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Roger VAISAN

N é à Mâcon en 1909, Roger Vaisan


se passionne p o u r la prestidigitation
dès son plus jeune âge. Il étudie ensuite
l'occultisme dans le b u t de lui arracher
ses secrets.
Esprit curieux et intrépide, il p é n è t r e
p r o f o n d é m e n t dans les cercles occultes.
Ce n'est qu'après des recherches très
poussées et très longues, appuyées sur
des faits et sur une solide documenta-
tion, qu'il lui est m a i n t e n a n t possible
de faire d'aussi stupéfiantes révélations.
Il accomplit ainsi une œuvre saine
en démêlant des supercheries d o n t les
résultats sont plus graves que certains
ne le croient.
En engageant une l u t t e à m o r t avec
TOUS les exploiteurs de la crédulité
publique, il ne craint pas les polémiques
et procès d o n t son ouvrage pourra être
l'objet.
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ROGER VAISAN

LES SECRETS
DES

SORCIERS MODERNES
PUBLIÉ SOUS LE PATRONAGE

DE L'OFFICE FRANÇAIS D ' I N F O R M A T I O N S


CULTURELLES ET SOCIALES
PARIS

ÉDITIONS AIMÉ BRACHET


33, R U E M O L I È R E
LYON
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IL A É T É T I R É DE C E T
OUVRAGE CENT EXEMPLAIRES
SUR PUR FIL L A F U M A,
N U M É R O T É S DE 1 A C E N T .
C O N S T I T U A N T
L'ÉDITION ORIGINALE

Copyright by, Editions Aimé Brachet, 1956


Tous droits de reproduction, de traduction
et d'adaptation réservés pour tous pays.
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AVANT-PROPOS

" L'occultisme sera la science du


vingtième siècle. "
A. de ROCHAS

Que n o t r e é p o q u e soit celle d u p r o g r è s m a t é r i e l , n u l


n e le c o n t e s t e . M a i s n ' e s t - e l l e p a s a u s s i c e l l e o ù l ' i n q u i é -
tude h u m a i n e entretient la superstition, et o ù n o m b r e
d'esprits sont restés l a m e n t a b l e m e n t à l'écart de la m a r -
che a s c e n d a n t e de la science ?

Les significations a t t a c h é e s a u gui, a u trèfle à


q u a t r e feuilles, a u x étoiles filantes, a u chat noir, a u
c r o a s s e m e n t d e s c o r b e a u x , etc... n e c o n s t i t u e n t - e l l e s p a s
des éléments parasitaires inférieurs qui r o n g e n t nos
sociétés civilisées ?

E n m a i 1906, à L o n d r e s , s e t e n a i t le « C o n g r è s d e s
P r o p h è t e s ». L a m a j o r i t é d e s e s m e m b r e s p r é v o y a i t l a
f i n d u m o n d e à l a d a t e d u 9 a v r i l 1931. P e n d a n t v i n g t -
cinq ans, certaines p e r s o n n e s superstitieuses vécurent
d a n s l'angoisse...
A v a n t g u e r r e , les t r o i s g r a n d s m a g e s m o d e r n e s d e
l'époque expédiaient des horoscopes en quantité indus-
trielle (plus d e trois m i l l i o n s e n 1936).

P l u s q u e j a m a i s le m y s t è r e , le f a u x m y s t è r e a t t i r e
et f a s c i n e . E n 1912 la b i b l i o g r a p h i e d e l ' o c c u l t i s m e
c o m p t a i t e n v i r o n 20.000 o u v r a g e s ; elle s ' é l e v a i t e n 1954
à 50.000 v o l u m e s , s a n s c o m p t e r les f e u i l l e s h a b i t u e l -
lement dévouées aux cartomanciennes, chiromancien-
nes, astrologues, spirites, créateurs de religions artifi-
c i e l l e s , etc...
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J a m a i s le m a l n ' a a t t e i n t l ' a m p l e u r q u ' i l r e v ê t


a u j o u r d ' h u i . J a m a i s le v e n t d e f o l i e n ' a s o u f f l é a u s s i
f o r t s u r le m o n d e . A l o r s q u e d e p u i s s a n t s a v i o n s f r a n -
c h i s s e n t le m u r d u s o n , q u e l ' é n e r g i e a t o m i q u e v a ê t r e
asservie p o u r améliorer — on peut l'espérer — nos
c o n d i t i o n s d ' e x i s t e n c e , il e x i s t e u n m o n d e o c c u l t e o ù
grouillent d'affreux « prophètes » qui vivent princière-
m e n t de la sottise h u m a i n e .
De sévères censeurs sont souvent h e u r e u x de leur
t e n d r e la m a i n , n o n s e u l e m e n t p o u r la serrer, m a i s aussi
pour l'examiner...
Il y a, c e r t e s , les a r t i c l e s 405, 579 et 481 d u C o d e
pénal, qui p r é v o i e n t des sanctions p o u r c e u x qui ten-
tent de s ' a p p r o p r i e r d u bien d ' a u t r u i et « qui f o n t m é -
t i e r d e d e v i n e r e t d e p r o n o s t i q u e r ». M a i s , p r a t i q u e -
m e n t , les dispositions d u C o d e n e sont a p p l i q u é e s que
l o r s q u ' u n e p l a i n t e a été d é p o s é e c o n t r e les d e v i n s et
c o m m e le p u b l i c a i m e à ê t r e t r o m p é , i l s ' e s t i m e t o u -
j o u r s s a t i s f a i t d ' a v o i r c o n s u l t é les « d i s e u s e s d e b o n n e
a v e n t u r e »...
L a loi p u n i t s é v è r e m e n t les t r a f i q u a n t s d e s t u p é -
f i a n t s q u i e m p o i s o n n e n t le c o r p s ; e l l e e s t s i n g u l i è r e -
m e n t i n d u l g e n t e p o u r c e u x q u i e m p o i s o n n e n t l'esprit.
O h ! Certes; n o u s ne d e m a n d o n s p a s de revenir
à c e r t a i n e s m e s u r e s d r a c o n i e n n e s e n v i g u e u r d a n s les
s i è c l e s p a s s é s . T o u t le m o n d e s a i t q u ' a u M o y e n - A g e , les
sorciers étaient brûlés vifs en F r a n c e , m a i s bien des
p e r s o n n e s i g n o r e n t q u ' u n é d i t , p u b l i é p a r le P a r l e m e n t
a n g l a i s en 1770 f a i s a i t e n c o u r i r « les p e i n e s établies p a r
la loi a c t u e l l e m e n t en v i g u e u r contre la sorcellerie et
a u t r e s m a n o e u v r e s » à t o u t e f e m m e q u i t r o m p a i t et
séduisait à l'aide « de f a u x c h e v e u x ou crêpons, buses
d ' a c i e r , p a n i e r s , s o u l i e r s à t a l o n s e t f a u s s e s h a n c h e s »...
L e m o t « s o r c e l l e r i e » a, d ' a i l l e u r s , u n s e n s très
é t e n d u : la presse n'a-t-elle pas r a p p o r t é r é c e m m e n t
q u ' u n chef d'orchestre réalisait chaque soir un acte de
« sorcellerie » en transportant d'enthousiasme deux
m i l l e s p e c t a t e u r s p a r i s i e n s : il les f a i s a i t « s a u t e r e n
c a d e n c e s u r leur fauteuil et h u r l e r de c o n t e n t e m e n t » !
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D a n s noire esprit un sorcier m o d e r n e c'est celui q u i


saura adroitement exploiter certains faits ou certaines
situations p o u r en tirer un profit personnel. Nous
a u r o n s c e p e n d a n t s o i n d e s é p a r e r le b o n g r a i n de
l'ivraie. L'expression « sciences occultes » e l l e - m ê m e
est assez i m p r é c i s e : les a c q u i s i t i o n s s c i e n t i f i q u e s o n t
non seulement provoqué des changements de noms,
mais de salutaires r e d r e s s e m e n t s .
Ainsi, l'alchimie est d e v e n u e la c h i m i e ; l'astrologie
s'est orientée vers l ' a s t r o n o m i e ; la c h i r o m a n c i e a sou-
v e n t c é d é s a p l a c e à la c h i r o s c o p i e : la b a g u e t t e d i v i -
n a t o i r e a é t é s a i s i e p a r le r a d i e s t h é s i s t e e t l a p a r a p s y -
chologie a discipliné la psychologie occulte.
Les n o m s ont changé, mais l ' a m o u r du merveilleux
ne d i m i n u e p a s p o u r a u t a n t . S o u s les e f f o r t s d e la
science, les f r o n t i è r e s de l ' o c c u l t i s m e r e c u l e n t , m a i s s u r
le t e r r a i n n o n c o n q u i s , d e s d é f e n s e s s ' o r g a n i s e n t , d e s
fortifications s'élèvent. L ' e s p a c e est m o i n s vaste, m a i s
les p i è g e s , m i e u x a p p â t é s , f o n t d a v a n t a g e d e victimes...
Toute c o n d a m n a t i o n en bloc serait a r b i t r a i r e ; plus
c o m m o d e m a i s a u s s i r e g r e t t a b l e s e r a i t le t r a i t e m e n t p a r
le m é p r i s e t l ' i r o n i e d e s f a i t s c o n s t a t é s . L e s r o m a n c i e r s ,
c u r i e u x p a r n a t u r e d ' e x p é r i e n c e s d i v e r s e s c o n s i d è r e n t le
problème avec b e a u c o u p de légèreté.
E n s é p a r a n t le v r a i d u f a u x , n o u s a u r o n s s o u v e n t à
établir dans quelle m e s u r e certains p h é n o m è n e s doivent
être attribués à la s u p e r c h e r i e et à la f r a u d e . Le g r a n d
public étudie s u p e r f i c i e l l e m e n t ces p r o b l è m e s — q u a n d
il les é t u d i e . L a m u l t i p l i c i t é e t les c o n t r a d i c t i o n s d e s
p o i n t s d e v u e e x p r i m é s le l a i s s e n t s o u v e n t i m p u i s s a n t
à se f o r m e r u n e o p i n i o n s o l i d e . N o t r e b u t vise d o n c à
i n f o r m e r o b j e c t i v e m e n t et à c r é e r u n c l i m a t d'assainis-
sement moral, plus qu'à évoquer des considérations
mythologiques ou abstraites. Si n o u s devons nous incli-
n e r d e v a n t c e r t a i n s m y s t è r e s , n o u s n e le f e r o n s q u ' a p r è s
a v o i r e n v i s a g é et é t u d i é les h y p o t h è s e s possibles.
P o u r cette étude, nous n'avons certes pas négligé
les d o c u m e n t s p r é c i e u x q u e n o u s a p p o r t e l ' h i s t o i r e ,
mais nous avons donné une place prépondérante aux
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faits (en langage médical, n o u s dirions : aux observa-


t i o n s ) . Ce q u i e s t c o n s t a t é , o b s e r v é , ce q u i e x i s t e r é e l -
lement mérite une attention scientifique.
Les citations, assez nombreuses, ont p o u r but de
r e p r o d u i r e f i d è l e m e n t la p e n s é e des auteurs. Qu'ils
soient médecins, psychologues, prestidigitateurs ou phi-
l o s o p h e s , n o u s a v o n s c r u d e v o i r les l a i s s e r p a r l e r , à
q u e l q u e t i t r e q u e c e fût.. E n f i n , d e s c o m p t e s - r e n d u s
d'audiences judiciaires nous fourniront des arguments
de poids.
Nous avons volontairement employé un langage
clair, d é p o u i l l a n t a i n s i l ' o c c u l t i s m e d e t o u t e s les f o r m u -
les c r e u s e s et m y s t é r i e u s e s d o n t il a i m e à se p a r e r et
qui n'ont d'autre but que de dissimuler des raison-
nements spécieux.
E m p l o y e r un langage simple en p a r l a n t de sciences
mystérieuses, serait-ce un crime de lèse-occultisme ?
C'est possible, puisqu'un « h e r m é t i q u e » a prédit,
à quiconque pécherait p a r curiosité : que son « misé-
rable crâne scholastique sauterait comme un marron
c u i t ! »...
Ce n ' e s t p a s très r a s s u r a n t .
E t c e p e n d a n t cette f o r m u l e ne n o u s indique-t-elle
p a s d é j à , b i e n i n v o l o n t a i r e m e n t , m a i s s û r e m e n t , la sot-
tise d e ce q u e les occultistes a p p e l l e n t u n e science, et
qui n'en est pas une ?
Une plaie risquant de s'infecter aussi rapidement
doit être fort profonde. Aussi, n o u s proposons-nous
n o n s e u l e m e n t de la débrider, m a i s encore de l'ouvrir
toute grande.
Puissions-nous l'assainir !
N. d. A.
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LES FAKIRS HINDOUS

" C e l u i q u i a c o n q u i s ses s e n s a v r a i m e n t
c o n q u i s le m o n d e e n t i e r e t d e v i e n t p a r t i e
de la D i v i n i t é . "
Mahatma GANDHI

L
E m o t f a k i r est e m p r u n t é à la lan-
gue arabe et signifie pauvre. A
l'origine, il désignait un m e n d i a n t
qui, d'après un philosophe hindou, devait posséder dix
qualités pour remplir pleinement son rôle. Celui-ci avait
beaucoup de ressemblances avec celui des saints de la
religion chrétienne se livrant à des macérations. Il
devait, en effet :
1° ne pas m a n g e r à sa faim ;
2° ne pas avoir de domicile fixe ;
3° très peu d o r m i r ;
4° être passivement le domestique de tous ;
5° toujours rechercher les dernières places ;
6° accepter d'être maltraité sans m u r m u r e r ;
7° se contenter d'une n o u r r i t u r e sans s a v e u r ;
8° ne pas boire à sa soif ;
9° être complètement détaché des biens ter-
restres ;
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10° ne pas avoir de rancune envers qui que ce


soit.
Il y avait jadis un million de fakirs : c'étaient en
quelque sorte des moines errants qui se livraient à des
études et à des exercices religieux. Beaucoup, dans leur
fanatisme, poussaient très loin les mortifications.
Ils vivaient dans un état d'ascétisme qui impres-
sionnait les foules : p e n d a n t des semaines, ils prolon-
geaient leur jeûne : certains restaient plusieurs mois
dans la m ê m e position, dans des attitudes souvent fort
pénibles, imitant ainsi les vieilles statues de divinités
hindoues.
Les fakirs recevaient alors des dons qu'ils consa-
craient à l'entretien des temples, et les spectacles hallu-
cinants qu'ils présentaient parfois leur valaient de
substantielles offrandes.
D'habiles escrocs avaient r e m a r q u é que plus le
spectacle était ahurissant, plus les aumônes étaient
intéressantes. L'idée leur vint d'imiter les fakirs, mais
en r e m p l a ç a n t les mortifications p a r la ruse ; ainsi, le
sens du mot évolua et devint alors synonyme de sorcier
hindou, à tel point qu'on a pu lire sur le n° 21 de la
revue « l'Illusionniste » de septembre 1903 :
« Un voyageur écrit au « Sphinx » pour lui faire part
d'une décevante expérience à laquelle il a assisté aux
Indes. Une troupe de fakirs, raconte-t-il, se réunit sur
une grande place, au milieu de la ville, et après avoir
formé le cercle et poussé quelques gutturales injonc-
tions, sous forme de chant sacré, l'un d'eux sort d'un
sac une longue corde qu'il lance en l'air. O surprise !
la corde reste suspendue dans l'espace, son extrémité
touchant terre ! Aussitôt l'on amène un lion, un tigre,
une panthère et dès que ceux-ci ont touché le bas
de la corde, ils sont comme soulevés p a r une force invi-
sible, grimpent le long de ladite corde et disparaissent
dans l'immensité !... »
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Une scène presque semblable, mais plus é t o n n a n t e


encore est décrite p a r l'écrivain Maurice Maeterlinck :
« S u r une place publique, écrit-il, loin de tout
arbre et de tout édifice, s'installe le jongleur. Il n'a,
pour bagage, qu'un p a q u e t de cordes et un vieux sac
de toile. Un enfant l'accompagne. Le j o n g l e u r lance en
l'air un bout de corde, et celle-ci, comme attirée p a r un
crochet invisible, se déroule et s'élève toute droite dans
le ciel, jusqu'à ce que son extrémité disparaisse a u x
regards. L'enfant grimpe alors le long de la corde, dis-
parait également, et, p e u après, tombent de l'air, des
bras, des jambes, une tête, etc... que le sorcier r a m a s s e
et fourre dans son sac. Il prononce ensuite s u r celui-ci
quelques paroles magiques, l'ouvre et l'enfant, souriant,
salue les spectateurs.
« Voilà, à quelques variantes près, la forme habi-
tuelle du sortilège. Il est assez rare et ne semble p r a -
tiqué que p a r une secte particulière originaire du Nord-
Ouest... »
Continuons la lecture de l'article de « l'Illusion-
niste », cité plus haut, car c'est sous la signature de son
auteur, Ch. d'Albert, que nous allons trouver la clé du
mystère — si mystère il y a — !...
« En réalité, — lit-on dans cette revue, — tout ce
que raconte le « Sphinx » n'a rien que de très explicable,
car, à p a r t les lions, tigres et autres canards, le reste
du truc est p a r f a i t e m e n t exact, et se pratique couram-
ment dans les provinces des Indes et de l'Indo-Chine.
« Je me hâterai d ' a j o u t e r que les fakirs qui se
livrent à ce petit exercice de la corde, a t t e n d e n t p r u -
demment le début du crépuscule, très long dans ces
contrées, et de plus, qu'une sorte de v a p e u r qui flotte
dans l'air à la fin de ces journées torrides, donne à
l 'atmosphère une teinte bleu-foncé qui p e r m e t des illu-
sions d'optique, ou mirages, et entre autres choses lors-
que l'on croit voir à de très grandes hauteurs, l'œil, en
réalité, se perd dans la teinte uniforme de l'air et tout
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se trouble à une certaine distance ; je parle ici en


regardant en l'air et non en regardant à l'horizon, car
l'œil a alors des points de repère.
« C'est en se basant sur cette atmosphère «opaque»
que les fakirs tendent, entre deux arbres, à une cer-
taine hauteur, un fil très fin et très résistant. La corde,
munie d'un crochet, et lancée avec une grande adresse,
s'accroche sur le fil de fer, et même souvent le bout de
la corde étant invisible, celle-ci parait suspendue dans
l'espace. Des compères s'avancent alors, grimpent le
long de la corde, et, arrivés au fil de fer, s'échappent
dans un des deux arbres où ils restent cachés, et telle,
est la crédulité des natifs de ces pays tropicaux, que
l'on n'a aucune peine à les persuader que les compères
se sont évanouis dans l'air, et personne ne s'avise de
remarquer qu'ils seront à la même place le lendemain
soir pour recommencer la même comédie.
« Autres pays, autres mœurs, termine Ch. d'Albert :
il faut avoir été témoin de ces expériences, qui parais-
sent enfantines à être expliquées, mais qui, faites dans
ces pays exotiques, avec leur saveur de fétichisme, font
pourtant un effet qu'il est difficile d'expliquer ».
Quant à la scène décrite par Maurice Maeterlinck
et qui diffère un peu de la précédente, est-il besoin
d'ajouter que c'est un premier enfant qui grimpe le long
de la corde, disparaît dans le « crépuscule », jette une
tête, des membres artificiels près du sorcier qui met
le tout dans un sac où est dissimulé un deuxième
enfant, habillé comme le premier, et qui vient à point
pour saluer les spectateurs... et faire la quête !...
Plus impressionnant encore semble être le spectacle
des fakirs enterrés vivants. Le cas du Yogi Haridas peut
être considéré comme le plus stupéfiant qui ait jamais
été présenté.
La scène s'est passée en 1885 au palais du maha-
radjah hindou Rundjet Singh, à Lahore. Le fakir Hari-
das fut minutieusement examiné par le prince et par des
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témoins d'une indiscutable moralité, en particulier p a r


le général Ventura, le capitaine W a d e , tous deux de
nationalité britannique, et p a r le Docteur Hoenigsber-
ger, médecin personnel du m a h a r a d j a h . Il fut ensuite
enfermé, sur sa demande, dans un tombeau de maçon-
nerie dont l'exécution fut surveillée p a r R u n d j e t Singh
en personne, pour éviter toute fraude.
Le f a k i r s'étendit et tomba aussitôt dans u n e sorte
de sommeil. En présence d'une m u l t i t u d e de témoins,
le m a h a r a d j a h f e r m a lui-même un sac après y avoir
placé le corps du sujet, puis le déposa dans un robuste
cercueil en bois qui fut lui-même f e r m é au cadenas.
Le cercueil fut ensuite enfoui dans le caveau,
recouvert de terre et entouré de maçonnerie.
R u n d j e t Sing plaça enfin devant le tombeau plu-
sieurs sentinelles de sa garde, qui veillèrent j o u r et nuit,
en se relayant et en priant sur cette e x t r a o r d i n a i r e
sépulture.
Une foule d'observateurs attentifs défilèrent sans
arrêt devant le tombeau et la curiosité du m a h a r a d j a h
et de son entourage fut telle qu'à deux reprises on p r a -
tiqua une ouverture dans la maçonnerie p o u r e x h u m e r
le cercueil du fakir, qui fut ouvert. On trouva le sujet,
d'une rigidité cadavérique, les yeux vitreux, les m e m -
bres glacés, les artères sans battements, mais a u c u n
signe de décomposition organique n ' a p p a r u t .
Quelque crainte qu'on eût sur l'issue de l'expé-
rience, deux fois le cercueil fut exhumé, e x a m i n é et
refermé avec d'infinies précautions et, c h a q u e fois, la
maçonnerie fut refaite.
Au bout de quarante jours, devant les témoins qui
avaient procédé à l'« enterrement » du f a k i r et qu'en-
tourait une foule énorme et inquiète, on brisa définiti-
vement la maçonnerie et on ouvrit au grand j o u r le
cercueil : le fakir paraissait toujours dormir, sans
aucune pulsation cardiaque, sans aucun souffle. Alors,

un médecin hindou qui avait reçu des instructions spé-


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ciales du fakir Haridas, avant son « ensevelissement »,


le frictionna énergiquement pendant plusieurs heures
et pratiqua la respiration artificielle : l'homme revint
peu à peu à la vie.
Cette scène dont le caractère d'authenticité n'est
pas contestable et dont on a pu lire un compte-rendu
détaillé dans le journal « Le Temps », (31 octobre 1885),
a été observée par de nombreux témoins indigènes et
anglais. Elle appelle cependant une explication qui ne
relève d'aucune magie.
Docteurs et physiciens de plusieurs continents se
sont penchés sur le problème et voici la conclusion de
leurs études :
Le Yogi, après un long entraînement et un exercice
de concentration, commence par ralentir sa respiration
en appuyant sur ses carotides et « avale » en quelque
sorte sa langue, pour obstruer presque complètement
sa gorge.
Bien entendu, il perd connaissance et tombe alors
dans un état voisin du sommeil hypnotique. Les fonc-
tions nécessaires à la vie sont extrêmement ralenties
et la quantité d'oxygène consommée est presque nulle.
Les pulsations du cœur sont insignifiantes.
Ensuite, les opérateurs enduisent de graisse la
bouche, les narines et les oreilles du sujet, afin de
réduire le plus possible leurs fonctions.
Le cercueil où est étendu le Yogi doit avoir un
volume suffisant pour que le sujet ait une faible quan-
tité d'oxygène en réserve ; sa vie est alors comparable
à celle d'une marmotte qui, on le sait, tombe en léthar-
gie pendant l'hiver, après avoir creusé un profond
terrier et bouché l'ouverture avec de la terre.
Veut-on rendre le Yogi à la vie normale ? On com-
mence par lui verser de l'eau tiède sur la tête et les
membres, puis on le débarrasse de la graisse obstruant
la bouche, les narines et les oreilles, on écarte ses dents
avec une spatule en bois et un opérateur enfonce son
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index dans la bouche du sujet, saisit la langue, la retire


et accomplit des tractions rythmées. Pendant des heu-
res, il faut ensuite masser le Yogi et il finit par recou-
vrer ses sens. Amaigri, dans un état d'extrême faiblesse,
il doit alors observer un régime spécial, afin de repren-
dre progressivement une existence presque normale.
« La science considère aujourd'hui qu'elle n'a plus
le droit de se désintéresser des problèmes qui parais-
sent les plus inaccessibles. Des forces inconnues se dé-
voilent et s'apprivoisent » et « c'est par des exercices
de concentration de pensée que les Yogis des Indes ar-
rivent à acquérir une maîtrise d'eux-mêmes et une séré-
nité qui les rendent indifférents à toutes les misères hu-
maines », ce qui permet de penser qu'un jour, « après
bien des efforts, la science rejoindra l'intuition orien-
tale », a écrit le Dr Jean Bertrand.
Aussi complèterons-nous cet aperçu sur ce genre de
fakirs en citant Edmond Lemaître, l'éminent auteur de
l'ouvrage « Fakirs et Yogis des Indes » (Hachette, Paris,
1936, p. 249) :
« Mystères ?... Pouvoirs surnaturels ?... Miracles ?...
Il n'y en a pas... Mais il y a plusieurs millions d'hommes
qui exploitent la crédulité de leur prochain, il y a plu-
sieurs milliers de bras qui s'atrophient au lieu de labou-
rer les champs arides, il y a des millions d'hommes et de
femmes qui végètent à l'écart de la Société. Il y a des
millions et des millions de cerveaux possédés par des
enseignements stupides, il y a un pays riche et fertile
o ù les hommes vivent dans la misère noire. »
Il existe d'ailleurs en France d'autres fakirs, plus
dangereux que ceux que nous venons d'évoquer et dont
les agissements seront étudiés dans les chapitres sui-
vants.
Il va sans dire qu'une expérience comme celle pré-
sentée par le Yogi Haridas ne peut être pratiquée que
par des sujets doués d'une santé exceptionnellement
robuste, possédant une volonté remarquable et ayant
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subi un e n t r a î n e m e n t progressif. De tels fakirs sont très


rares, m ê m e aux Indes. Ils meurent, en général, à un
âge peu avancé : le Yogi Haridas est décédé à 47 ans.
car chaque fois qu'il se faisait enterrer vivant il brûlait
ses tissus pulmonaires.
En Europe, des sujets intrépides ont essayé de les
imiter. La p l u p a r t ont renoncé à l'entreprise au bout
de quelques expériences malheureuses. Ainsi, Yvon-Yva
a été atteint d'une profonde lésion pulmonaire, à Mar-
seille, lors d'une représentation théâtrale : sa cage
thoracique s'est affaissée sous le poids des spectateurs
placés sur sa poitrine. Il a dû a b a n d o n n e r « le fakiris-
me » ! Et cependant, il avait pu rester enterré vivant
une h e u r e 26 minutes le 1 octobre 1951, âgé seulement
de 19 ans.
On a d m e t facilement que certains fakirs veuillent
obtenir la sainteté p a r le jeûne, la sobriété, la pauvreté
et la contemplation. On peut comprendre également que
la discipline du corps et de l'esprit peuvent donner des
pouvoirs surprenants et faire acquérir une très grande
résistance physique et morale.
En revanche, l'esprit raisonnable admet difficile-
m e n t que les membres de certaines sectes aux Indes ou
des imitateurs européens puissent se faire enterrer
vivant, brûler la peau jusqu'aux os et se tailler le corps
à coups de serpe pour amuser la galerie. Intéresser
ainsi un public stupide à des supplices inutiles, c'est
renouveler les pratiques d'un mysticisme grossier pro-
pre aux religions sauvages.
Les vraies mortifications doivent être plus intérieu-
res que spectaculaires. Aucune religion supérieure n'a
jamais exigé la profanation et l'anéantissement du
corps p o u r obtenir des grâces ou guérir des maladies.
La discipline religieuse ne doit pas être confondue avec
les mutilations aussi barbares qu'inutiles.
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II

LES PSEUDO-FAKIRS EUROPÉENS

" C e l u i q u i é c o u t e les r u m e u r s s a n s
r e m o n t e r à la s o u r c e v é r i t a b l e p o u r e n v é r i -
f i e r l ' e x a c t i t u d e est u n é t o u r d i . "
Proverbe Grec

D
DES a v e n t u r i e r s a v a i e n t r e m a r q u é a u
cours de leur voyage aux Indes
q u e le c a r a c t è r e m y s t é r i e u x d e s
expériences présentées p a r les fakirs exerçait une force
particulière de suggestion sur les foules, m ê m e si les
difficultés étaient insignifiantes. L'idée leur vint alors
de t r u q u e r certaines scènes et d'user de ruses et de
supercheries pour présenter en E u r o p e des spectacles de
fakirisme.
Il était, en effet, trop dangereux de se faire enter-
rer vivant ou d'évoluer à Paris sur un fil de fer tendu
place de la Concorde ! Il fallait chercher des spectacles
plus européens.
Quelques exemples, suivis d'explications, d o n n e r o n t
une idée de ce que f u r e n t les résultats de ces recher-
ches.
Voici la langue brûlée.
Un f a k i r se présente en p r é t e n d a n t qu'il va r e n d r e
sa langue insensible à la brûlure. Il montre à l'assis-
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tance une b a r r e de fer qu'il chauffe et rougit à la


flamme. P o u r p r o u v e r que le métal a atteint une tempé-
r a t u r e élevée, il a p p p r o c h e un papier qui s'enflamme
au contact du fer rougi.
Il s'essuie alors la bouche avec son mouchoir, lève
la tête, tend la langue, approche le fer rouge, l'appuie
sur sa langue : de la fumée s'échappe... l'odeur de chair
brûlée se répand... deux fois, trois fois, le fakir silen-
cieux et stoïque renouvelle la même expérience... Le
public est ému, des enfants pleurent, des femmes
s'évanouissent et de tous côtés on crie : « Assez! Assez!...
Assez !... »
Alors le f a k i r pose le fer rouge, s'essuie et retrouve
sa langue p o u r remercier l'assistance de son aimable
attention et pour annoncer qu'il va... faire la quête !...
L'explication est d'une grande simplicité : le f a k i r
n'est qu'un illusionniste qui a tout bonnement présenté
un exercice d'adresse : en s'essuyant une première fois
avec son mouchoir, avant l'expérience, il a placé dans
sa bouche une sorte d'escalope de veau taillée en forme
de langue : c'est elle, bien entendu, qui a subi les atta-
ques du fer rouge, la vraie langue restant p r u d e m m e n t
cachée au fond de son palais et q u a n d il s'est essuyé,
à la fin de l'expérience, il a habilement escamoté l'es-
calope...
Voici une autre scène de faldrisme :
Le sujet se présente à l'auditoire, affirmant qu'il
est parvenu, à force de volonté et selon la méthode des
lamas à r e n d r e son corps insensible à la douleur. Il
invite trois ou quatre spectateurs à pénétrer sur la
scène.
Il présente alors au public une épée longue et mince
dont l'extrémité est très pointue pour faciliter la péné-
tration dans les chairs, dit-il. Les témoins l'examinent
de très près et se rendent ainsi compte qu'elle n'est pas
« truquée ».
Le f a k i r est debout ; il annonce qu'il va transper-
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cer son corps, fait des passes magnétiques et commence


à enfoncer l'arme dans son ventre...
Il appuie, appuie, j u s q u ' à ce que l'extrémité de la
lame ressorte dans son dos, rougie p a r le sang...
Le fakir, peu à peu, retire l'épée, toujours ruis-
selante de sang, l'essuie et la passe au public p o u r qu'il
puisse se r e n d r e compte que la lame qui a u r a i t dû être
homicide n'avait subi aucune préparation.
L'explication de l'expérience est la suivante :
L ' o p é r a t e u r a placé a u t o u r de son corps u n e cein-
ture spécialement préparée, c'est-à-dire c o m p o r t a n t un
tube d'acier en forme de demi-cercle qui m o u l e son
corps, avec deux ouvertures courbée aux extrémités et
contenant une éponge imbibée d'encre rouge.
P a r une ouverture du tube, soigneusement c a m o u -
flée p a r ses habits, il enfonce l'épée qui est très flexi-
ble : elle fait le demi tour du corps et sort rougie p a r
l'encre de l'éponge contenue dans le tube !
Nous ne pouvons pas r e p r o d u i r e ici toutes les expé-
riences présentées p a r les pseudo-fakirs ; il existe nom-
bre d'ouvrages qui expliquent les supercheries dont ils
se servent, en particulier « Le Magicien des Salons »,
de Magus ; « Médiums, Fakirs et Prestidigitateurs », de
Dickson, « Mes Trucs dévoilés », du m ê m e auteur, etc...
Il convient c e p e n d a n t de préciser que le fakir, vrai
ou faux, ne doit, en aucun cas, être confondu avec le
prestidigitateur ou l'illusionniste.
Le p r e m i e r — hormis les anciens ascètes hindous —
ment et trompe, en voulant se faire passer p o u r un être
doué de pouvoirs surnaturels, tandis que l'illusionniste
amuse et distrait sainement le public.
Dans une revue déjà citée parce qu'elle est h o n n ê t e
et qui connaissait la f a v e u r et l'estime des vrais pres-
tidigitateurs, « l'Illusionniste , on p e u t lire (n° 28, avril
1904) :
« L'étude de la prestidigitation p e r m e t de s'élever
jusqu 'aux conceptions les plus hautes de la critique
historique et de porter, en philosophie, un jugement
éclairé sur l'habileté et l'astuce des magiciens qui, dans
les premiers âges du monde, ont abusé de la crédulité
des hommes !... » et Caroly, dans la même revue,
s'exprime ainsi (n° 83, novembre 1908) :
Le prestidigitateur doit « t r o m p e r honnêtement ses
auditeurs, c'est-à-dire leur laisser entendre que les
choses d'apparence merveilleuse qu'il leur présente sont
obtenues à l'aide de moyens naturels dont le principal
mérite est d'être a d r o i t e m e n t dissimulés » et le même
a u t e u r ajoute : « nous voyons souvent des bluff eurs
présenter un truc insignifiant, mais avec des apparences
mystérieuses et occultes qui sont le fait, disent-ils,
d'une puissance surnaturelle, soit psychique, soit éma-
n a n t des esprits d'outre-tombe. Ces gens-là mentent
effrontément... » et Caroly a bien soin de préciser dans
un de ses ouvrages : « La prestidigitation n'a pas la
prétention de produire des miracles, mais bien de diver-
tir l'assistance au moyen de combinaisons innocentes
qu'il ne nie pas et qu'un spectateur intelligent, doit gar-
d e r p o u r lui s'il les a comprises, afin de ne pas gâter
le plaisir des autres personnes ».
Ainsi, la prestidigitation est un a r t et n'a pas plus
d'attaches avec les sciences occultes que les acrobaties
des trapézistes d'un cirque n'en ont avec la magie.
Il existe d'ailleurs un ordre des illusionnistes,
« l'Association Française des Artistes Prestidigita-
teurs », depuis le 1 J a n v i e r 1945. Cette association
exige de ses m e m b r e s de « ne divulger aucun secret,
ni de les décrire dans des ouvrages ou publications pou-
v a n t être lus p a r des profanes » et le Conseil de l'Ordre
a toujours refusé d'agréer ceux qui confondaient le
talent de l'artiste et la f r a u d e des aigrefins qui exploi-
tent la crédulité publique.
Si certains illusionnistes prennent encore le nom de
magicien, cela ne doit pas davantage nous surprendre
car il s'agit de la pratique de ce qu'on appelle la magie

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