o monte que veio a ser o Quirinal o que não teria
ocorrido por mero acaso.
< Col-ilu < Kur-ilu, pequeno monte.
Collina < collis (“monte”) + -ina < Proto-Indo-European *kolən-, *koləm-
«Carlos» < Kar-lus < kur-lu-ish, o homem do monte do Sr. do Kur,
ou simplesmente, *colilu, pequeno monte.
Claro que nesta etimologia forçada o Proto-Indo-European não explica a queda
do duplo «ele» latino e faz derivar um diminutivo em ina de um substantivo terminado
em -en. Obviamente que Collina e colis derivam de uma forma de linguagem pré-
romana que já se reportava para o culto de deuses das montanhas que seriam
antepassados de Kur-Ano / Quirino. Assim, na tríade do Quirinal tínhamos Jove,
deus pai do céu, Marte, deus filho a fazer a guerra na terra e Kur-Ano > Crono /
Quirino, deus avô, destronado e ocioso no submundo. Por alguma razão se dizia que o
monte do Capitólio teria sido dedicado a Saturno, porque este monte era romano
como o Quirinal era sabino. Assim, em ambos os lugares se adorava o mesmo “Senhor
do Monte” mas com nomes ligeiramente diferentes porque correspondiam a evoluções
separadas do mesmo conceito a partir de uma cultura arcaica comum que nem era
indo-europeia porque seria egeia ou cretense e que no caso das tríades latinas só
aparenta dar razão à tese dumezileana porque os deuses saturninos da idade de ouro
eram deuses populares na medida em que eram fartos como todos os deuses infernais e
liberais porque tinham sido destronados e viviam ociosos.

Vous aimerez peut-être aussi